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Introdução
A comunicação organizacional é uma área predominantemente da comunicação ou do estudo das
organizações, sendo que a literatura existente sobre o assunto enfatiza a comunicação como um
elemento catalisador para um bom funcionamento da organização e a respectiva consecução de
seus objectivos.
Assim, o presente trabalho subscrito sob o tema Comunicação Organizacional, analisa o processo
comunicativo nas organizações, explorando os contextos privilegiados para os intervenientes
trocarem informações, os meios e canais aos quais eles se socorrem para tal, arrolando as
possíveis barreiras que este processo de troca de informações enfrenta, e avaliando os
mecanismos de feedback deste processo.
No que diz respeito a metodologia o nosso trabalho enquadra-se numa pesquisa bibliográfica,
pois fizemos leitura e busca de informação em artigos, livros, dissertações, bem como na net.
No capítulo II, fazemos uma breve revisão da literatura com o objectivo de nos informar sobre o
estado da arte, sendo que exploramos o contexto histórico do surgimento da comunicação,
os modelos de comunicação e algumas pesquisas empíricas sobre a comunicação organizacional.
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Liceniado em AdmistraÇão e Gestão da EducaÇão pela Universidade Pedagógica. Mestrando em Avaliação
Educacional pela Universidade Prdagógica de Maputo.
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Objectivos
Geral
Analisar como ocorre o processo de comunicação nas organizações
Específicos
Descrever as circunstâncias e os contextos em que a comunicação ocorre nas
organizações;
Identificar as formas de expressão e os canais usados nas organizações no processo da
comunicação interna;
Explicar as possíveis dificuldades/barreiras que os membros enfrentam no processo de
comunicação interna.
primeiros periódicos nos moldes vingentes, voltado para o público interno, foi o The
Triphammer, criado pela Massey Harris Cox, em 1885, nos Estados Unidos (Rego: 1984).
Comunicação
Depois de consultar o conceito de comunicação em Sousa (2006), que o define como o acto de
relacionar seres conscientes, e tornar algo em comum entre eles, seja ela uma experiência, uma
informação, uma sensação, uma emoção, experiência e mais.
Alves (2009), afirma que comunicação é a síntese entre a informação e a mensagem definimos
nosso conceito de comunicação como sendo: Processo de troca de informação, por meio de
uma mensagem, que é codificada e veiculada através de um meio comunicacional,
ocorrendo em um contexto físico específico e que influencia o processo criando alguns
efeitos nos seus intervenientes e que se torna possível pelo facto destes intervenientes
compartilharem de experiências comuns sobre o fenómeno em questão nesse processo
comunicativo.
Organização
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Uma organização pode ainda ser considerada como uma unidade social conscientemente
coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente
contínua, para atingir um objectivo comum (Robbins: 2002).
De um modo geral, qualquer organização pode ser vista como uma forma de disposição
de um determinado sistema para atingir os resultados pretendidos.
Comunicação Organizacional
Apesar de a comunicação constituir uma das habilidades humanas que dalgum modo possibilita a
o desenvolvimento dos Homens, verifica-se demasiadas vezes a grande dificuldades que os
indivíduos têm de transmitir os seus sentimentos, este que é um facto que pode constituir um
impasse para a vida harmoniosa dentro das organizações.
organização, enquanto que, para Gil (1994:32), comunicar-se constitui habilidade requerida de
todos os profissionais que exercem funções gerenciais, principalmente dos profissionais de
recursos humanos, pois, na maioria das actividades que exercem, necessitam exprimir-se
oralmente ou comunicar-se com uma ou mais pessoas.
Para Churchill Junior & Peter (2012) “ comunicação é a transmissão de uma mensagem de um
emissor para um receptor, de modo que ambos a entendam da mesma maneira. Dessa
forma, um anuncio impresso, um cupom, um spot de rádio, um comercial de televisão ou
qualquer comunicação de marketing devem transmitir claramente o significado pretendido.”
Para Robbins (2005:276), a comunicação funciona em quatro áreas básicas de uma organização.
São elas: controle, motivação, expressão emocional e informação. Ele afirma ainda que nenhuma
dessas funções é mais importante do que as outras, visto que elas se completam e são necessárias
em conjunto para que ocorra uma comunicação eficaz dentro da organização.
Rocha (2013) afirma que Chester Barnard (1938) foi o primeiro teórico das organizações a
referir-se à importância da comunicação. Mas só cerca de 30 anos mais tarde é que renasce a
importância dada à comunicação como a essência da organização.
Por comunicação interna se entende um sistema de informação paralela, e não substituto do fluxo
comunicativo funcional, que circula por uma organização e é necessário para o seu
desenvolvimento” (Kunsch, 2006).
Segundo Robbins (2005), o comunicador de uma organização deve apresentar seis características
básicas. São elas: profundo conhecimento do negócio da empresa onde trabalha; bom
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Franca e Leite (2007), afirmam que os primeiros jornais, boletins, murais, festas de
confraternização, informativos foram desenvolvidos pela área de Recursos Humanos, com o
objectivo de atender e responder às expectativas e dúvidas dos funcionários. Este que foi um dos
passos mais importantes que se deu com vista ao desenvolvimento humanos no seio das
organizações, o que possibilitava o contacto frequente entre os colaboradores e os seus
responsáveis para alem de ser um modo de integra-los, directa ou indirectamente, fazendo com
que estes fossem parte da organização a todos os níveis.
Vale ressalvar que esta iniciativa não teve o seu total sucesso, uma vez que este sector registou
algumas dificuldades em satisfazer as necessidades do pessoal. Segundo Franca e Leite (2007),
os principais factores que impediram o êxito desse sector na área de comunicação foram:
a) A falta de preparo dos profissionais de Recursos Humanos, que na maioria das vezes
improvisavam formas de comunicação;
b) A falta de planeamento ordenado, consistente e estratégico de comunicação;
c) O foco apenas no cumprimento rigoroso dos procedimentos e da legislação trabalhista,
tornando a comunicação fria e legalista;
d) A falta de preparo para tratamento editorial da comunicação, um exemplo é a criação de
pecas que não conseguem transmitir a mensagem desejada, seja por elementos visuais ou
por textos pouco atractivos.
De modo a fazer face a essa problemática, o sector de Recursos Humanos optou em trazer a
organização, por via dos comunicadores, novos métodos capazes de responder aquilo que eram
as suas expectativas a nível interno de modo a proporcionar um clima organizacional agradável.
mais dinheiro do orçamento; e por outro lado, comunicam com os cidadãos a quem prestam
serviços. Por isso, para além, de institucionalizarem formas de relações públicas, têm de
preocupar-se com os gostos dos cidadãos, consumidores dos serviços públicos, o mesmo é dizer,
têm que adoptar uma estratégia de qualidade.
Indo mais além, Rocha diz que a ideia é que deve ser o cidadão a avaliar as organizações
públicas. Mas para isso, torna-se necessário estabelecer um sistema de comunicação que permita
uma adequada avaliação. Este processo tem-se tornado possível através adopção de instrumentos
concretos como os livros reclamações e as cartas de qualidade. Alem disso, torna-se cada vez
mais frequente a certificação de instituições públicas e o uso de formas sistemáticas de avaliação
de qualidade com base na adaptação do modelo europeu de excelência à Administração Pública.
1. Os ruídos na comunicação
2. Ruídos decorrentes do emissor
a) Falta de clareza nas ideias
b) Comunicação Múltipla
c) Problemas de codificação
d) Bloqueio Emocional
e) Hábitos de locução
f) Suposição acerca do receptor
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Este modelo mostra o quanto a comunicação se apresenta como um fenómeno milenar. Segundo
Sousa, (2006, p. 78) este foi desenvolvido pelo filósofo Aristóteles, no século IV a.C., na sua
obra Arte Retórica. Para este filósofo, para se estudar, compreender e cultivar a retórica deve-se
socorrer ao acto comunicativo, porém prestando atenção a três critérios que a constituem:
emissor, e mensagem, e receptor, isto é a pessoa que fala, o discurso que faz e por fim a pessoa
que ouve. Iniciava-se assim, a ideia de modelos de comunicação que vieram a ser desenvolvidos
posteriormente por teóricos da comunicação, conforme veremos alguns a seguir.
Este modelo é datado de 1948, e é da autoria de Harold Lassweell. Este modelo é considerado o
segundo modelo do processo de comunicação que pode ser encontrado na história
(provavelmente depois do de Aristóteles). A sua aparição situa-se na fase de transição entre as
primeiras teorias sobre a comunicação social. Ele superou o modelo de Aristóteles ao introduzir
mais dois aspectos no processo de comunicação: o canal e os efeitos. Assim, o modelo
de Lassweell (1948) é composto por emissor, mensagem, canal, emissor, e os efeitos. Este
modelo, foi pensado para a descrição da comunicação mediada através dos meios de
comunicação de massas e ele sugeria que os efeitos da comunicação ocorriam somente do lado
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do receptor da mensagem e a iniciativa de comunicar era sempre do emissor, porém essa visão
seja contestada, pois que um acto comunicativo não tem inicio bem definido e emissores
e receptores se influenciam mutuamente. Sousa, (2006, p. 78-79)
Este surge um ano mais tarde em relação ao modelo de Lassweell, e foi criado pelo matemático
Claude Shanon e pelo engenheiro Warren Weaver. O modelo de Shanon e Weaver
(comummente chamado) tinha como função o estudo da comunicação electrónica, porém
ele pode ser aplicado no estudo de outras formas de comunicação. Segundo este modelo,
a comunicação compreende o seguinte processo: a fonte de informação elabora e envia uma
mensagem; a mensagem chega a um transmissor, que transforma a mensagem num sinal. O sinal
pode estar sujeito a ruído (interferências). Por esta razão, o sinal emitido pode ser diferente do
sinal captado pelo receptor. O receptor capta o sinal e fá-lo retornar à forma inicial da
mensagem, de maneira a que esta possa ser percepcionada e compreendida pelo receptor (Sousa,
2006).
Se prestarmos a atenção, observamos que este modelo acrescenta três novos elementos no
processo de comunicação a saber: o sinal, ruído, e o sinal captado. É importante deixar claro que
este modelo, apesar de acrescentar novos elementos no processo de comunicação, ele apresenta
algumas lacunas que não serão discutidas aqui, pois isso não interfere na consecução dos
objectivos deste capítulo.
Para este modelo, para que haja comunicação é necessário três elementos apenas: dois
interlocutores e um terceiro não bem especificado, o que torna difícil saber quais são os
elementos comunicativos que este modelo traz de novo.
Este autor apresentou dois modelos de comunicação, onde no primeiro, derivado do modelo de
Shanon e Weaver, apresentou uma relação linear entre a fonte e o destino, porém
Schramm (1954) entra em consideração com a noção de codificador e de descodificador e com a
ideia de que o processo de codificação/descodificação depende das experiencias do
codificador e descodificador. Assim, Shramm associou ao emissor a função de codificador, isto
é, aquele que transmite códigos por meio da mensagem e a função de descodificador,
aquele que recebe a mensagem codificada. A comunicação, assim, torna-se possível graças
ao conhecimento de ambas partes do campo de experiência. Sendo que quanto maior for a
superfície comum dos dois campos de experiência, fácil será a comunicação, sendo válido
também no sentido contrário (Sousa, 2006).
Depois deste modelo, Schram elaborou um outro em 1954, que introduz pela primeira
vez a noção de feedback no processo de comunicação. Com a noção de feedback, este autor dá
uma nova forma ao processo de comunicação, que é circular, o que significa que para
que haja comunicação ela deve partir do emissor e terminar no emissor, isto é, para que haja
comunicação é necessário que o emissor ou codificador mande uma mensagem e o receptor ou
descodificador retorne por meio do o feedback, só assim se completa o acto
comunicativo. Assim, para Schramm (1954) cada emissor pode funcionar como receptor
também durante o acto comunicativo (Sousa, 2006)
compreensão pode ser influenciada por questões de ordem valorativa, assim como todo processo
comunicativo pode estar circunscrito neste plano (Sousa, 2006).
A comunicação externa inclui toda veiculação de informações, emitida pela organização, para
públicos que estejam fora dos limites da organização. Na comunicação interna, as transmissões e
o compartilhamento de informações ocorrem entre organização e o seu pessoal.
“A comunicação organizacional actual, que está inserida num cenário onde é crescente a
interdependência da economia mundial, deve promover a união de duas propostas que,
historicamente sempre estiveram separadas: a comunicação com fins mercadológicos e a
comunicação com fins institucionais. (TORQUATO, 1986, p. 68).”
Segundo Torquato (1986), a comunicação organizacional se realiza por meio de três fluxos, os
quais se movem em duas direcções:
Para Berlo (1999), por ser a comunicação um processo, enfrentam-se dois problemas ao estuda -
lá. Primeiro: é necessário paralisar a dinâmica do processo e com isso, as inter-relações entre os
elementos são apagadas. Segundo: para descrever o processo é necessário o uso da linguagem
que, também como um processo, está em constante evolução, mas perde a qualidade de processo
quando escrita.
Porém, é preciso reconhecer que certas coisas precedem outras e que a ordem de precedência
varia de situação para situação, 9 sendo assim, é possível paralisar o processo, mesmo com todas
as consequências deste ato, e visualizar o processo de comunicação (Berlo, 1999).
Berlo (1999) cita que são muitos os modelos de processo de comunicação. Não há como eleger
um modelo como correto ou ideal. Uns podem ser mais úteis que outros, alguns podem
corresponder mais que outros ao presente estado de conhecimento da comunicação.
Apesar de serem baseados em ópticas diversas, frutos de culturas, contextos e épocas diferentes,
os vários modelos apresentam elementos em comum: o emissor, a mensagem e o receptor.
Conclusão
Chegados ao fim deste trabalho, que tinha como tema comunicação organizacional: e que
tinha como objectivo geral analisar o processo de comunicação interna , concluímos
ocorre em todos os sentidos possíveis da comunicação dentro de uma organização
(ascendente, descendente, horizontal e diagonal), sendo que, um aspecto relevante e que por isso
não se pode deixar de fora, é o facto de que no sentido ascendente da comunicação, na maioria
das vezes, esta depende de intermediários que servem para transportar a informação da base para
o topo, o que se torna como obstáculo para o processo de comunicação, dado que há
probabilidade de que o conteúdo da informação transportada seja deformado, conforme
mostraram as informações dos alunos ao afirmarem que uma das maiores dificuldades no
processo comunicativo com a direcção residia no facto dos intermediários superiores
dificultarem a chegada de algumas informações à direcção.
Propostas Temáticas
Bibliografia
ALVES, T. Tecnologia de Comunicação e Informação (TIC) nas Escolas: da Idealização à
Realidade. Universidade Lusófona de Humanidade e Tecnologias: Instituto de Ciências de
Educação, Lisboa. 2009.
CHIAVENATO, I. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 9ª ed. São Paulo:
Atlas, 2009.
CHURCHILL JR, Gilbert A.; PETER, J.Paul. Marketing: criando valor para o cliente. 3ª ed. -
São Paulo: Saraiva, 2012
OLIVEIRA, D.P. de Atlas linguístico de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: Ed. UFMS, 2010.
REGO, Francisco Gaudêncio. Jornalismo empresarial: teoria e pratica. São Paulo: Summus
Editorial, 1984.
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ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2005,
p. 131 155
ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2005,
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TEIXEIRA , A primer for using least squares data analytic technique in group and organization
research. Group & Organization Management, 2013