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Tema:
Antropologia como Ramo de Conhecimento
1. Introdução...............................................................................................................................1
1.1. Objectivos............................................................................................................................1
1.2. Metodologia.........................................................................................................................1
8. Conclusão................................................................................................................................7
9. Referências Bibliográficas......................................................................................................8
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1. Introdução
Não obstante, ocupa-se do estudo da identificação das formas como os diferentes grupos
habitam, alimentam-se, vestem-se, como estes organizam suas relações sociais, suas
manifestações religiosas e como compreendem o significado dos seus símbolos. Desse modo,
é importante destacar que a antropologia se concentra nas questões que envolvem a dicotomia
do homem, visto como um ser do reino animal e como um ser social que aprende
comportamentos.
1.1. Objectivos
Objectivos Geral:
Objectivos específicos:
1.2. Metodologia
O projecto de fundar uma ciência do homem, uma antropologia é, ao contrário, muito recente.
De fato, apenas no final do século XVIII é que começa a se constituir um saber científico ou
pretensamente científico que toma o homem como objecto de conhecimento, e não mais a
natureza. Como ramo do conhecimento, através dos estudos europeus do século XIX e XX,
foram estabelecidos os primeiros tipos antropologia em seguintes concepções:
Por exemplo, ao estudar um grupo indígena, o antropólogo vai buscar entender, o que pode ter
influenciado aquele povo a desenvolver suas características próprias. Entre aspectos
climáticos e questões biológicas.
2.2. Antropologia cultural: essa área deixa de lado as questões físicas e passa para o campo
da cultura. A antropologia cultural se dedica a pesquisar como as culturas de diferentes
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2.3. Antropologia linguística: Essa tipologia se baseia nos estudos da linguagem de uma
sociedade ou grupo para determinar suas origens. Entre os teóricos responsáveis por
desenvolver a antropologia linguística estão o alemão Franz Boas e o belga Claude Lévi-
Strauss.
Deste modo, após a evolução dos estudos da antropologia nos aspectos de especificação da
tipologia, sobretudo a antropologia linguística, na metade do século XX, Strauss, criou uma
teoria a qual chamou de antropologia estruturalista, que identifica as estruturas similares das
pessoas de uma mesma cultura, baseado na linguagem.
Desse modo, é importante destacar que a antropologia se concentra nas questões que
envolvem a dicotomia do homem, visto como um ser do reino animal e como um ser social
que aprende comportamentos. Assim, de maneira abrangente podemos concluir que a
antropologia é um ramo das ciências sociais que estuda o ser humano e a sua origem. Por
meio de estudos sobre as características físicas, a cultura, a linguagem e as construções do ser
humano, o antropólogo vai buscar determinar, com base em grupos sociais específicos, como
se formaram os seres humanos a ponto de tornarem-se o que são em suas comunidades.
Portanto, um facto de grande destaque, que contribuiu para o surgimento da Antropologia foi
"a teoria da evolução", de Darwin. Esta teoria, procurava mostrar uma nova forma de pensar
sobre quem é o ser humano e de onde veio. A partir disto, surgiu a Antropologia. Neste
contexto, destacar também o Karl Marx que foi um dos maiores influenciadores da
antropologia e, em seus estudos, gostava de fazer comparações sobre diferentes sociedades.
Segundo Laplantine, François (2003) refere que a antropologia cultural estuda o social em sua
evolução, e particularmente sob o ângulo dos processos de contato, difusão, interação e
aculturação, isto é, de adoção ou imposição das normas de uma cultura por outra.
Cf. Gaillard, (2004) defende que a antropologia é uma profissão que estuda as culturas das
diversas populações em todas as suas manifestações de tecnologia, sistemas de valores e
crenças, organização social e as estruturas e modelos culturais em geral, com um método
interdisciplinar. E Fuente, (1998), suportando-se deste ponto de vista a antropologia é uma
profissão, com um corpus teórico-metodológico, uma ética deontológica e um conjunto de
profissionais que a exercem enquanto profissão. Pina-Cabral (1998) enfatiza que a mesma
profissão institucionalizada nas nossas sociedades. Enquanto que Miguel Vale de Almeida
(1997) suporta que a antropologia é uma viviciência, no sentido de ciência da vida humana.
Ao passo que Gondar (1980), sustenta que a antropologia actual é uma forma de olhar ou
perspectivar o outro, estudar as diferentes racionalidades explorar e respeitar a diversidade
sociocultural. Pensamento suportado pelo Bestard e Contreras (1987: 5) ao referir que a
antropologia é uma forma de conhecermo-nos a nós próprios através dos outros. Daí que,
Kluckhon, (1944: 9), a antropologia é um espelho para a humanidade, isto é, uma “ciência das
semelhanças e das diferenças humanas” que dá resposta ao dilema da convivência
intercultural entre pessoas com modos de vida diferentes.
A antropologia cultural é uma ciência que tem como objecto de estudo o "ser humano e todas
as suas dimensões". Isso quer dizer que esta ciência se dedica a estudar as diversas
particularidades da vida social, as diferentes culturas e também as formas de construir uma
sociedade.
Portanto, tendo como interesse o estudo do ser humano em seu sentido mais profundo e
amplo. Essa ciência se dedica a compreender o homem e seu processo de evolução, ou seja,
sua origem, formação e desenvolvimento, até se tornar aquilo que é hoje.
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Dado o pensamento, pode-se entender que o antropólogo actua também como um historiador,
pois ele precisa estudar o passado para identificar as raízes do ser humano e determinar onde
tudo começou e como as coisas se desenvolveram.
Essa foi a primeira das escolas antropológicas. Ela tem início no século XIX e é marcada pelo
pensamento dicotómico que divide as sociedades em “primitivas” e “civilizadas”. Os
pensadores que contribuíram para a Escola Evolucionista, de modo geral, defendiam uma
espécie de evolucionismo das sociedades humanas. Segundo essa lógica, as sociedades ditas
primitivas poderiam se tornar civilizadas.
Logo, entende-se que existiria uma assimetria entre os grupos populacionais e uma linha
evolutiva que poderia ser seguida por aqueles que estavam em posições de inferioridade. Os
antropólogos que contribuíram para essa escola realizavam suas análises adotando métodos
comparativos, que poderiam levar em consideração aspectos como parentesco e religião.
Entre os principais representantes dessa escola estão Herbert Spencer, que escreveu
“Princípios de Biologia” (1864), e Edward Burnett Tylor, autor de “A Cultura Primitiva”
(1871).
Das escolas antropológicas, a Funcionalista é a que vai propor o método clássico de etnografia
e adotar o trabalho de campo para realização das análises, na Escola Evolucionista, eram os
relatos dos viajantes e colonizadores que subsidiavam as interpretações feitas pelos
antropólogos. Além da adoção do trabalho de campo, os funcionalistas se diferem dos
evolucionistas por não conceberem a ideia de hierarquia entre as sociedades.
Para os antropólogos funcionalistas, cada sociedade possui uma função distinta. Esse seria o
traço que diferenciaria uma das outras, mas sem construir hierarquias. Nessa perspectiva, ao
passo que cada grupo exercesse a sua função, eles contribuíam para um sistema maior, onde
todos as funções se relacionavam. Contribuíram para a Escola Funcionalista Bronislaw
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geograficamente distantes. Desse modo, seria possível encontrar um passado comum a essas
culturas. Os antropólogos difusionalistas acreditavam que os objectos e costumes partilhados
entre sociedades distantes eram resultado do processo de imitação e assimilação cultural que
aconteciam durante a colonização e negociações que se estabeleciam entre os povos.
Desse modo, a diversidade cultural seria o resultado dos encontros entre as culturas, que
implicava em difusão de objetos e comportamentos. A Escola Difusionalista teve representes
alemães (Friedrich Ratzel, Léo Frobénius e Fritz Graebner) e britânicos (G. Elliot Smith e
William J. Perry).
Além das escolas antropológicas que destacamos anteriormente, existem outras que também
contribuem para a construção do pensamento nessa ciência. São elas:
7.1. Escola Sociológica Francesa: tem Émile Durkheim como principal representante.
Entende os fenômenos sociais como objectos para estudo sócio-antropológico.
7.3. Antropologia Interpretativa: esta escola interpreta que os povos nativos fazem de sua
própria cultura como um dos principais temas. O principal representante é Clifford Geertz.
7.4. Antropologia Pós-Moderna: essa escola estabelece uma crítica aos paradigmas teóricos
e de autoridade presentes na antropologia, bem como às relações entre observador e
observado. James Clifford e George Marcus estão entre os principais representantes.
8. Conclusão
A antropologia busca compreender como o ser humano formou-se e tornou-se o que ele é.
Nestes termos, o antropólogo busca as raízes do ser humano estabelecendo como a história,
um estudo do passado para compreender quais foram essas origens. Isso é feito de maneira
física ou biológica, social, cultural e até linguística, dependendo de qual vertente da
antropologia estudada e de qual método antropológico utilizado.
9. Referências Bibliográficas
DURKHEIM, Emile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes,
2014.
TYLOR, Edward Burnett. A ciência da cultura. In: Castro, Celso (org.) Evolucionismo
cultural. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
GEERTZ, Clifford. A descrição densa. In: Geertz, Clifford. A interpretação das culturas. Rio
de Janeiro: LTC, 2008.