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Universidade Pedagógica
Maputo
2016
I
Supervisora:
Mestre: OrnilaVerol Sande
Universidade Pedagógica
Maputo
2016
II
Índice
Declaração......................................................................................................................................ix
Dedicatória…..................................................................................................................................x
Agradecimentos.............................................................................................................................xi
Epigrafe..........................................................................................................................................xii
Resumo.........................................................................................................................................xiii
CAPÍTULO I
1.1Introdução ..................................................................................................................................1
1.4Justificativa ...............................................................................................................................6
1.5Objectivos .................................................................................................................................7
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
3.1 METODOLOGIA DE
PESQUISA .........................................................................................22
CAPÍTULO IV
4.1.1.2 Apresentação, analise e interpretação dos dados de inquéritos por questionário .............28
5. Considerações finais………………………..............................................................................46
5.3.Limitações…............................................................................................................................50
Bibiografia…….............................................................................................................................51
AA. - VV AutoresVários
CE - Conselho de Escola
Lista de Gráficos
Gráfico 7: O CE funciona com muitas dificuldades, pois há obstáculos que dificultam o seu
funcionamento…........................................................................................................................... 35
Gráfico 12: O CE participa de forma efectiva na gestão dos recursos financeiros da escola ......38
Gráfico 13: Durante a reunião do CE a tomada de decisão é feita por todos os membros ...........39
Gráfico 15: Em última instância a decisão sobre a alocação dos fundos para a escola cabe ao
CE..................................................................................................................................................41
Gráfico 16: O CE tem intervindo de modo a influenciar na tomada de decisão sobre a alocação
de recursos materiais, humanos e financeiros................................................................................42
VII
Lista de Quadros
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro por minha honra que a presente Monografia Cientifica intitulada: Conselho de Escola
Versus GestãoDemocrática - Sua influência na tomada de decisão: o caso da Escola Primária
Completa das Mahotasda Cidade de Maputo, é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações da minha supervisora, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto e nas referênciasbibliográficas.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma instituição para obtenção de
qualquer grau académico.
Maputo, de 2016
______________________________
DEDICATÓRIA
À minha mãe Ester Cecília Duvane (in memória), por ter memostrado o caminho da escola e por
todo amor que me deu quando esteve em vida durante os meus primeiros onze (11) anos de vida.
Ao meu tio Fernando Daniel Uamusse (in memória), pelas lições de vida que foi me dando
quando se fazia presente entre nós.
Ao meu tio Armando Pedro Novela (in memória), pelo carinho e atenção que sempre teve por
mim.
À minha avó Celeste Daniel Uamusse, que tem sido mãe, pai e avó desde que me conheço por
gente.
Ao meu filho Herman Bruno Duvane, para que cresça sabendo que a maior riqueza na vida é a
sabedoria.
XI
AGRADECIMENTOS
Endereço os meus sinceros agradecimentos a minha supervisora, Mestre Ornila Verol Sande,
pela disponibilidade, interesse, dedicação, orientações e inúmerascorreções do conteúdo durante
o longo percurso da elaboração deste trabalho.
Expresso o meu profundo agradecimento a toda minha família, em especial a minha avó Celeste
Daniel Uamusse pelo apoio incondicional durante toda a minha formação, ao meu amado avô
Amós Duvane que sempre incentivou a trilhar pelo caminho estudantil, aos meus tios Inácio
Paulo Uamusse, Maria Gabriela Langa, Abílio Daniel Uamusse, Laura Mandlate, Alda Duvane,
pelo carinho que sempre tiveram por mim.
Digo na khensa aos meus padrinhos Rindau Massinga e Manuel Mahumane pela força que
sempre me deram, aos meus primos Rosalina, Alice, Pai, Gugú, Tininha, Cecília, Zanana, Vany,
Carla, Larson, André, Macho, Danito I, Danito II e Stélia, pelo carinho e respeito.
O meu grande e forte obrigado vai para os meus irmãos/amigos, António Mabui, Artur Matsinhe,
Bernardino Bila, Álvaro Fumo, Adriano Tuzine, Baptista Chaguala, Amade Uagir, João de Brito,
Velemo Massingue, Abdul Carimo, Casimiro Tuzine, Hermínio Machaeie, Emílio Muianga,
Gabriel Carlos, Aniceto Chaúque, Zé Tomas, RiberyeEbué.
Agradeço aos meus colegas de grupo que além de companheiros de trincheira no curso tornaram-
se meus grandes amigos: Ercído Mapulo, Osvaldo Mavie, Cádia Joaquina, Florinda Chinguvo,
Teresa Moreira, Elton Gimo, Dércio Macamo, Francisco Langa, Lucílio Fábio, Edmiro Victor,
Sunde Ricardo, Abel Fernandes, Mouzinho e a toda turma de AGE 2012.
A ti Ana Génia, tua força e motivação foram importantes durante este percurso.
XII
EPÍGRAFE
Jonh Dewey
XIII
RESUMO
A presente pesquisa enquadra-se no âmbito da Licenciatura em Administração e Gestão de Educação,
com Habilitações em Psicologia das Organizações da Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia da
Universidade Pedagógica. O estudo analisou o Conselho de Escola como instrumento de Gestão
Democrática e a sua influência na tomada de decisão. Uma questão central orientou o decurso da
pesquisa: até que ponto o Conselho de Escola, enquanto instrumento de gestão democrática, influencia na
tomada de decisão na Escola Primária Completa das Mahotas?
Os dados da pesquisa tratados no Microsoft Office Excel (inquéritos por questionário) e outros submetidos
a análise de conteúdo (inquérito por entrevista e análise das actas das reuniões do Conselho) revelaram
que a participação do Conselho de Escola no processo de tomada de decisão é feita de forma unilateral, na
medida em que a implementação das decisões tomadas no conselho não se efectivam, quando na verdade
o que confere mais sentido na gestão democrática é o envolvimento de todos os segmentos nas
actividades da escola e a efectiva partilha de poder de decisão com a direcção da escola, sobre o destino
da escola. No que diz respeito à percepção dos membros em relação à gestão democrática, podemos dizer
que os mesmos revelam que é a participação de todos os membros na tomada de decisão e nos destinos da
vida da escola.
Os resultados revelam também que, o conselho funciona com dificuldades, pois há ausência dos membros
nas reuniões e, por vezes funciona sem um plano anual das actividades.
CAPITULO I:
1.1. Introdução
Este trabalho intitulado Conselho de Escola Versus Gestão Democrática – Sua influência na
tomada de decisão: o caso da Escola Primária Completa das Mahotas da Cidade de
Maputo, enquadra-se no rol de requisitos exigidos pela Faculdade de Ciências de Educação e
Psicologia da Universidade Pedagógica, para obtenção do grau de Licenciatura em
Administração e Gestão da Educação.
A sociedade moderna encontra-se marcada pelas profundas alterações decorrentes do acelerado
ritmo de mudança que tem ocorrido no mundo nas últimas décadas e que é visível nos mais
diversos domínios. A escola, como parte integrante da sociedade e sendo um elemento
estruturante da mesma, também é envolvida na dinâmica de mudança, tendo por isso que se
ajustar e acompanhar a evolução, tanto ao nível da componente pedagógica, bem como da
própria gestão.
Tendo em vista o constante crescimento dos processos de descentralização e democratização, a
participação da sociedade de forma organizada tem sido uma maneira de dar visibilidade às
necessidades da colectividade e resolver suas demandas (MOG, 2012:9). Sendo assim, no que se
refere a gestão democrática nas escolas moçambicanas, a actuação Conselho de Escola é de
extrema importância, pois se trata do órgão máximo da escola, cujas deliberações abrangem
assuntos administrativos, pedagógicos e financeiros.
A escola assume assim um papel central no mundo moderno, aprofundando e divulgando o
conhecimento, de forma a preparar as novas gerações para os desafios do presente e do futuro,
sendo determinante para o desenvolvimento económico, social e cultural de um país.
Políticas educativas adequadas permitem concretizar as estratégias que melhor respondem às
necessidades de escolarização e de educação de um povo. Como forma de implementar na escola
pública as grandes linhas de política educativa, o modelo de gestão escolar assume particular
relevo. Este deverá responder eficazmente aos diferentes desafios e objectivos que se colocam,
nomeadamente, de carácter pedagógico, patrimonial, administrativo e financeiro.
garantir o desenvolvimento do País. A prioridade era a nação, e este princípio ganhou corpo com
a criação do Centro 8 de Março destinado à formação de professores do ensino secundário.
Segundo WERLE (2003) citado por LUIZ & CONTI (p.2), o Conselho de Escola relaciona-se
com os princípios da igualdade, da liberdade e do pluralismo devido à sua composição por
diferentes segmentos da comunidade escolar em regime de paridade, assegurando o direito de
manifestação de diversos pontos de vista e de diferentes opiniões.
Nessa perspectiva, deve-se permitir que a sociedade exerça seu direito à informação e à
participação, deve também fazer parte dos objectivos de um governo que se comprometa com a
solidificação da democracia. Para tanto, a gestão da educação precisa, fundamentalmente,
promover a participação da sociedade no processo de formulação e avaliação da política de
educação e na fiscalização de sua execução, por meio de mecanismos institucionais. Esta
presença da sociedade materializa-se através da incorporação de categorias e grupos sociais
envolvidos directa ou indirectamente no processo educativo, e que, normalmente, estão excluídos
das decisões (pais, alunos, funcionários, professores), ou seja, significa tirar dos governantes e
dos técnicos da área o monopólio de determinar os rumos da educação.
Com efeito, a principal tese que se procura defender neste trabalho sustenta a ideia de que é
preciso não acabar com a gestão da direcção da escola, mas permitir que a comunidade e outros
intervenientes do Processo de Ensino-Aprendizagem com os quais articula, tenham uma
participação mais activa nos processos de planificação, organização, avaliação e sobretudo nos
mecanismos de tomada de decisão para que se tenha, de facto, uma gestão democrática, o que os
libertaria das decisões tomadas a nível da direcção da escola.
O trabalho está dividido em quatro (4) capítulos. O primeiro capítulo corresponde a presente
introdução onde está inserida: a justificativa do tema, o problema de pesquisa, os objectivos bem
como as questões de investigação. No segundo capítulo faz-se o enquadramento teórico-
conceptual, onde há definição e discussão dos conceitos-chave em diferentes perspectivas dos
autores que versam sobre a matéria em estudo. Enquanto o terceiro capítulo debruça-se, sobre a
metodologia de pesquisa. O quarto capítulo faz apresentação e análise dos dados, bem com a
discussão dos mesmos, no finaltrazemos as últimasconsiderações, sugestões, limitações,as
referências bibliográficas, os apêndices e os anexos.
A Escola Primária Completa das Mahotas localiza-se a Sul do Distrito Municipal Ka Mavota no
Bairro Ferroviário das Mahotas, é limitado a Norte com o Bairro de Laulane, através da rua da
Beira, a sul pelo Distrito Municipal de Ka Maxaquene atravessando o Bairro Polana Caniço "B",
a Este com o Bairro Costa do Sol e Oeste com o Bairro das FPLM, Mavalane "B" e Hulene "A",
respectivamente, onde é limitado pela Avenida Julius Nyerere.
O Bairro Ferroviário tem uma extensão territorial de 3.135 metros quadrados, e uma divisão
administrativa de 180 quarteirões com uma população estimada em 50.453 habitantes dos quais
24.436 são do sexo masculino e 20.017 femininos, albergados em 9.628 casas de acordo com o
ultimo censo populacional realizado em 2007. A Escola Primária das Mahotas é única instituição
pública do ensino Primário no Bairro.
4
Esta Escola iniciou as suas actividades no ano de 1924 com apenas 6 salas de aulas e uma
residência para o Director da Escola. A Escola foi construída para servir a minoria branca
residente no bairro europeu e funcionários dos Caminhos de Ferro.
O aumento dos assimilados na década de 1970 mostrou que o número de salas de aulas não era
suficiente, tendo sido projectadas mais 10 salas anexas no novo edifício. Mais tarde o bairro
passou a ser chamado Ferroviário das Mahotas, isso influenciou na mudança do nome da escola,
primeiro para Escola Primária das Mahotas e depois para Escola Primária Completa das
Mahotas.
Depois do ano 2000 a escola foi observando aumento de salas de aulas fruto da contribuição dos
pais e encarregados de educação, contando nessa altura com 26 salas, sendo 5 do edifício velho e
21 do edifício novo.
Em 2016 a escola passou a funcionar apenas no edifício novo com apenas 21 salas de aulas,
leccionando o nível primário completo no curso diurno e o nível secundário do I ciclo no curso
nocturno. No ano de 2016 foram matriculados na escola 5374 alunos, sendo 4399 do ensino
primário e 975 do ensino secundário dos quais 147 homens e 103 mulheres.
Em termos de pessoal a Escola é composta por 57 professores do ensino primário e 21
professores do ensino secundário, com qualificações académicas que variam do nível básico até a
Licenciatura e cerca e 16 funcionários não docente, dos quais 4 são pagos pelos fundos da escola.
Ademais na agenda do professor, (MINED, 2012:80), afirma que a principal tarefa do conselho
de escola é melhorar a qualidade de ensino, utilizando todas as forças e toda a capacidade
existente ao nível da comunidade.
leva a enveredar para este estudo:Até que ponto o CE, enquanto instrumento de gestão
democrática, influencia na tomada de decisão na Escola Primária Completa das Mahotas?
1.5. Objectivos
Geral
Analisar o Conselho de Escola, enquanto instrumento de Gestão Democrática e sua influência na
tomada de decisões na EPC das Mahotas da Cidade de Maputo.
Específicos
I. Descrever o funcionamento do Conselho da EPC das Mahotas da Cidade de Maputo;
7
CAPITULO II:
2.1.ENQUADRAMENTO TEÓRICO-CONCEPTUAL
2.1.1. Revisão de Literatura
Este capítulo analisa o material escrito em relação a matéria em estudo, de modo a limar algumas
lacunas e estabelecer nexos entre conhecimentos existentes (BOAVENTURA citando CALDAS,
2009:46).
2.1.2.Definição de Conceitos
De acordo com a abordagem que se pretende neste trabalho, os conceitos Conselho, Escola,
Democracia eGestão Democrática são referenciados com maior frequência.
Os conselhos populares exerciam a democracia directa e/ou representativa como estratégia para
resolver as tensões e conflitos resultantes dos diferentes interesses e, ao contrário dos conselhos
de notáveis das cortes, eram a voz das classes que constituam as comunidades locais, seja nas
cidades-Estado greco-romanas, nas comunas italianas e de Paris, ou na fábrica da era industrial
(BRASIL, 2004: 17).
No campo da Educação o termo Conselho de Escola surge a partir das experiências dos
conselhos de fábricas trazidos por Gramsci na entrada do século XX.
O mesmo autor citado por LUIZ & CONTI (s/d),afirma que os Conselhos de Escola reaparecem
na década de 1980 em dois ângulos: primeiro com o governo, sob ponto de vista de políticas
democráticas e participativas, segundo com os movimentos sociais da sociedade civil, sob ponto
de vista ponto de vista de organização de um poder autónomo.
Conselho
Segundo o significado etimológico da palavra, conselho se origina do latim Consilium, provém
do verbo consulo, que significa tanto ouvir alguém, quanto submeter algo a uma deliberação de
alguém, após uma ponderação reflectida, de poder e do bom senso (CORREIA, FERREIRA &
MARQUES s/d: 2).
“Obviamente a recíproca audição se compõe com o ver e ser visto e, assim sendo, quando um
conselho participa dos destinos de uma sociedade ou de partes destes, o próprio verbo consulere
já contém um princípio de publicidade” (CURY, 2001:144) citado por CORREIA et al. (s/d).
De acordo com ABRANCHES (2003) citado SILVA & NETO (2007:18), o conselho pode ser
caracterizado como um órgão de decisões colectivas, capaz de superar a prática do
individualismo e do grupismo.
Para o DICIONÁRIO MODERNO DE LÍNGUA PORTUGUESA (s/d), conselho é um corpo
consultivo junto a uma repartição de Administração pública, (p.389).Em CORREIA et al (s/d)
citando CURY (2001:44), " Essa tarefa, ou seja, a tarefa dos conselhos não é só dos membros da
escola, mas dos Conselhos, ou seja, de um modo geral é necessária e indispensável já que os
países colonizados surgem dum encontro com pouco diálogo entre colonizador e colonizado".
Na nossa óptica, um conselho é um grupo de pessoas que se reúne, com intuito de aconselhar,
fazer entender, deliberar sobre um determinado assunto, num sentido amplo ou restrito.
10
Escola
" Etimologicamente o termo escola provém do grego "scholé", cujo significado é lugar de ócio,
espaço em que os homens livres se juntavam para pensarem e reflectirem "(GONSALVES,
2000:152)·
“A Escola é um estabelecimento, lugar onde se ensina alguma arte ou ciência “AA. VV (1996:
945).
ʺAs funções individuais da escola são, entre outras, promover o desenvolvimento integral da
personalidade, levando o sujeito a uma plenitude humana; adapta-lo à uma vida; enriquece-lo
com conhecimentos, habilidades e bons costumes; eleva-lo de uma condição puramente natural à
esfera da cultura, etc. ʺCABANAS (1989:16) citado por DIOGO (2010:10)
Na concepção de LUCK (2009:20), a escola é"uma organização social constituída pela sociedade
para cultivar e transmitir valores sociais elevados e contribuir para a formação de seus alunos,
mediante experiências de aprendizagem e ambiente educacional condizentes com os
fundamentos, princípios e objectivos da educação.
"A escola, enquanto organização social, é parte constituinte e constitutiva da sociedade na qual
está inserida. Assim, estando a sociedade organizada sob o modo de produção capitalista, a
escola enquanto instância dessa sociedade, contribui tanto para manutenção desse modo de
produção, como também para sua superação, tendo em vista que é constituída por relações
contraditórias e conflituosas estabelecidas entre grupos antagónicos" (DOURADO, 2006:26).
A escola, e o sistema educativo em seu conjunto, podem ser considerados como uma instância de
mediação cultural entre os significados, sentimentos e condutas da comunidade social e o
desenvolvimento humano das novas gerações GOMES (2002:17) citado por LIBANEO
(2013:33).
De acordo com GOMEZ (2006) citado por LOBO & GINJA (2011:14), a escola foi concebida
não só para reproduzir o processo de socialização das novas gerações, como também para
contribuir para a mudança social. Neste processo a escola não está sozinha, pois interage com
outras instituições sociais como a família, os meios de comunicação social as instituições
religiosas.
11
No nosso trabalho, a palavra escola é entendida como instituição de ensino, local onde ocorrem
as experiências de socialização e da dinâmica das relações interpessoais, ou seja, local onde se
realiza o PEA.
Gestão escolar
A palavra gestão ʺ tem sua origem do latim “gestio”, que quer dizer “ato de administrar, de
gerenciar”, ou seja, a acção de gerir determinado órgão ou instituição tem como incumbência
geral a administração, sendo que esta última se dá em diversos aspectos ʺ (MESQUITA, s/d:7).
Para SANTOS (2008: 27), gestão pode ser entendida como processo, levado a cabo por uma ou
mais pessoas, de coordenação das actividades de transformação de inputs em outputs, como
objectivo de atingir determinados resultados.
De acordo com REED (1989: 32) citado por BILHIM (2008:26) a gestão pode ser vista sob três
perspectivas diferentes: técnica, política e crítica3.
Na perspectiva técnica a gestão é um instrumento racionalmente concebido para a realização de
objectivos instrumentais.
Na perspectiva política, a gestão surge como um processo social de negociação, para a regulação
do conflito de grupos de interesse, num meio envolvente caracterizado por incertezas
consideráveis acerca de critérios de avaliação do desempenho organizacional.
Na perspectiva crítica, a gestão surge como um mecanismo de controlo destinado à extracção
máxima de mais-valias, que funciona para a satisfação dos imperativos económicos impostos
pelo modo de produção capitalista para difundir o quadro ideológico que permite obscurecer
estas realidades estruturais.
Pode-se assumir que, gestão é uma expressão que ganhou corpo no contexto educacional,
acompanhando uma mudança de paradigma no encaminhamento das questões desta área. Em
linhas gerais, é caracterizada pelo reconhecimento da importância da participação consciente e
esclarecida das pessoas nas decisões sobre a orientação e planeamento do seu trabalho (LUCK
etal, 2005) citada CUCO & RASMI (s/d).
A gestão escolar é vista por LÜCK (2009: 24) como um acto de gerir a dinâmica cultural da
escola, afinado com as directrizes e políticas educacionais públicas para a implementação de seu
3
Para Reed (1989:32) citado por Bilhim (2008:26), a ideia que os especialistas e os práticos têm em relação a gestão
não é a mesma.
12
Democracia
O termo democracia deriva do grego demokratia, onde demos=povo e kratos=governar e que
relaciona-se com o povo no poder.
13
Na dimensão mais universal a democracia passou a ser percebida como governo da maioria
baseada nos princípios de igualdade, justiça social, liberdade, tolerância e equidade.4
4
Idem
14
amplo e actual de mediação para a construção da liberdade e da convivência social, que inclui
todos os meios e esforços que se utilizam para concretizar o entendimento entre grupos e
pessoas, a partir de valores construídos historicamente” (ASSIS: 2007)
Conforme BOBBIO (1989):
A democracia é, portanto, dinâmica e está em constante aperfeiçoamento. Assim, o estado
democrático de direito tem como fundamento o princípio da soberania popular, que impõe a
participação efectiva e operante do povo na coisa pública. Seu objectivo é superar as
desigualdades sociais e regionais e instaurar um regime democrático que realize a justiça social.
Nestaóptica, a democracia está sempre ligada na participação do cidadão, tomada de decisões,
construção da liberdade, da convivência social e da garantia de direitos para todos os cidadãos.
5
Idem
15
6
A República de Moçambique é um Estado de Direito, baseado no pluralismo de expressão, na organização política
democrática, no respeito e garantia dos direitos e liberdades fundamentais do Homem.
16
O processo de constituição do conselho de escola com base na representação por corpos (alunos,
professores, pais) aproxima-se de uma “democracia elitista” (ESTANQUE:2006) citado por
(IBRAIMO&MACHADO, s/d:6), baseada na representatividade do poder onde os eleitores
através do voto escolhem os seus representantes, isto é, as elites que irão exercer o poder ou, no
caso do conselho de escola, vão, pelo menos, estar mais próximos das estruturas de poder formal.
No Manual do Apoio ao Conselho de Escola Primária (MINEDH, 2015:9), afirma que o número
de membros que compõe o Conselho de Escola varia conforme o tipo de escola. Nas escolas do
tipo 1 o Conselho de Escola é constituído por até 21 elementos distribuídos da seguinte maneira:
a) Director da escola;
b) 3 Representantes dos professores;
c) 4 Representantes de alunos;
d) 1 Representante do pessoal técnico administrativo;
e) 8 Representantes dos pais/encarregados de educação;
f) 4 Representantes da comunidade.
De acordo com o mesmo manual, o Conselho de Escola das escolas do tipo 2, também é
constituído por 21 membros, que estão distribuídos de igual maneira, se encontram as escolas do
tipo 1
Constituído por ate 16 membros nas escolas do tipo 3, distribuídos da seguinte maneira:
a) Director;
b) 2 Representantes dos professores;
c) 3 Representantes dos alunos;
d) 1 Representante do pessoal técnico administrativo;
e) 6 Representantes de pais/encarregados de educação;
f) 3 Representantes da comunidade.
A participação destes na vida da escola é importante para garantir a gestão participativa e
transparente; o bom aproveitamento escolar; o bom desempenho do professor e a participação
activa dos pais/encarregados de educação no acompanhamento do desempenho dos seus
educandos e avaliação permanente da escola, (MINEDH, 2015:9).
18
" Para além das reuniões ordinárias, cabe ao Conselho de Escola prestar apoio e fazer o
acompanhamento regular das diversas áreas concretas de actividade, no dia-a-dia da escola, que
exige envolvimento directo dos seus membros na comercialização, mobilização e organização da
comunidade para o apoio à execução das tarefas da escola "7.
De acordo com o Manual de Apoia ao Conselho de Escola Primária (MINEDH, 2015:27),
Para assegurar esse envolvimento quotidiano e garantir a execução dos programas
específicos, visando a integração família-escola-comunidade, o presidente do Conselho
deve orientar os membros do conselho para integrarem as várias Comissões de trabalho
Para CREMONESE (2008:12), os autores que defendem esta linha entendem que é preciso
democratizar todos os espaços em que interagem os indivíduos. Procuram levar a democracia à
vida quotidiana das pessoas nos mais diferentes âmbitos, tornando estas politicamente mais
responsáveis, activas e comprometidas, estimulando-as a construir um maior grau de consciência
em relação aos interesses dos grupos.
CAMERON& OJHA (2007) citados por LANGA (2012:13)"sustentam que em alguns casos,
ainda que se institucionalize processos de participação (…), processos de decisão “não
genuinamente colegiais” continuam a acontecer tanto a nível das comunidades como a nível das
políticas nacionais devido a um problema recorrente de controlo das esferas de tomada de
decisão, feito por pessoas que usufruem de privilégios simbólicos nesse processo de tomada de
decisão".
Ainda de acordo com PATEMAN (1992:61), a participação tem uma função educativa por isso é
importante capacitar os cidadãos de modo que estes façam uma escolha responsável,
21
CAPITULO III:
8
Ibdem
22
Entrevista semi-estruturada
A entrevista é uma técnica importante para a recolha de dados e pode-se usar em simultâneo com
outras técnicas de recolha de dados, ajudando desse modo ao pesquisador desenvolver de forma
mais nítida um parecer sobre a forma como os sujeitos da pesquisa interpretam um determinado
assunto.
25
Para HILL& HILL (2009), a principal vantagem que a entrevista tem é o facto de permitir uma
recolha directa de dados que é feita a partir dos actores sociais, o que permite indagar de forma
detalhada a percepção dos mesmos no que se refere a investigação.
Em nossa pesquisa recorreu-se a entrevista pelo facto de ser um instrumento que permite obter
informações verbalizadas e explicadas detalhadamente pelo entrevistado, permitindo deste modo
ao pesquisador desenvolver ideias em torno do que o sujeito da pesquisa pensa a cerca do
Conselho de Escola como instrumento de gestão democrática e sua influência na tomada de
decisão. Para tal elaboramos um guião de entrevistas com questões definidas previamente, tendo
em conta os nossos objectivos específicos.
Análise documental
A técnica da análise documental consistiu na leitura de documentos produzidos peloCE durante
os encontros, como actas, relatórios que nos facilitaram perceber de que maneira o C.E. pode ser
mecanismo da gestão democrática e de forte influência na tomada de decisão na da EPC das
Mahotas.
De acordo com RICHARDSON (1999: 230), a análise documental consiste em uma série de
operações que visam estudar e analisar um ou vários documentos para descobrir as
circunstâncias sociais e económicas com as quais podem estar relacionadas.
A leitura destes documentos permitiu-nos o acesso a dados e informações sobre as reuniões e os
encontros realizados peloCE.
torno da gestão democrática e no processo de tomada de decisão dos problemas que assolam a
escola.
Em nossa pesquisa a observação não consistiu apenas em visualizar e ouvir, como também
consistiu em fazer um exame minucioso de fenómenos sobre a tomada de decisão no CE.
Facilitou-nos também colher dados ou informações mais próximas a realidade,MARCONI &
LAKATOS (2009:111).
agrupadas as respostas dadas pelos membros do CE. Sendo que na terceira e última fez-se a
análise e interpretação de dados que nos conduziram a extrair pareceres dos membros do CE
tendo em conta as perguntas colocadas.
Os dados quantitativos foram processados, utilizando oMicrosoft Office Excel2007, de modo a
fazer as análises estatísticas dos dados obtidos na pesquisa.
CAPITULO IV:
4.1. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Este capitulo tem por objectivosanalisar e interpretar os dados recolhidos através do trabalho
empírico que realizamos.
A recolha de dados foi feita através de um inquérito por questionário dirigido aos membros do
conselho de escola; inquérito por entrevista, dirigido ao director da escola, assim como em
actasdas reuniões do conselho e da observação participante nas reuniões do conselho. Assim,
28
como se poderá mais adiante no conselho de escola foram aplicados inquéritos por questionário a
15 membros do conselho, tendo sido preenchido e devolvido 12 e válidos 10.
Em relação aos gestores da escola, foi seleccionado apenas o director da EPC das Mahotas, por
este fazer também parte do conselho de escola.
A observação participante foi feita de forma formal e direccionada as reuniões do conselho da
EPC das Mahotas.
Após o trabalho de campo foi feita a apreciação e análise da informação que obtivemos tanto dos
inquéritos por questionário, da entrevista e da observação participante como das actas das
reuniões do conselho de escola da EPC das Mahotas.
De 36 a 40 6 60%
De 41 a 45 0 0%
De 46 a 50 1 10%
Mais de 50 0 0%
Total 10 100%
Fonte: adaptado pelo autor a partir de inquérito por questionário
Básico 2 20%
Médio 3 30%
Licenciatura 5 50%
Sem Nível 0 0%
Total 10 100%
Fonte: adaptado pelo autor a partir do inquérito por questionário
Alunos 0 0%
Funcionários 1 10%
Pais e encarregados 4 40%
Comunidade 1 10%
Total 10 100%
Fonte:Adaptado pelo autor a partir de inquérito por questionário
Pela observação dos dados descritos no quadro podemos constatar que 4 membros do CE são
representante de professores o que corresponde a 40%, número que coincide com os que
representam os pais e encarregados de educação. De acordo com os sujeitos da nossa pesquisa os
funcionários são representados por 1 indivíduo, o que corresponde a 10%, o mesmo acontece
com o representante da comunidade, e que ao todo constituem 20% da amostra. O somatório de
todos membros inquiridos iguala a 10 no seu todo.
De acordo com o director da escola os alunos não foram agregados ao órgão de gestão
democrática (CE), pelo facto de estarem numa idade que não os permite discutir os destinos da
escola. No que diz respeito a esse assunto OLIVEIRA et al (s/d), destaca que o CE trata-se de
uma instância colegiada que deve ser composta por representantes de todos os segmentos da
comunidade escolar e constitui-se num espaço de discussão de carácter consultivo e ou
deliberativo. Pode-se concluir que a não inclusão dos alunos no CE, exclui-os totalmente da vida
escola, violando deste modo o que está escrito no Manual de Apoio Ao Conselho de Escola
Primária, (MINEDH, 2015:10), que "destaca que nas escolas do tipo 1 e 2, os alunos são
representados em número de 4 e nas escolas do tipo 3 em número 3", porem na escola em estudo
os alunos não são representados.
De referir que a escola não respeitou o que está escrito no manual de CE, pois os alunos não são
representados no Conselho de Escola, como ilustra o quadro.
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nunca raras vezes as vezes sempre
O que evidencia o gráfico é a elevada percentagem da categoria " sempre ", com 7 membros do
C.E o que corresponde a 70% de respondentes comparativamente as restantes categorias. Isto
significa que dos 10 membros do CE que responderam a questão, 70% concordam com a
afirmação de que a gestão democrática é participação da comunidade, dos pais e encarregados de
educação, seguindo-se os que optaram pela categoria " as vezes " com 3 membros o que
corresponde a 30%. As restantes opções, cada uma correspondem a 0%, o que significa que
nenhum dos membros optou pela categoria " nunca " e " raras vezes ". Assim o facto de 70% dos
sujeitos inquiridos, que representam a maioria, ter optado pela categoria " sempre ", bem como
os 30% que responderam " as vezes " e que ao todo correspondem a uma percentagem de 100%
leva-nos a concluir que os inquiridos tem conhecimento do conceito gestão democrática, indo ao
encontro do referencial teórico.
Em ralação a esse assunto HELO (2007) citado por MOG (2012:33), aponta que a gestão escolar
democrática vai para além dos muros da escola, abrindo espaço para que se construam relações
mais democráticas. Para tal, é preciso reconhecer a comunidade e aos pais e encarregados de
educação o direito de participar na organização da escola dos seus filhos, junto com os demais
segmentos que fazem parte do CE.
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Observando o gráfico verificamos que a categoria " sempre " é a que se encontra em maior
número na amostra, com 7 indivíduos o que corresponde a 70%, seguido da categoria " as vezes
" com 3 membros do CE o que corresponde a 30%. Assim concluímos que a maior parte dos
membros do CE inquiridos que corresponde a 70% concorda que a gestão democrática exige
transparência, impessoalidade e moralidade.
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Conforme pode verificar através deste gráfico, a categoria "sempre" apresenta-se com maior uma
percentagem de 90% o que corresponde a nove 9 dos indivíduos inquiridos, seguido da categoria
"as vezes" com dez 10 membros do CE, o que corresponde a 10%. Segundo a percepção dos
membros do CE concluímos que maior parte dos membros do CE, inquiridos afirma que a gestão
democrática melhora o PEA.
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O que ressalta do gráfico é que as categorias "as vezes" e "sempre", tem uma percentagem
correspondente a 50% com cinco 5 respondentes para cada.As restantes opções não apresentam
nenhum valor percentual, considerando que as percepções dos membros, concluímos que a
gestão democrática favorece a integração dos membros do CE na tomada de decisão.
Gráfico5: A gestão democrática passa também pela gestão conjunta dos recursos
financeirospeloCE e direcção da escola
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Verificamos que as categorias de respostas "as vezes" e "sempre"com 5 sujeitos para ambas, são
as que foram respondidas com valores percentuais de 50% para cada. As restantes opções não
foram escolhidas, não representando deste modo nenhum valor percentual, concluindo portanto
que os inquiridos afirmam que a gestão democrática implica a inclusão do CE na gestão
financeira dentro da escola.
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4.1.3. Funcionamento do CE
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Gráfico 7: O CE funciona com muitas dificuldades, pois há obstáculos que dificultam o seu
funcionamento.
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Da análise e interpretação efectuadasão gráfico depreende-se que de acordo coma a maioria dos
membros inquiridos (60%), o que corresponde a 6 indivíduos é da opinião de que "as vezes" o
CE funciona com muitas dificuldades, porque há obstáculos que dificultam o seu funcionamento,
seguindo-se os que acham que o CE tem funcionado "sempre" com muitas dificuldades, pelo
facto de existirem obstáculos que dificultam o seu funcionamento com 3 indivíduos,
correspondendo a 30%. Separadamente a categoria "raras vezes" com 10% dos respondentes, o
que corresponde a 1 indivíduo e a categoria "nunca" sem nenhum valor percentual.
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Pela análise da variação dos valores percentuais que se encontram no gráfico, concluímos que as
respostas "as vezes" e "sempre", partilham o mesmo valor percentual de 40%, o que significa que
cada uma das categorias respondidas tem 4 respondentes, seguida da resposta "raras vezes" com
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2 respondentes, correspondendo a 20%. A categoria de resposta "nunca" não tem nenhum valor
percentual, o que significa que nenhum dos membros do CE inquiridos optou por essa categoria.
Assim constatamos que existe uma vontade por parte dos membros do CE em envolver-se nas
actividades da que visam uma boa gestão da escola e bom rendimento dos alunos.
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Analisando a distribuição das respostas dos sujeitos inquiridos, observa-se que mais que a
metade dos sujeitos é de opinião de que nem sempre as actividades do CE contribuem para a
melhoria da qualidade do ensino, ou seja, 6 dos sujeitos inquiridos, o que corresponde a 60% dos
respondentes optou pela opção as "vezes". Os que afirmam que as actividadesdo CE, contribuem
"sempre" para a melhoria da qualidade de ensino correspondem a 30% dos sujeitos inquiridos, o
que significa que 3 dos membros do CE optaram por essa categoria; 1 respondente optou pela
resposta "raras vezes" com um percentagem de 10%, e 1 sujeito também correspondente a 10%
optou por não responder nenhuma categoria de respostas. Deste modo concluímos que a maioria
dos sujeitos considera que nem sempre as actividadesdo CE, contribuem para a melhoria da
qualidade de ensino.
os membros do CE da escola em estudo não tem conhecimento profundo das actividades que
deviam exercer.
Foi nesse contexto que o governo institucionalizou o Conselho de Escola com intuito de envolver
a comunidade, pais e encarregados de educação na resolução de problemas que surgem na escola
e na gestão escolar no seu todo.
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Para este caso, a análise de valores percentuais das categorias de respostas leva-nos a concluir
que a mensagem expressa pela maioria das respostas dos membros do CE inquiridos, 8
indivíduos correspondentes a 80%, que é o somatório da categoria "nunca" e "sempre" ambas
com 40% respectivamente. Seguidamente, 20% dos inquiridos, que corresponde a 2 indivíduos
da amostra responde "as vezes" na afirmação o CE analisa os documentos normativos da escola,
e nenhum inquirido respondeu a categoria raras vezes. Como podemos perceber há neste gráfico
uma ambiguidade entre as duas categorias com maior percentagem são as categorias do extremo,
a categoria "nunca" e "sempre" com 40% cada, o que entra em discordância com a observação
participante feita de forma formal ao CE e da informação que consta nas actas das reuniões, foi
possível perceber que foi analisado apenas o regulamento interno da escola os outros
documentos não foram submetidos ao CE. Quatro dos membros que responderam que o CE
analisa sempre os documentos normativos da escola são professores e pode ser que queiram
salvaguardar que o CE analisa os documentos normativos de acordo com o que está previsto no
Manual de Apoio Ao Conselho de Escola Primaria (MINEDH, 2015:20), que afirma que "o CE
deve aprovar o regulamento interno da Escola e garantir a sua aplicação, aprovar o plano do
desenvolvimento e anual da escola".
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Analisando os valores percentuais das categorias das respostas expressas neste gráfico, podemos
constatar que as respostas com maior representatividade são relativas às expressões "as vezes" e
"sempre" com 4 respondentes o que corresponde a uma percentagem de 40% para cada uma. A
que tem menor representatividade é a categoria de respostas raras vezes com 2 sujeitos da
amostra correspondendo a 20% e a categoria nunca não tem nenhum valor percentual o que
indica que nenhum dos respondentes optou por essa categoria. A conclusão que tiramos da
análise feita neste gráfico é que o conselho as vezes funciona sem um plano que prevê as
actividades a serem desenvolvidas ao longo do ano.
Gráfico 12: O CE participa de forma efectiva na gestão dos recursos financeiros da escola.
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Analisando a distribuição das respostas dos sujeitos inquiridos, observa-se que a maioria é de
opinião que o C.E. participa sempre na gestão dos recursos financeiros da escola, com 7
respondentes o que corresponde a 70% da amostra; seguindo a categoria de resposta "as vezes"
com 2 indivíduos o que corresponde a 20% de respondentes e por fim a categoria "raras vezes"
com 10% de sujeitos inquiridos, o que significa que teve apenas 1 respondente.
Gráfico 13: Durante a reunião do C.E. a tomada de decisão é feita por todos os membros.
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Analisando a distribuição das respostas dos sujeitos inquiridos, observa-se que mais da metade
dos sujeitos é de opinião de que "durante a reunião do CE, a tomada de decisão é feita por todos
os membros" com 7 respondentes, o que corresponde a 70%. Os que afirmam que as "vezes"as
decisõessão tomadas por todos os membros do CE estão em número de 2 correspondendo a 20%
dos sujeitos inquiridos; o restante dos respondentes corresponde a 10% dos sujeitos inquiridos
que dizem que "raras vezes" as decisões são tomadas por todos membros do CE, com apenas um
respondente.
Os dados que obtivemos das actas demonstram, que o director deixava os membros colocarem o
seu ponto de vista e depois tomava a decisão. De acordo com a nossa observação, há casos em
que o director tomava decisão de forma unilateral. Deste modo podemos afirmar que há uma
discordância com aquilo que o gráfico nos apresenta em relação ao que os dados observados nas
actas, assim como o que a observação participante formal feita na escola revela-nos. Podemos
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afirmar que os membros do CE tomaram essa posição por acreditarem que pelo facto de o
director deixa-los opinar, estejam a participar da tomada de decisão.
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Assim, verifica-se que 5 dos membros do CE inquiridos, que correspondem a 50%, afirmam que
"raras vezes" as decisões tomadas no conselho se implementam na escola, o que indica que a
metade dos inquiridos tende a discordar com afirmação; enquanto 3 dos sujeitos inquiridos,
correspondentes a 30%, respondeu que "as vezes"e 2 membros do CE que correspondem a 20%
optaram pela categoria "sempre". Adicionando as duas últimas respostas, temos 50% de
respostas que tendem a concordar com a afirmação. Deste modo podemos admitir que as
decisões tomadas no CE são implementadas parcialmente, pois como afirmamos na análise do
gráfico anterior o director deixa os demais membros darem o seu ponto de vista e a posterior
toma decisões que não estão de acordo com o que foi discutido.
Em relação a esse assunto VERZA (2000:197) citado por CORREIA e tal (s/d:15), considera que
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Entrevista com o director da EPC das Mahotas
41
[...] ainda vigora de forma acentuada que os conselhos são convocados para aprovar o
que foi proposto pela escola. Muito menos a comunidade escolar restrita é chamada
para discutir, debater o que a escola decidiu. É o corpo dirigente da escola que decide.
Os conselhos, em numerosas escolas, cumprem função meramente legal, formal,
convocados para carimbar o que já foi decidido.
De acordo com o pensamento do autor, está claro que os conselhos são ditos mecanismos de
gestão democrática, onde ainda prevalecem o centralismo e o autoritarismo.
Gráfico15: Em última instância a decisão sobre a alocação dos fundos para a escola cabeao
C.E.
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Pela análise da variação dos valores percentuais no gráfico, concluímos que a categoria de
resposta relativa a "raras vezes" é a categoria com maior valor percentual com 40%, o que
corresponde a 4 respondentes, seguidamente das categorias "as vezes" e "sempre" que partilham
o mesmo valor percentual de 30%, com 3 sujeitos da amostra; a categoria restante que é a
categoria "nunca", não tem nenhum valor percentual, o que significa que nenhum dos sujeitos
inquiridos optou por essa categoria.
A presença do director nas sessões do conselho pode despoletar suspeitas de uso de suspeitas de
uso de persuasão manipuladora das preferências da maioria, reduzindo o espaço colocado a
disposição dos membros do conselho para decidir sobre a alocação de recursos para a escola.
A limitação em termos de inclusão dos membros do conselho das decisões sobre a alocação dos
recursos para a escola, pode trazer limitações ao processo de accountability da parte da
direcçãoda escola ao conselho. Reproduzindo desta forma as patologias de representação para
cuja colmatação foi adoptadoo Conselho de Escola como um mecanismo de implementação da
democracia participativa.
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Este cenário leva-nos a indagar o seguinte: até que ponto o CE, enquanto mecanismo da
democracia participativa, contribui para cobertura do défice da democracia representativa na
EPC das Mahotas?
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Dos 100% dos membros do CE inquiridos, (5) 50% acreditam que "raras vezes" o CE tem
intervindo de modo a influenciar na tomada de decisão sobre a alocação de recursos materiais,
humanos e financeiros na escola. 4, que correspondem a 40% acreditam que isso acontece "as
vezes" e1dos sujeitos inquiridos que corresponde a 10% acredita que o CE tem intervindo
"sempre" na tomada de decisão sobre a alocação de recursos materiais, humanos e financeiros.
Em relação a esses dados podemos ver que apesar da maior parte dos membros afirmarque
durante a reunião do CE a tomada de decisão é feita sempre por todos os membros, alguns
acreditam que podem fazer parte do processo, mas não participam na alocação dos recursos para
a escola. O que nos leva a afirmar que as decisões de alocação de recursos materiais, humanos e
financeiros na escola são tomadas a nível estratégico e a posterior se faz a prestação de contas.
Gráfico 17: O C.E. decide na escolha dos projectos a serem implementados na escola.
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( BARDIN, 2008:121). O nosso estudo respeitou essas fases de modo a operacionalizar os dados
recolhidos.
Esta entrevista foi feita nos finais do mês de Fevereiro, por volta das 11 horas da manha, na
escola em estudo. De referir que o director da escola tem 45 anos idade, é do sexo masculino,
tem uma formação superior em filosofia peloISMA, tem uma experiência de trabalho de 18 anos
e ocupa o cargo de direcção da escola em estudo a 2 anos.
Assim quando questionado a cerca da percepção que tem sobre a gestão democrática, a nossa
fonte afirmou que percebe gestão democrática como participação e inclusão de todos no PEA e
na tomada das decisões sobre as prioridades da escola.
De acordo ainda com o entrevistado (director), quando se há inclusão de todos os segmentos no
PEA e na tomada de decisões, é fácil identificar os problemas que enfermam a escola e que a
gestão dos recursos da escola torna-se eficiente.
No que se refere a questão sobre a relação entre a direcção da escola e o conselho da escola, a
nossa fonte, afirma ser boa, pois a colaboração com vista a resolver os problemas ao nível da
escola.
O bom relacionamento pode significar que a direcção da escola tem chamado o conselho para
colocar o seu ponto de vista na vida da escola. Em relação a esse assunto FORMOSINHO
(2005:40), destaca a importância de boas relações entre a escola e a comunidade permitindo
deste modo a abertura e envolvimento na resolução dos problemas da escola.
Em relação a pergunta, a presença do director influencia o funcionamento do conselho, a nossa
fonte afirmou que embora tenha se ausentado algumas vezes por motivos de força maior, sempre
lhe foram informadas as decisões parciais e que a posterior ele devia tomar a decisão final. O
facto de o conselho depender do director para tomar a decisão final, pode significar que a decisão
esteja centralizada ao director, e que apesar dos contributos do conselho, a direcção toma
decisões unilaterais.
De acordo com a observação participante por nós efectuada no campo de estudo, constatamos
que a presença do director no conselho influencia no comportamento dos membros do conselho e
que condiciona as decisões tomadas no mesmo órgão.
No que tange a afirmação as actividades do C.E. melhoram a qualidade do ensino, a nossa fonte
afirmou que sempre. Referiu Ainda que o conselho pressiona a direcção de modo que esta
pressionar aos professores a fazerem bem o seu trabalho.
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Em relação a influência na tomada de decisão para alocação dos recursos materiais, humanos e
financeiros, o nosso informante afirmou que influencia sim, dizendo o seguinte: quando
recebemos o ADE, chamamos todos os membros do conselho para mostrar o cheque, discutimos
o que será feito com o valor e envolvemos o conselho na alocação de recursos que possam estar
em falta na escola e que possam melhorar o funcionamento da escola. Não só como também
envolvemos o conselho na alocação de valores para o pagamento dos guardas 10.
A resposta do director permiti-nos duvidar se realmente o conselho influencia no processo de
alocação de recursos para escola, visto que não coaduna com o ponto de vista de mais da metade
dos membros inquiridos que afirmam que o conselho influencia "raras vezes" e outros afirmam
"as vezes".
Ao ser questionado a que nível as decisões tomadas no conselho são colocadas em pratica pela
direcção o nosso informante respondeu que todas as decisões tomadas no conselho são colocadas
em pratica, pois quando todos os segmentos participam torna-se fácil implementa-los. Como
exemplo o nosso informante disse: uma das prioridades do conselho era fazer uma alfaiataria,
mas o valor não era suficiente, por isso entrou-se em consenso que o valor seria dirigido para
compra de tampões para colecta de lixo11.
As respostas dadas pelos membros inquiridos em relação a essa afirmação, leva-nos a indagar se
realmente a escola coloca em prática as decisões tomadas no conselho, visto que mais da metade
não afirmam positivamente em relação esse assunto.
Na observação participante formal feita por nós no conselho e na análise dos dados das actas
constatamos que há uma coerção do director para a escolha das decisões a tomar.
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Palavras do director da Escola Primária Completa das Mahotas
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Entrevista com o director da Escola Primária Completa das Mahotas.
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cumprem função meramente legal, formal, convocados para carimbar o que já foi decidido
VERZA (2000:197) citado por CORREIA et al (s/d:15).
Partindo dos dados recolhidos através dos inquéritos por questionário, foi possível verificar que
raras vezes a direcção cria condições para que os membros do conselho da escola tomem parte
nas decisões na alocação dos fundos para a escola.
Ainda em relação às condições criadas pelo conselho e a escola para que os membros do
conselho influenciem na tomada de decisão para alocação dos fundos, também verificamos que o
conselho deveria fazer o levantamento das necessidades que a escola tem em conjunto com a
administração da escola. Ainda a despeito das alocações verificamos que o conselho quase que
não participa na tomada de decisão da alocação dos recursos da escola, desde os financeiros,
humanos e materiais. Embora os dados dos documentos analisados na escola demonstram que
existem comissões de trabalho, Curiosamente estes são funcionais.
Alguns membros têm a percepção de terem participado de forma positiva na tomada de decisão,
na escolha dos projectos a serem implementados na escola. Contudo, foi possível perceber que
na sua maior parte os membros do conselho são unânimes em dizer que raras vezes decidem na
escolha dos projectos a serem implementados na escola.
Porque não é nossa intenção esgotar a temática "Conselho de Escola Versus Gestão
Democrática", aceitamos qualquer contribuição que visa melhorar o nosso trabalho.
5.2. Sugestões
Ao MINEDH
À Escola
BIBLIOGRAFIA
AA.VV. Educação – Um Tesouro a Descobrir. Porto Edições Asas. 1996.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia de trabalho científico: elaboração
do trabalho na graduação. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2007
ASSIS, Ana Cláudia Lima de. Conselho de Escola instrumento de gestão democrática em
tempos de políticas neoliberais: experiencia em questão no Município de Baturité. Dissertação
científica para obtenção de grau de mestre em Avaliação de Politicas Publicas. Pró-Reitoria de
Pós-graduação. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza – Ceará. 2007. Pg. 274
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70. 2008.
BILHIM, João. Ciência da Administração. 2ª Ed. Lisboa. Universidade Aberta. 2008.
BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia da pesquisa: monografia, dissertação, tese. São
Paulo: Atlas, 2009.
BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia: Uma defesa das regras de jogo. Tradução de
Marco Aurélio. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1989.
BOFF, Leonardo. Fundamentalismo: a globalização e o futuro da humanidade. Rio de Janeiro:
Sextante, 2002.
CHIZZOTTI, António. Pesquisa em ciências humana e sociais. 7ª ed. são Paulo : Cortez, 2005,
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DIOGO, Paulo Gaspar Fernando. Sociologia da Educação e Administração Escolar. Plural
editores. Porto. 2010.
PATEMAN, Carole. Participação e teoria democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
PAULA, Lucéia Maria de Souza. O funcionamento do Conselho Escolar: A questão da
democracia representativa e/ou participativa: Monografia científica para obtenção de grau de
Licenciada em Pedagogia. Universidade Federal de São Carlos: Centro de Educação de Ciências
Humanas. São Carlos. 2011. 51pg.
QUIVY, Raymund.; CAMPANHOUDT, Luc Van. Manual de Investigação em Ciência sociais.
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RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa sociais métodos e técnicas. 3ed. Atlas editor S. Paulo,
1999.
SANTOS, António. J.R; Gestão Estratégica: Conceitos, modelos e instrumentos. Escolar
Editora. Porto. 2008
SILVA, Edna Lúciada. Metodologia de Pesquisa e elaboração de dissertação. 3ª edição.
Revisão. Actual. Florianopolis: Laboratório de Ensino a Distancia da UFSC. 2011.
SILVA, P. K. de Oliveira & NETO. A. C. O Conselho escolar como uma estratégia de gestão
democrática. Pub II Ca III. 2007.
LOBO Manuel Francisco & GINJA Aurélio. Avaliação dos serviços da educação na óptica dos
beneficiários. Maputo. CESC & MEPT. 2011.
54
Netgrafia
BRASIL. Conselhos Escolares: Democratização da escola e construção da cidadania (Caderno
1). In: Brasil. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Brasília – DF:
MEC/SEB, 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce
cad .pdf>
Documentos e Legislação
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Ministério da Educação. Agenda do Professor 2011. Moçambique. 2011.
Ministério da Educação. Agenda do Professor 2012. Moçambique. 2011
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Ministério da Educação e Cultura. Manual de Apoio ao Conselho de Escola. Moçambique. 2005.
Ministério da Educação e Cultura. Plano Estratégico de Educação e Cultura, 2006-2010/11:
Maputo. 2006.
Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Manual de Apoio ao Conselho de Escola
Primária. Moçambique. 2015
República de Moçambique. Lei nº 6/92 do Sistema Nacional de Educação. 1992
I
Dados de identificação
1.Sexo: Feminino …… Masculino……
2.Idade ……
3.Nível académico
3.1. Básico ……
3.2. Médio ……
3.3. Licenciatura ……
3.4. Sem nível …….
4. Grupo que representa no Conselho de Escola
4.1. Professores……
4.2. Alunos……
4.3. Funcionários…….
4.4. Pais e encarregados de educação……
4.5. comunidade…...
Orientações
Para cada indagação do questionário, responde colocando x na resposta que achar correcta.
QUESTÕES 1 2 3 4
Nunca Raras vezes As vezes Sempre
2.1. A gestão Democrática, é participação da
comunidade, dos pais e encarregados de
educação na vida da escola.
II
QUESTÕES 1 2 3 4
Nunca Raras vezes As vezes Sempre
3.1. O funcionamento do CE é de
agrado de todos os membros do CE.
3.2. O CE funciona com muitas
dificuldades, pois há obstáculos que
dificultam o seu funcionamento.
3.3. Os membros do CE são
envolvidos nas actividades da escola
3.4. As actividades do C.E contribuem
para a melhoria da qualidade do
ensino
3.5. O CE analisa os documentos
normativos da escola.
3.6. C.E. elabora o seu plano anual das
actividades.
3.7. O CE participa de forma efectiva
na gestão dos recursos financeiros da
escola.
Quais são as acções do CE que tem maior influência no contexto de gestão democrática e na
tomada de decisões na EPC Avenida das FPLM?
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______________________________________________________________________________
______
IV
Questões
Dados de identificação
Idade ……; Sexo ……; Formação académica ……; Anos de experiência ……
1. Qual a percepção que tem sobre a gestão democrática?
2. Como tem sido o relacionamento entre a direcção da escola e o conselho?
3. A presença do director tem alguma influência no funcionamento do conselho?
4. As actividades desenvolvidas peloCE melhoram a qualidade do Ensino?
5. O CE influencia na toda de decisão sobre a alocação dos recursos materiais, humanos
e financeiros?
6. A que nível direcção da EPC das FPLM coloca em prática as decisões tomadas pelo
CE? A título de exemplo.
V
Apêndice III: Guião de observação das reuniões do Conselho de Escola da EPC das
Mahotas
Apêndice IV: Guião de análise de conteúdos das actas da reunião do Conselho de Escola na
EPC das Mahotas
1. Analisar os assuntos tratados no Conselho.
2. Observar o funcionamento do Conselho.
3. Analisar as formas de participação dos membros do Conselho.
4. Analisar as formas de tomada de decisão.
I