Você está na página 1de 18

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: 2ª Actividade do Canopo de L.D do Português II

Nome: Joãozinho Manuel Meque Francisco.

Código: 708203613

Docente: Pe. Filipe Ajuda


Turma: D/Sala 22

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Linguística Descritiva do Português II
Ano de frequência: 3ᵒ Ano
Tete, Julho de 2022
Folha de feedback

Categorias Indicadores Padrões Classificação

Pontuação Nota Subtotal


máxima do
tutor

Estrutura Aspectos Capa 0,5


organizacionais
Índice 0.5

Introdução 0.5

Discussão 0.5

Conclusão 0.5

Bibliografia 0.5

Conteúdo Introdução Contextualização 1.0

Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho

Analise e Articulação e domínio 2.0


discussão
Revisão bibliográfico 2.0

Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos teóricos 2.0


práticos

Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho 1.0


gerais de letra, paragrafo e
espaçamento entre linhas.

Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0


bibliográfica edição em citações / referências
s citações e bibliográficas
bibliografia

2
Folha para recomendações de melhoria

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3
Índice pág

1.Introdução..............................................................................................................................3

1.1. Objectivos..........................................................................................................................4

1.1.1 Objectivo geral:...............................................................................................................4

1.1.2 Objectivos específicos:....................................................................................................4

1.3 Metodologia........................................................................................................................4

2.Fundamentação Teórico........................................................................................................5

2.1.Relacione o aspecto com os tempos naturais dando os respectivos exemplos de frases....5

2.2 A relação existente entre modos verbais............................................................................7

2.3. Os conceito de modo verbal, os diferentes modos verbais bem como os diferentes tipos
de modalidades dando-os respectivos exemplos para cada conceito.......................................8

2.4.Os marcadores de negação na frase de português e a concordância nas frases negativas


não se esquecendo de comentar os tipos de subordinação ....................................................11

2.5.As relações temporais associadas as frases complexas ...................................................13

3.Conclusão............................................................................................................................15

4.Bibliografia..........................................................................................................................16

4
1. Introdução

O presente trabalho de pesquisa intitulado enquadra-se na cadeira de Linguística Descritiva do


português II como um dos requisitos avaliativo. Salientar que esse trabalho foi desenvolvido nas
linhas de pesquisa na Universidade Católica de Moçambique (instituto de ensino à distancia) na
cidade de Tete. Importa-nos referir que neste trabalho, iremos nos focalizar nos seguintes
aspectos: o aspecto com os tempos naturais dando os respectivos exemplos de frases, A relação
existente entre modos verbais, os conceito de modo verbal, os diferentes modos verbais bem
como os diferentes tipos de modalidades dando-os respectivos exemplos para cada conceito, os
marcadores de negação na frase de português e a concordância nas frases negativas não se
esquecendo de comentar os tipos de subordinação com exemplos, as relações temporais
associadas as frases complexas com respectivos exemplos.

Quanto a estrutura, importa nos dizer que, o presente trabalho estará estruturado da seguinte
forma: na primeira fase compreende a introdução, de seguida segue-se a fundamentação teórica,
por fim, a conclusão e bibliografia

5
1.1. Objectivos
No que diz respeito aos objectivos, importa me realçar que traçamos os seguintes objectivos:
1.1.1 Objectivo geral:
 Compreender osaspectos com o tempo naturais;
 Conhecer as relacoes existente entre modos verbais.

1.1.2 Objectivos específicos:


 Descrever as relacoes temporais associadas as frases complexas;

 Conceptualizar os modos verbais,

 Mencionar os difertentes tipos de Modalidade.

1.3 Metodologia.
No que diz respeito a metodologia, importa salientar que, na execução do nosso trabalho,
optamos pelo método bibliográfico, que consistiu na consulta de alguns livros e manuais já
publicados cientificamente que já abordaram questões ou assuntos pertinente a nossa pesquisa.

6
2. Fundamentação Teórico

2.1. Relacione o aspecto com os tempos naturais dando os respectivos exemplos de frases.

Em linguística, o aspecto verbal é uma propriedade dos verbos e circunlóquios verbal, para
indicar se a acção que expressam não foi concluída ou no instante indicado na referência de
frase, ou seja, refere-se aos diferentes estágios de desenvolvimento da acção expresso pelo verbo,
é uma categoria ou função gramatical que ocorre dentro do predicado.

O predicado tem não só a ideia de certa acção ou de qualidade, mas também um modo de
manifestação temporária deste, ou seja, aparência. Embora ambos os tempos e a aparência
referem-se à ordenação relativa de eventos, o tempo tem um carácter deíctico, enquanto o
aspecto não. Assim, o aspecto gramatical difere da tensa gramatical que conforme o tempo marca
o momento em que algo acontece no momento actual (ou outro evento de referência), o aspecto
especifica o tempo interno da acção ou o desenvolvimento ou alteração o mesmo que se destaca
acima de todos os outros.

De acordo com Travaglia (1991) realça que:

O aspecto com tempos naturais pode ser “a indicação de atitude do falante em


relação ao que diz”. Segundo esse autor, temos pelo menos cinco modalidades. A
modalidade imperativa seria aquela em que o falante “encara o que é dito como
uma situação sobre cuja realização ele tem controlo ou poder”; a deôntica estaria
ligada aos deveres e às normas de conduta; a volitiva estaria relacionada à
vontade e ao desejo; a atlética estaria associada ao fato de o locutor ver a
realização da situação como algo possível, viável ou necessário; e a epistémica
seria aquela que revela a crença do enunciador na verdade do que produz, no
exacto momento da enunciação (p. 78).

O aspecto verbal pode ser:

Aspecto perfectivo que indica que a acção verbal é representada como terminou: como por
Exemplo Eu amei. Eu terminei meus estudos ou aspecto imperfeito indica que a acção é
representada em um processo sem indicar se está sobre eu amo; Eu terminar meus estudos. A

7
aparência é expressa por meio de processos gramaticais, terminações verbais ou lexicais,
paráfrases verbais: Estudei (perfectivo) ou eu tenho que estudar (imperfeito).

Aspecto Verbal - Temporal

O aspecto verbal exprime a maneira como a acção ou o estado transmitido pelo verbo se
apresentado seu desenvolvimento temporal. Tenho andado a estudar a lição.

Exemplo: estudei a lição;

Tenho andado a estudar a lição

Nestes exemplos, o mesmo verbo estudar apresenta aspectos completamente diferentes. Estudei
apresenta-nos uma acção já completamente realizada. Tenho andado a estudar significa que a
acção ainda dura e se vai realizando ao longo do tempo.

Tempo da perspectiva linguística, em inglês referido como tense, é a maneira como a


localização das situações no tempo, em inglês referido como time, é expressa
linguisticamente, sendo tal expressão manifesta por meio de fenómenos de natureza
gramatical em muitas línguas. Contudo, as categorias gramaticais que realizam tempo,
como morfemas flexionais ou partículas verbais, constituem um conjunto que possibilita
a expressão de informações quanto à temporalidade da situação não tão precisas quanto
outras formas de expressão dessas informações. As categorias gramaticais que realizam
tempo nas línguas tendem a codificar apenas informações tais como anterioridade,
simultaneidade e posterioridade de uma situação em relação à outra na linha do tempo
(Comrie, 1985,p .130).

Verificamos, assim, que as duas noções podem estar bastante relacionadas e, em muitas línguas,
são estudadas de várias formas. Ao lado de modalidade e modo, duas outras categorias que têm
merecido muitos estudos, são elas: tempo e aspecto. A primeira é categoria deíctica, porque
localiza situações no tempo, e a segunda está relacionada ao tempo interno da situação. Diversas
vezes as duas noções são estudadas de forma conjunta dada a sua natureza

Para além das categorias gramaticais, as línguas podem dispor de outras maneiras de expressar
linguisticamente a localização de uma situação no tempo, algumas delas constituindo modos de
expressão de informações temporais mais precisas do que as perfeitamente mencionadas

8
(anterioridade, simultaneidade e posterioridade). Duas dessas maneiras são: (i) por meio de itens
lexicais, que tendem a ser menos numerosos, como “agora”.

2.2 A relação existente entre modos verbais.

Em geral, as descrições acerca dos modos verbais seguem um mesmo padrão de apresentação, ou
seja, tem-se uma definição de modo, a especificação dos três tipos essenciais de modo verbal,
quais sejam, o indicativo, o subjectivo e o imperativo, as condições de uso de cada um deles e os
tempos verbais que com eles se relacionam. Contudo, alguns autores acrescentam maior
profundidade à explanação, como será visto mais adiante.

De acordo com Cunha & Cintra (1985) assim definem modo verbal:

Entende-se por modo a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude (de
certeza, de dúvida, de suposição, da pessoa que fala em relação ao fato que
enuncia; e, por tempo, a de localizar o processo verbal no momento de sua
ocorrência, referindo-o seja à pessoa que fala, seja a outro fato em causa. (Cunha
& Cintra, 1985, p.436).

O modo subjectivo, em contrapartida, é usado com fatos incertos, duvidosos ou irreais, podendo
completar o sentido de verbos que veiculem ideias de ordem, de proibição, de desejo, de
vontade, de súplica, de condição e outras correlatas, como as expressas pelos verbos: desejar,
duvidar, implorar, lamentar, negar, ordenar, pedir, proibir, querer, rogar e suplicar.

As duas sentenças abaixo, sintacticamente idênticas, exemplificam tais observações. Na


primeira, o indicativo completa o sentido do verbo dizer, uma vez que Maria expressa sua
opinião. Na segunda sentença, o subjectivo está ligado à ideia de uma ordem transmitida por
Maria:

 Maria disse que eu faço isso bem. (Indicativo)


 Maria disse que eu faça isso bem. (Subjectivo)

Bechara (2002) define modo como uma categoria verbal e explica que em tais categorias o verbo
se combina com instrumentos gramaticais (morfemas) de tempo, modo, pessoa e número e
acrescenta que em português não se separam as categorias de pessoa e número, nem tampouco de

9
tempo e modo, o que ocorre em grande parte, segundo o autor e de acordo com a literatura, com
tempo e aspecto

As categorias verbais apresentadas são: género, número, pessoa, estado 3 , aspecto, tempo ou
nível temporal, voz ou diálise, modo, táxis 4 e evidência5 . Estabelecidas as categorias verbais,
esta é a definição de modo verbal, segundo o autor: Modo – Assinala a posição do falante com
respeito à relação entre a acção verbal e seu agente ou fim, isto é, o que o falante pensa dessa
relação. O falante pode considerar a acção como algo feito, como verosímil – como um fato
incerto –, como condicionada, como desejada pelo agente, como um ato que se exige do agente,
etc., e assim se originam os modos: indicativo, subjectivo, condicional, optativo, imperativo.
(Bechara, 2002, p. 213)

2.3.Na sua explanação deve discorrer sobre o conceito de modo verbal, os diferentes modos
verbais bem como os diferentes tipos de modalidades dando-os respectivos exemplos para
cada conceito.

Conceito de Modo verbal

Perini (2005) define modo como uma categoria semântica expressa pelo verbo, da mesma forma
que tempo e aspecto. Para o autor, o modo se definiria semanticamente como caracterizando a
atitude do falante frente àquilo que está dizendo, noção esta que se aproxima da de força
evolucionária.

Camar (2002) faz algumas observações sobre os três modos essenciais. Com relação ao
indicativo, explica que esse modo tornou-se predominante na língua a ponto de interferir no
domínio dos outros dois fazendo o uso de advérbios ou da própria construção frase para exprimir
dúvida ou vontade, como nos exemplos a seguir:

 Ele partiu talvez ontem.


 Não sei se ele partiu ontem
 Ele deve ter partido ontem.

10
Os diferentes modos verbais

Na gramática existem três grandes modos verbais: o indicativo, o subjectivo e do modo


imperativo. Cada um desses modos tem uma maneira particular de conjugar o verbo. Isto é, o
mesmo verbo é conjugado de forma diferente e de acordo com determinadas regras de acordo
com a forma verbal estiver assim passamos a citar a seguir:
 Indicativo
 Subjectivo
 Imperativo

Indicativo é aquele que expressa um fato concreto, real, realizável, seja no passado, no presente
ou no futuro.

exemplos:

Eu assisto às aulas à tarde

Subjuntivo É aquele que expressa acção duvidosa, incerta, porque depende de determinados
factores para que ocorra.

Exemplos:
Se não chover, iremos à aula.

(ou seja: nossa ida à aula está condicionada ao detalhe de não chover

Quando eu for rico, todos me adularão

Imperativo É aquele que exprime uma determinação a ser cumprida ou um pedido (na realidade,
todo pedido, num modo imperativo, É uma ordem, apenas “disfarçada” de pedido, apenas
porque emprega as expressões “por favor”, “por gentileza”, etc.

Exemplos:

Faça-se a luz!” uma ordem, uma determinação.

11
favor, apresente-se o próximo candidato” (um “pedido”, por causa do emprego da expressão
“por favor”

Os diferentes tipos de modalidades

Modalidade e modo à luz da abordagem cognitivos. Modalidade é a categoria geral com a qual
os falantes expressam suas opiniões ou atitudes acerca do que dizem ou da situação a que se
referem. A autora menciona, modalidade (Gonçalves, 2003, p. 29-30):

Assertivos: comprometem o falante, em diferentes graus, com o fato de algo ser o caso;
expressam crenças do falante.

Exemplo : Está chovendo;

Acho que está chovendo; Talvez esteja chovendo

Directivos: têm como propósito, em graus variáveis, levar o ouvinte a fazer algo (Venha aqui
imediatamente; Quero que você venha aqui; Gostaria muito que você viesse aqui; Não permito
que você venha aqui); Com promissivos: comprometem o falante, em graus variáveis, com uma
determinada linha futura de acção.

Exemplo: Prometo que compro seu carro;

Pretendo comprar o seu carro.

Expressivos: expressam estados psicológicos (sentimentos) do falante a respeito de um estado de


coisas.

Exemplo: Lamento que você tenha se machucado;

É uma pena que ele tenha perdido o voo.

Declarações: têm como propósito fazer com que um estado de coisas exista (Renuncio ao cargo;
Eu vos declaro marido e mulher; Você está demitido)

A modalidade deôntica se encontra associada à expressão da atitude do falante em relação aos


valores de dever - obrigação e permissão – estando associada, portanto, aos actos de fala
directivos:

12
Os usuários da biblioteca têm que devolver os livros na data prevista. (obrigação)

Em dias úteis, o laboratório de informática pode ser utilizado até as 18:00h.

2.4.Fale dos marcadores de negação na frase de português e a concordância nas frases


negativas não se esquecendo de comentar os tipos de subordinação com exemplos.

Segundo Horn (1985) afirma que:

“ Marcador de negação meta linguística do tipo apresentar evidência empírica que


comprova a existência de variação dialectal relativamente ao marcador de negação meta
linguística agora apontar as propriedades que nitidamente distinguem o comportamento
sintáctico do marcador agora no dialecto do Minho de outras áreas dialectais, e apresentar
uma descrição detalhada das construções com agora naquele dialecto. Os dados desta
investigação mostram, amplamente, a existência de fenómenos indicadores de variação
dialectal relativamente ao marcador agora, como é o caso da diferente posição que,
consoante o dialecto, o marcador ocupa na frase, e das possibilidades de co-ocorrência
com diferentes tipos de constituintes. Propõe-se que essas diferenças decorrem de
diferentes representações sintácticas. Mais concretamente, defende-se que embora agora
esteja associado, em qualquer dialecto, ao domínio de CP, no dialecto minhoto agora
apresenta a particularidade de ser um elemento de primeira posição”(p.135)

Se aplicarmos cada um destes testes a frases do PE que integram o marcador agora, constatamos
que os contrastes são bastante claros também para o português, mostra-se que agora exige,
efectivamente, uma legitimação discursiva; em que agora, expressando negação meta linguística,
é compatível com IPP fortes (como as expressões e peras e do diabo; e em , por outro lado,
mostra-se que as frases com agora não são compatíveis com IPN (como é o caso de ninguém) – o
que revela que a negação meta linguística não estabelece relações de concordância negativa.

Exemplos: Ah, não trouxe a carteira, pagas-me o café.

Não está a chove

A negação frásica e a Concordância Negativa em particular é uma área de estudo muito


complexa sobretudo porque todo o sistema não tem uma composição fixa e ainda hoje continua a
evoluir. O português constitui um caso exemplar. Nesta comunicação apresentámos a teoria de
Zeijlstra e Penka em conformidade com a qual a razão principal para tal variação diacrónica é a
mudança de estatuto semântico do marcador de negação não. A actual NC língua evoluiu do
Português Arcaico que pode ser considerado como uma língua que impede verdadeiros
imperativos negativos. O marcador denegação era originalmente exigido para acompanhar
sempre o verbo semanticamente negado mesmo em casos em que co-ocorreria com pré-verbais.

13
O marcador de negação tinha no Português Arcaico um carácter semanticamente negativo, pois
estava numa relação de assim como todas outras unidades negativas, com um operador negativo
abstracto que não estava foneticamente.

Oração Subordinada

Orações subordinadas são orações que exercem uma função sintáctica em relação à oração
principal. Isso significa que elas dependem da principal para fazer sentido, pois completam o seu
significado. Dependendo da função sintáctica que exercem, as orações subordinadas podem ser
classificadas em: substantivas, adjectivas ou adverbiais. (Por isso é importante saber o que é
sintaxe antes de continuarmos.)

Exemplo:

Eu espero que você consiga ir à festa

Nesta frase temos duas orações: “Eu espero” // “que você consiga ir à festa”.
Quando lemos a primeira oração sozinha “Eu espero”, nós percebemos que ela não veio depois
de algo, mas está no início do sentido. Assim, é preciso que algo a complete em seguida, então
ela é a principal.

Tipos de orações

para finalizar o entendimento das orações, é importante saber que elas podem ser classificadas de
dois modos, dependendo de o quão completo é seu sentido:

 orações coordenadas: são aquelas sintaticamente independentes, ou seja, não precisam da


outra para terem sentido completo.

Exemplo: eu fui dormir).

 Orações subordinadas: são aquelas que desempenham uma função sintáctica em relação à
oração principal, complementando o seu significado e sendo dependente dela.
Oração subordinada substantiva completiva nominal

A oração exerce a função de complemento nominal. Sua função se assemelha com a do objecto
indirecto, pois também é precedido de preposição.

14
Entretanto, o complemento nominal completa o sentido de um nome, enquanto o objecto
indirecto complementa o sentido de um verbo.

Exemplo: “Tenho esperança de que ele consiga chegar”.


Oração subordinada substantiva predicativa

Ela exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal.


O predicativo é o termo que complementa o sujeito de uma oração ao atribuir uma qualidade a
ele, e sempre é seguido de um verbo de ligação, que indica um estado (ser, estar, parecer, ficar
etc.).

Esse tipo de oração sempre aparece na estrutura: sujeito + verbo de ligação + oração subordinada
substantiva predicativa.

Exemplo: “A verdade era que eu tinha razão”.


Oração subordinada substantiva apositiva

A oração exerce função de aposto, que explica ou especifica melhor um termo anterior. A oração
subordinada substantiva apositiva geralmente vem depois de dois-pontos.
Exemplo: “Bruno fez um pedido: que estivéssemos juntos para sempre
2.5.Decreve as relações temporais associadas as frases complexas com respectivos
exemplos.
O Tempo pode ser entendido como uma ordenação linear orientada desde o passado até ao
futuro. A forma como o tempo é marcado nas línguas implica não apenas a localização2, mas
também a orientação no eixo temporal. Além disso, na maioria dos casos, quando 3 usamos uma
expressão temporal para caracterizar uma situação, ela não é conceptualizada como um ponto no
eixo, mas sim como um intervalo de tempo, uma vez que a dimensão de duração é associada ao
tempo (Oliveira, 2003,p.130).

Podemos distinguir dois tipos de relações, deícticas ou anafóricas, dependendo do intervalo de


tempo escolhido como ponto de referência. Nas relações deícticas há uma relação directa com o
momento de enunciação, com um elemento extra-linguístico, enquanto nas relações anafóricas é

15
estabelecida uma relação com intervalos introduzidos anteriormente no discurso, ou seja, com
um elemento linguístico. Tomemos em consideração alguns exemplos que ilustram esta questão
(Oliveira, 2003 p.132).

Exemplo: A Maria partiu ontem.

Antes de escrever a carta, o Rui telefonou à Ana

16
3. Conclusão

Após a efectivação do presente trabalho, concluímos que Em linguística, o aspecto verbal é uma
propriedade dos verbos e circunlóquios verbal, para indicar se a acção que expressam não foi
concluída ou no instante indicado na referência de frase, ou seja, refere-se aos diferentes estágios
de desenvolvimento da acção expresso pelo verbo, é uma categoria ou função gramatical que
ocorre dentro do predicado.
E por fim constatamos que a negação frásica e a Concordância Negativa em particular é uma
área de estudo muito complexa sobretudo porque todo o sistema não tem uma composição fixa e
ainda hoje continua a evoluir. O português constitui um caso exemplar. Nesta comunicação
apresentámos a teoria de Zeijlstra e Penka em conformidade com a qual a razão principal para tal
variação diacrónica é a mudança de estatuto semântico do marcador de negação não. A actual
NC língua evoluiu do Português arcaico que pode ser considerado como uma língua que impede
verdadeiros imperativos negativos. Nas relações deícticas há uma relação directa com o
momento de enunciação, com um elemento extra-linguístico, enquanto nas relações anafóricas é
estabelecida uma relação com intervalos introduzidos anteriormente no discurso, ou seja, com
um elemento linguístico.

17
4. Bibliografia

Declerck, R. (1991). Tense in English: Its Structure and Use in Discourse. Londres e Nova
Iorque: Routledge.

Duarte, I. (2003). Subordinação completiva as orações completivas. Lisboa: Caminho, 593-652.

Oliveira, F. (2003). Tempo e aspeto Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho, 127-
178.

Oliveira, F. (2013). Tempo Verbal. Raposo, E. Paiva Gramática do Português. Lisboa:


Fundação Calouste Gulbenkian, 543-547.

Silvano, P. (2003).Sobre a Semântica da Sequência de Tempos em Português Europeu. Análise


das Relações Temporais em Frases Complexas com Completivas. Dissertação de Mestrado,
Universidade do Minho

Comrie, B.( 1985). Aspect. Cambridge: Cambridge University Press.

Mateus,M.H.( 2003) Gramatica da lingua portuguesa (5ª. ed. ). revista e aumentada, Lisboa,
Caminho.

18

Você também pode gostar