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All content following this page was uploaded by Jonas Jardim de Paula on 08 June 2015.
Psychometric properties of the Test of Five Digits in Brazil: a preliminary study with the
adult population.
Thaís Dell’Oro de Oliveira1; Leandro Fernandes Malloy-Diniz¹; Sabrina Magalhães1; Danielle de Souza Costa1;
Suelem Renier Lacerda3; Emanuel Henrique Gonçalves Querino1; Hilcéia Stefane Rosa Moreira¹; Nathalia
Cheib¹; Henriqueta Bernardes4; Estefânia Gonçalves4; Maene Cristina Campos2; Natália Costa Florêncio2,
Mariane Lacerda Silva2, Jonas Jardim de Paula1,2
1 – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 2 – Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG), 3 –
Faculdade Santo André (FASA), 4 – Centro Universitário UNA
Corresponding Author: Jonas Jardim de Paula. Address: INCT de Medicina Molecular, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de
Minas Gerais . Avenue Alfredo Balena, 190, Belo Horizonte-MG, CEP 30130-100, Brazil. Telephone/Fax: 55-31-9990-2760. Email:
jonasjardim@gmail.com
Propriedades psicométricas do Teste dos Cinco Dígitos para o contexto brasileiro: estudo
preliminar com a população adulta.
Resumo
Introdução: O Teste dos Cinco Dígitos (Five Digits Test, FDT) é um instrumento utilizado para avaliar o efeito
Stroop utilizando informações conflitantes sobre números e quantidades. Foi desenvolvido por Manuel Sedó
como um instrumento de menor susceptibilidade ao efeito de variáveis relacionadas à linguagem, sendo portanto
destinado à avaliação neuropsicológica em uma perspectiva transcultural. O instrumento possui quatro etapas:
leitura, contagem, escolha e alternância. As duas primeiras são medidas de atenção automática / velocidade de
processamento e as duas últimas de atenção controlada/atenção executiva. O presente estudo faz parte de um
projeto que visa adaptar e avaliar as propriedades psicométricas do FDT em uma população brasileira. Neste
trabalho apresentamos os resultados sobre validade, confiabilidade e as normas preliminares para o uso do teste
em adultos e idosos brasileiros. Método: Avaliamos 707 adultos e idosos brasileiros com idade entre 19 e 94
anos e escolaridade variando do analfabetismo pleno a pós-graduação (pós-doutorado). Os participantes eram
adultos saudáveis, sem relato de doenças neurológicas ou psiquiátricas e sem limitações sensoriais ou motoras
que pudessem comprometer o desempenho no teste. Avaliamos as seguintes propriedades psicométricas do teste
na amostra como um todo ou em grupos menores: associação com medidas demográficas (idade, escolaridade e
sexo), validade (estrutura fatorial e correlações com outras medidas cognitivas) e confiabilidade (consistência
interna e estabilidade teste-reteste). Resultados: Em um modelo linear multivariado encontramos associação da
idade (pη²=0.11 a 0.25), escolaridade (pη²=0.06 a 0.11) e sexo (pη²=0.02 a 0.04) com o desempenho nos tempos
do FDT, e associações não significativas ou menos intensas para os erros. O teste apresentou uma estrutura
fatorial de dois componentes: Velocidade de Processamento (tempos de leitura e contagem) e Atenção Executiva
(escores de Inibição e Flexibilidade, erros de seleção e erros de alternância), que juntos responderam por 71% da
variância do teste. Encontramos correlações convergentes com medidas de inteligência, atenção/velocidade de
processamento e funções executivas (p<0.001) e correlações divergentes (p>0.05) com testes de nomeação,
visioconstrução e Memória. A confiabilidade do teste foi avaliada pela sua consistência interna (Guttman:>0.85)
e estabilidade teste-reteste com intervalo aproximado de 30 dias (sem diferenças significativas na maior parte das
medidas e diferenças com magnitude de efeito pequenas no temo de seleção). Discussão: A adaptação de novos
testes neuropsicológicos para o contexto brasileiro é fundamental para a progressão do campo de estudo, tanto na
prática acadêmica quanto na prática clínica. O FDT apresenta características que o tornam particularmente útil
em nosso meio, visto que pode ser aplicado em indivíduos de diferentes níveis de escolaridade. Os resultados do
presente estudo sugerem que o FDT apresenta boas evidências de validade e confiabilidade para o uso em
adultos brasileiros. Novos estudos devem investigar outras propriedades psicométricas e sobretudo seu uso na
prática clínica.
Palavras chave: neuropsicologia, funções executivas, atenção, velocidade de processamento, avaliação
psicológica
Introdução
O Teste dos Cinco Dígitos (FDT) é uma variação do teste de Stroop que utiliza
números e quantidades. Estudo objetiva avaliar de forma preliminar sua validade e
confiabilidade em 540 adultos brasileiros. A correção do teste apresentou boa concordância
entre examinadores e um pequeno efeito de aprendizagem entre duas aplicações. As variáveis
do teste apresentam boa consistência interna e intercorrelações. A idade, escolaridade e sexo
dos participantes influenciaram o desempenho no teste. As análises de validade sugerem uma
estrutura fatorial de três componentes ligados à velocidade de processamento, atenção e
funções executivas, com correlações divergentes com testes dessas funções e divergente com
outros aspectos cognitivos. Nossos resultados fornecem evidências de confiabilidade e
validade para o uso em adultos brasileiros.
Participantes
Participaram desse estudo 540 adultos brasileiros com idades entre 19 e 92 anos, que
formaram uma amostra de conveniência. Os participantes eram predominantemente da região
sudeste (n=330) e sul (n=202), com poucos participantes das demais regiões (n=8). Os
participantes não relataram, em um questionário de cadastro sociodemográfico, transtornos
psiquiátricos ou doenças neurológicas, tampouco dificuldades sensoriais ou motoras que
poderiam limitar a realização do FDT, e não estavam em uso de medicações diretamente
associadas a alterações cognitivas. A escolaridade dos participantes variou entre o
analfabetismo e a educação superior. O perfil demográfico dos participantes pode ser
observado na Tabela 1. Todos os participantes realizaram o FDT, aplicado por psicólogos ou
graduandos em psicologia treinados em sua aplicação. Registramos os tempos e os erros de
cada etapa da tarefa, além de calcular os escores de interferência descritos anteriormente. Os
resultados do FDT são expostos na Tabela 2.
35 a 59 167 30.90%
60 a 75 127 23.50%
>76 51 9.40%
Análise Estatística
Resultados
Inicial Extração 1 2 3
Discussão
Verificamos através deste estudo preliminar que o Teste dos Cinco Dígitos apresenta
boas propriedades psicométricas para a avaliação de adultos brasileiros. Testamos, por
diferentes métodos, aspectos relacionados à validade e à confiabilidade, com resultados
satisfatórios nas análises. Isso sugere que o teste é adequado para o uso em contextos clínicos
e de pesquisa na realidade brasileira, assim como já vem sendo utilizado em outros países.
A consistência interna apresentada pelo teste nos participantes desse estudo é próxima
á reportada por McLachlan (2004) em um estudo com adultos normais e casos clínicos. O
autor reporta valores de consistência interna individuais a cada uma das quatro partes do teste
(dividindo o tempo de execução e os erros entre os 25 primeiros e últimos estímulos de cada
parte), mensurados por correlações, variando de 0.86 a 0.95. Diferenças na metodologia
adotada podem explicar as diferenças entre nossos resultados e os desse autor. Quanto às
correlações entre as diferentes etapas do teste McLachlan (2004) encontrou correlações
variando de 0.66 a 0.93 em uma amostra de pacientes adultos vítimas de derrame e 0.63 a
0.96 em crianças e adolescente. As correlações se assemelham em grande medida às do nosso
estudo, embora o autor não tenha adotado os escores de interferência nas análises. Com o uso
destes escores em uma amostra mista de adultos saudáveis e casos clínicos, o autor encontrou
correlações ente os índices de interferência e o restante do FDT variando entre 0.07 (Leitura x
Inibição) e 0.88 (Alternância x Flexibilidade). Em síntese, o FDT apresenta um padrão muito
consistente de correlações entre suas variáveis, indicando boa consistência interna, provendo
assim uma forte evidência de confiabilidade.
O primeiro método adotado para tal fim foram as associações do FDT com variáveis
sociodemográficas. Estudos com outras populações sugerem que a idade é o principal preditor
de desempenho na tarefa (Sedó, 2007; Hsieh & Tori, 2007; Magalhães, 2013). As magnitudes
de efeito encontradas nas análises foram fracas nas variáveis de erro, moderadas nos tempos
relativos aos processos atencionais automáticos e, em geral, elevadas nos processos
atencionais controlados. Os achados sugerem que com, a idade mais avançada, o desempenho
no FDT tende a apresentar uma queda significativa, sobretudo nas medidas de tempo e de
forma mais acentuada nas medidas relacionadas às funções executivas. O padrão observado é
típico do desenvolvimento dessas funções, onde após um ápice por volta da segunda e terceira
década de vida (representado pelos participantes mais jovens desse estudo) há um declínio
gradativo desses processos, seguindo o padrão esperado para habilidades cognitivas de
natureza fluida (Schaie, 2005; Satlhouse, 2012). Os efeitos da escolaridade sobre o
desempenho na tarefa apresentaram padrão semelhante. Esse aspecto é pouco discutido no
manual original do teste (Sedó, 2007) e poucos estudos investigaram o papel da escolarização
formal sobre o desempenho do FDT. Um estudo com a população chinesa (Hsieh & Tori,
2007) sugere um papel importante dessa variável em medidas compostas de tempos e erros na
tarefa, embora não reportem os tamanhos de efeito das análises. Em testes que demandam
velocidade de processamento e funções executivas, maior escolaridade é geralmente associada
a menores tempos de resposta e menor número de erros (Schaie, 2005). O efeito parece mais
expressivo em populações com maior variabilidade dessa característica. Quanto às diferenças
de gênero, as mesmas não ocorrem, ou ocorrem de forma discreta, em testes do tipo Stroop
(Connor, 1998; Troyer et al., 2006; Lucas et al., 2005, ). Em nossa amostra, os efeitos de
gênero foram menores que os da idade e da escolaridade, e podem ser um artefato da maior
proporção de participantes do sexo feminino nos grupos de idade mais avançada. Outros
estudos devem avaliar a influência desse fator em amostras pareadas por idade e escolaridade.
A análise das correlações entre o FDT e outras medidas cognitivas indicou associações
significativas com testes de inteligência fluida, funções executivas e velocidade de
processamento, com magnitudes de efeito moderadas, e associações fracas ou não
significativas (em sua maioria) com testes de memória, visioconstrução e conceituação. Os
achados sustentam a validade da tarefa, visto que os processos que a compõem (velocidade de
processamento e funções executivas) são componentes fluidos da cognição, e relativamente
independentes dos processos de memória, linguagem e cognição espacial (Sedó, 2004; 2007).
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