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SUICIDA (ALNS)

Autolesão não suicida


(ALNS)
Por Christine Moutier, MD, American Foundation For
Suicide Prevention

Última revisão/alteração completa jun 2021

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PACIENTE

Diagnóstico Tratamento

Autolesão não suicida é um ato


autoinfligido que causa dor ou dano
superficial, mas não pretende causar
morte.

Embora os métodos utilizados às vezes se


sobreponham àqueles de tentativas de suicídio (p.
ex., cortar os pulsos com navalha), autolesão não
suicida é distinta de suicídio porque os pacientes
não pretendem que os atos sejam letais. Os
pacientes podem afirmar especificamente a falta de
intenção, ou a falta pode ser inferida pela utilização
repetida de métodos claramente não letais. Apesar
da falta de letalidade imediata, o risco a longo prazo
de tentativas de suicídio e consumação de suicídio é
maior e, portanto, a autolesão não suicida não deve
ser menosprezada.

Exemplos mais comuns de autolesão não suicida


incluem

Cortar ou perfurar a pele com um objeto


pontiagudo (p. ex., faca, navalha, agulhas)

Queimar a pele (tipicamente com cigarro)


Os pacientes muitas vezes se autolesionam várias
vezes em uma única sessão, criando múltiplas
lesões no mesmo local, normalmente em áreas
facilmente ocultáveis, mas acessíveis (p. ex.,
antebraços, frente das coxas). O comportamento é
muitas vezes repetido, resultando em padrões
extensos de cicatrizes. Os pacientes muitas vezes se
preocupam com pensamentos sobre os atos lesivos.

Comportamentos de autolesão não suicida tendem


a surgir no início da adolescência (1) e, embora os
dados não sejam conclusivos, podem ser
ligeiramente mais prevalentes nas mulheres, ao
contrário das tentativas de suicídio, que são muito
mais comuns em meninas. A história natural não
está clara, mas o comportamento parece diminuir
após a idade adulta jovem. A prevalência também é
alta em grupos criminosos, que tendem a ser
compostos predominantemente por homens.

As motivações para autolesão não suicida não estão


claras, mas autolesão pode ser

Uma maneira de reduzir a tensão ou


sentimentos negativos

Uma maneira de resolver dificuldades


interpessoais

Autopunição por supostos erros

Um pedido de ajuda
Alguns pacientes veem a autolesão como uma
atividade positiva e, portanto, tendem a não
procurar nem aceitar aconselhamento.

A autolesão não suicida é muitas vezes


acompanhada de outros transtornos, especialmente
transtorno de personalidade borderline, transtorno
de personalidade antissocial, transtornos
alimentares, transtornos por uso abusivo de álcool e
substâncias, e autismo.

Referência geral
  
1. Klonsky ED, Victor SE, Saffer BY: Nonsuicidal self-
injury: What we know, and what we need to know.
Can J Psych 59(11):565-568, 2014. doi:
10.1177/070674371405901101

  
Diagnóstico da autolesão não
suicida

Exclusão do comportamento suicida

Avaliação da autolesão
O diagnóstico da autolesão não suicida deve excluir
comportamento suicida.

A avaliação da autolesão não suicida, como para o


comportamento suicida, é essencial antes do início
do tratamento.

Facilitar a discussão da autolesão com o paciente é


essencial para uma avaliação adequada e ajuda os
médicos a planejar o tratamento. Os médicos
podem facilitar essas discussões fazendo o
seguinte:

Validar a experiência do paciente


comunicando que ouviram o paciente e levam
as experiências do paciente a sério

Compreender as emoções do paciente (p. ex.,


confirmar que as emoções e ações do
paciente são compreensíveis à luz das
circunstâncias do paciente)
A avaliação da autolesão não suicida deve incluir:

Determinar que tipo e quantos tipos de


autolesão o paciente se infligiu

Determinar com que frequência autolesões


não suicidas acontecem e por quanto tempo
elas vêm ocorrendo

Determinar a função da autolesão não suicida


para o paciente

Verificar transtornos psiquiátricos


coexistentes

Estimar o risco de tentativa de suicídio

Determinar a disposição do paciente a


participar do tratamento

  
Tratamento da autolesão não
suicida

Às vezes, certas formas de terapia cognitivo-


comportamental

Tratamento dos transtornos coexistentes


As terapias cognitiva-comportamentais a seguir
podem ser úteis para o tratamento de autolesão
não suicida:

Terapia comportamental dialética (TCD)

Terapia em grupo de regulação de emoções


(TGRE)
TCD envolve terapia individual e em grupo por 1
ano. Essa terapia focaliza a identificação e tentativa
de mudar os padrões de pensamento negativo e
promover mudanças positivas. Visa ajudar os
pacientes a encontrar formas mais adequadas de
responder ao estresse (p. ex., resistir a impulsos de
comportar-se de forma autodestrutiva).

TGRE é feita em um ambiente de grupo durante 14


semanas. Essa terapia envolve ensinar os pacientes
como aumentar a conscientização das suas
emoções e fornece habilidades para lidar com elas.
TGRE ajuda os pacientes a aceitarem as emoções
negativas como parte da vida e, assim, não
responder a essas emoções de maneira tão intensa
e impulsiva.

Nenhum fármaco foi aprovada para o tratamento


de autolesão não suicida. Mas naltrexona e certos
antipsicóticos atípicos foram eficazes em alguns
pacientes.

Transtornos psiquiátricos coexistentes (p. ex.,


depressão, transtornos alimentares, abuso de
substâncias, transtorno de personalidade
borderline, transtorno de personalidade antissocial)
devem ser tratados de forma adequada. Os
pacientes devem ser encaminhados a um
profissional de saúde apropriado conforme
necessário.

O cronograma de acompanhamento deve ser


programado.

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