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Caro(a) aluno(a),

O mundo contemporâneo é marcado pela diversidade, que se revela na riqueza


de línguas, religiões e modos de viver, de se alimentar, de se vestir, enfim, de pro-
duzir cultura.
Na escola, essa diversidade se manifesta no currículo de todas as áreas, mas é
especialmente em Ciências Humanas que ela é tomada como objeto de estudo. Os
lugares, os tempos, as sociedades humanas e suas formas de pensar e de produzir
conhecimento são objetos de estudo da Filosofia, da Geografia, da História e da
Sociologia.
Durante o ano letivo, após o contato com os conhecimentos produzidos pelas
Ciências Humanas, você poderá compreender melhor a vida em sociedade e as
transformações que ocorrem no mundo, em seus aspectos sociais, econômicos,
políticos e culturais. Você perceberá como a intervenção humana em aspectos
naturais do planeta pode transformar as relações de trabalho, promover o desen-
volvimento e, ao mesmo tempo, gerar problemas ambientais, sociais, guerras e
conflitos entre povos e nações. Além disso, as aulas o ajudarão a compreender
que a aproximação entre diferentes povos e culturas estimula o intercâmbio entre
eles, podendo reforçar identidades e criar novos laços de solidariedade. Você tam-
bém terá oportunidade de estudar temas relacionados à produção de conhecimen-
to – tecnológico, artístico e cultural –, que se expressam em diferentes linguagens,
formas de expressão e movimentos sociais e culturais.
Nas disciplinas dessa área, você perceberá também a importância dos valores e
atitudes que envolvem a solidariedade, o respeito à vida, à natureza e às diferentes
culturas, a democracia, a ética, além de outros valores fundamentais para a preser-
vação do planeta.
Assim, desejamos que você, estudante do Ensino Médio, ao apropriar-se dos
conhecimentos das Ciências Humanas, possa atuar de forma respeitosa e cidadã no
mundo em que vivemos.

Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP


Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Equipe Técnica de Ciências Humanas
Filosofia - 1a série - Volume 1

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Situação de Aprendizagem 1
Criando uma imagem crítica da Filosofia

PESQUISA INDIVIDUAL

1. Pesquise na internet, em dicionários de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o


significado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada sua pesquisa, melhor.
• Intelecto

• Reflexão crítica

• Filosofia

• Cidadania

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Filosofia - 1a série - Volume 1

2. Agora que você concluiu a pesquisa, escreva no quadro a seguir, utilizando uma palavra para
cada lacuna, ideias que lembrem cada disciplina.

O que lembra o quê?

Matemática

Inglês

História

Geografia

Biologia
Língua
Portuguesa
Educação
Física
Arte

Filosofia

Física

Química

Sociologia

Preparação para discussão


1. Responda às questões a seguir de modo que possa defender uma ideia diante de sua classe. Lem-
bre-se de que sua resposta deve ser clara, ou seja, não pode provocar interpretação duvidosa, e
também deve ser feita com bases racionais. Assim, você mostrará suas ideias e poderá participar
com mais força na comunidade.
a) O que você pensa a respeito da Filosofia?

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Filosofia - 1a série - Volume 1

b) Como você imagina que é o trabalho de um filósofo? Você conhece ou já ouviu falar de um
filósofo? Qual é o seu nome e o que ele escreveu?

Leitura e Análise de Texto

“Ao considerar o conhecimento como se encontrando entre as coisas mais belas e


dignas do maior valor, sendo umas mais penosas do que outras, quer em virtude do seu
rigor, quer em virtude de dizer respeito a coisas mais belas e elevadas, decidimos, devido
a essas duas mesmas causas, considerar toda a investigação respeitante à alma como sen-
do de importância fundamental. Além disso, parece esta investigação também constituir
uma contribuição especial para todo o conhecimento da verdade, particularmente para
o estudo da natureza – a alma é, com efeito, o princípio de todos os seres vivos. Por isso
procuramos, ao investigar, examinar a natureza e a essência da alma em primeiro lugar
e, depois, os seus atributos fundamentais.”

ARISTÓTELES. Da alma. Tradução Carlos Humberto Gomes. Lisboa: Edições 70, 2001. p. 23.

1. Após a leitura do texto, responda: Qual a importância da investigação sobre a alma?

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Leitura e Análise de Texto

Leia com bastante atenção o fragmento filosófico a seguir:


“Por toda parte eu vou persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocupa­
rem exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo e com as riquezas, como
de­vem preocupar-se com a alma, para que ela seja quanto possível melhor, e vou dizendo
que a virtude não nasce da riqueza, mas da virtude vem, aos homens, as riquezas e todos
os ou­tros bens, tanto públicos como privados.”

PLATÃO. Apologia de Sócrates. Tradução Maria Lacerda de Souza. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2296>. Acesso em: 6 out. 2009.

1. Sublinhe no texto as palavras que você desconhece. Depois, investigue uma por uma e coloque
os significados na seção Meu vocabulário filosófico, disponível no final deste Caderno.
2. A partir da leitura do texto, assinale somente as sentenças corretas.
a) Da riqueza vem tudo que precisamos, inclusive as virtudes.
b) A Filosofia não é algo para os jovens.
c) O mais importante é conhecer.
d) O mais importante é preocupar-se com a investigação sobre a alma.
e) A virtude é boa, afinal dela nascem a riqueza e tudo mais.
3. Para os gregos, a “alma” era o lugar onde se situavam as ideias; mais tarde, esse “espaço” para
ideias foi chamado de intelecto. Diferente do corpo, o intelecto é inteligível. Mas, assim
como o corpo, ele pode ser melhorado. Complete o quadro, sugerindo atividades para me­
lhorar seu corpo e seu intelecto.

Atividades para melhorar o meu corpo Atividades para melhorar o meu intelecto

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Atividades para melhorar o meu corpo Atividades para melhorar o meu intelecto

Atividade
1. Com seus colegas, tenha em mãos um espelho que servirá para você começar a formar um
conceito básico sobre reflexão. Passe o espelho para cada membro do grupo se olhar e depois
discuta com eles as seguintes questões:
a) O que se vê no espelho?

b) O que o espelho não pode refletir?

c) Como e para que o espelho é utilizado?

d) Em que os aspectos da reflexão de uma imagem no espelho se assemelham aos aspectos da


reflexão intelectual ou dele diferem? Preencha o quadro a seguir:
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Filosofia - 1a série - Volume 1

Reflexão do espelho Reflexão intelectual


Necessita somente de luz.
Apenas reflete o que está à sua frente.
Apenas reflete as imagens presentes.
Apenas reflete o que é visível.
Caso não funcione direito, pode ser
descartado.
Não pode refletir a si mesmo.

2. Copie a linha da tabela anterior que mais chamou sua atenção.

Reflexão do espelho Reflexão intelectual

LIÇÃO DE CASA

1. Com base na linha da tabela que mais chamou sua atenção, escreva um pequeno texto compa-
rando a reflexão do espelho com a reflexão intelectual.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

VOCÊ APRENDEU?

1. Registre uma situação do dia a dia na qual um jovem precise realizar uma reflexão. Pode ser uma situa-
ção real, recuperada com a ajuda da memória, ou uma situação fictícia, inventada para este exercício.

2. Destaque um conteúdo que você estudou na 8a série/9o ano, de qualquer uma das disciplinas,
e elabore uma ou duas perguntas para reflexão sobre esse conteúdo.

3. Releia o seguinte texto e apresente um argumento a favor da afirmação de Platão e um argu-


mento para questionar esta afirmação:

“Por toda parte eu vou persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem
exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo e com as riquezas, como de­
vem preocupar-se com a alma, para que ela seja quanto possível melhor, e vou dizendo que
a virtude não nasce da riqueza, mas da virtude vêm, aos homens, as riquezas e todos os
ou­tros bens, tanto públicos como privados.”
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Tradução Maria Lacerda de Souza. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/Pesquisa/Detalhe
ObraForm.do?select_action=&co_obra=2296>. Acesso em: 6 out. 2009.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

4. Selecione um problema social atual e vivenciado por determinados grupos de jovens brasileiros
e apresente questões para uma reflexão crítica sobre este problema.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
COMO FUNCIONA O INTELECTO?
INTRODUÇÃO AO EMPIRISMO E AO CRITICISMO

1. Represente no espaço a seguir o funcionamento do rádio e da televisão por meio de um de-


senho, considerando os aspectos de produção, captação e decodificação do som e das imagens.
Não se esqueça de deixar o desenho com a “sua cara”, ou seja, com a qualidade que você
pode dar. Em caso de dúvida, peça a opinião dos colegas, pois eles contribuem para que possamos
melhorar nossa expressão.

2. Responda às seguintes questões, com ajuda do debate em sala de aula:


a) Como o rádio e a televisão captam, decodificam e reproduzem sinais?

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Filosofia - 1a série - Volume 1

b) Como o intelecto ou a inteligência humana capta os sinais do mundo?

c) É possível saber como a nossa inteligência funciona, do mesmo modo que o técnico co­
nhece o funcionamento de um aparelho de rádio ou de televisão?

Leitura e Análise de Texto

Leia com atenção o texto a seguir:


“Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel branco, desprovida
de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? De onde lhe provém
este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma
variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimen-
to? A isso respondo, numa palavra: da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela
fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada tanto
nos objetos sensíveis externos como nas operações internas de nossas mentes, que são por
nós mesmos percebidas e refletidas, nossa observação supre nosso entendimento com todos
os materiais do pensamento. Dessas duas fontes de conhecimento jorram todas as nossas
ideias, ou as que possivelmente teremos.
Primeiro, nossos sentidos, familiarizados com os objetos sensíveis particulares, levam
para a mente várias e distintas percepções das coisas, segundo os vários meios pelos quais
aqueles objetos a impressionaram. Recebemos, assim, as ideias de amarelo, branco, quente,
frio, mole, duro, amargo, doce e todas as ideias que denominamos qualidades sensíveis.
Quando digo que os sentidos levam para a mente, entendo com isso que eles retiram dos
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Filosofia - 1a série - Volume 1

objetos externos para a mente o que produziu estas percepções. A esta grande fonte da
maioria de nossas ideias, bastante dependente de nossos sentidos, dos quais se encaminham
para o entendimento, denomino sensação.
A outra fonte pela qual a experiência supre o entendimento com ideias é a percepção
das operações de nossa própria mente, que se ocupa das ideias que já lhe pertencem. Tais
operações, quando a alma começa a refletir e a considerar, suprem o entendimento com
outra série de ideias que não poderia ser obtida das coisas externas, tais como a percep-
ção, o pensamento, o duvidar, o crer, o raciocinar, o conhecer, o querer e todos os diferen-
tes atos de nossas próprias mentes.
[...] Mas, como denomino a outra de sensação, denomino esta de reflexão: ideias que
se dão ao luxo de serem tais apenas quando a mente reflete sobre as próprias operações”.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. Tradução Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. São Paulo:
Nova Cultural, 1983. (Os Pensadores). p. 159-160.

1. Sublinhe no texto as palavras que você desconhece. Depois, investigue uma por uma e coloque
os significados na seção Meu vocabulário filosófico, disponível no final deste Caderno.
2. Com base nas informações do texto, complete a coluna com o funcionamento equivalente da
inteligência ou do intelecto ao funcionamento da televisão ou do rádio.

A televisão ou o rádio O entendimento ou o intelecto


Capta o mundo pela antena ou cabo.
Decodifica o sinal.
Depois de decodificar, transforma o sinal
em imagem ou som.
Só decodifica o sinal dos canais.
Não aprende nada com o que capta.
Não pode refletir sobre o que capta.

3. Todo bom texto apresenta com clareza a sua ideia principal, que chamamos de tese. A seguir
há frases que fazem referência ao texto de John Locke. Circule a frase que apresenta a principal
ideia do autor.
a) Existem dois tipos de conhecimentos: os que provêm da experiência e os que fazemos sobre
as operações de nossa mente.
b) A mente é vazia de ideias; as experiências é que dão a ela todo o conhecimento necessário.
c) A reflexão é diferente da sensação.
4. Quais as fontes do conhecimento de onde jorram todas as nossas ideias? Cite três exemplos.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

5. A seguir estão algumas imagens que podem representar nossas ideias. Temos ideias associadas à
sensação, como amarelo, branco, quente, frio, mole, duro, amargo e doce. Ideias associa­das
denominamos qualidades sensíveis dos objetos. Outras, temos em virtude da reflexão, como
o duvidar, o crer, o raciocinar, o conhecer, o querer. De acordo com esses critérios, escreva ao
lado de cada imagem a palavra reflexão ou sensação.

© Patrícia Paulozi/Maps World


Pão quentinho e cheiroso Doce Suco de morango
© Hudson Calasans

Corte Leitura Cores

Duro Dor de cabeça Matemática

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Filosofia - 1a série - Volume 1
© Patrícia Paulozi/Maps World

Justiça Engenharia Autoridade

Toque macio Riqueza Dor de dente

Bebida gelada Ciência Números

LIÇÃO DE CASA

1. Faça um desenho, no espaço a seguir, representando o funcionamento do intelecto consideran-


do as fontes das ideias, a sensação e a reflexão. Personalize o desenho, deixe-o com a “sua cara”,
com a qualidade que você pode dar. Em caso de dúvida, pergunte a opinião dos colegas: ouvir o
que os outros têm a dizer a nosso respeito ou de nosso trabalho pode ajudar a nos expressarmos
cada vez melhor.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

PESQUISA INDIVIDUAL

1. Pesquise na internet, em dicionários de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o


significado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada sua pesquisa, melhor.

• Experiência

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Filosofia - 1a série - Volume 1

• Conhecimentos a priori

• Conhecimentos a posteriori

• Sensação

• Reflexão

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Leitura e Análise de Texto

Introdução

Podemos afirmar que todos os nossos conhecimentos têm origem em nossa ex-
periência. Se fosse ao contrário, por meio do que a faculdade de conhecimento deveria
ser exercitada senão por objetos que tocam nossos sentidos e em parte produzem por si
mesmos representações, em parte colocam em movimento a atividade do nosso enten­
dimento para compará-las, reuni-las ou separá-las e, dessa maneira, proceder à elabora-
ção da matéria informe das impressões sensíveis até um conhecimento das coisas, o que
se denomina experiência?

Portanto, no tempo nenhum conhecimento antecede a experiência; todos começam


por ela.

Porém, nosso conhecimento empírico é formado pelo que recebemos das impressões e
pelo que a nossa faculdade de conhecer lhe adiciona, estimulada pelas impressões dos sen-
tidos; aditamento que somente distinguimos por longa prática que nos capacite a separar
esses dois elementos.

Eis aí uma questão que merece reflexão: Existe mesmo um conhecimento que não
depende da experiência e das impressões dos sentidos?

KANT, Immanuel, Crítica da razão pura. Tradução Lucimar A. Coghi Anselmi; Fulvio Lubisco. São Paulo: Icone, 2007. p. 5
(Coleção Fundamentos do Direito)

1. Sublinhe no texto as palavras que você desconhece. Depois, investigue uma por uma e coloque
os significados na seção Meu vocabulário filosófico, disponível no final deste Caderno.

2. Qual a ideia principal, ou tese, do texto?

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Filosofia - 1a série - Volume 1

VOCÊ APRENDEU?

1. Destaque o nome de um filme ou programa de televisão que você considera bom e argumente
a respeito de sua qualidade. Analise os seus argumentos e responda: Quais são os critérios que
o levam a afirmar que um filme ou um programa tem qualidade?

2. Para Kant, o que é conhecimento a priori e conhecimento a posteriori?

3. Destaque a diferença central entre as ideias apresentadas no texto de Locke e no de Kant.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

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SiTuAçãO DE APrENDizAGEM 3
iNSTruMENTOS DE PESQuiSA EM HiSTÓriA DA FilOSOFiA

Existem muitas divisões possíveis para a História da Filosofia. Há uma delas que será explanada
pelo professor para fixar a ideia geral.
1. Preencha a coluna no decorrer da explicação do professor. Anote tudo o que você achar interes-
sante e aquilo que o professor enfatizar.

Filosofia Antiga

Contexto histórico
geral, datas e
subdivisões do
período

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Principais
problemas
filosóficos

Principais escolas
filosóficas

Grandes filósofos
do período

Filosofia Medieval

Contexto
histórico geral,
datas e subdivisões
do período

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Principais
problemas
filosóficos

Principais escolas
filosóficas

Grandes filósofos
do período

Filosofia Moderna

Contexto
histórico geral,
datas e subdivisões
do período

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Principais
problemas
filosóficos

Principais escolas
filosóficas

Grandes filósofos
do período

Filosofia Contemporânea

Contexto histórico
geral, datas e
subdivisões do
período

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Principais
problemas
filosóficos

Principais escolas
filosóficas

Grandes filósofos
do período

LIÇÃO DE CASA

1. Realize uma pesquisa biográfica sobre a vida de um filósofo indicado pelo professor. Organize
essa pesquisa com base nas perguntas e solicitações a seguir.

Anote aqui a data em que você deve apresentar esta lição de casa ao professor:
____/_____/_____.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

a) Quando e onde o filósofo viveu? Quais os fatos mais marcantes da vida dele?

b) Ele se inspirou em quem? E influenciou quem?

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Filosofia - 1a série - Volume 1

c) O que ele pensou sobre:

• Ética

• Política

• Teoria do conhecimento

2. Além dessas informações, você encontrou alguma outra curiosidade a respeito da vida dele?

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Filosofia - 1a série - Volume 1

PESQUISA INDIVIDUAL

1. Identifique os nomes dos filósofos, a partir das pistas. Depois, complete as palavras cruzadas.
Filósofo 1

a) Sistematizou a Filosofia e as regras da lógica.

b) Gostava de ensinar andando.

c) Foi mestre de Alexandre, o Grande.

d) Segundo ele, todas as coisas eram formadas por forma e conteúdo.

Filósofo 2

a) O sentido da vida era o prazer. Todas as coisas eram feitas por átomos
b) Ensinava em um jardim, para quem quisesse aprender, inclusive mulheres, jovens,
escravos e idosos.
c) Segundo ele, os deuses não estão preocupados com a nossa vida, afinal, seres felizes não
têm preocupação.

Filósofo 3

a) Usou a dúvida metódica.


b) Considerado o primeiro filósofo moderno.
c) “Penso, logo existo” é uma de suas frases mais conhecidas.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Filósofo 4

a) Criou o materialismo histórico dialético.


b) Procurou entender a forma de dominação econômica a partir do materialismo histórico.
c) Segundo ele, a história da humanidade é feita pela luta de classes, por opressores e
oprimidos.

Filósofo 5

a) Sua missão era revelar aos homens o não-saber de cada um.


b) Procurava fazer com que as pessoas tomassem consciência delas mesmas.
c) Segundo ele, o verdadeiro saber nos conduz a valores morais. Cuidar de si é cuidar da
vida na cidade.

Filósofo 6

a) Uma das filósofas mais importantes do mundo pós-Segunda Guerra. Seu primeiro
nome era Hannah.
b) Para ela, os homens e as mulheres têm três atividades: labor (atividades biológicas), trabalho
(criação do mundo humano) e ação (atividade entre as pessoas para melhoria, ou seja, sua
política).
c) Esteve no julgamento de um nazista e observou que ele não era um vilão monstruoso,
mas era uma pessoa incapaz de pensar por conta própria. Ele demonstrava a banali-
dade do mal na mediocridade de sua vida.

Filósofo 7

a) Fundou a Academia e escreveu vários diálogos em que o personagem central era o seu
mestre, Sócrates.
b) Segundo ele, o mundo é uma cópia das ideias. As almas conheciam essas ideias per-
feitas, mas, para viver na Terra, tinham de esquecê-las. Lembrar era aprender.
c) Para ele, o amor (Eros) é o que une todas as coisas na natureza. A essência do amor é
a união.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Filósofo 8

a) Procurou observar os limites da razão humana.


b) Revolucionou a Filosofia, demonstrando que nós não podemos conhecer o mundo real-
mente como é, mas conhecemos teoricamente apenas fenômenos.
c) Demonstrou que não é pela razão que podemos provar a existência de Deus, mas pelo
desejo do bem dentro de nós.

2 3

7
4
6

2. Cada filósofo procurou refletir criticamente sobre a ação dos homens e seus conhecimentos
em seu tempo. Sobre que assuntos você considera que vale a pena refletir? Complete o quadro
apontando ações humanas e conhecimentos.

Ações Conhecimentos

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Ações Conhecimentos

VOCÊ APRENDEU?

1. Quais são as principais características da Filosofia Antiga?

2. Por que a técnica, ou a evolução da tecnologia, é um tema tratado pela Filosofia Contem-
porânea?

3. Destaque a preocupação central defendida pelo filósofo que você pesquisou durante esta Situa­
ção de Aprendizagem.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
ÁREAS DA FILOSOFIA

1. Debata com seus colegas e responda às seguintes questões:


a) Nós devemos confiar na ciência? Escreva três motivos que comprovem sua opinião.

b) Quem faz a ciência? Como se forma um cientista?

c) A ciência é importante? Por quê?

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Filosofia - 1a série - Volume 1

d) A ciência tem limites? Quais?

PESQUISA INDIVIDUAL

1. Pesquise na internet, em dicionários de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o


significado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada sua pesquisa, melhor.

• Política

• Ética

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Filosofia - 1a série - Volume 1

• Estética

• Filosofia da História

Leitura e Análise de Texto

“Epistemologia (também chamada Teoria da Ciência) é uma parte da Filosofia da


Ciência que concerne à natureza do conhecimento científico e seus grandes problemas:
Como e em que condições é possível conhecer? Existe a certeza absoluta do conhecimento?
Se existe, como e em que condições? Quais são as características do conhecimento dentre
as Ciências Naturais, as Ciências Humanas e as Ciências Formais?”
CLE – Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp.

“Antes de tudo, é preciso saber colocar problemas. O que quer que se diga da vida
científica, os problemas não se colocam por si. É precisamente esse sentido do problema
que dá a marca do verdadeiro espírito científico. Para um espírito científico, todo o
co­nhecimento é uma resposta a uma questão. Se não houve questão, não pode haver
conhe­ci­mento científico.”
BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico. 2. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

“Conhecer uma realidade é, no sentido usual da palavra ‘conhecer’, tomar conceitos


já feitos, dosá-los, e combiná-los em conjunto até que se encontre um equivalente prático
do real.”
BERGSON, Henri. O pensamento e o movente. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

1. Leia os textos apresentados, e discuta as seguintes questões:


a) O que é conhecer, segundo Bergson?

b) Como podemos conhecer cientificamente?

2. Com base no exemplo, procure responder o que é o ser de cada objeto. Responda às questões
criadas com base nas categorias de Aristóteles.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Quadro do programa Meta_Aristóteles


O que você quer saber o que é? Lápis
As quatro causas ou os

Qual a causa material?


O lápis é feito de madeira e grafite.
(De que é feito?)
fundamentos

Qual a causa formal? O lápis é cilíndrico e é pontiagudo em uma


(Qual a forma?) das extremidades.
Qual a causa eficiente, ou quem une a
O operador da máquina de fazer lápis.
forma com a matéria? (Quem fez?)
Qual a causa final? Para escrever e poder apagar depois, se for
(Por que foi feito?) necessário.

Quadro do programa Meta_Aristóteles


O que você quer saber o que é? Eu mesmo
As quatro causas ou os

Qual a causa material?


(De que é feito?)
fundamentos

Qual a causa formal? (Qual a forma?)

Qual a causa eficiente, ou quem une a


forma com a matéria? (Quem fez?)

Qual a causa final? (Por que foi feito?)

Quadro do programa Meta_Aristóteles


O que você quer saber o que é? O amor
As quatro causas ou os

Qual a causa material?


(De que é feito?)
fundamentos

Qual a causa formal? (Qual a forma?)

Qual a causa eficiente, ou quem une a


forma com a matéria? (Quem fez?)

Qual a causa final? (Por que foi feito?)

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Quadro do programa Meta_Aristóteles


O que você quer saber o que é? O estudo
As quatro causas ou os

Qual a causa material?


(De que é feito?)
fundamentos

Qual a causa formal? (Qual a forma?)

Qual a causa eficiente, ou quem une a


forma com a matéria? (Quem fez?)

Qual a causa final? (Por que foi feito?)

3. Além das quatro causas, Aristóteles nos propõe pensar os seres ainda em outras categorias.
Obser­ve o exemplo e complete o quadro que se segue ao exemplo, propondo um ser para pensar
as categorias de Aristóteles.

É a síntese de
Ser Lápis (madeira e grafite, em forma de cilindro).
matéria e forma.

O lápis é vermelho e bonito, mas está difícil de


São as qualidades e
Qualidade apontar, porque a grafite não está bem centralizada e
os defeitos.
a ponta quebra a cada tentativa.

Quantos? Muito ou
Quantidade Pouco: apenas um.
pouco?

Como ele é em
Ele é mais comprido do que a borracha e escreve
Relação relação às outras
menos forte do que a caneta.
coisas?

Serve para desenhar, escrever ou apagar palavras e


Ação O que ele faz?
números.

Como ele se Ele se desgasta sendo apontado, pelo uso e pela


Passividade
desgasta? umidade, que pode apodrecê-lo.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Onde ele está? Em


que lugar fica, em Ele está na sala de aula, mas em geral podemos
Onde
geral, ou onde está encontrá-lo em papelarias, escritórios e casas.
agora?

Quando e quanto
Tempo Hoje.
tempo?

Posse O que ele possui? Possui borracha na extremidade.

Como ele está ou


Posição Deitado.
fica?

Ser É a síntese de matéria e forma.

São as qualidades e os
Qualidade
defeitos.

Quantidade Quantos? Muito ou pouco?

Como ele é em relação às


Relação
outras coisas?

Ação O que ele faz?


Passividade Como ele se desgasta?
Onde ele está? Em que lugar
Onde fica, em geral, ou onde está
agora?
Tempo Quando e quanto tempo?

Posse O que ele possui?

Posição Como ele está ou fica?

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Ser É a síntese de matéria e forma.

São as qualidades e os
Qualidade
defeitos.

Quantidade Quantos? Muito ou pouco?

Como ele é em relação às


Relação
outras coisas?

Ação O que ele faz?

Passividade Como ele se desgasta?

Onde ele está? Em que lugar


Onde fica, em geral, ou onde está
agora?

Tempo Quando e quanto tempo?

Posse O que ele possui?

Posição Como ele está ou fica?

4. Considerando a premissa: “Todas as estrelas do quadro têm cinco pontas”, marque com X as
afirmações que desobedecem a alguns destes princípios: ao princípio da identidade, ao princí-
pio da não contradição e ao princípio do terceiro excluído.

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Filosofia - 1a série - Volume 1

contradição

do terceiro
identidade
Princípio

Princípio

Princípio

excluído
da não
Outras afirmações a respeito da premissa

da
Todas as estrelas acima não têm cinco pontas.

Todas as estrelas do quadro acima às vezes têm e às


vezes não têm cinco pontas.
Todas as estrelas do quadro acima não são iguais a
elas mesmas.

a) Premissa: Todas as estrelas apresentadas são amarelas.

Todas as estrelas acima não são amarelas.


Todas as estrelas acima já foram azuis.
As estrelas acima são diferentes delas mesmas.

5. Dada a seguinte premissa: “No quadro a seguir, todas as setas estão apontadas para baixo”, o
que não é permitido deduzir disso?

a) Que no quadro não há setas apontadas para o lado direito.

b) Que no quadro não há setas apontadas para cima.

c) Que no quadro pode ser que haja apenas uma seta apontada para a esquerda.

d) Que no quadro não há setas fora do quadro.

e) Que no quadro as setas são verdes.

VOCÊ APRENDEU?

1. Siga as pistas para desvendar as palavras escondidas no caça-palavras.


38
Filosofia - 1a série - Volume 1

a) Área da Filosofia que procura pensar as ciências.

b) Área da Filosofia que procura estudar o conhecimento e ação do homem em relação às suas
atitudes.

c) Área da Filosofia que investiga a legitimidade do poder e do convívio humano.

d) Por meio da __________________ temos as regras do pensamento.

A L M G E U J A D J F A L K S J U E R W G O U D L F F J P L J

F S E R L S E P I S T E M O L O G I A D J F L K A S S D O I L

S A K D D D J B A F S G T U W M E N I P F S A L D U U J L S D

F P E N S A M E N T O D E I X Q R Y P O L I T I C A R A I A L

L O G I C A S L Ç Q W Q Y 0 9 S D L E E R C Q Y G E E R T R Y

W R E L F F G O Y T T A P O W Q W E O J E I I S 8 Q Q S I A A

F A M I E T I C A I G O S S A O A D A A R T E A S D D F C V V

F D S F A S D F S A S S D F A S D B N G B E H K G K K A A V E

2. Apresente as quatro causas da metafísica de Aristóteles e explique o que significam.

PARA SABER MAIS

• Onfray, Michel. Contra-história da Filosofia. Tradução Mônica Stahel. São Paulo: Martins
Fontes, 2008. (As sabedorias antigas, vol. 1; O cristianismo hedonista, vol. 2). Livros muito
in­teressantes que mostram a História da Filosofia Antiga de uma forma inovadora. Vale a
pena lê-los para ficarmos inteirados de novas formas de pensar nossa relação com o mundo.
39
Filosofia - 1a série - Volume 1

• GAArDEr, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das letras, 1995. A história
da Filosofia contada para os jovens. Vale a pena seguir os passos da adolescente Sofia em
um mundo absolutamente novo para ela. um livro que também nos deixa fascinados.
• CHAui, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1994. O livro possibilita ao
leitor ter acesso ao raciocínio filosófico de forma clara e contextualiza. Aborda desde o
nascimento da filosofia até os seus principais temas, como a razão, a verdade, o conheci-
mento, a lógica, a ética e a moral. Traz a discussão de temas importantes, como cultura,
política e democracia.

Biografias dos filósofos


Sempre que o professor apresentar um filósofo, você poderá escrever a respeito dele neste espaço.
Aqui já se encontram alguns deles, fundamentais para a compreensão dos conceitos que aparecem neste
Caderno. Não se esqueça de que não há nada de divino ou espiritual nesses conceitos. Eles foram elabo-
rados por pessoas parecidas com cada um de nós, mas que ficaram famosas por expor seus pensamentos
a respeito do mundo. Muitos filósofos tiveram uma vida engraçada, cheia de costumes estranhos, como
todo mundo, mas cada um, à sua maneira, nos ajuda a ter uma vida mais plena. Você também pode
adiantar as aulas, procurando saber mais sobre eles. Que tal uma pesquisa por conta própria?

Sócrates
© Hulton Archive/Getty images

Vida

Principais ideias

Principais escritos

40
Filosofia - 1a série - Volume 1

Platão
© CCi Arquives/SPl-latinstock

Vida

Principais ideias

Principais escritos

41
Filosofia - 1a série - Volume 1

Aristóteles
© Picture Post/Getty images

Vida

Principais ideias

Principais escritos

John Locke
© Sheila Terry/SPl-latinstock

Vida

Principais ideias

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Principais escritos

David Hume
© Album/Akg-images–latinstock

Vida

Principais ideias

Principais escritos

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Immanuel Kant
© Album/akg-images–latinstock

Vida

Principais ideias

Principais escritos

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Indicação do professor
Vida
Cole aqui
a imagem

Principais ideias

Principais escritos

Indicação do professor
Vida
Cole aqui
a imagem

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Principais ideias

Principais escritos

Meu vocabulário filosófico

46
Filosofia - 1a série - Volume 1

Meu vocabulário filosófico

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Filosofia - 1a série - Volume 1

Meu vocabulário filosófico

48
Caro(a) aluno(a),

Neste Caderno você terá a oportunidade de ampliar seu repertório intelectual


a partir da compreensão de vários fenômenos humanos abordados pela reflexão
filosófica.
As diferentes perspectivas de cada um dos filósofos apresentados nas Situações
de Aprendizagem têm o objetivo de proporcionar alguns pontos de vista sobre temas
que envolvem nosso cotidiano. A variedade temática mostra como a Filosofia se dis-
tingue da ciência, da religião e da arte e, ao mesmo tempo, encontra nessas formas
de conhecimento a manutenção do seu exercício.
Vinculados à tradição filosófica, os temas são apresentados por meio de uma
criteriosa seleção de textos, o que possibilita uma revisão do repertório cultural e
filosófico já produzido e, assim, um olhar mais elaborado sobre o mundo contem-
porâneo.
Neste Volume procuramos também vincular a tradição filosófica a temas como
ciência, religião, cultura e arte. Assim, você terá a oportunidade de entender as
questões da produção científica e de seus fundamentos para que possa conhecer o
homem e o mundo. Adentrará nos domínios do sagrado e terá a chance de entender
como a religião é um aspecto fértil da cultura para discutir diferenças e semelhan-
ças, e exercitar o entendimento de diferentes modos de pensar, agir e sentir do que
você pode estar acostumado.
Nesse caminho do exercício em relação ao diferente e a suas manifestações, você
entrará em contato com a dimensão simbólica da cultura e da condição estética e
existencial do homem.
A diversidade dos assuntos abordados neste Caderno atende à necessidade co-
mum de ler, interpretar e dar significado ao mundo que nos rodeia. É nesse mundo
rico de possibilidades que devemos aprender a viver, conviver e cotidianamente
valorizar a diversidade.

Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP


Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Equipe Técnica de Ciências Humanas
Filosofia - 1a série - Volume 2

?
! SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Para começo de conversa

PESQUISA INDIVIDUAL

Para estudar os temas deste Caderno, é importante começar com uma pesquisa sobre o significado
de algumas palavras. Pesquise na internet, em dicionários de Filosofia, na biblioteca da escola
ou da sua cidade o significado dos termos relacionados a seguir. Quanto mais aprofundada sua
pesquisa, melhor.
a) Ciência:

b) Termo científico:

c) Hipótese:

d) Tese:

e) Indução:

3
Filosofia - 1a série - Volume 2

f ) Dedução:

Exercícios

1. Qual é a diferença entre os dois blocos de informações apresentados no quadro a seguir?

Bloco 1 Bloco 2
Todos os homens vivos respiram. Meu irmão respira.
Meu irmão é um homem vivo. Meu irmão é um homem vivo.

Portanto, meu irmão respira. Portanto, todos os homens vivos respiram.

2. Apresente um exemplo de seu cotidiano no qual você pode utilizar dedução e indução.

4
Filosofia - 1a série - Volume 2

3. O quadro a seguir apresenta um exemplo de indução e dedução.

Indução, ou dados obtidos O livro de Matemática


a partir de experiências tem exercícios com frações.

Criação da lei ou teoria Exercícios com frações são difíceis.

Logo, os livros de Matemática são difíceis,


Exercício de dedução
porque têm exercícios com frações.

Com base no exemplo, complete os quadros seguintes com novos exemplos de indução e
dedução.

Indução, ou dados
obtidos a partir de
experiências

Criação da lei ou
teoria

Exercício de
dedução

Indução, ou dados
obtidos a partir de
experiências

Criação da lei ou
teoria

Exercício de
dedução

5
Filosofia - 1a série - Volume 2

Indução, ou dados
obtidos a partir de
experiências

Criação da lei ou
teoria

Exercício de
dedução

Desafio!
A seguir, serão apresentados testes de concursos públicos que se utilizam do raciocínio
lógico como forma de seleção de candidatos. Você aceita o desafio de resolvê-los?

1. (Prefeitura Municipal de Pacajus/2007) – cargo de fisioterapeuta – Se Carlos é mais velho


do que Pedro, então Maria e Júlia têm a mesma idade. Se Maria e Júlia têm a mesma idade,
então João é mais moço do que Pedro. Se João é mais moço do que Pedro, então Carlos é mais
velho do que Maria. Ora, Carlos não é mais velho do que Maria. Então,
a) Carlos não é mais velho do que Júlia, e João é mais moço do que Pedro.
b) Carlos é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia têm a mesma idade.
c) Carlos e João são mais moços do que Pedro.
d) Carlos é mais velho do que Pedro, e João é mais moço do que Pedro.
e) Carlos não é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia não têm a mesma idade.
IEPRO – Instituto de Estudos, Pesquisas e Projetos da UECE. Disponível em: <http://www.iepro.org.br/concurso/provas/fisioterapeuta.pdf>.

2. (Fundação Carlos Chagas/2006) – Uma turma de alunos de um curso de Direito reuniu-se em um


restaurante para um jantar de confraternização e coube a Francisco receber de cada um a quantia
a ser paga pela participação. Desconfiado que Augusto, Berenice e Carlota não tinham pagado as
suas respectivas partes, Francisco conversou com os três e obteve os seguintes depoimentos:
• Augusto: “Não é verdade que Berenice pagou ou Carlota não pagou”.
• Berenice: “Se Carlota pagou, então Augusto também pagou”.
• Carlota: “Eu paguei, mas sei que pelo menos um dos dois outros não pagou”.
6
Filosofia - 1a série - Volume 2

Considerando que os três falaram a verdade, é correto afirmar que:


a) apenas Berenice não pagou a sua parte.
b) apenas Carlota não pagou a sua parte.
c) Augusto e Carlota não pagaram suas partes.
d) Berenice e Carlota pagaram suas partes.
e) os três pagaram suas partes.

3. (Nossa Caixa Nosso Banco – Vunesp/2002) – Todo torcedor do time A é fanático. Existem
torcedores do time B que são fanáticos. Marcos torce pelo time A e Paulo é fanático. Pode-se,
então, afirmar que:
a) Marcos é fanático e Paulo torce pelo time A.
b) Marcos é fanático e Paulo torce pelo time B.
c) Marcos também torce pelo time B e Paulo torce pelo time A.
d) Marcos também torce pelo time B e o time de Paulo pode não ser A nem B.
e) Marcos é fanático e o time de Paulo pode não ser A nem B.

Leitura e Análise de Texto

A ciência é uma atividade racional e, por isso, vale-se das regras da lógica para fun-
damentar seus conhecimentos. No entanto, a indução não parte das regras lógicas para se
legitimar. Ela parte da experiência. Vejamos como David Hume propõe o problema:
Parte II
“[...]
28. Mas nós ainda não atingimos algo minimamente satisfatório com relação à questão
primeiramente proposta. Cada solução ainda levanta uma nova questão tão difícil quanto
a que a precede, e nos leva a mais questionamentos. Quando se pergunta, Qual a natureza
de todos nossos argumentos com relação a fatos reais? a resposta adequada parece ser a que eles
são baseados na relação de causa e efeito. Quando novamente se pergunta, Qual a funda-
mentação de todos os nossos argumentos e conclusões referentes a tal relação? pode-se responder
em uma só palavra: Experiência. Mas se ainda quisermos dar continuidade a nosso humor
investigativo, e perguntarmos Qual a fundamentação de todas as conclusões baseadas na expe-
riência? isso implicaria uma nova questão, que pode ser de mais difícil solução e explicação.
Filósofos, que se dão ares de sabedoria e suficiência superiores, têm uma árdua tarefa quando
encontram pessoas com disposição investigativa, que os empurram para fora de todos os
cantos em que se recolhem, e que certamente trazem a eles algum dilema perigoso. O
7
Filosofia - 1a série - Volume 2

melhor expediente para prevenir essa confusão é sermos modestos em nossas pretensões;
e até mesmo descobrir a dificuldade nós mesmos antes de esta nos ser direcionada. Desse
modo, podemos fazer de nossa ignorância uma espécie de mérito.”
HUME, David. Ensaio sobre o entendimento humano. Tradução Maria Eloisa Pires Tavares. Disponível em:
<http://gutenberg.org/dirs/etext06/7echu10.txt>. Acesso em: 13 nov. 2009.

1. Sublinhe no texto as palavras que você desconhece. Depois, investigue uma por uma e coloque
os significados na seção Meu vocabulário filosófico, disponível no final deste Caderno.

2. Com base no texto, responda às questões:


a) Qual é a natureza de todos os nossos raciocínios sobre os fatos, segundo Hume?

b) De acordo com Hume, qual é o fundamento de todos os nossos raciocínios e conclusões


sobre a relação de causa e efeito?

3. Por que Hume vê um problema na fundamentação das conclusões por meio da observação da
experiência?

Exercícios
1. Veja um exemplo dado por Bertrand Russell, e adaptado por nós, sobre a indução.

Certo peru foi alimentado durante um ano às 9 horas (dado).


Ele criou, então, uma lei: sou alimentado todos os dias às 9 horas (teoria).
Amanhã, às 9 horas, serei alimentado (previsão).
No entanto, houve um problema com a previsão do peru, pois, no dia seguinte à sua
previsão, ele foi degolado, porque era véspera de Natal e ele seria servido na ceia.

8
Filosofia - 1a série - Volume 2

Por que a previsão do peru falhou? Leis e teorias são questionáveis ou, ao contrário, são verdades
absolutas?

2. Afirma-se, constantemente, que da observação das experiências tiramos os conhecimentos. Mas


será que cada um de nós observa da mesma maneira? Será que nossa visão, nossa audição, nosso
paladar, nosso tato e nosso olfato são iguais aos dos outros seres humanos? As pessoas podem
observar uma mesma situação de modos diferentes. Analise as seguintes imagens e responda à
questão: Quais os limites da observação?

© SPL-Latinstock
© Album/akg-images-Latinstock

© SPL-Latinstock
Plano ou profundo? Há Estático ou em movimento? O chão ou o teto?
um corte na imagem?
© SPL-Latinstock

© David Parker/SPL-Latinstock

Vertical ou horizontal? Plano ou ondulado?

9
Filosofia - 1a série - Volume 2

PESQUISA EM GRUPO

Em grupo, observe pequenos fenômenos na sala de aula. Depois, anote essas observações, tais
como “o sol atravessa o vidro e aquece a carteira”, procurando perceber as relações que acompanham
essa afirmação. Por exemplo, o sol é quente e emite calor; o vidro é transparente e permite a passagem
de calor e de luz; a carteira recebe calor e fica aquecida. Essas hipóteses são um exemplo de como ela-
boramos conceitos. Elaboramos conceitos interpretando informações e as relacionando umas com as
outras. Nessa perspectiva, podemos dizer que a Ciência também contempla interpretação.
Você deverá chegar a um resultado semelhante ao do quadro seguinte.

Observação: O sol atravessa o vidro e aquece a carteira.

Hipótese 1: O sol é quente e emite raios de calor.

Hipótese 2: O vidro é transparente e permite a passagem de calor e luz.

Hipótese 3: A carteira recebe calor e fica aquecida.

Com base no quadro anterior, complete os quadros seguintes com novas proposições a respeito
de fenômenos observados no espaço da escola.

Observação:

Hipótese 1:

Hipótese 2:

Hipótese 3:

10
Filosofia - 1a série - Volume 2

Observação:

Hipótese 1:

Hipótese 2:

Hipótese 3:

Observação:

Hipótese 1:

Hipótese 2:

Hipótese 3:

Exercícios
1. De acordo com as explicações de seu professor, escreva ao lado das imagens, os critérios para
uma boa teoria científica segundo Karl Popper.
© Patrícia Paulozi/Maps World

11
Filosofia - 1a série - Volume 2

2. Observe o modelo:

Hipótese:
© Patrícia Paulozi/Maps World

Se eu soltar esta borracha, ela cairá no chão e rolará para a


esquerda.
Falsificações possíveis:
Se soltar esta borracha, ela não cairá no chão nem rolará
para qualquer lado.
Se soltar esta borracha, ela cairá para cima.
Se soltar esta borracha, ela cairá para a parede.
Se soltar esta borracha, ela ficará suspensa no ar.
Se soltar esta borracha, ela cairá no chão e rolará para a
direita.
Se soltar esta borracha, ela cairá no chão e rolará para cima.
Se soltar esta borracha, ela cairá no chão e rolará para baixo.
Se soltar esta borracha, ela cairá no chão e não rolará.
Se soltar esta borracha, ela cairá no chão e desaparecerá.

Agora, proceda da mesma forma, criando suas hipóteses e, para cada uma delas, cinco falsifica-
ções possíveis:

Hipótese:
Falsificações possíveis:

Hipótese:
Falsificações possíveis:

12
Filosofia - 1a série - Volume 2

Hipótese:
Falsificações possíveis:

VOCÊ APRENDEU?

1. Assinale a frase que não falsearia a seguinte lei de Newton: “Todo corpo continua em seu
estado de repouso, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre
ele”.
a) Uma bola (corpo) está parada no meio de campo e, ao ser chutada pelo zagueiro (forças
aplicadas), foi parar na área adversária.
b) Uma folha de papel (corpo) ficou imóvel sobre a mesa, mesmo recebendo uma forte venta­
nia (forças aplicadas).
c) O carrinho de supermercado (corpo) começa a se mover, sem nenhum tipo de força que o
fizesse sair do lugar.
d) O carro na garagem de casa (corpo) não se moveu, mesmo quando foi puxado por um
potente guincho (forças aplicadas), por meio de uma corda, compatível com sua massa.
e) O aparelho celular (corpo) ficou suspenso no ar ao ser atirado (forças aplicadas) no chão.
2. Segundo a ordem do desenvolvimento da ciência proposta por Thomas Kuhn, enumere se-
quencialmente:

( ) Crise
( ) Ciência normal
13
Filosofia - 1a série - Volume 2

( ) Revolução científica
( ) Nova ciência normal
( ) Pré-ciência

3. Assinale a frase que não diz respeito ao conceito de paradigma de Thomas Kuhn.

a) Paradigma é o modelo da ciência normal.

b) A ciência normal é determinada forma histórica de fazer ciência. Esta forma de fazer ou
pensar a ciência é o paradigma.

c) A anomalia ocorre quando um paradigma não consegue explicar alguns fenômenos.

d) A partir das anomalias, inicia-se uma crítica do paradigma científico e, com isso, é possível
a ocorrência de uma revolução científica.

e) Cada cientista tem um paradigma particular e pessoal, que nunca partilha com outro cientista.

PARA SABER MAIS

Sites

• SOCIEDADE BRASILEIRA para o Progresso da Ciência (SBPC). Disponível em:


<http://www.sbpcnet.org.br>. Acesso em: 13 nov. 2009. Nele você encontra aspectos
e debates da ciência feita no Brasil. Acompanhe-os também pelos sites das melhores
universidades do Brasil e das seguintes instituições que apoiam a ciência:

• CONSELHO NACIONAL de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


Disponível em: <http://www.cnpq.br>. Acesso em: 13 nov. 2009.

• COORDENAÇÃO de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Dis­


ponível em: <http://capes.gov.br>. Acesso em: 13 nov. 2009.

• FUNDAÇÃO de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Dis­ponível em:


<http://www.fapesp.br>. Acesso em: 13 nov. 2009.

• SCIENTIFIC Electronic Library Online (SciELO). Disponível em: <http://www.


scielo.br>. Acesso em: 13 nov. 2009.

14
Filosofia - 1a série - Volume 2

?
! SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DA RELIGIÃO – DEUS E A RAZÃO

Apresentaremos, nesta Situação de Aprendizagem, o uso da racionalidade relacionada à existên-


cia de Deus. Seria possível conhecer Deus sob o ponto de vista da razão? Como a razão pode saber
sobre a existência de Deus? Há limites?

PESQUISA INDIVIDUAL

Pesquise na internet, em dicionários de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o


significado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada sua pesquisa, melhor.
a) Fé e razão:

b) Tolerância:

c) Religião:

d) Alteridade:

Debate
Debata com seus colegas as questões a seguir. Não se esqueça de anotar a sua opinião e a deles.
15
Filosofia - 1a série - Volume 2

Como podemos provar racionalmente que existe Deus?


Nome dos colegas Resposta de cada colega

Qual a diferença entre pensar e sentir?


Nome dos colegas Resposta de cada colega

Muitos ateus, espíritas, católicos, evangélicos, budistas, hinduístas, muçulmanos e mem-


bros de cultos afro-brasileiros morreram e mataram por causa de sua fé, mas muitos deles
lutaram e lutam para que seja respeitada a liberdade religiosa dos outros. Como podemos
valorizar a religião dos outros, mesmo quando somos membros de outra religião?
Nome dos colegas Resposta de cada colega

16
Filosofia - 1a série - Volume 2

Leitura e Análise de Texto

Uniformidade e diferença
“Existem certas ideias de uniformidade que algumas vezes ocorrem aos gênios, [...]
mas que infalivelmente causam grande impressão às pequenas almas. Estas descobrem no
interior de tais ideias uma espécie de perfeição; porque é quase impossível não vê-la: os
mesmos pesos, as mesmas medidas no comércio; as mesmas leis do Estado, a mesma reli-
gião em toda parte. Mas será isso sempre verdadeiro, sem exceções? Será o mal da mudança
constante menor que o do sofrimento? E a grandeza de um gênio não consiste, precisamen-
te, em distinguir entre os casos em que a uniformidade é um requisito, e aqueles em que
há necessidade de diferenças?”
MONTESQUIEU, Charles-Louis de Secondat. O espírito das leis. Tradução Maria Eloisa Pires Tavares.
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=3906>. Acesso em: 13 nov. 2009.

Observando nossa sociedade, o que é preciso uniformizar e o que é preciso manter e respeitar
quando se trata de diferenças culturais?

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Filosofia - 1a série - Volume 2

Exercícios
Com base nas explicações de seu professor, responda:
1. Segundo Kant, quais são as provas da existência de Deus?

2. Por que a existência de Deus não pode ser provada teoricamente pela razão, segundo Kant?

PESQUISA INDIVIDUAL

Pesquise informações sobre uma religião diferente da que você professa ou sobre os argumentos
de quem não acredita em nenhuma divindade. Procure dados, entrevistando pessoas e pesqui-
sando em livros ou sites. Em seguida, responda:
1. Sobre qual religião pesquisou?

2. O que você aprendeu com essa pesquisa sobre a religião?

18
Filosofia - 1a série - Volume 2

3. O que mais chamou a sua atenção na religião pesquisada?

4. Cole ou desenhe imagens ou símbolos que você considera representativos da religião pesquisada.

19
Filosofia - 1a série - Volume 2

5. Depois da pesquisa, houve alguma mudança na sua concepção sobre a maneira como devemos
nos relacionar com pessoas de religiões diferentes da nossa? Argumente.

VOCÊ APRENDEU?

1. Por que Kant afirma que não podemos chegar à certeza da existência ou da não existência de
Deus a partir da razão? Assinale as alternativas que respondem a essa questão, segundo o pen-
samento do filósofo.
a) O homem é um ser que não consegue explicar teoricamente a existência de Deus. Deus
estaria fora e além das categorias humanas para a reflexão teórica, por isso não poderíamos
provar sua existência.
b) Quando vemos uma grande obra, pensamos que algo ou alguém a construiu. No entanto,
apenas podemos supor isso. A prova da existência de Deus, que se refere à causa inicial, não
pode ser uma prova; ela é a suposição de que algo ou alguém fez o mundo. Uma suposição
não é uma prova.
c) O homem não pode conhecer Deus, porque não dispõe de recursos tecnológicos para
fazê-lo.
d) Não se pode provar a existência de Deus, porque não há provas escritas deixadas sobre sua
vida.
e) Apesar de a racionalidade humana ser muito ampla, para Kant, Deus esconde-se dela nos
mistérios mais profundos e, por isso, o homem não pode provar sua existência.
20
Filosofia - 1a série - Volume 2

2. Como Kant justifica a existência de Deus?


a) Teoricamente não se demonstra a existência de Deus, portanto, não é possível provar a sua
existência.
b) Para provar a existência de Deus, Kant recorreu às provas da existência de Deus, como o
motor imóvel e a causa inicial, que são causas baseadas na experiência inicial.
c) Para Kant, a razão teórica não prova a existência de Deus. Mas, em termos práticos, no
campo da razão prática, é possível provar a existência de Deus.
d) Kant prova a existência de Deus a partir dos graus de perfeição do mundo. Induzimos,
então, que Deus existe porque ele é o grau máximo desse bem que vemos na Terra.
e) Kant não aceita as provas da existência de Deus, porque ele era ateu e não procurou de-
monstrar sua existência. Todo o seu trabalho foi construído para destruir a religião e provar
que as pessoas estariam melhor se não se preocupassem com os seus deveres.

21
Filosofia - 1a série - Volume 2

?
! SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DA CULTURA – MITO E CULTURA

Nesta Situação de Aprendizagem, vamos problematizar aspectos simbólicos e filosóficos da


cultura.

PESQUISA INDIVIDUAL

Pesquise na internet, em dicionários de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o


significado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada sua pesquisa, melhor.
a) Mito:

b) Cultura:

c) Linguagem:

d) Natureza:

22
Filosofia - 1a série - Volume 2

e) Determinismo:

Leitura e Análise de Texto

O banquete (o amor, o belo)


“[...] Quando nasceu Afrodite, banqueteavam-se os deuses, e entre os demais se en-
contrava também o filho de Prudência, Recurso. Depois que acabaram de jantar, veio para
esmolar do festim a Pobreza, e ficou pela porta. Ora, Recurso, embriagado com o néctar
– pois vinho ainda não havia – penetrou o jardim de Zeus e, pesado, adormeceu. Pobreza
então, tramando em sua falta de recurso engendrar um filho de Recurso, deita-se ao seu
lado e pronto concebe o Amor. Eis por que ficou companheiro e servo de Afrodite o Amor,
gerado em seu natalício, ao mesmo tempo que por natureza amante do belo, porque tam-
bém Afrodite é bela. E por ser filho, o Amor, de Recurso e de Pobreza foi esta a condição
em que ele ficou. Primeiramente ele é sempre pobre, e longe está de ser delicado e belo,
como a maioria imagina, mas é duro, seco, descalço e sem lar, sempre por terra e sem forro,
deitando-se ao desabrigo, às portas e nos caminhos, porque tem a natureza da mãe, sempre
convivendo com a precisão. Segundo o pai, porém, ele é insidioso com o que é belo e bom,
e corajoso, decidido e enérgico, caçador terrível, sempre a tecer maquinações, ávido de
sabedoria e cheio de recursos, a filosofar por toda a vida, terrível mago, feiticeiro, sofista: e
nem imortal é a sua natureza nem mortal, e no mesmo dia ora ele germina e vive, quando
enriquece; ora morre e de novo ressuscita, graças à natureza do pai; e o que consegue sem-
pre lhe escapa, de modo que nem empobrece o Amor nem enriquece, assim como também
está no meio da sabedoria e da ignorância. Eis com efeito o que se dá. [...]” (p. 21).
PLATÃO. O banquete (o amor, o belo). Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2279>. Acesso em: 13 nov. 2009.

1. Destaque no texto as palavras das quais você não sabe o significado. Depois investigue uma por
uma e coloque os significados na seção Meu vocabulário filosófico, disponível no final deste
Caderno.
2. Com base no texto apresentado e nas explicações do professor, explique o que é um mito.

23
Filosofia - 1a série - Volume 2

3. Escreva sobre um mito que você conheça. Se preferir, pesquise algum.

4. Os símbolos são partilhados por várias pessoas, mas também podem ser muito pessoais, e o
mesmo acontece com os significados. Lembre-se de que o signo é a representação aos nossos
sentidos de algo que existe: pode ser uma imagem, um som, um cheiro, um sabor, um gesto,
uma temperatura, uma dança. O significado é o “conteúdo” desse signo, a ideia que está por
trás daquilo que se apresenta para as pessoas ou para si mesmo. Complete o quadro a seguir,
escrevendo o significado ou desenhando um signo.

Signo Significados Signo Significados

Algo legal.

24
Filosofia - 1a série - Volume 2

Signo Significados Signo Significados

Tristeza, dor,
sofrimento.

Carinho, afeto.

Vitória, conquista.

Trabalho em
equipe.

© Patrícia Paulozi/
Maps World

Amizade,
companheirismo.

Romântico,
galanteador.
© Patrícia Paulozi/
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Proibido pescar.
© Patrícia Paulozi/
Maps World

Viagem, passeio.

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LIÇÃO DE CASA

1. Qual a relação entre cultura e natureza?

2. Qual é o papel do Estado em relação à cultura? Exemplifique.

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Leitura e Análise de Texto

“[...] Efetivamente, é fácil ver que, entre as diferenças que distinguem os homens, mui-
tas passam por naturais, quando são, unicamente, a obra do hábito e dos diversos gêneros
de vida adotados pelos homens na sociedade. Assim, um temperamento robusto ou delicado,
a força ou a fraqueza que disso dependem vêm muitas vezes mais da maneira dura ou
efeminada pela qual foi educado do que da constituição primitiva dos corpos. Acontece o
mesmo com as forças do espírito, e a educação não só estabelece diferença entre os espíritos
cultivados e os que não o são, como aumenta a que se acha entre os primeiros à proporção
da cultura; com efeito, quando um gigante e um anão marcham na mesma estrada, cada
passo representa nova vantagem para o gigante. Ora, se se comparar a diversidade prodi-
giosa do estado civil com a simplicidade e a uniformidade da vida animal e selvagem, em
que todos se nutrem dos mesmos alimentos, vivem da mesma maneira e fazem exatamente
as mesmas coisas, compreender-se-á quanto a diferença de homem para homem deve ser
menor no estado de natureza do que no de sociedade; e quanto a desigualdade natural deve
aumentar na espécie humana pela desigualdade de instituição. [...]”
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. Disponível em:
<www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?
select_action=&co_obra=2284>. Acesso em: 13 nov. 2009.

1. Sublinhe no texto as palavras que você desconhece. Depois, investigue uma por uma e coloque
os significados na seção Meu vocabulário filosófico, disponível no final deste Caderno.

2. Para Rousseau, qual é a importância da educação?

3. Qual a sua atitude pessoal em relação à educação?

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Leitura e Análise de Texto

“Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como
centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nos-
sos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto
como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de
estranheza, medo, hostilidade etc. Perguntar sobre o que é etnocentrismo é, pois, indagar
sobre um fenômeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais quanto
elementos emocionais e afetivos. No etnocentrismo, estes dois planos do espírito humano
– sentimento e pensamento – vão juntos compondo um fenômeno não apenas fortemente
arraigado na história das sociedades como também facilmente encontrável no dia a dia das
nossas vidas.”
ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1988.
(Coleção Primeiros Passos). <http://editorabrasiliense.com.br>

Como podemos perceber o etnocentrismo em nosso dia a dia?

VOCÊ APRENDEU?

1. O que é relativismo cultural? Selecione a resposta correta.

a) Ensinar aos outros que a melhor cultura é a nossa. Dessa maneira, eles aprenderão e acei-
tarão nossos valores, porque estes são superiores a todos os outros.
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b) Perceber o que há de bom na cultura dos outros e destruir o que é ruim.


c) Olhar os outros sabendo que nosso juízo está submetido aos nossos valores.
d) Ignorar as pessoas que nós não entendemos.
e) Saber separar, de acordo com nossos valores, o que é ruim ou bom nas outras culturas e
aceitar apenas aquilo que valorizamos.

2. Qual das frases a seguir apresenta um exemplo de alteridade?

a) Não há nada naquele país que me interesse.


b) Eu aprendi, com nossas diferenças, quanto tenho de crescer.
c) Não gosto de pessoas roqueiras.
d) Pessoas tatuadas são assustadoras.
e) Homem não chora.

3. Segundo Cassirer, o homem é um ser simbólico porque:

a) gosta de desenhar.
b) tem uma compreensão intuitiva do mundo.
c) compreende o mundo e os outros, por meio de símbolos, ritos, gestos, mitos e religião.
d) quer ver tudo mais bonito, razão que o levou a desenvolver a arte.
e) consegue descrever a realidade apenas a observando.

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! SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
Introdução à Filosofia da Arte – Nietzsche

Nesta Situação de Aprendizagem, vamos discutir, acompanhando Nietzsche, a formação do


pensamento estético, relacionando-o com a mitologia e a cultura.

PESQUISA INDIVIDUAL

1. Pesquise na internet, em dicionários de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o


significado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada a sua pesquisa, melhor.
a) Dionísio:

b) Apolo:

c) Estética:

d) Arte:

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Filosofia - 1a série - Volume 2

Exercício
Para pensar a arte, Nietzsche recorreu à mitologia da religião grega antiga, principalmente aos
deuses Dionísio (o deus do vinho e do prazer) e Apolo (o deus da perfeição, da cura e do Sol).
De acordo com as orientações do professor, complete os quadros a seguir com as características
do dionisíaco e do apolíneo.

Dionisíaco

Apolíneo

PESQUISA INDIVIDUAL

Faça uma pesquisa sobre as artes apresentadas nos quadros a seguir, e responda às questões. Siga
primeiramente as orientações do professor.
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Filosofia - 1a série - Volume 2

No cinema: nomes dos filmes encontrados em sua pesquisa.

Características dionisíacas e/ou apolíneas observadas por você nesses filmes.

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Na fotografia: cole aqui as fotos pesquisadas.

Características dionisíacas e/ou apolíneas observadas por você nessas fotos.

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Na dança: espetáculos pesquisados.

Características dionisíacas e/ou apolíneas observadas por você nesses espetáculos.

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Na escultura: obras pesquisadas.

Características dionisíacas e/ou apolíneas observadas por você nessas esculturas.

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Na pintura: obras pesquisadas.

Características dionisíacas e/ou apolíneas observadas por você nessas pinturas.

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Na literatura: obras pesquisadas.

Características dionisíacas e/ou apolíneas observadas por você nessas obras.

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Na música: obras pesquisadas.

Características dionisíacas e/ou apolíneas observadas por você nessas músicas.

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Filosofia - 1a série - Volume 2

Biografias dos filósofos

Sempre que o professor apresentar um filósofo ou uma filósofa, você poderá escrever a respeito
desses pensadores neste espaço. Aqui já estão alguns filósofos que serão fundamentais para a com-
preensão dos conceitos trabalhados neste Caderno. Não se esqueça de que não há nada de divino
ou espiritual nesses conceitos. Eles foram elaborados por pessoas parecidas com cada um de nós,
mas, no entanto, ficaram famosas, porque resolveram pensar a respeito do mundo em que viveram.
Muitos filósofos tiveram uma vida engraçada, eram cheios de hábitos estranhos, como todo mun-
do, mas cada um, à sua maneira, ajuda-nos a ter uma vida mais plena. Você pode adiantar as aulas,
procurando saber mais sobre essas pessoas. Que tal uma pesquisa por conta própria?

Friedrich Nietzsche
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Vida:

Principais ideias:

Principais escritos :

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Montesquieu
Vida:

Cole aqui
uma imagem de
Montesquieu

Principais ideias:

Principais escritos:

Thomas Kuhn
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Vida:

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Principais ideias:

Principais escritos:

Karl Popper
© David Levenson/Getty Images

Vida:

Principais ideias:

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Filosofia - 1a série - Volume 2

Principais escritos:
© Album/akg-images–Latinstock

Ernst Cassirer
Vida:

Principais ideias:

Principais escritos:

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David Hume
© Bettmann/Corbis–Latinstock

Vida:

Principais ideias:

Principais escritos:

Outro filósofo indicado pelo professor

Vida:
Cole aqui
a imagem

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Principais ideias:

Principais escritos:

Meu vocabulário filosófico

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Meu vocabulário filosófico

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Meu vocabulário filosófico

Respostas do Desafio
• páginas 6 e 7
1–E 2–A 3–E

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