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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Dificuldades que a criança encontra quando aprende a escreve

Nome: Joãozinho Manuel Meque Francisco.

Código: 708203613

Docente: Palvina Manuel Nhambi


Sala: 5

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Psicolinguística
Ano de frequência: 4ᵒ Ano
Tete, Junho, de 2023
Folha de feedback
Categorias Indicadores Padrões Classificação

Pontuação Nota Subtotal


máxima do
tutor

Estrutura Aspectos Capa 0,5


organizacionais
Índice 0.5

Introdução 0.5

Discussão 0.5

Conclusão 0.5

Bibliografia 0.5

Conteúdo Introdução Contextualização 1.0

Descrição dos 1.0


objectivos

Metodologia 2.0
adequada ao objecto
do trabalho

Analise e Articulação e 2.0


discussão domínio

Revisão 2.0
bibliográfico

Exploração dos 2.0


dados

Conclusão Contributos teóricos 2.0


práticos

Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1.0


gerais tamanho de letra,
paragrafo e
espaçamento entre
linhas.

Referências Normas APA Rigor e coerência 4.0


bibliográfica 6ª edição em das citações /
s citações e referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria

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Índice
pág.
1.Introdução...............................................................................................................5

2.Fundamentação Teórica...........................................................................................6

2.1.Dificuldades que a criança encontra quando aprende a escreve..........................6

2.2. Contextualizar o termo disgrafia no âmbito da aquisição e aprendizagem da


escrita.........................................................................................................................7

2.3.Explicar os níveis de dificuldades enfrentadas pelos alunos intelectualmente


variáveis na aquisição e aprendizagem da escrita......................................................8

2.4 Causas das Disgrafias...........................................................................................9

2.5 Mencionar os principais cuidados a ter com crianças que manifestam


problemas de disgrafias para o sucesso escolar........................................................10

2.6 Reeducação das Disgrafias.................................................................................10

3.Conclusão..............................................................................................................11

3.Bibliografia...........................................................................................................12

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1.Introdução
O presente trabalho de pesquisa intitulado″ Dificuldades que a criança encontra
quando aprende a escreve‶ enquadra-se na cadeira de Psicolinguística 4º ano, como um
dos requisitos avaliativo. Salientar que esse trabalho foi desenvolvido nas linhas de
pesquisa na Universidade Católica de Moçambique (instituto de ensino à distância) na
cidade de Tete. Importa-nos referir que neste trabalho, iremos nos focalizar nos
seguintes aspectos: Dificuldades que a criança encontra quando aprende a escreve,
Contextualizar o termo disgrafia no âmbito da aquisição e aprendizagem da escrita, os
níveis de dificuldades enfrentadas pelos alunos intelectualmente variáveis na aquisição e
aprendizagem da escrita, Causas das Disgrafias, os principais cuidados a ter com
crianças que manifestam problemas de disgrafias para o sucesso escolar, Reeducação
das Disgrafias.

Quanto a estrutura, importa nos que dizer que, o presente trabalho estará
estruturado da seguinte forma: na primeira fase compreende a introdução, de seguida a
fundamentação teórica, por fim, a conclusão e bibliografia. No que diz respeito a
metodologia, importa salientar que, na execução do nosso trabalho, optamos pelo
método bibliográfico, que consistiu na consulta de alguns livros e manuais já publicados
cientificamente que já abordaram questões ou assuntos pertinentes a nossa pesquisa.
No que concerne aos objectivos, importa referir que traçamos como Objectivo
geral: Compreender os níveis de dificuldades enfrentadas pelos alunos intelectualmente
variáveis na aquisição e aprendizagem da escrita.E através dos objectivos gerais
traçamos como objectivos específicos: Apresentar as causas e os tipos de problemas
causados pela disgrafia; Contextualizar o termo disgrafia no âmbito da aquisição e
aprendizagem da escrita; Mencionar os principais cuidados a ter com crianças que
manifestam problemas de disgrafias para o sucesso escolar.

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2.Fundamentação Teórica
2.1.Dificuldades que a criança encontra quando aprende a escreve
As dificuldades no desenvolvimento da escrita ocorrem por diversos factores,
como a confusão, inversão e substituição de letras. Existem alunos que possuem
facilidade para se expressarem oralmente, mas apresentam dificuldades para escrever as
palavras e alunos que também possuem uma boa expressão oral, mas que hora da
escrita, não sabem se expressar, escrevem com dificuldade e de forma deficiente. Além
disso, existem indivíduos que escrevem bem as palavras, mas se expressam mal.

A Escrita é um processo complexo e que está presente em nossas vidas desde


cedo, é de grande importância, pois se constitui para a criança como sendo uma
possibilidade de expressão e comunicação de ideias, sentimentos e desejos. Enquanto
escrevemos, estamos exercitando nossa memória, atenção e inteligência. É a partir da
escrita que ocorrerá a identificação dos códigos, ou seja, o aluno fará um
reconhecimento das palavras faladas e irá atribuir significados a elas, por meio da
representação da sua sonoridade. ( Luria, 1988, p. 171),

Essas dificuldades na escrita se manifestam na hora da soletração ou na escrita


de uma palavra ditada pelo professor. São percebidas também, por meio do
reconhecimento das letras ou das sílabas, assim, ao registrar a palavra no papel, o aluno
acaba se confundido e trocando letras, e também pode omiti-las. Nesse sentindo, a
dificuldade do desenvolvimento eficaz da escrita se faz por meio da correspondência, ou
seja, escrever corretamente a palavra falada. É importante ressaltar que a dificuldade na
escrita não significa falta de capacidade de uma criança, ela apenas possui um problema
no desenvolvimento da escrita prejudicado por algum tipo de déficit.

Dificuldade de Aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo


heterogêneo de desordens, manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e
utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura e da escrita e do raciocínio
matemático(.Fonseca,1995,p.35).

Para Cruz (1999),‶ a escrita é determinada por quatro aspectos fundamentais: O


primeiro aborda o processo construtivo, que consiste na elaboração, interpretação e

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construção do significado. O segundo processo enfatiza a necessidade do sujeito em agir
de maneira ativa para aprender o conteúdo, desenvolvendo estratégias cognitivas e
metacognitivas que podem ser utilizadas para resolver de problemas. O terceiro trata-se
do processo afetivo que engloba o desejo de escrever, a estabilidade emocional e o
interesse pela aprendizagem; e o quarto aspecto são os fatores afetivo-motivacionais que
estão relacionados ao rendimento do aluno.‶

2.2. Contextualizar o termo disgrafia no âmbito da aquisição e aprendizagem da


escrita.
Disgrafia é o distúrbio da palavra escrita que se caracteriza por uma leve
incordenação motora, apresentando a mesma letra com movimentos diferentes e escrita
confusa, sendo assim chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de
recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o
que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.

Para Garcia (1998), a disgrafia é uma dificuldade no desenvolvimento da escrita,


mas só se classifica como tal quando, por exemplo, a qualidade da produção escrita
mostra-se muito inferior ao nível intelectual de quem a produz. Quanto as outras
dificuldades, a escrita ruim vem associada a um baixo nível intelectual. Além disso, o
mesmo autor também afirma que a disgrafia geralmente apresenta-se com outras
alterações superpostas como transtornos do desenvolvimento na leitura, transtornos no
desenvolvimento matemático, transtornos de habilidades motoras e transtornos de
condutas de tipo desorganizado.(p.37)

Segundo coelho(2012) realça que

A disgrafia é caracterizada como uma das principais causas que dificultam o


desenvolvimento da escrita de um aluno, pois ele pode ir a cometer erros na
soletração e até erros na sintaxe, pontuação e estrutura do texto ou da frase. Essa
criança apresentará uma escrita desviante, ou seja, uma caligrafia difícil de ser
entendida, comumente chamada de “letra feia”. Uma criança em processo de
aprendizagem da escrita apresenta dificuldades no traçado das letras. Assim,
durante este período, o professor deverá ter atenção a essas questões e fornecer
as orientações necessárias para que os alunos realizem adequadamente a escrita,
evitando a permanência de traçados incorretos que, consequentemente, poderão
evoluir para um quadro de disgrafia (p.134)

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Para identificar em qual nível se encontra tal dificuldade e qual é o ser perfil, é
necessário analisar os erros cometidos pela criança durante seu processo de
aprendizagem e, a partir daí, intervir para a superação da dificuldade encontrada. São
muitos os fatores que podem levar a uma escrita alterada, tornando o estudo da disgrafia
complexo. Nesse sentido, é importante saber que a apresentação de apenas um ou dois
dos comportamentos comuns nas crianças, não é suficiente para confirmar esta
problemática. É necessário que sejam revelados um conjunto dessas condições na
criança.

Existem diversos tipos de disgrafia, nomeadamente:

 Disgrafia específica que está ligadas a uma lesão orgânica do sistema nervoso: a
criança é incapaz de escrever um ditado, as letras que escreve não têm nada que
ver com as que lhe são ditadas, custa-lhe transformar sons em letras e reproduzir
em seguida essas letras.
 Disgrafia motora é mais frequente e está ligada a uma imperícia geral. As
crianças são desajeitadas, não têm jeito ara nada e apresentam, por vezes, sinais
discretos de má coordenação de movimentos.

2.3.Explicar os níveis de dificuldades enfrentadas pelos alunos intelectualmente


variáveis na aquisição e aprendizagem da escrita.
A escola precisa ser um lugar que promova significados para seus alunos, ou
seja, a criança precisa interagir com os conteúdos ensinados, de modo significativo para
ela, dessa forma, serão alcançados conhecimentos que poderão ser capazes de modificar
sua estrutura cognitiva e seu modo de pensar seu lugar na sociedade, desenvolvendo sua
criticidade (Coelho, 2010,138).

Assim passamos a citar alguns níveis de dificuldades enfrentadas pelos alunos


eintelectualmente variáveis na aquisição e aprendizagem.

Nivel Fisico ;

Nivel psicológico;

Nivel Social.

A nível físico: a criança de pouca idade tem movimentos bruscos, mal coordenados,
gestos largos, que controla mal; ora, a escrita pede movimento flexíveis, circulares;

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delicados, encadeados, de fraca amplitude e um controle incessante para respeitar ao
mesmo tempo a forma das letras e as dimensões impostas pelas linhas.

A nível psicológico: é necessário um certo grau de maturidade intelectual e afectiva para


se ter acesso à escrita. Uma criança que não tem uma boa representação do espaço, que
não sabe orientar-se sozinha nesse espaço, não pode, logicamente, orientar as diversas
figuras geométricas que são as letras. Esta má estruturação espacial traduz-se, além
disso, em má apresentação: utiliza mal o espaço que lhe é dado pela folha de papel. A
criança come a escrever da direita para a esquerda, ou de baixo para cima, de uma
maneira fantasista e não sistemática, enquanto não adquiri os seus pontos de referência
no espaço.

A nível social: as crianças são cada vez menos motivadas para a escrita. As
comunicações fazem-se, com efeito, cada vez mais pelo telefone, máquina de escrever,
magnetofone; para muitos a rádio e a televisão substituem a leitura.

2.4 Causas das Disgrafias


Entre outras causas, podem-se destacar as seguintes causas da ocorrência das
dificuldades de escrita (disgrafia): Aprendizagem prematura: é necessário que a criança
esteja física e intelectualmente madura para aprender a escrever. Se não adquiriu ainda
um controle suficiente sobre a sua motricidade, a criança crispa a mão no lápis, a letra
sai deformada e agarra-se à caneta como a uma bóia de

Carências educativas: em aulas superlotadas, o professor nem sempre pode acompanhar


os primeiros esforços, será depois mais difícil perder os maus hábitos quando estes
estiverem enraizados.

Disgrafias tardias: nos mais velhos acontece às vezes aparecer uma disgrafia que
sucede a um bom domínio da escrita; este caso dá-se com frequência ao passar do
ensino primário para o secundário: exige-se muito mais trabalho escrito, é necessário
tomar notas com rapidez, a atmosfera muda radicalmente, os professores tornam-se tão
numerosos quanto as disciplinas e, como as suas exigências nem sempre concordam, o
aluno encontra-se muito mais entregue a si próprio.

Perturbações da motricidade: de origem neurológica (tremuras, contracções,


paralisias) ou neuromuscular (sequelas de poliomielite, miopatias), podem ser causas de
disgrafia.

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Nos gagos observa-se por vezes um tipo particular de disgrafia: a sua maneira de
escrever é o reflexo da sua fala (rabiscos, emendas, traçado trémulo, explosivos), a sua
hipertonia encontra-se ao nível da mão.

2.5 Mencionar os principais cuidados a ter com crianças que manifestam


problemas de disgrafias para o sucesso escolar.
É preciso não forçar a criança a escrever muito cedo. É necessário que esteja
material e psicologicamente apta para escrever; é prejudicial que várias pessoas se
encarreguem ao mesmo tempo do ensino da escrita.

É também preciso não esquecer que toda e qualquer aquisição requer um


processo de integração mental que tem lugar nos períodos de repouso: é por isso contra-
indicado deixar e obrigar a criança escrever sem parar.

2.6 Reeducação das Disgrafias


Utilizam-se técnicas especializadas, que permitem, pouco a pouco, a recuperação
de uma motricidade adaptada (supressão da rigidez ao nível da mão, do antebraço, etc.).
os exercícios puramente gráficos têm os movimentos básicos da escrita e voltam a
ensinar cada letra à criança. É difícil fazer com que a criança volte a ter vontade de
escrever quando os seus insucessos neste domínio lhe inspiraram uma repugnância mais
ou menos profunda por este trabalho. Ser-lhe-á necessário um ambiente descontraído e
afectuoso, para que reencontre a confiança em si própria e descubra novamente razões
para escrever.

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3.Conclusão
Após a efetivação do presente trabalho concluímos que, as dificuldades no
desenvolvimento da escrita ocorrem por diversos factores, como a confusão, inversão e
substituição de letras. Existem alunos que possuem facilidade para se expressarem
oralmente, mas apresentam dificuldades para escrever as palavras e alunos que também
possuem uma boa expressão oral, mas que hora da escrita, não sabem se expressar,
escrevem com dificuldade e de forma deficiente. Além disso, existem indivíduos que
escrevem bem as palavras, mas se expressam mal.

E por fim notamos que, a disgrafia é caracterizada como uma das principais causas
que dificultam o desenvolvimento da escrita de um aluno, pois ele pode ir a cometer erros na
soletração e até erros na sintaxe, pontuação e estrutura do texto ou da frase. Essa criança
apresentará uma escrita desviante, ou seja, uma caligrafia difícil de ser entendida, comumente
chamada de “letra feia”. Uma criança em processo de aprendizagem da escrita apresenta
dificuldades no traçado das letras. Assim, durante este período, o professor deverá ter atenção a
essas questões e fornecer as orientações necessárias para que os alunos realizem adequadamente
a escrita, evitando a permanência de traçados incorretos que, consequentemente, poderão
evoluir para um quadro de disgrafia.

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3.Bibliografia
Carvalho, S.(2002). Marilia. Desenvolvimento e aprendizagem. Belo Horizonte:
UFMG.

Coelho, D.(2012).disgrafia, disortografia e discalculia. São Paulo

Cort, S.(2005). Um desafio à aprendizagem. Curitiba: FACINTER.

Cruz, V. (2009).Dificuldades de Aprendizagem Específicas: Lidel. Lisboa: Edições


Técnicas,

FONSECA, V.(1995).Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes


Médicas.

FREIRE, P.(1989). A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São
Paulo: Cortez

Ubois, E, (1993).Dicionário de Linguística.São Paulo: Editora Cultrix.

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