Você está na página 1de 22

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distancia

Teoria de Conhecimento

Adolfo Eusébio Carlos 708225888

Curso: Licenciatura em ensino de Física


Disciplina: Introdução à Filosofia
Ano de frequência: 2o ano
Docente: José Juga João

Quelimane, Junho de 2023


Folha de feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacion
ais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização (indicação
clara do problema).
1.0
 Descrição dos objectivos. 1.0
Introdução  Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho.
 Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência/coesão textual). 2.0
 Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
Analise e 2.0
Conteúdo discussão relevantes na área de estudo.
 Exploração de dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos  Paginação, tipo e tamanho de
gerais letra, paragrafo, espaçamento
Formatação 1.0
entre linhas.
Referências Normas APA  Rigor e coerência das
bibliográficas 6ª edição em citações/referências
4.0
citações e bibliográficas.
bibliografia

2
Recomendações de melhoria

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________

3
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 4

Objectivos ..................................................................................................................................... 5

Metodologias ................................................................................................................................. 5

Teoria de conhecimento ................................................................................................................ 6

Problemas e correntes filosóficas da teoria do conhecimento ....................................................... 6

A impossibilidade do conhecimento: Cepticismo e Dogmatismo ................................................. 6

O Cepticismo ................................................................................................................................. 7

As formas do cepticismo ............................................................................................................... 8

Crítica do cepticismo..................................................................................................................... 9

Dogmatismo .................................................................................................................................. 9

Perspectivas de análise do conhecimento .................................................................................... 10


Perspectiva fenomenológica – conhecimento como um fenômeno ............................................ 10
Perspectiva filogética – história evolucionista ............................................................................ 11
Perspectiva ontogenética – formação das estruturas cognitivas .................................................. 11
Níveis de conhecimento .............................................................................................................. 12
Senso comum .............................................................................................................................. 12
Conhecimento científico ............................................................................................................. 13
Conhecimento filosófico ............................................................................................................. 13
Conhecimento teológico.............................................................................................................. 14
Importância, limites e perigos do conhecimento científico ......................................................... 14
Importância do conhecimento científico ..................................................................................... 14
Classificação das ciências segundo Augusto Comte ................................................................... 16
Positivismo .................................................................................................................................. 18
Neopositivismo ........................................................................................................................... 18
Karl Popper ................................................................................................................................. 19
Gaston Bachelard ........................................................................................................................ 19

Thomas Kuhn .............................................................................................................................. 20

Conclusão .................................................................................................................................... 21

Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 22

4
Introdução

O presente trabalho da disciplina de Introdução da Filosofia, aborda acerca da teoria de


conhecimento, que um dos grandes campos de estudo da filosofia como ciência e a ciência
no geral, pós esta procura investigar quais os problemas decorrentes da relação entre
sujeito e objecto do conhecimento, bem como as condições do conhecimento verdadeiro.

Sendo o Conhecimento é o pensamento que resulta da relação que se estabelece entre o


sujeito que conhece e o objecto a ser conhecido. A teoria de conhecimento, visa ajudar a
compreender ao certo de qual é a origem do conhecimento e a sua natureza e
possibilidades do conhecimento.

O trabalho esta estruturado da seguinte forma: temos na primeira parte a introdução onde
são encontrados os objectivos assim como as metodologias que nortearam este trabalho,
de seguida temos a contextualização onde são arrolados as questões referentes ao tema
em estudo e por fim temos as conclusões e referências bibliográficas.

Objectivos

Geral:

 Conhecer a Teoria do Conhecimento

Específicos:

 Destacar os problemas e correntes da Teoria do Conhecimento e seus representantes.


 Descrever as perspectivas da análise do conhecimento.
 Analisar os níveis de conhecimento e descrever a importância, limites e perigos do
conhecimento científico.
 Classificar e dividir as ciências segundo Augusto Comte.
 Interpretar os estados de espírito face a verdade.
 Debruçar sobre o positivismo e neopositivismo
 Interpretar a evolução da ciência segundo a perspectiva continuísta e descontinuísta

Metodologias

Para a elaboração do trabalho o autor deste baseou-se em certas metodologias que são os
caminhos para o alcance dos objectivos para o alcance dos objectivos pré-estabelecidos.
Neste caso usei a metodologia de pesquisa bibliográfica que consistiu na busca de
manuais na biblioteca virtual que versavam assuntos relacionados ao tema em estudo

5
Teoria de conhecimento

A teoria do conhecimento é uma disciplina filosófica que investiga quais são os problemas
decorrentes da relação entre sujeito e objecto do conhecimento, bem como as condições do
conhecimento verdadeiro. (Rosa, p. 62)

Problemas e correntes filosóficas da teoria do conhecimento

Como nasce o problema do conhecimento?


Da consciência ingénua consciência critica a consciência ingénua olha para as coisas, acredita na
sua existência, e nisso se resume o conhecimento para ela. «Está aqui a mesa», «estão além as
árvores», «está lá em Cima o céu com as estrelas», etc. Enquanto assim age, o pensamento apaga-
se diante das coisas, esquecido de si próprio. Para a consciência ingénua, o conhecimento reduz-
se ao mundo dos objectos.
No entanto, cedo ou tarde, o Homem realiza a experiência do erro. É a vara que na água
parece quebrada, mas não está; é a abóbada celeste que parece pousar sobre os montes, mas
não pousa. É, noutro nível de conhecimento, a Terra parecer imóvel, mas move-se. Neste
momento, o Homem começa a dar-se conta de que no acto de conhecimento não entra
apenas o objecto conhecido, mas também o sujeito que conhece. Quando o Homem
compreende que ele próprio tem um papel na função do conhecimento, é levado a reflectir
sobre que papel é esse. A consciência ingénua torna-se pensamento critico. (Chambisse &
José Francisco Cossa, 2017)
É essa consciência de que o conhecimento depende não só do objecto, mas também do sujeito e
que por depender dele é passível de ilusão e erro, que leva o Homem a interrogar-se sobre o que
pode ou não conhecer, sobre o que vale ou não o que conhece.

A função do conhecimento aparece, assim, como fonte de interrogações e problemas. É para tentar
responder aqueles e resolver estes, que a filosofia aborda a questão.

A impossibilidade do conhecimento: Cepticismo e Dogmatismo

A questão que aqui se levanta é esta: é possível conhecer a verdade e possuir a certeza? Ou por
outras palavras, que espécie de conhecimento é possível? Duas correntes debatem este problema:
o Cepticismo e o Dogmatismo.

6
O Cepticismo

De acordo com Rosa palavra cepticismo vem do grego, sképtikós, que significa: olhar à distância,
examinar, observar, que considera O céptico tanto observa e tanto considera que conclui, nos
casos mais radicais, pela impossibilidade do conhecimento, e nas tendências moderadas, pela
suspensão provisória de qualquer juízo.
Chambisse & José Francisco Cossa (2017) consideram o que o Cepticismo é a doutrina segundo a
qual o espírito humano não pode atingir a verdade com certeza absoluta. O espírito declara-se
incapaz de afirmar ou negar o que for por falta de motivos sólidos para o fazer.
Cepticismo é a doutrina que afirma que não se pode obter nenhuma certeza a respeito da verdade,
o que implica numa condição intelectual de dúvida permanente e na admissão da incapacidade de
compreensão de fenômenos metafísicos, religiosos ou mesmo da realidade. O termo originou-se a
partir do nome comumente dado a uma corrente filosofia originada na Grécia Antiga. (Rosa, p. 72)
Para Chambisse & José Francisco Cossa, o céptico não nega que tenhamos certezas de ordem
empírica, nega que encontremos motivos suficientes para elevá-las à categoria de certezas
científicas. O céptico evita emitir juízos acerca de qualquer assunto e, por isso, suspende o seu
assentimento.
O cepticismo aparece esboçado com os sofistas que, impressionados com as contradições dos
filósofos anteriores (por exemplo, Parménides que negava o movimento e as transformações,
Heráclito que considerava a realidade em continuo a fluir e que a permanência era uma ilusão)
chegaram à conclusão pessimista de que a verdade absoluta é inacessível, embora aceitassem a
informação dos sentidos.
Esta atitude céptica veio a concretizar-se no período helenístico com Pirro (séc. IV a.C.), que dizia
que não devemos confiar nem nos sentidos nem na razão, é preciso duvidar de tudo e, por isso,
suspender toda a adesão, não afirmando nem negando alguma coisa.
Ao lado do Cepticismo radical ou universal surgiu uma forma moderada; o chamado Probabilismo,
cujos principais representantes foram Arcesilau (316-241 a.C.) e Carnéades (214-129 a.C.), que
afirmam que embora nenhum dos nossos conhecimentos se possa apresentar com carácter de
certeza e de verdade, existe, todavia, entre eles, a distinção dos graus de probabilidade, sendo, por
isso, legitimo o estado de opinião. E isso basta para o Homem viver.

7
De acordo com Rosa o cepticismo costuma ser dividido em duas correntes:
 Cepticismo filosófico - uma postura filosófica em que pessoas escolhem examinar de forma
crítica se o conhecimento e percepção que possuem são realmente verdadeiros, e se alguém
pode ou não dizer se possui o conhecimento absolutamente verdadeiro;

 Cepticismo científico - uma postura científica e prática, em que alguém questiona a


veracidade de uma alegação, e procura prová-la ou desaprová-la usando o método
científico.
As formas do cepticismo
Para (Rosa, p. 73) formas de cepticismo resumem-se em:
a) Cepticismo absoluto, também conhecido de radical ou sistemático: é aquele que afirma
que é impossível todo e qualquer tipo de conhecimento. Rigorosamente, é a única espécie
de cepticismo possível, porque perante o problema da possibilidade da relação sujeito-
objecto, ou se afirma ou se nega esta possibilidade. O cepticismo absoluto ou pirrónico
nega-a. Foi defendido na antiguidade, por Pirron de Elis, que para evitar cair em
contradição, recomenda que nada se afirme nem negue, isto é, recomenda a suspensão do
juízo.
b) Cepticismo moderado, entende que o sujeito atinge o objecto, porém, de modo não total,
mas limitado. Rigorosamente, não é cepticismo, porque afirma a possibilidade da relação,
mas uma
O céptico não nega que tenhamos certezas de ordem empírica, nega que encontremos motivos
suficientes para elevá-las à categoria de certezas científicas. O céptico evita emitir juízos acerca
de qualquer assunto e, por isso, suspende o seu assentimento.
O cepticismo aparece esboçado com os sofistas que, impressionados com as contradições dos
filósofos anteriores (por exemplo, Parménides que negava o movimento e as transformações,
Heráclito que considerava a realidade em continuo a fluir e que a permanência era uma ilusão)
chegaram à conclusão pessimista de que a verdade absoluta é inacessível, embora aceitassem a
informação dos sentidos.
c) Cepticismo moderado, entende que o sujeito atinge o objecto, porém, de modo não total,
mas limitado. Rigorosamente, não é cepticismo, porque afirma a possibilidade da relação,
mas uma forma mitigada do cepticismo. Apresenta duas modalidades: o probabilismo e o
relativismo.

8
O probabilismo entende que é possível um conhecimento provável, mas não um conhecimento
certo; que podemos formular uma opinião, mas não garantir uma certeza. Os seus principais
defensores foram na antiguidade: Arcesilau e Carneades.
O relativismo sustenta que as nossas verdades são relativas que e não absolutas. Esta posição pode
resultar do sujeito ou do objecto.
Crítica do cepticismo
O cepticismo conclui, pela impossibilidade de qualquer conhecimento (cepticismo absoluto) ou
dum conhecimento de validade universal (cepticismo moderado). Mas, o cepticismo não tem
justificação: porque, os sentidos não erram: os sentidos são simples instrumentos de captação de
estímulos, instrumentos limitados, que a técnica humana vai ampliando, e nunca capacidade
interpretáveis. Porque, se a razão erra, e na verdade, erra, porque só ela interpreta, é susceptível de
corrigir o erro.
Por conseguinte, não há motivo para uma descrença total no valor dos sentidos e da razão. Por
outro lado, é evidente que, quer o cepticismo absoluto quer o cepticismo moderado, se
contradizem, porque ambos têm a certeza da verdade absoluta das suas posições (Rosa, p. 74).
Dogmatismo
De acordo com Rosa, a palavra dogmatismo vem do grego dogmatikós, significa, “que se funda
em princípios”, ou “relativo a uma doutrina”. Dogmatismo é doutrina segundo a qual o homem
pode atingir a certeza. (Rosa, p. 74)
De acordo com (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017), o Dogmatismo é a doutrina segundo
a qual o conhecimento certo é possível e afirma que a inteligência é capaz de atingir verdades
certas. O Dogmatismo apresenta-se sob dois aspectos: o Dogmatismo espontâneo e o Dogmatismo
crítico.
 O Dogmatismo espontâneo, supõe que conhecemos os objectos tal como eles são, que há
um perfeito acordo entre o conhecimento e a realidade. A primeira atitude do espírito
humano que deposita plena confiança nos sentidos é, ainda hoje, a atitude do vulgo, que
julga conhecer as coisas como elas são, numa atitude de crença e não entra reflexão ou
critica e, que ainda, não há qualquer problema quanto ao valor do conhecimento.
 O Dogmatismo critico, aparece com Sócrates (séculos V e IV a.C.) apos o conflito entre
Parménides e Heráclito que leva os sofistas a uma posição céptica acerca do valor do
conhecimento.

9
Este Dogmatismo coloca o conhecimento intelectual acima do sensível, pois sé este nos dá a
conhecer as manifestações da realidade que mudam continuamente e aquele que atinge a sua
natureza íntima ou essência que é imutável e, por isso, tem valor absoluto.
O Dogmatismo crítico admite que possuímos conhecimentos certos acerca da realidade, embora
não a conheçamos total e perfeitamente. Além disso, exige que se faça um exame crítico de todas
as certezas naturais, ainda mesmo das verdades-bases.
Perspectivas de análise do conhecimento
Perspectiva fenomenológica – conhecimento como um fenômeno
Segundo (Rosa, p. 90), a fenomenologia é um método de análise ou uma atitude face ao real, que
consiste em descrever aquilo que se manifesta ou aparece numa experiência. A palavra
“fenômeno”, nesta perspectiva, significa, “o que se manifesta ou revela, o que se mostra”.
O fenômeno constituiu-se pois, como descrição dos elementos presentes numa situação, numa
vivência, procurando observar e descrever aquilo que se passa, com o objectivo de captar a
estrutura geral do que acontece.

A fenomenologia procura centrar-se na captação directa daquilo que nos é imediatamente dado no
mundo da consciência. Propõe-se orientar a investigação para a matéria concreta das nossas
vivências, para observação daquilo que nos é dado ou que se nos revelam por si mesmo, na intuição
dos dados presentes à consciência. (Rosa, p. 90)
Antes de tentar qualquer tipo de interpretação, pretende deixar falar os dados da nossa experiência
imediata, fazer a descrição do que é dado à consciência do sujeito.
A fenomenologia realça, pois, a intuição e a receptividade da nossa apreensão directa dos
fenômenos; analisa o modo como os factos se apresentam à consciência.

Na descrição dos conteúdos da consciência, ou das coisas tal como elas surgem perante a
consciência, a fenomenologia procura descobrir as estruturas e as características fundamentais dos
vários domínios da experiência.
Nicolai Hartmann (1882-1950, cit. em Rosa,), filósofo alemão mostrou a análise fenomenológica
segundo os seguintes passos:
 No conhecimento existe alguém que conhece, algo a conhecer e um encontro entre estes
dois elementos – uma interacção e uma correlação;

10
 No conhecimento, o sujeito como que sai de si, está fora de si e regressa a si com as
determinações do objecto;
 A função do objecto no conhecimento é deixar-se apreender, a função do sujeito é
apreender o objecto;
 O conhecimento é uma apreensão que o sujeito faz das determinações do objecto;
 O conhecimento é, portanto, uma relação de representação, isto é, o sujeito é um ser capaz
de ter “presente” o objecto, mesmo quando este está ausente; na verdade, o sujeito é dotado
de uma faculdade de representar o objecto na sua essência, faculdade essa a que chamamos
“consciência”; na consciência, o sujeito representa, através de uma imagem, ou, através de
um conceito, um conjunto de objectos.
Perspectiva filogética – história evolucionista
Rosa afirma que, a perspectiva filogenética trata da evolução das espécies; os estudos
antropológicos e paleontológicos dão-nos conta de uma progressiva transformação do sistema
nervoso, desde os primeiros animais invertebrados até ao homem.
Deste modo, a libertação das mãos e a posição erecta levou o Homo sapiens ao desenvolvimento
bio-psico-social, em que as actividades sensório-motoras passaram, através da experiência, às
actividades perceptivo motor, tornando possível uma interiorização das imagens que, por sua vez,
constituíram o suporte da linguagem e da reflexão.
Perspectiva ontogenética – formação das estruturas cognitivas
No nascimento e no desenvolvimento cognitivo, há uma relação entre o individuo e o meio, relação
esta, que é determinada por um processo de adaptação do indivíduo ao meio.
Para Jean Piaget (cit. em Rosa), neste processo de adaptação identificam-se duas actividades inter-
relacionadas: assimilação e acomodação, que por sua vez resulta no equilíbrio.
Deste modo, pela actividade, acção e movimento, a criança vai assimilando ou incorporando o
mundo exterior e, acomodando-se ou integrando-se nesse mundo, estabelecendo os estádios de
equilíbrio cada vez mais estáveis.

11
Níveis de conhecimento

A existência humana caracterizou-se sempre por um querer saber sobre a realidade que circunda o
Homem. As principais respostas a tal inquietação foram no princípio mitológicas; depois
seguiram-se as respostas dos filósofos chamados naturalistas; como terceira tentativa, apareceram
os filósofos da Idade Média, que deram respostas teológicas; finalmente, apareceram os que,
descontentes com as respostas teológicas, enveredaram os seus estudos exclusivamente pelo
campo da razão, ou seja, o campo científico.

O conhecimento é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido.
O sujeito que conhece se apropria, de certo modo, do objeto conhecido. Através do conhecimento,
reconstruímos, em nós, a realidade (o Ser), através de imagens (conhecimento sensível) e de idéias
(conhecimento intelectual). (Rosa, p. 85)

Senso comum

O senso comum, no sentido habitual desta expressão, é a faculdade do espírito, um instrumento de


julgar; é, objectivamente, um conjunto de opiniões recebidas, uma maneira comum de sentir e agir
e não implica qualquer ideia ou juízo teórico. É um conjunto de ideias, costumes e maneiras de
pensar que o Homem tem na sua Vida prática e diária. É constante, comum e universal.

De acordo com Rosa o senso comum, é o conhecimento do povo, que nasce da experiência do dia-
a-dia: por isso, é chamado também de “empírico”, ou “vulgar”, quer dizer, do povo (criança,
lavrador iletrado, dados encontrados na TV, nos jornais etc.). É ametódico e assistemático, mas é
a base do saber. .
Para (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017) são características deste nível de conhecimento:

 Imediato e directo – parte de uma apropriação imediata do real; por outras palavras, a
realidade é tida ou tomada tal como ela se apresenta diante do sujeito.
 Subjectivo – baseado em interpretações objectivas do real a partir dos esquemas culturais
do sujeito; isto é, a realidade é encarada de acordo com a experiência do sujeito.
 Diverso e heterogêneo – conhecimento não organizado, construído a partir da captação
espontânea da multiplicidade do real.

12
 Dogmático/não critico – baseia-se em esquemas fechados da interpretação da realidade e
apresenta uma tendência para se cristalizar em sistemas de crenças.

Conhecimento científico

A partir de Galileu (1564-1642), nasce a ciência moderna pois é determinado o objeto e o método
desta ciência. A ciência tem como objeto a descoberta das leis que presidem os fenômenos
sensíveis; e, como método, serve-se da observação sistemática e, quando possível, da
experimentação. Dessa maneira, a ciência se separa da filosofia.
O nível científico dá-nos um conhecimento da Natureza, mas já interpretado pelo cientista,
construído e reproduzido no laboratório. É um conhecimento racional.

A ciência é um conhecimento objectivo, que estabelece entre os fenómenos relações


universais e necessárias, autorizando a previsão de resultados que somos capazes de isolar
pela observação da causa ou de dominar experimentalmente. A ciência estuda fenómenos
(factos definidos e classificados pelo Homem de ciência). A linguagem da ciência é a
matemática, embora nem todo o real seja susceptível de ser medido; quanto mais complexa
é a realidade, menos matematizável se apresenta. (Chambisse & José Francisco Cossa,
2017).

A ciência gerou a tecnologia que mudou o habitat humano, particularmente no século XX. De fato,
permite a previsibilidade dos fenômenos: o que possibilita um maior poder para a transformação
da natureza.

Conhecimento filosófico

Segundo (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017) o conhecimento filosófico tem por origem a
capacidade de reflexão do Homem e é um instrumento exclusivo do raciocínio. Como a ciência
não é suficiente para explicar o sentido geral do universo, o Homem tenta essa explicação através
da Filosofia. Filosofando, ele ultrapassa os limites da Ciência - delimitado pela necessidade da
comprovação concreta - para compreender ou interpretar a realidade na sua totalidade. Mediante
a Filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo.

Enquanto as ciências estudam uma parte da realidade sensível, a filosofia questiona todas as coisas,
procurando saber sua essência (o que é?), sua origem (de onde vem?), seu destino (para onde vai?),
seu sentido (por quê?).

13
De acordo com Rosa, os principais problemas da filosofia são: cosmológico (do mundo);
gnosiológico (do conhecimento); epistemológico (questiona a ciência); antropológico (do
homem); metafísico ou ontológico (do ser e de sua origem); ético (do bem e do mal); político (da
sociedade); estético (da arte); pedagógico (da educação); lingüístico (filosofia da linguagem);
jurídico (filosofia do direito).

Conhecimento teológico

A Teologia procura integrar os conhecimentos da Razão com os dados da Fé. Seu método é, pois,
caracterizado por esta integração; enquanto que seu objeto de investigação é constituído pelos
dados da fé.

A ciência sem a religião é claudicante; e a religião sem a ciência é cega, diz Albert Einstein.
O filósofo francês Jacques Maritain (1882-1973), na sua obra “Os graus do saber”, fala de
cinco graus de conhecimento: 1. O saber da ciência; 2. o saber da matemática (a abstração
do número); 3. o saber filosófico; 4. o saber teológico (síntese entre fé e razão); 5. o saber
místico (a experiência direta de Deus em si mesmo e na sua relação com o homem, típica
da oração contemplativa) (Rosa, p. 87)
Para ele, no que diz respeito à relação fé-razão, os princípios do saber provêm da razão; e a fé
oferece o sentido da verdade, a necessidade de procurá-la. A fé confere à razão seja o sentido do
seu limite (pois a razão não explica tudo), seja um corpo de verdades transcendentais, quer dizer,
comuns a toda a humanidade, que dão sentido ao saber: por exemplo, o cristianismo ensinou a fé
no progresso civil da humanidade; a dignidade da pessoa humana; a dignidade do povo; a
igualdade entre os homens; o caráter relativo de toda autoridade; a coincidência entre política e
moral; a liberdade; a fraternidade.

Importância, limites e perigos do conhecimento científico

Importância do conhecimento científico

À medida que as descobertas científicas avançam, a Vida do Homem também muda de ritmo:
muda a mentalidade, a maneira de ser, de conceber a realidade e de se relacionar com o mundo
exterior. Tais sucessos científicos levaram alguns filósofos a ganhar maior confiança nas ciências
físico-matemáticas, depreciando todo o tipo de saber que não é empírico.

14
Auguste Comte (1798-1857, cit. em Rosa, p.89), inspirado pelo ambiente do século XVII, fez um
estudo geral do evoluir da história. Com base nos seus estudos, ele sentiu-se autorizado a formular
a chamada lei dos três estádios, segundo a qual, a humanidade, assim como o psiquismo humano,
atravessa três estádios, a saber: o teológico, o metafisico e o positivo.

O estádio teológico corresponde à infância, o metafisico à juventude e o positivo sua maturidade.


No estádio positivo não se admite a justificação teológica, nem a filosófica da realidade, mas a
científica. O científico está ligado ao empírico e ao prático.
Não nos admiraremos, então, se os estudos de realidades não empíricas forem negligenciados. O
único conhecimento é o positivo. Este critério de cientificidade deita por terra todo o discurso
relativo à religião e aos sentimentos que são constitutivos do Homem. A ciência, então, mostra-se
como aquela que vem emancipar o Homem do obscurantismo, da tradição, da cultura, etc.,
tornando-o mais racional, procurando, cada vez mais, o seu bem-estar.

Limites e perigos do conhecimento científico

Desde a segunda metade do século XVII que a cultura ocidental assiste, fascinada, aos primeiros
passos dados pela ciência e aos rápidos e francos progressos que esta realiza. São tão
surpreendentes as suas realizações que o Homem se convenceu de que, finalmente, tinha nas suas
mãos o instrumento necessário sua transformação em «senhor do Universo». Doravante, a ciência
permitir-lhe-á o domínio não só da Natureza como também do Homem.

Confiante no poder da ciência, acreditou que ela poderia desenvolver-se desligada de qualquer
outro poder e que ela só poderia trazer benefícios para a humanidade. O bem-estar, a melhoria das
condições de Vida, a cura de todas as doenças, enfim, a felicidade seria a finalidade da ciência.

Estas são as questões que podem ajudar-nos a reflectir sobre as consequências que a ciência
provoca na humanidade. Com efeito, as limitações da ciência em responder aos problemas
concretos do Homem fez com que a confiança outrora dada à ciência se questionasse. Retomando
a classificação tripartida da história humana proposta pelo positivismo, observamos que o seu erro
fundamental foi hipertrofiar o método das ciências experimentais, desvalorizando todo o tipo de
saber diferente do proposto pelo seu método.

(Chambisse & José Francisco Cossa, 2017), que nos últimos decénios do século XIX e nos
princípios do século XX estas tendências aventura, principalmente por dois motivos:
15
a) O aprofundamento da pesquisa científica, que se tornava cada vez mais consciente dos
próprios limites.
b) A persistência de questões éticas e metafisicas, mesmo depois de o positivismo tentar
sufocá-las como expressões da imaturidade do Homem, e a consciência de que somente
uma visão espiritualista pode responder de forma adequada a tais questões.

Wolhelm Dilthey (1833-1911, cit. em Rosa, p. 89-90), um dos maiores representantes da nova
corrente filosófica oposta ao positivismo, observava já que o método positivo das ciências
experimentais satisfazia apenas as exigências do estudo dos fenómenos naturais, sendo
absolutamente inadequado para o estudo e compreensão dos fenómenos culturais ou espirituais.

Classificação das ciências segundo Augusto Comte


Augusto Comte considera a existência de seis ciências fundamentais: a matemática, a astronomia,
a física, a química, a biologia e a física social - a hierarquia que se estabelece naturalmente entre
elas, baseia-se em critérios históricos, lógicos e pedagógicos. (Rosa, p. 92)
A hierarquia das ciências fundamentais indica a ordem histórica necessária pela qual foram
nascendo, o espírito humano tendo passado ao objecto mais complicado só depois de dominar os
mais simples e nessa perspectiva o recente intento de fundar a física social como ciência positiva,
supunha obviamente os progressos alcançados nas demais ciências.
A filosofia não é equiparada às ciências fundamentais que são objecto da referida classificação
hierárquica. Cada uma destas ciências é particularizada por uma classe própria de problemas e por
um método específico de abordagem dos mesmos, muito embora respeitando os princípios gerais
do método positivo, condição necessária ao estatuto do saber científico.

A questão da verdade e dos estados do espírito face ao verdadeiro

Para Rosa, a palavra verdade vem do latim veritas, para significar validade ou eficácia dos
procedimentos cognoscitivos. Em geral, entende-se por verdade, a qualidade em virtude da qual
um procedimento cognoscitivo qualquer se torna ou obtêm êxitos.

De acordo com (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017), a verdade é um valor que qualifica
um juízo; consiste em julgar que os objectos são o que são, isto é, em afirmar ou negar a um objecto
(sujeito) certa qualidade (predicado).

16
Segundo Aristóteles, verdade é dizer que é o que é, e que não é o que não é.

De acordo com (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017), distinguem-se três espécies de
verdades: a ontológica, lógica e moral.

 A verdade ontológica consiste na conformidade das realidades com a ideia de Deus que as
concebeu.
 A verdade lógica é a conformidade da inteligência com a realidade.
 Finalmente, a verdade moral consiste na conformidade entre aquilo que pensamos e as
nossas palavras ou acções.

A inteligência pode adoptar diversas atitudes perante a verdade, correspondendo a cada


um estado de espírito:

a) Estado de ignorância – Entende-se por ignorância a ausência de conhecimento. É


costume distinguir entre ignorância propriamente dita (ou culpável) e nascença
(inculpável), isto é, a carência da ciência não devida. Por exemplo, o aluno que não sabe a
lição, de facto, é um ignorante (não sabe o que devia saber); mas um sapateiro que não sabe
a fórmula química da água será um nesciente nessa matéria (pois não tem obrigação estrita
de conhecer tal assunto) mas não ignorante propriamente dito. A ignorância pode ainda
ser: Vencível e Invencível,
b) Estado de dúvida – A dúvida é uma hesitação da mente entre o sim e o não, ou seja, o
espírito hesita e não adere a nenhuma das partes. A dúvida pode ser: Espontânea, Reflexiva,
Sistemática, Metódica.
c) Estado de opinião – Como estado intermédio entre a dúvida e a certeza, a opinião
caracteriza-se por uma adesão cautelosa do espírito a uma das partes, sem excluir a
possibilidade de que pode enganar-se. Nessa adesão, embora cautelosa, a inteligência é
inclinada para uma das partes por motivos que lhe parecem mais plausíveis e prováveis.
d) Estado de certeza – A certeza é a firme adesão da inteligência sem qualquer temor de
errar. Não devemos confundir certeza com verdade. Embora a certeza e a verdade possam
e devem coincidir (e geralmente coincidem), contudo, o estado de certeza pode, por vezes,
ser uma adesão involuntária ao erro.

17
Positivismo

O positivismo é uma linha teórica da sociologia, criada pelo francês Auguste Comte (1798-
1857), que começou a atribuir fatores humanos nas explicações dos diversos assuntos,
contrariando o primado da razão, teologia e metafísica. Segundo Henry Myers (1966, cit. em
Alves, 2018)), o" Positivismo é a visão de que o inquérito científico sério não deveria procurar
causas últimas que derivam de alguma fonte externa, mas sim, confinar-se ao estudo de relações
existentes entre fatos que são diretamente acessíveis pela observação ".
Em outras palavras, os positivistas abandonaram a busca pela explicação de fenômenos externos,
como a criação do homem, por exemplo, para buscar explicar coisas mais práticas e presentes
na vida do homem, como no caso das leis, das relações sociais e da ética (Alves, 2018).
Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a
imaginação à observação. O fundador da linha de pensamento sintetizou seu ideal em sete
palavras: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Comte preocupou-se em tentar
elaborar um sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época da
Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal.

Neopositivismo

De acordo com (Rosa, p. 94), o positivismo, também denominado positivismo lógico ou ainda
empirismo lógico, que pretendeu formar uma concepção científica do mundo e se opunha às
especulações. Em suas reflexões acerca do procedimento científico, enfatizavam as exigências de
clareza e precisão e propuseram o critério da verificabilidade para validar uma teoria científica.
Em outras palavras, a teoria deveria, para ser aceita como verdadeira, passar pelo crivo da
verificação empírica.

O Neopositivismo surge como resultado da participação de intelectuais brasileiros - na sua


maioria matemáticos e cientistas - na reelaboração das correntes filosóficas de inspiração
cientificista. Como primeira e maior expressão do Neopositivismo. (Alves, 2018)
Ao contrário do que muitos autores escrevem, António Paim defende que o Positivismo lógico
não se inicializou com o manifesto do Circulo de Viena, em 1929. O autor considera que tal
manifesto foi apenas um ponto de referência que traduz o grande período de evolução que se

18
iniciou no começo do século XIX, e que teve como objetivo principal, o de refletir sobre as
implicações da crise da física e a ampliação do campo de aplicação dos métodos científicos.

Para (Alves, 2018), o Neopositivismo recusava-se a aceitar diferenças radicais entre ciências
naturais e ciências sociais, pelo contrário, tentava buscar nas ciências a base de fundamentação de
conhecimentos verdadeiros. Tinha ainda como princípio o conceito de que a realidade, por mais
complexa que fosse, poderia ser reduzida a enunciados elementares.
Para Miguel Reale (cit. em Alves, 2018) “o Neopositivismo é o positivismo crítico, que deixou de
ser uma teoria geral, para ser uma teoria do conhecimento.”

Karl Popper

Karl Popper (1902-1994), físico, matemático e filósofo da ciência britânica, criticou o critério da
verificabilidade e propôs como única possibilidade para o saber científico o critério de não-
refutabilidade ou da falseabilidade.
No seu entendimento, nenhuma teoria científica pode ser verificada empiricamente. Isso
porque, do ponto de vista lógico, não é correcto que se justifique inferir assertivas
universais a partir de assertivas singulares, por mais numerosas que sejam estas últimas.
Com efeito, qualquer conclusão tirada desse modo sempre se pode revelar falsa: por mais
numerosas que sejam os casos de cisnes brancos que possamos ter observado, isso não
justifica a conclusão de que todos os cisnes são brancos. (Rosa, p. 94)
Popper em suas reflexões sobre o conhecimento científico foi que a mente não é uma “tábua rasa”
como pensam os empiristas. Para Popper, não existe observação pura, pois todas as observações
são sempre realizadas à luz de pressupostos e de teorias prévias que o cientista traz consigo. E elas
se confirmam ou não a partir da sua observação.

Gaston Bachelard

Gaston Bachelard (1884-1962), destacou a importância do estudo da história da ciência como


instrumento de análise da própria racionalidade. Nessa pesquisa, a actividade científica passa a
fazer parte de um processo histórico mais amplo e que possui um carácter social.
De acordo com a análise de Bachelard, a ciência progride por rupturas epistemológicas, causados
por obstáculos epistemológicos. Isso quer dizer que a ciência caminha por saltos, que se
caracterizam pela negação dos pressupostos e métodos que orientavam a pesquisa anterior, porque

19
esses pressupostos e métodos actuam como obstáculos, ou seja, são entraves que fazem com que
ocorra a estagnação ou mesmo a regressão de um dado patamar já alcançado.

Esses obstáculos podem ser devidos a hábitos cristalizados, a dogmatização de teorias que freiam
o desenvolvimento da ciência. Um exemplo de ruptura epistemológica seria o da física quântica e
da teoria de relatividade, que formularam uma nova maneira de se conceber o espaço e o tempo,
contra os obstáculos representados pela física newtoniana, que não dava conta de explicar certos
fenômenos.
Bachelard destacou também o papel da imaginação e da criatividade como elementos
imprescindíveis da prática científica.

Thomas Kuhn

Thomas Kuhn (1922-1996), físico, historiador e filósofo da ciência norte-americano, desenvolveu


sua teoria acerca da história da ciência entendendo-a não como um processo linear e evolutivo,
mas como uma sucessão de paradigmas (modelos) que se confrontam entre si.
Na sua obra A estrutura das revoluções científicas (1962), ele sustenta a tese de que a ciência se
desenvolve durante certo tempo a partir da aceitação, por parte da comunidade científica, de um
conjunto de teses, pressupostos e categorias que formam um paradigma, ou seja, um conjunto de
normas e tradições dentro do qual a ciência se move e pelo qual pauta a sua actividade.
Em determinados momentos, porém, essa visão ou paradigma se altera, provocando uma
revolução, que abre caminho para um novo tipo de desenvolvimento científico. Foi o que se deu
por exemplo, na passagem da física antiga clássica à física quântica. De acordo com Kuhn, é como
se ocorresse uma nova reorientação da visão global, na qual os mesmos dados são inseridos em
novas relações.
Thomas Kuhn também distingue a ciência normal, que se desenvolve dentro de um certo
paradigma, acumulando dados e instrumentos em seu interior, e a ciência extraordinária, que surge
nos momentos de crise do paradigma. Essa nova ciência questiona os fundamentos e pressupostos
da ciência anterior e propõe um novo paradigma.

20
Conclusão

No final do presente trabalho da disciplina de Introdução a Filosofia, que por sua vez retratou a
acerca da Teoria do conhecimento, deu a concluir que Teoria do Conhecimento busca estudar o
modo pelo qual o homem conhece as coisas. E Também busca entender qual a validade
do conhecimento, quais são as possibilidades e formas de obtê-lo, além de suas origens e
limitações.
Na realização do presente trabalho deu ainda compreender acerca dos principais correntes da
Teoria do Conhecimento como Cepticismo e Dogmatismo, e as perspectivas da análise do
conhecimento das quais se destacaram algumas perpectivas como: a perspectiva fenomenológica,
a perspectiva filogética e a perspectiva ontogenética. De como foi interpretada a evolução da
ciência segundo a perspectiva continuísta e descontinuísta sob ponto de vista de alguns pensadores
como: Thomas Kuhn, Karl Popper e Gaston Bachelard.

21
Referências Bibliográficas
Alves, A. S. (2018). O Neopositivismo em Pontes de Miranda. Obtido em 19 de Maio de 2023, de
Jusbrasil: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-neopositivismo-em-pontes-de-
miranda/188561187

Chambisse, E. D., & José Francisco Cossa. (2017). Fil11 - Filosofia 11ª Classe (1a ed.). Maputo:
Texto Editores.

Rosa, A. L. (s.d.). Introdução a Filosofia (1a ed.). Beira: CED - UCM.

22

Você também pode gostar