Você está na página 1de 10

O USO DE MATERIAIS MANIPULÁVEIS NO ENSINO DE

CIÊNCIAS - INCENTIVANDO HÁBITOS ALIMENTARES


SAUDÁVEIS
Autor: Veronilde Lima1
Maria Margarete Tavares de Assis2
Tutor externo: Estefani Gabriela Magalhães3
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED2949/6) – Estágio
29/05/2021

RESUMO

Este relato tem como propósito descrever acerca da pratica docente realizada através da
disciplina de Estágio Supervisionado II no Ensino Fundamental do Curso de Pedagogia do
Centro Universitário Leonardo da Vinci, polo Paulo Afonso-BA. Nos dias atuais, podemos
perceber um grande aumento relacionado a obesidade infantil, atrelado a propagação de
fastfoods e doces, o que faz com que os alunos queiram cada vez menos o consumo de
alimentos in natura. Tem como objetivo fazer os alunos conhecer quais os alimentos que são
importantes para a manutenção da saúde. E incentivar seu consumo através de materiais
concretos.

Palavras-chave: Materiais concretos. Estágio. Ciências. Alimentação.

1 INTRODUÇÃO

Este paper foi elaborado baseado na prática docente da disciplina de estágio II, do
curso de Pedagogia do Centro Universitário Leonardo da Vinci, polo Paulo Afonso-BA. A
prática de estágio é de muita importância para o futuro e formação do pedagogo para a
vivência e experiências no ambiente escolar, vivendo na prática a realidade vista
anteriormente em sala de aula. Diante deste desafio, uma das práticas que parece a mais
desafiadora, é a utilização de jogos e materiais concretos/manipuláveis em sala de aula no

1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail:
veronildelimaa@gmail.com
2
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail:
thay_gabrielle@outlook.com
3
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo Paulo Afonso-BA; E-mail:
estefanimagalhaes@gmail.com
ensino de ciências, afim de promover uma educação alimentar saudável. Nos dias atuais,
podemos perceber um grande aumento relacionado a obesidade infantil, atrelado a
propagação de fastfoods e doces, o que faz com que os alunos queiram cada vez menos o
consumo de alimentos in natura. Também podemos observar cada vez com mais frequência
os professores veem a necessidade de tornar as aulas de ciências mais lúdicas e atrativas de
modo a incentivar os alunos a terem hábitos mais saudáveis. Diante disso, será apresentado
neste paper, um breve relato acerca dos momentos vivenciados no estágio e que são
relevantes tanto no ensino de ciências como na vivência como estagiário.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Apesar de ajudar a diminuir o contágio da Covid-19 no Brasil, o isolamento social


teve um efeito negativo na saúde. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
concluiu que a medida adotada em várias cidades do país contribuiu para o aumento dos
índices da obesidade infantil. É preocupante a relação entre o isolamento social, a falta de
atividades que gastem energia e a alimentação das crianças.
Se perguntássemos as nossas crianças que alimentos elas mais preferem, as respostas
mais comuns seriam essas: cachorro-quente, batata-frita, salgadinho, brigadeiro,
refrigerante, etc. Percebemos que cada vez menos os pais delegam tempo para pensar numa
alimentação de qualidade para seus filhos. Esta falta de tempo resulta, muitas vezes, em uma
alimentação inadequada, fazendo com que a obesidade se torne uma das doenças mais
preocupantes em todo o mundo, principalmente no que tange a obesidade infantil.
O ensino fundamental exige dos professores uma nova concepção de suas práticas,
algumas estratégias incluindo o uso de materiais manipuláveis no ensino de práticas
saudáveis, seja na alimentação, seja na movimentação das crianças, tem se tornado uma
solução eficaz muito importante para o ensino aprendizagem.
O jogo é um meio básico para promover o desenvolvimento físico ‐
motor. O equipamento utilizado e os espaços pensados para o jogo
são fundamentais na motivação de diferentes tipos de jogos motores.
A introdução de jogos estruturados para o estímulo ao desempenho
físico‐motor nunca foi tão importante quanto hoje em dia, em que o
tempo para o jogo infantil se vê comprometido por atividades
sedentárias, como assistir televisão e brincar com jogos no
computador. (FRIEDMANN, 1996, p.67).
Diante disso, atrelar meios lúdicos ao ensino de ciências, é fundamental para a
criança, pois desperta o movimento corporal, e aumenta o incentivo a vida alimentar
saudável, pois, a ludicidade não é apenas diversão, mas um método de aprender brincando.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e


não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do
aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal,
social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para
um estado interior fértil, facilita os processos de socialização,
comunicação, expressão e construção do conhecimento. (SANTOS,
1997, p. 12).

O professor deve inserir atividades manipuláveis no trabalho com a disciplina de


ciências em todas as etapas do Ensino Fundamental, gerando assim um desprendimento,
pesquisa, interação. Precisa de inspiração e paciência, para deixar a experiência acontecer,
uma vez que “ninguém pode aprender da experiência do outro, a menos que essa experiência
seja de algum modo revivido e tornada própria”.

Diante disso, este paper tem a área de concentração voltada para O uso de materiais
manipuláveis no ensino de ciências voltados a conscientização de uma alimentação saudável,
sendo de suma importância que se desenvolva tais conhecimentos de uma forma mais
prazerosa, e que, através deles, a criança possa ter um conhecimento mais voltado para o
futuro, já que uma boa alimentação deve estar presente em sua vida. Os objetivos a serem
alcançados no decorrer deste estagio são:
- Conhecer os alimentos que são importantes para a manutenção da saúde.
-Incentivar o consumo de alimentos in natura, e redução dos alimentos
industrializados.
Aprender a se alimentar bem desde criança é imprescindível. Contudo, inserir esse
hábito pode ser desafiador, a priori, pois cada um apresenta formas distintas de recepção do
novo.
Diante disso, é fundamental que essa conscientização seja feita desde as séries
iniciais, fazendo uma adequação ao meio em que a criança está inserida, para que essa forma
saudável de alimentação se torne efetiva. Para que isso ocorra, é fundamental que o professor
desperte a curiosidade, o desejo de novas descobertas na criança, instigando um sujeito
saudável.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Durante as observações do estágio foi possível obter muitas experiências que serão
levadas para nossa futura profissão, pois neste momento em que estamos vivenciando a
pandemia do COVID-19, é um grande desafio ser educador, pois foi necessário se reinventar,
criando novos métodos pedagógicos para levar o conhecimento aos alunos, onde tínhamos
que viver um distanciamento social.
Nos dias estagiados, em que atuamos no fundamental I, por ser de forma remota,
era necessário que os professores fossem as escolas, para gravar/dar suas aulas, utilizando
os quadros, Datashow, notebooks, materiais necessários para esse momento pandêmico. As
aulas foram realizadas no período matutino, e a transmissão das aulas se dava através de
plataformas digitais, e os alunos de suas casas, acompanhando. O material físico (roteiro de
atividades), era elaborado de forma quinzenal, contemplando atividades que durassem esse
período, sendo orientado todos os dias, no horário da aula, das 09:00 às 11:00 da manhã,
diariamente.
Foi notado muita preocupação por parte da instituição em relação com a entrega,
recebimento, correção e devolução dos materiais físicos, criando estratégias como forma de
contribuir com ensino das crianças.
Em observação a turma, notei que, há 40 alunos, contudo, apenas 25 participam de
forma online e assídua durante as aulas, e os demais, devido à falta de material (celular ou
internet), simplesmente pegam o roteiro e entregam nos respectivos prazos à escola. Diante de
tal dificuldade, afim de contemplar todos os alunos, escolhi como produto virtual uma cartilha,
para que, além de ser postada, possa também ser impressa e entregue.
Em observação as aulas da professora regente, observamos que ela expressava
muito amor a sua profissão com aulas objetivas. Sempre havia interação, com trocas de ideias
sobre o conteúdo de aula. Pudemos perceber que a instituição se esforça aplicar conteúdos
interessantes, mas sempre voltados a sua realidade, afim de despertar em seus alunos o
interesse e estimular a curiosidades de todos.
Após acompanhar e observar por duas semanas, período de validade de um roteiro, notei
que algumas atividades voltavam em branco para a escola, ou seja, alguns alunos não
respondiam, ou por não conseguirem, ou falta de incentivo. Mais um motivo pelo qual
resolvemos trabalhar com material concreto.
Diante disso, foi escolhido trabalhar, na disciplina de ciências, um jogo da memória com
frutas e legumes, de modo a incentivar o consumo de alimentos saudáveis. O material foi
impresso e entregue a todos os alunos, com orientações escritas, para que, quem não pudesse
participar das aulas, soubesse como aprender brincando.
Mediante a observação e retorno dos alunos após o envio e retorno da cartilha enviada
a eles, e as respostas que foram feitas, percebi que é possível ter um resultado satisfatório
mesmo em aulas remotas, que ainda podemos resgatar o prazer pelas aulas, e boa
alimentação. Posso dizer que os resultados foram satisfatórios.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

Durante as atividades de estágio supervisionado e de observação participativa pude


notar os aspectos importantes para o bom aprendizado nesse período atípico, desde os
vínculos e cuidados com as crianças, ensinando o respeito acolhendo pais e familiares no
processo de aprendizagem, evidenciando a importância da teoria e da pratica em diferentes
contextos, para investigação analise reflexiva, pesquisa, e aproximação da realidade de
profissionais para aluno em formação acadêmica.
Aprendemos que o trabalho de educar não é apenas transmitir conhecimento, mas
trocar saberes entre aluno e professor, oferecer ferramentas que construa valores e princípio
e integridade a todos, em qualquer período. Através de atividades lúdica e educativa, a
brincadeira poderá propiciar diversão as crianças, prazer no aprender, explorando-as a
imaginar e construir conhecimento para pessoas de qualquer idade, principalmente crianças.
Concluímos que a educação de forma lúdica, estimula a criança a aprender
brincando, e também é capaz de criar novos hábitos alimentares quando se planeja com
metas a serem alcançadas. Atingimos todas as expectativas e objetivos, o que nos deixou
completamente motivadas que certamente levaremos para nosso futuro. Compreendemos
também que a educação pode ser realizada em espaços diferenciados do escolar levando
conhecimento e aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Doherty; NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius. Educação Matemática


e as Operações Fundamentais – Formação de Professores EAD n.21. Maringá: EDUEM,
2005.
BORGES-ANDRADE, Jairo. Em busca do conceito de linha de pesquisa. RAC:
Revista de Administração Contemporânea, São Paulo,. v.7, nº 6, p.157-170. abr./jun. 2003

BRASIL. Resolução CEB. Resolução nº 2, de 7 de abril de 1998. Institui as


Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, DF: abril de
1998.

FRIEDMANN, A. O direito de brincar: a brinquedoteca. 4ª ed. São Paulo:


Abrinq, 1996.

LUCKESI, Cipriano. Ludicidade e desenvolvimento humano. In: MAHEU,


Cristina d’Ávila (org.) Educação e Ludicidade – Ensaios 4. Salvador: Universidade Federal
da Bahia, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Gepel,
2007.

OLIVIER, Giovanina Gomes de Freitas. Lúdico na escola: entre a obrigação e o


prazer. In: Lúdico, educação e educação física. Org. Nelson Carvalho Marcelino. 2. ed.
Ijuí: Ed: Unijuí, 2003, p. 15-23.

PEREIRA, Lucia Helena Pena. O corpo também vai à escola? As atividades


bioexpressivas e a educação da criança. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010, p. 203-
223.

SANTOS, S. M. P. dos (Org.). O lúdico na formação do educador. Petrópolis, Vozes,


1997.
ANEXO I
ANEXO II

Você também pode gostar