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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE HISTÓRIA; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA


SOCIAL

A MEMÓRIA NA RELIGIOSIDADE AFRO - BRASILEIRA


ATRAVÉS DA UMBANDA DE PAI FABRÍCIO NO BRASIL

LINHA DE PESQUISA
Sociedade e Cultura

MESTRADO

DINE ESTELA MOREIRA MORAIS SANTOS

2019
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RESUMO

Quem são, de onde vêm, o que querem e para onde vão. Estes são alguns dos
questionamentos levantados por esse trabalho dissertativo que se propõe a trazer à luz a
ritualística da umbanda africanista praticada por Pai Fabrício, escravo que viveu em uma
fazenda no Brasil nos anos de 1800, segundo registros obtidos nos anais do arquivo
nacional e nos registros de batismo da igreja católica de Vassouras, onde está localizada
a fazenda,
Segundos relatos históricos passados através da oralidade da família Caravana, o
escravo Fabrício passou seus conhecimentos de cura através das ervas para Custódio de
Souza Caravana. Estes conhecimentos são mantidos pela família por mais de um século
no Brasil através de que pode ser uma nova segmentação religiosa: A umbanda de Pai
Fabrício com traços do Omolokô, inicialmente conhecido no Brasil como Calundu.
Segundos relatos da família, a missão foi passada posteriormente ao Deawe, filho
da africana Maria de Batayo, para que este, continuasse os ensinamentos à Custódio. Estes
traços do culto africanista com raízes do Omoloko foram mantidos nas casas que
funcionam até os dias atuais no Rio de Janeiro. A mais antiga, completou 105 anos em
2019 e se chama: Cabana Espírita de Pai Fabrício, em Queimados, RJ, dirigida por
Fabrícius Custódio Caravana (neto).
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INTRODUÇÃO

No Brasil foram codificadas no último século, vários tipos de umbanda com as


mais variadas ritualísticas, no entanto, neste trabalho iremos nos ater à umbanda
africanista com traços da Nação Omolokô, praticada pelo escravo Fabrício em uma
fazenda do Rio de Janeiro nos anos de 1830 e disseminada pela também escrava Maria
Batayo e seu filho Deawe de Oxóssi, babalorixá, filho natural de Batayo que viveu por
cerca de 100 anos.
A raiz Omolokô é mantida na ritualística das casas de santo da família Caravana
há 129 anos, até os dias atuais. No entanto, vem sofrendo variações e inovações, o que
pode ter gerado uma nova umbanda no Brasil. Deste modo, algumas questões serão
levantadas como: a origem do culto Omolokô no Rio de Janeiro e seus precursores; a
ritualística original e a praticada pelas casas de Pai Fabrício e suas adaptações até os dias
atuais, feitas pelos novos dirigentes que já estão em sua terceira geração.
Segundo relatos históricos passados através da oralidade pela família Caravana,
oriunda de Portugal, a umbanda africanista iniciada por Custódio de Souza Caravana no
Brasil, começou muitos anos após o falecimento do escravo Fabrício que viveu na mesma
fazenda que ele, no Sul Fluminense do Rio de Janeiro, cidade de Vassouras, hoje
conhecida como a Fazenda do Secretário; um grande reduto de produção de café na época
da escravidão. Este escravo teria curado Custódio de epilepsia e como condição, teria
exigido que o menino aprendesse a usar as ervas para curar outras pessoas.
Este escravo teria passado a ele todos seus conhecimentos com a cura através das
ervas. Após muitos anos seguidos do seu falecimento, o escravo passou a incorporar em
Custódio, que já estava com mais de 20 anos de idade e já era iniciado na religião ainda
conhecida como Kalundu e posteriormente rebatizada como Omolokô. Custódio passou
a ser orientado espiritualmente pelo Deawe, filho da africana Maria Batayo que também
teria vivido na mesma fazenda.
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DISCUSSÃO BIBLIOGRÁFICA

Natalie Zemon Davis, Carlo Ginzburg, Robert Darnton, Roger Chartier, Peter
Burke, entre outros autores que serão estudados nesta nesta linha de pesquisa, formam
um grupo que apesar das diferenças de abordagem muitas vezes controversas, são todos
praticantes da história cultural. Em comum, todos tiveram o interesse de pesquisar fatos
históricos até então sem relevância para a maior parte dos historiadores (SERNA; PONS,
2005).
O diálogo com a antropologia como meio de renovação da história social, ajuda o
historiador a entender e compreender o simbolismo derivado do sistema cognitivo oculto
pertencente a uma comunidade (THOMPSON, 2001). Ele destaca ainda que a
antropologia pode oferecer mais do que uma comparação teórica, mas ferramentas
metodológicas.
Natalie também escreveu sobre as potencialidades do diálogo entre a história e a
antropologia em seu livro – Cultura do povo, a partir da temática dos rituais, ponto de
suma importância nesta pesquisa que nos levará a entender como os rituais se perpetuaram
nesta religião fundada por Custódio de Souza Caravana e como manutenção destes rituais
serviram como uma identidade social. A autora destaca as situações de comunetas como
um instrumento necessário à estrutura social e que na medida que se negue estas
organizações sociais, acaba-se por fortalece-las, citando os casos das festas populares.
Ela destaca ainda que os rituais podem renovar os sistemas, mas não mudá-los,
evidenciando a importância destes pequenos eventos dando-lhes importância
antropológica e valorizando estes procedimentos como próprios à história social.
Em seus estudos Memória esquecimento e silêncio, Michael Pollak, ressalta a
importância da memória coletiva para a manutenção da história de um povo ou grupo
social. Entre estes pontos que devem ser observados segundo o autor, estão o patrimônio
arquitetônico e seus estilos, paisagens, datas e personagens históricos, folclore, música,
vestimenta, tradições culinárias, o que os tornam, também segundo a metodológica
durkheimiana indicadores empíricos da memória coletiva na qual pretendemos estudar
como corpus documental.

Ao privilegiar a análise dos excluídos, dos marginalizados e das minorias, a história


oral ressaltou a importância de memórias subterrâneas que, como parte integrante das
culturas minoritárias e dominadas, se opõem à "Memória oficial", no caso a memória
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nacional. Num primeiro momento, essa abordagem faz da empatia com os grupos
dominados estudados uma regra metodológica e reabilita a periferia e a marginalidade.
(M, 1987).

1 OBJETIVOS

Este projeto tem como principal objetivo pesquisar, comparar e demonstrar


através da história social sob fontes documentais e orais, a ritualística iniciada pelo
escravo Fabrício no Brasil e as práticas religiosas atuais nas diversas casas de "Pai
Fabrício" no século XX, do Calundu à Umbanda de Pai Fabrício, disseminada pela família
Caravana e seus discípulos, de 1890 a 2019.
Esta religião praticada há 129 anos no Brasil, principalmente na região sudeste,
(RJ, SP e MG), imprime um modelo de umbanda com raízes do Omolokô, culto oriundo
dos africanos escravizados no Brasil, que com o passar do século, adquiriu uma
característica muito peculiar no país.
Segundo a versão de um dos seus precursores do Omolokô no Brasil, o tatá Inkice
Tancredo da Silva Pinto no livro “Culto Omolokô - Os Filhos de Terreiro, o Omolokô é
um culto originário da Nação Angola1 e tem uma ritualística muito peculiar. A morfologia
da palavra nos leva a crer que Omo signifique: filho e Oko: fazenda ou zona rural, na qual
esse culto, por conta da repressão policial ainda na época da escravidão fazia com que os
escravos tivessem que se esconder na floresta para realizar seus cultos. Não é o objetivo
central deste trabalho de pesquisa aprofundar este contexto. No entanto, será de suma
importância citar algumas características desta ritualística para entendermos as origens
africanistas da Umbanda de Pai Fabrício.
Ha relatos de pessoas que conviveram com o escravo Fabrício, a começar por
Custódio de Souza Caravana que destacou na época ter sido curado de epilepsia por este
escravo, este também teria convivido com o filho da escrava, Maria Batayo ainda na
década de 1830, na fazenda brasileira, hoje conhecida como Fazenda do Secretário em
Vassouras, ondem se encontram os possíveis restos mortais do escravo Fabrício dentre
outros escravos em um cemitério de escravos.

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Tata N'Kisi David de Xangô - Apostila do Centro Espírita Irmãos do Carco-Iris.
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Diante destes relatos, podemos acreditar que este tenha sido o início da prática dos
ensinamentos do culto Omolokô no Rio de Janeiro, passadas para o filho do dono da
fazenda (Custódio de Souza Caravana), inclusive com a incorporação do próprio escravo
nos descendentes da família Caravana até os dias atuais (2019). O escravo depois de
falecido, chegou a ser reconhecido como visitante de pessoas adoecidas como cita o
próprio Tatá Inkice Tancredo da Silva Pinto em uma publicação do Jornal O Dia, de maio
de 1968, citada pela Dr.ª Nilma Teixeira em sua Tese de Doutorado - Das casas de dar
fortuna ao Omolokô:
Todas as vezes que qualquer pessoa ficava muito doente em quaisquer fazendas e os
médicos já os consideravam incuráveis, apareciam pretos velhos (já falecidos) e nestas
aparições, nas horas sagradas da noite, iam à cabeceira de doentes que, ao amanhecer,
estavam plenamente curados. Estas aparições começaram com Pai Manoel da Luz, Pai
Tomás, João D'Angola, Pai Fabrício e Pai João da Costa. (ACCIOLI, 2017)

Com este trecho, a Dr.ª Nilma Teixeira, destaca que o depoimento de Tancredo,
relatando a aparição de Pai Fabrício entre os pretos velhos da época, pode sugerir que ele
já conhecia algum membro da família Caravana e que já tivesse contato com as
experiências religiosas dos africanos-centrais e seus descendentes vindos de Vassouras,
Rio de Janeiro, assim como a existência da negra Maria de Batayo. No entanto, nosso
estudo vai além ao revelar não somente a origem do culto Omolokô no Brasil, mas os
fundamentos utilizados pela Família Caravana para se manter viva até os dias atuais.

QUADRO TEÓRICO

Assumindo um papel dialógico, a obra de Davis nos direciona a pesquisar novas


questões e abordagens como gênero, microstórias, construções indenitárias e narrativas
com base nas análises dos ritos e símbolos. Além de dialogar com a literatura e a
hermenêutica da história social na busca de verdades ou verossimilhança, provas ou
possibilidades.
Com base na teoria de Davis, a interpretação do fluxo do discurso social, com base
no “dito”, “visto” e “escutado” pode nos levar a transformar estes elementos em
conteúdos históricos pesquisáveis (GERTZ, 1978).
Este trabalho de pesquisa ainda pretende se utilizar de outras vertentes da história
social para buscar respostas para nossos questionamentos históricos: entre eles está a
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história cruzada dos fatos que irão nos levar aos procedimentos relacionais, com base na
teoria de Michael Werner e Bénédcte Zimmermann que nos leva a trabalhar os estudos
de transferência que vão buscar os elos na esfera sociocultural.
O trabalho também não vai abrir mão das metodologias de análise de sincronia e
diacronia, elevando a pesquisa aos regimes de historicidade e reflexividade, através de
um cruzamento de informações entre as perspectivas do passado e do
presente. (WERNER; ZIMMERMANN, 2003).

HIPÓTESES

Quem são, de onde vêm, o que querem e para onde vão. Estes são alguns dos
questionamentos levantados por esse trabalho dissertativo que se propõe a trazer à luz a
ritualística da umbanda africanista praticada por Pai Fabrício, escravo que viveu em uma
fazenda no Brasil nos anos de 1800.
Será de suma importância dialogar com autores como Tancredo da Silva Pinto,
considerado o precursor do Omolokô no Brasil, assim como, Zélio de Morais, fundador
da Umbanda no Brasil e Alan Kardec, como o pai do espiritismo de mesa branca, entre
outros, para realizar uma análise histórica social das características das ritualísticas
tratadas por estes autores, para entendermos as origens africanistas da Umbanda de Pai
Fabrício, visto que, a ritualística de Pai Fabrício se utilizou, das características de várias
religiões, principalmente o catolicismo e o espiritismo de Kardec para se manter viva na
sociedade até os dias atuais.
Diante de todas estas influências históricas e religiosas, ainda há outra discussão
em voga no que tange à origem da umbanda no Brasil, o que para muitos autores, se trata
de uma religião brasileira com influencias internacional e para outros, uma religião
africana com influencias brasileira. Uma discussão que nos remete à necessidade de
descobrir se alguns traços da ritualística praticada por Pai Fabrício poderiam surgir como
uma nova vertente religiosa brasileira seguida de influências de outras religiões praticadas
tanto no continente africano quanto no Brasil e suas origens.
É importante destacar a importância das memórias coletivas do modo de vida dos
escravos que foram passadas para as próximas gerações e se mantém vivas até os dias
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atuais através da manutenção de cultura reprimida nas religiões de matriz africana para
entender como esta religião veio se modificando a cada século.
As pesquisas também irão abordar a importância dos discursos na vida social, a partir
de diversas perspectivas teóricas, de negociação de status, diferenciação social, produção
de hegemonias, promoção de identidades, dialogado com diferentes campos do
conhecimento, como a ciência política, antropologia, sociologia, arqueologia, ciência
da religião, teologia, linguística, literatura; visando colaborar para os estudos das
experiências históricas neste contexto social religioso de modo a revelar o quanto foram
e são importantes para a formação da sociedade tanto cultural quanto científica.

METODOLOGIAS E FONTES

Seguindo os fragmentos históricos repassados através de oralidade pela família


Caravana foi possível encontrar na fazenda do Secretário localizada na cidade de
Vassouras, Rio de Janeiro; um cemitério onde os escravos era sepultados e através de
documentos do arquivo nacional, alguns registros de escravos que foram levados para
esta região com o mesmo nome de Fabrício.
Através de uma análise mais profunda do corpus documental, será possível
identificar qual a nação oriunda do escravo que possivelmente será Angola ou Congo,
devido as características mantidas pela ritualística do escravo. Vale ressaltar, que a busca
pelo batistério do escravo nos anais da igreja católica de Vassouras ou nos arquivos do
museu da cidade, poderão ajudar a descobrir a real origem do escravo confirmando seu
porto seguro no Brasil. Os registros de nascimento e óbito de Custódio de Souza Caravana
também revelam sua passagem por estas localidades e sua ligação com o escravo e sua
origem religiosa.
Também faz parte de nossas fontes de pesquisas de oralidade histórica, alguns
descentes da Família Caravana ainda vivos tanto no Brasil quanto em Portugal, entre eles,
o neto de Custódio; Fabrícius Custódio Caravana, atual sacerdote da Cabana Espírita de
Pai Fabrício; assim como sua mãe biológica e sacerdotisa de umbanda, Aparecida C.
Andrade.
Outra grande fonte de pesquisa é o filho mais velho de Custódio de Souza
Caravana Filho, o senhor Custódio de Souza Caravana Neto, que dirige um dos quatro
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terreiros deixados por seu pai, em Vassouras, a Tenda Espírita São José das Pedras que
também tem o mesmo tempo de existência da casa de Queimados (105 anos). Vale
ressaltar, que este terreiro mantém muito das características deixadas pelos antepassados,
mas também inseriu novas ritualísticas que o tornaram uma fonte de pesquisa nunca antes
revelada.
O terceiro terreiro, também uma de nossas fontes de pesquisas, fundado por
Custódio de Souza Caravana filho fica em Três Rios, RJ, a Tenda Espírita de São Jorge,
hoje administrada por um dos netos, João Caravana, por conta do falecimento seu pai,
Sebastião Jorge André Caravana (1950-2017) também mantém algumas características
muito próprias, sem deixar de seguir a linha africanista deixada pelo escravo Fabrício,
mentor espiritual de todas as casas.
Ainda há registros de vários terreiros abertos pelos filhos de santo do Custódio de
Souza Caravana Filho e também por seus filhos biológicos que já estão à frente das casas
há mais de 30 anos.
Nossa pesquisa também irá se valer de processos jurídicos, recortes de jornais da
época, pinturas, fotos e até vídeos das sessões mediúnicas realizadas pela família
Caravana ao longo do último século e que revelam a manutenção de uma cultura afro-
brasileira resistente que mantém viva a origem do povo brasileiro que se misturou com
os negros vindos da África, gerando uma nova cultura popular, muito mais forte do que
a imputada pelos colonizadores.
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