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Universidade Federal do Ceará

Faculdade de Educação
Departamento de Estudos Especializados
Disciplina: Organização e Gestão de Espaços Educativos não Escolares

Adna Lemos de Assis


Bianca Mendes do Nascimento
Lailane Raniele Girão Araujo
Leticia Cesar Pompeu Sales
Tereza Victoria Nascimento Rodrigues

ARANTES, Valeria Amorim (Org.). Educação formal e não-formal. São Paulo: Summus, s/d.

O texto de Jaume Trilla nos traz um pouco sobre a educação dentro de seus seguintes
formatos : formais, não formais e informais. No entanto, tanto quanto se faz necessário
estabelecer os supracitados conceitos, também se faz necessário estabelecer a definição de
educação, processo esse que, além de ser algo contínuo e permanente, cuida da preparação do
ser humano para que este possa desenvolver suas atividades no decorrer de sua vida, não
encerrando-se assim ao fim do período escolar.
Após estabelecermos isso, podemos iniciar com o conceito de educação formal, aquela que é
desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente selecionados e delimitados, sendo ela
institucionalizada e tendo como objetivo o ensino e aprendizagem de conteúdos selecionados
e sistematizados, que almejam a preparação do indivíduo para atuar em sociedade,
preocupando-se assim mais com o aprender a conhecer em detrimento do aprender a fazer.
Em complemento ao exposto, temos a educação informal, onde os indivíduos aprendem
durante seu processo de socialização e sendo esta carregada de valores e de cultura própria,
com pertencimento e sentimentos herdados. Dessa forma, a educação informal pode ocorrer
em vários espaços, envolvendo valores e a cultura própria de cada lugar, de forma que a
educação informal é um processo permanente e não organizado.
Além disso, ainda nos convém ressaltar que, quando falamos do critério de diferenciação da
Educação Informal para as outras duas, estamos falando da especialização ou de diferenciação
da função. Além de efeitos formativos ou culturais que podem produzir a leitura voluntária e
prazerosa de forma natural, é diferente de estudar uma matéria escolar. Ademais, os dois
critérios mais recorrentes se referem à intencionalidade do agente e ao caráter metódico e
sistemático do processo. Ademais, a educação informal ocorre de forma indiferenciada e
subordinada a outros processos sociais, visto que, é mesclado a outras realidades culturais,
quando não emerge a algo diferente e predominante do curso em geral.
Por fim, temos a educação não formal, aquela que se aprende no mundo da vida, por meio dos
processos de compartilhamento de experiências, ocorrendo por meio da troca de experiências
entre os indivíduos, e sendo promovida em espaços coletivos. Seu principal objetivo é
proporcionar conhecimento sobre o mundo que envolve os indivíduos e suas relações sociais,
trabalhando com a subjetividade do grupo e contribuindo para a construção de sua identidade.
A partir do exposto, temos que a educação formal, informal e não formal tem características
diferenciadas, no entanto, também podem ser complementares, uma vez que a educação
formal promove a aprendizagem e a titulação, a educação informal possui resultados que
acontecem a partir da visão do senso comum e a educação não formal traz o desenvolvimento
de vários processos, sendo assim voltada para o ser humano como um todo.
Em síntese, podemos afirmar que, mesmo sendo processos educacionais diferentes, existem
interações sobre essas três faces do processo educativo. Sendo a interação funcional, que
todas as experiências interagem entre si. E elas estão relacionadas. Com isso, essas relações
funcionais podem vir das seguintes formas: relações de complementaridade, de suplências ou
de substituições, de reforço e de colaboração, interferência e contradição.

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