Você está na página 1de 3

 

11

O MEDH deve criar condições para que todos os níveis e órgãos de administração do sistemaeducativo
(central, provincial, local e institucional) tenham capacidades para a criação das PPPstendo em conta que
a maior parte dos investimentos em infra-estruturas escolares é realizado porinstituições dos governos
central e provincial.Como afirma CONSED (2000), para fazer parcerias, basta saber o que a escola
precisa, e buscarna sociedade em volta quem possa e esteja disposto a ajudar. E, na prática, qualquer
um pode participar desta parceria. Por exemplo: Lojas, indústrias, supermercados, bancos, companhias
detodos os tipos e tamanhos.O relatório da Africa Governance Monitoring and Advocacy Project
publicado em 2012 sobre
a prestação de serviços no sector da educação em Moçambique, analisou a tendência dofinanciamento
do sector da educação por parte de agentes externos e numa das conclusões dizia

que “nos próximos anos, o apoio externo ao sector irá reduzir.” O mesmo relatório recomendouque “O
Ministério da Educação deve buscar formas de obter mais recursos ao nível interno. ’’

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o artigo ficou evidente que numa parceria trabalha-se com um fim específico, um projectoou uma
acção. Neste processo uma parte complementa a outra em recursos ou em capacidade eentre os
parceiros, no momento da execução, não há hierarquia. Sendo que todos estão no mesmonível, os dois
lados oferecem alguma coisa, e os dois lados saem ganhando.Percebe-se que as Parcerias Público-
Privadas constituem uma ferramenta extremamenteimportante dentro da Administração Pública. É uma
saída recomendável que dá a possibilidadede reduzir o deficit interno das organizações. É partindo
desse pressuposto que ganha espaço aideia de introdução das parcerias público-privadas na área de
educação com o principal objectivode garantir eficiência nas escolas, como por outro lado, a expansão da
rede escolar com níveis deeducação de qualidade.Quanto a Moçambique, tendo em conta os desafios
que o sector de educação enfrenta,recomenda-se que o MEDH invista extremamente em estratégias que
tenham como finalidade acriação de condições para que todos os níveis e órgãos de administração do
sistema educativo

12

tenham capacidades de procurar qualquer instituição do sector privado que esteja disposto acolaborar
com o Estado em prol da oferta do ensino de qualidade.Segundo PEE (2012), para que o aumento de
recursos financeiros, bem como humanos, tenha oimpacto desejável no desempenho do aluno, o
enfoque será na gestão escolar, entre outros,através de uma maior atenção à selecção, colocação e
capacitação dos gestores escolares.Olhando para o pressuposto supracitado, recomenda-se que o MEDH
adopte algumas estratégiasviradas a melhoria da gestão escolar tais como: Introdução de Módulos ou
Cadeiras comconteúdos relacionados a Parcerias Público-Privadas nos cursos ligados a educação nos
níveis deEnsino Médio e Superior; Capacitação dos actuais Directores escolares em matérias das
PPPs;Introdução de mais um módulo com conteúdo das PPPs no actual currículo de capacitação
degestores escolares;A disponibilização de recursos adicionais por parte dos parceiros permitirá, acelerar
as váriasintervenções propostas pelo MEDH como sendo a construção de salas de aula, apoio directo
àsescolas, aquisição de mobiliário e equipamento. Para tal, é necessário capacitar todos níveis eórgãos
de administração do sistema educativo em matérias de Parcerias Público-Privadas pois,actualmente, as
parcerias tem sido feitas, em última análise, apenas a nível central.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Adrião, T., & Peroni, V. (2009).

  A  educação  pública  e  sua  relação  com  o  setor  privado:implicações para a democracia educacional.

 Brasil: Revista Retratos da Escola.AfriMAP. (2012).

  Moçambique:  A  Prestação  Efectiva  de  Serviços  Públicos  no  Sector  da  Educação.

 Joanesburgo: Open Society Foundations.Canário, M. (1999).

  Parcerias educativas e relação escola/comunidade

. Lisboa: Edição APEI.Cláudio, P. (2011). A Educação as parcerias Público-privadas. São Paulo:


UNICID.Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas. (2008).

  Manual  de  Parcerias Público-Privadas-PPPs

. Brasil: UPPP.CONSED. (2000).

  Parcerias na educação: Um guia para multiplicar esta ideia

. Brasil.Costa, I., & Ferreira, S. (2012).

  Parcerias na  educação  pré-escolar e  1º  ciclo do  ensino básico

.Portugal: PAP.

13

Ministério da Educação e Cultura. (2009).

  Estratégia do Ensino Secundário Geral 

. Moçambique.Ministério da Educação e Cultura. (2008). Regulamento geral do ensino básico.


Moçambique.Feitosa, E. (2012).

  As  parcerias  público-privadas  no  programa  de  educação  para  todos:  umaanálise marxista.

Fortaleza: UFC.Libâneo, C. (2001).

Organização e gestão escolar: teoria e prática

. Goiânia: Alternativa.Lima, E., Melo, L. (2009). Vantagens de uma parceria público-privada


.

Brasil: FIAR.

Mota, C. (2012).

  Parceria  público-privadas

 – 

  estudo de caso no sector do transporte de  passageiros

. Lisboa: UAL.Plano Estratégico de Educação 2012-2016. (2012).

Vamos aprender: construindo competências  para o desenvolvimento de Moçambique

. Maputo: Académica LDA.Ribeiro, M. (2007).

  As  Parcerias  Público-Privadas-PPPs  na  realização  de  Ensino  Superior  a  Distância.

Paraná: UEM.Santos, 2012

. Administração da educação pública no Brasil: As parcerias público-privadas

.Brasil: UFP.Silva, A. & Sigwalt, S. (2004

  ).  Projetos  de  parceria  público-privada  como  sistema  decooperação financeira e organizacional entre o
sector privado e a administração  pública

. Brasil: FAE.Stabelini, A. (2013).

  A parceria como estratégia para ampliação do sector privado na educação

.Brasil: UFSCarUNICEF. (2010).

  Pobreza infantil e disparidade em Moçambique

. MoçambiqueYoung, R. (2004).

  Investimentos em Educação, Ciência e Tecnologia: o que pensam os  Empresários

. Brasil: UNESCO.

Você também pode gostar