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Teoria de Conhecimento
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Recomendações de melhoria
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Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 4
Objectivos ..................................................................................................................................... 5
Metodologias ................................................................................................................................. 5
O Cepticismo ................................................................................................................................. 7
Crítica do cepticismo..................................................................................................................... 9
Dogmatismo .................................................................................................................................. 9
Conclusão .................................................................................................................................... 21
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Introdução
O trabalho esta estruturado da seguinte forma: temos na primeira parte a introdução onde
são encontrados os objectivos assim como as metodologias que nortearam este trabalho,
de seguida temos a contextualização onde são arrolados as questões referentes ao tema
em estudo e por fim temos as conclusões e referências bibliográficas.
Objectivos
Geral:
Específicos:
Metodologias
Para a elaboração do trabalho o autor deste baseou-se em certas metodologias que são os
caminhos para o alcance dos objectivos para o alcance dos objectivos pré-estabelecidos.
Neste caso usei a metodologia de pesquisa bibliográfica que consistiu na busca de
manuais na biblioteca virtual que versavam assuntos relacionados ao tema em estudo
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Teoria de conhecimento
A teoria do conhecimento é uma disciplina filosófica que investiga quais são os problemas
decorrentes da relação entre sujeito e objecto do conhecimento, bem como as condições do
conhecimento verdadeiro. (Rosa, p. 62)
A função do conhecimento aparece, assim, como fonte de interrogações e problemas. É para tentar
responder aqueles e resolver estes, que a filosofia aborda a questão.
A questão que aqui se levanta é esta: é possível conhecer a verdade e possuir a certeza? Ou por
outras palavras, que espécie de conhecimento é possível? Duas correntes debatem este problema:
o Cepticismo e o Dogmatismo.
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O Cepticismo
De acordo com Rosa palavra cepticismo vem do grego, sképtikós, que significa: olhar à distância,
examinar, observar, que considera O céptico tanto observa e tanto considera que conclui, nos
casos mais radicais, pela impossibilidade do conhecimento, e nas tendências moderadas, pela
suspensão provisória de qualquer juízo.
Chambisse & José Francisco Cossa (2017) consideram o que o Cepticismo é a doutrina segundo a
qual o espírito humano não pode atingir a verdade com certeza absoluta. O espírito declara-se
incapaz de afirmar ou negar o que for por falta de motivos sólidos para o fazer.
Cepticismo é a doutrina que afirma que não se pode obter nenhuma certeza a respeito da verdade,
o que implica numa condição intelectual de dúvida permanente e na admissão da incapacidade de
compreensão de fenômenos metafísicos, religiosos ou mesmo da realidade. O termo originou-se a
partir do nome comumente dado a uma corrente filosofia originada na Grécia Antiga. (Rosa, p. 72)
Para Chambisse & José Francisco Cossa, o céptico não nega que tenhamos certezas de ordem
empírica, nega que encontremos motivos suficientes para elevá-las à categoria de certezas
científicas. O céptico evita emitir juízos acerca de qualquer assunto e, por isso, suspende o seu
assentimento.
O cepticismo aparece esboçado com os sofistas que, impressionados com as contradições dos
filósofos anteriores (por exemplo, Parménides que negava o movimento e as transformações,
Heráclito que considerava a realidade em continuo a fluir e que a permanência era uma ilusão)
chegaram à conclusão pessimista de que a verdade absoluta é inacessível, embora aceitassem a
informação dos sentidos.
Esta atitude céptica veio a concretizar-se no período helenístico com Pirro (séc. IV a.C.), que dizia
que não devemos confiar nem nos sentidos nem na razão, é preciso duvidar de tudo e, por isso,
suspender toda a adesão, não afirmando nem negando alguma coisa.
Ao lado do Cepticismo radical ou universal surgiu uma forma moderada; o chamado Probabilismo,
cujos principais representantes foram Arcesilau (316-241 a.C.) e Carnéades (214-129 a.C.), que
afirmam que embora nenhum dos nossos conhecimentos se possa apresentar com carácter de
certeza e de verdade, existe, todavia, entre eles, a distinção dos graus de probabilidade, sendo, por
isso, legitimo o estado de opinião. E isso basta para o Homem viver.
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De acordo com Rosa o cepticismo costuma ser dividido em duas correntes:
Cepticismo filosófico - uma postura filosófica em que pessoas escolhem examinar de forma
crítica se o conhecimento e percepção que possuem são realmente verdadeiros, e se alguém
pode ou não dizer se possui o conhecimento absolutamente verdadeiro;
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O probabilismo entende que é possível um conhecimento provável, mas não um conhecimento
certo; que podemos formular uma opinião, mas não garantir uma certeza. Os seus principais
defensores foram na antiguidade: Arcesilau e Carneades.
O relativismo sustenta que as nossas verdades são relativas que e não absolutas. Esta posição pode
resultar do sujeito ou do objecto.
Crítica do cepticismo
O cepticismo conclui, pela impossibilidade de qualquer conhecimento (cepticismo absoluto) ou
dum conhecimento de validade universal (cepticismo moderado). Mas, o cepticismo não tem
justificação: porque, os sentidos não erram: os sentidos são simples instrumentos de captação de
estímulos, instrumentos limitados, que a técnica humana vai ampliando, e nunca capacidade
interpretáveis. Porque, se a razão erra, e na verdade, erra, porque só ela interpreta, é susceptível de
corrigir o erro.
Por conseguinte, não há motivo para uma descrença total no valor dos sentidos e da razão. Por
outro lado, é evidente que, quer o cepticismo absoluto quer o cepticismo moderado, se
contradizem, porque ambos têm a certeza da verdade absoluta das suas posições (Rosa, p. 74).
Dogmatismo
De acordo com Rosa, a palavra dogmatismo vem do grego dogmatikós, significa, “que se funda
em princípios”, ou “relativo a uma doutrina”. Dogmatismo é doutrina segundo a qual o homem
pode atingir a certeza. (Rosa, p. 74)
De acordo com (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017), o Dogmatismo é a doutrina segundo
a qual o conhecimento certo é possível e afirma que a inteligência é capaz de atingir verdades
certas. O Dogmatismo apresenta-se sob dois aspectos: o Dogmatismo espontâneo e o Dogmatismo
crítico.
O Dogmatismo espontâneo, supõe que conhecemos os objectos tal como eles são, que há
um perfeito acordo entre o conhecimento e a realidade. A primeira atitude do espírito
humano que deposita plena confiança nos sentidos é, ainda hoje, a atitude do vulgo, que
julga conhecer as coisas como elas são, numa atitude de crença e não entra reflexão ou
critica e, que ainda, não há qualquer problema quanto ao valor do conhecimento.
O Dogmatismo critico, aparece com Sócrates (séculos V e IV a.C.) apos o conflito entre
Parménides e Heráclito que leva os sofistas a uma posição céptica acerca do valor do
conhecimento.
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Este Dogmatismo coloca o conhecimento intelectual acima do sensível, pois sé este nos dá a
conhecer as manifestações da realidade que mudam continuamente e aquele que atinge a sua
natureza íntima ou essência que é imutável e, por isso, tem valor absoluto.
O Dogmatismo crítico admite que possuímos conhecimentos certos acerca da realidade, embora
não a conheçamos total e perfeitamente. Além disso, exige que se faça um exame crítico de todas
as certezas naturais, ainda mesmo das verdades-bases.
Perspectivas de análise do conhecimento
Perspectiva fenomenológica – conhecimento como um fenômeno
Segundo (Rosa, p. 90), a fenomenologia é um método de análise ou uma atitude face ao real, que
consiste em descrever aquilo que se manifesta ou aparece numa experiência. A palavra
“fenômeno”, nesta perspectiva, significa, “o que se manifesta ou revela, o que se mostra”.
O fenômeno constituiu-se pois, como descrição dos elementos presentes numa situação, numa
vivência, procurando observar e descrever aquilo que se passa, com o objectivo de captar a
estrutura geral do que acontece.
A fenomenologia procura centrar-se na captação directa daquilo que nos é imediatamente dado no
mundo da consciência. Propõe-se orientar a investigação para a matéria concreta das nossas
vivências, para observação daquilo que nos é dado ou que se nos revelam por si mesmo, na intuição
dos dados presentes à consciência. (Rosa, p. 90)
Antes de tentar qualquer tipo de interpretação, pretende deixar falar os dados da nossa experiência
imediata, fazer a descrição do que é dado à consciência do sujeito.
A fenomenologia realça, pois, a intuição e a receptividade da nossa apreensão directa dos
fenômenos; analisa o modo como os factos se apresentam à consciência.
Na descrição dos conteúdos da consciência, ou das coisas tal como elas surgem perante a
consciência, a fenomenologia procura descobrir as estruturas e as características fundamentais dos
vários domínios da experiência.
Nicolai Hartmann (1882-1950, cit. em Rosa,), filósofo alemão mostrou a análise fenomenológica
segundo os seguintes passos:
No conhecimento existe alguém que conhece, algo a conhecer e um encontro entre estes
dois elementos – uma interacção e uma correlação;
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No conhecimento, o sujeito como que sai de si, está fora de si e regressa a si com as
determinações do objecto;
A função do objecto no conhecimento é deixar-se apreender, a função do sujeito é
apreender o objecto;
O conhecimento é uma apreensão que o sujeito faz das determinações do objecto;
O conhecimento é, portanto, uma relação de representação, isto é, o sujeito é um ser capaz
de ter “presente” o objecto, mesmo quando este está ausente; na verdade, o sujeito é dotado
de uma faculdade de representar o objecto na sua essência, faculdade essa a que chamamos
“consciência”; na consciência, o sujeito representa, através de uma imagem, ou, através de
um conceito, um conjunto de objectos.
Perspectiva filogética – história evolucionista
Rosa afirma que, a perspectiva filogenética trata da evolução das espécies; os estudos
antropológicos e paleontológicos dão-nos conta de uma progressiva transformação do sistema
nervoso, desde os primeiros animais invertebrados até ao homem.
Deste modo, a libertação das mãos e a posição erecta levou o Homo sapiens ao desenvolvimento
bio-psico-social, em que as actividades sensório-motoras passaram, através da experiência, às
actividades perceptivo motor, tornando possível uma interiorização das imagens que, por sua vez,
constituíram o suporte da linguagem e da reflexão.
Perspectiva ontogenética – formação das estruturas cognitivas
No nascimento e no desenvolvimento cognitivo, há uma relação entre o individuo e o meio, relação
esta, que é determinada por um processo de adaptação do indivíduo ao meio.
Para Jean Piaget (cit. em Rosa), neste processo de adaptação identificam-se duas actividades inter-
relacionadas: assimilação e acomodação, que por sua vez resulta no equilíbrio.
Deste modo, pela actividade, acção e movimento, a criança vai assimilando ou incorporando o
mundo exterior e, acomodando-se ou integrando-se nesse mundo, estabelecendo os estádios de
equilíbrio cada vez mais estáveis.
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Níveis de conhecimento
A existência humana caracterizou-se sempre por um querer saber sobre a realidade que circunda o
Homem. As principais respostas a tal inquietação foram no princípio mitológicas; depois
seguiram-se as respostas dos filósofos chamados naturalistas; como terceira tentativa, apareceram
os filósofos da Idade Média, que deram respostas teológicas; finalmente, apareceram os que,
descontentes com as respostas teológicas, enveredaram os seus estudos exclusivamente pelo
campo da razão, ou seja, o campo científico.
O conhecimento é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido.
O sujeito que conhece se apropria, de certo modo, do objeto conhecido. Através do conhecimento,
reconstruímos, em nós, a realidade (o Ser), através de imagens (conhecimento sensível) e de idéias
(conhecimento intelectual). (Rosa, p. 85)
Senso comum
De acordo com Rosa o senso comum, é o conhecimento do povo, que nasce da experiência do dia-
a-dia: por isso, é chamado também de “empírico”, ou “vulgar”, quer dizer, do povo (criança,
lavrador iletrado, dados encontrados na TV, nos jornais etc.). É ametódico e assistemático, mas é
a base do saber. .
Para (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017) são características deste nível de conhecimento:
Imediato e directo – parte de uma apropriação imediata do real; por outras palavras, a
realidade é tida ou tomada tal como ela se apresenta diante do sujeito.
Subjectivo – baseado em interpretações objectivas do real a partir dos esquemas culturais
do sujeito; isto é, a realidade é encarada de acordo com a experiência do sujeito.
Diverso e heterogêneo – conhecimento não organizado, construído a partir da captação
espontânea da multiplicidade do real.
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Dogmático/não critico – baseia-se em esquemas fechados da interpretação da realidade e
apresenta uma tendência para se cristalizar em sistemas de crenças.
Conhecimento científico
A partir de Galileu (1564-1642), nasce a ciência moderna pois é determinado o objeto e o método
desta ciência. A ciência tem como objeto a descoberta das leis que presidem os fenômenos
sensíveis; e, como método, serve-se da observação sistemática e, quando possível, da
experimentação. Dessa maneira, a ciência se separa da filosofia.
O nível científico dá-nos um conhecimento da Natureza, mas já interpretado pelo cientista,
construído e reproduzido no laboratório. É um conhecimento racional.
A ciência gerou a tecnologia que mudou o habitat humano, particularmente no século XX. De fato,
permite a previsibilidade dos fenômenos: o que possibilita um maior poder para a transformação
da natureza.
Conhecimento filosófico
Segundo (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017) o conhecimento filosófico tem por origem a
capacidade de reflexão do Homem e é um instrumento exclusivo do raciocínio. Como a ciência
não é suficiente para explicar o sentido geral do universo, o Homem tenta essa explicação através
da Filosofia. Filosofando, ele ultrapassa os limites da Ciência - delimitado pela necessidade da
comprovação concreta - para compreender ou interpretar a realidade na sua totalidade. Mediante
a Filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo.
Enquanto as ciências estudam uma parte da realidade sensível, a filosofia questiona todas as coisas,
procurando saber sua essência (o que é?), sua origem (de onde vem?), seu destino (para onde vai?),
seu sentido (por quê?).
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De acordo com Rosa, os principais problemas da filosofia são: cosmológico (do mundo);
gnosiológico (do conhecimento); epistemológico (questiona a ciência); antropológico (do
homem); metafísico ou ontológico (do ser e de sua origem); ético (do bem e do mal); político (da
sociedade); estético (da arte); pedagógico (da educação); lingüístico (filosofia da linguagem);
jurídico (filosofia do direito).
Conhecimento teológico
A Teologia procura integrar os conhecimentos da Razão com os dados da Fé. Seu método é, pois,
caracterizado por esta integração; enquanto que seu objeto de investigação é constituído pelos
dados da fé.
A ciência sem a religião é claudicante; e a religião sem a ciência é cega, diz Albert Einstein.
O filósofo francês Jacques Maritain (1882-1973), na sua obra “Os graus do saber”, fala de
cinco graus de conhecimento: 1. O saber da ciência; 2. o saber da matemática (a abstração
do número); 3. o saber filosófico; 4. o saber teológico (síntese entre fé e razão); 5. o saber
místico (a experiência direta de Deus em si mesmo e na sua relação com o homem, típica
da oração contemplativa) (Rosa, p. 87)
Para ele, no que diz respeito à relação fé-razão, os princípios do saber provêm da razão; e a fé
oferece o sentido da verdade, a necessidade de procurá-la. A fé confere à razão seja o sentido do
seu limite (pois a razão não explica tudo), seja um corpo de verdades transcendentais, quer dizer,
comuns a toda a humanidade, que dão sentido ao saber: por exemplo, o cristianismo ensinou a fé
no progresso civil da humanidade; a dignidade da pessoa humana; a dignidade do povo; a
igualdade entre os homens; o caráter relativo de toda autoridade; a coincidência entre política e
moral; a liberdade; a fraternidade.
À medida que as descobertas científicas avançam, a Vida do Homem também muda de ritmo:
muda a mentalidade, a maneira de ser, de conceber a realidade e de se relacionar com o mundo
exterior. Tais sucessos científicos levaram alguns filósofos a ganhar maior confiança nas ciências
físico-matemáticas, depreciando todo o tipo de saber que não é empírico.
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Auguste Comte (1798-1857, cit. em Rosa, p.89), inspirado pelo ambiente do século XVII, fez um
estudo geral do evoluir da história. Com base nos seus estudos, ele sentiu-se autorizado a formular
a chamada lei dos três estádios, segundo a qual, a humanidade, assim como o psiquismo humano,
atravessa três estádios, a saber: o teológico, o metafisico e o positivo.
Desde a segunda metade do século XVII que a cultura ocidental assiste, fascinada, aos primeiros
passos dados pela ciência e aos rápidos e francos progressos que esta realiza. São tão
surpreendentes as suas realizações que o Homem se convenceu de que, finalmente, tinha nas suas
mãos o instrumento necessário sua transformação em «senhor do Universo». Doravante, a ciência
permitir-lhe-á o domínio não só da Natureza como também do Homem.
Confiante no poder da ciência, acreditou que ela poderia desenvolver-se desligada de qualquer
outro poder e que ela só poderia trazer benefícios para a humanidade. O bem-estar, a melhoria das
condições de Vida, a cura de todas as doenças, enfim, a felicidade seria a finalidade da ciência.
Estas são as questões que podem ajudar-nos a reflectir sobre as consequências que a ciência
provoca na humanidade. Com efeito, as limitações da ciência em responder aos problemas
concretos do Homem fez com que a confiança outrora dada à ciência se questionasse. Retomando
a classificação tripartida da história humana proposta pelo positivismo, observamos que o seu erro
fundamental foi hipertrofiar o método das ciências experimentais, desvalorizando todo o tipo de
saber diferente do proposto pelo seu método.
(Chambisse & José Francisco Cossa, 2017), que nos últimos decénios do século XIX e nos
princípios do século XX estas tendências aventura, principalmente por dois motivos:
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a) O aprofundamento da pesquisa científica, que se tornava cada vez mais consciente dos
próprios limites.
b) A persistência de questões éticas e metafisicas, mesmo depois de o positivismo tentar
sufocá-las como expressões da imaturidade do Homem, e a consciência de que somente
uma visão espiritualista pode responder de forma adequada a tais questões.
Wolhelm Dilthey (1833-1911, cit. em Rosa, p. 89-90), um dos maiores representantes da nova
corrente filosófica oposta ao positivismo, observava já que o método positivo das ciências
experimentais satisfazia apenas as exigências do estudo dos fenómenos naturais, sendo
absolutamente inadequado para o estudo e compreensão dos fenómenos culturais ou espirituais.
Para Rosa, a palavra verdade vem do latim veritas, para significar validade ou eficácia dos
procedimentos cognoscitivos. Em geral, entende-se por verdade, a qualidade em virtude da qual
um procedimento cognoscitivo qualquer se torna ou obtêm êxitos.
De acordo com (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017), a verdade é um valor que qualifica
um juízo; consiste em julgar que os objectos são o que são, isto é, em afirmar ou negar a um objecto
(sujeito) certa qualidade (predicado).
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Segundo Aristóteles, verdade é dizer que é o que é, e que não é o que não é.
De acordo com (Chambisse & José Francisco Cossa, 2017), distinguem-se três espécies de
verdades: a ontológica, lógica e moral.
A verdade ontológica consiste na conformidade das realidades com a ideia de Deus que as
concebeu.
A verdade lógica é a conformidade da inteligência com a realidade.
Finalmente, a verdade moral consiste na conformidade entre aquilo que pensamos e as
nossas palavras ou acções.
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Positivismo
O positivismo é uma linha teórica da sociologia, criada pelo francês Auguste Comte (1798-
1857), que começou a atribuir fatores humanos nas explicações dos diversos assuntos,
contrariando o primado da razão, teologia e metafísica. Segundo Henry Myers (1966, cit. em
Alves, 2018)), o" Positivismo é a visão de que o inquérito científico sério não deveria procurar
causas últimas que derivam de alguma fonte externa, mas sim, confinar-se ao estudo de relações
existentes entre fatos que são diretamente acessíveis pela observação ".
Em outras palavras, os positivistas abandonaram a busca pela explicação de fenômenos externos,
como a criação do homem, por exemplo, para buscar explicar coisas mais práticas e presentes
na vida do homem, como no caso das leis, das relações sociais e da ética (Alves, 2018).
Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a
imaginação à observação. O fundador da linha de pensamento sintetizou seu ideal em sete
palavras: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Comte preocupou-se em tentar
elaborar um sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época da
Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal.
Neopositivismo
De acordo com (Rosa, p. 94), o positivismo, também denominado positivismo lógico ou ainda
empirismo lógico, que pretendeu formar uma concepção científica do mundo e se opunha às
especulações. Em suas reflexões acerca do procedimento científico, enfatizavam as exigências de
clareza e precisão e propuseram o critério da verificabilidade para validar uma teoria científica.
Em outras palavras, a teoria deveria, para ser aceita como verdadeira, passar pelo crivo da
verificação empírica.
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iniciou no começo do século XIX, e que teve como objetivo principal, o de refletir sobre as
implicações da crise da física e a ampliação do campo de aplicação dos métodos científicos.
Para (Alves, 2018), o Neopositivismo recusava-se a aceitar diferenças radicais entre ciências
naturais e ciências sociais, pelo contrário, tentava buscar nas ciências a base de fundamentação de
conhecimentos verdadeiros. Tinha ainda como princípio o conceito de que a realidade, por mais
complexa que fosse, poderia ser reduzida a enunciados elementares.
Para Miguel Reale (cit. em Alves, 2018) “o Neopositivismo é o positivismo crítico, que deixou de
ser uma teoria geral, para ser uma teoria do conhecimento.”
Karl Popper
Karl Popper (1902-1994), físico, matemático e filósofo da ciência britânica, criticou o critério da
verificabilidade e propôs como única possibilidade para o saber científico o critério de não-
refutabilidade ou da falseabilidade.
No seu entendimento, nenhuma teoria científica pode ser verificada empiricamente. Isso
porque, do ponto de vista lógico, não é correcto que se justifique inferir assertivas
universais a partir de assertivas singulares, por mais numerosas que sejam estas últimas.
Com efeito, qualquer conclusão tirada desse modo sempre se pode revelar falsa: por mais
numerosas que sejam os casos de cisnes brancos que possamos ter observado, isso não
justifica a conclusão de que todos os cisnes são brancos. (Rosa, p. 94)
Popper em suas reflexões sobre o conhecimento científico foi que a mente não é uma “tábua rasa”
como pensam os empiristas. Para Popper, não existe observação pura, pois todas as observações
são sempre realizadas à luz de pressupostos e de teorias prévias que o cientista traz consigo. E elas
se confirmam ou não a partir da sua observação.
Gaston Bachelard
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esses pressupostos e métodos actuam como obstáculos, ou seja, são entraves que fazem com que
ocorra a estagnação ou mesmo a regressão de um dado patamar já alcançado.
Esses obstáculos podem ser devidos a hábitos cristalizados, a dogmatização de teorias que freiam
o desenvolvimento da ciência. Um exemplo de ruptura epistemológica seria o da física quântica e
da teoria de relatividade, que formularam uma nova maneira de se conceber o espaço e o tempo,
contra os obstáculos representados pela física newtoniana, que não dava conta de explicar certos
fenômenos.
Bachelard destacou também o papel da imaginação e da criatividade como elementos
imprescindíveis da prática científica.
Thomas Kuhn
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Conclusão
No final do presente trabalho da disciplina de Introdução a Filosofia, que por sua vez retratou a
acerca da Teoria do conhecimento, deu a concluir que Teoria do Conhecimento busca estudar o
modo pelo qual o homem conhece as coisas. E Também busca entender qual a validade
do conhecimento, quais são as possibilidades e formas de obtê-lo, além de suas origens e
limitações.
Na realização do presente trabalho deu ainda compreender acerca dos principais correntes da
Teoria do Conhecimento como Cepticismo e Dogmatismo, e as perspectivas da análise do
conhecimento das quais se destacaram algumas perpectivas como: a perspectiva fenomenológica,
a perspectiva filogética e a perspectiva ontogenética. De como foi interpretada a evolução da
ciência segundo a perspectiva continuísta e descontinuísta sob ponto de vista de alguns pensadores
como: Thomas Kuhn, Karl Popper e Gaston Bachelard.
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Referências Bibliográficas
Alves, A. S. (2018). O Neopositivismo em Pontes de Miranda. Obtido em 19 de Maio de 2023, de
Jusbrasil: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-neopositivismo-em-pontes-de-
miranda/188561187
Chambisse, E. D., & José Francisco Cossa. (2017). Fil11 - Filosofia 11ª Classe (1a ed.). Maputo:
Texto Editores.
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