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Graduada em Psicologia, estudante do Bacharelado em Ontopsicologia, Primeira Turma,
Faculdade Antonio Meneghetti. E-mail: ragalzimaria@yahoo.com.br
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Saber Humano-Revista Científica da Faculdade Antonio Meneghetti
Saber Humano, ISSN, 2446-6268, Edição Especial: Cadernos de Ontopsicologia, p.172-179, fev., 2017.
1 Introdução
O processo perceptivo a princípio descreve como a realidade pode ser percebida pelo
indivíduo em seus infinitos modos de reconhecimento da situação. Sendo o ponto de encontro
entre a mente e mundo, entre o mundo exterior e o mundo interior, subjetivo e objetivo, o
processo por meio do qual os fatos são traduzidos em consciência e o mundo é munido de
forma. Diante desse contexto podemos iniciar a compreensão de que o protagonista na
construção do conhecimento é o indivíduo, o sujeito.
O homem apreende a realidade a sua volta a partir dos seus modos de perceber por
como e quanto percebe, dos sentidos à consciência. Todo o universo emana e recebe
informações, é preciso compreender o quanto é real o seu perceber, qual o critério o ser
humano usa para verificar se aquela realidade percebida está baseada em qual verdade.
Analisando etimologicamente o termo critério, segundo Meneghetti (2012, p. 69),
verificamos que deriva do verbo grego krino que significa: “eu julgo”, do qual depois deriva
também o termo latino criterium, ou seja, “qual regra eu uso para discernir o verdadeiro do
falso”. Portanto, entendemos que critério é o princípio ou elemento que constitui o conforme a
algo, a uma ação.
Para se fundar uma ciência, segundo Meneghetti há critérios de dois gêneros: o critério
convencional e o critério de natureza. O critério convencional “é aquele usado em todas as
ciências chamadas exatas” (estatística, matemática, física, medicina, química, etc.)”
(MENEGHETTI, 2010, p. 146; MENEGHETTI, 2014). O critério de natureza “é uma medida
que procede por evidência, responde a uma intenção de natureza” (ibid.). Segundo o autor, o
termo evidência deriva do latim ex vidente – aquilo que resulta da experiência daquele que vê.
É um critério elementar da vida, é vital, ou seja, tudo aquilo que é igual a ele é sadio e vital,
enquanto o que é diferente é doença, sofrimento. Portanto, para chegar à verdade de alguma
coisa, primeiramente é preciso ter a evidencia da existência. No que o indivíduo se baseia para
dizer que se conhece. Qual a percepção que tem de si e como resolve suas questões subjetivas.
Nessa perspectiva, buscamos neste artigo identificar a influência da percepção na
construção do conhecimento e suas interferências no processo, visto que esta é uma etapa
considerada de grande relevância na geração e evolução do conhecimento humano. Buscamos
por meio da teoria da percepção (MENEGHETTI, 2010) e do processo SECI (NONAKA;
TAKEUCHI, 2008), apresentados a seguir, um estudo teórico via pesquisa bibliográfica que
embase nossa investigação e esclareça nossas dúvidas acerca do tema.
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Saber Humano, ISSN, 2446-6268, Edição Especial: Cadernos de Ontopsicologia, p.172-179, fev., 2017.
2 O processo perceptivo-cognitivo
O tema da percepção, discutido desde os antigos filósofos até hoje, mantém intactas
algumas indagações básicas: se ter uma percepção é captar, interpretar informações sobre o
mundo, ou se é construir objetos dentro do nosso mundo.
Conforme Abbagnano (2012):
O primeiro cientista que trouxe como pesquisa o processo perceptivo foi Charles Scoth
Sherrington (1857-1952) e a definiu em três níveis. A exterocepção, abrange os cinco
sentidos; a propriocepção, aborda apenas a cinestesia do corpo, seu movimento; e a
interocepção, abrange os sentidos viscerais, relacionados ao equilíbrio das funções químicas
do corpo. No entanto, percebemos que em nenhum momento o autor aborda o aspecto da
egocepção, ou seja, reduz o sujeito da ação e desconsidera o indivíduo como ator neste
processo. Assim sendo, optamos, neste artigo, pela teoria de Meneghetti (2010), por
entendermos que todo nosso corpo é um aglomerado altamente organizado de informações.
Ou seja, a todo instante informa e é informado.
No Dicionário de Ontopsicologia, percepção “é a atitude para receber ou captar a ação
e mensurar-lhe valor. Atitude para receber e reconhecer a informação concretamente ou em
símbolo. Dá-se: a) uma percepção nativa, própria do organismo e b) uma percepção
convencionada” (MENEGHETTI, 2012, p. 210). Segundo o autor, podemos entender que a
percepção nativa deriva do Em Si ôntico e a convencionada é adquirida pela educação.
Na obra Ontologia da Percepção (MENEGHETTI, 2015), esta significa “os infinitos
modos de comunicação que temos com o mundo concreto; é a relação que instauramos
através dos nossos cinco sentidos mais o sexto, o sentido interno” (MENEGHETTI, 2015, p.
26).
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5 Considerações Finais
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REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. 6. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes,
2012.
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