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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Origem da Didáctica Geral

Nome do Estudante:

Código do Estudante:

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Cadeira: Didactica Geral
Ano de frequência: 1º ano

Nampula, Agosto de 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Nome do Estudante:

Código do Estudante:

Trabalho de carácter da cadeira de didáctica


Geral, tem como tema, Origem da Didáctica
Geral, 1º ano, leccionado pelo Docente:

Nampula, Agosto de 2022

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 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos
 Introdução 0.5
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
Conteúdo
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.

Exploração dos dados 2.0


Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor
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Índice
Introdução........................................................................................................................................6

Objectivo geral.................................................................................................................................6

Objectivos específicos.....................................................................................................................6

Origem etimológica da Didáctica....................................................................................................7

Definição da didáctica.....................................................................................................................9

Objectivo de estudo da didáctica...................................................................................................10

Componentes do processo didáctico..............................................................................................10

Importância da didáctica................................................................................................................11

A Didáctica no Ensino Superior e Sua Importância......................................................................12

Conclusão......................................................................................................................................14

Referência Bibliográfica................................................................................................................15

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Introdução

Este trabalho é da cadeira de Didáctica Geral, tem como tema: Origem da Didáctica Geral,
portanto se de ressaltar que Didáctica é uma disciplina pedagógica. Tem como objecto o ensino
como mediação da relação activa dos alunos com o saber sistemático. Preocupa- se com os
processos de ensino e aprendizagem em sua relação com as finalidades educacionais.

O trabalho tem como objectivos:

Objectivo geral

 Definir a Didáctica Geral.

Objectivos específicos

 Conhecer a origem da didáctica geral;


 Componentes do processo didáctico;
 Objectivo de estudo da didáctica.

Porém, permitirá ainda uma confrontação do conteúdo ora aprendido do prático para saiba
responder as exigências que a globalização exige neste mundo actual sobre o nosso presente
tema.

A metodologia usada para a realização do trabalho em estudo, foi o método de pesquisa


bibliográfica, cingida através da leitura de livros e artigos diversos, e o estudo foi feito de forma
qualitativa através de consulta em autores que abordam os conteúdos relacionados com o tema

A organização importa referir que os conteúdos estão sequenciados de acordo com amplitude da
sua complementaridade lógica, partindo da introdução que faz a apresentação do tema, sugerindo
objectivos a serem alcançados e apresenta o método pelo qual usado na elaboração do mesmo
trabalho: o desenvolvimento onde é analisada o próprio tema e a conclusão que trás a
culminância dos factos abordado.

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Origem etimológica da Didáctica

A palavra Didáctica deriva-se da palavra grega didactos, que significa “instrução”. Quer dizer,
visto deste modo, a Didáctica desenvolveu-se como a teoria de instrução. Em sua Didáctica
Magna, Coménio (veja no fim da unidade texto complementar sobre vida e obra de Coménio)
qualifica Didáctica como a “arte de instruir”.

Etimologicamente, a Didáctica é a teoria de instrução. Na sua opinião, seria suficiente


qualificarmos a actividade do professor apenas como “instrução”?

Como acabou de ver, ao falarmos de instrução, no processo de formação humana, estamos nos
posicionando principalmente do lado do desenvolvimento no individuo do:

 Saber (conhecimentos);
 Saber fazer (capacidades e habilidades).

Quer dizer, deixamos de parte o saber ser (atitudes, valores, convicções), assim como o saber
estar (comportamentos e hábitos) que são também importantes para se conseguir o
desenvolvimento integral do homem.

Aliás, quando falamos da Didáctica, um aspecto que merece o nosso maior apreço é o de que o
processo didáctico se refere a actividade do professor e, neste sentido, o ensino (e aprendizagem)
tem lugar, na sua máxima intensidade e expressão, na sala de aulas, razão pela qual a Didáctica
também se designa de “teoria de ensino”; assim, através dos seus objectivos de formação, o
ensino deve incorporar a instrução (saber, saber fazer), tal como a educação (saber ser e estar).

Para estes diferentes casos, pode compreender que a didáctica é uma ciência dimensionada para
o humano, que se propõe a ajudar e educar o homem, necessitando por isso se fundamentar nos
princípios da educação. Por isso, onde quer que se procure falar e/ou definir a didáctica a sua
essência reside na questão de ensino e formação, no mesmo sentido como deve estar a
conceptualização que acabou de apresentar em relação a didáctica.

Olhando para outros autores que procuraram apresentar um conceito de didáctica chegamos a
conclusão de haver várias definições.

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Por exemplo, Libânio (1994: 25/6) diz que a Didáctica investiga os fundamentos, condições e
modos de realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter os objectivos sociopolíticos e
pedagógicos em objectivos de ensino, seleccionar conteúdos e métodos em função desses
objectivos, estabelecer os vínculos entre o ensino e aprendizagem, tendo em vista o
desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. E se definimos a acção educativa pelo seu
carácter intencional, também a acção docente se caracteriza como direcção consciente e
intencional do ensino, tendo em vista a instrução e educação dos indivíduos, capacitando-os para
o domínio de instrumentos cognitivos e operativos de assimilação da experiência social
culturalmente organizada.

Por seu turno, Sant’Anna e Menegolla (2000: 25) numa longa dissertação e com algum sentido
de ironia faz notar que:

 A Didáctica não pode ser entendida simplesmente como um rol de princípios, de teorias
de ensino ou teorias de aprendizagem. Não pode ser concebida como ciência que somente
estabelece uma série de métodos e técnicas de ensino a ser apresentada como solução
para todos os problemas no processo ensino-aprendizagem.
 A didáctica não é apenas a rígido e inflexível planificação do ensino, a listagem
quantitativa de objectivos que não passam de um rol de intenções e utopias inúteis,
desvirtuados pela irrealidade, não é um rol de conteúdos chamados mínimos, por vezes
insignificantes, por sugestões de recursos materiais e humanos, que vão desde o mais
simples cartaz até os mais sofisticados meios de engenharia educacional.
 A didáctica não pode ser vista como a orientadora infalível dos fantásticos métodos e
técnicas de avaliação, que pretendem medir o conhecimento dos alunos e que capacitam o
professor a decidir, “cientificamente”, da atribuição de uma nota que reprova ou
promove. A didáctica, nos processos de avaliação, não deve somente estabelecer
formulas para medir e quantificar o conhecimento através de um instrumental que, por
vezes, não passa de algumas perguntinhas com respostas de múltipla escolha.
 A didáctica não visa apenas a métodos, técnicas e meios rígidos e estáticos. Não se
constitui somente por um conjunto de princípios que, se aplicados, dariam resultados
imediatos e claramente observáveis e mensuráveis.

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 A didáctica não é uma pura mecanização e manipulação de métodos e técnicas de ensino
que, por vezes, são empregados sutilmente a serviço de ideologias. Ela deve se pôr ao
serviço do educando como uma totalidade pessoal, que compreende os domínios
cognitivo (saber), psicomotor (saber fazer) e afectivo (saber ser e estar).

Definição da didáctica

Segundo, Pimenta (2002), a didáctica é uma das áreas mais importantes da Pedagogia, pois
ela investiga os fundamentos, as condições e os modos de realizar a educação mediante o ensino.
É uma acção historicamente situada e que faz a Didáctica ir se constituindo como teoria do
ensino, não para criar regras e métodos válidos para qualquer tempo e lugar, mas para ampliar
nossa compreensão das demandas que a actividade de ensinar produz, com base nos saberes
acumulados sobre essa questão.

A didáctica é considerada arte e ciência do ensino, ela não objectiva apenas


conhecer por conhecer, mas procura aplicar seus princípios com a finalidade de
desenvolver no individuo as habilidades cognitivas para torná-los críticos e
reflexivos. È dever do professor garantir uma relação didáctica entre ensino e
aprendizagem, tendo em mente a formação individual da personalidade do aluno.
(Libânio, 1994).

Classicamente, a Didáctica é um campo de estudo, uma disciplina de natureza pedagógica


aplicada, orientada para as finalidades educativas e comprometida com as questões concretas da
docência, com as expectativas e os interesses dos alunos.

Portanto, a Didáctica preconiza uma concepção pedagógica progressista e uma prática


educacional centrada no diálogo, na participação activa do aluno, no contacto com a realidade,
na discussão dos problemas, na reflexão, na análise crítica dos conteúdos, enfim, na vivência
democrática em sala de aula. Ele assume a multidimensionalidade do processo ensino-
aprendizagem, seu objecto de estudo, colocando a articulação das dimensões técnica, humana,
política, ética e estética no centro da sua temática. (Alvite, 1987).

Através do ensino podemos compreender o ato de aprender que é o ato no qual


assimilamos mentalmente os fatos e as relações da natureza e da sociedade. Esse
processo de assimilação de conhecimentos é resultado da reflexão proporcionada
pela percepção prático-sensorial e pelas acções mentais que caracterizam o
pensamento. (Libânio, 1994).

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A didáctica tem grande relevância no processo educativo de ensino e aprendizagem, pois ela
auxilia o docente a desenvolver métodos que favoreça o desenvolvimento de habilidades
cognoscitivas tornando mais fácil o processo de aprendizagem dos indivíduos.

É uma síntese, sistematização, organização do trabalho docente. E mais, “ amaneira como o


professor sintetiza, sistematiza, organiza o conteúdo de sua prática docente depende de uma
tomada de decisão que, por sua vez, dependerá da fundamentação que o professor tenha sobre o
seu trabalho e suas relações com o ser humano e com o mundo em que vive”. O conjunto dessas
decisões é o que constitui o campo da Didáctica. (Nogueira, 2003, p. 93-94).

Objectivo de estudo da didáctica

De acordo com Parafraseando Placco (2008), não temos o objetivo de esgotar as discussões
sobre o que seja ou deva ser, além de indicar relações possíveis e necessárias entre Didática e a
Formação de Professores.

O objecto de estudo da didáctica é o processo de ensino-aprendizagem. Toda proposta didáctica


está impregnada, implícita ou explicitamente, de uma concepção do processo de ensino-
aprendizagem. (Candau,1988).

Ensinar algo é sempre desafiar o interlocutor a pensar sobre algo. Toda a Didáctica apoia-se no
conceito de ensino. A Didáctica tem como um dos seus propósitos a orientação do ensino e, para
tal, necessita recorrer à reflexão de carácter teórico e à pesquisa científica.

Didáctica é uma disciplina pedagógica. Tem como objecto o ensino como mediação da relação
activa dos alunos com o saber sistemático. Preocupa- se com os processos de ensino e
aprendizagem em sua relação com as finalidades educacionais.

Componentes do processo didáctico

A educação, por mais simples que pareça, envolve uma actividade complexa, sendo influenciado
por condições internas e externas. Conhecer estas condições é factor fundamental para o trabalho
docente. A situação didáctica em sala de aula esta sujeita também a determinantes económico-
sociais e sócio – culturais, afectando assim a acção didáctica directamente. Podemos daí
determinar os elementos constitutivos da Didáctica:

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 Conteúdos da matérias;
 Ação de ensinar;
 Ação de aprender.

O processo didáctico, assim, desenvolve-se mediante a acção recíproca dos componentes


fundamentais do ensino: Os objectivos da educação e da instrução, conteúdos, ensinamos,
aprendizagem, métodos, formas e meios de organização das condições da situação didáctica e a
avaliação (Libânio, 1994, p. 57).
Importância da didáctica

A Didáctica é de suma importância para a formação do professor, pois deve proporcionar o


desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva, possibilitando que o professor faça uma
análise de forma clara sobre a realidade do ensino, proporcionando situações em que o aluno
construa seu próprio saber. Neste sentido, constatamos que as bases teóricas que influenciam a
prática estão intrinsecamente ligadas à formação da identidade profissional do professor.

Libânio (2001, p. 36) a respeito da actividade docente diz:

É certo, assim, que a tarefa de ensinar a pensar requer dos professores o


conhecimento de estratégias de ensino e o desenvolvimento de suas próprias
competências do pensar. Se o professor não dispõe de habilidades de
pensamento, se não sabe “aprender a aprender”, se é incapaz de organizar e
regular suas próprias actividades de aprendizagem, será impossível ajudar os
alunos a potencializarem suas capacidades cognitivas. (Libânio, 2001).

De acordo com Libânio, a formação docente é um processo pedagógico, que deve acontecer de
forma a levar o professor a agir de maneira competente no processo de ensino. A importância da
mobilização dos saberes da experiência para a construção da identidade profissional do
professor.

Então, o conhecer directamente e ou por meio de estudos as realidades escolares e os sistemas


onde o ensino ocorre, ir às escolas e realizar observações, entrevistas, colectar dados sobre
determinados temas abordados nos cursos, problematizar, propor e desenvolver projectos nas
escolas; conferir os dizeres de autores e da média, as representações e os saberes que tem sobre a
escola, o ensino, os alunos, os professores, nas escolas reais; começar a olhar, ver e analisar as

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escolas existentes com olhos não mais alunos, mas de futuros professores, é um terceiro passo
que temos realizado na tentativa de colaborar com a construção da identidade dos professores.

Nesta perspectiva a didáctica É fundamental, que o futuro professor durante sua formação
vivencia situações e experiências no seu futuro campo de trabalho que possibilitem a construção
da sua identidade. Deste modo, cabe a formação inicial proporcionar actividades como, por
exemplo, promover pesquisas que os alunos possam desenvolver nas escolas, favorecendo a
construção do saber docente.

A Didáctica no Ensino Superior e Sua Importância

Com os levantamentos que são realizados ao longo dos cursos fica claro as deficiências na
formação do professor universitário. É comum que a maioria das críticas nesses cursos em
relação aos professores refere-se à falta de didáctica, por essa razão muitos professores vem
realizando cursos de didáctica do ensino superior (Borba; Silva, (s/d.):

Em função das necessidades da sociedade, as universidades acabam a desprezar o registro de


projectos e acções intencionistas (Guimarães, 1997, p.58). A autora frisa que, “perde-se assim a
possibilidade de criar história, recomeça-se frequentemente do zero, desrespeitando-se
trajectórias já executadas, mas não escritas”.

Segundo Ribas (2000 p. 62) “a prática pedagógica só se aperfeiçoa, por quem a realiza, a partir
de sua história de vida e saberes de referência, das experiências e aspirações” e que “é na prática
e na reflexão sobre ela que o professor consolida ou revê acções, encontra novas bases e
descobre novos conhecimentos”.

Segundo Althaus (2004), a acção didáctica no ensino superior é pautada pelas tensões
enfrentadas no quotidiano universitário e consolida-se pelo o que é inerente à extensão: “A
autêntica acção de estender o conhecimento, via extensão universitária, operacionaliza-se por
meio de uma práxis dialéctica (mediadora entre universidade-sociedade-universidade) de
produção / reprodução crítica do conhecimento” (Rays, 2003, p.3).

Althaus (2004) afirma que a escolha da didáctica se justifica pelo objecto de estudo: o ensino, e
suas relações com o trabalho pedagógico. A autora Amaral diz que:

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“Diferentemente do que se propõe no ensino de alguma coisa, não temos aí o
problema da especificidade do saber, delimitada em bases epistemológicas:
delineia-se, com base no diferente, o que perpassa todas as situações. O papel da
Didáctica, no caso, é o de percorrer os diferentes campos, auscultando as
diferentes experiências, para levantar as semelhanças e promover o
enriquecimento do próprio campo e dos outros campos.”. (2000, p.143).

A prática da didáctica necessita ser vivenciada pelos educadores e não somente descrita como
um importante instrumento pedagógico, desse modo compreendemos que a utilização da
didáctica assim como suas adequações na sociedade do conhecimento é uma condição
indispensável para a garantia de uma boa educação (Santo; Luz, 2013).

A formação tanto do professor quanto a do aluno para quem ele lecciona deve ser
encarada como um processo permanente, integrado no dia-a-dia. As instituições
de ensino superior precisam ampliar as ofertas de cursos de especialização na
área pedagógica, para contemplar um número maior de professores. Para
possibilitar a formação contínua, propor projectos pedagógicos que envolvam os
docentes em grupos de estudos na busca de reflexão sobre o corpo docente
(Nóvoa, 1991).

O ensino e o incentivo da didáctica no ensino superior se fazem necessário e de suma


importância para evitar esses tipos de acontecimentos e proporcionar aos alunos uma excelente
aprendizagem. É importante que as Universidades e Faculdades incentivem a formação
continuada dos docentes, para que assim eles possam ter uma didáctica motivadora para o
aprendizado de seu alunado.

“Quando nos referimos às necessidades dos estudos didácticos dirigidos ao ensino de nível
superior, a sua aplicação e investigação aos problemas pedagógicos deve levar cada docente a
fazer uma autocrítica e a tomar consciência de suas responsabilidades, e principalmente buscar a
melhor forma de desempenhar suas funções e por sua vez fazer experiências pedagógicas que
vise aperfeiçoar os diversos tipos de actividades que caracterizam tais funções, em particular
podemos citar as voltadas à sistematização e transmissão do conhecimento, sem deixar em
segundo plano ou de lado as responsabilidades propriamente educativas.”.

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Conclusão

Segundo nossa perspectiva, o contexto actual – em que o fortalecimento do projecto


neoliberal e globalizado trouxe novas demandas para a educação – subordinou a Didáctica à
concepção económica, com prevalência dos métodos, técnicas e mensurações, preconizando
um ensino preocupado com a instrumentalização, formando “aquele que sabe fazer”, mas não
domina os fundamentos desse fazer, contribuindo assim, para a não elevação do nível de
sofisticação crítica e cognitiva do sujeito, nem lhe proporcionando condições de realizar uma
avaliação aprofundada da realidade social que o cerca.

Didáctica, entendendo-a – conforme a tese de Libânio – como uma Teoria da Aprendizagem


Histórica, cuja preocupação central é o desenvolvimento da consciência histórica como factor de
orientação para a vida prática. Entendemos que esse campo encontra-se em processo de
aprimoramento teórico e empírico, cuja contribuição não se inscreve somente no âmbito
educacional e escolar, posto que – assim como a produção da Ciência Histórica – deve voltar-se
para as necessidades quotidianas, para as interrogações neles levantadas e para as
necessidades de orientação temporal, cumprindo sua função de desenvolver a consciência
histórica.

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Referência Bibliográfica

Althaus, Maiza Taques Margraf. Acção Didáctica no Ensino Superior: A Docência em


Discussão. Rev. Teoria e Prática da Educação, v.7, n.1., p.101-106, jan./abr. 2004. Disponível
em: . Acessado em Março de 2016.

Guimarães, A. M. M. Extensão universitária como reconfiguração de Saberes. E: LEITE, D.


Morosini, M. (ORG) Universidade Futurante: produção do ensino e inovação. Campinas:
Papirus, 1997.

Libânio, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez, 1994.

Nivagara, Daniel. Didáctica Geral – Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à distância,


Universidade Pedagógica.

Nóvoa, António. Profissão professor. Porto: Ed. Porto, 1991.

Pacievitch, Thais. Didáctica. Pedagogia e Educação. InfoEscola. [s.d.].

Pimenta, Selma Garrido. Formação de professores: identidade e saberes da docência. Ed.


Cortez, São Paulo, 1999

Pimenta, Selma Garrido. O Estágio na Formação de Professores: unidade teoria e prática? 3ª ed.
Ed. Cortez, São Paulo, 1997.

Ribas, Mariná Holzmann. Construindo a competência: processo de formação de professores.


São Paulo: Olho d’Água, 2000.

Santo, Eniel do Espírito; Luz, Luiz Carlos Sacramento da. Didáctica no Ensino Superior:
Perspectivas e Desafios. Natal – RN. 2013.

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