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GEFFERSON B MARTINS- MAT.

1505348
MARIA MARGARETH TAVARES DE ASSIS- MAT. 1578414
VERONILDE LIMA- MAT. 1463590

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


(EJA)

Paper de Docência apresentada ao Programa de


Graduação em Educação, do curso de
Licenciatura em Pedagogia, da UNIASSELVI,
como requisito parcial da disciplina Prática
Interdisciplinar: Educação de Jovens e
Adultos, sob a orientação da tutora Estefani
Gabriela Magalhães

PAULO AFONSO
2021
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

RESUMO

Este paper tem como objetivo analisar os processos de aprendizagem do aluno jovem
e adulto do EJA. Entendemos que cada sujeito tem sua história e cultura. Cada um
possui um motivo para continuar estudando ou parar. Cada um tem seu tempo para
aprender. Diante disso, o objetivo deste trabalho está pautado em compreender os
processos de aprendizagem dos alunos adultos da EJA e através desta compreensão
apontar caminhos para que ela ocorra. Desenvolvido através de análises de
pesquisas, este paper faz menção ao histórico e definição do trabalho feito no EJA.
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos (EJA). Processo de Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A finalidade da Educação de Jovens e Adultos – EJA, consiste em proporcionar


a educação básica àqueles que, por quaisquer motivos, não tiveram condições de
frequentar a escola, na idade tida como “correta”.

Por ser um campo de formação pautado na educação popular, a Educação de


Jovens e Adultos (EJA) traz Paulo Freire como precursor. Possui uma proposta
inovadora, que diverge de uma simples modalidade de ensino, pois propaga uma
educação libertadora onde homens e mulheres são reconhecidos como sujeitos
capazes de transformar a realidade social.

Diante disso, o objetivo deste paper está pautado em compreender os


processos de aprendizagem dos alunos adultos da EJA e através desta compreensão
apontar caminhos para que ela ocorra.

Podemos observar que estão sendo ofertadas muitas oportunidades para


estudar, contudo, não é fácil a permanência destas pessoas em sala de aula, que, por
motivos diversos, elas acabam por abandonar os estudos, deixando o aprendizado de
lado e buscando aprender na vivencia diária. Estudar é importante para a vivência em
sociedade, oportunidades de emprego, auxilio na tomada de decisões.

É importante que se estude novos métodos de ensino e aprendizagem, afim de


que se consiga despertar o interesse e permanência destes alunos e com isso
formando estas pessoas para o mercado de trabalho.
Diante disso, os professores da EJA têm o compromisso de auxiliar com a
superação das diversas formas de exclusão e de discriminação, a qual esses alunos
trazem em suas vivencias extraescolares. Mas, para tornar isso possível, é necessário
compreender, refletir e analisar as histórias de vida desses alunos.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

A finalidade da Educação de Jovens e Adultos – EJA, consiste em proporcionar


a educação básica àqueles que, por quaisquer motivos, não tiveram condições de
frequentar a escola, na idade tida como “correta”.

Podemos ver nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens


e Adultos (Parecer CEB nº11/2000), em concordância com a nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDB que apontam três funções como responsabilidade
da EJA: reparadora (restaurar o direito a uma escola de qualidade); equalizadora
(restabelecer a trajetória escolar); qualificadora (propiciar a atualização de
conhecimentos por toda a vida).

Para frequentar a EJA, é exigida a idade mínima de é 15 (quinze) anos para o


Ensino Fundamental, e 18 (dezoito) para o Ensino Médio. Podemos que que, no Art.
22 LDB 9.394/1996, está prevista a Educação de Jovens e Adultos – EJA, classificada
como parte integrante da Educação Básica. E, da mesma forma que o ensino regular
é disponibilizado pelo governo, é dever também dispor a educação de jovens e
adultos, mas, existem algumas instituições privadas que podem atender a esta
modalidade de ensino.

Podemos ver que, como a própria LDB propõe a idade mínima para ingressar
à EJA, o professor é quem possui o encargo de trabalhar com o jovem e o adulto. O
adulto, que já possui uma certa maturidade emocional devido a sua vivencia cotidiana,
bem como intelectual e social mais desenvolvidos, além de uma certa independência
financeira e pessoal, são mais “aceitos” pelos professores, de forma geral, por achá-
los mais esforçados, e pelo fato do maior respeito que o aluno adulto tem para com o
professor, como uma hierarquia professor x aluno, inconscientemente imposta desde
sua infância (FERRARI e AMARAL, s/a.).
Com os jovens, educadores demonstram uma maior “inquietação”, por terem
que lidar com “[...] a falta de motivação e de envolvimento do aluno nas tarefas
escolares – conversam demais, se movimentam demais, não prestam atenção às
aulas, não fazem tarefas [...]” (FERRARI e AMARAL, s/a. p.1).

Contudo, cada educador deve considerar que, a maioria desses jovens


possuem uma história de vida muito diferente dos jovens de sua idade, e que, grande
parte já possui tanta responsabilidade quanto um aluno adulto, e que, seu psicológico
entra em “conflito” por estar passando por experiências tão importantes e que ainda
não foram amadurecidas em sua mente.

Essa convivência entre as diferentes faixas-etárias pode ser muito


enriquecedora. Mas, é imprescindível que se atente as “necessidades” do aluno
jovem, bem como seu ritmo de aprendizagem, sua “impaciência” em ficar parado,
entre outros aspectos. É importante que se realize atividades que estimulem parcerias
entre os jovens e os adultos, e não competição; organiza-las de forma que propiciem
vínculos positivos, como respeito à forma de pensar, agir e sentir do outro, gerando
empatia.

A Educação de Jovens e Adultos apresenta hoje uma identidade


que a diferencia da escolarização regular e essa diferenciação
não nos remete apenas a uma questão de especificidade etária,
mas, primordialmente, a uma questão de especificidade sócio-
histórico-cultural (FERRARI e AMARAL, s/a. p.1)

PROCESSO DE APRENDIZAGEM

O processo de ensino-aprendizagem ampara-se na concretização de relações


interpessoais, segundo Santos (2009), esses decorrem do modo como os sujeitos
envolvidos interagem e desempenham seu papel social, procuramos compreender os
diferentes fatores que interferem na interação pedagógica.

Neste sentido muitas vezes o professor é desafiado a atuar sobre nova visão
em relação aos processos tradicionais de ensino e aprendizagem, segundo
Anastasiou e Alves (2009), ele poderá encontrar muitas dificuldades, incluindo
pessoais e de se colocar numa diferenciada ação docente, iniciando pela própria
compreensão da necessidade de ruptura com o tradicional método conhecido.
Através de estratégias aplica-se e expõem-se meios, métodos, formas e jeitos
de ensinar visando evidenciar o pensamento, deixando claro o ponto que se deseja
chegar, onde cabe determinar a dinâmica mais adequada para se atingir o objetivo.

Paulo Freire estabeleceu alguns conceitos na área de educação, tendo foco


num melhor aprendizado, através de técnicas e metodologias evolutivas. Ele foi um
grande pensador e inovador na área de educação, publicando diversos livros e, as
suas teorias são abraçadas por muitas pessoas. Segundo Miranda; Barroso (2004),
Freire parte de um pressuposto, onde o ser humano é o foco no processo de ensino.
O aluno deve refletir muito sobre a sua existência, influenciando na sua vida e decisão
de ser mais livre.

As ações educativas precisam fazer o aluno refletir, levando isso a uma análise
de reflexão de vida do educando, seguida de uma tomada de consciência e atitudes
críticas, possibilitando mudanças na vida real dele.

Os alunos devem estar comprometidos, desenvolvendo neles a capacidade de


agir, bem como o relacionamento em sociedade. O educando deve-se integrar,
criando cultura, fazendo história no contexto de sua existência através da reflexão,
obtendo assim respostas para os desafios que a vida lhes oferece.

Alguns fundamentos estabelecidos por Paulo Freire, os quais devem nortear a


educação das pessoas, estabelecendo os princípios: problematização, diálogo,
liberdade, conscientização.

Segundo Miranda; Barroso (2004), a Problematização é a fase de estudos onde


o educador faz a reflexão junto com os alunos, colocando situações e fazendo-os
refletirem sobre o problema proposto. Com essa reflexão, através de situações
supostamente apresentadas, mesmo estas situações serem acontecimentos
passados, o educador faz uma reflexão, trazendo o conhecimento e a cultura de forma
crítica.

Já o Diálogo é considerado uma necessidade, que, através dele, podemos


fazer a reflexão e ação para nossas atitudes, trazendo consigo a base e essência do
conhecimento, transformando nossos atos. É a base para que exista comunicação e
interação, conforme explica Miranda; Barroso, (2004), para que se chegue a uma
atitude crítica e reflexiva, este seria por um processo problemático. De qualquer forma
para a aprendizagem existir, precisa ter liberdade para criar, para tomar decisões e
aprender.

A Liberdade – Para que possa existir educação é necessário a liberdade, pois


com esta liberdade de pensamento pode-se criar. Com o aprender adquirimos a
experiência de vida, criando e tendo novas experiências, respondendo aos desafios
da vida. Esta conquista deve ser permanente na busca, pela liberdade e
conhecimento.

A Conscientização é um ponto importante, onde o que foi aprendido será usado


por nossa consciência na tomada de decisões. Com ela, tem-se pessoas mais
capazes, é possível ter noção do que está ao nosso redor e assim estarmos mais bem
preparado para a sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos entender que a Educação de Jovens e Adultos é um direito


importante e valioso, uma condição prévia para que o cidadão possa interagir com
aspectos básicos da sociedade: ler livros, escrever ou entender cartazes, ter mais
oportunidade de emprego, entre outros.

Concluímos que, os alunos do EJA retornam as instituições escolares não só


em busca de um certificado ou diploma. Eles esperam muito mais do que ler e
escrever, eles pretendem continuar os estudos e utilizá-lo para a sua formação crítica
e social. Enxergam a escola como uma chance, uma oportunidade para um futuro
melhor, uma porta aberta.

Podemos perceber o quanto é importante os estudos sobre novas formas de


ensino aprendizagem. Sempre se deve estar melhorando e assim estar buscando
novos conhecimentos, buscando despertar o interesse de nossos alunos aos estudos
e que eles tenham mais vontade de estarem presentes nas aulas, participando e
contribuindo. Possibilitando que com esse aprendizado, resultado dos esforços diários
seja mais proveitoso. Muitos estudiosos no assunto a exemplo de Paulo Freire
pesquisaram e estudaram sobre as formas de estudos, trazendo a aprendizagem
como ciclo do dia a dia na escola.
Com os estudos, pode-se estar melhorando a qualidade de ensino e tornar
nossos alunos, pessoas aptas para viver no mundo moderno, tendo capacidade de
pensar e tomar decisões para a vida em sociedade, tanto no mercado de trabalho
como na vida pessoal. Saber tomar decisões é importante para a sobrevivência em
sociedade.

REFERÊNCIAS

ANASTASIOU, Lea das Graças Camargo; ALVES, Leonir Pessate.


Processos de ensinagem na universidade. Pressupostos para uma estratégia
de trabalho em sala. Joinville, SC: UNIVILLE, 2010.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇ ÃO DE


JOVENS E ADULTOS. Parecer CEB nº 11/2000. Disponível em:
<http://confinteabrasilmais6.mec.gov.br/images/documentos/parecer_CNE_CEB_11
_2000.pdf> Acesso em: 14 /04/2021.

FERRARI, Shirley Costa e AMARAL, Suely. O aluno de EJA: jovem ou


adolescente? Disponível em:
<http://www.cereja.org.br/pdf/revista_v/revista_shirleycostaferra.pdf> Acesso em:
14/04/2021.

LDB, Lei de Diretrizes e Bases. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.> Acesso em: 14 /04/2021

MIRANDA, Karla Corrêa Lima; BARROSO, Maria Grasiela Teixeira. A


Contribuição De Paulo Freire À Prática E Educação Crítica Em Enfermagem.
Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.12 no.4 Ribeirão Preto. 2004. Disponível em:
14/04/2021.

SANTOS, Daiane Anselmo dos. Processo Ensino-Aprendizagem: Para


Compreender As Relações pedagógicas Na Escola. Lages 2009. Universidade do
planalto catarinense–UNIPLAC. Mestrado em Educação.

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