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SOCIEDADE
SISTEMA ESCOLAR OUTPUT
INPUT (do sistema escolar para a
Elementos não-materiais
(da sociedade para o sociedade)
(objetivos, normas e
sistema escolar) 1. Melhoria do nível
conteúdo)
1. Objetivos Entidades mantenedoras cultural da população
2. Conteúdo cultural Administração do sistema 2. Aperfeiçoamento dos
3. Professores e outros indivíduos
recursos humanos Rede de Escolas 3. Formação de recursos
4. Recursos financeiros Dimensão vertical humanos
5. Recursos materiais (graus de ensino)
4. Resultados de
6. Alunos Dimensão horizontal
(modalidades de ensino) pesquisas
Supersistema e Subsistema:
Em geral, o sistema está contido dentro de um sistema mais amplo, que
é o seu supersistema : a escola está contida no sistema escolar e o sistema
escolar, na sociedade.
Por outro lado, o sistema é constituído de partes que também são
sistemas de menor magnitude: os subsistemas . Em uma escola, a sala de
aula é um subsistema de produção, porque nela é que se realizam as
atividades técnicas de ensino/aprendizagem.
CONTRIBUIÇÕES DA SOCIEDADE PARA O SISTEMA ESCOLAR:
1. Objetivos: Todo sistema escolar é montado para cumprir uma função
social. Portanto, cabe à sociedade estabelecer os objetivos a serem
buscados, que são as expressões dos anseios, aspirações, valores e tradições
da própria sociedade. E como a sociedade estabelece objetivos do sistema
escolar? Através das leis de ensino.
2. Conteúdo cultural: A sociedade possui um cabedal de conhecimentos,
adquiridos no transcorrer de sua história, incluindo descobertas científicas e
conquistas tecnológicas que transformam continuamente o mundo. Por um
lado, é dessa massa de conhecimentos que a escola retira o conteúdo de
seus currículos e programas. Por outro, pesquisas feitas no interior do
sistema escolar contribuem para desenvolver esses conhecimentos.
3. Recursos humanos: O funcionamento do sistema escolar depende de
pessoas com diferentes graus e tipos de qualificação: administradores
escolares, técnicos, professores, pessoal auxiliar, etc.). É da sociedade que o
sistema escolar retira estes recursos humanos, que devem atender às
exigências estabelecidas pelo subsistema (seleção de pessoal).
4. Recursos financeiros: Sem recursos financeiros suficientes e sem o uso
adequado desses recursos, o sistema escolar não pode funcionar. Para que
esse sistema tenha condições de atender sempre mais e de maneira melhor a
uma parcela sempre maior da população, é necessário que sejam destinados
à educação recursos compatíveis com a sua importância fundamental para o
desenvolvimento social. Enquanto a educação brasileira não for considerada
realmente prioritária para a aplicação dos recursos públicos, seus problemas
não serão resolvidos.
5. Recursos materiais: A indústria produz uma multiplicidade de artigos que
são necessários ao sistema escolar – material didático, mobiliário, artigos de
escritório, artigos para manutenção e limpeza, etc. Nos últimos anos vimos
assistindo a um extraordinário avanço da tecnologia do ensino,
especialmente com a utilização dos recursos da informática. A nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educação admite o ensino a distância. Esta abertura da
lei, combinada com os novos recursos da informática (inclusive internet)
provocam notáveis transformações nos sistemas escolares.
6. Alunos: Os sistemas escolares existem porque existem alunos. O ingresso
de alunos nos sistemas escolares vem-se dando em proporções cada vez
maiores . Quanto mais numerosa a população em idade escolar, maior
pressão da sociedade para que se ampliem as oportunidades educacionais,
pois a educação é um direito de todos garantido por lei.
CONTRIBUIÇÕES DO SISTEMA ESCOLAR:
1. Melhoria do nível cultural da população: Na medida em que aumenta o número de
egressos das escolas, cresce a média de escolaridade da população, bem
como se modifica seu estilo de vida, com o aparecimento de novos
interesses, valores e novas aspirações. Disso resulta uma potencialidade
mais alta da população em todos os aspectos da vida social.
2. Aperfeiçoamento individual: O sistema escolar deve contribuir para a
realização pessoal. Na escola, o indivíduo pode encontrar condições de
desenvolver-se de forma global, nos aspectos físico (educação física),
emocional (sentimentos e expressões interindividuais), intelectual
(conhecimento vindo das matérias escolares), social (convivência dos
outros), etc. O indivíduo de maior escolaridade adquire a capacidade para
uma vida mais significativa e dinâmica, com uma visão mais ampla do
mundo. Portanto, também do ponto de vista de cada indivíduo, o sistema
escolar tem uma contribuição decisiva, como fonte de capacitação para
uma vida mais plena, para maior realização pessoal.
3. Formação de recursos humanos: No mundo atual, assume caráter de grande
significação a contribuição do sistema escolar para o mercado de trabalho,
através da qualificação de trabalhadores para os vários setores da
economia. O crescimento econômico exige sempre maiores proporções de
pessoas com variados níveis de qualificação. A educação pode ser
considerada como um investimento de alta rentabilidade, individual e
social, justamente porque o crescimento econômico depende da existência
de recursos humanos apropriados e, por outro lado, quanto melhor a
preparação das pessoas, melhores são suas oportunidades de trabalho.
4. Resultado de pesquisas: Uma considerável proporção das atividades de
pesquisas é realizada dentro das universidades, onde professores e alunos
se empenham em investigações nos mais variados campos do
conhecimento. No ensino superior, a pesquisa é considerada como
atividade inerente ao exercício do magistério. Muitas das contribuições
importantes para a sociedade no campo do conhecimento científico
provêm da atuação de professores universitários.
ESTRUTURA DO SISTEMA ESCOLAR:
O sistema escolar compreende uma rede de escolas e uma estrutura de
sustentação.
REDE DE ESCOLAS : É um subsistema que compreende o conjunto de
escolas de um sistema escolar. A rede escolar constitui a estrutura didática
do sistema escolar e apresenta duas dimensões:
a) Dimensão vertical: Compreende os diversos níveis de ensino (infantil,
fundamental, médio e superior). Ao longo desta dimensão, as escolas vão-se
diversificando para acompanhar o crescimento biológico e psicológico dos
alunos. Observe: Quando criança, o aluno freqüenta a educação infantil. Aos
6 anos, tem direito ao ingresso no Ensino Fundamental e inicia sua
escolaridade obrigatória e, conforme for crescendo, vai garantindo acesso a
níveis de maior complexidade quanto ao conteúdo da aprendizagem.
b) Dimensão horizontal: Abrange as várias modalidades de ensino , como, as
diversas habilitações profissionais. Ao longo desta dimensão, as escolas
assumem diferentes modalidades para atender a aspectos psicológicos dos
alunos (interesse, vocação, habilidade) e as necessidades sociais (formação
de técnicos e profissionais para os diferentes setores da economia).
ESTRUTURA DE SUSTENTAÇÃO:
É a estrutura administrativa do sistema escolar. Nela podemos distinguir três
elementos:
a) Elementos não-materiais:
• Normas: disposições legais (Constituição, leis, decretos),
disposições regulamentares (regimentos, portarias,
instruções),
disposições consuetudinárias (ética, costumes, coerção
social).
• Metodologia do ensino
• Conteúdo do ensino: currículos e programas.
b) Entidades mantenedoras: As escolas encontradas no sistema escolar podem
ser mantidas pelas seguintes entidades: Poder Público: federal,
estadual e municipal.
Entidades particulares; leigas,
confessionais.
Entidades mistas: autarquias, etc.
c) Administração: abrange os organismos que dirigem o sistema escolar em seus
diversos níveis.
SISTEMA ESCOLAR BRASILEIRO:
Atualmente o sistema escolar brasileiro é regido pela Lei nº 9.394, de
20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional.
Esta lei, aprovada após oito anos de discussão comandada pelo
Congresso Nacional, revogou as leis nº 4.024, de 20/12/1961 (que foi nossa
primeira lei de diretrizes e bases da educação, nos dispositivos que ainda
vigoravam); nº 5.692, de 11/8/1971 (que estabelecia as diretrizes e bases
para o ensino de 1º e 2º grau); e nº 7.044, de 18/10/1982 (que tornou
opcional a profissionalização no 2º grau, obrigatória pela lei de 1971).
Em seu artigo 1º, após declarar que a educação abrange “os processos
formativos” que se desenvolvem em todas as instâncias da vida social, a lei
afirma destinar-se a disciplinar “a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias” (§ 1º) que
“a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática
social” (§ 2º).
Uma série de dificuldades debilita a noção de sistema como “conjunto
de elementos que formam um todo organizado”: os defeitos de articulação
entre os vários níveis de ensino, a multiplicidade de entidades mantenedoras
de escolas e, consequentemente, a diversidade de orientação.
Contudo, existem alguns fatores que contribuem para a unificação do
sistema escolar brasileiro a saber:
O fato óbvio de estarem as escolas localizadas dentro dos limites do
território nacional.
O fato de o sistema escolar estar a serviço da cultura brasileira, de tal
maneira que escola e cultura se influenciam mutuamente.
O fato de o ensino ser ministrado na língua nacional.
O fato de que todas as escolas estão sujeitas a uma legislação comum.
O fato de existirem disposições legais que determinam, ao menos
formalmente, a articulação entre os níveis e a equivalência entre as
modalidades de ensino.
Passemos a estudar quatro pontos importantes sobre o sistema escolar
brasileiro: níveis de ensino, modalidade de ensino, funcionamento do
sistema e direitos e deveres.
NÍVEIS DE ENSINO: