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Universidade Católica De Moçambique

Instituto de Educação a Distancia

Erosão do Solo e Mudanças Climáticas

Nome do estudante: Patrício Mariano Américo


Código: 708207170

Curso: Licenciatura em Ensino de Historia


Disciplina: Noções de Geografia Fisica
Ano de Frequência: 3º Ano
Docente: Ornelia Lhavane

Quelimane, aos 04 de Maio de 2022


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 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................5

2. Objetivos.................................................................................................................................6

2.1. Geral.....................................................................................................................................6

2.2. Específicos...........................................................................................................................6

3. Metodologia............................................................................................................................6

4. Noções Geografia física..........................................................................................................7

4.1. Erosão do solo......................................................................................................................7

4.1.1. Classificação da erosão.....................................................................................................8

4.1.2. Tipos de erosão.................................................................................................................8

5. Mudanças climáticas...............................................................................................................9

6. O solo....................................................................................................................................10

6.1. Composição do solo...........................................................................................................10

7. Medidas de Conservação do solo..........................................................................................10

8. Conclusão..............................................................................................................................14

Referencias bibliográficas.........................................................................................................15
1. Introdução

No presente trabalho em apreço sobre noções de geografia física onde abordar-se-á assuntos
relevantes a erosão do solo, mudanças climáticas e métodos de conservação do solo. É de
suma importância para aquilo que é o processo de ensino e aprendizagem, visto que estamos
num campo académico onde o conhecimento cresce com debate e analise critico, de salientar
que estou ciente que poderá haver espaços para críticas e elogios ou seja acréscimos para o
enriquecimento do tema durante a leitura e apresentação do trabalho.

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2. Objetivos

2.1. Geral

 Compreender no contexto geral as noções de geografia física.

2.2. Específicos

 Definir os conceitos de solo e mudanças climáticas;


 Descrever os métodos de conservação do solo;
 Identificar os métodos de conservação do solo

3. Metodologia

Para FONSECA (2002), métodos significa organização, e logos, estudo sistemático,


pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a
serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa que o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para
fazer uma pesquisa científica. Para a elaboração deste trabalho, foram usados os manuais
eletrónicos.

No que concerne ao estudo, o mesmo é fundamentado com base na pesquisa bibliográfica, a


partir da leitura de obras teóricas e artigos científicos, no qual, para garantir a confiabilidade
das obras consultadas estão todas citadas nas referências bibliográficas.

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4. Noções Geografia física

A Geografia Física é uma vertente voltada para a análise dos elementos naturais do
espaço terrestre. Ela aborda as características da Terra, sua dinâmica e elementos naturais, tais
como o clima, relevo, geologia, topografia, vegetação, hidrografia, entre outros.
É importante elucidar que a Geografia Humana e a Geografia Física estão diretamente
relacionadas, visto que os aspectos naturais influenciam os aspectos humanos e vice-versa.
Portanto, a junção dessas duas áreas de estudo é responsável pela análise da organização do
espaço geográfico, que é o principal objeto de estudo da Geografia. (Kämpf e Curi, 2012).

Essa divisão tem caráter exclusivo de facilitar as pesquisas dos usuários, e ela não
prejudicou a possibilidade de uma abordagem crítica sobre os temas. Sendo assim, essa seção
é composta por textos como a Biosfera, a forma da Terra, classificação do relevo, as estações
do ano, bacias hidrográficas, deriva continental, eclipse, El Niño, tipos de vegetação, entre
tantos outros.

4.1. Erosão do solo

Erosão é um processo natural de desgaste do solo, geralmente ocorrendo de áreas mais


altas para mais baixas. Pode ser agravada pelas ações do ser humano, como o desmatamento.
A erosão é, naturalmente, o principal processo modelador das formas de relevo e fator
contribuinte na formação dos solos agrícolas. A ação de desgaste da superfície consiste
basicamente das fases de arranjamento/desagregação, transferência/transporte de material e
sedimentação/deposição de partículas sólidas causadas por agentes erosivos externos, como
água, vento e/ou gravidade. Incrementa-se gradativamente com fatores como a declividade,
comprimento de rampa, erosividade da chuva, erodibilidade do solo, cobertura vegetal, uso e
manejo do solo, aumento da rugosidade na superfície, entre outros. (Kämpf e Curi, 2016).

Em alguns casos a erosão do solo pode ser controlada com técnicas menos invasivas
como, por exemplo, a implantação de uma vegetação pouco espessa e/ou através do
progressivo aumento das taxas de matéria orgânica ao solo. Potencialmente, a intensidade e
frequência das precipitações relacionadas ao surgimento de escoamento superficial do tipo
laminar e/ou concentrado (escoamento em sulcos e entressulcos) e a competência do fluxo de
água (tensão cisalhante) influenciam diretamente no desencadeamento do processo de erosão
hídrica em uma determinada área.

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Percebemos que o planeta é um ser vivo, mutável e que se modifica a cada momento.
Tudo que fazemos está interligado com essas mudanças. A erosão é um processo de
transformação ocorrido no exterior da crosta terrestre, sendo classificada no grupo de fatores
exógenos de modificação do relevo."

A ação da água da chuva e, mais especificamente, o impacto das gotas sobre o solo
(efeito splash) pode dar origem a um processo denominado erosão hídrica, caracterizado pela
ação de desagregação, transporte e deposição das partículas minerais e demais componentes a
elas aderidos, como defensivos e fertilizantes agrícolas, matéria orgânica, biota do solo,
sementes, entre outros materiais. De modo geral, quanto maior a intensidade e duração da
chuva, maior a probabilidade de que a capacidade de infiltração de água no solo seja superada
ou que este atinja o ponto de saturação mais rapidamente, dando origem a escoamentos
superficiais, com diferentes características de fluxo, tais como: laminar, linear (concentrado),
difuso e anastomosado.

4.1.1. Classificação da erosão

Segundo LUCENA, os processos erosivos, em algumas regiões da natureza, são


importantes para a dinâmica ambiental e renovação do solo, pois permitem a movimentação
de sedimentos para outras áreas, o que pode transportar sedimentos férteis e contribuir para o
progresso natural da localidade. Entretanto, algumas erosões prejudicam o ritmo da natureza,
pois não podem ser contidas em curto espaço de tempo. Para compreender melhor essas
peculiaridades das erosões, é importante entender como elas são classificadas, isto é, em
sulcos, ravinas e voçorocas. (p.99 2009.)

Esses tipos de erosões variam de acordo com sua intensidade e seu grau de
destruição/construção no solo. Em muitas ocasiões, esses três tipos de processos erosivos
podem ser encontrados a partir das erosões fluviais, pluviais e glaciais, mas podem coexistir
com outros processos.

Os sulcos erosivos são as estratificações deixadas no solo pela erosão fluvial. Em


algumas regiões, eles são conhecidos como os “caminhos” da água, sendo caracterizados por
pequenos buracos formados pela ação das enxurradas, mas são fáceis de serem recuperados."

4.1.2. Tipos de erosão

Classifica-se:

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 Quanto à origem: Geológica; Acelerada ou antrópica.
 Quanto ao agente: Água; Vento; T°C; Biológica.

Água: É o mais importante agente de erosão atuando através das chuvas, riachos e rios pelo
impacto ou carreamento do solo. As ondas também atuam erodindo as margens de da costa
litorânea, de lagos e rios.

Ventos: A ação dos ventos ocorre pela abrasão de partículas de rochas e solo em suspensão.

Mudanças de temperatura: Quando considerado como agente de erosão geológica é


perceptível somente quando se considera longo período de tempo, como por exemplo, as
fraturas geradas nas rochas. Estas fraturas tendem a ser superficiais nas variações de
temperatura entre o dia e noite, enquanto são mais profundas quando originadas das
alternâncias entre o verão e inverno.

Biológico: Alguma destruição pode ser causada por organismos tais como liquens e musgos
sobre as rochas. A erosão hídrica é constitui uma das principais formas de degradação dos
recursos naturais solo e água, constituindo-se em uma grande fonte de sedimentos de uma
bacia hidrográfica. Os impactos gerados por este processo ocorrem tanto na bacia onde os
sedimentos são gerados, quanto na rede de +drenagem, onde os sedimentos são depositados.

5. Mudanças climáticas

São alterações de longo prazo que afetam os padrões climáticos característicos de uma
região ou até mesmo do planeta. Alterações nesses padrões podem acentuar, por exemplo, a
ocorrência de tempestades, furações, invernos mais intensos, entre outros eventos climáticos.
A intensificação desses fenômenos naturais é extremamente danosa aos seres humanos e a
outros seres vivos.

Não podemos deixar de citar que as mudanças climáticas podem afetar negativamente
também a economia, prejudicando, por exemplo, o cultivo de várias espécies de valor
econômico. As mudanças climáticas observadas na atualidade apresentam, em grande parte,
influência das ações dos seres humanos, os quais liberam uma grande quantidade de gases de
efeito estufa, que são responsáveis pela intensificação do efeito estufa, um processo chamado
de aquecimento global.

De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a


mudança climática:
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“refere-se à mudança no estado do clima que pode ser identificada (por exemplo, usando
testes estatísticos) por mudanças na média e/ou na variabilidade de suas propriedades e que
persiste por um período prolongado, normalmente décadas ou mais. As mudanças climáticas
podem decorrer de processos naturais internos ou forças externas, como modulações dos
ciclos solares, erupções vulcânicas e mudanças antropogênicas persistentes na composição da
atmosfera ou no uso do solo.”

6. O solo

É a camada superficial da crosta terrestre, constituída por partículas minerais, matéria


orgânica, água, ar e organismos. É um recurso natural que se encontra à superfície da terra e
funciona como meio natural para o desenvolvimento dos seres vivos, incluindo o Homem.

O solo faz parte do ambiente e participa em processos ecológicos vitais para os seres
vivos e para a sociedade em geral. Sustenta a produção da biomassa para a alimentação
humana (agricultura) e animal, intervém na produção de madeira, fibras, bioenergia e outros.

O solo intervém no ciclo da água (armazenagem, drenagem e infiltração) e noutros


ciclos biológicos, geológicos e químicos como acumulador, filtro e transformador. Funciona
como reserva de biodiversidade, e como banco de genes, pois no solo existem milhares de
organismos ainda desconhecidos pelo Homem que são uma enorme reserva de património
genético.

6.1. Composição do solo

O solo é composto por quatro principais componentes:

 Minerais, obtidos pela desintegração e decomposição de rochas;


 Matéria orgânica, resultante da decomposição da vegetação, de animais e de
micróbios;
 Água;
 Gases.

7. Medidas de Conservação do solo

As medidas de conservação do solo podem ser agrícolas, mecânicas e culturais. As


técnicas agrícolas buscam a proteção do solo através de sistemas para o manejo de cultivos; as
mecânicas referem-se a obras de engenharia para canalizar as águas de escoamento, diminuir
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a velocidade da corrente e a carga de sedimentos, aumentar a infiltração e/ou controlar os
movimentos de massa; as técnicas culturais são sempre as mais econômicas e têm fácil
aceitação pelos produtores, devendo proceder em sua aplicação as práticas mecânicas somente
se necessário. Algumas destas técnicas são abordadas a seguir.

 O plantio direto

Plantio direto é um sistema que preconiza a mínima mobilização do solo. Nesse


sistema, também chamado de cultivo sem preparo ou semeio direto, o plantio ou a semeadura
são realizados em sulcos abertos sobre um terreno coberto com restos de cultura picada
(resteva), oriundos de colheitas realizadas anteriormente.

Para LUCENA, p.3 2009, Deve haver um bom controle de espécies invasoras para que
haja redução no uso de produtos, podendo-se recorrer à pulverização com herbicidas de
contato ou residuais. É importante salientar também que o solo onde será implantado o
sistema de plantio direto deve apresentar boa fertilidade, boa drenagem, não estar
compactado, estar limpo de espécies invasoras e não apresentar erosão. A resteva deve ser
bem picada para distribuição mais homogênea na superfície do solo.

Caso a área apresente declividade significativa, a associação com terraços se torna


necessária, já que mesmo com a presença de palhada pode haver escoamento da enxurrada em
solos com baixa rugosidade superficial e formação de sulcos de erosão. Nestas áreas, as linhas
de plantio direto devem ser em sentido transversal ao declive do terreno.

 A subsolagem

É uma técnica de rompimento da camada endurecida do solo que se forma de 15 cm a


80 cm de profundidade, constituindo lajes que se desenvolvem de baixo para cima e podem
inviabilizar o cultivo agrícola. O adensamento de camadas SUB superficiais do solo se dá em
função da textura, profundidade, cobertura vegetal e manejo do solo. Este processo de
entupimento dos poros e formação de lajes impermeáveis na subsuperfície tem na estrutura do
solo relevante papel nas condições de drenagem interna, contribuindo para maior ou menor
velocidade de infiltração da água através do perfil. O uso continuado do subsolador a uma
mesma profundidade pode gerar novos perfis de lajes endurecidas, e seu uso deve ser
criteriosamente planejado.

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Entende-se por calagem a incorporação ao solo de certos materiais, com o objetivo
principal de corrigir os fatores de acidez. A acidez, indicada pelo pH, representa a
concentração de íons de hidrogênio (H+) livres na solução (parte líquida) e adsorvidos à fase
sólida do solo. O pH é um indicador da qualidade biológico-físico-química do solo, na medida
em que quanto mais ácido for um solo, menor sua fertilidade natural e maior a probabilidade
de que este esteja adensado, compactado e sujeito à erosão.

De acordo com GALETI, p.34, 2016 Um solo pouco ácido e muito básico (alcalino)
também pode se constituir em uma situação não desejável, havendo grande perda (lixiviação)
de elementos nutritivos às plantas. A calagem busca melhorar as características do solo
aumentando a disponibilidade e assimilação do cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P) e
molibdênio (Mo) e diminuindo a solubilidade do alumínio (Al), ferro (Fe), e manganês (Mn),
que são elementos tóxicos à maioria das culturas agrícolas. A adição de calcário e a
consequente correção da acidez estimulam o desenvolvimento da vida microbiana do solo.
Entre os principais corretivos estão:

 calcário calcítico CaCO3 (menos de 5 % de MgO),


 calcário dolomítico CaCO(MgCO3)2 (mais de 12 % de MgO),
 calcário magnesiano CaO.MgO (entre 5 e 12 % de MgO),
 margas, cinzas e escórias de siderurgia.

 Uso de anteparos físicos

Para reduzir o efeito erosivo do vento sobre as espécies implantadas. Foram dispostas
esteiras de junco perpendiculares ao sentido do vento predominante, com a finalidade de
diminuir a velocidade do vento. Também foram utilizados fardos de resteva de soja e arroz,
aproveitando resíduos de lavoura no controle da erosão eólica. Cobertura do solo com
resíduos vegetais com o objetivo de controlar as oscilações térmicas que ocorrem em áreas
desprovidas de vegetação, denominados núcleos de arenização ou areais consolidados. A
técnica consistiu na cobertura do solo com resíduos orgânicos como folhas, galhos secos,
restos de lavoura, e sobre esta camada foi feito o plantio de mudas de espécies arbóreas, com
a finalidade de comparar o crescimento destas plantas a outras.

 Plantação de espécies florestais

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Com objetivo de estudar alternativas viáveis, capazes de amenizar os efeitos destrutivos
da erosão eólica em áreas desprovidas de vegetação. O plantio de mudas de espécies arbóreas
foi idealizado como uma maneira de buscar meios para substituir os anteparos físicos inertes
constituídos por barreiras vegetais, visando reduzir o custo para recuperação da área.

Admite-se, prioritariamente, que a proteção superficial do solo se constitui na melhor


forma de proteção às áreas em processo de arenização, ou em regiões sujeitas a processos de
degradação do solo. Dessa forma procede-se, inicialmente, ao isolamento da área, utilizando-
se de cercas de arame ou outro material resistente. A seguir, faz-se a introdução de mudas
florestais a partir do limite externo da área, em direção ao seu interior, formando renques
perpendiculares à direção do vento predominante. A cobertura do solo é feita mediante a
utilização, na superfície do solo, de restos de culturas, obstaculizando assim a ação direta dos
ventos, proporcionando uma fonte de matéria orgânica e o desenvolvimento de vegetação
nativa. Associado aos demais processos, faz-se o cultivo de pastagens, com a mesma
finalidade de proteger a superfície do solo e, consequentemente, promover sua recuperação.

A colocação de telas em uma secção perpendicular ao curso de água, no fundo do


canal, teve por objetivo permitir a passagem da água, mas impedir o fluxo de sedimentos. A
estrutura foi constituída por duas telas, uma delas com malha fina, sustentadas por estacas. De
caráter muito frágil, apresentaram maior custo e menor eficiência quando empregadas
isoladamente.

A utilização de barreiras vegetais, constituídas de ramos de árvores, folhas e galhos


entrelaçados, dispostos perpendicularmente ao curso de água, no fundo do canal, tinham a
mesma finalidade das telas. A diferença esteve embasada em seu menor custo (pois se utilizou
material facilmente encontrado na região) e maior eficiência se empregada juntamente com a
barreira de telas, aumentando o volume de sedimentação à montante, para posterior cultivo de
gramíneas. GALETI, (p.23, 2016)

As barreiras de pedras consistiram em agrupamentos de rochas em forma de


semicírculo, dispostas perpendicularmente ao canal de escoamento, de modo semelhante a
uma taipa. Demonstrou reduzida eficiência no controle do escoamento principal, porém, se
associado à técnica de barreira vegetal, podem ser utilizadas com bons resultados em ravinas
secundárias. Os diques de terra podem conter a ação da erosão hídrica com boa eficiência. A
terra é colocada de forma compactada ao longo da ravina, dentro do canal, reaproveitando-se
o material erodido do interior da ravina. A única desvantagem está no fato de necessitar uma
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mobilização grande de mão-de-obra, além da utilização de tratores e caminhões para
transportar a terra.

8. Conclusão

Ao epilogar do trabalho em apreco pude perceber que A ação da água da chuva e, mais
especificamente, o impacto das gotas sobre o solo (efeito splash) pode dar origem a um
processo denominado erosão hídrica, caracterizado pela ação de desagregação, transporte e
deposição das partículas minerais e demais componentes a elas aderidos, como defensivos e
fertilizantes agrícolas, matéria orgânica, biota do solo, sementes, entre outros materiais. De
modo geral, quanto maior a intensidade e duração da chuva, maior a probabilidade de que a
capacidade de infiltração de água no solo seja superada ou que este atinja o ponto de
saturação mais rapidamente, dando origem a escoamentos superficiais, com diferentes
características de fluxo, tais como: laminar, linear (concentrado), difuso e anastomosado.

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Referencias bibliográficas

GALETI, Paulo Anestar. Conservação do Solo: Florestamento Clima. Campinas.


Instituto Campineiro de Ensino Agrícola.
GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: Processo Ecológicos em Agricultura Sustentável.
Porto Alegre. Editora da Universidade/UFRGS, 2000, 653 p.
HIGHLAND, L.M.; BOBROWSKY, P. O Manual de Deslizamento, Um guia para a
Compreensão de Deslizamentos. Reston, Virginia, U.S. Geologycal Survey Circular 1325,
2008, 129 p.
LUCENA, L. Bioengenharia de Solos e RAD (Recuperação de Áreas Degradadas),
regularização & proteção de corpos de água e estabilização de taludes e encostas. Apostila de
curso teórico. Porto Alegre, Deflor/Transpetro, 2010.

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