Você está na página 1de 72

Neuropsicologia do Desenvolvimento

Infantil

Prof. Dr. Fernando Silveira


Neuropsicologia do Desenvolvimento
Infantil

Prof. Dr. Fernando Silveira


Neuropsicólogo – FMUSP
Mestre e Doutor em Psicologia com ênfase em Avaliação Psicológica – USF
Diretor Clínico – Clínica Luria Espaço Terapêutico Desenvolvimento e
Pesquisa
Professor do Instituto de Pós Graduação e Graduação de Goiânia – IPOG
Coordenador da Especialização em Neuropsicologia IPOG
Coordenador da Especialização em ABA aplicada ao TEA – IPOG
Autor do Turma da Luria Guia Prático de intervenção infantil – Editora Vetor
Qual o peso do cérebro?

4
O Cérebro
ü Nascimento 25% de seu futuro peso adulto,
atingindo em torno de 70% de seu peso final até os
3 anos.

ü 6 anos tem quase o tamanho adulto, mas o


crescimento e o desenvolvimento funcional de
partes específicas continuam durante a idade
adulta.

ü Saltos no crescimento cerebral, períodos de rápido


crescimento e desenvolvimento, coincidem com
mudanças no comportamento cognitivo.

5
6
E no princípio...
ü Circuitos - região do córtex pré-frontal formam-se mais
lentamente;

ü 6 meses - a memória operacional é desenvolvida; a


maturação do córtex pré-frontal garante a noção de
permanência do objeto.

ü O cerebelo cresce mais rapidamente também no


primeiro ano de vida.

ü A maioria dos reflexos iniciais desaparece entre os 6 e os


12 meses - sinal de que as rotas motoras do córtex foram
parcialmente mielinizadas, permitindo uma transição
para o comportamento voluntário.

7
8
Da concepção aos 3 anos
üDesenvolvimento neuronal é mais intenso do que em qualquer outro momento da vida.

üSinapses são formadas rapidamente, e o cérebro apresenta cerca de 2 x mais conexões


sinápticas do que terá na vida adulta.

üEstímulo ambiental - especial importância nesse processo. As sinapses que são


repetitivamente demandadas pela interação com o ambiente tornam-se fortalecidas.

üAquelas que são menos acionadas se tornam mais fracas, e provavelmente serão eliminadas
no processo de poda sináptica ao longo da vida.

9
O número de sinapses alcança o máximo em torno dos 2 anos de idade
(período em que os processos de integração, diferenciação e morte celular
chegam a seu ápice).

10
O fortalecimento das sinapses
contribui para a
conectividade e a eficiência
dos circuitos neuronais
envolvidos no aprendizado,
na memória e em outros
domínio cognitivos.

11
Marcos do Desenvolvimento - 3 primeiros anos

ü Motor
ü Refinamento Sensorial
ü Aquisição de linguagem

Dos 3 aos 6 anos os avanços continuam, mas


nota-se principalmente, a evolução do
desenvolvimento cognitivo e comportamental.

12
ü 3 anos a densidade sináptica no córtex pré-
frontal chega a quase 200% do seu nível na idade
adulta, continuando a criar e a fortalecer circuitos
com outras regiões.

ü Habilidades como as Funções Executivas


começam a se desenvolver e a se consolidar.

ü Social, afetivo, físico e cognitivo se processa em


um ritmo muito mais rápido, e o leque de
comportamentos que é possível observar entre
as crianças é muito grande.

13
LINGUAGEM

O desenvolvimento da linguagem é
especialmente importante.

Um atraso de 12 meses - indicativo


tanto de um ambiente pouco
estimulador quanto da presença de
alterações mais abrangentes
(transtorno de linguagem, TEA).

14
15
Para a maioria
O HD tem a capacidade
HE é dominante para de processamento das
todas as funções informações visuais e
relacionadas com a espaciais que não podem
linguagem (ler, escrever, ser traduzidas em
compreender o que é palavras (processamento
dito e produzir a fala, afetivo das informações e
pensamento lógico e o a percepção das
sequenciamento dos atos emoções)

16
üAs áreas primárias sensoriais (“entrada da informação”) e a área primária
motora (“saída da informação”) do sistema nervoso funcionam de forma
idêntica nos dois hemisférios.

üNão existe dominância cerebral para funções elementares (sensibilidade e


motricidade).

üCada hemisfério tem a seu cargo os acontecimentos motores e sensoriais que


ocorrem na metade oposta do corpo e do espaço.

ü As diferenças funcionais começam a registrar-se a partir das áreas de


associação (das funções mais complexas).
17
Lateralidade

ü6 anos – criança identifica a


lateralização em si, porém no
outro demora mais;

ü6 aos 10 anos maior noção de


lateralidade;

18
Neuroplasticidade

Neuroquímico – na
modificação de Hedológico – envolve Comportamental –
padrão de conexão entre modificando estratégias
neurotransmissores e
neuromoduladores neurônios e número de cognitivas de acordo
durante o crescimento e sinapses ativas com os desafios
desenvolvimento ambientais.

19
O período pré-escolar

ü3 aos 6 anos

üFundamental importância
– processo de maturação
neurobiológica e aspectos
emocionais

20
Competências para Pré-Alfabetização
Atenção

Memória

Visuoconstrução

Linguagem

Funções executivas e pensamento

Cognição social

Emoções

21
Atenção
üSelecionar estímulos para
o processamento e inibição
do processamento de
informações irrelevantes.
üDiversas definições
üFenômeno complexo que
compartilha limites com
habilidades perceptivas
(visuais, táteis, etc.),
Memória, afeto e níveis de
consciência.

22
ALERTA ativação; intensidade de alerta; inclui o ciclo sono-vigília.

SELETIVIDADE seleção de parte de estímulos disponíveis para processamento enquanto se mantem os demais
“suspensos”; atenção seletiva refere-se à capacidade de focalizar um estímulo específico em detrimento
de distratores.

ALTERNÂNCIA capacidade de alternar entre um estímulo ou conjunto de estímulos e outro, ou entre um tipo de tarefa
e outra, sucessivamente.

DIVISÃO capacidade de focar em dois estímulos distintos simultaneamente. A atenção dividida é contestada por
alguns autores que sugerem que esta seja apenas uma rápida modificação do foco atencional (atenção
alternada). Outros autores sugerem que de fato existe a possibilidade de que o foco atencional possa
realmente ser dividido entre dois estímulos.

SUSTENTAÇÃO capacidade de manter o foco atentivo em uma determinada atividade por um tempo mais prolongado
com o mesmo padrão de consistência. (atenção concentrada)

23
idade

Início involuntária

2 anos maior estabilidade dos processos de atenção

4 – 5 anos já conseguem eliminar alguns distratores de maneira mais eficiente.

Período escolar processos mais seletivos organizadas pela linguagem.

24
Atenção e Funções executivas
Figuras Complexas de Rey Planejamento e uso de estratégias (quali) Figura B 4 a 8
anos
Teste de Atenção por Cancelamento TAC Atenção seletiva e alternada 5-14
Montiel e Seabra (2012)
Teste de Trilhas para pré-escolares TTP Flexibilidade cognitiva 4 -6
Trevisan e Seabra (2012)

TMT-A

TMT-B

THCP 4 a 7 anos

25
Memória

ü Conjunto de processos cognitivos associados à


retenção e à recuperação de uma informação
referente a uma experiência passada.

ü Composta por múltiplos subsistemas,


podendo ser descrita em função de sua
dimensão temporal (memória de curta
duração e de longa duração), de seus estágios
(aquisição, armazenamento e recuperação) e
de sua natureza do material (verbal, visual,
auditiva, olfativa, etc.).

26
Memória
üReconhecimento da voz da mãe início e Após 6 meses – recordam eventos
passados

üGânglios da base, do cerebelo e tronco cerebral funcionais ao nascimento –


precocemente demonstra expectativa e aprendizagem visual, condicionamento
operante e clássico

üTarefas que envolvem reconhecimento pareado de estímulos, que dependem do


hipocampo e das outras estruturas límbicas, inicia dos 8 aos 12 meses de vida

üEstrutura igual do adulto entre 2 e 8 anos


27
Memória
Blocos de Corsi Lezak 1995 / Compêndio
THCP – memória visual 4 a 7 anos

Figuras Complexas de Rey MCP (Oliveira & Rigoni, 2010) 4 anos

Teste de Repetição de Palavras e Pseudopalavras TRPP Seabra (2013) 3 a 14 anos


MCP fonológica
RAVLT A partir de 6 anos

Teste Infantil de Memória TIME 3 a 6 anos

28
Visuoconstrução

üObservado analisando evolução do grafismo livre e desempenho em


atividades de cópia de padrões visuais, construção de material
concreto, como cubos.
üHabilidades relacionadas à percepção e ao processamento das
informações visuoespaciais.
üInclui atenção discriminativa, raciocínio espacial, integração
visuomotora e a capacidade construtivas.

29
idade conquistas
2 anos garatujas / respeita linhas
3 anos desenha formas circulares e linhas cruzadas
Desenha FH com 3 partes
Não identificam ângulo – confundem círculos com quadrado
4 anos combinam formas para criar padrões mais complexo
Ações motoras para desenhar quadrado – dificuldade com âng
5 anos fase pictórica do grafismo
Diferencia formas geométricas abstratas, mas erros podem persistir
até os 7 anos
Desenham triângulos
6 anos Cenas com linhas – chão e figuras
Desenha FH com 6 partes
7 anos Desenha losangos e cubos
Até 10 anos Funções estabelecidas
30
31
NEPSY-II
Bateria neuropsicológica que avalia o desenvolvimento
neuropsicológico
.
de crianças de 3 a 16 anos.

Sensório-motor, linguagem, processamento visuoespacial,


memória e aprendizagem, atenção/funções executivas e
percepção social

32
Linguagem
üA linguagem é uma habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a
socialização e a comunicação humana.
üEstá relacionada com as estruturas fonológicas, sintáticas, semânticas e
discursivas.
üA linguagem manifesta-se na forma de compreensão receptiva e de decodificação
do input linguístico (compreensão verbal), que inclui a audição e a leitura, ou no
aspecto de codificação expressiva e produção, que inclui fala, escrita e
sinalização.

Inicialmente - reconhecimento palavras (fonético e morfológico)


Área de Wernick e de associação no giro temporal superior e parietal inferior 33
idade conquistas
2 anos Compreende comandos simples e aponta objetos sem nomear
Sentença de 2 palavras
3 anos Nomeia objetos pelas ações e reconhece preposições
Sentença de 3 a 4 palavras – tempo verbal passado e futuro
4 anos Compreendem mais do que expressam
Refinamento e complexidade
Compreendem a semântica e o pragmatismo (contexto)
linguagem expressiva mais lenta que a receptiva
(crianças com atraso – expressiva mais afetada)
5 anos Aumento vocabulário
A partir - manter lembranças em sua mente e traduzi-las em palavras, resgatando-as.

6 anos 2.600 palavras e compreende mais de 20 mil

7 anos
Até 10 anos
34
Avaliação da linguagem
üADL 2 - Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem (1 a 6anos e 11 meses)
Avalia a aquisição do conteúdo (semântica) e estrutura (morfologia e sintaxe) da
linguagem.
üTHCP
üDenver
üWISC IV (Vocabulário, Informações, Compreensão e Raciocínio de Palavras)

35
Funções executivas

üConjunto de funções que permitem a programação e a realização de


comportamentos complexos direcionados a um objetivo.

üReúnem diversas habilidades cognitivas como: atenção,


planejamento, elaboração de estratégias, capacidade de abstração e
de pensamento simbólico, habilidade para elaborar conceitos,
flexibilidade cognitiva, classificação, controle inibitório, memória
operacional, resolução de problemas e pensamento indutivo.

36
Funções Executivas
ü3 e 7 anos - rápido e estável (incluindo inibição, alternância,
abstração e flexibilidade mental

FE

Controle Memória Flexibilidade


Inibitório Operacional Cognitiva
(Dimond, 2013)
Redes Executivas

Amadurecimento a partir dos 7 anos , período em que com o


desenvolvimento da linguagem, tem mais consciência de suas próprias
representações mentais – metacognição

Metacognição
Essencial função na formação de conceitos

38
LINGUAGEM, HABILIDADES
VISUOESPACIAIS E
OUTROS DOMÍNIOS ATENÇÃO,
PROCESSAMENTO
MEMÓRIA COGNITIVOS EMOCIONAL

FUNÇÕES EXECUTIVAS BÁSICAS


MEMÓRIA OPERACIONAL CONTROLE INIBITÓRIO

FLEXIBILIDADE MENTAL

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS RACIOCÍNIO PLANEJAMENTO

FUNÇÕES EXECUTIVAS SUPERIORES 39


Pensamento
Processo simbólico de integração conceitual

Concepção de ideias – representação mental da realidade (mês, brinquedo,


cachorro)
Juízo – permite afirmar (ou negar) uma relação de conveniência entre
varias ideias (“A mesa é para comer”)
Raciocínio – processo pelo qual chega a conclusão (“os mamíferos são seres vivos.
Baleias são mamíferos, logo as baleias são seres vivos”)

40
Pensamento
üA partir dos 2 anos – pensamento simbólico
se expressa por meio do faz de conta
ü
üEgocentrismo

üA partir dos 7 – representações mentais para


resolver problemas / regras lógica

41
Cognição Social

üCapacidade de identificar, compreender e gerir o próprio comportamento, a partir de


informações emocionais e sociais - fundamental para todas as pessoas.
üElemento chave do posicionamento adaptativo frente às intenções e aos
comportamentos dos outros, e também à tomada de decisões responsáveis e
coletivas.
üAbrange o processamento e o reconhecimento de emoções, empatia, sensibilidade à
recompensa, motivação e teoria da mente.
üInferir o que o outro pensa ... melhor interação

42
Cognição Social

üUm primeiro modelo proposto por Brothers (1990) destacava a interação entre três
grandes regiões que seriam responsáveis pelo processamento de informações
socioemocionais: a amígdala, as regiões orbitofrontal e medial do córtex pré-frontal e
estruturas occiptotemporais (sulco temporal superior, o giro temporal superior, o giro
occipital inferior e o giro fusiforme.

üOutros estudos acrescentam outras estruturas - córtex somatossensorial direito e


córtex cingulado (Adolphs, 2001; 2009). Diversos estudos também apontam a região
da ínsula como parte da circuitaria da CS (Adolphs, 2001; 2009).

43
Cognição social

Quatro domínios principais

oProcessamento de emoções,
oPercepção social,
oAtribuição de estado mental (como teoria da mente)
oEstilo/viés de atribuição.

44
Teoria da Mente (ToM) ou Mentalização

üHabilidade se refere a um sistema de inferências responsável pela


compreensão das intenções, disposições ou crenças dos outros e de si
mesmo (Baron-Cohen, 1995).

üAvaliar adequadamente os pensamentos e sentimentos do outro nos


torna mais capazes de prever suas ações e comportamentos e,
consequentemente, mais hábeis socialmente (Watson, Nixon, Wilson &
Capage, 1999).

45
Teoria da Mente

üRefere-se à habilidade de fazer inferências sobre o estado mental, os


pensamentos e os sentimentos de outras pessoas. Não aparece
pronta aos 4 anos.

ü18 meses – entendimento inicial pessoas operam com metas e


intenções

ü3 anos – querer coisas “você não é todo mundo”

üReciprocidade – 5 aos 7 anos 46


47
Transtornos do Neurodesenvolvimento
48
Problemas atingem cerca 5% a 15% -
consequências adversas a longo
prazo

4
9
50
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO
üGrupo de condições com início no período do desenvolvimento.

üOs transtornos tipicamente se manifestam cedo no desenvolvimento, em geral


antes da criança ingressar na escola, sendo caracterizados por déficits no
desenvolvimento que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social,
acadêmico ou profissional.

ü Os déficits de desenvolvimento variam desde limitações muito específicas na


aprendizagem ou no controle das funções executivas até prejuízos globais em
habilidades sociais ou inteligência.

51
Deficiência Intelectual
(Transtorno do Desenvolvimento Intelectual)

Início no período do desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto


intelectuais quanto adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático.

Três critérios devem ser preenchidos:


A. Déficits em funções intelectuais como raciocínio, soluções de problemas,
planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e
aprendizagem pela experiência confirmados tanto pela avaliação clínica
quanto por testes de inteligência padronizados e individualizados.

52
B. Déficits em funções adaptativas que resultam em fracasso para atingir
padrões de desenvolvimento e socioculturais em relação a independência
pessoal e responsabilidade social. Sem apoio continuado, os déficits de
adaptação limitam o funcionamento em uma ou mais atividades diárias, como
comunicação, participação social e vida independente, e em múltiplos
ambientes, como em casa, na escola, no local de trabalho e na comunidade.

C. Início dos déficits intelectuais e adaptativos durante o período do


desenvolvimento.

53
Avaliação

Escalas de inteligência (WISC IV; SON-r; R2; BAYLEY; Columbia)


Anamnese (desenvolvimento)
Escalas do comportamento adaptativo - Vineland

54
inteligência
Escala de Maturidade Columbia - 3 ½ - 9 anos e 11 gf

SON-R 2 ½ -7 Execução (gf e gp h psicomotoras) Raciocínio (gf)

Matrizes Progressivas de Raven Especial 5 -11 (gf)

R-2 5-11 anos (gf)

Desenho da Figura Humana DFH 5-10

Teste de Habilidades e Conhecimento Pré-alfabetização 4 – 7 / habilidades perceptomotoras Gv visual Gp


THCP psicomotoras e Gk cinestésicas, linguagem Ga auditivo e
Gc, pensamento quantitativo Gq, memória Gsm mcp e
atenção Gv visual e Gps velo psicomotota

55
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE

Característica essencial - padrão persistente / interfere no funcionamento ou no desenvolvimento

I. Desatenção - divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de


manter o foco e desorganização – e não constitui consequência de desafio ou
falta de compreensão.
II. Hiperatividade - atividade motora excessiva quando não apropriado ou
remexer, batucar ou conversar em excesso.
III. Impulsividade - ações precipitadas que ocorrem no momento sem
premeditação e com elevado potencial para dano à pessoa. A impulsividade
pode ser reflexo de um desejo de recompensas imediatas ou de incapacidade
de postergar a gratificação.
56
TDAH

üApresentação combinada.

ü Apresentação
predominantemente desatenta.

ü Apresentação
predominantemente
hiperativa/impulsiva

57
Diagnóstico

üPredominantemente - minuciosa investigação clínica da história do paciente


üIndicada a realização de um processo amplo, em que possam ser utilizados vários
recursos instrumentais (entrevistas, escalas, testes psicológicos/NEURO).
üAlém do objetivo central de determinar a presença ou ausência do tdah, outros
pontos importantes, investigar as condições acadêmicas, psicológicas, familiares e
sociais para se delinear um plano de intervenção adequado para tratamento do
quadro
üA primeira questão importante a ser analisada faz referência à frequência dos
sintomas.

58
Comorbidade psiquiátrica

TDAH

Transtorno
Transtorno Transtorno de Transtorno de
depressão opositor Tiques
bipolar conduta ansiedade
desafiante

59
Transtorno
do
Espectro Autista
(TEA)

60
61
62
63
Coerência central Funções executivas Teoria da mente

Dificuldade de Habilidade de Habilidade intuitiva


conceitualização do executar em ordem para navegar
Processos
todo, que impacta
na comunicação,
as tarefas em prol
da performance na
durante a interação
social
cognitivos
reconhecimento de
expectativas e
vida

leitura das
emoções

64
SUSPEITA
Sinais clínicos
AVALIAÇÃO
Observação direta Escalas de triagem
CONFIRMAÇÃO
Fotos e vídeos M-CHAT Escalas diagnósticas
Relatos ATA ADI-R
Escola ASQ ADOS-2
PROTEA-R CARS-2
SCQ
SRS-2

65
Instrumentos
Denver
PROTEA-R
IDADI (INVENTÁRIO DIMENSIONAL DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL)

66
Dificuldades de aprendizagem Transtornos de aprendizagem

• Termo amplo utilizado para • São condições persistentes


designar problemas na que dão sinais logo na
aquisição das habilidades primeira infância, podem se
acadêmicas, gerais ou apresentar com ou sem
específicas, em função de comorbidades e mesmo com
falhas secundárias intervenção o
relacionadas a fatores desenvolvimento é lento.
ambientais
Rotta(2006)
67
Precisão na leitura de palavras

Transtornos específicos da Com prejuízo na leitura Velocidade ou fluência da leitura

aprendizagem Compreensão da leitura

Precisão na ortografia

Com prejuízo na expressão Precisão na gramática e na pontuação


escrita Clareza ou organização da expressão
escrita

Senso numérico
Com prejuízo na Memorização de fatos aritméticos
matemática Precisão ou fluência de cálculo
Precisão no raciocínio matemático
68
TRANSTORNO ESPECÍFICO DA
APRENDIZAGEM

ü Origem biológica que é a base das anormalidades no


nível cognitivo as quais são associadas com as
manifestações comportamentais.

ü Interação de fatores genéticos e ambientais que


influenciam a capacidade do cérebro para perceber
ou processar informações verbais ou não verbais com
eficiência e exatidão.

ü Característica essencial - dificuldades persistentes


para aprender habilidades acadêmicas fundamentais,
com início durante os anos de escolarização formal
(período do desenvolvimento).

69
üDificuldades não podem ser explicadas por deficiências intelectuais,
acuidade visual ou auditiva não corrigida, outros transtornos mentais ou
neurológicos, adversidade psicossocial, falta de proficiência na língua de
instrução acadêmica ou instrução educacional inadequada.

üOs critérios diagnósticos devem ser preenchidos com base em uma síntese
clínica da história do indivíduo (do desenvolvimento, médica, familiar,
educacional), em relatórios escolares e em avaliação psicoeducacional.
ü

70
Prof. Dr. Fernando José Silveira
professorfernandosilveira@gmail.com
@professorfernandosilveira

Você também pode gostar