O texto discute o conceito de texto, comparando-o a um tecido que registra informações vindas de fora e as transmite adiante. Também aborda a enunciação como um ato de fala que depende do contexto social e objetiva a comunicação, sendo produzido sempre dentro de determinado contexto para ter significado entre os interlocutores.
O texto discute o conceito de texto, comparando-o a um tecido que registra informações vindas de fora e as transmite adiante. Também aborda a enunciação como um ato de fala que depende do contexto social e objetiva a comunicação, sendo produzido sempre dentro de determinado contexto para ter significado entre os interlocutores.
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O texto discute o conceito de texto, comparando-o a um tecido que registra informações vindas de fora e as transmite adiante. Também aborda a enunciação como um ato de fala que depende do contexto social e objetiva a comunicação, sendo produzido sempre dentro de determinado contexto para ter significado entre os interlocutores.
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tecido (segundo o Dicionário Aurélio). Na verdade, a sua essência é a de uma espécie de tecido. Porém, nessa espécie de tecido, o que realmente se tece (entrecruza), para constituí-lo como tal, não são exatamente fios, como nos tecidos propriamente ditos, mas sequências informativas e representativas.
Nesse caso, a sua analogia é antes como tecido da
pele (inclusive em termos intraorgânicos) que com o tecido no sentido comum do termo, porque é o tecido da pele que é capaz de, como o texto, registrar o que vem de fora, conservá-lo por determinado tempo e, em seguida, transmiti-lo ao cérebro (ou, no caso de um organismo como o da célula, ao mecanismo que, em seu interior, funciona como uma espécie de processador de dados). A ENUNCIAÇÃO
E O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
O signo é mutável em sua condição. A entonação, a
situação ou contexto,e o sentido trazem um valor novo ao signo, afetando a sua significação no processo social da linguagem.
“A fala está indissoluvelmente ligada às
condições de comunicação, que, por sua vez, estão ligadas às estruturas sociais” (Bakhtin, 1997, p. 14).
A enunciação como um todo se realiza no discurso
como atividade de linguagem ininterrupta, que atende aos objetivos sociais de comunicação.
Bakhtin compreende o processo de fala como um
processo amplo na atividade de linguagem, tanto exterior, o ato da fala propriamente dito ou o diálogo, como no que ele chama de discurso interior, o pensamento. O enunciado é um ato de fala, entendido como discurso, e tende a ser produzido sempre dentro de um determinado contexto, para que seu sentido tenha uma relação de significação entre os interlocutores.
O enunciado, produto de uma enunciação, constitui
o discurso, seja ele uma frase ou várias frases. O enunciado é, portanto, a frase além de sua forma fonética ou morfológica. Uma oração, uma frase, não nos dá um enunciado completo, se ficarmos nos limites gramaticais de sua estrutura no sistema abstrato da língua.
Como produto da enunciação, o enunciado é um ato
individual que pressupõe um sujeito. Alguém enuncia. Alguém produz um ato de fala. Alguém produz um discurso. Mas esse alguém não está sozinho. O enunciado constitui uma relação verbal entre dois sujeitos. Enunciar pressupõe dizer alguma coisa a alguém, dentro de uma competência lingüística e discursiva. O discurso é uma relação verbal entre locutor/enunciador e alocutário/enunciatário.