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Tema:
Contrato de Leasing
1. Introdução...............................................................................................................................1
1.1. Objectivos............................................................................................................................1
1.2. Metodologia.........................................................................................................................1
2. Contrato de Leasing................................................................................................................2
7. Conclusão..............................................................................................................................10
8. Referências Bibliográficas....................................................................................................11
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1. Introdução
O presente trabalho vai debruçar em volta de contrato de leasing, entretanto, numa economia
cada vez mais competitiva, a escolha de uma fonte de financiamento constitui uma das tarefas
dos gestores das empresas. A ideia do leasing é fundamental na concepção económica de ser
factor propulsor de rendimento para uma empresa é a utilização e não a propriedade de um
bem, portanto, genericamente, o leasing pode ser explicado como um contrato cuja finalidade
é a cessação de uso do bem da capital.
Neste caso, o leasing consiste no financiamento de curto, médio e longo prazo em que o
locado concede ao locatário o usufruto de um bem, a tempo determinado e, por indicação
deste, mediante o pagamento de um certo valor sob a forma de renda, o que é benefício para
as empresas, pois permite o uso alternativo dos fundos que outrora seriam aplicados na
compra dos activos fixos.
Portanto, este trabalho pretende contribuir para uma melhor compreensão e alargamento dos
conhecimentos sobre contato de leasing como alternativa de financiamento em Moçambique e
um instrumento potencial na redução dos custos operacionais e consequente libertação de
liquidez.
1.1. Objectivos
Objectivos Geral:
Objectivos específicos:
1.2. Metodologia
2. Contrato de Leasing
De acordo com França (2006) o Contrato, em linhas gerais, é composto por um acordo de
duas ou mais vontades, que insere normas jurídicas individuais destinadas à regulação dos
interesses de suas partes. Na teoria dos actos jurídicos, o contrato classifica-se como negócio
jurídico, haja vista o seu vínculo com o exercício da autonomia privada.
Neste caso, Rodrigues (2003) enfatiza que “cada vez que a formação do negócio jurídico
depender da conjunção de duas vontades encontramo-nos na presença de um contrato, que é,
pois, o acordo de duas ou mais vontades, em vista de produzir efeitos jurídicos” (p. 9-10).
Sobre contrato de Leasing pode-se afirmar que, é um negócio jurídico complexo, que encerra
em si mesmo o financiamento de uma locação. Os dois efeitos principais do instituto de
locação e financiamento, são consequências normais, intrínsecas, indicando a função que
desempenha e, indissoluvelmente, ligados à própria complexidade do arrendamento mercantil.
Segundo Martins (2000) “entende-se por Leasing o contrato segundo o qual uma pessoa
jurídica arrenda a uma pessoa física ou jurídica, por tempo determinado, um bem comprado
pela primeira de acordo com as indicações da segunda, cabendo ao arrendatário a opção de
adquirir o bem arrendado findo o contrato, mediante um preço residual previamente fixado”
(p.449).
Daí Smith & Wakeman, (1985) refere que quando uma organização compra um activo, obtém
tanto o direito ao usufruto do mesmo, como o direito de o vender numa data futura. Com o
leasing, a organização apenas adquire o direito a usufruir do activo por um determinado
período de tempo.
Para a Alf (2007), o leasing não é mais do que um “Contrato em que o locador (empresa de
leasing) cede ao locatário (cliente), mediante o pagamento de uma renda, a utilização
temporária de um bem, móvel ou imóvel, adquirido ou construído por indicação do cliente e
que este poderá comprar no final do período de tempo acordado no contrato, por um preço
pré-determinado (valor residual)”.
Locador;
Locatário; e
Fornecedor
As razões para o recurso do leasing nas transações financeiras são variadíssimas, só para citar
algumas delas mais destacadas:
O leasing é vantajoso para os elementos objectos de alta tecnologia que estão sujeitos
a obsolescência tecnológica rápida e imprevisível;
As empresas recorrem o leasing quando não estão seguras a respeito da procura dos
seus produtos ou serviços e, assim sobre quanto tempo os equipamentos necessários;
Algumas empresas acham o leasing financeiro vantajosa porque o arrendador é capaz
dar e fazer assistência técnica com condições técnicas favoráveis.
Segundo Soper, Munro, & Cameron (1993), as principais características do leasing são:
O activo é escolhido pelo locatário, mesmo que a encomenda seja feita pelo locador;
O locador mantém a propriedade do activo;
O locatário assume o risco de obsolescência e os direitos de uso do ativo;
Um período não cancelável onde o locador espera receber uma quantidade suficiente
de prestações que lhe permitam recuperar o investimento e obter uma margem de lucro
retirando todos os custos com a operação de financiamento;
No final do contrato o locatário pode continuar com a locação mediante um
arrendamento nominal ou funcionar como agente do locador para proceder à venda do
bem ou ao seu desmantelamento.
4.1. Vantagens
Para Soper, Munro e Cameron (1993), o leasing apresenta-se como uma fonte adicional de
financiamento, sem necessidade de um investimento inicial, sendo especialmente atractivo ao
nível do preço, quando comparado com outras fontes de financiamento.
O leasing ajuda a preservar o nível de endividamento da empresa pois, tal como afirmam
(Soper et al., 1993), “A lease is not a loan”.
Por sua vez, Zimmerer (1972) aponta várias razões para justificar a opção pelo leasing, entre
estas, o facto deste instrumento de financiamento fornecer activos que, de outro modo, seriam
inalcançáveis para a organização. Também, o fornecimento de activos por um período
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limitado poderá ser benéfico, no caso de existirem dúvidas quanto à permanência, ou mesmo
quando o activo é essencial para um determinado projecto, e demasiado dispendioso para ser
mantido por um longo período. Adicionalmente, o leasing evita o rico de obsolescência e,
frequentemente, evita problemas administrativos e de manutenção. Trata-se de um
instrumento flexível, para além de proporcionar uma fonte adicional de financiamento; as
PMEs podem usar o leasing como uma forma de obter um bem necessário, quando a
aquisição direta não é possível. De facto, o leasing oferece cem por cento do financiamento,
sem requerer um investimento inicial, o que poderá ser vital para uma organização em
expansão com recursos limitados.
Contudo, segundo Ford (1983), o valor potencial do leasing é maior para uma organização
com perdas fiscais, baixas receitas e acesso limitado ao crédito. Para o locador, a propriedade
do activo apresenta-se como uma opção preferível a uma hipoteca (Soper et al., 1993).
4.2. Desvantagens
Para Samanez (1991) os principais tipos de Leasing são: o Leasing Operacional, e o Leasing
Financeiro, de onde derivam as variações, Leasing back, Self Leasing, Leasing importação,
dentre outros.
treinamento de pessoal, entre outras coisas. O objectivo final deste tipo de contrato é a
transferência de propriedade.
É um contrato de locação conjugada com assistência técnica quanto aos bens locados, como
computadores, copiadoras, aviões. Não é essencial que tenha a cláusula de opção de compra.
Normalmente, o Leasing operacional envolve bens que o arrendatário não tem interesse de
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adquirir, em função, por exemplo, da rápida obsolescência ou da sua necessidade apenas pelo
período de locação. Rege-se pelas regras da locação (Ferreira 2004).
Esta opção do leasing operacional permite a redução dos custos para o arrendário, já que as
prestações não amortizam o bem, na prática as operações de Leasing operacional funcionam
quase como um aluguel, não podendo haver previsão de pagamento de Valor Residual pois,
Samanez (1991) refere que “durante o prazo contratual, o aluguel pago não corresponde à
quase totalidade da amortização e aos juros decorrentes da aquisição do equipamento pela
arrendadora”
Portanto, tal tipo de contrato é feito por um período de tempo inferior a vida útil do bem
arrendado, e prolonga-se pelo tempo de necessidade de uso imposto de acordo com a
actividade que se desenvolve, é geralmente encontrado no ramo de equipamentos de alta
tecnologia como computadores, aviões, máquinas de reproduções e eletrônicas, automóveis
leves ou pesadas.
As suas principais características estabelecem que nas prestações devam ser incluídos o custo
do arrendamento do bem e os serviços referentes a sua colocação à disposição do arrendatário,
mas devem ser limitadas em até 75% do custo do bem arrendado e o preço para a compra
após o término do contrato deve ser, necessariamente, o valor do mercado do bem arrendado.
Leasing financeiro é a forma de leasing mais usada, é um acordo no qual uma empresa de
leasing adquire um bem com a finalidade específica de locá-lo à outra, em condições
combinadas, durante um prazo claro e assegurado. Neste tipo de acordo existem 3
participantes: a empresa de leasing (arrendadora), o cliente (arrendatário) e o fornecedor do
bem. O objetivo do Leasing financeiro não é vender os bens é sim prestar um serviço
financeiro.
A empresa de Leasing assume apenas o risco financeiro, e transfere todos os demais ricos
(obsolescência, tecnologia, mercado de venda e todos os direitos e obrigações relacionados
com o bem) para o cliente.
O Leasing versus factoring pode ser feito com ou sem recurso. Com recurso, o aderente, em
caso de não cumprimento do devedor, está obrigado a repor, perante o factor, a importância
em falta. Mason (2004) enaltece que no factoring sem recurso, todo o risco de crédito é
assumido pelo factor, que assim liberta o aderente da necessidade de devolução da
importância recebida, em caso de incumprimento do devedor.
Neste contexto, segundo Manteia 19999, a actividade da locação financeira rege-se pelas
normas aplicáveis ao conjunto das instituições de credito que soa sujeitas a supervisão e
fiscalização do Banco de Moçambique. Este impõe uma restrição de entrada no negócio de
leasing através de capital mínimo de 9 biliões de meticais e um volume de fundos próprios
acima de 50%.
O ALD não pode ser cancelado durante o período de vigência do contrato, sob pena
do locatário pagar ou indemnizar ao locador pelos prejuízos que o cancelamento
poderá provocar.
Portanto, no ALD exige –se o pagamento de uma caução como uma garantia, esta situação
elimina a vantagem proclamada por muitos autores de que o leasing financia a 100% o valor
do investimento solicitado.
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7. Conclusão
Chegando concluímos que, o Leasing surgiu como uma alternativa a mais para o crescimento
das empresas, sem que para isso precisem se descapitalizar, inovando seu activo, e podendo
utilizar suas reservas para outros fins, como o de capital de giro, por exemplo. Isso gera
oportunidade da compectitividade, elemento essencial para que as empresas não sejam
suprimidas na era da globalização.
Proporcionalmente, a sua importância está sua complexidade, por obter na sua essência
características de compra e venda e financiamento no Leasing financeiro, locação no
operacional, obtenção fluxo de caixa, dentre outras particularidades. Tudo que é discutível no
Leasing, abre parâmetros para as diversas necessidades que se possa ter tanto o arrendador
quanto o arrendatário, tendo essa segunda parte respectivamente, o maior leque de
possibilidades dentro do contrato.
Portanto, apesar do leasing ser mais dispendioso que o empréstimo bancário, o leasing em
Moçambique incentiva as empresas e os particulares a recorrerem como uma alternativa de
financiamento, por mais os custos inerentes a esta opção de financiamento sejam elevados.
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8. Referências Bibliográficas
DALRYMPLE, B. B. Reply To: “A Common Sense Look At Leasing For Small Business”.
Journal of Small Business Management, 1973.
FORD, J. The Potential Value of Leasing. American Journal of Small Business, VIII (1),
1983.
RODRIGUES, S. Direito civil: dos contratos e das declarações unilaterais de vontade (de
acordo com o novo código civil). 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
SMITH, C. W., & Wakeman, L., Determinants of corporate leasing policy. The Journal of
Finance, 1985.
SOPER, D. R., MUNRO, R. M., & CAMERON, E. The Leasing Handbook. McGRAW-
HILL Book Company Europe, 1993.