Você está na página 1de 14

PORTUGUÊS – CONCURSO SANTA MARIA

COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Próclise
A colocação pronominal para este caso deve ser feita antes do verbo, contudo no caso da
próclise isso ocorre apenas quando houver palavras atrativas que justifiquem o adiantamento
do pronome. Quando isso acontece?

Quando o verbo for precedido por palavras de sentido negativo (não, nada, nunca, ninguém,
jamais etc.)

Não se esqueça de mim.


Nada me faz voltar atrás.
Jamais lhes contei uma mentira dessas!
Ninguém nos convidou para o evento.
Em todos estes anos, nunca o vi tão triste.
Quando houver um advérbio antes do verbo

Agora se negam a assumir o erro.


Naquela cidade se fala alemão.
Ontem o vi no trânsito a caminho do trabalho.
Certamente lhes mostrei todos os cômodos disponíveis do hotel.
Talvez nos conheçamos de outra vida.
Nota: essa regra vale apenas quando não houver uma pausa marcada, caso a pausa aconteça e
seja marcada por uma vírgula, deverá ser usada a ênclise.

Quando o verbo for precedido por pronomes relativos(que, qual, onde, quem, quanto,
cujos(as) …)

O que nos resta é a rendição.


O músico foi quem me convidou para o evento.
Depois de muita procura, adivinhe onde a encontramos?
Quais os nomes dos seus pais?
Você não sabe quanto te
Quando houver pronomes indefinidos (alguém, todos, poucos(as), muitos(as), algum, certo(a),
vários(as) …) antes do verbo

Poucos te deram uma chance.


Alguém me falou, que você me enganou, eu não posso acreditar.
Todos lhe enviaram as confirmações dos convites.
Apesar de muitos nos alertarem, ainda cometemos o erro.
Quando o verbo for antecedido por pronomes demonstrativos (isto, isso, aquilo, este, esse,
aquele …)

Disso me acusaram, mas sem provas.


Isso vos impactou profundamente.
Aquilo te fez refletir sobre suas decisões.
Isto lhe veste muito bem.
Aquele a acolheu com muita gentileza.
Quando verbo no gerúndio for precedido de preposição “em”

Em se falando sobre o assunto, darei minha opinião.


Em se tratando de saneamento, o Brasil ainda tem que investir muito na área de tratamento
de esgoto.
Em se pensando em descanso, pensa-se em férias.
Conjunções subordinativas.(embora, se, conforme, logo, pois, visto que, desde que, como, a
fim de ...)

Visto que nos ignoraram, também ignoramos eles.


Como lhe expliquei anteriormente, a sua conta está incorreta.
Embora nos conhecesse a anos, não nos convidaram para a festa.
Não vou dizer nada, pois te avisei que não daria certo.
Conforme a conheci melhor, ela passou a ser mais amável.
Quando temos orações iniciadas por palavras interrogativas(quem, qual, que, quando, onde …)

Quem te entregou o pacote?


Quando vos encomendaram os bolos?
A minha pulseira, onde a colocaste?
Destas camisetas, qual lhe agradou mais?
Quando escrevemos orações iniciadas por palavras exclamativas

Quanto se ofendem por nada!


Como te iludes!
Quanto nos custa dizer a verdade!
Quando usamos orações que exprimem desejo (orações optativas)

Que Deus te abençoe meu filho.


Espero que a
Lhe desejo sorte.
Em frases com preposição + infinitivo flexionado:

Ao nos posicionarmos a favor dela, ganhamos alguns inimigos.


Ao se referirem a mim, façam-no com respeito.
Por te defenderem tanto, te fizeram um covarde.
Mesóclise
Como o próprio nome indica, a mesóclise (meso = meio) trata-se do caso em que a colocação
pronominal deverá ser feita no meio do verbo. Para isso o verbo precisa estar conjugado no
futuro do presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo, veja os exemplos:

Ajudar-te-ei no que for preciso.


Amá-lo-ei até o fim dos meus dias.
Realizar-se-á, na próxima semana, um evento em prol da proteção da natureza.
Caso não haja imprevistos, ver-nos-emos semana que vem.
Abraçar-lhe-ia agora, mas acabei de chegar de uma corrida e estou suado.
Nota: A mesóclise é utilizada principalmente na linguagem formal, culta e literária. E se por
acaso houver uma situação que justifique o uso da próclise (de acordo com as leis
anteriormente citadas), a mesóclise não será usada.

Ênclise
Em orações iniciadas com verbos (com exceção do futuro do presente do indicativo e do futuro
do pretérito do indicativo), a colocação pronominal será feita depois do verbo, dado que não
se iniciam frases com pronomes oblíquos. Veja o exemplo:

Alistou-se no exército para realizar um sonho. (certo)


Se alistou no exército para realizar um sonho. (errado)

Deram-lhe certeza de contratação. (certo)


Lhe deram certeza de contratação. (errado)
Este caso está em última prioridade, ou seja, a ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise
não forem possíveis. Quando isso acontece?

Quando houver orações no imperativo afirmativo

Sente-se imediatamente!
Lembre-me deste compromisso amanhã de manhã.
Lembrai-vos dessas palavras!
Faça-o confessar a verdade!
Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal (orações reduzidas do infinitivo)

Espero dizer-te a verdade.


Convém encontrar-nos hoje à noite.
Não era minha intenção machucar lhe.
Preciso concentrar-me nesta tarefa.
Ao visitar-vos descobrimos um novo parque na cidade.
Quando o verbo iniciar a oração

Vou-me embora agora mesmo.


Disseram-nos que este era o endereço da entrega.
Convidaram-lhes para a festa de Natal.
Comprometei-vos a estar juntos até que a morte os separe.
Abrace-a como se não houvesse amanhã.
Quando houver pausa antes do verbo

Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.


Além do mais, conhecê-lo foi a melhor coisa que me aconteceu.
Depois do jantar, ofereceram-nos
Quando o avião levantou voo, disseram-lhe a verdade.
Apesar dos percalços, adotá-lo foi a melhor decisão que já tomei.
Quando o verbo estiver no gerúndio, desde que não sejam precedidas pela preposição “em”

O jovem reclamou muito, comportando-se como uma criança.


Fiquei sem reação, lembrando-me de acontecimentos passados
Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.
A mãe adotiva ajudou a criança, dando-lhe carinho e proteção.
O menino gritou, assustando-se com o ruído que ouvira.
Observação: É importante informar que a ênclise não ocorre no início da frase, na linguagem
formal. Portanto, os pronomes pessoais oblíquos átonos não iniciam orações.

Colocação pronominal nas locuções verbais


A colocação pronominal para as locuções verbais atende a regras diferentes caso o verbo
principal esteja no particípio ou no gerúndio e infinitivo.

a) Quando o verbo principal for constituído por um particípio e não haver palavra atrativa que
exija o uso da próclise, o pronome oblíquo vai ser posicionado depois do verbo auxiliar, nunca
depois do verbo principal no particípio.
Tinham-me dito que você não era de confiança.
Haviam-vos convidado para a festa.
Eu tinha-lhe falado sobre esse assunto.
Haviam-nos avisado do feriado estendido.
b) Caso o verbo principal da oração estar no particípio e houver alguma palavra atrativa que
demande o uso da próclise, a regra para a colocação pronominal vai exigir o uso do pronome
oblíquo antes da locução verbal.

Ele os havia convidado para a celebração da Páscoa.


Já me tinham dito que você não era de confiança.
Eu não lhe tinha falado sobre esse assunto.
Não nos haviam convidado para a festa.
Suas intenções haviam-se
c) Se o verbo auxiliar estiver conjugado no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a
colocação pronominal usada será a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele.

Haver-me-iam convidado para a festa.


Eles ter-se-ão esforçado para atingir o resultado.
d) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio e não houver
uma palavra atrativa que demande o uso da próclise, o pronome oblíquo pode ser posicionado
tanto depois do verbo principal quanto após o verbo auxiliar (ênclise).

“Quero ver-te hoje” ou “Quero-te ver hoje”.


“Devo esclarecer-lhe o ocorrido” ou “Devo-lhe esclarecer o ocorrido”.
“Estavam chamando-me pelo alto-falante ou “Estavam-me chamando pelo alto-falante”.
e) Nos casos em que o verbo principal estiver no infinitivo ou gerúndio o pronome oblíquo vai
ser colocado antes da locução verbal ou depois da locução verbal (ênclise).

“Não te quero ver hoje” ou “Não quero ver-te hoje”.


“Não posso esclarecer-lhe o ocorrido” ou “Não lhe posso esclarecer o ocorrido”.
“Não estavam chamando-me” ou “Não me estavam chamando”.
“Não lhe devo considerar como o melhor aluno” ou “Não devo considerar-lhe o melhor aluno”.

A ORAÇÃO E SEUS TERMOS

Cristina, Marina e Bianca fazem balé no Teatro Municipal.


Sujeito: Cristina, Marina e Bianca
Núcleo: Cristina, Marina, Bianca
Predicado: fazem balé no Teatro Municipal.

Sujeito oculto
Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas pode ser
identificado pela desinência verbal ou pelo período contíguo.

Também é chamado de sujeito elíptico, desinencial ou implícito.

Exemplo:

Estávamos à espera do ônibus.


Sujeito oculto: nós
Desinência verbal: estávamos

Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado ocorre quando não se refere a um elemento identificado de maneira
clara. É observado em três casos:

quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem que o contexto permita identificar o sujeito;
quando um verbo está na 3.ª pessoa do singular acompanhado do pronome (se);
quando o verbo está no infinitivo pessoal.
Sujeito inexistente
A oração sem sujeito ocorre quando a informação veiculada pelo predicado está centrada em
um verbo impessoal. Por isso, não há relação entre sujeito e verbo.

Exemplo:

Choveu muito em Manaus.


Predicado: Choveu muito em Manaus

Para saber mais sobre os tipos de sujeito, veja também: Tipos de sujeito.

Predicado
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.

Predicado Verbal
O predicado verbal ocorre quando o núcleo da informação veiculada pelo predicado está
contido em um verbo significativo que pode ser transitivo ou intransitivo. Nesse caso, a
informação sobre o sujeito está contida nos verbos.

Exemplo:

O entregador chegou.
Predicado verbal: chegou.

Predicado Nominal
O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do sujeito.

Exemplo:

O entregador está atrasado.


Predicado nominal: está atrasado.

Predicado Verbo-nominal
O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos: o verbo transitivo ou intransitivo + o
predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.

O PERÍODO E SUA CONSTRUÇÃO: COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

A análise sintática "serve" para examinar o texto, as suas estruturas e os elementos que o
compõem. O texto é composto por orações e períodos. A oração é uma frase que possui verbo,
enquanto o período é o conjunto de orações. Exemplo:
- A menina caiu da bicicleta quando fez a curva.

Apostilas para os cargos da Prefeitura de Jandira SP 2019


Nesse exemplo há duas orações porque há dois verbos (“cair” e “fazer”). Entenda que, cada
termo da oração tem uma função específica e é isso que a análise sintática tem como objetivo,
determinar essa função. E esses termos podem ser classificados como essenciais, integrantes e
acessórios.

Essenciais: sujeito e predicado.


Integrantes: objeto direto e objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva.
Acessórios: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.
Essenciais e integrantes

Observe a frase:

A menina pegou a bola.


“A menina” é o sujeito e “pegou a bola” é o predicado. O verbo é o “pegar” que é classificado
como transitivo direto e “a bola” é o complemento do verbo, o objeto direto. Uma forma de
determinar a classificação dos objetos é perguntando ao verbo. Veja: quem pega, pega alguma
coisa. Quando a pergunta não necessita de uma preposição, o verbo é transitivo direto.
Observe a diferença nessa frase:

Eu preciso de você.
O verbo precisar é transitivo indireto. Faça a pergunta: quem precisa, precisa “de” alguém. O
termo “de” é uma preposição, logo, a expressão “de você” é um objeto indireto.

O complemento nominal serve para complementar um termo que não seja verbo dentro da
oração. Diferentemente do objeto indireto, o complemento nominal completa um substantivo,
adjetivo e advérbio e não um verbo. Por exemplo: A menina teve orgulho do pai. A expressão
“do pai” complementa o sentido de “orgulho”.

O agente da passiva sempre está acompanhado de duas preposições, “por” e “de”. Se o verbo
estiver na voz passiva, o agente será aquele que praticará a ação do verbo. Veja: O pássaro foi
capturado pelos agentes. A expressão “pelos agentes” é o agente da passiva.

Acessórios

Já os termos que são acessórios na oração caracterizam algo. O adjunto adnominal, por
exemplo, especifica o substantivo. Não há uma regra específica, pode ser artigos, locuções,
pronomes, adjetivos e mais. Exemplo: Seu olhar singelo é lindo. O termo “singelo” é o adjunto
adnominal. Veja outro exemplo: O passeio de barco me cansou. A expressão “de barco” é um
adjunto adnominal.

Por outro lado, o adjunto adverbial funciona como advérbio dentro da oração. Logo, vamos
rever os tipos de advérbios: afirmação, negação, intensidade, dúvida, tempo, companhia,
causa, finalidade, lugar, meio e assunto. Exemplo: Isso está muito difícil! O termo “muito” é
um adjunto adverbial.

E o aposto explica um termo na oração. Exemplo: A Carol, menina sapeca, entrou na escola. A
expressão “menina sapeca” está explicando quem é a Carol. A expressão é o aposto da oração.

Coordenação e Subordinação
Dentro da análise sintática, os períodos podem ser classificados em: composto por
coordenação, subordinação ou coordenação e subordinação. O período de coordenação é
composto por orações que são autônomas, independentes entre si, mas que juntas
complementam o sentido da frase. Exemplo: Eu dormi e sonhei com você. Observe que ambas
as orações são independentes, isto é, fazem sentido se fossem separadas.

Já o período composto por subordinação apresenta orações que são dependentes entre si, são
subordinadas. Veja: O bolo que ela fez ainda deixava lembranças. As duas orações não podem
ser separadas.

E ainda há o período composto por coordenação e subordinação que, nada mais é, a junção
dos dois. Exemplo: O juiz entrou na quadra e permitiu que o jogo começasse. Há três orações.
As duas primeiras são coordenadas e a terceira é subordinada.

Existem 5 tipos de classificações para orações coordenadas:

Oração coordenada aditiva: acresce uma informação. Ex: Eu dormi e sonhei.


Oração coordenada adversativa: apresenta um contraste. Ex: Eu passei no vestibular, mas não
sei se é isso que quero.
Oração coordenada alternativa: apresenta alternância. Ex: Ora você gosta de mim, ora você
some.
Oração coordenada conclusiva: conclui a ideia. Ex: Não gosto daqui. Portanto, pedirei a minha
demissão.
Oração coordenada explicativa: tem como objetivo explicar. Ex: Você está errado porque
tenho provas.
Já no período de subordinação há duas categorias: orações subordinadas adjetivas (função de
adjetivo) e orações subordinadas adverbiais (função de advérbio).

Orações subordinadas adjetivas

Orações subordinadas adjetivas podem ser duas: restritivas e explicativas. As restritivas


limitam o que a frase quer dizer. Exemplo: Se não fosse pela mulher que me ajudou, não teria
conseguido. O sentido da “mulher” é único, não é generalizado, é específico, é uma mulher X.
Já nas orações explicativas, o sentido é mais abrangente: O homem, um ser racional, busca ser
melhor em todos os campos da vida. A expressão “um ser racional” está entre vírgulas e,
portanto, está generalizando todos os homens não apenas um.

Orações subordinadas adverbiais

Podem ter 9 classificações:

Oração subordinada adverbial causal: expressa causa. Ex: Não posso opinar, uma vez que não
tenho direito.
Oração subordinada adverbial concessiva: indica permissão. Ex: Você pode fazer isso, mesmo
que não tenha experiência.
Oração subordinada adverbial condicional: expressa condição. Ex: Se você conseguir, ganhará
uma recompensa.
Oração subordinada adverbial comparativa: indica uma comparação. Ex: Os olhos azuis são
bonitos como o do pai.
Oração subordinada adverbial consecutiva: relação de causa e consequência. Ex: Acordei tão
atrasado que não consegui entrar na faculdade.
Oração subordinada adverbial final: indica uma finalidade. Ex: Eu fiz isso para subir na vida.
Oração subordinada adverbial temporal: expressa tempo. Ex: Chorei por você quando foi
embora.
Oração subordinada adverbial proporcional: indica proporção. Ex: Fui amolecendo à medida
que percebi que te amava.
Oração subordinada adverbial conformativa: expressa conformidade. Ex: Fiz o que você pediu
conforme as regras.
Para ajudar na classificação, convém retomar os advérbios e separá-los em tabelas. Assim, a
oração subordinativa adverbial ficará mais fácil!

EMPREGO DE TEMPOS, MODOS E VOZES VERBAIS.

Temos três tempos verbais:

Passado ou pretérito, presente e futuro.

Pretérito ou passado:

Aconteceu antes do instante que se fala.

Ex.: Ontem fui à academia mais cedo.

Presente:

Acontece no instante da fala

Ex.: Eu treino nesta academia

Futuro:

Acontecerá depois do instante da fala.

Ex.: Irei à academia daqui umas duas horas

O pretérito pode ser:

Pretérito perfeito: O fato passado foi concluído totalmente

Ex.: Ele estudou toda a matéria hoje de manhã.

Pretérito imperfeito: O fato passado não foi concluído totalmente.

Ex.: Ele conversava muito durante a aula.


Pretérito mais-que-perfeito: O fato passado é anterior a outro fato também passado e
terminado.
Ex.: Quando eu cheguei na festa, ele já tinha saído

O futuro pode ser:

Futuro do presente: O fato acontece após o momento da fala, mas já terminado antes de
outro fato futuro.

Ex.: Quando sua mãe chegar, eu contarei tudo para ela.

Futuro do pretérito: Um fato futuro que pode ocorrer depois de um fato passado.

Ex.: Se eu tivesse os livros, estudaria nas férias.

Emprego de modos verbais:

Indicativo – mostra uma certeza. A pessoa que fala é precisa sobre o fato.

Ex.: Eu gosto de feijoada.

Subjuntivo – Mostra incerteza. A pessoa fala mostra dúvida sobre o fato

Ex.: Talvez eu viaje no final de semana.

Imperativo – mostra uma atitude de ordem ou solicitação

Ex.: Não jogue bola agora.

Formas nominais do verbo:

O verbo pode ter funções de nomes (nominais), como substantivo, adjetivo e advérbio.

Infinitivo impessoal (não flexiona o verbo): dá significado ao verbo de modo indefinido e vago.
Ele deve ser usado em locuções verbais, sem sujeito definido, com sentido imperativo e etc..

Ex.: É preciso amar

Infinitivo pessoal (flexiona o verbo): Ele deve ser usado com sujeito definido, quando desejar
determinar o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e quando uma ação for
correspondente.

1ª pessoa do singular: sem desinências

2ª pessoa do singular: Radical + ES

3ª pessoa do singular: sem desinências

1ª pessoa do plural: Radical + MOS


2ª pessoa do plural: Radical + DES

3ª pessoa do plural: Radical + EM

Gerúndio: pode servir como adjetivo ou advérbio. A ação está acontecendo no momento que
se fala.

Ex.: eu estou falando com você

Na escola havia meninos vendendo picolés (função de adjetivo)

Quando estava saindo de casa, vi um carro branco. (função de advérbio).

Particípio: Resultado de uma ação que terminou, podendo flexionar em gênero número e grau.
È usado na formação dos tempos compostos.

O João tem dormido cedo nas últimas semanas.

Vozes verbais

Voz é a forma que o verbo assume para indicar se o sujeito é agente ou paciente da ação.

São três as vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva.

Voz Ativa:

É quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação expressa pelo verbo.

Meu pai comprou o cinto.

Pai: sujeito agente

Comprou: ação

o cinto: objeto (paciente)

Voz Passiva:

É quando o sujeito sofre a ação verbal. Mostra que o sujeito gramatical é o paciente de uma
ação que é praticada pelo agente da passiva.

Ela pode ser classificada em voz passiva analítica e voz passiva sintética.

Voz passiva analítica

Na voz passiva analítica, as frases têm a seguinte forma:

O sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio do verbo principal + o agente da passiva


Exemplo: O cinto foi comprado pelo meu pai

O cinto: sujeito paciente

Foi: Verbo auxiliar

Comprado: ação (particípio do verbo principal)

Meu pai: agente da passiva

Voz passiva sintética

Na voz passiva sintética, as frases têm a seguinte forma:

Verbo na 3ª pessoa + pronome apassivador se + sujeito paciente

Exemplo: Comprou-se o cinto.

Comeu: verbo na 3ª pessoa

Se: pronome apassivador

O cinto: sujeito paciente

Comeu-se o bolo.

Comprou-se o chapéu.

Leram-se os livros.

Voz Reflexiva

É quando o sujeito pratica e recebe a ação, ou seja, é ao mesmo tempo agente e paciente da
ação.

Exemplo: Arthur feriu-se ao cair da bicicleta.

Passar da voz ativa para a voz passiva

Exemplo: Karen Uhlenbeck recebe o Prêmio Abel 2019 – Voz ativa

Sujeito: Karen Uhlenbeck. Ela que praticou a ação do verbo

Voz passiva

O Prêmio Abel 2019 (OD que virou sujeito da passiva) é (verbo ser no mesmo tempo/modo)
recebido(particípio) por Karen Uhlenbeck (Sujeito da ativa que vira agente da passiva).

O que aconteceu?

O sujeito da voz ativa se transforma em agente da passiva.


O objeto direto da voz ativa se transforma no sujeito da passiva.

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

A regência verbal e a regência nominal ocorrem entre os diferentes termos de uma oração.
Ocorre regência quando há um termo regente que apresenta um sentido incompleto sem o
termo regido, ou seja, sem o seu complemento.

O que é regência verbal?

A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os
termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).

O que é regência nominal?

A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.

Exemplos de regência verbal preposicionada


assistir a;
obedecer a;
avisar a;
agradar a;
morar em;
apoiar-se em;
transformar em;
morrer de;
constar de;
sonhar com;
indignar-se com;
ensaiar para;
apaixonar-se por;
cair sobre.
Exemplos de regência nominal
favorável a;
apto a;
livre de;
sedento de;
intolerante com;
compatível com;
interesse em;
perito em;
mau para;
pronto para;
respeito por;
responsável por.
Regência verbal sem preposição
Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido, não sendo
necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal.
Exemplos de regência verbal sem preposição:

Você já fez os deveres?


Eu quero um carro novo.
A criança bebeu o suco.
O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando o
elemento que sofre a ação verbal.

Regência verbal com preposição


Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido, sendo
obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência verbal.

Exemplos de regência verbal com preposição:

O funcionário não se lembrou da reunião.


Ninguém simpatiza com ele.
Você não respondeu à minha pergunta.
O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem? para
quem? em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação verbal.

Preposições usadas na regência verbal


As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples, bem como
contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...
Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto, pela, pelo,...

As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.

Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...


Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...
Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...
Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...
Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...
Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,...
Veja também: Outros exemplos de regência verbal preposicionada.

Regência nominal com preposição


A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma preposição
para se ligar ao seu complemento nominal.

Exemplos de regência nominal com preposição:

Sempre tive muito medo de baratas.


Seu pai está furioso com você!
Sinto-me grato a todos.
Preposições usadas na regência nominal
Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma simples e
contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em, para, por.
Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...
Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...
Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...
Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...
Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...
Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,...

Você também pode gostar