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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)........................................................... 11
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À UNIÃO DOS MATERIAIS................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
ELETRODO REVESTIDO E ARCO SUBMERSO.............................................................................. 25
ARAME TUBULAR...................................................................................................................... 40
UNIDADE II
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2).............................................................................................. 46
CAPÍTULO 1
SOLDAGEM A ARCO COM PROTEÇÃO POR GÁS E ELETRODO NÃO CONSUMÍVEL (TIG)........... 46
CAPÍTULO 3
OUTROS TIPOS DE SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO................................................................... 69
UNIDADE III
SOLDAGEM A GÁS (CHAMA)................................................................................................................ 86
CAPÍTULO 1
SOLDAGEM OXIACETILÊNICA.................................................................................................. 86
UNIDADE IV
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA.................................................... 102
CAPÍTULO 1
BRASAGEM........................................................................................................................... 102
CAPÍTULO 2
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO........................................................................................... 125
CAPÍTULO 3
SOLDAGEM FRACA............................................................................................................... 145
UNIDADE V
SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER......................................................................................... 155
CAPÍTULO 1
SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS (EBW)................................................................................... 155
CAPÍTULO 2
SOLDAGEM A LASER (LW)...................................................................................................... 165
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
A indústria de soldagem não é para todos, pois é um trabalho desafiador muito exigente
fisicamente. No entanto, é um trabalho essencial para uma ampla variedade de produtos e
infraestruturas, que desempenha papel importante em vários aspectos da vida cotidiana.
Quando pensamos em soldagem, muitas vezes não percebemos como essa indústria
impacta o mundo ao nosso redor. A soldagem é um componente essencial de muitas
indústrias, como a indústria automotiva, a indústria da construção civil, a indústria da
aviação, entre outras. Sem essa forma de trabalho em metal, muitas coisas, incluindo
muitos edifícios, portões e cercas, pequenos utensílios de cozinha, veículos, e até viagens
espaciais, não existiriam.
Estudaremos aqui outros processos utilizados para unir metais, como Brasagem e
Soldagem fraca também.
Objetivos
»» Propiciar ao aluno conhecimentos práticos a respeito dos processos de
soldagem, bem como as principais técnicas metalúrgicas empregadas na
avaliação da qualidade de uniões soldadas.
8
»» Transmitir conhecimentos básicos para aplicação de processo de
fabricação utilizando-se da união dos materiais por soldagem.
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10
PRINCÍPIOS BÁSICOS
E SOLDAGEM A ARCO UNIDADE I
ELÉTRICO (PARTE 1)
CAPÍTULO 1
Introdução à união dos materiais
Definição
A soldagem é um processo de fabricação que une materiais, geralmente metais ou
termoplásticos, utilizando calor elevado para fundir as partes e permitir que, após o
resfriamento, haja uma união (fusão) entre elas. A soldagem é distinta das técnicas
de junção de metal de baixa temperatura, como brasagem e solda, que não fundem o
metal base.
Diferentes fontes de energia podem ser usadas para soldagem, incluindo uma chama
de gás (química), um arco elétrico (elétrico), um laser, um feixe de elétrons, fricção e
ultrassom. Num processo industrial, a soldagem pode ser realizada em muitos ambientes
diferentes, incluindo ao ar livre, debaixo d’água e no espaço exterior. A soldagem é
um empreendimento perigoso, e são necessárias precauções para evitar queimaduras,
choque elétrico, danos à visão, inalação de gases e vapores venenosos e exposição à
radiação ultravioleta intensa.
Até o final do século XIX, o único processo de soldagem era a soldagem por forjamento,
que os ferreiros usaram durante milênios para unir ferro e aço por aquecimento e
martelamento. A soldagem a arco e a soldagem oxicombustível estavam entre os primeiros
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Geometria
Após a soldagem, várias regiões distintas podem ser identificadas na área de solda.
A própria solda é chamada de zona de fusão – mais especificamente, é onde o metal de
enchimento foi colocado durante o processo de soldagem. As propriedades da zona de
fusão dependem principalmente do metal de enchimento usado e da sua compatibilidade
com os materiais de base. É cercada pela zona afetada pelo calor (zona termicamente
afetada), área que teve sua microestrutura e propriedades alteradas pela solda.
Essas propriedades dependem do comportamento do material de base quando
submetido ao calor. Nessa área, o metal é frequentemente mais fraco do que o material
de base e da zona de fusão, e é também onde as tensões residuais são encontradas.
Zona Termicamente
Zona Fundida (ZF) Afetada (ZTA)
Metal Base
(MB)
Cobre Junta
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
Na junta de topo, as duas placas a serem soldadas são colocadas no mesmo plano, face
a face, antes da soldagem.
Na junção de solda de filete, as duas chapas a serem soldadas são colocadas em contato
umas com as outras em diferentes planos.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Junta de borda
Junta de solda de
Junta de solda a ponto
costura
Posições de soldagem
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
Chama de soldagem
O caráter da chama é mais importante para soldagem com oxiacetileno ou brasagem e
soldagem fraca. Os tipos de chama são descritos a seguir.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Fluxo
Quando os metais são aquecidos em contato com o ar da atmosfera, o oxigênio do ar faz
a formação do óxido, que causa soldagem de baixa qualidade, baixa resistência da solda.
Em muitos casos, torna a soldagem impossível. Devido a isso, é necessário adicionar um
fluxo de soldagem à área de solda, sendo essa uma substância capaz de dissolver a formação
de óxido. O fluxo de soldagem é mais leve do que o metal fundido e, assim, o metal fundido
e o fluxo em conjunto dissolvem o óxido. Estes são flutuados no topo como uma escória,
que pode ser removida por lascas ou lixamento ou trituração após o resfriamento.
Nenhuma vantagem é obtida quando se usa mais do que a quantidade mínima de fluxo
de soldagem para uma boa junta de soldagem. Uma quantidade excessiva de fluxo é um
desperdício e torna mais difícil fazer uma solda limpa.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
Para a soldagem de metais ferrosos, o fluxo deve ser bórax, silicato de sódio, carbonato
de sódio, bicarbonato de sódioeste material ocasiona o melhor resultado para soldagem.
O bórax forma compostos com o óxido de ferro quando o carbonato é o limpador,
promovendo a fluidez do metal fundido.
Para remover o óxido cuproso durante a soldagem de cobre e suas ligas, é muito eficaz
a mistura de boratos de sódio e potássio, carbonatos, cloretos, sulfatos e ácido bórico.
Para a soldagem de alumínio e sua liga, seu fluxo deve ser escolhido com muito cuidado,
que deve ser capaz de lidar com o óxido de alumínio conhecido como alumina. Durante
a soldagem do alumínio, a alumina se forma muito facilmente, e tem elevado ponto de
fusão, algo perto de 20000 °C.
Para a soldagem de liga de magnésio, usa-se o mesmo tipo de fluxo utilizado para o alumínio.
Símbolo de soldagem
O símbolo de solda está fornecendo no desenho as informações relativas a informações
como posições de soldagem, dimensões da solda, entre outras informações im portantes
para a soldagem
1 Soldando ao redor
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
2 Solda de preenchimento
3 Contorno nivelado
4 Contorno convexo
5 Acabamento de moagem
6 Contorno côncavo
7 Acabamento de usinagem
8 Acabamento chipping
Preparação da aresta
A preparação da aresta é essencial para fazer untas de boa qualidade. Consiste em cortar
as bordas dos locais a serem unidos por soldas em formas adequadas, fazendo a devida
limpeza para deixá-las livre de poeira, solo, óleo, graxa e outras partículas prejudiciais
externas. De acordo com o método de corte, as bordas são face a face, ‘V’ simples, duplo
‘V’, ‘U’ simples, duplo ‘U’, chanfrado, duplo chanfro, simples ‘J’.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
Quando a região a ser soldada é face a face ou face lisa, é permitida apenas uma espessura
de até 5 mm da placa.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Ambos os lados de
soldagem de filete.
Soldagem K
»» Uma ampla gama de metais e sua liga ou metais diferentes podem ser
unidos pelo processo de soldagem.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
Desvantagens
»» Produz luz ultravioleta, fumos e respingos, que são prejudiciais para a
saúde.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Processos de soldagem
Primeiramente, é importante saber quais os diversos tipos de soldagem, como eles
podem ser classificados de acordo com a fonte de energia utilizada ou de acordo com a
natureza da união.
A soldagem feita em estado sólido envolve energia mecânica para poder aproximar a
estrutura dos materiais, gerando uma atração atômica, podendo ser por meio de ação,
fricção, impacto ou pressão. Outro tipo de soldagem existente é aquele pelo processo
de fusão, no qual há o aumento localizado da temperatura do material, o aquecimento
deve ultrapassar a temperatura de fusão do metal do metal e, posteriormente, as partes
sofrem solidificação.
Tipos de soldagem
Já sabemos que a soldagem é um processo em que ocorre a união de duas peças de
metal, resultado da difusão dos átomos das peças soldadas na região da junta (solda).
A solda é realizada aquecendo as peças unidas até ao ponto de fusão e fundindo-as
(com ou sem material de enchimento) ou aplicando pressão às peças no estado frio ou
aquecido. É uma técnica muito, que possui diversas vantagens, como:
»» forte união;
»» custo;
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
Segue uma lista de alguns processos de soldagem, e os mais comuns serão discutidos
neste material de apoio.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
VIII. Brasagem.
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CAPÍTULO 2
Eletrodo revestido e arco submerso
Fontes de alimentação
Para fornecer a energia elétrica necessária para os processos de soldagem a arco, existem
várias fontes de alimentação distintas que podem ser utilizadas. As mais comuns são
as de corrente constante e tensão constante. Na soldagem a arco, o comprimento do
arco está diretamente relacionado à tensão, e a quantidade de entrada de calor está
relacionada à corrente. Fontes de corrente constante são mais frequentemente usadas
para processos de soldagem manual, como soldagem a arco de tungstênio a gás e solda
por eletrodo revestido, porque mantêm uma corrente relativamente constante, mesmo
quando a tensão varia. Isso é importante porque, na soldagem manual, pode ser difícil
manter o eletrodo perfeitamente estável e, como resultado, o comprimento do arco e a
tensão tendem a flutuar. As fontes de alimentação que mantêm a voltagem constante
e variam a corrente são mais frequentemente usadas para processos de soldagem
automatizados, como soldagem a arco de metal a gás e soldagem a arco submerso.
Nesses processos, o comprimento do arco é mantido constante, já que qualquer
flutuação na distância entre o fio e o material base é rapidamente retificada por uma
grande mudança na corrente. Por exemplo, se o arame e o material base ficarem muito
próximos, a corrente aumentará rapidamente, o que, por sua vez, fará com que o calor
aumente, e a ponta do arame derreta, retornando à sua distância de separação original.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
A soldagem por eletrodo revestido é um processo que usa um eletrodo consumível que
é coberto por um fluxo. A máquina de solda é conectada a uma fonte de energia, que
cria corrente alternada (CA) ou corrente contínua (CC) para formar um arco entre o
eletrodo e o metal a serem unidos. A peça e o eletrodo se fundem formando uma poça
de metal fundido (poça de solda), que se esfria para formar uma junta. À medida que a
solda é colocada, o revestimento de fluxo do eletrodo se desintegra, emitindo vapores
que servem como um gás de proteção e fornecem uma camada de escória, ambas
protegendo a área de solda da contaminação atmosférica.
À medida que esse arco se forma, o eletrodo e o metal se fundem, formando uma poça
fundida conhecida como poça de fusão. Ao mesmo tempo, o calor do arco queima o
fluxo, que forma uma camada de gás para proteger a solda de certos gases atmosféricos
que podem afetar a qualidade da solda. Isso nega a necessidade de um tanque separado
de gás de proteção – e sem ele forneceria soldas fracas e quebradiças.
À medida que a poça de fusão esfria, ela se solidifica para formar uma junta. Esse processo
também forma uma camada de escória que precisa ser eliminada – o que torna menos
eficiente em termos de tempo do que muitos outros tipos de soldagem –, mas a escolha
do eletrodo correto pode ajudar a acelerar o processo.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
O processo é usado principalmente para soldar ferro e aço (incluindo aço inoxidável),
mas alumínio, níquel e ligas de cobre também podem ser soldados com este método.
Operação de soldagem
Para atingir o arco elétrico, o eletrodo é colocado em contato com a peça de trabalho por
um toque muito leve do eletrodo no metal base. O eletrodo é, então, puxado levemente
para trás. Isso inicia o arco e, assim, o derretimento da peça de trabalho e do eletrodo
consumível, e faz com que as gotas do eletrodo passem do eletrodo para o conjunto de
solda. Atingir um arco, que varia amplamente com base na composição do eletrodo e
da peça de trabalho, pode ser a habilidade mais difícil para iniciantes. A orientação do
eletrodo para a peça de trabalho o mais difícil, pois, se o eletrodo for mantido em um
ângulo perpendicular à peça de trabalho, a ponta provavelmente grudará no metal que
irá fundir o eletrodo à peça de trabalho, fazendo com que ela aqueça muito rapidamente.
A ponta do eletrodo precisa estar em um ângulo menor em relação à peça de trabalho, o
que permite que a poça de solda flua para fora do arco. À medida que o eletrodo derrete,
a cobertura de fluxo se desintegra, liberando gases de proteção que protegem a área de
solda do oxigênio e de outros gases atmosféricos.
Além disso, o fluxo fornece escória fundida que cobre o metal de enchimento à
medida que se desloca do eletrodo para a poça de fusão. Uma vez que faz parte da
poça de solda, a escória flutua para a superfície e protege a solda de contaminação
à medida que se solidifica. Uma vez endurecido, ele deve ser lascado para revelar a
solda finalizada. À medida que a soldagem avança e o eletrodo derrete, o soldador
deve periodicamente parar a soldagem para remover o restante do eletrodo e inserir
um novo eletrodo no suporte. Essa atividade, combinada com a escoriação, reduz
a quantidade de tempo que o soldador pode gastar colocando a solda, tornando a
soldagem por eletrodo revestido um dos processos de soldagem menos eficientes.
Em geral, o fator operador, ou a porcentagem do tempo gasto pelo operador na
soldagem, é de aproximadamente 25%.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
1. Fluxo de revestimento. 2. Haste. 3. Gás de proteção. 4. Fusão. 5. Metal base. 6. Metal de solda. 7. Escória solidificada.
Qualidade de solda
A porosidade, muitas vezes, não é visível sem o uso de métodos avançados de ensaios
não destrutivos, e isso é uma preocupação séria, pois pode enfraquecer potencialmente
a solda. Outro defeito que afeta a força da solda é a fusão deficiente, embora muitas
vezes seja facilmente visível. É causada por superfícies articulares contaminadas de
baixa corrente ou pelo uso de um eletrodo inadequado.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
A penetração superficial, outro prejuízo para a resistência da solda, pode ser resolvida
diminuindo a velocidade de soldagem, aumentando a corrente ou usando um eletrodo
menor. Qualquer um desses defeitos relacionados à resistência da solda pode tornar a
solda propensa a rachaduras, mas outros fatores também estão envolvidos. Alto teor de
carbono, liga ou enxofre no material de base pode levar a rachaduras, especialmente se
eletrodos de baixo hidrogênio e pré-aquecimento não são empregados. Além disso, as
peças de trabalho não devem ser excessivamente limitadas, pois isso introduz tensões
residuais na solda e pode causar rachaduras à medida que a solda esfria e contrai.
A soldagem por eletrodo revestido, como outros métodos de soldagem, pode ser uma
prática perigosa e insalubre se as devidas precauções não forem tomadas. O processo
utiliza um arco elétrico aberto, que apresenta um risco de queimaduras que são
evitadas por equipamentos de proteção individual na forma de luvas pesadas de couro
e jaquetas de manga longa. Além disso, o brilho da área de solda pode levar a uma
condição chamada olho de arco, na qual a luz ultravioleta causa inflamação da córnea e
pode queimar as retinas dos olhos. Capacetes de soldagem com placas de face escuras
são usadas para evitar essa exposição e, nos últimos anos, foram produzidos novos
modelos de capacete que apresentam uma placa de face que se escurece por exposição
a altas quantidades de luz UV. Para proteger os espectadores, especialmente em
ambientes industriais, as cortinas de soldagem translúcidas geralmente cercam a área
de soldagem. Essas cortinas, feitas de uma película plástica de policloreto de vinila,
protegem os trabalhadores próximos da exposição à luz UV do arco elétrico, mas não
devem ser usadas para substituir o filtro de vidro usado nos capacetes.
Aplicação e materiais
A soldagem a arco por eletrodo revestido é um dos processos de soldagem mais populares
do mundo, sendo responsável por mais da metade de toda a soldagem em alguns países.
Devido à sua versatilidade e simplicidade, é particularmente dominante na indústria de
manutenção e reparo, e é muito usado na construção de estruturas de aço e na fabricação
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
industrial. Nos últimos anos, seu uso diminuiu à medida que a soldagem a arco de
núcleo expandido se disseminou na indústria da construção civil, e a soldagem a arco
de metal a gás se tornou mais popular em ambientes industriais. No entanto, devido
ao baixo custo do equipamento e a ampla aplicabilidade, o processo provavelmente
continuará popular, especialmente entre amadores e pequenas empresas, nas quais os
processos de soldagem especializados são antieconômicos e desnecessários.
A soldagem por eletrodo revestido é frequentemente usada para soldar aço carbono,
aço de baixa e alta liga, aço inoxidável, ferro fundido e ferro dúctil. Embora menos
popular para materiais não ferrosos, pode ser usado em níquel e cobre e suas ligas e, em
casos raros, em alumínio. A espessura do material que está sendo soldado é limitada na
extremidade inferior principalmente pela habilidade do soldador, mas raramente cai
abaixo de 1,5 mm (0,06 pol). Não existe limite superior: com a preparação adequada
da junta e o uso de várias passagens, materiais de espessuras virtualmente ilimitadas
podem ser unidos. Além disso, depende do eletrodo usado e da habilidade do soldador.
Equipamento
Fonte de alimentação
A fonte de alimentação usada na soldagem de arco por eletrodo revestido tem saída
de corrente constante, garantindo que a corrente (e, portanto, o calor) permaneça
relativamente constante, mesmo se a distância do arco e a tensão mudarem. Isso é
importante porque a maioria das aplicações da soldagem de arco por eletrodo revestido
é manual, exigindo que o operador segure a tocha. Manter uma distância de arco
adequadamente estável é difícil se uma fonte de energia de tensão constante for usada,
pois pode causar variações dramáticas de calor e dificultar a soldagem. No entanto,
como a corrente não é mantida absolutamente constante, soldadores habilidosos
realizando soldas complicadas podem variar o comprimento do arco para causar
pequenas flutuações na corrente.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Porta Eletrodo
Fonte
Cabos
Cabo terra
Eletrodo
A escolha do eletrodo para soldagem de arco por eletrodo revestido depende de vários
fatores, incluindo o material de solda, a posição de soldagem e as propriedades de
soldagem desejadas. O eletrodo é revestido em uma mistura metálica chamada fluxo,
que libera gases quando se decompõe para evitar a contaminação da solda, introduz
desoxidantes para purificar a solda, formando escória protetora da solda, melhora a
estabilidade do arco e fornece elementos de liga para melhorar a qualidade de solda.
Os eletrodos podem ser divididos em três grupos – aqueles projetados para derreter
rapidamente são chamados de eletrodos de “enchimento rápido“, aqueles projetados
para solidificar rapidamente são chamados de eletrodos de “congelamento rápido“ e os
eletrodos intermediários são chamados de fill-freeze. Eletrodos de enchimento rápido
são projetados para derreter rapidamente para que a velocidade de soldagem possa ser
maximizada, enquanto eletrodos de congelamento rápido fornecem metal de enchimento
que solidifica rapidamente, possibilitando a soldagem em uma variedade de posições,
impedindo que a poça de soldagem mude significativamente antes de solidificar.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
Eletrodo
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Variações de processo
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Equipamento
Figura 8. Equipamento soldagem por arco submerso.
Bobina de
Arame Arame
Alimentador de
Reservatório de Arame
Fluxo
Sistema de Fonte de
Controle Energia
Cabeçote de
Soldagem
Metal de
Base
Cabeça de soldagem
Funil de fluxo
Fluxo
Eletrodo
de 1,6 mm a 6 mm (1/16 pol. A 1/4 pol.). Em certas circunstâncias, o fio trançado pode
ser usado para dar ao arco um movimento oscilante. Isso ajuda a fundir a ponta da
solda ao metal base. A composição do eletrodo depende do material que está sendo
soldado. Elementos de ligação podem ser adicionados nos eletrodos. Os eletrodos estão
disponíveis para soldagem de aços macios, aços de alto carbono, aços baixos e especiais,
aço inoxidável e alguns dos não ferrosos de cobre e níquel. Os eletrodos são geralmente
revestidos com cobre para evitar ferrugem e aumentar sua condutividade elétrica. Os
eletrodos estão disponíveis em comprimentos retos e bobinas. Seus diâmetros podem
ser 1,6, 2,0, 2,4, 3, 4,0, 4,8 e 6,4 mm. O valor aproximado das correntes a serem soldadas
com eletrodos de 1,6, 3,2 e 6,4 mm de diâmetro é de 150–350, 250–800 e 650–1350
Amps, respectivamente.
Operação de Soldagem
O fluxo começa a depositar na junta a ser soldada. Como o fluxo quando frio é não
condutor de eletricidade, o arco pode ser atingido tocando o eletrodo com a peça de
trabalho ou colocando lã de aço entre o eletrodo e o trabalho antes de ligar a corrente
de soldagem ou usando uma unidade de alta frequência. Em todos os casos, o arco é
atingido por uma camada de fluxo. O fluxo é um isolante, mas uma vez que derrete
devido ao calor do arco, torna-se altamente condutor e, portanto, o fluxo de corrente é
mantido entre o eletrodo e a peça por meio do fluxo fundido. A parte superior do fluxo,
em contato com a atmosfera, que é visível, permanece granular (inalterada) e pode ser
reutilizada. O fluxo inferior fundido torna-se escória, que é um material residual e deve
ser removido após a soldagem.
Fluxo Eletrodo
Escória
Solda
Metal de Base
Poça de Fusão
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Uma placa de apoio de aço ou cobre pode ser usada para controlar a penetração e para
suportar grandes quantidades de metal fundido associado ao processo.
»» Tensão do arco.
»» Velocidade de soldagem.
Aplicações materiais
»» Aços inoxidáveis.
Vantagens
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
Limitações
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CAPÍTULO 3
Arame tubular
Introdução
A soldagem a arco por arrame tubular (FCAW ou FCA) é um processo de soldagem
a arco semiautomático ou automático. A soldagem a arco por arame tubular requer
um eletrodo tubular consumível alimentado continuamente, contendo uma fonte de
alimentação de solda de fluxo e de voltagem constante ou, menos comumente, de
corrente constante. Isso é FCAW, que usa um arame tubular preenchido com um fluxo.
O arco é iniciado do eletrodo para o trabalho. O fluxo que é preenchido no eletrodo
se derrete durante o processo de soldagem e protege a área soldada da atmosfera.
O eletrodo positivo de corrente contínua é comumente empregado em FCAW.
Um gás de proteção fornecido externamente é algumas vezes usado, mas muitas vezes
o próprio fluxo é usado para gerar a proteção necessária da atmosfera, produzindo
proteção gasosa e escória líquida, protegendo a solda. O processo é amplamente
utilizado na construção devido à sua alta velocidade de soldagem e portabilidade.
O FCAW foi desenvolvido pela primeira vez no início dos anos 1950, como uma alternativa
à soldagem a arco por eletrodo revestido (SMAW). A vantagem do FCAW em relação
ao SMAW é que o uso dos eletrodos revestidos usados no SMAW é desnecessário. Isso
ajudou a FCAW a superar muitas das restrições associadas ao SMAW.
Rolos de conformação
Fieira
Rolos de conformação
Bobinamento de arame
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
Equipamento
Fonte de energia
A maioria das fontes de energia opera com alimentação de entrada de 230 ou 460 volts,
mas também estão disponíveis máquinas que operam com entrada de 200 a 575 volts.
Pode operar em frequência de entrada única ou trifásica de 50-60 hertz. A maioria das
fontes de energia usadas para soldagem de arrame tubular tem um ciclo de trabalho de
100%, ou seja, pode ser usada continuamente.
Protegendo gases
O gás de proteção é usado para proteger a área soldada da atmosfera e outros gases,
como oxigênio e nitrogênio.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Alguns gases de proteção são dióxido de carbono, argônio misturado com dióxido de
carbono, mistura argônio-oxigênio.
Processo de soldagem
A soldagem a arco por arrame tubular evoluiu a partir do processo de soldagem MIG para
melhorar a ação do arco, a transferência de metal etc. Algumas etapas são as seguintes:
Direção de
Bocal Soldagem
(opcional)
Gás
(opcional)
Escória Eletrodo
Solda
Metal de
base
Poça de Fusão
A diferença nos dois processos deve-se aos diferentes agentes de fluxo nos consumíveis.
Tipos
Um tipo de FCAW não requer gás de proteção. Isso é possível graças ao núcleo de fluxo
no eletrodo consumível tubular. No entanto, esse núcleo contém mais do que apenas
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PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
fluxo. Também contém vários ingredientes que, quando expostos a altas temperaturas
de soldagem, geram um gás de proteção para proteger o arco. Esse tipo de FCAW é
atraente porque é portátil e geralmente tem boa penetração no metal base. Além disso,
as condições de vento não precisam ser consideradas. Algumas desvantagens são que
esse processo pode produzir fumaça excessiva e nociva (dificultando a visão da poça
de solda). Como em todos os processos de soldagem, o eletrodo adequado deve ser
escolhido para obter as propriedades mecânicas necessárias. A habilidade do operador
é um fator importante, pois a manipulação inadequada do eletrodo ou a configuração
da máquina podem causar porosidade.
Outro tipo de FCAW usa um gás de proteção que deve ser fornecido por um suprimento
externo. Esse tipo de FCAW foi desenvolvido principalmente para soldagem de aços
estruturais. De fato, uma vez que usa tanto um eletrodo tubular como um gás de proteção
externo, pode-se dizer que é uma combinação de metal de gás (MIG/MAG) e soldagem
por arrame tubular. Os gases de proteção mais utilizados são dióxido de carbono ou
dióxido de carbono. A mistura mais comum usada é 75% de Argônio 25% de Dióxido de
Carbono. Esse estilo particular de FCAW é preferível para soldar metais mais grossos
e fora de posição. A escória criada pelo fluxo também é fácil de remover. As principais
vantagens desse processo é que, em um ambiente fechado, geralmente produz soldas
de propriedades mecânicas melhores e mais consistentes, com menos defeitos de solda
do que os processos de eletrodo revestido ou MIG/MAG. Na prática, também permite
uma taxa de produção mais alta, já que o operador não precisa parar periodicamente
para buscar um novo eletrodo, como é o caso no eletrodo revestido. No entanto, como o
MIG/MAG, ele não pode ser usado em um ambiente com muito vento, pois a perda do
gás de proteção do fluxo de ar produzirá porosidade na solda.
43
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1)
Variáveis de processo
»» Tensão do arco.
»» Extensão do eletrodo.;
»» Ângulos do eletrodo.
Vantagens e aplicações
44
PRINCÍPIOS BÁSICOS E SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 1) │ UNIDADE I
»» aços inoxidáveis;
Desvantagens
Naturalmente, todos os problemas comuns que ocorrem na soldagem podem ocorrer
em FCAW, como fusão incompleta entre metais básicos, inclusão de escória (inclusões
não metálicas) e rachaduras nas soldas. Mas há algumas preocupações que surgem com
a FCAW que merecem uma atenção especial:
45
SOLDAGEM A ARCO UNIDADE II
ELÉTRICO (PARTE 2)
CAPÍTULO 1
Soldagem a arco com proteção por
gás e eletrodo não consumível (TIG)
Introdução
A soldagem por arco de tungstênio a gás, também conhecida como solda de gás inerte de
tungstênio (TIG), é um processo de soldagem a arco que utiliza um eletrodo de tungstênio
não consumível para produzir a solda. Tornou-se um sucesso durante a década de
1940, pois proporcionava a adesão de magnésio e alumínio. Utilizando um escudo de
gás inerte em vez de uma escória para proteger a solda, o processo foi um substituto
altamente atraente para a soldagem a arco de metal e manual. A TIG desempenhou um
papel importante na aceitação do alumínio para aplicações estruturais e de soldagem
de alta qualidade.
A TIG é mais comumente usada para soldar seções finas de aço inoxidável e metais não
ferrosos, como alumínio, magnésio e ligas de cobre. O processo concede ao operador
maior controle sobre a solda do que processos concorrentes, como soldagem a arco de
metal eletrodo revestido e solda a arco de metal a gás, permitindo soldas mais fortes
e de maior qualidade. No entanto, a TIG é comparativamente mais complexa e difícil
de dominar e, além disso, é significativamente mais lenta do que a maioria das outras
46
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
Operação de soldagem
A soldagem a arco com proteção por gás é um método de soldagem relativamente
difícil, devido à coordenação exigida pelo soldador. Semelhante à soldagem por
tocha, a TIG normalmente requer duas mãos, já que a maioria das aplicações requer
que o soldador alimente manualmente um metal de enchimento na área de solda com
uma mão enquanto manipula a tocha de solda na outra. Manter um comprimento
de arco curto, evitando o contato entre o eletrodo e a peça de trabalho, também
é importante.
Uma vez que o arco é atingido, o soldador move a tocha em um pequeno círculo para
criar uma piscina de soldagem, cujo tamanho depende do tamanho do eletrodo e da
quantidade de corrente. Mantendo uma separação constante entre o eletrodo e a peça
de trabalho, o operador move a tocha ligeiramente e a inclina para trás cerca de 10 a 15
graus da vertical. O metal de adição é adicionado manualmente à extremidade dianteira
do conjunto de soldagem, conforme necessário.
47
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Fonte
Cilindro de Gás
(Argônio ou Hélio)
Tocha Metal de
Eletrodo adição
Tungstênio Arco
Eletrodo
Metal base Gás de
Tungstênio Metal base proteção
forma, o calor do arco pode causar fumaça venenosa formada a partir de materiais
de limpeza e desengorduramento. As operações de limpeza usando esses agentes não
devem ser realizadas perto do local de soldagem, e ventilação adequada é necessária
para proteger o soldador.
Aplicações
Enquanto a indústria aeroespacial é um dos principais usuários da soldagem a arco com
proteção por gás, o processo é usado em várias outras áreas. Muitas indústrias usam a
TIG para soldar peças finas, especialmente metais não ferrosos. É usado extensivamente
na fabricação de veículos espaciais, e também é frequentemente empregado para soldar
tubos de pequeno diâmetro, de paredes finas, como o usado na indústria de bicicletas.
Além disso, a TIG é frequentemente usada para fazer soldas de raiz ou de primeira
passagem para tubulações de vários tamanhos. Em trabalhos de manutenção e reparo,
o processo é comumente usado para reparar ferramentas e matrizes, especialmente
componentes feitos de alumínio e magnésio.
Como o metal de solda não é transferido diretamente pelo arco elétrico como a maioria
dos processos de solda a arco aberto, uma vasta gama de metal de enchimento de solda
está disponível para o engenheiro de soldagem. De fato, nenhum outro processo de
soldagem permite a soldagem de tantas ligas em tantas configurações de produto.
Ligas metálicas de enchimento, como alumínio elementar e cromo, podem ser perdidas
por meio do arco elétrico da volatilização. Essa perda não ocorre com o processo TIG.
Como as soldas resultantes têm a mesma integridade química do metal base original ou
combinam com os metais de base, as soldas TIG são altamente resistentes à corrosão e
trincas durante longos períodos de tempo, tornando a TIG o procedimento de soldagem
de escolha para operações críticas como vedação nuclear vasilhas de combustível antes
do enterro.
49
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
nos aços pode ser removida usando uma escova de arame para remover qualquer grão
incorporado. Essas etapas são especialmente importantes quando a corrente direta de
polaridade negativa é usada, porque essa fonte de alimentação não fornece limpeza
durante o processo de soldagem, ao contrário da corrente direta de polaridade positiva
ou da corrente alternada. Para manter uma poça de solda limpa durante a soldagem,
o fluxo do gás de proteção deve ser suficiente e consistente para que o gás cubra a
solda e bloqueie as impurezas na atmosfera. A TIG em ambientes ventosos ou com
correntes de ar aumenta a quantidade de gás de proteção necessária para proteger a
solda, aumentando o custo e tornando o processo impopular em ambientes externos.
O nível de entrada de calor também afeta a qualidade da solda. Baixa entrada de calor,
causada por corrente de soldagem baixa ou alta velocidade de soldagem, pode limitar
a penetração e fazer com que o cordão de solda se levante da superfície que está sendo
soldada. Se houver excesso de calor, no entanto, o cordão de solda cresce em largura,
enquanto a probabilidade de penetração excessiva e respingos aumenta. Além disso, se
a tocha de soldagem estiver muito longe da peça de trabalho, o gás de proteção torna-se
ineficaz, causando porosidade dentro da solda. Isso resulta em uma solda com furos,
que é mais fraca que uma solda típica.
Equipamento
O equipamento necessário para a operação de soldagem a arco com proteção por gás
inclui uma tocha de soldagem que utiliza um eletrodo de tungstênio não consumível, uma
fonte de alimentação de soldagem de corrente constante e uma fonte de gás de proteção.
Tocha de soldagem
As partes internas de metal de uma tocha são feitas de ligas duras de cobre ou latão
para transmitir corrente e calor de forma eficaz. O eletrodo de tungstênio deve ser
mantido firmemente no centro da tocha com uma pinça de tamanho apropriado, e
as portas ao redor do eletrodo fornecem um fluxo constante de gás de proteção. As
pinças são dimensionadas de acordo com o diâmetro do eletrodo de tungstênio que elas
contêm. O corpo da tocha é feito de plásticos isolantes resistentes ao calor que cobrem
os componentes metálicos, proporcionando isolamento do calor e da eletricidade para
proteger o soldador.
Fonte de alimentação
A soldagem a arco com proteção por gás usa uma fonte de energia de corrente constante,
o que significa que a corrente (e, portanto, o calor) permanece relativamente constante,
mesmo se a distância do arco e a tensão mudarem. Isso é importante porque a maioria
das aplicações do TIG é manual ou semiautomática, exigindo que o operador segure a
tocha. Manter uma distância de arco adequadamente estável é difícil se uma fonte de
energia de tensão constante for usada, pois pode causar variações dramáticas de calor
e dificultar a soldagem.
51
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
A polaridade preferida do sistema TIG depende, em grande parte, do tipo de metal que
está sendo soldado. A corrente contínua com um eletrodo carregado negativamente
é frequentemente empregada na soldagem de aços, níquel, titânio e outros metais.
Também pode ser usado no TIG automático de alumínio ou magnésio quando o hélio
é usado como gás de proteção. O eletrodo carregado negativamente gera calor e emite
elétrons, que viajam através do arco, causando ionização térmica do gás de proteção
e aumentando a temperatura do material de base. O gás de proteção ionizado flui em
direção ao eletrodo, não ao material de base, e isso pode permitir a construção de
óxidos na superfície da solda. A corrente contínua com um eletrodo com carga positiva
é menos comum e é usada principalmente para soldas superficiais, uma vez que menos
calor é gerado no material de base. Em vez de fluir do eletrodo para o material de base,
como no eletrodo carregado negativamente, os elétrons vão na outra direção, fazendo
com que o eletrodo atinja temperaturas muito altas. Para ajudar a manter sua forma
e evitar o amolecimento, um eletrodo maior é frequentemente usado. À medida que
os elétrons fluem em direção ao eletrodo, o gás de proteção ionizado flui
de volta para o material base, limpando a solda e removendo óxidos e outras
impurezas, melhorando, assim, sua qualidade e aparência.
Eletrodo
O eletrodo usado no TIG é feito de tungstênio ou de uma liga de tungstênio, porque o
tungstênio tem a mais alta temperatura de fusão entre os metais puros, a 3.422C (6.192
F). Como resultado, o eletrodo não é consumido durante a soldagem, embora possa
ocorrer alguma erosão. Os eletrodos podem ter acabamento limpo ou um acabamento
52
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
»» Uma liga de óxido del antânio (ou lanthana) tem um efeito similar ao do
cério e também não é radioativa.
Gás de proteção
Assim como com outros processos de soldagem, como soldagem a arco, gases de proteção
são necessários no TIG para proteger a área de soldagem de gases atmosféricos como
nitrogênio e oxigênio, que podem causar defeitos de fusão, porosidade e fragilização
53
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Materiais
A soldagem por arco de tungstênio a gás é mais comumente usada para soldar aço
inoxidável e materiais não ferrosos, como alumínio e magnésio, mas pode ser aplicada
a quase todos os metais, com uma notável exceção do zinco e suas ligas. Suas aplicações
envolvendo aços carbono são limitadas não por causa das restrições do processo, mas por
causa da existência de técnicas de soldagem de aço mais econômicas, como a soldagem
por arco de metal a gás e a soldagem por arco metálico soldado. Além disso, o TIG pode
ser executado em uma variedade de posições diferentes das planas, dependendo da
habilidade do soldador e dos materiais que estão sendo soldados.
54
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
Alumínio e magnésio
Corrente direta de qualquer polaridade, positiva ou negativa, pode ser usada para soldar
alumínio e magnésio. A corrente contínua com um eletrodo carregado negativamente
permite alta penetração. O argônio é comumente usado como gás de proteção
para soldagem DCEN de alumínio. Gases de proteção com alto teor de hélio são
frequentemente usados para maior penetração em materiais mais espessos. Eletrodos
Thoriated são adequados para uso em soldagem por eletrodo carregado negativamente
de alumínio. A corrente contínua com um eletrodo carregado positivamente é usada
principalmente para soldas superficiais, especialmente aquelas com uma espessura de
junta menor que 1,6 mm (0,063 pol). Um eletrodo de tungstênio é comumente usado,
juntamente com um gás puro de proteção de argônio.
Aços
Metais dissimilares
Ao soldar metais dissimilares, a junta deve ter um ajuste preciso, com dimensões
adequadas de folga e ângulos de chanfro. Deve-se ter cuidado para evitar o derretimento
do material de base excessivo. A corrente pulsada é particularmente útil para essas
aplicações, pois ajuda a limitar a entrada de calor. O metal de adição deve ser adicionado
rapidamente, e uma grande piscina de solda deve ser evitada para evitar a diluição dos
materiais de base.
56
CAPÍTULO 2
Soldagem a arco com proteção por
gás e eletrodo consumível (MIG/MAG)
Introdução
Soldagem a arco com proteção por gás e eletrodo consumível (GMAW), por vezes
referidos pelos seus subtipos de gás inerte (MIG) ou soldagem de gás ativo (MAG)
de soldagem, é um processo em que um arco elétrico se forma entre um eletrodo
MIG consumível e o metal da peça, provocando o aquecimento do metal da peça de
trabalho, causando derretimento e junção. Junto com o eletrodo de arame, um gás de
proteção se alimenta por meio da pistola de soldagem, o que protege o processo de
contaminantes no ar.
57
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Equipamento
Para realizar a soldagem a arco de metal a gás, o equipamento básico necessário é uma
pistola de soldagem, uma unidade de alimentação de arame, uma fonte de alimentação
de soldagem, um fio de eletrodo de soldagem e um suprimento de gás de proteção.
de alta corrente que desenvolvem um conjunto maior de solda fundida. Uma mangueira
de gás dos tanques de gás de proteção fornece o gás ao bocal.
Ferramenta
Fonte de alimentação
A maioria das aplicações de soldagem a arco a gás usa uma fonte de alimentação de
voltagem constante. Como resultado, qualquer alteração no comprimento do arco
(que está diretamente relacionada à tensão) resulta em grande mudança na entrada
e corrente de calor. Um comprimento de arco mais curto causa uma entrada de calor
muito maior, o que faz com que o eletrodo do fio derreta mais rapidamente e, assim,
restaure o comprimento do arco original. Isso ajuda os operadores a manterem o
comprimento do arco consistente mesmo quando se solda manualmente. Para obter
um efeito semelhante, às vezes uma fonte de energia de corrente constante é usada em
combinação com uma unidade de alimentação de arame controlada por tensão de arco.
Nesse caso, uma alteração no comprimento do arco faz com que a taxa de alimentação
do arame seja ajustada para manter um comprimento de arco relativamente constante.
Em raras circunstâncias, uma fonte de energia de corrente constante e uma unidade
constante de taxa de alimentação de arame podem ser acopladas, especialmente para a
soldagem de metais com altas condutividades térmicas, como o alumínio. Isso concede
ao operador controle adicional sobre a entrada de calor na solda, mas requer habilidade
significativa para executar com sucesso.
59
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Eletrodo
O eletrodo é um fio de liga metálica, chamado fio MIG, cuja seleção, liga e tamanho
são baseados principalmente na composição do metal que está sendo soldado, na
variação do processo sendo usada, no projeto da junta e nas condições da superfície
do material. A seleção de eletrodos influencia as propriedades mecânicas da solda
e é um fator-chave na qualidade da solda. Em geral, o metal de solda acabado deve
ter propriedades mecânicas semelhantes às do material de base, sem defeitos,
como descontinuidades, contaminantes arrastados ou porosidade dentro da solda.
Para atingir esses objetivos, existe uma grande variedade de eletrodos. Todos os eletrodos
disponíveis comercialmente contêm metais desoxidantes, como silício, manganês,
titânio e alumínio em pequenas porcentagens para ajudar a evitar a porosidade do
oxigênio. Alguns contêm metais desnitridantes, como titânio ezircônio, para evitar a
porosidade do nitrogênio. Dependendo da variação do processo e do material base que
está sendo soldado, os diâmetros dos eletrodos usados na MIG normalmente variam
de 0,7 a 2,4 mm (0,028 a 0,095 pol), mas podem ser tão grandes quanto 4 mm (0,16
pol). Os eletrodos menores, geralmente até 1,14 mm (0,045 pol), estão associados ao
processo de transferência de metal por curto-circuito, enquanto os eletrodos de modo
de processo de transferência por pulverização mais comuns são geralmente de pelo
menos 0,9 mm (0,035 pol).
Gás de proteção
Os gases de proteção são necessários para soldagem para proteger a área de soldagem
de gases atmosféricos como nitrogênio e oxigênio, que podem causar defeitos de fusão,
porosidade e fragilização de metal de solda se entrarem em contato com o eletrodo,
o arco ou a solda. Esse problema é comum a todos os processos de soldagem a arco.
Por exemplo, no antigo processo de soldagem por arco por eletrodo revestido (SMAW),
o eletrodo é revestido por um sólido que desenvolve uma nuvem protetora de dióxido
de carbono quando derretido pelo arco. No MIG, no entanto, o fio do eletrodo não tem
revestimento de fluxo, e um gás de proteção separado é empregado para proteger a
60
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
solda. Isso elimina a escória, o resíduo duro do fluxo que se acumula após a soldagem e
deve ser lascado para revelar a solda completa.
61
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Operação de soldagem
Para a maioria de suas aplicações, a soldagem MIG é um processo de soldagem
relativamente simples, que requer não mais do que uma semana ou duas para dominar
a técnica básica de soldagem. Mesmo quando a soldagem é realizada por operadores
bem treinados, a qualidade da solda pode variar, pois depende de vários fatores
externos. Todo o MIG é perigoso, embora talvez menos do que alguns outros métodos
de soldagem, como a soldagem de arco por eletrodo.
Gás de
Proteção Eletrodo
Solda
Metal de Base
Poça de Fusão
Fonte: Silva (2019).
62
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
Técnica
A soldagem de juntas verticais ou suspensas pode exigir o uso de uma técnica para garantir
a deposição e penetração adequadas da solda. Na soldagem de posição, a gravidade tende
a fazer com que o metal derretido saia da poça, resultando em formação de crateras e
cortes inferiores, duas condições que produzem uma solda fraca. A tecelagem move
constantemente a zona de fusão de modo a limitar a quantidade de metal depositada em
qualquer ponto. A tensão superficial ajuda a manter o metal derretido na poça até que ele
seja capaz de solidificar. O desenvolvimento da habilidade de soldagem de posição requer
alguma experiência, mas geralmente é rapidamente dominado.
63
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Qualidade
Segurança
A soldagem a arco em qualquer forma pode ser perigosa se as devidas precauções não
forem tomadas. Como o MIG/MAG emprega um arco elétrico, os soldadores devem usar
roupas de proteção adequadas, incluindo luvas pesadas e jaquetas protetoras de manga
longa, para minimizar a exposição ao próprio arco, bem como calor intenso, faíscas e
metal quente. A intensa radiação ultravioleta do arco pode causar danos semelhantes à
queimadura solar à pele exposta, bem como uma condição conhecida como olho de arco,
uma inflamação da córnea ou, em casos de exposição prolongada, danos irreversíveis à
retina do olho. Capacetes de soldagem convencionais contêm placas de face escuras para
evitar essa exposição. Projetos de capacete mais novos apresentam um cristal líquido,
tipo de placa frontal que se escurece por exposição ao arco. Cortinas transparentes
de soldagem, feitas de um filme plástico de policloreto de vinila, são frequentemente
usadas para proteger trabalhadores próximos e espectadores da exposição ao arco.
64
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
Figura 15. Condições de corrente e tensão para as diferentes formas de transferência para a soldagem MIG/MAG
com um gás de proteção a base de argônio (esquemático).
Goticular
Tensão
(Spray)
(V)
Globular
Curto circuito
Corrente (A)
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UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Globular
Curto-circuito
66
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
para manter um arco estável: geralmente entre 100 e 200 amperes de 17 a 22 volts para
a maioria das aplicações. Além disso, o uso de transferência de arco curto pode resultar
em falta de fusão e penetração insuficiente ao soldar materiais mais grossos, devido à
menor energia do arco e à rápida congelação do conjunto de solda. Como a variação
globular, ela só pode ser usada em metais ferrosos.
Goticular (spray)
Além disso, por causa da grande piscina de solda, é frequentemente limitada a posições
de soldagem horizontal e plana e, às vezes, também usada para soldas verticais.
Geralmente não é prático para soldas de passagem de raiz. Quando um eletrodo menor
é usado em conjunto com menor entrada de calor, sua versatilidade aumenta. A taxa
máxima de deposição para o arco de pulverização MIG/MAG é relativamente alta –
cerca de 600 mm/s (150 in/min).
Pulverizador pulsado
Uma variação do modo de transferência por pulverização, o spray de pulso é baseado
nos princípios de transferência por pulverização, mas usa uma corrente pulsante para
derreter o fio de enchimento e permitir que uma pequena gota fundida caia com cada
pulso. Os pulsos permitem que a corrente média seja mais baixa, diminuindo a entrada
de calor geral e, assim, diminuindo o tamanho da poça de solda e da zona afetada pelo
calor, ao mesmo tempo em que possibilita a soldagem de peças finas. O pulso fornece
um arco estável e sem respingos, já que nenhum curto-circuito ocorre. Isso também
torna o processo adequado para quase todos os metais, e também pode ser usado fio de
eletrodo mais espesso. A poça de solda menor confere à variação maior versatilidade,
67
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
68
CAPÍTULO 3
Outros tipos de soldagem a arco elétrico
Eletroescória
Soldagem eletroescória é um processo de soldagem no qual o calor é gerado por uma
corrente elétrica que passa entre o eletrodo consumível (metal de enchimento) e a peça
de trabalho através de uma escória derretida que cobre a superfície da solda.
Antes da soldagem, a folga entre as duas peças de trabalho é preenchida com um fluxo
de soldagem.
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UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Eletrodo
Metal Base
Fluxo
Granulado
Metal Base
Fluxo
Fundido
Solda
Fundido
Solda solidificada
Benefícios
Os benefícios do processo incluem suas altas taxas de deposição de metal – ele pode
assentar metais a uma taxa entre 15 e 20 kg por hora (35 e 45 lb/h) por eletrodo – e
sua capacidade de soldar materiais espessos. Muitos processos de soldagem exigem
mais de uma passagem para soldar peças de trabalho espessas, mas geralmente uma
única passagem é suficiente para a soldagem por eletroescória. O processo também
é muito eficiente, uma vez que a preparação conjunta e o manuseio de materiais são
minimizados, enquanto a utilização de metal de enchimento é alta. O processo também
é seguro e limpo, sem arco voltaico e com respingos de solda baixos ou distorção.
A soldagem por eletroescória facilita a mecanização, reduzindo, assim, a necessidade
de soldadores manuais qualificados.
Um eletrodo é comumente usado para fazer soldas em materiais com uma espessura
de 25 a 75 mm (1 a 3 pol), e peças mais grossas geralmente requerem mais eletrodos.
A espessura máxima da peça que já foi soldada com sucesso foi uma peça de 0,91 m
(36 pol) que exigiu o uso simultâneo de seis eletrodos para completar.
70
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
Desvantagens
71
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Energia elétrica e força são transmitidas por meio de um porta-pinos num dispositivo
de elevação, e protegidos por uma cerâmica, que tem como função a proteção contra os
respingos, contaminação atmosférica e contenção do metal líquido.
Figura 17. Processo de soldagem de pinos: (a) posicionamento da tocha; (b) abertura do arco e levantamento do
pino; (c) término do período de arco, pino pressionado contra a peça; (d) soldagem completada.
Porta-pino
Pino
Bocal
Metal de Base
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SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
Equipamentos
Comando Pressão
Pino
Anel Cerâmico
Peça
Sistemas automáticos de alimentação para alta produção podem ser adaptados nas
pistolas por tubos flexíveis, em que a fonte de energia para deslocamento dos pinos do
reservatório a pistola é o ar comprimido. Nesse caso, as cerâmicas de proteção não são
usadas, pois o diâmetro dos pinos e os tempos de soldagem são menores.
73
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
Aplicações
Materiais
Os pinos podem ser de aço SAE 1030, em aço baixa liga com Cr Mo; pino de aço inox com
alta liga; pinos de alumínio 99,5 em ligas de alumínio (proteção da poça de soldagem
com gás argônio é necessária). É possível solda dissimilar, geralmente com pinos de aço
inoxidável para ancoragem de refratário para válvulas siderúrgicas.
Tecnologia do processo
Pinos especiais podem ser feitos com um ressalto em sua extremidade para facilitar a
ignição do arco. Nesse processo, as dimensões da ponta do pino determinam o processo
de solda.
Ele é apropriado para pequenos esforços mecânicos, em chapas finas ou com revestimento
de material sintético de um lado.
Também são feitos pinos com dimensões maiores com pontas em alumínio, para melhor
qualidade da solda, pois o alumínio tem a função de desoxidar o banho de fusão, indicado
principalmente para chapas com oxidações e sujeiras, em que o esmerilhamento ou
escovamento das áreas é de difícil acesso, como, por exemplo, em soldas de campo.
Na soldagem convencional, as superfícies que estão em contato com o pino devem estar
isentas de:
»» óleo;
74
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
»» umidade;
»» sujeira;
»» carepa.
O pino não poderá ser soldado sobre superfícies pintadas e zincadas. As superfícies
devem ser limpas pelos métodos:
»» escovamento;
»» lixamento;
»» decapagem.
»» sobreposição excessiva;
»» trincas;
»» desalinhamento;
»» torção.
75
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
76
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
Figura 19. Esquema da tocha de soldagem a plasma (1 – Gás de plasma; 2 – Bocal de proteção; 3 – Gás de
proteção; 4 – Eletrodo; 5 – Bocal de constrição; 6 – Arco elétrico).
O processo também era conhecido como soldagem de arco-átomo. O calor produzido por
essa tocha é suficiente para derreter e soldar o tungstênio (3422 °C), metal mais refratário.
A presença de hidrogênio também atua como um escudo de gás e protege os metais da
contaminação por carbono, nitrogênio ou oxigênio, o que pode danificar gravemente as
propriedades de muitos metais. Elimina a necessidade de fluxo para este propósito.
O arco é mantido independentemente da peça de trabalho ou das peças que estão sendo
soldadas. O gás hidrogênio é normalmente diatômico (H2), mas, quando as temperaturas
são superiores a 600 °C (1100 °F) perto do arco, o hidrogênio se decompõe em sua
forma atômica, absorvendo simultaneamente uma grande quantidade de calor do arco.
Quando o hidrogênio atinge uma superfície relativamente fria (isto é, a zona de solda),
ele se recombina em sua forma diatômica e libera rapidamente o calor armazenado.
A energia no AHW pode variar facilmente alterando a distância entre o fluxo do arco e a
superfície da peça de trabalho. Esse processo está sendo substituído por uma soldagem
de arco de metal blindado, principalmente devido à disponibilidade de gases inertes
77
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
baratos. Na soldagem com hidrogênio atômico, o metal de enchimento pode ou não ser
usado. Nesse processo, o arco é mantido totalmente independente do trabalho ou das
peças que estão sendo soldadas. O trabalho é uma parte do circuito elétrico apenas na
medida em que uma parte do arco entra em contato com o trabalho, momento em que
existe uma tensão entre o trabalho e cada eletrodo.
Eletrodo de H2 Eletrodo de
tungstênio tungstênio
Arame de
solda
Metal Base
Eletrodos
Os eletrodos de soldagem a arco de carbono variam em tamanho de 1/8 a 7/8 pol. (3,2
a 22,2 mm) de diâmetro. Os eletrodos de carbono cozido duram mais que os eletrodos
78
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
de grafite. Suportes resfriados a água estão disponíveis para uso com os eletrodos de
tamanho maior, ou os adaptadores podem ser instalados nos suportes convencionais
para permitir a acomodação dos eletrodos maiores.
Máquina
79
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
O processo de soldagem a arco de carbono tem sido usado quase inteiramente pelo
método manual de aplicação. É um processo de soldagem de todas as posições. A soldagem
a arco de carbono é usada principalmente como fonte de calor para gerar a poça de
solda que pode ser transportada em qualquer posição.
Metais soldáveis
Como o arco de carbono é utilizado principalmente como fonte de calor para gerar uma
poça de soldagem, ele pode ser usado em metais que não são afetados pelo recolhimento
de carbono ou pela atmosfera de monóxido de carbono ou dióxido de carbono. Pode ser
usado para soldagem de aços e metais não ferrosos e para revestimento.
Ferro fundido. Ferros fundidos podem ser soldados com o arco de carbono e uma
haste de soldagem de ferro fundido. A fundição deve ser pré-aquecida a cerca de 1200
°F (649 °C) e resfriada lentamente se for desejada uma solda usinável.
Cobre. A polaridade reta deve sempre ser usada para soldagem por arco de carbono
de cobre. A polaridade reversa produzirá depósitos de carbono no trabalho que inibe
a fusão. O trabalho deve ser pré-aquecido na faixa de 300 a 1200 °F (149 a 649 °C),
dependendo da espessura das peças. Se isso for impraticável, o arco deve ser usado
para pré-aquecer localmente a área de solda. A alta condutividade térmica do cobre
faz com que o calor seja conduzido longe do ponto de soldagem tão rapidamente que é
difícil manter o calor da soldagem sem pré-aquecimento. Recomenda-se uma abertura
de raiz de 1/8 pol. (3,2 mm). Os melhores resultados são obtidos em altas velocidades
de deslocamento com o comprimento do arco direcionado na haste de soldagem.
Um comprimento de arco longo deve ser usado para permitir que o carbono do eletrodo
se combine com o oxigênio para formar dióxido de carbono, o que fornecerá alguma
blindagem do metal de solda.
80
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
Princípios de operação
A soldagem com eletrodo de carvão usa um único eletrodo com o arco entre ele e o
metal base. É o processo de arco mais antigo e não é popular hoje em dia.
As peças de trabalho devem estar livres de graxa, óleo, escamas, tinta e outros materiais
estranhos. As duas peças devem ser bem apertadas, sem abertura da raiz. Eles podem
ser unidos por solda.
Eletrodos de carbono com diâmetro de 3,2 a 7,9 mm (1/8 a 5/16 pol.) podem ser
usados, dependendo da corrente necessária para a soldagem. O final do eletrodo deve
ser preparado com uma longa conicidade até um ponto. O diâmetro do ponto deve ser
cerca de metade do diâmetro do eletrodo. Para o aço, o eletrodo deve se projetar de
cerca de 4,0 a 5,0 pol. (101,6 a 127,0 mm) do suporte do eletrodo.
Um arco de carbono pode ser atingido ao colocar a ponta do eletrodo em contato com o
trabalho e imediatamente retirá-lo no comprimento correto para soldagem. Em geral, um
comprimento de arco entre 1/4 e 3/8 pol. (6,4 e 9,5 mm) é o melhor. Se o comprimento
do arco for muito curto, é provável que haja uma carburação excessiva do metal fundido,
resultando em uma solda quebradiça.
Quando o arco é quebrado por qualquer motivo, ele não deve ser reiniciado diretamente
sobre o metal de solda quente. Isso pode causar um ponto duro na solda no ponto de
contato. O arco deve ser iniciado em metal frio para um lado da junta e, em seguida,
retornar rapidamente ao ponto em que a soldagem deve ser retomada.
solda desejado. Soldar verticalmente ou acima da cabeça com o arco de carbono é difícil
porque a soldagem a arco de carbono é essencialmente um processo de formação de
poças. A junta de solda deve ser apoiada, especialmente no caso de chapas finas, para
suportar as poças de solda fundidas e evitar o derretimento excessivo.
Para soldas de canto externo em chapa de aço de calibre 14 a 18, o arco de carbono pode
ser usado para soldar as duas folhas juntas sem um metal de enchimento. Tais soldas
são geralmente mais sujas e mais econômicas de fazer do que soldas de arco de metal
blindado feitas sob condições similares.
Eletrodo de carbono
não consumível
Fonte de energia
Poça de solda
Arco
Metal base
metais é produzida por aquecimento com um arco elétrico mantido entre dois eletrodos
de carbono. O metal de enchimento pode ou não ser usado. O processo também pode
ser usado para brasagem.
O tamanho do arco depende da distância entre as pontas dos eletrodos, os diâmetros dos
eletrodos e a corrente de soldagem. A entrada de calor para o trabalho pode ser variada
alterando o tamanho do arco ou a distância entre o arco e a peça de trabalho. Depois
de atingir o arco, a soldagem pode ser realizada da mesma forma que no processo de
soldagem TIG.
83
UNIDADE II │ SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2)
ampères para soldar uma chapa de aço de espessura leve de 3,5 mm e 80 ampères para
soldar uma lâmina de 6 mm de espessura.
A soldagem por arco duplo-carbono, embora mais complexa do que a soldagem a arco
de carbono simples, possui a vantagem de que o arco é independente do trabalho e pode
ser movido para qualquer lugar sem se extinguir. Além disso, a peça de trabalho não faz
parte do circuito elétrico.
O arco de carbono duplo pode ser usado para muitas aplicações, além de soldagem,
brasagem e solda. Pode ser usado como fonte de calor para dobrar ou formar metal.
O método do eletrodo de carbono duplo é relativamente lento e não tem muito uso
como um processo de soldagem industrial.
Operação de soldagem
Em EGW, o calor do arco de solda faz com que o eletrodo e as peças fundam e fluam
para a cavidade entre as peças que estão sendo soldadas. Esse metal fundido solidifica
de baixo para cima, unindo as partes sendo soldadas. A área de solda é protegida da
contaminação atmosférica por um gás de proteção separado, ou pelo gás produzido
pela desintegração de um fio de eletrodo fluxado. O eletrodo é guiado para a área
de solda por um tubo guia de eletrodo consumível, como o usado na soldagem por
eletrogalvanização, ou uma cabeça móvel. Quando o tubo de guia consumível é usado,
a poça de fusão é composta de metal fundido proveniente das peças que estão sendo
soldadas, do eletrodo e do tubo guia. A variação da cabeça móvel usa um conjunto de
um tubo guia do eletrodo que se desloca para cima quando a solda é colocada, evitando
que ela derreta.
A soldagem eletrogás pode ser aplicada à maioria dos aços, incluindo aços de baixo
e médio carbono, aços de baixa liga de alta resistência e alguns aços inoxidáveis.
Aços temperados e revenidos também podem ser soldados pelo processo, desde que a
quantidade adequada de calor seja aplicada. As soldas devem ser verticais, variando de
um lado para outro por um máximo de 15 graus. Em geral, a peça de trabalho deve ter
84
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO (PARTE 2) │ UNIDADE II
Como outros processos de soldagem a arco, a EGW exige que o operador use um capacete
de soldagem e roupas apropriadas para evitar a exposição ao metal fundido e ao arco
de solda brilhante. Em comparação com outros processos, uma grande quantidade de
metal fundido está presente durante a soldagem, e isso representa um risco adicional
de segurança e incêndio. Como o processo geralmente é realizado em grandes alturas,
o trabalho e o equipamento devem ser adequadamente protegidos, e o operador deve
usar um cinto de segurança para evitar ferimentos em caso de queda.
Equipamento
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SOLDAGEM A GÁS UNIDADE III
(CHAMA)
CAPÍTULO 1
Soldagem oxiacetilênica
86
SOLDAGEM A GÁS (CHAMA) │ UNIDADE III
Na soldagem oxicombustível, uma tocha de soldagem é usada para soldar metais. Metal
de solda resulta quando duas peças são aquecidas a uma temperatura que produz um
pool compartilhado de metal derretido. A poça de fusão é geralmente fornecida com
metal adicional chamado de enchimento. O material de enchimento depende dos
metais a serem soldados.
No corte oxicombustível, uma tocha é usada para aquecer o metal até sua temperatura
de queima. Um fluxo de oxigênio é, então, treinado sobre o metal, queimando-o em um
óxido de metal que flui para fora do kerf como escória.
Tochas que não misturam combustível com oxigênio (combinando, ao invés disso, ar
atmosférico) não são consideradas tochas oxicombustível e podem ser identificadas por
um único tanque (o corte oxicombustível requer dois suprimentos isolados, combustível
e oxigênio). A maioria dos metais não pode ser derretida com uma tocha de tanque
único. Consequentemente, os maçaricos de tanque único são tipicamente adequados
para soldagem fraca e brasagem, mas não para soldagem.
Usos
»» metal de solda;
»» corte de metal;
»» antigamente, para aquecer pedaços de cal viva para obter uma luz branca
brilhante, chamada ribalta, em teatros ou lanternas ópticas;
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UNIDADE III │ SOLDAGEM A GÁS (CHAMA)
Equipamento
Regulador
O regulador garante que a pressão do gás dos tanques coincida com a pressão necessária
na mangueira. A taxa de fluxo é, então, ajustada pelo operador usando válvulas de
agulha na tocha. O controle de fluxo preciso com uma válvula de agulha depende de
uma pressão de entrada constante.
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SOLDAGEM A GÁS (CHAMA) │ UNIDADE III
Mangueiras
Válvulas de
controle de gás
Maçarico
Cilindro de
oxigênio
Bico de
Cilindro de Gás Soldagem
Combustível
Mangueiras de gás
As mangueiras são projetadas para uso em soldagem e corte de metal. Uma mangueira
dupla ou desenho geminado pode ser usado, o que significa que as mangueiras de
oxigênio e combustível estão unidas. Se mangueiras separadas forem usadas, elas
devem ser presas juntas a intervalos de aproximadamente 1 metro, embora isso não
seja recomendado para aplicações de corte, porque as contas de metal derretido
emitidas pelo processo podem ficar alojadas entre as mangueiras em que elas estão
mantidas juntas, e queimar, liberando o gás pressurizado no interior, que, no caso do
gás combustível, geralmente se inflama.
As mangueiras são codificadas por cores para identificação visual. A cor das mangueiras
varia entre os países. Nos Estados Unidos, a mangueira de oxigênio é verde, e a mangueira
de combustível é vermelha. No Reino Unido e em outros países, a mangueira de oxigênio
é azul (mangueiras pretas ainda podem ser encontradas em equipamentos antigos), e
a mangueira de acetileno (combustível) fica vermelha. Se for utilizado combustível de
gás liquefeito de petróleo (GLP), tal como propano, a mangueira de combustível deve
ser laranja, indicando que é compatível com o GPL. O GLP danificará uma mangueira
incompatível, incluindo a maioria das mangueiras de acetileno.
Os conectores rosqueados nas mangueiras são entregues para evitar erros de conexão
acidental: a rosca na mangueira de oxigênio é destra (como de costume), enquanto a
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UNIDADE III │ SOLDAGEM A GÁS (CHAMA)
Ligações estanques ao gás entre os tubos flexíveis e tubos rígidos são feitas usando
reviradas braçadeiras de mangueira ou virolas, muitas vezes referidos como clipes de
‘O’, ao longo de espigões farpados. O uso de clipes de mangueira com rosca sem-fim ou
clipes de Jubileu é especificamente proibido no Reino Unido e em outros países.
Flashback
Flashback é a condição da chama que se propaga pelas mangueiras de um
sistema de solda e corte oxicombustível. Para evitar tal situação, um prendedor
de flashback é normalmente empregado. A chama queima para trás na
mangueira, causando um ruído de estalo ou chiado. Pode causar uma explosão
na mangueira com o potencial de ferir ou matar o operador. Usar uma pressão
menor que a recomendada pode causar um flashback.
O supressor de flashback (não confundir com uma válvula de retenção) impede que
as ondas de choque voltem para as mangueiras e entrem no cilindro, possivelmente
rompendo-o, pois há quantidades de misturas de combustível/oxigênio dentro das
partes do equipamento (especificamente dentro do misturador e maçarico/bocal)
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SOLDAGEM A GÁS (CHAMA) │ UNIDADE III
Tocha (maçarico)
A tocha é a ferramenta que o soldador segura e manipula para fazer a solda. Ele tem uma
conexão e válvula para o gás combustível e uma conexão e válvula para o oxigênio, uma
alça para o soldador agarrar e uma câmara de mistura (ajustada em um ângulo) em que
o gás combustível e o oxigênio se misturam, com uma ponta em forma de chama. Dois
tipos básicos de tochas são tipo de pressão positiva e baixa pressão ou tipo de injetor.
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UNIDADE III │ SOLDAGEM A GÁS (CHAMA)
Combustíveis
Acetileno
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SOLDAGEM A GÁS (CHAMA) │ UNIDADE III
Gasolina
Hidrogênio
O hidrogênio tem uma chama limpa e é bom para uso em alumínio. Pode ser usado
a uma pressão mais alta do que o acetileno e, portanto, é útil para soldagem e corte
subaquáticos. É um bom tipo de chama para usar ao aquecer grandes quantidades de
material. A temperatura da chama é alta, cerca de 2.000 °C para hidrogênio gasoso no
ar à pressão atmosférica, e até 2800 °C quando pré-misturado em uma proporção de
2:1 com oxigênio puro. O hidrogênio não é usado para soldar aços e outros materiais
ferrosos, porque causa fragilização por hidrogênio.
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UNIDADE III │ SOLDAGEM A GÁS (CHAMA)
O propano não queima tão quente quanto o acetileno em seu cone interno e, portanto,
raramente é usado para soldagem. No entanto, tem um número muito alto de BTUs por
pé cúbico em seu cone externo e, portanto, com a tocha certa pode fazer um corte mais
rápido e limpo do que o acetileno e é muito mais útil para aquecimento e flexão.
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SOLDAGEM A GÁS (CHAMA) │ UNIDADE III
O oxigênio
Também é possível separar oxigênio do ar passando o ar, sob pressão, por uma peneira
zeólita, que absorve seletivamente o nitrogênio e deixa passar o oxigênio (e o argônio).
Isso dá uma pureza de oxigênio de cerca de 93%. Esse método funciona bem para
brasagem, mas oxigênio de alta pureza é necessário para produzir um corte limpo e
livre de escória ao cortar.
Tipos de chama
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UNIDADE III │ SOLDAGEM A GÁS (CHAMA)
Um excesso de acetileno cria uma chama carbonizante. Essa chama é caracterizada por
três zonas de chama: o cone interno quente, uma “pena de acetileno” incandescente
e o cone externo de cor azul. Esse é o tipo de chama observado quando o oxigênio é
adicionado pela primeira vez ao acetileno em chamas.. Uma pena de solda é medida
como 2X ou 3X, com X sendo o comprimento do cone da chama interna. O carbono não
queimado isola a chama e reduz a temperatura para aproximadamente 2.800 °F (2.800
°C). A chama redutora é normalmente usada para revestimento operações ou técnicas
de soldagem de tubos. É causada pela combustão incompleta do acetileno para causar
um excesso de carbono na chama. Algum desse carbono é dissolvido pelo metal fundido
para carbonizá-lo. A chama carbonizada tenderá a remover o oxigênio dos óxidos de
ferro que podem estar presentes, fato que fez com que a chama fosse conhecida como
“chama redutora”.
O tamanho da chama pode ser ajustado de forma limitada pelas válvulas na tocha e
pelos ajustes do regulador, mas no principal depende do tamanho do orifício na ponta.
Na verdade, a ponta deve ser escolhida primeiro de acordo com o trabalho em questão
e, em seguida, os reguladores são ajustados de acordo.
Soldagem
A chama é aplicada ao metal base e mantida até que uma pequena poça de metal
fundido seja formada. A poça é movida ao longo do caminho em que o cordão de solda
é desejado. Geralmente, mais metal é adicionado à poça à medida que é movido ao
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SOLDAGEM A GÁS (CHAMA) │ UNIDADE III
Corte
Para o corte, a configuração é um pouco diferente. Uma tocha de corte tem uma cabeça
inclinada de 60 ou 90 graus com orifícios colocados ao redor de um jato central.
Os jatos externos são para pré-aquecer chamas de oxigênio e acetileno. O jato central
transporta apenas oxigênio para o corte. O uso de várias chamas de pré-aquecimento,
em vez de uma única chama, torna possível mudar a direção do corte conforme
desejado, sem alterar a posição do bico ou o ângulo que a tocha faz com a direção do
corte, além de proporcionar melhor pré-aquecimento. Os fabricantes desenvolveram
dicas personalizadas para os gases MAPP, propano e propileno para otimizar as chamas
desses gases combustíveis alternativos.
A chama não se destina a derreter o metal, mas a levá-lo à sua temperatura de ignição.
97
UNIDADE III │ SOLDAGEM A GÁS (CHAMA)
O gatilho da tocha sopra oxigênio extra a pressões mais altas no terceiro tubo da tocha,
saindo do jato central para a peça de trabalho, fazendo com que o metal queime e sopre
o óxido fundido resultante para o outro lado. O corte ideal é um espaço estreito com
uma borda afiada em ambos os lados da peça de trabalho; o superaquecimento da peça
de trabalho e, assim, a fusão por meio dela causa uma borda arredondada.
O corte é iniciado aquecendo a borda ou a face dianteira (como no corte de formas como
a barra redonda) do aço até a temperatura de ignição (aproximadamente vermelho
calor cereja) usando somente os jatos de pré-aquecimento, então usando a válvula de
oxigênio de corte separada para liberar o oxigênio do jato central. O oxigênio combina
quimicamente com o ferro no material ferroso para oxidar o ferro rapidamente em
óxido de ferro fundido, produzindo o corte.
Aspectos importantes:
Para uma plataforma básica de oxiacetileno, a velocidade de corte na seção de aço leve
geralmente será quase duas vezes mais rápida que a de uma máquina de corte movida a
gasolina. As vantagens ao cortar seções grandes são óbvias: uma tocha oxicombustível
é leve, pequena e silenciosa e precisa de pouco esforço para ser usada, enquanto uma
máquina de corte é pesada e barulhenta, precisa de esforço considerável do operador
98
SOLDAGEM A GÁS (CHAMA) │ UNIDADE III
e pode vibrar severamente, levando a mãos rígidas e possível “dedo branco” a longo
prazo. As lanças de oxigênio são usadas em operações de demolição e cortam seções
com mais de 200 mm (8 polegadas). Os moinhos de corte são inúteis para esses tipos
de aplicação.
Tochas oxipropano são normalmente utilizadas para cortar sucata para poupar dinheiro,
como GLP, é muito mais barato do que o acetileno, embora propano não produza perfil
de corte tão elegante quanto o acetileno. Apesar disso, também encontra um lugar na
produção, para cortar seções muito grandes.
O oxiacetileno pode cortar apenas aços de baixo a médio carbono e ferro forjado. Os aços
com alto teor de carbono são difíceis de cortar porque o ponto de fusão da escória está
mais próximo do ponto de fusão do metal original, de modo que a escória da ação de
corte não ejeta como faíscas, mas sim com a fusão limpa perto do corte. Isso evita que
o oxigênio alcance o metal limpo e o queime. No caso do ferro fundido, a grafite entre
os grãos e a forma dos próprios grãos interferem na ação de corte da tocha. Os aços
inoxidáveis não podem ser cortados porque o material não queima facilmente.
Segurança
A solda/corte com oxiacetileno não é difícil, mas há vários pontos de segurança que
devem ser aprendidos, tais como:
»» Mais de 1/7 da capacidade do cilindro não deve ser usado por hora. Isso
faz com que a acetona dentro do cilindro de acetileno saia do cilindro e
contamine a mangueira e possivelmente a tocha.
99
UNIDADE III │ SOLDAGEM A GÁS (CHAMA)
A proteção adequada, como óculos de solda, deve ser usada em todos os momentos,
inclusive para proteger os olhos contra o brilho intenso e as faíscas voadoras.
Óculos especiais de segurança devem ser usados tanto para proteger o soldador quanto
para fornecer uma visão clara, amarelo-alaranjada, emitida pelo fluxo de incandescência.
Vazamento de combustível
Gases combustíveis mais densos que o ar (Propano, Propileno, MAPP, Butano etc.)
podem acumular-se em áreas baixas se escaparem. Para evitar um risco de ignição,
deve-se ter cuidado especial ao usar esses gases em áreas como porões, pias, bueiros.
Além disso, durante o uso vazamentos podem fazer com que pegue fogo no local e
representam um risco tanto para a pessoa quanto para a propriedade.
Exposição química
O combustível mais comum usado na soldagem é o acetileno, que tem uma reação
de dois estágios. A reação química primária envolve o acetileno se desassociando na
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SOLDAGEM A GÁS (CHAMA) │ UNIDADE III
Quase todo pedaço de metal é uma liga de um tipo ou outro. Cobre, alumínio e outros
metais básicos são ocasionalmente ligados com berílio, que é um metal altamente tóxico.
Quando um metal como este é soldado ou cortado, altas concentrações de vapores
de berílio tóxicos são liberadas. A exposição a longo prazo ao berílio pode resultar
em falta de ar, tosse crônica e perda de peso significativa, acompanhada de fadiga e
fraqueza geral. Outros elementos de liga, como arsênico, manganês, prata e alumínio,
podem causar doenças para aqueles que estão expostos.Mais comuns a exposição aos
revestimentos antiferrugem em muitos componentes de metal fabricados. O zinco, o
cádmio e os fluoretos são usados frequentemente para proteger ferros e aços da
oxidação. Os metais galvanizados têm um revestimento de zinco muito pesado.
A exposição a vapores de óxido de zinco pode levar a uma doença chamada “febre
das emanações de metal”. Essa condição raramente dura mais de 24 horas, mas casos
graves podem ser fatais. Ao contrário da gripe comum, febres, calafrios, náusea, tosse e
fadiga são efeitos comuns da exposição elevada ao óxido de zinco.
101
SOLDAGEM DO ESTADO
SÓLIDO, BRASAGEM UNIDADE IV
E SOLDAGEM FRACA
CAPÍTULO 1
Brasagem
Definição
Brasagem é um processo térmico usado para proporcionar a junção ou revestimento de
peças e materiais metálicos por meio um metal de adição em fusão, chamado meio de
brasagem (sendo esse um metal relativamente puro ou uma liga). Na maioria das vezes,
tal processo é realizado com o emprego de um meio fluxante (fluxo), o qual serve para
eliminar possíveis impurezas. O material de adição ou de brasagem é diferente do de
soldagem e tem um ponto de fusão mais baixo do que o material de base que está sendo
brasado. A temperatura de fusão do material de base não é atingida. Formas comerciais
comuns do material de adição são arames, varetas, chapas, fitas, barras, pós, pastas ou
ainda peças já conformadas.
102
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Noções básicas
Juntas soldadas de alta qualidade exigem que as peças sejam bem ajustadas, e os
metais básicos excepcionalmente limpos e livres de óxidos. Na maioria dos casos,
recomenda-se a remoção conjunta de 0,03 a 0,08 mm (0,0012 a 0,0031 pol) para
melhor ação capilar e força articular. No entanto, em algumas operações de brasagem,
não é incomum ter folgas articulares em torno de 0,6 mm (0,024 pol). A limpeza das
superfícies de brasagem também é importante, pois qualquer contaminação pode
causar um molhamento insuficiente (fluxo). Os dois principais métodos de limpeza de
peças, antes da brasagem, são a limpeza química e a limpeza mecânica ou abrasiva.
No caso da mecânica, é importante manter a rugosidade superficial adequada, já que
o umedecimento em uma superfície áspera ocorre muito mais prontamente do que em
uma superfície lisa de mesma geometria.
Em alguns casos, um trabalhador pode selecionar uma temperatura mais alta para
acomodar outros fatores no projeto (por exemplo, para permitir o uso de um metal
de adição diferente, ou para controlar os efeitos metalúrgicos ou para remover
suficientemente a contaminação da superfície). O efeito do tempo na articulação
brasada afeta principalmente a extensão em que esses efeitos estão presentes. Em geral,
no entanto, a maioria dos processos de produção é selecionada para minimizar o tempo
de brasagem e os custos associados – no entanto, isso nem sempre é o caso, já que,
em algumas configurações de não produção, tempo e custo são secundários a outros
atributos conjuntos (por exemplo, resistência, aparência).
Fluxo
A menos que as operações de brasagem estejam contidas em um ambiente de atmosfera
inerte ou redutora (isto é, um forno a vácuo), um fluxo é necessário para evitar a
103
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
formação de óxidos enquanto o metal é aquecido. O fluxo também serve para limpar
qualquer contaminação deixada nas superfícies de brasagem. O fluxo pode ser aplicado
em qualquer número de formas, incluindo pasta de fluxo, líquido, pó ou pastas de
brasagem pré-fabricadas que combinam fluxo com pó de metal de enchimento. O fluxo
também pode ser aplicado usando barras de brasagem com um revestimento de fluxo
ou um núcleo de fluxo. Em ambos os casos, o fluxo flui para a junta quando aplicado
à junta aquecida e é deslocado pelo metal de enchimento fundido que entra na junta.
O excesso de fluxo deve ser removido quando o ciclo estiver completo, pois o resto
deixado na junta pode levar à corrosão, impedir a inspeção da junta e impedir operações
adicionais de acabamento superficial. Ligas de brasagem contendo fósforo podem ser
autofundentes quando se liga cobre ao cobre. Fluxos são geralmente selecionados
com base em seu desempenho em determinados metais de base. Para ser eficaz, o
fluxo deve ser quimicamente compatível tanto com o metal base quanto com o metal
de enchimento que está sendo usado. As ligas de enchimento de fósforo autofluxáveis
produzem fosforetos quebradiços se usadas em ferro ou níquel. Como regra geral,
ciclos de brasagem mais longos devem usar fluxos menos ativos do que operações de
soldagem curta.
Materiais de enchimento
Uma variedade de ligas é usada como metal de adição para brasagem, dependendo do
uso pretendido ou do método de aplicação. Em geral, ligas de brasagem são feitas de
três ou mais metais para formar uma liga com as propriedades desejadas. O metal de
adição para uma determinada aplicação é escolhido com base em sua capacidade de:
molhar os metais básicos, suportar as condições de serviço necessárias e fundir a uma
temperatura mais baixa que os metais básicos ou a uma temperatura muito específica.
A liga de brasagem está geralmente disponível como haste, fita, pó, pasta, creme, arame
e pré-formas (como arruelas estampadas). Dependendo da aplicação, o material de
enchimento pode ser pré-colocado no local desejado ou aplicado durante o ciclo de
aquecimento. Para a brasagem manual, as formas de arames e hastes são geralmente
usadas, pois são as mais fáceis de aplicar durante o aquecimento. No caso da brasagem do
forno, a liga normalmente é colocada de antemão, uma vez que o processo geralmente é
altamente automatizado. Alguns dos tipos mais comuns de metais de adição usados são:
»» alumínio-silício;
»» cobre;
»» cobre-prata;
»» cobre-zinco (latão);
104
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
»» cobre-estanho (bronze);
»» ouro-prata;
»» liga de níquel;
»» prata;
Atmosfera
»» Gás combustível (seco, descarburação, AWS tipo 4): 41–45% N2, 17–19%
CO, 38–40% H2. Para metais de enchimento de cobre, prata, cobre-
fósforo e cobre-zinco. Para brasagem de cobre, latão, ligas de baixo teor
de níquel, aços de médio e alto carbono.
105
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
»» Gás nobre (geralmente argônio, AWS tipo 9): não oxidante, mais caro que
o nitrogênio. Inerte. As peças devem estar muito limpas, o gás deve estar
puro. Para metais de enchimento de cobre, prata, níquel, cobre-fósforo e
cobre-zinco. Para brasagem de cobre, latão, ligas de níquel, Monel, aços
de médio e alto carbono, ligas de cromo, titânio, zircônio, háfnio.
106
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Métodos de aquecimento
»» brasagem da tocha;
»» brasagem do forno;
»» mergulhar brasagem;
»» brasagem de resistência;
»» brasagem infravermelho;
»» brasagem de cobertor;
Vantagens e desvantagens
A brasagem tem muitas vantagens sobre outras técnicas de junção de metal, como a
soldagem. Como a brasagem não derrete o metal base da junta, ela permite um controle
muito mais rígido sobre as tolerâncias e produz uma junta limpa, sem a necessidade
de um acabamento secundário. Além disso, metais e não metais diferentes (ou seja,
cerâmicas metalizadas) podem ser brasados. Em geral, a brasagem também produz
menos distorção térmica do que a soldagem, devido ao aquecimento uniforme de uma
peça brasada. As montagens complexas e com várias partes podem ser soldadas a
custo reduzido. Juntas soldadas devem, às vezes, ser niveladas à terra, uma operação
secundária dispendiosa que a brasagem não requer, porque produz uma junta limpa.
Outra vantagem é que a brasagem pode ser revestida para fins de proteção. Finalmente, a
brasagem é facilmente adaptada à produção em massa e é fácil de automatizar, porque
os parâmetros do processo individual são menos sensíveis à variação.
107
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Metais de enchimento
Ligas de brasagem
As ligas de brasagem formam vários grupos distintos; as ligas do mesmo grupo têm
propriedades e usos semelhantes.
Metais puros
Ag-Cu
Prata-cobre. Boas propriedades de fusão. Prata aumenta o fluxo. Liga eutética usada
para brasagem de fornos. Ligas ricas em cobre propensas ao estresse por amônia.
Ag-Zn
Cu-Zn (latão)
Cobre-zinco. Uso geral, usado para unir aço e ferro fundido. Resistência à corrosão
geralmente inadequada para cobre, bronze silício, cobre-níquel e aço inoxidável.
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Razoavelmente dúctil. Alta pressão de vapor devido ao zinco volátil, inadequada para a
brasagem do forno. Ligas ricas em cobre propensas ao stress por amônia.
Ag-Cu-Zn
Prata-cobre-zinco. Ponto de fusão inferior ao Ag-Cu para o mesmo teor de Ag. Combina
vantagens de Ag-Cu e Cu-Zn. Acima de 40% de Zn, a ductilidade e a resistência
diminuem, portanto somente ligas de baixo teor de zinco desse tipo são usadas.
Acima de 25% de zinco, aparecem menos fases de cobre-zinco e prata-zinco. Teor de
cobre acima de 60% produz resistência reduzida e liquidus acima de 900 °C. O teor de
prata acima de 85% produz resistência reduzida, alta liquidez e alto custo. Ligas ricas
em cobre propensas a estresse por amônia. Brasas ricas em prata (acima de 67,5%
Ag) são marcantes e usadas em joalheria; ligas com menor teor de prata são usadas
para fins de engenharia. Ligas com relação cobre-zinco de cerca de 60:40 contêm as
mesmas fases que o latão e combinam com sua cor; elas são usadas para unir latão.
Uma pequena quantidade de níquel melhora a força e a resistência à corrosão e promove
a umidificação de carbonetos. A adição de manganês junto com o níquel aumenta a
tenacidade à fratura. Adição de rendimentos de cádmio. Ligas Ag-Cu-Zn-Cd com melhor
fluidez e umidificação e menor ponto de fusão; no entanto, o cádmio é tóxico. A adição
de estanho pode desempenhar basicamente o mesmo papel.
Cu-P
Cobre-fósforo. Amplamente utilizado para ligas de cobre e cobre. Não requer fluxo para
cobre. Também pode ser usado com prata, tungstênio e molibdênio. Ligas ricas em
cobre propensas a estresse por amônia.
Ag-Cu-P
Como o Cu-P, com fluxo melhorado. Melhor para lacunas maiores. Melhor condutividade
elétrica, mais dúctil. Ligas ricas em cobre propensas a estresse por amônia.
Au-Ag
Au-Cu
O níquel melhora a ductilidade. A prata reduz o ponto de fusão, mas piora a resistência
à corrosão. Para manter a resistência à corrosão, o ouro deve ser mantido acima de
60%. Resistência a alta temperatura e resistência a corrosão podem ser melhoradas por
outras ligas, por exemplo, com cromo, paládio, manganês e molibdênio. Adicionado
vanádio permite molhar cerâmicas. Ouro-cobre tem baixa pressão de vapor.
Au-Ni
Ouro-níquel. Série contínua de soluções sólidas. Maior faixa de fusão do que as ligas de
Au-Cu, mas melhor resistência à corrosão e melhor umedecimento. Frequentemente
liga com outros metais para reduzir a proporção de ouro, mantendo as propriedades.
O cobre pode ser adicionado para reduzir a proporção de ouro; o cromo para compensar
a perda de resistência à corrosão; e o boro para melhorar a umectação prejudicada pelo
cromo. Geralmente, não mais do que 35% de Ni é usado, pois proporções mais altas de
Ni/Au têm uma faixa de fusão muito ampla. Baixa pressão de vapor.
Au-Pd
Ouro-Paladio. Melhor resistência à corrosão sobre as ligas Au-Cu e Au-Ni. Usado para
unir superligas e metais refratários para aplicações de alta temperatura, por exemplo,
motores a jato. Caro. Pode ser substituído por brazes à base de cobalto. Baixa pressão
de vapor.
Pd
Ni
Ligas de níquel, ainda mais numerosas que as ligas de prata. Força elevada. Custo
menor que as ligas de prata. Bom desempenho em alta temperatura, boa resistência à
corrosão em ambientes moderadamente agressivos. Usado frequentemente para aços
inoxidáveis e ligas resistentes ao calor. Fragmentado com enxofre e alguns metais
com baixo ponto de fusão – por exemplo, Zinco. Boro, fósforo, silício e carbono, ponto
de fusão mais baixo e difundem-se rapidamente aos metais de base. Isso permite
a soldagem por difusão e permite que a junta seja usada acima da temperatura de
brasagem. Boretos e fosforetos formam fases frágeis. Pré-formas amorfas podem ser
feitas por solidificação rápida.
110
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Co
Al-Si
Ligas ativas
Contendo metais ativos, por exemplo, titânio ou vanádio. Usado para brasagem de
materiais não metálicos, por exemplo, grafite ou cerâmica.
Alguns aditivos e impurezas atuam em níveis muito baixos. Ambos os efeitos positivos
e negativos podem ser observados. O estrôncio em níveis de 0,01% refina a estrutura
de grãos do alumínio. O berílio e o bismuto em níveis semelhantes ajudam a romper a
camada de passivação do óxido de alumínio e promovem a umectação. Carbono a 0,1%
prejudica a resistência à corrosão de ligas de níquel. O alumínio pode fragilizar o aço-
carbono a 0,001% e o fósforo a 0,01%.
Em alguns casos, especialmente para brasagem a vácuo, metais e ligas de alta pureza são
usados. Os níveis de pureza de 99,99% e 99,999% estão disponíveis comercialmente.
Comportamento de fusão
Ligas com maior amplitude de temperaturas solidus/liquidus tendem a derreter por meio
de um estado “mole”, durante o qual a liga é uma mistura de material sólido e líquido.
Algumas ligas apresentam tendência à liquidação, separação do líquido da porção
sólida; para essas, o aquecimento por meio da faixa de fusão deve ser suficientemente
rápido para evitar esse efeito. Algumas ligas mostram uma faixa estendida de plástico,
quando apenas uma pequena parte da liga é líquida e a maior parte do material se
funde na faixa superior de temperatura; essas são adequadas para colmatar grandes
aberturas e para formar filetes. Ligas altamente fluidas são adequadas para penetrar
profundamente em aberturas estreitas e para soldar juntas apertadas com tolerâncias
estreitas, mas não são adequadas para preencher lacunas maiores. Ligas com faixa de
fusão mais ampla são menos sensíveis a folgas não uniformes.
111
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Ligas eutéticas fundem a temperatura única, sem região mole. Ligas eutéticas têm
propagação superior; não eutéticos na região mole têm alta viscosidade e, ao mesmo
tempo, atacam o metal base, com uma força de dispersão correspondentemente
menor. O tamanho do grão fino dá ao eutético tanto maior resistência quanto maior
ductilidade. A temperatura de fusão altamente precisa permite que o processo de junção
seja realizado apenas ligeiramente acima do ponto de fusão da liga. Ao solidificar, não
há estado mole onde a liga pareça sólida, mas ainda não está; a chance de perturbar a
articulação por manipulação em tal estado é reduzida (assumindo que a liga não alterou
significativamente suas propriedades dissolvendo o metal base). Comportamento
eutético é especialmente benéfico para soldas.
Ligas que não atacam significativamente os metais base são mais adequadas para a
soldagem de seções finas.
O molhamento de metais básicos pode ser melhorado pela adição de um metal adequado
à liga. O estanho facilita o molhamento de ferro, níquel e muitas outras ligas. O cobre
112
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
molha metais ferrosos que a prata não ataca, as ligas de cobre-prata podem, portanto,
perfurar os aços, só a prata não molha. O zinco melhora o molhamento de metais
ferrosos, também o índio. O alumínio melhora o molhamento de ligas de alumínio. Para
o molhamento de cerâmicas, metais reativos capazes de formar compostos químicos com
a cerâmica (por exemplo, titânio, vanádio, zircônio) podem ser adicionados à brasagem.
O efeito funciona nos dois sentidos; pode haver interações prejudiciais entre a liga de
brasagem e o metal de base. A presença de fósforo na liga para soldagem a forte conduz
à formação de quebradiças fosforetos de ferro e níquel, ligas contendo fósforo são,
portanto, inadequadas para a brasagem de níquel e ligas não ferrosas. O boro tende
a se difundir nos metais básicos, especialmente ao longo dos limites dos grãos, e pode
formar boretos frágeis. O carbono pode influenciar negativamente alguns aços.
Deve-se ter cuidado para evitar a corrosão galvânica entre a solda e o metal base e,
especialmente, entre metais básicos dissimilares sendo brasados juntos. A formação
de compostos intermetálicos frágeis na interface da liga pode causar falhas nas juntas.
Os metais podem se difundir de uma liga base para outra, causando fragilização ou corrosão.
Um exemplo é a difusão do alumínio do bronze de alumínio para uma liga ferrosa ao uni-
las. Uma barreira de difusão pode ser usada – por exemplo, uma camada de cobre.
Uma camada de sacrifício de um metal nobre pode ser usada no metal base como uma
barreira de oxigênio, impedindo a formação de óxidos e facilitando a brasagem sem
113
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Na brasagem de cobre, uma atmosfera redutora (ou mesmo uma chama redutora) pode
reagir com os resíduos de oxigênio no metal, que estão presentes como inclusões de
óxido cuproso, e causar fragilização por hidrogênio. O hidrogênio presente na chama
ou na atmosfera a alta temperatura reage com o óxido, produzindo cobre metálico e
vapor de água. As bolhas de vapor exercem alta pressão na estrutura de metal, levando a
rachaduras e porosidade da junta. O cobre livre de oxigênio não é sensível a esse efeito,
no entanto os grandes, mais facilmente disponíveis, por exemplo, cobre eletrolítico ou
cobre de alta condutividade, são. A articulação fragilizada pode falhar catastroficamente
sem qualquer sinal prévio de deformação ou deterioração.
Pré-forma
114
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
solda acabada é tão forte quanto o metal ao redor. Mas se o processo não for
realizado corretamente, e o soldador aplicar muito calor, ele poderá alterar as
propriedades do metal e enfraquecer a solda. Existem vários tipos diferentes de
soldagem, que também são amplamente usados para cortar grandes estruturas
metálicas, fundindo-as.
Brasagem junta dois metais por aquecimento e fusão de uma carga que se
liga às duas peças de metal e as une. O enchimento obviamente deve ter uma
temperatura de fusão abaixo das peças de metal. A brasagem pode unir metais
diferentes, como alumínio, prata, cobre, ouro e níquel. O fluxo é frequentemente
usado durante a brasagem. É um líquido que promove o umedecimento, que
permite que o enchimento flua sobre as partes metálicas a serem unidas.
Ele também limpa as partes de óxidos para que o preenchimento se una mais
firmemente às partes metálicas. Além disso, os fluxos são usados na soldagem
para limpar as superfícies metálicas.
As juntas devidamente soldadas podem ser mais fortes do que as peças unidas,
mas não tão fortes quanto as juntas soldadas. Brasagem também tem efeitos
mínimos sobre as duas partes metálicas.
À medida que o arco é iniciado, uma gota de metal de enchimento fundido cresce na
ponta do eletrodo. Quando uma corrente passa pelo eletrodo, uma força magnética
compressiva, conhecida como beliscão magnético, é exercida no fio. A alimentação do
arame faz com que a queda entre em contato com a peça de trabalho e, como resultado
do curto-circuito, a corrente aumenta. A corrente aumentada resulta em um aumento
na força de aperto magnético exercida no eletrodo e a gota é desprendida. Isso reinicia
o arco, e o processo é repetido.
»» permite que o derrame das bordas das juntas seja rigidamente controlado
e reduzido ao mínimo;
116
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Um sistema de ligas adequado para solda por difusão ou soldagem forte deve ter as
seguintes características:
II. Ter uma constituição de fase que inclua uma reação eutética de baixo
ponto de fusão para iniciar o processo de fusão.
III. Ter tantos compostos intermetálicos frágeis quanto possível, que devem
fundir a temperaturas abaixo ou comparáveis à temperatura de união.
Isso reduzirá o estabelecimento de barreiras de difusão que podem
impedir o processo e levar à formação de intermetálicos frágeis.
IV. A fase de metal primário terminal deve possuir uma ampla faixa de
solubilidade sólida dos outros constituintes. Isso minimizará o risco de
fases intermetálicas precipitarem durante o resfriamento do conjunto a
partir da temperatura de processamento e fornecer maior tolerância ao
processo para a quantidade de metal de adição introduzida na junta.
117
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
produção em massa. Uma vantagem principal é a facilidade com que pode produzir um
grande número de pequenas peças que são facilmente instaladas ou autolocalizadas.
O processo também oferece os benefícios de um ciclo de calor controlado (permitindo
o uso de peças que possam distorcer sob aquecimento localizado) e sem necessidade
de limpeza pós-brasagem. As atmosferas comuns usadas incluem: inerte, reduzindo ou
vácuo atmosferas que protegem a peça da oxidação. Algumas outras vantagens incluem:
baixo custo unitário quando usado em produção em massa, controle de temperatura
próximo e capacidade de soldar várias juntas de uma só vez. Os fornos são tipicamente
aquecidos usando eletricidade, gás ou óleo, dependendo do tipo de forno e aplicação. No
entanto, algumas das desvantagens desse método incluem: alto custo de equipamento
de capital, considerações de projeto mais difíceis e alto consumo de energia.
Um forno do tipo lote tem custos iniciais relativamente baixos do equipamento e pode
aquecer cada peça separadamente. Pode ser ligado e desligado à vontade, o que reduz
as despesas operacionais quando não está em uso. Esses fornos são adequados para
produção de médio a grande volume e oferecem um grande grau de flexibilidade no tipo
de peças que podem ser brasadas. Ambas as atmosferas ou fluxos controlados podem
ser usados para controlar a oxidação e a limpeza das peças.
Fornos de tipo contínuo são mais adequados para um fluxo constante de peças de
tamanho similar por meio do forno. Esses fornos são frequentemente alimentados
por transportadores, movimentando as peças pela zona quente a uma velocidade
controlada. É comum o uso de atmosfera controlada ou fluxo pré-aplicado em fornos
contínuos. Em particular, esses fornos oferecem o benefício de muito baixos requisitos
de mão de obra manual e, portanto, são mais adequados para operações de produção
em larga escala.
Os fornos do tipo retorta diferem de outros fornos do tipo lote, pois utilizam um
revestimento selado chamado “retorta”. A retorta é geralmente selada com uma
junta ou é soldada e preenchida completamente com a atmosfera desejada e depois
aquecida externamente por elementos de aquecimento convencionais. Devido às altas
temperaturas envolvidas, a retorta é geralmente feita de ligas resistentes ao calor que
resistem à oxidação. Os fornos de retorta são frequentemente usados em versões em
lote ou semicontínuas.
118
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
tipos principais de forno a vácuo são: retorta quente de parede simples, retorta quente
de parede dupla e retorta de parede fria. Os níveis típicos de vácuo para a brasagem
variam de pressões de 1,3 a 0,13 pascals (10-2a 10−3Torr) a 0,00013 Pa (10−6Torr) ou
inferior. Os fornos a vácuo são mais comumente em lotes e são adequados para volumes
de produção médios e altos.
A brasagem por indução é um processo no qual dois ou mais materiais são unidos por
um metal de adição que tem um ponto de fusão mais baixo do que os materiais de base
usando aquecimento por indução. No aquecimento por indução, geralmente materiais
ferrosos são aquecidos rapidamente a partir do campo eletromagnético que é criado
pela corrente alternada de uma bobina de indução.
Materiais e aplicações
A brasagem por indução é adequada para muitos materiais metálicos, com materiais
magnéticos sendo aquecidos mais facilmente. Quando materiais cerâmicos estão
envolvidos, o aquecimento provavelmente ocorrerá por condução das partes metálicas
circundantes, ou pelo uso de um susceptor.
Benefícios
Existem razões específicas para usar o aquecimento por indução para brasagem
industrial, como aquecimento seletivo, melhor qualidade da junta, redução da oxidação
e da limpeza ácida, ciclos de aquecimento mais rápidos, resultados mais consistentes e
adequação para produção em grande volume.
119
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Para processos que envolvem médias e altas produções das mesmas peças, um sistema
automatizado de manuseio de peças é frequentemente utilizado para melhorar ainda
mais a consistência e maximizar a produtividade. Na maior parte, a brasagem por
indução e a soldagem são feitas em um ambiente a céu aberto, mas também podem ser
feitas em atmosfera controlada, quando necessário, para manter as peças completamente
limpas e livres de oxidação. Brasagem por indução geralmente funciona melhor com
duas peças de metal similar. Metais dissimilares também podem ser unidos pelo
aquecimento por indução, mas requerem atenção e técnicas especiais. Isso se deve às
diferenças na resistividade dos materiais, na permeabilidade magnética relativa e nos
coeficientes de expansão térmica.
Dependendo dos requisitos, a brasagem pode ser realizada em vácuo ou em gás inerte a
uma pressão menor que a atmosférica. As placas de resfriamento (bombas de calor) podem
ser usadas para dissipar o excesso de calor depois que a brasagem estiver concluída.
121
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Em muitas aplicações, o calor é gerado nos eletrodos. Flui para a montagem, de preferência
simples e uniforme, permitindo a brasagem. Os componentes devem estar livres para se
movimentar sem restrições, mesmo se eles se expandirem quando aquecidos.
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
tocha de cobre pode ser feita sem o uso de fluxo se for brasado com uma tocha usando
oxigênio e gás hidrogênio, em vez de oxigênio e outros gases inflamáveis.
A brasagem por maçarico mecanizada é comumente usada onde uma operação de solda
repetitiva está sendo executada. Esse método é uma mistura de operações automatizadas
e manuais com um operador colocando frequentemente material de solda, fluxo e peças
enquanto o mecanismo da máquina executa a brasagem real. A vantagem desse método
é que ele reduz o alto requerimento de mão de obra e habilidade da brasagem manual.
O uso de fluxo também é necessário para esse método, pois não há atmosfera protetora
e é mais adequado para volumes de produção pequenos e médios.
Vários tipos de misturas de gases podem ser usados para aplicar a brasagem por
tochas manuais adequadas.
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Embora intensivo em mão de obra, esse processo pode ser econômico para
pequenas quantidades de produção, pois o equipamento é barato e prontamente
disponível.
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CAPÍTULO 2
Soldagem do estado sólido
Introdução
Alguns processos de soldagem em estado sólido incluem soldagem por fricção, soldagem
por pulso magnético, soldagem, por explosão, soldagem a frio, soldagem por difusão,
soldagem por pressão a quente, soldagem por indução e soldagem por rolamento.
A soldagem por forjamento (FOW) é um processo de soldagem em estado sólido que une
duas peças de metal, aquecendo-as a uma alta temperatura e, em seguida, martelando-as.
Também pode consistir em aquecer e forçar os metais junto com prensas ou outros
meios, criando pressão suficiente para causar deformação plástica nas superfícies de
solda. O processo é um dos métodos mais simples de unir metais e tem sido usado desde
os tempos antigos. Soldagem por forjamento é versátil, sendo capaz de unir uma série de
metais similares e diferentes. Com a invenção de métodos de soldagem elétrica e a gás
durante a Revolução Industrial, a soldagem manual de forja foi amplamente substituída,
embora a soldagem forjada automatizada seja um processo de fabricação comum.
Os processos de soldagem podem ser agrupados em duas categorias: soldagem por fusão
e difusão. A soldagem por fusão envolve a fusão localizada dos metais nas interfaces de
solda e é comum em técnicas de soldagem elétrica ou a gás. Isso requer temperaturas
muito mais altas do que o ponto de fusão do metal para causar fusão localizada antes que
o calor possa ser conduzido termicamente para longe da solda, e muitas vezes um metal
de enchimento é usado para manter a solda segregada devido à alta tensão superficial.
A soldagem por difusão consiste em unir os metais sem fundi-los, soldando as superfícies
juntas no estado sólido. Na soldagem por difusão, a fonte de calor é frequentemente
125
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
inferior ao ponto de fusão do metal, permitindo uma distribuição de calor mais uniforme,
reduzindo, assim, as tensões térmicas na soldagem. Nesse método, um metal de adição
normalmente não é usado, mas a solda ocorre diretamente entre os metais na interface
de solda. Isso inclui métodos como solda a frio, solda por explosão e soldagem por forja.
Ao contrário de outros métodos de difusão, na soldagem por forjamento os metais são
aquecidos a uma alta temperatura antes de forçá-los juntos, geralmente resultando
em maior plasticidade nas superfícies de solda. Isso geralmente torna a soldagem por
forja mais versátil do que as técnicas de difusão a frio, que geralmente são realizadas
em metais macios como cobre ou alumínio. Na soldagem por forja, todas as áreas de
soldagem são aquecidas uniformemente. A soldagem por forjamento pode ser usada
para uma gama muito maior de metais e ligas mais duras, como aço e titânio.
Materiais
Muitos metais podem ser soldados por forja, sendo os mais comuns aços de alto e baixo
teor de carbono.
Ferro e até alguns ferros fundidos hipoeutéticos podem ser soldados por forja. Algumas
ligas de alumínio também podem ser soldadas por forja. Metais como cobre, bronze
e latão não forjam a solda prontamente. Embora seja possível forjar ligas à base de
cobre soldadas, muitas vezes é com grande dificuldade devido à tendência do cobre de
absorver oxigênio durante o aquecimento. O cobre e suas ligas geralmente são melhor
unidos com solda a frio, solda por explosão ou outras técnicas de soldagem por pressão.
Com ferro ou aço, a presença de pequenas quantidades de cobre reduz severamente a
capacidade da liga de forjar solda.
As ligas de titânio são geralmente soldadas por forja. Por causa da tendência do titânio
de absorver oxigênio quando fundido, a ligação de difusão de estado sólido de uma solda
de forja é frequentemente mais forte que uma solda de fusão na qual o metal é liquefeito.
Soldagem por forjamento entre materiais similares é causada por difusão em estado
sólido. Isso resulta em uma solda que consiste apenas de materiais soldados sem
preenchimento ou materiais de ponte. Já entre materiais diferentes é causada pela
formação de uma baixa temperatura de fusão eutética entre os materiais. Devido a isso,
a solda é frequentemente mais forte que os metais individuais.
Processos
126
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Quando martelos mecânicos foram desenvolvidos, a soldagem por forja pode ser
realizada aquecendo o metal e, em seguida, colocando-o entre o martelo mecanizado e a
bigorna. Originalmente alimentados por rodas d’água, os modernos martelos mecânicos
também podem ser operados por ar comprimido, eletricidade, vapor, motores a gás
e muitas outras maneiras. Outro método é a soldagem por forja com uma matriz,
enquanto as peças de metal são aquecidas e, em seguida, forçadas para dentro de uma
matriz que fornece a pressão para a solda e mantém a junta na forma final. A solda a
rolo é outro processo de soldagem de forja, em que os metais aquecidos são sobrepostos
e passam por meio de rolos a altas pressões para criar a solda.
A fusão por difusão é um método comum para forjar ligas de titânio na indústria
aeroespacial. Nesse processo, o metal é aquecido durante uma prensa. Além de uma
temperatura crítica específica, que varia dependendo da liga, as impurezas queimam e
as superfícies são forçadas juntas.
Outros métodos incluem soldagem por flash e soldagem por percussão. São técnicas de
soldagem por forja de resistência em que a prensa ou matriz é eletrificada, passando
alta corrente por meio da liga para criar o calor para a solda. A soldagem forjada com
gás ativo blindado é um processo em um ambiente reativo a oxigênio, para queimar
óxidos, usando gás hidrogênio e aquecimento por indução.
Temperatura
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
(centrado no corpo cúbico).. À medida que o teor de carbono no aço aumenta, a faixa
de temperatura de soldagem diminui de forma linear. Ferro, aços diferentes e até ferro
fundido podem ser soldados entre si, desde que seu teor de carbono esteja próximo o
suficiente para que as faixas de soldagem se sobreponham. Ferro puro pode ser soldado
quando quase branco quente; entre 2.500 °F (1.400 °C) e 2.700 °F (1.500 °C). Aço
com um teor de carbono de 2,0% pode ser soldado quando amarelo-alaranjado, entre
1.700 °F (900 °C) e 2.000 F (1.100 °C). O aço comum, entre 0,2 e 0,8% de carbono, é
tipicamente soldado a um calor amarelo vivo.
Descarbonetação
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
antigos, o forjamento geralmente começava com aço que tinha um teor de carbono
muito alto para o uso normal. A mais antiga soldagem de forja começou com o aço
hipereutetoide, contendo um teor de carbono às vezes bem acima de 1,0%. Os aços
hipereutectoides são tipicamente frágeis demais para serem úteis em um produto
acabado, mas, ao final do forjamento, o aço normalmente tinha um alto teor de carbono,
variando de 0,8% (aço eutetoide-ferramenta) a 0,5% (aço-mola hipoeutectoide).
Aplicações
A soldagem de forja tem sido usada ao longo de sua história para fabricar a maioria dos
itens de aço e ferro. Ela tem sido usada em tudo, desde a fabricação de ferramentas,
implementos agrícolas e utensílios de cozinha até a fabricação de cercas, portões e celas
de prisão. No início da Revolução Industrial, era comumente utilizada na fabricação de
caldeiras e vasos de pressão, até a introdução da soldagem por fusão. Era comumente
usada na Idade Média para produzir armaduras e armas.
Uma das aplicações mais famosas da soldagem por forja envolve a produção de lâminas
soldadas por padrão. Durante esse processo, um ferreiro extrai repetidamente um lingote
de aço, dobra-o para trás e solda-o sobre si mesmo. Outra aplicação foi a fabricação de
barris de espingarda. O fio de metal estava enrolado em um mandril e depois forjado
em um barril fino, uniforme e forte. Em alguns casos, os objetos soldados por forja são
gravados em ácido para expor o padrão subjacente do metal, que é exclusivo para cada
item e fornece apelo estético.
Apesar de sua diversidade, a soldagem por forja teve muitas limitações. Uma limitação
primária era o tamanho dos objetos que poderiam ser soldados por forja. Objetos maiores
precisavam de uma fonte de calor maior, e o tamanho reduzia a capacidade de soldá-lo
manualmente antes de esfriar demais. A soldagem de itens grandes como placa de aço
ou vigas mestras não era normalmente possível, ou pelo menos altamente impraticável,
até a invenção da soldagem por fusão, exigindo que fossem rebitadas. Em alguns casos, a
soldagem por fusão produziu uma solda muito mais forte, como na construção de caldeiras.
Fluxo
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
quando as duas peças são batidas juntas. Um fluxo simples pode ser feito de bórax, às
vezes com a adição de limalhas de ferro em pó.
O fluxo mais antigo usado para soldagem de forja era areia fina de sílica. O ferro ou
aço seria aquecido em um ambiente redutor dentro dos carvões da forja. Desprovido
de oxigênio, o metal forma uma camada de óxido de ferro chamada wustita em sua
superfície. Quando o metal está quente o suficiente, mas abaixo da temperatura de
soldagem, o ferreiro polvilha um pouco de areia no metal. O silício na areia reage com
a wustita para formar a faialite, que se funde logo abaixo da temperatura de soldagem.
Isso produziu um fluxo muito eficaz que ajudou a fazer uma solda forte.
A soldagem a frio foi reconhecida pela primeira vez como um fenômeno de materiais
gerais na década de 1940. Foi então descoberto que duas superfícies planas e limpas
de metal semelhante adeririam fortemente se colocadas em contato sob vácuo.
A recém-descoberta soldagem a frio e nanoescala já mostrou grande potencial nos
processos mais recentes de nanofabricação.
A razão para esse comportamento inesperado é que, quando os átomos em contato são
todos do mesmo tipo, não há como os átomos “saberem” que estão em diferentes partes
de cobre. Quando há outros átomos, nos óxidos e graxas e camadas de contaminação
mais finas, os átomos “sabem” quando não estão na mesma parte.
Aplicações
Nanoescala
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
(diâmetros menores que 10 nm) podem ser soldados a frio em segundos por contato
mecânico isolado e sob pressões aplicadas notavelmente baixas. A microscopia
eletrônica de transmissão de alta resolução e as medições in-situ revelam que as soldas
são quase perfeitas, com a mesma orientação de cristal, força e condutividade elétrica
do restante do nanofio. A alta qualidade das soldas é atribuída às dimensões da amostra
em nanoescala, aos mecanismos de fixação orientada e à rápida difusão superficial
assistida mecanicamente. Soldas em nanoescala também foram demonstradas entre
ouro e prata, prata e prata, indicando que o fenômeno pode ser geralmente aplicável
e, portanto, oferecer uma visão atomística dos estágios iniciais da soldagem a frio para
metais a granel ou filmes finos metálicos.
A soldagem por fricção (FRW) é um processo de soldagem em estado sólido que gera
calor por meio do atrito mecânico entre as peças em movimento relativo entre si, com
a adição de uma força lateral chamada “virada” para deslocar e fundir os materiais.
Como não ocorre fusão, a soldagem por fricção não é um processo de soldagem por
fusão no sentido tradicional, mas mais uma técnica de soldagem por forja. A soldagem
por fricção é usada com metais e termoplásticos em uma ampla variedade de aplicações
automotivas e de aviação.
Benefícios
Outra vantagem da soldagem por fricção é que ela permite que materiais diferentes
sejam unidos. Isso é particularmente útil no setor aeroespacial, no qual é usado para
unir o estoque leve de alumínio a aços de alta resistência. Normalmente, a grande
diferença nos pontos de fusão dos dois materiais tornaria impossível soldar usando
técnicas tradicionais e exigiria algum tipo de conexão mecânica. A soldagem por fricção
fornece uma ligação de “resistência total” sem peso adicional. Outros usos comuns para
esses tipos de junções bimetálicas são na indústria nuclear, em que o cobre, o aço e as
131
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
A soldagem por fricção também é usada com termoplásticos, que atuam de maneira
análoga aos metais sob calor e pressão. O calor e a pressão usados nesses
materiais são
muito menores que os metais, mas a técnica pode ser usada para unir metais a plásticos
com a interface de metal que está sendo usinada. Por exemplo, a técnica pode ser usada
para unir armações de óculos aos pinos de suas dobradiças. As energias e pressões mais
baixas usadas permitem uma variedade mais ampla de técnicas a serem usadas.
Técnicas de metal
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Técnica termoplástica
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Resistência
Soldagem por explosão (EXW) é um estado sólido (em fase sólida), processo em que a
soldagem é realizada por meio da aceleração de um dos componentes a uma velocidade
extremamente alta, pela utilização de químicos explosivos.
Esse processo é mais comumente usado para revestir chapas de aço carbono com
uma fina camada de material resistente à corrosão (por exemplo, aço inoxidável,
liga de níquel, titânio ou zircônio). Devido à natureza desse processo, as geometrias
produzíveis são muito limitadas. Geometrias típicas produzidas incluem chapas,
tubos e chapas de tubo.
A energia do impacto plastifica os materiais, formando uma solda, embora apenas uma
quantidade limitada de calor seja gerada. O processo é geralmente usado para soldagem
134
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Vantagens e desvantagens
A solda explosiva pode produzir uma ligação entre dois metais que não podem
necessariamente ser soldados por meios convencionais. O processo não derrete metal,
em vez de plastificar as superfícies de ambos os metais, fazendo com que entrem em
contato íntimo suficiente para criar uma solda. Esse é um princípio semelhante a outras
técnicas de soldagem não por fusão, como a soldagem por fricção. Grandes áreas podem
ser coladas com extrema rapidez, e a própria solda é muito limpa, devido ao fato de que
o material de superfície de ambos os metais é expelido violentamente durante a reação.
A solda explosiva pode unir uma ampla gama de metais compatíveis e não compatíveis,
com mais de 260 combinações de metal possíveis.
Soldagem ultrassônica
A soldagem ultrassônica é uma técnica industrial em que as vibrações acústicas ultras
sônicas de alta frequência são aplicadas localmente às peças de trabalho, sendo mantidas
juntas sob pressão para criar uma soldagem em estado sólido.
Quando aplicado a metais, uma característica notável desse método é que a temperatura
fica bem abaixo do ponto de fusão dos materiais envolvidos.
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Processo
A soldagem ultrassônica pode ser usada tanto em plásticos duros como em plásticos
macios, como plásticos semicristalinos e metais. O entendimento da soldagem
ultrassônica aumentou com pesquisa e testes. A invenção de equipamentos mais
sofisticados e baratos e o aumento da demanda por componentes plásticos e eletrônicos
levaram a um crescente conhecimento do processo fundamental. No entanto, muitos
aspectos da soldagem ultrassônica ainda exigem mais estudos, como relacionar a
qualidade da solda aos parâmetros do processo. A soldagem ultrassônica continua
sendo um campo em rápido desenvolvimento.
Os benefícios da soldagem ultrassônica são que ela é muito mais rápida que os adesivos
ou solventes convencionais. O tempo de secagem é muito rápido, e as peças não precisam
ficar em um ambiente por longos períodos de tempo, esperando a junta secar ou curar.
A soldagem pode ser facilmente automatizada, fazendo juntas limpas e precisas.
O local da solda é muito limpo e raramente requer qualquer trabalho de retoque.
O baixo impacto térmico nos materiais envolvidos permite que um maior número de
materiais seja soldado em conjunto.
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Componentes
Aplicações
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
escape. Esse tipo de soldagem é frequentemente usado para construir montagens que
são muito pequenas, muito complexas ou muito delicadas para técnicas de soldagem
mais comuns.
Segurança
Como esse é um processo ultrassônico, parece que o som não seria um problema.
No entanto, vibrações sub-harmônicas, que podem criar ruído audível, podem ser
causadas em partes maiores perto da máquina devido à frequência de soldagem
ultrassônica. Esse ruído pode ser atenuado pela fixação dessas peças grandes em um
ou mais locais. Além disso, soldadores de alta potência com frequências de 15 kHz e 20
kHz normalmente emitem um som estridente potencialmente prejudicial na faixa de
audição humana. Blindar esse som irradiante pode ser feito usando um gabinete acústico.
Há questões de audição e segurança com soldagem ultrassônica que são importantes a
considerar, mas geralmente são comparáveis às de outras técnicas de soldagem.
138
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
usada para soldar “sanduíches” de camadas alternadas de folhas finas de metal e fios
ou filamentos de metal. Atualmente, o método de ligação por difusão é amplamente
utilizado na união de metais de alta resistência e refratários nas indústrias aeroespacial
e nuclear.
Características
A soldagem por difusão não envolve fusão líquida e, frequentemente, não possui metal
de adição. Nenhum peso é adicionado ao total, e a junção tende a exibir tanto a força
quanto a resistência à temperatura do(s) metal(ais) base(s). Os materiais suportam
não, ou muito pouca, deformação plástica. Muito pouca tensão residual é introduzida e
não há contaminação do processo de colagem. Pode ser realizada em uma superfície de
junção, teoricamente, de qualquer tamanho, sem aumento no tempo de processamento.
Em termos práticos, a superfície tende a ser limitada pela pressão necessária e pelas
limitações físicas. Pode ser realizada com metais similares e dissimilares, metais
reativos e refratários, ou pedaços de espessuras variadas.
Processos
Ferramentas específicas são feitas para cada aplicação de soldagem para acoplar o
soldador às peças de trabalho. Uma vez fixada, a pressão e o calor são aplicados aos
componentes, geralmente por muitas horas. As superfícies são aquecidas em um forno
ou por resistência elétrica. A pressão pode ser aplicada usando uma prensa hidráulica
a temperatura; esse método permite medições exatas de carga nas peças. Nos casos em
que as peças não devem ter gradiente de temperatura, a expansão térmica diferencial
pode ser usada para aplicar carga. Fixando peças usando um metal de baixa expansão
139
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
(ou seja, molibdênio), as peças fornecerão sua própria carga, expandindo mais do que
o metal de fixação à temperatura.
Métodos alternativos para aplicação de pressão incluem o uso de pesos mortos, pressão
diferencial de gás entre as duas superfícies e autoclaves de alta pressão. A colagem por
difusão deve ser feita em um ambiente de vácuo ou gás inerte ao usar metais que tenham
camadas de óxido fortes. O tratamento de superfície, incluindo o polimento, a erosão e
a limpeza, bem como a pressão de difusão e a temperatura são fatores importantes no
processo de delimitação da difusão.
Benefícios
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Aplicações
A soldagem por difusão é usada principalmente para criar formas complexas para as
indústrias eletrônica, aeroespacial e nuclear. Como essa forma de colagem leva um
tempo considerável em comparação com outras técnicas de junção, como solda por
explosão, as peças são feitas em pequenas quantidades e, muitas vezes, a fabricação é
automatizada. No entanto, devido a diferentes requisitos, alguns dos intervalos de tempo
podem ser realizados em poucos minutos. Em uma tentativa de reduzir a contagem de
fixadores e peça, e os custos de mão de obra, a união por difusão, em conjunto com
a formação superplástica, também é usada ao criar formulários complexos de chapa
metálica. Várias folhas são empilhadas umas sobre as outras e coladas em seções
específicas. A pilha é, então, colocada em um molde, e a pressão do gás expande as folhas
para preencher o molde. Isso geralmente é feito usando titânio ou ligas de alumínio
para peças necessárias na indústria aeroespacial. Materiais típicos que são soldados
incluem titânio, berílio e zircônio. Em muitas aeronaves militares, a ligação por difusão
ajudará a permitir a conservação de materiais estratégicos caros e a redução dos custos
de fabricação. Algumas aeronaves têm mais de 100 peças ligadas por difusão, incluindo
fuselagens, acessórios externos e internos do atuador, munhões do trem de pouso.
A soldagem por rolamento (ROW) é um processo no qual duas ou mais chapas são
empilhadas juntas e, em seguida, passadas pelos rolos até que haja deformação suficiente
para produzir soldas em estado sólido. A soldabilidade relativa de metais dissimilares e
laminados de solda selecionados na forma de laminado também são tabulados.
A solda por rolo, também chamada de colagem por rolo, é um processo que une uma
pilha de folhas ou chapas. A pilha é alimentada por um laminador a frio sob pressão
suficiente para produzir deformação significativa e soldagem em estado sólido. Os
metais devem ser dúcteis, como cobre, alumínio, aço de baixo carbono, níquel. Elas
podem ser empilhadas, possivelmente soldadas em certos locais e depois enroladas.
As ligas de titânio são mais difíceis de soldar por rolo devido à estreita faixa de possíveis
parâmetros de trabalho. Eles são fechados sob vácuo em um envelope de aço ou lata.
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
O aço leve ou de baixa liga pode ser revestido com um material de alta liga, como o aço
inoxidável. O revestimento de cobre com cupro-níquel por solda em rolo é usado para
fazer o material composto necessário para cunhar certas moedas.
A solda por rolo também é usada para fazer tiras bimetálicas para atuadores de
termostato usados pela indústria de instrumentos.
A soldagem por pressão a quente é um processo de estado sólido que produz juntas entre
as superfícies de contato de dois corpos. Isso é feito pela aplicação de calor e pressão.
A temperatura de fusão não é atingida, o metal de enchimento não é necessário, uma
deformação plástica substancial é gerada. O calor é geralmente aplicado por chamas de
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Assim que os dois corpos voltados para as extremidades atingem a temperatura correta,
as tochas são subitamente removidas, para não ficarem no caminho. Os corpos são
colocados em contato e perturbados juntos sob pressão, geralmente por equipamentos
hidráulicos. Essa variante é chamada corretamente de processo aberto de juntas.
Se as peças estão fazendo contato sob pressão antes da aplicação de calor do lado de
fora, isso é chamado de processo de junção fechada. Em ambos os casos, o material
flash é expelido, e uma protuberância é formada na junta.
A soldagem por pressão a quente é semelhante tanto à soldagem por fricção quanto à
soldagem por flash, embora a fonte de aquecimento seja diferente.
Vantagens
»» Processo simples.
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Limitações
As propriedades mecânicas tendem a estar próximas das dos materiais de base, mas
dependem da composição dos materiais, da taxa de resfriamento e da qualidade.
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CAPÍTULO 3
Soldagem fraca
Introdução
Soldagem fraca é um processo em que dois ou mais itens são unidos por fusão com a
aplicação de um metal de enchimento (solda) em uma junta. O metal de enchimento
deve ter um ponto de fusão inferior ao do metal adjacente. Ao contrário da soldagem
convencional, a soldagem fraca não envolve a fusão das peças de trabalho. Na brasagem,
o metal da peça de trabalho também não derrete, mas o metal de enchimento é aquele que
derrete a uma temperatura mais alta do que na soldagem fraca. No passado, quase todas
as soldas continham chumbo, mas as preocupações com o meio ambiente e com a saúde
cada vez mais exigiam o uso de ligas sem chumbo para fins eletrônicos e hidráulicos.
A soldagem foi historicamente usada para fazer itens de joalheria, utensílios de cozinha
e ferramentas, bem como foram usadas na montagem de vitrais.
Aplicações
A soldagem fraca fornece conexões razoavelmente permanentes, mas reversíveis, entre
tubos de cobre em sistemas de canalização, bem como juntas em objetos de chapa
metálica, como latas de alimentos, lampejos de telhado, calhas de chuva e radiadores
automotivos.
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Soldas
Materiais de enchimento de solda estão disponíveis em várias ligas para diferentes
aplicações. Na montagem eletrônica, a liga eutética de 63% de estanho e 37% de chumbo
(ou 60/40, que é quase idêntica ao ponto de fusão) tem sido a liga de escolha. Outras
ligas são usadas para encanamento, montagem mecânica e outras aplicações. Alguns
exemplos de solda mole são estanho-chumbo para propósitos gerais; estanho-zinco
para unir alumínio; chumbo-prata para maior resistência à temperatura ambiente;
cádmio-prata para resistência a altas temperaturas; zinco-alumínio para alumínio e
resistência à corrosão; e estanho-prata e estanho-bismuto para eletrônicos.
Por razões ambientais, as soldas sem chumbo estão se tornando amplamente utilizadas.
Elas também são sugeridas para uso externo, onde a chuva pode levar o chumbo ao lençol
freático. Infelizmente, a maioria das soldas sem chumbo não é formulação eutética e
derrete a cerca de 250 °C (482 °F), tornando mais difícil criar juntas confiáveis com elas.
146
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
Por muitos anos, o tipo mais comum de fluxo usado em eletrônica (solda macia) foi
baseado em resina, usando a resina de pinheiros selecionados. Era quase ideal, pois
era não corrosivo e não condutor em temperaturas normais, mas se tornava levemente
reativo (corrosivo) a temperaturas de soldagem elevadas. Aplicações hidráulicas e
automotivas, entre outras, normalmente usam um fluxo à base de ácido (ácido clorídrico)
que proporciona uma limpeza bastante agressiva da junta. Esses fluxos não podem ser
usados na eletrônica porque seus resíduos são condutores, levando a conexões elétricas
não intencionais, e porque acabarão dissolvendo fios de pequeno diâmetro. O ácido
cítrico é um excelente fluxo do tipo ácido solúvel em água para cobre e eletrônica, mas
deve ser lavado depois.
Fluxos para solda macia estão atualmente disponíveis em três formulações básicas:
147
UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
148
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
A solda por refluxo é um processo no qual uma pasta de solda é usada para colar
os componentes em suas almofadas de fixação, e, após a montagem, é aquecido
por uma lâmpada infravermelha, passando por um forno cuidadosamente
controlado.
Como diferentes componentes podem ser mais bem montados por diferentes
técnicas, é comum usar dois ou mais processos para uma determinada PCB. Por
exemplo, peças montadas em superfície podem ser soldadas por refluxo primeiro,
com um processo de soldagem por onda para os componentes montados em
orifícios próximos e peças mais volumosas soldadas à mão por último.
A solda por imersão é usada para conjuntos de circuitos impressos por meio de orifício
se montagem em superfície. É um dos métodos mais baratos de soldar e é amplamente
utilizado nas indústrias de pequena escala dos países em desenvolvimento.
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
Esquema de processo
As peças a serem unidas são tratadas com fluxo de limpeza. Em seguida, a peça de
trabalho é montada no dispositivo de fixação e imersa na solda fundida por 2 a 12
segundos. A peça de trabalho é agitada muitas vezes para ajudar o fluxo da solda.
O suporte da peça de trabalho deve permitir uma inclinação de 3 a 5 graus para que a
solda possa escorrer para garantir um acabamento suave.
Esse processo é geralmente limitado a todas as peças de trabalho de metal, embora outros
materiais, tais como placas de circuito, também possam tolerar contato momentâneo
com a solda fundida quente sem danos.
Configuração e equipamento
Não há muito equipamento ou configuração para esse processo, tudo o que é necessário é
o pote de solda com seu painel de controle de temperatura, o banho de solda fundida e o
dispositivo de retenção de trabalho. Normalmente, o dispositivo de retenção de trabalho
é feito sob medida para cada peça de trabalho, seja para imersão manual ou automática.
Soldabilidade
Alguns materiais são mais fáceis de soldar do que outros: cobre, prata e ouro são fáceis;
ferro e níquel são um pouco mais difíceis; titânio, magnésio, ferros fundidos, aços,
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SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
cerâmicas e grafites são difíceis de soldar – no entanto, se forem banhados pela primeira
vez, ficam mais fáceis de soldar. Um exemplo disso é a estanhagem, em que um aço é
revestido com estanho para que possa ser soldado com maior facilidade.
Aplicações
Placas de carbono
Materiais
A maioria dos materiais pode ser unidos. Todos os materiais precisam ser limpos antes
da inserção no forno para remover a superfície, graxa e outros contaminantes (alta
qualidade e alta qualidade). Os enchimentos mais utilizados para a brasagem do forno
são baseados em prata, cobre, níquel e ouro, sendo os dois últimos mais aplicáveis aos
aços inoxidáveis e ligas resistentes ao calor e à corrosão.
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
ao seu metal circundante (aquecimento resistivo). Essas bobinas de cobre podem ser
moldadas para se ajustarem à junta de forma mais precisa. Um metal de enchimento
(solda) é colocado entre as superfícies opostas, e essa solda derrete a uma temperatura
razoavelmente baixa. Fluxos são comumente usados em soldagem por indução.
Essa técnica é particularmente adequada para a soldagem contínua, caso em que essas
bobinas envolvem um cilindro ou tubo que precisa ser soldado.
Alguns metais são mais fáceis de soldar que outros. Cobre, prata e ouro são fáceis.
Ferro, aço carbono e níquel são os próximos em dificuldade. Devido às suas películas de
óxido finas e fortes, o aço inoxidável e algumas ligas de alumínio são ainda mais difíceis
de soldar. Titânio, magnésio, ferros fundidos, alguns aços com alto teor de carbono,
cerâmica e grafite podem ser soldados, mas envolvem um processo semelhante ao de
unir carbonetos: eles são primeiro banhados com um elemento metálico adequado que
induz a ligação interfacial.
O aquecimento por indução provou ser uma ajuda valiosa na junção de processos
por muitas razões, entre elas está o aquecimento rápido e o controle preciso do calor.
A direção rápida e o controle de calor preciso oferecem a possibilidade de aquecimento
localizado para unir componentes de alta resistência com o mínimo de enfraquecimento
e operações de solda sequenciais a serem realizadas. Solda por indução é frequentemente
especificada e oferece uma série de vantagens, incluindo articulações lisas e bem
enfaixadas de boa aparência e alta integridade.
O metal de adição varia dependendo dos outros componentes que estão sendo unidos,
mas os enchimentos mais comuns para solda por indução incluem ligas como estanho-
prata, estanho-zinco e estanho-chumbo.
Há uma série de benefícios que vêm com o uso de indução para aplicações de solda. A
seguir veremos alguns.
152
SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA │ UNIDADE IV
2. o design do indutor;
3. Controle de temperatura.
4. Economia de energia.
5. Menos oxidação.
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UNIDADE IV │ SOLDAGEM DO ESTADO SÓLIDO, BRASAGEM E SOLDAGEM FRACA
154
SOLDA POR FEIXE DE UNIDADE V
ELÉTRONS E A LASER
CAPÍTULO 1
Solda por feixe de elétrons (EBW)
A soldagem por feixe de elétrons (EBW) é um processo de soldagem por fusão no qual um
feixe de elétrons de alta velocidade é aplicado a dois materiais a serem unidos. As peças
se fundem e fluem juntas à medida que a energia cinética dos elétrons é transformada
em calor no momento do impacto. A soldagem por feixe de elétrons é frequentemente
realizada sob condições de vácuo para evitar a dissipação do feixe de elétrons.
Os elétrons livres no vácuo podem ser acelerados, com seus caminhos controlados por
campos elétricos e magnéticos. Dessa maneira, feixes estreitos de elétrons carregando
alta energia cinética podem ser formados, os quais, após a colisão com átomos em
sólidos, transformam sua energia cinética em calor. A soldagem por feixe de elétrons
fornece excelentes condições de soldagem porque envolve:
155
UNIDADE V │ SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER
Formação de feixe
Os elétrons de condução (aqueles não ligados ao núcleo dos átomos) se movem em uma
rede cristalina de metais com velocidades distribuídas de acordo com a lei de Gauss e
dependendo da temperatura. Eles não podem deixar o metal a menos que sua energia
cinética (em eV) seja maior que a barreira potencial na superfície do metal. O número
de elétrons que preenche essa condição aumenta exponencialmente com o aumento da
temperatura do metal, seguindo a regra de Richardson.
Como fonte de elétrons para soldadores de feixe de elétrons, o material deve atender a
certos requisitos:
156
SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER │ UNIDADE V
Essas e outras condições limitam a escolha do material para o emissor a metais com altos
pontos de fusão, praticamente apenas para dois: tântalo e tungstênio. Com cátodos de
tungstênio, podem ser obtidas densidades de corrente de emissão de aproximadamente
100 mA / mm2, mas apenas uma pequena porção dos elétrons emitidos participa da
formação do feixe, dependendo do campo elétrico produzido pelas tensões do ânodo e
do eletrodo de controle. O tipo de cátodo usado com maior frequência em soldadores de
feixe de elétrons é feito de uma tira de tungstênio, com cerca de 0,05 mm de espessura,
moldada. A largura apropriada da faixa depende do valor mais alto exigido da corrente
de emissão. Para a menor faixa de potência do feixe, até cerca de 2 kW, a largura w =
0,5 mm é apropriada.
Os elétrons emitidos do cátodo possuem energia muito baixa, apenas alguns eV.
Para dar a eles a alta velocidade requerida, eles são acelerados por um forte campo elétrico
aplicado entre o emissor e outro eletrodo carregado positivamente, ou seja, o ânodo.
O campo de aceleração também deve navegar pelos elétrons para formar um “feixe”
estreito e convergente ao redor do eixo. Isso pode ser conseguido por um campo elétrico
na proximidade da superfície do cátodo que emite, que tem uma adição radial bem como
um componente axial, forçando os elétrons na direção do eixo. Devido a esse efeito, o
feixe de elétrons converge para um diâmetro mínimo em um plano próximo ao ânodo.
Pelo menos essa parte da pistola de elétrons deve ser evacuada para vácuo “alto”, para
evitar a “queima” do cátodo e o surgimento de descargas elétricas.
Concentrando os feixes
Depois de deixar o ânodo, o feixe de elétrons divergente não tem uma densidade de
potência suficiente para soldar metais e precisa ser focalizado. Isso pode ser realizado
por um campo magnético produzido por corrente elétrica em uma bobina cilíndrica.
157
UNIDADE V │ SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER
é outra força F orientada radialmente ao eixo, que é responsável pelo efeito de focagem
da lente magnética. A trajetória resultante de elétrons na lente magnética é uma curva
semelhante a uma hélice. Nesse contexto, deve-se mencionar que variações da distância
focal (corrente de excitação) causam uma ligeira rotação da seção transversal do feixe.
Como mencionado acima, o ponto do feixe deve ser posicionado com muita precisão em
relação à junta a ser soldada. Isso é comumente realizado mecanicamente, movendo a
peça de trabalho em relação à pistola de elétrons, mas às vezes é preferível desviar o
feixe em vez disso. Na maioria das vezes, um sistema de quatro bobinas posicionadas
simetricamente em torno do eixo da pistola atrás da lente de focalização, produzindo
um campo magnético perpendicular ao eixo da pistola, é usado para essa finalidade.
Há razões mais práticas pelas quais o sistema de deflexão mais apropriado é usado
em monitores de TV CRT ou PC. Isso se aplica tanto às bobinas de deflexão como
aos componentes eletrônicos necessários. Tal sistema permite não apenas a deflexão
“estática” do feixe para os propósitos de posicionamento mencionados acima, mas
também um controle dinâmico preciso e rápido da posição do feixe de luz por um
computador. Isso torna possível, por exemplo:
Penetração de elétrons
158
SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER │ UNIDADE V
eles podem “transitar” apenas a uma distância muito pequena abaixo da superfície antes
de transferirem toda a sua energia cinética para o calor. Essa distância é proporcional
à sua energia inicial e inversamente proporcional à densidade do sólido. Sob condições
usuais na prática de soldagem, a “distância percorrida” é da ordem de centésimos de
milímetro. Apenas esse fato permite, sob certas condições, a rápida penetração do feixe.
O efeito dos feixes de elétrons sob tais circunstâncias depende de várias condições,
primeiramente das propriedades físicas do material. Qualquer material pode ser
derretido ou até mesmo evaporado em um tempo muito curto. Dependendo das
condições, a intensidade da evaporação pode variar, de insignificante a essencial.
Em valores mais baixos de densidade de potência superficial (na faixa de aproximadamente
103 W/mm2), a perda de material por evaporação é insignificante para a maioria dos
metais, o que é favorável para a soldagem. Em maior densidade de potência, o material
afetado pelo feixe pode evaporar totalmente em um tempo muito curto; isso não é mais
a soldagem por feixe de elétrons; é usinagem por feixe de elétrons.
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UNIDADE V │ SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER
4. Propriedades do material.
O processo de soldagem
Soldabilidade
Para a soldagem de peças com paredes finas, geralmente são necessários auxiliares de
soldagem apropriados. Sua construção deve proporcionar um perfeito contato das peças
e impedir seu movimento durante a soldagem. Geralmente eles têm que ser projetados
individualmente para uma determinada peça de trabalho.
Nem todos os materiais podem ser soldados por um feixe de elétrons no vácuo. Essa
tecnologia não pode ser aplicada a materiais com alta pressão de vapor na temperatura
de fusão, como zinco, cádmio, magnésio e praticamente todos os não metais.
160
SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER │ UNIDADE V
Muitas vezes não é possível unir dois componentes metálicos por soldagem, isto é, para
fundir parte de ambos na vizinhança da junta, se os dois materiais tiverem propriedades
muito diferentes da sua liga, isso ocorre devido à criação de compostos intermetálicos
frágeis. Essa situação não pode ser alterada, mesmo por aquecimento por feixe de
elétrons a vácuo, mas isso, no entanto, torna possível a realização de juntas que atendem
às altas demandas de compactação mecânica e que são perfeitamente estanques ao
vácuo. A abordagem principal não é fundir as duas partes, mas apenas aquela com o
ponto de fusão mais baixo, enquanto a outra permanece sólida. A vantagem da soldagem
por feixe de elétrons é a capacidade de localizar o aquecimento em um ponto preciso
e controlar exatamente a energia necessária para o processo. Uma atmosfera de alto
vácuo contribui substancialmente para um resultado positivo.
O material fundido pelo feixe encolhe durante o resfriamento após a solidificação, o que
pode ter consequências indesejáveis, como rachaduras, deformações e mudanças de
formato, dependendo das condições.
A solda de topo de duas placas resulta na flexão da soldagem porque mais material foi
fundido na cabeça do que na raiz da solda. Esse efeito não é tão substancial como na
soldagem a arco.
todos os ramos da engenharia nos quais a soldagem pode ser aplicada. Para cobrir os
vários requisitos, inúmeros tipos de soldadores foram projetados, diferindo em termos
de construção, volume de espaço de trabalho, manipuladores de peças e potência de
feixe. Os geradores de feixe de elétrons (pistolas elétricas) projetados para aplicações
de soldagem podem fornecer feixes com potência que varia de alguns watts até cerca de
cem kilowatts. Podem ser realizadas microssoldas de componentes minúsculos, bem
como soldas profundas de até 300 mm (ou até mais, se necessário). As câmaras de
trabalho a vácuo de vários tipos podem ter um volume de apenas alguns litros, mas
também foram construídas câmaras de vácuo com o volume de várias centenas de
metros cúbicos.
Canhão de elétrons
Na pistola de elétrons, os elétrons livres são adquiridos por emissão térmica de uma
cinta de metal quente (ou fio). Eles são, então, acelerados e formados em um feixe
convergente estreito por um campo elétrico produzido por três eletrodos: a tira emissora
de elétrons, o cátodo conectado ao polo negativo da fonte de alimentação de alta tensão
(aceleração) (30 – 200 kV) e o positivo eletrodo de alta tensão, o ânodo. Há um terceiro
eletrodo carregado negativamente em relação ao cátodo, chamado Wehnelt, ou eletrodo
de controle. Seu potencial negativo controla a porção de elétrons emitidos que entram
no campo de aceleração, isto é, a corrente de feixe de elétrons.
162
SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER │ UNIDADE V
Depois de passar a lente de foco, o feixe pode ser aplicado para soldagem, seja
diretamente ou depois de ser desviado por um sistema de deflexão. Consiste em dois
pares de bobinas, uma para cada direção X e Y. Estes podem ser usados para deflexão
“estática” ou “dinâmica”. A deflexão estática é útil para o posicionamento exato do feixe
por soldagem. A deflexão dinâmica é realizada fornecendo as bobinas de deflexão com
correntes que podem ser controladas pelo computador, que abre novas possibilidades
para aplicações de feixe de elétrons, como endurecimento de superfície ou recozimento,
posicionamento exato do feixe etc.
O sistema de deflexão rápida também pode ser aplicado (se fornecido com a eletrônica
apropriada) para geração de imagens e gravação. Nesse caso, o equipamento é operado
como um microscópio eletrônico de varredura, com uma resolução de cerca de 0,1
mm (limitada pelo diâmetro do feixe). Em um modo similar, o fino feixe controlado
por computador pode “escrever” ou “desenhar” uma imagem na superfície de metal
fundindo uma fina camada superficial.
Câmara de trabalho
Desde o surgimento das primeiras máquinas de solda por feixe de elétrons no final
da década de 1950, esse tipo de aplicação se espalhou rapidamente para a indústria
e a pesquisa em todos os países altamente desenvolvidos. Até agora, vários tipos de
equipamentos de feixe de elétrons foram projetados e realizados. Na maioria deles, a
soldagem ocorre em uma câmara de vácuo em funcionamento em um ambiente de alto
ou baixo vácuo.
A câmara de trabalho a vácuo pode ter qualquer volume desejado, desde alguns litros
até centenas de metros cúbicos. Eles podem ser fornecidos com pistolas elétricas, que
fornecem um feixe de elétrons com qualquer potência necessária até 100 kW, ou ainda
mais, se necessário. Em dispositivos de feixes de microelétrons, componentes com
dimensões em décimos de milímetro podem ser precisamente soldados. Em soldadores
com feixes de elétrons de potência alta o suficiente, soldas de até 300 mm de profundidade
podem ser realizadas.
Há também máquinas de solda nas quais o feixe de elétrons é trazido do vácuo para
a atmosfera. Com esse equipamento, objetos muito grandes podem ser soldados sem
grandes câmaras de trabalho.
163
UNIDADE V │ SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER
Manipuladores de peças
A soldagem por feixe de elétrons nunca pode ser “manipulada à mão”, mesmo que
não seja realizada a vácuo, uma vez que existe sempre radiação forte. O movimento
relativo da viga e da peça de trabalho é frequentemente obtido pela rotação ou pelo
deslocamento linear da peça de trabalho. Em alguns casos, a soldagem é realizada
movendo o feixe com a ajuda de um sistema de deflexão controlado por computador.
Os manipuladores de peças são projetados principalmente para atender aos requisitos
específicos do equipamento de soldagem.
O equipamento de feixe de elétrons deve ser fornecido com uma fonte de alimentação
apropriada para o gerador de feixe. A tensão de aceleração pode ser escolhida entre 30
e 200 kV. Normalmente, é cerca de 60 ou 150 kV, o que depende de várias condições.
Com o aumento da tensão, os problemas técnicos e o preço do equipamento aumentam
rapidamente, portanto, sempre que possível, uma tensão mais baixa de cerca de 60
kV deve ser escolhida. A potência máxima da alimentação de alta tensão depende da
profundidade máxima de soldagem necessária.
O equipamento de alta tensão também deve fornecer a baixa tensão, acima de 5 V, para o
aquecimento do cátodo, e a tensão negativa até cerca de 1000 V para o eletrodo de controle.
164
CAPÍTULO 2
Soldagem a laser (LW)
A soldagem a laser iniciou uma nova era tecnológica nas últimas décadas do século XX,
devido a claras vantagens para a indústria, nomeadamente precisão, alta produtividade,
flexibilidade e eficácia, assegurando a sua implementação efetiva em ambientes
automatizados de manufatura.
As aplicações atuais para solda a laser (LW) incluem vários setores, como automotivo,
aeroespacial, defesa, marítimo construção naval, médico, eletrônico, geração de energia
e redes, indústria química, energia alternativa (células de combustível, energia solar
e turbinas eólicas), nuclear, petróleo e gás, equipamentos de transporte rodoviário
eletrodomésticos.
Analisando projetos para estruturas aeroespaciais, por exemplo, a soldagem por feixe
a laser poderia reduzir o custo de fabricação devido à automação, menos material
consumido para unir e selar, menos etapas de produção e melhor comportamento
de corrosão.
A soldagem por raio laser é uma técnica de soldagem usada para unir peças de metal ou
termoplásticos com o uso de um laser. O feixe fornece uma fonte de calor concentrada,
permitindo soldas estreitas e profundas e altas taxas de soldagem. O processo é
frequentemente usado em aplicações de alto volume usando automação, como na indústria
automotiva. Baseia-se na soldagem em modo buraco de fechadura ou penetração.
Operação de soldagem
Como a soldagem por feixe de elétrons (EBW), a soldagem por feixe de laser tem alta
densidade de potência (na ordem de 1 MW/cm 2) resultando em pequenas zonas
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UNIDADE V │ SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER
Um raio laser contínuo ou pulsado pode ser usado dependendo da aplicação. Pulsos com
duração de milissegundos são usados para soldar materiais finos, como lâminas de
barbear, enquanto sistemas a laser contínuos são empregados para soldas profundas.
Equipamento
Automação e CAM
Embora a soldagem por feixe a laser possa ser realizada manualmente, a maioria dos
sistemas é automatizada e usa um sistema de fabricação assistida por computador
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SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER │ UNIDADE V
baseado em projetos auxiliados por computador. A soldagem a laser também pode ser
acoplada à fresagem para formar uma peça acabada.
Lasers
»» O primeiro tipo usa um dos vários meios sólidos, incluindo o rubi sintético
(cromo em óxido de alumínio), o neodímio em vidro (Nd: vidro) e o tipo
mais comum, o neodímio em granada de ítrio- alumínio (Nd: YAG).
Laser a gás
Os lasers a gás usam fontes de energia de baixa e alta voltagem para fornecer a energia
necessária para excitar a mistura de gás usada como meio de laser. Esses lasers podem
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UNIDADE V │ SOLDA POR FEIXE DE ELÉTRONS E A LASER
Laser de fibra
Nos lasers de fibra, o meio principal é a própria fibra óptica. Eles são capazes de alimentar
até 50 kW e estão sendo cada vez mais utilizados para soldagem industrial robótica.
As modernas máquinas de solda por feixe de laser podem ser agrupadas em dois tipos.
No tipo tradicional, a saída do laser é movida para seguir a costura. Isso geralmente é
obtido com um robô. Em muitas aplicações modernas, a soldagem remota por feixe de
laser é usada. Nesse método, o feixe de laser é movido ao longo da costura com a ajuda
de um scanner a laser, para que o braço robótico não precise mais seguir a costura.
As vantagens da soldagem a laser remota são maior velocidade e maior precisão do
processo de soldagem.
A soldagem por laser pulsado apresenta vantagens em relação à soldagem a laser por onda
contínua (CW). Algumas dessas vantagens são menor porosidade e menos respingos. A
soldagem por laser pulsado também apresenta algumas desvantagens, como causar
rachaduras a quente em ligas de alumínio. A análise térmica do processo de soldagem por
laser pulsado pode auxiliar na previsão de parâmetros de soldagem, como profundidade
de fusão, taxas de resfriamento e tensões residuais. Devido à complexidade do processo
de laser pulsado, é necessário empregar um procedimento que envolva um ciclo de
desenvolvimento. O ciclo envolve a construção de um modelo matemático, calculando um
ciclo térmico usando técnicas de modelagem numérica, como a Modelagem Elementar
Finita (MEF) ou a Diferença Finita, Method (FDM) ou modelos analíticos com hipóteses
simplificadoras e validação do modelo por medições experimentais.
f. Validar os resultados.
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Referências
AWS. Welding Handbook, Vol I; Welding Technology, ISBN 0-87171-281-4, Vol II;
Welding Processes, ISBN 0-87171-354-3, 8th Edition, 1991.
CARY, Howard B.; HELZER, Scott C. (2005). Modern Welding Technology. Upper
Saddle River, New Jersey: Pearson Education. ISBN 0-13-113029-3. Pages 153-56.
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REFERÊNCIAS
GARCIA, A.; SPIM, J. A.; SANTOS, C. A. Ensaio dos Materiais, 1ª Edição. Livros Técnicos
e Científicos Editora, 2000. GERSON LUZ. O que é soldagem por Eletroescória
(ESW). Disponível em: <http://www.soldagem.gelsonluz.com/2018/09/o-que-e-
soldagem-por-eletroescoria-esw.html>. Acesso em: 1º nov. 2018.
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
ZIEDAS, S.; TATINI, I. Soldagem. São Paulo, Senai, 1997. Disponível em: <http://
www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-
emecanicos/212-ensaio-mecanico-dureza.html>. Acesso em: 11 out. 2013.
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