Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

TEMA:
Processos Morfológicos e não Morfológicos de Formação de Palavras

Estudante:
Duarte Horácio Napido
Código: 708215600

Curso: Português
Disciplina: Linguística Geral
Docente: Dr. Francisco Paulo Tinepe
Ano de Frequência: 1º

Quelimane, Maio de 2022


Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
Máxima
Tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
Organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5

Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
Discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
Gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Índice
1. Introdução ......................................................................................................................................... 3
1.1. Objetivos ..................................................................................................................................... 3
1.1.1. Geral............................................................................................................................................. 3
1.2. Metodologia do Trabalho ............................................................................................................ 3
1.3. Estrutura do Trabalho ................................................................................................................... 3
2. Processos morfológicos e não morfológicos de formação de palavras. ................................... 4
2.1. Estrutura e Formação de palavras ............................................................................................... 4
2.1.1Estrutura de palavras ................................................................................................................... 4
2.1.1.1 Radical (ou morfema lexical) ................................................................................................ 4
2.1.1.2. Desinência (ou morfema flexional) ..................................................................................... 4
2.1.1.3. Vogal Temática ...................................................................................................................... 4
2.1.1.4. Tema ........................................................................................................................................ 5
2.1.1.5. Afixos ...................................................................................................................................... 5
2.1.1.6. Vogal e consoante de ligação ............................................................................................... 5
2.1.2. Formação das palavras .............................................................................................................. 5
2.1.1.1. Palavras simples e compostas ............................................................................................... 6
2.1.2.1. Derivação ................................................................................................................................ 6
2.1.2.1.1. Prefixal (ou prefixação)...................................................................................................... 7
2.1.2.1.2. Sufixal (ou sufixação) ........................................................................................................ 7
2.1.2.1.3. Prefixal -sufixal (ou prefixação -sufixação) .................................................................... 7
2.1.2.1.4. Parassintética (ou parassíntese) ......................................................................................... 7
2.1.2.1.5. Regressiva ............................................................................................................................ 8
2.1.2.1.6. Imprópria .............................................................................................................................. 8
2.1.2.2. Composição............................................................................................................................. 8
2.1.2.2.1. Justaposição ......................................................................................................................... 9
2.1.2.2.2. Aglutinação .......................................................................................................................... 9
2.1.2.2.3. Hibridismo ......................................................................................................................... 10
2.1.2.2.4. Onomatopeia...................................................................................................................... 10
2.1.2.2.5. Abreviação ......................................................................................................................... 10
2.1.2.2.6. Sigla .................................................................................................................................... 10
3. Conclusão ........................................................................................................................................ 11
4. Referencias...................................................................................................................................... 12
1. Introdução
O trabalho que tem como tema Processos morfológicos e não morfológicos de
formação de palavras, foi com dedicação e que a fim de sair um trabalho de orgulho, espera-
se que seja um trabalho de bom gosto, a medida que vai se abordar o tema mencionado
acima. Dentro do tema se falará dos vários processos de formação de palavras, mas antes,
porém sefalará da Estrutura das palavras e em seguida dos processos de formação de palavras
dentre eles a Derivação, a Composição, Onomatopeia, Hibridismo e Abreviatura.
1.1. Objetivos
1.1.1. Geral
 Conhecer os processos de formação de palavras.
1.1.2. Específicos
 Descrever os dois principais processos de formação de palavras;
 Analisar e aplicar os métodos usados na formação de palavras.
1.2. Metodologia do Trabalho
O trabalho em alusão teve como metodologia as fontes bibliográficas que consistiu na
recolha, selecção, leitura e fichamento das obras e documentos normativos que abordam a
temática Processos Morfológicos e não Morfológicos de Formação de Palavras.
1.3. Estrutura do Trabalho
O presente trabalho de pesquisa apresenta a seguinte estrutura: capa, feedback, índice,
conteúdo, conclusão e bibliografia.

3
2. Processos morfológicos e não morfológicos de formação de palavras.
2.1. Estrutura e Formação de palavras
2.1.1Estrutura de palavras
De acordo com Martino (2014 s.p)afirma que a palavra, ao contrário do que muitos
pensam, não é a menor unidade portadora de significado dentro da língua. Ela própria é
formada de várioselementos também dotados de valor significativo. A essas formas
portadoras de significado damos o nome de morfemas ou elementos mórficos.
Tome-se como exemplo a palavra alunas. Ela é constituída de três morfemas:
alun = morfema que é base do significado
a = morfema que indica o género feminino.
s = morfema que indica o número plural
Assim, de acordo com a função na palavra, os morfemas são classificados em:
2.1.1.1 Radical (ou morfema lexical)
Segundo Martino (2014 s.p) Radical éo elemento que contém a significação básica da
palavra: livro, livraria, livreira.
De Oliveira (s.ds.p) afirma que Radical: é o elemento básico e significativo das
palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático, dentro da língua portuguesa atual.
2.1.1.2. Desinência (ou morfema flexional)
Segundo Martino (2014 s.p) desinências são elementos terminais do vocábulo.
Servem para marcar:
a) género e número nos nomes (desinênciasnominais);
b) pessoa/numero e tempo/modo nos verbos (desinências verbais):
meninas = menin (radical) + a (desinência nominal de género feminino) + s (desinência
nominal de número plural)
amávamos = amá (radical) + va (desinência verbal modo-temporal) + mos (desinência verbal
número -pessoal).
De Oliveira (s.ds.p) dessinencias nominais juntam-se a nomes, indicando gênero
(masc/fem) e número (sing/plur).
Ex.: alunas.
Desinências verbais – indicam, nos verbos, pessoa, número, tempo e modo.
Ex.: cantávamos.
2.1.1.3. Vogal Temática
Na visao de Martino (2014 s.d) Vogal temática é o elemento que nos verbos, serve
para indicar a conjugação. São três:
4
a – para verbos de 1ª conjugação: fal+A=r
e – para verbos de 2ª conjugação: varr+E+r
i – para verbos de 3ª conjugação: part+I+r
Curiosidades: O verbo pôre seus derivados (compor, repor, impor etc.) incluem-sena
2ª conjugação, pois a sua forma original em português é poer.
A vogal temática também pode aparecer nos nomes. Neste caso, sua função é a
depreparar o radical para receber as desinências.
mares = mar (radical) + e (vogal temática) + s (desinência nominal de número plural).
Mas também para De Oliveira (s,ds.p) Vogais temáticas são as vogais a, e ei que, nas
formas verbais, posicionam-se entre radical e as desinências.
Ex.: cantávamos, venderão, partissem.
2.1.1.4. Tema
É o radical acrescido da vogal temática.
bebemos = beb (radical) + e (vogal temática) + mos (desinência verbal número-pessoal)
bebe = tema
2.1.1.5. Afixos
Segundo De Oliveira (s.ds.p) afixos: são elementos secundários que se agregam a um
radical para formar palavras derivadas.
Chamam-se prefixos quando antepostos ao radical e sufixos quando pospostos.
De acordo com Martino (2014 s.p) afixos são elementos de significação
secundáriaque aparecem agregados ao radical. Eles podem ser:
-Prefixo — morfemas que se antepõem ao radical: reluz, expor.
-Sufixo — morfemas que se pospõem ao radical: moralista, lealdade.
2.1.1.6. Vogal e consoante de ligação
São elementos que, desprovidos de significação, são usados entre um morfema e outro
para facilitar a pronúncia.
gasómetro = gás + metro — oé vogal de ligação
chaleira = chá + eira — l é consoante de ligação
2.1.2. Formação das palavras
Segundo Cunha e Cintra (2016 s.p) Chamam-se primitivas as palavras que não se
formam de nenhuma outra e que, pelo contrário, permitem que delas se originem novas
palavras no idioma.
Por exemplo: fumo, mar, novo, pedra.

5
Denominam-se derivadas as que se formam de outras palavras da língua mediante o
acréscimo ao seu radical de um prefixo ou um sufixo.
Por exemplo: fumoso, marinha, novinho, pedreiro, defumar, marear, renovar, empedrar.
2.1.1.1. Palavras simples e compostas
As palavras que possuem apenas um radical, sejam primitivas, sejam derivadas,
denominam-se simples.
Por exemplo: mar marinha pedra
Palavras compostas são as que contêm mais de um radical:
quebra-mar, guarda-marinha, pedra-sabão, aguardente, pernalta, pontapé.
Na visão de Martino (2014 s.p) para criar palavras novasem português, existem,
principalmente, cinco processos diferentes.
2.1.2.1. Derivação
Na visão de Mateus (2003 s.p) diz quea estrutura das palavras complexas formadas
por derivação corresponde a uma expansão dessa estrutura. Nestes casos, a posição de núcleo
é ocupada por um radical complexo, formado por um afixo derivacional, que é o núcleo, e
pelo seu complemento, que pode ser um radical, um tema ou mesmo uma palavra, cuja
estrutura pode ser simples ou ainda complexa. Na morfologia do português, tipicamente, o
complemento precede o núcleo, ou seja, a derivação é quase exclusivamente um processo de
sufixação.
Para a caracterização dos afixos derivacionais importa, fundamentalmente, proceder à
identificação das propriedades gramaticais das formas de base às quais os sufixos se associam
e das formas derivadas que eles integram. Por outras palavras, a especificação lexical dos
afixos derivacionais explicita o conjunto das propriedades inerentes e das propriedades de
selecção que os caracteriza e que são propriedades idiossincráticas. As propriedades inerentes
são aquelas que transmitirão à palavra derivada; as propriedades de selecção registam as
condições em que se podem associar a uma forma de base.
Veja-se, em primeiro lugar, o que diz respeito à categoria sintáctica. Os exemplos
seguintes mostram que o sufixo –ism(o) forma nomes, podendo associar-se a formas
adjectivais, nominais ou verbais (cf. 4a); o sufixo –iz(ar) forma verbos, seleccionando formas
adjectivais ou nominais (cf. 4b); e o sufixo –vel forma adjectivos, com base, exclusivamente,
em temas verbais:
De acordo com Martin (2014 s,p) a derivação forma palavras pelo acréscimo de
afixos. A derivação se divide em:

6
2.1.2.1.1. Prefixal (ou prefixação)
De acordo com Martino (2014 s.d) a prefixação ocorre pela colocação de prefixos:
reler, infeliz, ultravioleta, super-homem.
Para De Oliveira (s.ds.p) afirma que a derivação prefixal, a palavra é formada pelo
acréscimo de um prefixo ao radical da palavra primitiva. Exs.: desligar, contrapor, anormal.
Prefixo – morfema que se junta antes do radical para formar uma palavra nova.
Ex.: refazer.
2.1.2.1.2. Sufixal (ou sufixação)
Ao falar da derivação sufixal De Oliveira (s.ds.p) que a palavra é formada pelo
acréscimo de um sufixo ao radical da palavra primitiva.
Exemplo.: chuveiro, dormitório, dentista.
Sufixo – morfema que junta-se depois do radical para formar palavra nova.
Ex.: ferrugem.
Segundo Martino (2014 s.p) entende que a derivação sufixal ocorre pela colocação de
sufixos: boiada, canalizar, felizmente, artista.
2.1.2.1.3. Prefixal -sufixal (ou prefixação -sufixação)
Pela colocação de prefixo e sufixonuma só palavra: deslealdade, infelizmente,
desligado.
2.1.2.1.4. Parassintética (ou parassíntese)
Na visão de Mateus (2003 p.952) A derivação parassintética, que pode ser
exemplificada por formas como enfraquecer ou esbracejar, é particularmente frequente na
formação de verbos deadjectivais ou denominais, embora também se verifiquem alguns casos
de adjectivalização:
en[fraqu] ecer
es[braç] ejar
en[son] ado/a
Geralmente, a parassíntese é descrita como um processo de prefixação e sufixação
simultâneas, dado que tanto a prefixação da forma de base quanto a sua sufixação geram
formas não atestadas na língua.
Para Martin (2014 s.p) diz que no processo parassintética ha colocação simultânea de
prefixo e sufixo numa mesma palavra: entardecer, entristecer, desalmado, emudecer.
Curiosidade: A diferença entre a derivação prefixal-sufixal e a derivaçãoparassintética
está no fato de que na primeira podemos tirar o prefixo ou o sufixo ea palavra

7
continuaexistindo; na segunda, se tirarmos o prefixo ou o sufixo, o que sobra não existe
emlíngua portuguesa:
deslealdade= desleal, lealdade — derivação prefixal -sufixal
entardecer= entarde*, *tardecer — essas palavras não existem —
derivaçãoparassintética.
De Oliveira (s.ds.p) afirma que a palavra formada por derivação parassin-tética deixa de
ter sentido se eliminarmos ou o sufixo ou o prefixo.
Ex: infelizmente – infeliz, felizmente – derivação prefixal e sufixal.
anoitecer – não existe anoite, nem noitecer – derivação parassintética.
2.1.2.1.5. Regressiva
Pela redução de uma palavra primitiva: sarampo (de sarampão), pesca (de
pescar),barraco (de barracão), boteco (de botequim).
Curiosidade: Quando a palavra original a ser reduzida é um verbo, recebe o nomede
derivação regressiva deverbal: pesca (de pescar)
2.1.2.1.6. Imprópria
Pela mudança de classe gramatical da palavra: o jantar (substantivo formado pelouso
do verbo jantar), o belo (substantivo formado pelo uso do adjectivo belo).
2.1.2.2. Composição
De acordo com Mateus (2003 p.971) diz que a composição é um processo de
formação de palavras que consiste na concatenação de duas ou mais variáveis lexicais, que
podem ser radicais ou palavras. No português, há dois tipos de composição, entre os quais é
possível estabelecer uma clara proximidade semântica 48: trata-se da composição
morfológica, que concatena radicais segundo os princípios da formação morfológica de
palavras, e da composição morfo-sintáctica, que é um processo híbrido de formação de
palavras, no qual se conjugam propriedades das estruturas sintácticas e propriedades das
estruturas morfológicas.
Compostos morfológicos Compostos morfo-sintácticos
herbívoro papa-formigas
(= X que come ervas) (=X que come formigas)
biblioteca guarda-jóias
(=depósito de livros) (=depósito de jóias )
Segundo Mateus (2003 p.973) entende que os compostos morfologicos também está
disponível para a formação de neologismos no português, quer a partir de empréstimos de
outras línguas (samba em sambódromo, skate em skatódromo), quer com base em formas que
8
integram o léxico do português, tendo origem latina (luso-descendente, ministricida), ou não
(sal em salódromo). Por outro lado, estes radicais podem ter uma estrutura morfológica
simples ( [rat]i[cid]a) ou complexa (veja-se o segundo radical de luso-[[brasil]eir]o, que é
um radical derivado).
Assim, pode descrever-se a composição morfológica como um processo de
concatenação de dois ou mais radicais, que exige a presença de uma vogal de ligação como
delimitador da fronteira entre esses radicais. Os radicais que integram este tipo de compostos
podem estabelecer entre si uma relação de modificação ou uma relação de coordenação.
Na visão de Mateus (2003 p.978), os compostos morfo-sintácticos são unidades
lexicais que ocupam posições terminais nas estruturas sintácticas, mas que têm uma estrutura
híbrida, exibindo algumas propriedades das estruturas sintácticas e algumas das propriedades
das estruturas morfológicas. Neologismos como os seguintes mostram a vitalidade deste
processo e são exemplo dos casos a considerar na sua descrição:
político-fantoche
primavera-verão
governo-sindicatos
apanha-bolas
No português os compostos morfo-sintácticos podem ser gerados por adjunção
(bomba-relógio), por conjunção (trabalhador-estudante esurdo-mudo), ou por reanálise de
uma expressão sintáctica (abre-latas). Esta tipologia põe em causa a tradicional distinção
entre justaposição e aglutinação e estabelece uma nítida fronteira entre compostos morfo-
sintácticos e expressões sintácticas lexicalizadas.
Segundo Martino (2014 s.p) a composição forma palavras pela ligação dois ou mais
radicais. A composição se divide em:
2.1.2.2.1. Justaposição
Na visão de Martino (2014 s.p) Quando os radicais se unem sem alterações:
passatempo, girassol, guarda-comida,pé de moleque.
Segundo De Oliveira (s.ds.p) na composição de palavras por justaposicao as palavras
não sofrem alteração na grafia e na pronúncia.
Exemplos.: pontapé, girassol, pé-de-cabra.
2.1.2.2.2. Aglutinação
No entendimento de Martino (2014 s.p), Quando na união dos radicais há alteração
de, pelo menos, um deles: fidalgo (filho+ de + alguém), embora (em + boa + hora), planalto
(plano + alto).
9
Para De Oliveira (s.ds.p) afirma que pelo menos uma das palavras sofre alteração.
Exemplos.: lobisomem (lobo+homem), planalto (plano+alto), pernilongo (perna+longo).
2.1.2.2.3. Hibridismo
Segundo Martino (2014 s.p) o hibridismo forma palavras pela união de elementos de
línguas diferentes: automóvel (auto – grego + móvel – latim), abreugrafia (abreu – português
+ grafia – grego),monocultura (mono – grego + cultura – latim), burocracia (bureau – francês
+
cracia– grego).
No pensamento de De Oliveira (s.ds.p) no hibridismo as palavras são formadas pela
reunião de morfemas de idiomas diferentes.
Exemplos.: televisão (tele [grego]+visão [latim]), burocracia (buro [do francês bureau] +
cracia [grego]).
2.1.2.2.4. Onomatopeia
Na visão de Martino (2014 s.p) afirma que forma palavras pela reprodução
aproximada de sons ou ruídos e vozes de animais: tique -taque; pingue -pongue; miar; zunir;
mugir.
De acordo com De Oliveira (s.ds.p )as palavras são formadas a partir da imitação de
determinados sons ou ruídos. Exs.: badalar (sino), espocar (foguetes), coaxar (rã).
2.1.2.2.5. Abreviação
Forma palavras pela redução de um vocabulário até o limite que não cause dano àsua
compreensão: moto (por motocicleta), pneu (por pneumático), foto (porfotografia), Itaquá
(por Itaquaquecetuba), pornô (por pornografia), quilo (porquilograma).
Curiosidade: Não confunda abreviação com abreviatura.
Abreviatura é a redução na grafia (somente na grafia, nunca na pronúncia) dedeterminadas
palavras, limitando -as à letra ou letras iniciais e/ou finais: abreviatura = abr., abrev.academia
= acad.
2.1.2.2.6. Sigla
É a redução das locuções substantivas às letras ou sílabas iniciais: IBGE —
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, MASP — Museu de Arte de São Paulo,
Sudene — Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste.

10
3. Conclusão
Deste modo conclui-se que: a composição morfológica como um processo de
concatenação de dois ou mais radicais, que exige a presença de uma vogal de ligação como
delimitador da fronteira entre esses radicais. Os radicais que integram este tipo de compostos
podem estabelecer entre si uma relação de modificação ou uma relação de coordenação. Na
visão de Mateus (2003 p.978), os compostos morfo-sintácticos são unidades lexicais que
ocupam posições terminais nas estruturas sintácticas, mas que têm uma estrutura híbrida,
exibindo algumas propriedades das estruturas sintácticas e algumas das propriedades das
estruturas morfológicas. Neologismos como os seguintes mostram a vitalidade deste
processo.

11
4. Referencias
BECHARA, Evanildo (2009). Moderna Gramática Portuguesa; 37.ed.-Rio de Janeiro.
CUNHA, C. e CINTRA, L (2016).Nova Gramática do Português Contemporâneo; 7.ed. –Rio
de Janeiro.
DE OLIVEIRA, E.N (s.d). Morfologia-Processos de formação de palavras: Radicais,
Prefixos e Sufixos.e-Tec Brasil.
MARTINO, Agnaldo (2014). Português Esquematizado: Gramática –Interpretação de Texto,
Redacção Oficial-Redacção Discursiva; 3. ed. ver- São Paulo.
MATEUS, M.H.M. et al (2003). Gramática da Língua Portuguesa. 5.ed. Caminho, SA,
Lisboa.

12

Você também pode gostar