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Unidade 1

Descrição e
interpretação da
actividade cognoscitiva

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CONHECIMENTO COMO PROBLEMA CENTRAL DA FILOSOFIA

Descrição Interpretação

Perspectiva
Perspectiva
Fenomenológica
Gnoseológica

Quais os problemas com que


Processo de Produto de a gnoseologia se depara?
apreensão apreensão

1. Conhecemos realmente as coisas ou só


O que é Representação as suas representações?
conhecer? ou imagem
A. Realismo Natureza do
B. Idealismo Conhecimento

2. Conhecemos com os sentidos, com a


Razão ou com ambas?
Relação Sujeito/Objecto como o
momento chave para surgir o
A. Empirismo Origem
conhecimento
B. Racionalismo ou fonte do
C. Apriorismo conhecimento

3. Será que podemos conhecer


verdadeiramente alguma coisa?

A. Dogmatismo Possibilidade,
B. Cepticismo valor e limite do
C. Criticismo Conhecimento 3
SENSAÇÃO, PERCEPÇÃO E RAZÃO

«Todo o conhecimento humano é, inevitavelmente, uma


interpretação disso a que chamamos realidade. A
significação consiste fundamentalmente nesta interpretação. É
óbvio que temos que atribuir [...] esta significação e esta
interpretação [...] à intervenção do dinamismo do sujeito.
❑[...] Em toda a experiência cognoscitiva existem dois
elementos: os dados imediatos, por exemplo ou sensoriais,
que são apresentados ou dados à mente e juntamente com
eles dá-se uma forma, construção ou interpretação que se
origina na actividade do pensamento. [...] Se não se dessem
dados à mente, então o conhecimento [...] careceria de
conteúdo e seria arbitrário [...] mas ao mesmo tempo, se não
há construção ou interpretação «imposta» pela própria mente,
então o pensamento torna-se supérfluo [...].

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SENSAÇÃO, PERCEPÇÃO E RAZÃO
[...] A experiência ultrapassa o nível do facto para se converter em
conhecimento porque há uma razão cognoscente e pensante
que elabora e até ‘manipula’ os dados. É uma manipulação
intencional, ordenadora, relacional e a sua importância sobe de
grau nos casos como os da experiência científica [...]. Então o papel
da razão ou do pensamento é muito maior, porque [...] em algumas
experiências científicas a razão tem de começar por suprir a
deficiência dos sentidos na procura de dados. Diz Reichenbach: “A
razão é um instrumento indispensável para a organização
do conhecimento, sem a qual os factos de uma ordem mais
elevada não poderiam ser conhecidos [...]. Qual é a achega que a
razão traz ao conhecimento adquirido por observação? [...] É a
introdução de relações abstractas de ordem”.

Romeo, S. R., Experiencia, Cuerpo y Conocimiento, Madrid, C.S.I.C., 1985, pp. 71-76.

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Sensação

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Sensação

✓ Processo fisiológico de ligação do organismo com o


meio circundante.
✓ Os nossos sensores são os nossos órgãos dos
sentidos
Exº os olhos recebem os estímulos luminosos
✓ Apreensão imediata e isolada das qualidade dos
objectos que se constituem como base da percepção
✓ Dá-nos múltiplas informações acerca da realidade e
está na origem do conhecimento fornecendo
elementos que vão ser objecto de interpretação e
organização por parte da percepção 7
A Percepção como
Representação

Olhamos para o rosto como totalidade


e não atentamos nas partes

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Percepção

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A Percepção

•Os receptores de cada sistema sensorial são especializados em


determinado tipo de informação.

•Asinformações sensoriais são enviadas para diferentes áreas do


cérebro, onde são representadas.

MAS…
A realidade aparece-nos percepcionada como um
conjunto unificado e contínuo

A percepção é uma representação mental


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A Percepção como
representação mental
É no cérebro que se vão estruturar e
organizar as representações do mundo.

A informação proveniente dos órgãos


sensoriais é tratada pelo cérebro.
É o cérebro que dá sentido e
significado à informação sensorial.
A percepção é uma construção pessoal
que parte de informações presentes e
passadas, é um processo cognitivo
complexo, interferindo:
- estruturas fisiológicas
- experiências pessoais11
A interpretação da realidade

A percepção é o processo cognitivo através do qual


contactamos com o mundo, que se caracteriza pelo facto de
exigir a presença do objecto, da realidade a conhecer. Assim, é
a interpretação que nos leva a organizar o mundo.

A percepção exerce um processo de selecção que nos permite


captar apenas alguns aspectos da realidade, aqueles que nos
interessam e são significativos para nós
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Percepção

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Percepção

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Ilusões

Ilusão de Ponzo Ilusão de Müller-Lyer


Razão
✓ O pensamento/ razão vai posteriormente fazer os
raciocínios mais elaborados e que implicam outro tipo de
processos mentais.

✓ A razão relaciona dados, abstrai, generaliza, estabelece


relações num processo de busca de busca da verdade e
de um conhecimento objectivo e universal.

✓ Relaciona dados perceptivos de modo a encontrar leis e


teorias abstractas sobre a realidade.

✓ Constrói modelos explicativos e interpretativos sobre a


realidade. 19
Perspectiva fenomenológica do
conhecimento
A Fenomenologia, que foi
fundada por Edmund Husserl, é
o estudo descritivo dos
fenómenos que aparecem à
consciência do sujeito, passíveis
de serem apreendidos por
intermédio da representação.
A fenomenologia caracteriza-se
pela actividade intencional que
o sujeito realiza em direcção ao
objecto com a finalidade de o
conhecer. 20
Perspectiva fenomenológica

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Perspectiva fenomenológica

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Tipos de conhecimento
O conhecimento.

➢ O conhecimento é sempre uma relação daquele que


conhece – sujeito - com o que é conhecido -
objecto.

➢ Dessa relação de cognoscibilidade nasce todo o


conhecimento. A relação “sujeito – objecto”
pertence à essência do conhecimento.

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Tipos de conhecimento
Conforme a mudança de objecto assim muda o tipo de
conhecimento. Com base no tipo de objecto encontramos
3 tipos de conhecimento que se podem expressar pelas
seguintes frases:
▪ Luís sabe construir papagaios de papel.

▪ Luís conhece Lisboa.

▪ Luís sabe que Ronaldo é um jogador de futebol.

⚫ Conhecimento prático (saber-fazer).


⚫ Conhecimento por contacto ou conhecimento de
objectos (saber de).
⚫ Conhecimento proposicional. (Saber-que)
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Tipos de conhecimento
Conhecimento prático (Saber como)

Refere-se ao conhecimento de uma actividade, isto é, à


capacidade, aptidão ou competência para fazer
alguma coisa.
Por exemplo, saber cozinhar, tocar piano, conduzir,
saber dançar, apanhar borboletas.
A este saber, um saber-fazer não se aplica o
qualificativo de V ou F. É um “poder fazer” que se
tem ou não.

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Tipos de conhecimento
Conhecimento por contacto

⚫ O conhecimento por contacto – conhecimento


de objectos - é um conhecimento imediato e
directo de algo exterior ao sujeito, como por
exemplo: conhecer o que é ter um choque eléctrico,
resultou de o ter já sentido.
⚫ O saber que é referido pode ser V ou F.

➢Ex.º Quando dizemos: O João conhece o Mourinho.


➢Isso significa que ele teve algum contacto com ele,
que o conhece pessoalmente. Mas se isso não
acontecer não dizemos que o conhecemos, antes
dizemos que sabemos quem ele é. 26
Tipos de conhecimento
Conhecimento proposicional (Saber que)

⚫ O conhecimento proposicional – conhecimento


de verdades - é aquele que permite saber se uma
proposição é verdadeira ou falsa, isto é, responde às
questões referentes às condições:

➢ necessárias
Para um sujeito conhecer uma proposição.
➢ suficientes.

❑ Exº. Quando dizemos que João sabe que Londres é uma


cidade, o que ele sabe é que a proposição expressa pela
frase “Londres é cidade” é Verdadeira.
❑ Sabemos que: 2+2=4; de acordo com Lavoisier, na
Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma 27
Que condições são necessárias
para haver conhecimento?
⚫ As três condições normalmente aceites para que uma
proposição seja considerada um conhecimento são:
➢ que ela seja uma crença;
➢ que seja verdadeira;
➢ que seja uma crença verdadeira justificada.
Crença

Verdade
Conhecer
Justificação

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Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional

⚫ A maior parte dos filósofos pensa que não basta ter


uma crença verdadeira para ter conhecimento.

⚫ O primeiro a expressar esta ideia foi Platão num diálogo


chamado Teeteto.
⚫ Os oradores e os advogados, escreveu Platão, levam as
pessoas a acreditar em coisas que são em alguns casos
verdadeiras, fazendo desse modo com que tenham
crenças verdadeiras, mas não conhecimento.

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Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional

Para que exista conhecimento têm de estar reunidas três


condições: crença, verdade e justificação.

➢ Isoladamente as três condições são encaradas como


necessárias, mas não suficientes.

➢ Em conjunto são suficientes e isso basta para que uma


proposição seja um caso de conhecimento.

➢ Quanto teremos de estar convencidos de que uma certa


proposição é verdadeira para termos conhecimento?
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Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional (ver manual, p. 9-12)
CRENÇA
➢ Uma crença (ou convicção ou opinião) é uma relação entre o
sujeito (que tem a crença) e o objecto dessa crença
➢ (Aqui não tem o significado religioso, mas sim qualquer tipo de convicção que
cada um pode ter).
➢ Não pode haver conhecimento sem crença mas a crença não é
suficiente.
➢ Às vezes acreditamos em certas coisas sem ter conhecimento
delas. Saber e acreditar são coisas diferentes
➢ Assim, só dizemos que acredito em algo se penso que esse algo
é verdadeiro e vice-versa. Ex.º Sei que o Sol é uma estrela porque
acredito nisso. Se não acreditarmos também não podemos saber o
que é, logo a crença é uma condição necessária para o
conhecimento 31
Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional
A Verdade levanta algum tipo de problema?
Será que existem verdades absolutas?
Como definir o que é a verdade?
Esta condição apresenta problemas sérios e de difícil solução:
Não sabemos com segurança quando é satisfeita a
verdade.

Então como poderemos saber que a proposição é verdadeira?

Não há uma maneira independente de determinar a verdade.


Saber se a verdade é satisfeita dependerá sempre da justificação
que supomos segura, mas que pode não ser tão segura assim.
Ex.º Lurdes sabe que o céu é azul.
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Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional

Nenhuma crença falsa pode ser conhecimento, mesmo que a


pessoa pense que é conhecimento.
A verdade é uma condição necessária, mas não é uma
condição suficiente
Quando pensamos acerca do conhecimento da ciência, concluímos
que muitas foram as vezes que os cientistas pensaram ter
conhecimento, sem que, de facto, o tivessem. Num e noutro caso,
é o nosso compromisso com a verdade que determina o que
dizemos e pensamos.
Outro exemplo: Jogo no Totoloto e afirmo que é desta que vou ganhar.
Depois do sorteio, ganhei o loto e digo “eu não te disse que ia ganhar”.
O facto de a minha crença se ter revelado verdadeira isso não se segue
que soubesse que ia ganhar o Totoloto. Crenças que por acaso se
revelam verdadeiras não são conhecimento 33
Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional

✓ Uma crença está justificada quando há boas razões a favor da


verdade dessa crença. Porém não é necessário que a pessoa
saiba explicar correctamente que razões são essas.
❖ O que é importante é que a crença esteja justificada.

✓ A justificação também apresenta alguns problemas:


Não sabemos o quanto terá de ser forte a justificação de uma
proposição para que ela seja um caso de conhecimento.
Podemos afirmar que:
1. A justificação correcta é conclusiva.
Ou
2. Uma justificação razoavelmente forte, mas não conclusiva, é34a
justificação correcta. (é provável)
Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional
Exº.
O facto de a crença da Joana de que vai passar de ano
ser verdadeira, não se segue que ela realmente saiba
que vai passar de ano
Mas,
Se além de ter uma crença verdadeira, existirem boas
razões a favor da crença da Joana, então parece que ela
sabe que vai passar de ano.
Por exemplo, se ela acreditar que vai passar o ano porque
tem boas notas a todas as disciplinas, então a sua crença
verdadeira não é fruto do acaso, pois está justificada.
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Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional
A justificação
É uma condição necessária para o conhecimento
Não é uma condição suficiente
Queremos mais do que crenças verdadeiras. Queremos
ter confiança nas nossas crenças verdadeiras e para
isso precisamos da justificação.
Assim, ter crenças verdadeiras por sorte ou acaso não é
conhecimento.
Uma crença está justificada quando há boas razões a
favor da sua verdade.

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Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional

37
Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional
Contra-exemplos de Gettier:
Num artigo de 1963, Gettier contestou a definição
tradicional de conhecimento defendida por Platão:
A crença verdadeira justificada é conhecimento

-Gettier apresentou contra-exemplos que mostram que


possuir uma crença verdadeira justificada pode não ser
conhecimento.

-Para Gettier, é possível não possuir qualquer conhecimento


mesmo que se tenha uma crença verdadeira justificada.
O que é um contra-exemplo? É um exemplo que
contradiz o que diz uma teoria geral.
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Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento proposicional
⚫ E. Gettier demonstrou através de contra-exemplos que as três condições
defendidas pela definição tradicional de conhecimento não são
suficientes para existir conhecimento;

⚫ Assim, verificamos que nos casos em que temos uma CVJ sem
conhecimento a justificação apresenta-se apenas como credível e não
como infalível.

⚫ Segundo a concepção de Gettier é, pois, necessário encontrar uma nova


condição [extra] que, conjuntamente com a crença, a verdade, e a
justificação, permita determinar o que é o conhecimento.

⚫ No âmbito da teoria do conhecimento, deve-se então reflectir para


procurar uma nova concepção de conhecimento, isto é, uma concepção
quadripartida (crença + verdade + justificação + condição extra). 39
Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional

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Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional

⚫ 1. Contra-exemplo formulado pelo filósofo inglês Bertrand


Russell (1872-1970).

⚫ “O relógio da igreja da tua terra é bastante fiável e costumas


confiar nele para saber as horas. Esta manhã, quando vinhas
para a escola, olhaste para o relógio e viste que ele marcava
exactamente 8h e 20m. Por isso, formaste a crença de que
eram 8h e 20m. O facto do relógio ter sido fiável no passado
justifica a tua crença. Contudo, sem que o soubesses, o relógio
tinha avariado no dia anterior exactamente quando marcava 8h
e 20m. Assim, tens uma crença verdadeira justificada que não
é conhecimento.”
⚫ Luís Rodrigues e outros, “Filosofia – 11º”, 1ª edição, 2004, Plátano Editora, pág. 19841.
Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional ( ver livro adoptado, p.145)
⚫ 2. Contra-exemplo formulado por Jonathan Dancy:

“Henry está a ver televisão numa tarde de Junho. Assiste à final masculina de
Wimbledon e, na televisão, McEnroe vence Connors; o resultado é de dois a zero
e ‘match point’ para McEnroe no terceiro ‘set’. McEnroe ganha o ponto. Henry crê
justificadamente que:

1. Acabei de ver McEnroe ganhar a final de Wimbledon deste ano, e infere


sensatamente que…
2. McEnroe é o campeão de Wimbledon deste ano.

No entanto, as câmaras que estavam em Wimbledon deixaram na realidade de


funcionar, e televisão está a passar uma gravação da competição do ano
passado. Mas enquanto isto acontece, McEnroe está prestes a repetir a
retumbante vitória do ano passado. Portanto, a crença 2 de Henry é verdadeira,
ele tem decerto justificação para crer nela. Contudo, dificilmente aceitaríamos que
Henry conhece 2.”
Jonathan Dancy, “Epistemologia Contemporânea”, Edições 70, pp. 41-42
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Formas de justificação
do conhecimento
Quando se fala de provar ou de justificar as nossas crenças
verdadeiras, dois tipos de justificação são frequentes:
1. A justificação que se faz independentemente da experiência e que
recebe o nome de conhecimento a priori. A sua verdade dispensa
qualquer verificação empírica.
O conhecimento a priori é constituído por crenças que se podem
justificar recorrendo unicamente ao pensamento.
Apenas as proposições da lógica e da matemática, bem como quaisquer
afirmações que possamos saber que são verdadeiras apenas pelo
esclarecimento do seu significado, constituem conhecimento a priori.
São universais (são verdadeiros sempre e em toda a parte) e
necessários (negá-los implicaria entrar em contradição).
Ex: “A soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a dois rectos”.
•3x2=6 43
Formas de justificação
do conhecimento
Quando se fala de provar ou de justificar as nossas crenças
verdadeiras, dois tipos de justificação são frequentes:
2. A justificação que se baseia na experiência, ou a posteriori.
Depende da experiência ou da observação. O conhecimento a
posteriori é constituído por crenças que só se podem justificar se
recorrermos a dados empíricos.
O conhecimento facultado pelas Ciências da Natureza e pelas Ciências
Humanas é a posteriori e o mesmo se pode dizer de muito do
conhecimento que obtemos todos os dias.
Não são estritamente universais (não são verdadeiros sempre e em
toda a parte) e são contingentes – são verdadeiros, mas poderiam
ser falsos, e negá-los não implica entrar em contradição
Ex: “Sabemos que o professor de Filosofia tem um casaco castanho”
- “Esta cadeira é amarela” 44
Tipos de conhecimento
Condições para haver conhecimento
proposicional

É necessário uma justificação, com uma ou mais


razões que sustente a proposição.

Independente da Dependente da
experiência experiência

A priori A posteriori
“Estes croquetes são bons”
“Todo o acontecimento tem uma
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causa”
SÍNTESE FINAL

Conhecimento Conhecimento de Conhecimento por


proposicional. (Saber que habilidades (saber fazer, contacto. (Conhecer
Londres é a capital de saber nadar). pessoalmente algo ou
Inglaterra). alguém. Eu conheço
Paris).

Definição clássica de
conhecimento.

O CONHECIMENTO É CRENÇA VERDADEIRA JUSTIFICADA

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TIPOS DE CONHECIMENTO
O CONHECIMENTO É CRENÇA VERDADEIRA JUSTIFICADA

Não se pode conhecer algo O que não é verdadeiro A crença verdadeira não
sem acreditar no que se não pode ser objecto de pode ser uma simples
diz conhecer. conhecimento. opinião.

Temos de acreditar que a Tem de haver boas razões


proposição é verdadeira. A proposição conhecida e evidências para
tem de ser verdadeira. acreditar na proposição.

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