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Estruturas Onshore
Brasília-DF.
Elaboração
Igor Figueredo
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS................. 11
CAPÍTULO 1
PROCESSOS QUÍMICOS E PETROQUÍMICOS............................................................................. 11
CAPÍTULO 2
CONCEITOS DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ESTRUTURAS.................................................. 17
UNIDADE II
INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA................................................................. 26
CAPÍTULO 1
NORMA REGULAMENTADORA 13 – VASOS DE PRESSÃO........................................................... 26
CAPÍTULO 2
INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO.......................................................................................... 31
CAPÍTULO 3
EXEMPLOS DE INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO.................................................................... 41
UNIDADE III
INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS.................................................................................................... 44
CAPÍTULO 1
NORMA REGULAMENTADORA 13 – CALDEIRAS........................................................................ 44
CAPÍTULO 2
INSPEÇÃO DE CALDEIRAS....................................................................................................... 50
CAPÍTULO 3
INSPEÇÃO DE FORNOS........................................................................................................... 58
UNIDADE IV
INSPEÇÃO DE TUBULAÇÕES, VÁLVULAS E OUTROS EQUIPAMENTOS......................................................... 66
CAPÍTULO I
INSPEÇÃO DE TUBULAÇÕES..................................................................................................... 66
CAPÍTULO 2
INSPEÇÃO DE VÁLVULAS.......................................................................................................... 75
CAPÍTULO 3
INSPEÇÃO DE FAIXAS DE DUTOS E DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO..................................... 85
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 91
Apresentação
Caro aluno,
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno de
Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Olá a todos! Dando continuidade ao curso de Engenharia de Inspeção
de Equipamentos e Materiais, apresentamos a disciplina de Inspeção de
Equipamentos e Estruturas Onshore. Essa disciplina, como sugere o título,
é voltada para o entendimento de como ocorre a inspeção em diversos tipos
de equipamentos e estruturas utilizados na indústria química, petroquímica e
outras afins.
É válido salientar que este assunto é bastante amplo, pois compreende uma
grande quantidade de equipamentos com variadas funções e especificações.
Porém, a abordagem de cada equipamento será feita sempre da mesma forma:
uma breve explicação da aplicação, seguida da forma pela qual é recomendada
a inspeção, sempre referendada pela regulamentação vigente no Brasil.
Mas antes de começarmos, você sabe qual a relação entre uma pequena válvula
de alívio localizada em uma indústria de geração termelétrica e uma grande
caldeira utilizada na produção de margarina? Dentre outras semelhanças, ambas
necessitam ser inspecionadas, por profissionais certificados e qualificados, de
acordo com a regulamentação vigente.
Objetivos
» Unidade I: Essa unidade tem como principal objetivo a apresentação
de uma visão geral de alguns processos, nos quais são utilizados os
equipamentos que serão estudados nas unidades posteriores. Dessa
forma, o entendimento da inspeção de equipamentos e estruturas
será facilitado quando se conhece a sua aplicabilidade para a
obtenção dos produtos. Além disso, essa unidade tem como objetivo
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fornecer uma visão geral das normas e conceitos acerca da inspeção
de equipamentos e estruturas onshore.
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PROCESSOS QUÍMICOS,
PETROQUÍMICOS E UNIDADE I
CONCEITOS DA INSPEÇÃO
DE EQUIPAMENTOS
CAPÍTULO 1
Processos químicos e petroquímicos
Processamento químico
Vamos começar nossa conversa sobre processamento químico com uma reflexão
simples: a gasolina do seu carro e o cimento utilizado para construir sua casa têm
algo em comum? A princípio isso não faz sentido nenhum, não é mesmo?
Ambos são produzidos a partir de uma série de operações projetadas a fim de,
partindo de determinadas matérias-primas, obter os produtos desejados. Em outras
palavras, essa é a definição de processo. Perceba que o processamento químico, aqui
descrito, é o conjunto de um ou mais processos industriais.
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UNIDADE I │ PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
acordo com o projeto. Dessa forma, segundo Foust et al. (1982), segue alguns
dos principais processos químicos encontrados nas mais variadas indústrias. No
mais, a Figura 1 ilustra um conjunto de processos e equipamentos, nos quais são
aplicados diversos processos de separação e conversões químicas.
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2016/04/30/11/39/mie-prefecture-1362785_960_720.jpg.
Destilação
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PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS │ UNIDADE I
Extração líquido-líquido
Em muitas indústrias existem diversas misturas com dois ou mais líquidos, nos
quais somente um desses líquidos interessa para o produto final. Desse modo,
a extração líquido-líquido é um método de separação útil para essa situação. O
processo é simples, do ponto de vista operacional, visto que consiste em adicionar
um solvente líquido à mistura. Por afinidade química, o único líquido solúvel
ao solvente é o produto desejado, enquanto os outros líquidos são insolúveis ao
solvente.
Extração sólido-líquido
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UNIDADE I │ PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Processos petroquímicos
O petróleo é uma mistura de hidrocarbonetos dos mais variados pesos e
estruturas moleculares, com diversas impurezas e sob condições extremas de
temperatura e de pressão. Essas características composicionais, aliadas ao
meio em que o petróleo está localizado, são responsáveis pelas características
físico-químicas do óleo.
A partir dos diversos tipos de separação física (apenas três foram citados no
tópico 1) das frações do petróleo, obtêm-se as matérias-primas utilizadas na
indústria petroquímica, dando origem aos mais variados produtos finais. Dentre
as matérias-primas mais utilizadas na indústria petroquímica pode-se citar o GLP
(gás liquefeito do petróleo), gás natural, naftas de refinaria, parafinas etc.
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PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS │ UNIDADE I
Outras indústrias
Indústria alimentícia
Indústria farmacêutica
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UNIDADE I │ PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Indústria de plásticos
A indústria de plástico é uma das mais amplas e empregadas do mundo, visto que
seu produto final é largamente utilizado na sociedade (certamente você, leitor,
está olhando para algo fabricado com plástico neste momento). Os plásticos
são adaptáveis a diversas formas e aplicações devido a características como a
resistência mecânica, resistência à água, facilidade de fabricação e variação de
cores. Contra o plástico pesam sua baixa biodegradabilidade e seu alto poder de
poluição.
O plástico, inclusive, é parte importante de outras indústrias, visto que ele serve
de componente estrutural de bombas, dutos, válvulas, tanques etc., devido a sua
boa resistência a fluidos corrosivos.
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CAPÍTULO 2
Conceitos de inspeção de
equipamentos e estruturas
Normas regulamentadoras
No Brasil, a legislação referente à inspeção de equipamentos industriais é regida
por Normas Regulamentadoras (NR) da Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT), principalmente a NR13 – Caldeiras e Vasos de Pressão. Diversos outros
equipamentos que não são abrangidos por esta NR operam obedecendo a padrões e
normas de órgãos internacionais, dentre os quais o American Society of Mechanical
Engineers (ASME) e o American Petroleum Institute (API).
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UNIDADE I │ PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Inspeção de fabricação
Segundo a Petrobras, a inspeção de fabricação é definida como:
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PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS │ UNIDADE I
Tipos de inspeção
Atividades mínimas exigidas
A B C
Apresentação do Plano de Inspeção e Testes antes do início da fabricação X
Verificação da certificação da matéria-prima e/ou registros da qualidade X X X
Verificação durante a fabricação (mão de obra, métodos e processos de fabricação, controle e ensaios intermediários) X
Testemunho de testes hidrostáticos e/ou pneumáticos, se necessários X X
Verificação visual e dimensional final X X X
Testemunho de testes funcionais e/ou de desempenhos finais X X
Verificação do “data book” (quando previsto contratualmente) e da documentação técnica X X X
Identificação e embalagem
Fonte: Adaptado de ABC da Inspeção de Fabricação, Petrobras (2017).
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UNIDADE I │ PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Enquanto a CoF é a outra parte da equação para determinar o risco de uma RBI.
O CoF é calculado revendo e classificando as potenciais consequências que uma
falha no equipamento ou parte dele poderiam ocasionar para o equipamento em
si, unidade de processo, pessoal, ambiente de trabalho etc.
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PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS │ UNIDADE I
Segundo a NR13, para que uma empresa possua SPIE é necessário que ela siga
algumas normas, a saber:
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UNIDADE I │ PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
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PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS │ UNIDADE I
Oxigênio
Através dessa definição, é possível perceber que tal área é de alto risco para o
ambiente de trabalho e, portanto, exige inspeção em seus equipamentos e
estruturas, principalmente na parte elétrica.
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UNIDADE I │ PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Observe que até mesmo a inspeção mais simples só pode ser feita corretamente
se o profissional habilitado conhecer bem a constituição e a operação do
equipamento inspecionado.
» Inspeção inicial: deve ser feita após estes serem instalados e antes
de entrarem em operação. Tal tipo de inspeção tem um caráter
preparatório no sentido de verificar se o tipo de proteção e a instalação
(já no local fixo de operação) do equipamento estão apropriados para
dar início à operação.
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PROCESSOS QUÍMICOS, PETROQUÍMICOS E CONCEITOS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS │ UNIDADE I
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INSPEÇÃO DE VASOS
DE PRESSÃO NÃO UNIDADE II
SUJEITOS À CHAMA
CAPÍTULO 1
Norma Regulamentadora 13 – vasos de
pressão
Fonte: https://i1.wp.com/www.processingmagazine.com/wp-content/uploads/2016/02/Mechanical-pressure-vessel-design.
jpg?fit=720%2C405&ssl=1.
Porém, nem todos os vasos de pressão não sujeitos à chama estão regulamentados
pela NR13. O produto PxV do fluido de operação no equipamento é quem determina
a abrangência (ou não) do vaso à NR13, sendo P a pressão máxima de operação (em
kPa) e V o volume interno do equipamento ocupado pelo fluido (em m3).
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INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA │ UNIDADE II
Além disso, a partir do produto PxV, os vasos de pressão são separados de acordo
com o grupo potencial de risco à segurança de operação:
» Classe D: outros fluidos, que não estejam entre os listados nas outras
classes.
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UNIDADE II │ INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA
A partir dos grupos potenciais de risco (dado pelo produto PxV) e da classificação
do fluido, é possível dividir os vasos de pressão em 5 categorias de acordo com
o risco à segurança de sua operação: I, II, III, IV e V, sendo que a categoria I
representa o maior risco, enquanto a V, o menor. A Tabela 2 é um resumo das
categorias de acordo com o exposto anteriormente.
Por fim, é através dessa divisão das categorias dos vasos de pressão que se
tem uma noção exata de todo o planejamento de inspeção dos equipamentos,
determinando prazos, técnicas de inspeção, frequência etc.
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INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA │ UNIDADE II
Categoria do Exame Externo (período Exame Interno (período com Testes Hidrostáticos (período
vaso com SPIE), em anos SPIE), em anos com SPIE), em anos
Inspeção extraordinária
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UNIDADE II │ INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA
Relatório de inspeção
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CAPÍTULO 2
Inspeção de vasos de pressão
A partir dos dados colhidos e das análises citadas acima sobre um determinado
vaso de pressão, é possível a elaboração do chamado Plano de Inspeção, definido
como “documento que descreve as atividades necessárias para a avaliar as
condições físicas de um equipamento. Deve incluir os exames e testes a serem
realizados.” (IBP, 2017).
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UNIDADE II │ INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA
A inspeção visual pode ser feita na parte externa ou interna ao vaso de pressão e
são utilizadas sob diferentes perspectivas. Conforme a Tabela 3, observa-se que
a inspeção externa ocorre numa maior frequência do que a interna, visto que,
na maioria dos casos, esta é mais simples e não há a necessidade de parar o
equipamento.
Por fim, mas não menos importante, existe a etapa de inspeção do isolamento
térmico do vaso de pressão, que tem como objetivo observar possíveis locais de
vazamento e entrada de umidade. Regiões de conexões, juntas e partes expostas
do vaso devem ser inspecionadas de forma mais cautelosa.
Além disso, no caso de vasos pressão que operam a frio (baixas temperaturas),
é necessária uma inspeção mais cautelosa ainda, visto que em muitos casos há
a condensação de umidade entre a parede do vaso e o isolamento de proteção
térmico. Por isso, nesse caso, a inspeção visual externa não é suficiente para
identificar possíveis problemas com umidade.
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UNIDADE II │ INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA
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INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA │ UNIDADE II
» Não preze pelo procedimento mais simples, mas sim pelo procedimento
correto a ser feito. Em muitos casos, seguir as recomendações do
fabricante e das normas regulamentadoras é o suficiente para garantir
a operação correta do vaso de pressão e, consequentemente, da
segurança.
Para isso ser realizado, é necessário checar os lacres, o estado físico, os sinais de
vazamentos e a pressão de abertura (para válvulas).
Deste modo, a inspeção dos suportes e das bases dos vasos de pressão é muito
importante e deve ser feita de forma cuidadosa. Isso também se aplica à inspeção
do aterramento elétrico do vaso e das escadas e plataformas que dão acesso ao
equipamento. Nesses equipamentos e estruturas, a corrosão é um dos principais
problemas.
A inspeção visual interna é de extrema importância, visto que muitos dos ensaios
não destrutivos ou a inspeção externa são referentes à superfície do equipamento.
Desta forma, pela inspeção interna é possível identificar danos que não são
perceptíveis por outras abordagens.
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UNIDADE II │ INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA
Dessa forma, ao entrar num vaso de pressão, o profissional habilitado deve fazer
uma inspeção geral da parte interna do equipamento, focando principalmente
em zonas expostas a corrosão e removendo os acessórios internos. Obviamente, a
inspeção interna é feita com o vaso de pressão em condição de parada.
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INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA │ UNIDADE II
Fonte: https://chemical-materials.elsevier.com/wp-content/uploads/2017/11/buoy-1754262_1280-450x300.png.
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INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA │ UNIDADE II
VR =
( EMED − EREQ ) (1)
TCOR
No qual, VR = vida restante (em anos); EMED = espessura medida no momento
da inspeção, na seção utilizada para a determinação de EREQ (em mm);
EREQ = espessura mínima admissível na seção ou zona em análise no vaso
de pressão (em mm); TCOR = taxa de corrosão (em mm/ano ou milésimos de
polegadas/ano).
Obviamente, muitas vezes são necessários que reparos sejam realizados nos
vasos de pressão para que ele volte a operar conforme projetado. Contudo,
esses reparos devem ser feitos obedecendo às normas exigidas para o
equipamento. É importante que todos os reparos obedeçam ao projeto original
do equipamento, sendo obrigatório que todos os reparos sejam reportados
nos registros do equipamento.
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UNIDADE II │ INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA
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CAPÍTULO 3
Exemplos de inspeção de vasos de
pressão
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UNIDADE II │ INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA
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INSPEÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO NÃO SUJEITOS À CHAMA │ UNIDADE II
Os bicos pulverizadores, que são responsáveis por jorrar água na bacia da torre,
devem fazer isso de forma uniforme. Caso não façam, normalmente por motivos
de falta de limpeza e entupimento, deve ocorrer a inspeção pelo profissional
habilitado. O mesmo se aplica aos equipamentos eliminadores de gotas e ao
enchimento, parte fundamental para o rendimento da torre.
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2018/08/31/19/16/fan-3645379_960_720.jpg.
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INSPEÇÃO DE UNIDADE III
CALDEIRAS E FORNOS
CAPÍTULO 1
Norma Regulamentadora 13 – caldeiras
Classificação de caldeiras
Segundo a NR13, caldeiras a vapor são equipamentos que têm a função de produzir
e acumular vapor, operando em condição de pressão superior à atmosférica e
utilizando qualquer fonte de energia. Geralmente o vapor gerado é de água, devido a
suas propriedades caloríficas.
Atenção! Com essa breve definição, o aluno já deve ser capaz de diferenciar os
equipamentos: vasos de pressão e caldeira a vapor! Faça esse exercício de memória
e vamos lá!
O calor é transferido na forma de vapor d’água devido ao fato de, dessa forma,
a indústria ter um maior controle das condições termodinâmicas, de pressão e
temperatura do fluido, evitando perdas excessivas de energia. A Figura 8 é um
exemplo de uma caldeira de grande porte, observando o detalhe das escadas de
acesso!
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INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2012/11/11/19/48/gas-boilers-65756_960_720.jpg.
De acordo com Camisassa (2015), as caldeiras podem ser divididas de acordo com
o local em que o vapor é gerado. Nas caldeiras flamotubulares, o vapor d’água é
gerado no exterior dos tubos que conduzem os gases provenientes da queima do
combustível. Enquanto nas caldeiras aquotubulares ocorre o contrário, isto é, o
vapor d’água é gerado no interior dos tubos, a partir da transferência de calor dos
gases quentes provenientes da queima, que circulam na parte externa desses tubos.
Porém, para ser classificada como caldeira especial, é necessário que a caldeira
obedeça a todas exigências listadas abaixo:
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UNIDADE III │ INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS
Tratamento de água
Como já dito anteriormente, a grande maioria das caldeiras utilizam água como
fluido que se torna vapor. Portanto, é de extrema importância que a qualidade da
água utilizada seja analisada com frequência para estender a vida útil da caldeira.
Quando a água está imprópria para uso na caldeira, aumenta-se a probabilidade
de ocorrência de corrosões e incrustações, que afetam diretamente a capacidade
de a caldeira operar em segurança.
46
INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Tal inspeção é importante para que se obtenha uma comparação entre as condições
de projeto do equipamento e as condições dele após sua instalação, além da
observação de possíveis avarias causadas pelo transporte, corrosão, erosão etc.
Assim como ocorre com os vasos de pressão não sujeitos a chama, a NR13
também exige que a inspeção de caldeiras ocorra de acordo com os prazos
listados na Tabela 4. Devem ser realizadas inspeções visuais externa e interna,
além de, se necessário, algum teste complementar.
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UNIDADE III │ INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS
Assim como nos vasos de pressão, esses prazos são os prazos máximos para
a realização do próximo serviço de inspeção, não importando se o equipamento
está parado ou em operação, a contagem do tempo para a próxima inspeção
deve ser iniciada em relação à data da última inspeção, de acordo com
o registro de inspeção do equipamento.
Tal tipo de inspeção deve ocorrer sempre que ocorrerem algumas das situações
abaixo:
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INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Relatório de inspeção
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CAPÍTULO 2
Inspeção de caldeiras
A inspeção preliminar também pode ser útil para determinar quais partes
do casco ou dos tambores exigem uma inspeção mais detalhada. Depósitos
encontrados tanto nos tambores quanto nos tubos podem ser um sinal para
inspecionar de forma mais detalhada o superaquecimento do metal. Marcas de
fluxos nas paredes e presença de fuligem também podem auxiliar na localização
de vazamentos de gás naqueles pontos.
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INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Quando ocorre uma ruptura do tubo, este deve ser inspecionado visualmente e sua
aparência pode indicar a causa do defeito. Se a causa não for evidente, amostras
do tubo na sua condição original devem ser colhidas e analisadas quimicamente e
microscopicamente. A amostra do tubo deve ser cortada pelo menos 1 (um) pé em
cada lado da falha.
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UNIDADE III │ INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS
Superaquecimento
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INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Esse processo cíclico causado pela má circulação causa rachaduras por fadiga
térmica, o que pode resultar em falha do tubo. Essa condição também pode
resultar em corrosão cáustica.
Corrosão
A corrosão pode ocorrer em todas as superfícies externas e internas das peças das
caldeiras. A extensão e a taxa de deterioração causadas pela corrosão dependem
da condição da água de alimentação, do tipo e da qualidade do combustível
queimado, da quantidade de ar excedente utilizada e das condições atmosféricas
predominantes. Alternâncias constantes em ligar e desligar a caldeira também
afetam a taxa de deterioração.
53
UNIDADE III │ INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS
A corrosão ácida está ligada aos danos causados por hidrogênio, que podem
ocorrer quando a caldeira é operada com água de baixo pH. Tal problema pode ser
causado pelo ingresso de produtos químicos ácidos na instalação de tratamento
de água, pelo vazamento em um condensador de água de resfriamento salino, pela
contaminação por limpeza química ou por outros fatores que podem abaixar o
pH da água de alimentação da caldeira para menos de 7. Para prevenir os danos
causados pelo hidrogênio, o fechamento do controle da água ou o monitoramento
das condições de tratamento de água e de limpeza são recomendados.
Já em relação às falhas causadas pela corrosão sob tensão, tal tipo de problema
está ligado ao tipo de material que a caldeira é construída, sendo mais comum
em tubos de aços austeníticos que sofrem com momentos de superaquecimento
e reaquecimento.
54
INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS
» explosão da fornalha;
Reparos de caldeiras
Apesar de reparos de caldeiras não serem função do inspetor de equipamentos,
nesta seção vão ser apresentados alguns dos reparos mais comuns na caldeira e
nos seus componentes, de modo que o inspetor tenha um prévio conhecimento
acerca dos testes realizados após os reparos de caldeiras.
Vale salientar que os reparos devem ser realizados de forma que a caldeira volte a
operar de acordo com o projeto inicial, sempre de acordo com as normas vigentes
e realizados por um profissional habilitado. Da mesma forma que para os vasos de
pressão, é obrigatório que todos os reparos sejam reportados nos registros do
equipamento.
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INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Quando as caldeiras são construídas, elas são testadas de acordo com o padrão
e a operação para o qual foram construídas e os mesmos métodos devem ser
usados para inspecionar e testar o trabalho de reparo.
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CAPÍTULO 3
Inspeção de fornos
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2018/09/03/20/18/blast-furnace-3652296_960_720.jpg.
58
INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Inspeção de fornos
Normalmente, os fornos são partes de uma unidade de processo, por isso muitas
vezes a inspeção de fornos se dá condicionada por conta de outros equipamentos
dessa unidade de processo. Fato é que o desligamento total da unidade torna o forno
disponível para sua inspeção, observando tubos, conexões e similares.
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UNIDADE III │ INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS
» soldas.
Perceba que a escolha dos tubos para os exames não destrutivos passa muito
pelo critério, sensibilidade e experiência do profissional que realiza a inspeção.
Em muitas situações, escolhas erradas significam tempo e dinheiro perdidos pela
empresa!
No que se refere aos tubos soldados, todas as soldas devem ser minuciosamente
inspecionadas, independentemente de terem sido realizadas pelo fabricante
da tubulação ou pelos trabalhadores da fábrica. Essa inspeção deve ser
primariamente visual, complementada por testes de partículas magnéticas,
líquido penetrante ou radiografia, conforme as condições e as normas exigirem.
Normalmente, os defeitos externos são na forma de rachaduras, que podem ser
causadas por alta temperatura do metal na solda.
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INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Tipo de processo
Parece óbvio, mas um dos principais fatores que influenciam nas causas de
deterioração de fornos é o processo operacional ao qual ele é submetido. Dentre
tais processos, podemos citar a destilação de petróleo bruto, a destilação
a vácuo, o processamento de asfalto ou óleo lubrificante, o craqueamento, a
reforma catalítica etc. Portanto, é evidente a necessidade de o forno operar
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UNIDADE III │ INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS
nas condições para as quais ele foi projetado a fim de evitar que ocorra uma
deterioração acelerada e consequente redução da vida útil do equipamento.
Características da carga
Velocidade de fluxo
Temperatura
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INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Produtos da combustão
Como já se sabe, a queima da carga do forno gera produtos, dos quais muitos
deles são indesejados para o processo, sendo que alguns deles causam a corrosão
dos tubos e componentes dos fornos. Tais problemas de corrosão dependem
principalmente das características do combustível. Por exemplo, quando o gás
ou o óleo combustível têm alto teor de enxofre, um dos produtos de combustão
formados e depositados nas superfícies externas dos tubos é o sulfato. Durante
a operação, o sulfato é inofensivo, mas assim que o depósito é resfriado, ele
torna-se altamente higroscópico (retira a umidade do ar), sofrendo e hidrólise
e produzindo ácido sulfúrico, que imediatamente ataca todo o metal com o qual
está em contato, causando grandes defeitos à futura operação do forno.
Deterioração mecânica
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UNIDADE III │ INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS
Já em relação aos danos durante a limpeza mecânica, eles podem ser causados
por procedimentos ou fabricação defeituosos. Uma das causas mais comuns é
permitir que o limpador opere em uma posição por tanto tempo que corta o
metal do tubo, consequência do contato com as ferramentas de limpeza.
Condições ambientais
Uma situação muito comum no nosso dia a dia é a deterioração por condições
ambientais. Em cidades litorâneas, por exemplo, é muito comum vermos
estruturas de metal sofrendo com o efeito da maresia, que é simplesmente a
ação severa da atmosfera corrosiva de íons presentes na água do mar.
Voltando a falar sobre fornos, a atmosfera na qual ele está inserido tem muita
relevância na taxa de deterioração de sua estrutura. A deterioração resultante
de uma atmosfera úmida, seca ou com sais pode não ser devido à localização
geográfica, mas sim com a localização do forno dentro da indústria. Se os fornos
estão próximos a lagoas de tratamento ou torres de resfriamento e com ventos a
favor, os fornos tendem a estar expostos a uma atmosfera úmida, sofrendo com
corrosão.
Reparos de fornos
Em geral, os reparos realizados nos fornos são pequenos consertos ou, em casos
extremos, a substituição de peças que ficaram enfraquecidas ou danificadas pelos
problemas de deterioração citados no tópico anterior.
64
INSPEÇÃO DE CALDEIRAS E FORNOS │ UNIDADE III
Além disso, existem vários tipos de reparos que podem ser feitos nas peças
auxiliares dos fornos. Tais reparos podem ser feitos tanto quando tais peças estão
acopladas ao forno como quando são removidas, dependendo do grau de reparo.
Nesses casos, o reparo mais comum consiste em soldar pequenas rachaduras.
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INSPEÇÃO DE
TUBULAÇÕES, UNIDADE IV
VÁLVULAS E OUTROS
EQUIPAMENTOS
CAPÍTULO I
Inspeção de tubulações
Inspeção de tubulações
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sejam executados. Em geral, a seção da tubulação a ser aberta deve ser isolada
de todas as fontes de líquidos nocivos, gases ou vapores e purgada para remover
todo o óleo e gases e vapores tóxicos ou inflamáveis.
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2017/10/14/22/26/water-pipe-2852047_960_720.jpg.
Teste do martelo
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Medição de espessura
Tal medição pode ser realizada através de diversos métodos, dentre os quais,
ultrassom, radiografia convencional ou digital etc.
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Frequência de inspeção
Na Tabela 5 são mostrados os prazos máximos nos quais essas tubulações devem
ser inspecionadas, de acordo com API RP 570:
Classe Medição de espessura dos tubos (em anos) Inspeção externa (em anos)
Classe 1 5 5
Classe 2 10 5
Classe 3 10 10
Classe 4 A critério A critério
Fonte: API RP 570 (2009).
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Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2016/01/08/18/00/pipeline-1128813_960_720.jpg.
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Reparos de tubulações
Assim como em outros equipamentos, é importante esclarecer que os reparos
em tubulações devem estar em conformidade com o projeto original do
equipamento, com as condições operacionais e com as normas vigentes. Todos
os reparos devem ser descritos, de forma detalhada e fidedigna, nos registros
de operação do equipamento.
Apesar de parecer óbvio, na escolha do tipo de reparo, deve-se ter muita atenção
para não danificar a tubulação. O uso de soldagem, por exemplo, pelo forte calor
empregado, pode causar alterações metalúrgicas importantes no material. Outro
exemplo é o caso de reparo por inserção em tubos de ligas metálicas. É preciso
checar se a liga que está sendo adicionada se adequa à liga que lá estava, visto
que materiais inadequados podem causar sérios danos à operação e segurança do
sistema de tubulações.
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CAPÍTULO 2
Inspeção de válvulas
» em serviço de líquido;
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As válvulas de alívio não devem ser usadas em serviços de ar, gás ou outros
serviços de vapor, em instalações que imponham qualquer contrapressão, a
menos que os efeitos da contrapressão tenham sido contabilizados ou usadas
como válvulas de controle de pressão ou de by-pass.
Existem também as válvulas de segurança e alívio, que podem operar ora como
válvulas de segurança, ora como válvulas de alívio, dependendo da aplicação.
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Classificação Descrição
Válvulas sujeitas a incrustação, entupimento, corrosão e outras formas de deterioração agressiva, que exijam alta
A
frequência de inspeção e de manutenção corretiva.
B Válvulas sujeitas a desgaste reduzido por fatores mecânicos, de operação e tipo de fluido.
C Válvulas com baixo nível de degradação a partir de dados do ensaio inicial (ver item 2.4.1. deste capítulo).
Fonte: Adaptado da N-2368.
Inspeção de válvulas
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A inspeção visual externa visa verificar o estado da superfície externa das válvulas,
focando na busca por vazamentos, rachaduras, vibração excessiva, pontos de corrosão,
desgastes em geral etc. Além disso, as juntas, conexões e soldas devem receber uma
atenção especial acerca desses tipos de problemas.
Tal tipo de inspeção é realizada somente em válvulas fora de operação e requer uma
análise mais minuciosa e complexa em relação à inspeção visual externa. Nessas
situações as válvulas são removidas do seu local de operação e transportadas para o
local em que acontece a inspeção.
Conforme relatado na seção 4 deste capítulo, muito cuidado deve ser tomado nesse
transporte a fim de não danificar a válvula e seus componentes internos.
Após o exame visual, tem-se o teste de recepção (ver item 2.4.1. deste capítulo)
e, caso seja constatado pelo inspetor que o teste de recepção não é suficiente,
passa-se à fase de desmontagem da válvula. A desmontagem deve ser feita de forma
muito cuidadosa, com bastante atenção à posição e aspecto dos parafusos e outros
componentes internos da válvula. A desmontagem bem organizada ajuda para uma
posterior montagem bem executada.
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É válido salientar que sempre que houver desmontagem da válvula, ela só pode
retornar à operação após sua montagem ser inspecionada externamente de
forma criteriosa.
Segundo o “Guia no 10: Válvulas de Segurança e Alívio” do IBP, além da inspeção visual
externa e interna, são obrigatórios alguns testes e ensaios nas válvulas a fim de que
elas possam ser consideradas aptas para a operação, são eles: o ensaio inicial, teste de
regulagem da pressão de ajuste, ensaio de vedação e ensaio de fole.
Ensaio inicial
Se a válvula abrir numa pressão acima da pressão de ajuste, o teste deve ser refeito
para a confirmação. Todos as anormalidades devem ser anotadas e checadas de
acordo com o projeto e com o processo a que a válvula é submetida. Caso haja
a confirmação da conformidade, lacra-se a válvula e libera-se seu uso. Se algo
estiver fora do especificado para a finalidade da válvula, ela deve ser formalmente
devolvida ao fornecedor.
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Ensaio de vedação
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1 ano entre uma inspeção e outra. Para a inspeção visual interna, o prazo nunca
deve ser superior a 10 anos.
Em relação ao risco, ele deve ser baseado no equipamento protegido pela válvula,
observando se a operação tem risco de ser inflamável, tóxica, corrosiva e de gerar
incrustações. Associada a essas consequências, deve-se observar a probabilidade
de ocorrer sobrepressão, em que se observa o histórico de inspeções e manutenções
da válvula e do equipamento protegido.
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Reparos de válvulas
Em algumas situações, devido ao desgaste e aos danos a que as válvulas são expostas,
há a necessidade de corrigir os problemas através de reparos ou substituições.
Sempre deve se respeitar as condições de projeto e de operação ao se realizar
um reparo. No caso da substituição de peças e componentes, é necessário também
verificar a ocorrência de incompatibilidade entre as peças e de falhas de vedação
(e consequente perda de pressão).
Quando soldagens são realizadas nas válvulas, além da inspeção visual (que é de
praxe após reparos e substituições), é recomendável também executar ensaios
não destrutivos para assegurar a qualidade do serviço. Lembre-se de que todo
reparo deve ser registrado de forma detalhada.
» ensaioinicial da válvula;
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CAPÍTULO 3
Inspeção de faixas de dutos e de
tanques de armazenamento
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/30/14/12/pipes-699346_960_720.jpg.
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Fonte: http://s2.glbimg.com/07vH3OFjajLhVk-d-deJwD6Ywew=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/12/17/incendio_explode_1.
jpg.
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A norma API RP 653 recomenda, para auxiliar a inspeção visual externa de tanques
de armazenamento, a inspeção da espessura do tanque por método de ultrassom,
de modo a substituir a inspeção interna e não precisar parar o equipamento.
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No caso da inspeção visual interna, quando as taxas de corrosão não são conhecidas
e a comparação com um tanque de serviço similar não está disponível para estimar a
data da próxima inspeção, o intervalo de inspeção interna não deve exceder 10 anos.
Além disso, alguns pontos são relevantes para determinar a frequência da inspeção
dos tanques de armazenamento. Dentre os quais, pode-se destacar a natureza
do fluido que está armazenado, o risco potencial do tanque, a disponibilidade
(ou não) de dispositivo de detecção e sensores, a mudança de alguma variável de
operação etc.
Depois que uma avaliação RBI efetiva é realizada, os seus resultados podem ser
usados para estabelecer uma estratégia de inspeção de tanque e uma melhor
definição acerca dos métodos de inspeção mais apropriados, frequência apropriada
para inspeções internas, externas e em serviço, e medidas de prevenção e mitigação
para reduzir os riscos associados à probabilidade e à consequência de vazamento
ou falha de um tanque.
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Contudo, antes de se iniciar o reparo, tal serviço deve ser autorizado pelo
inspetor autorizado ou por um engenheiro com experiência no projeto do tanque
de armazenamento. Dessa forma, todo o projeto proposto (contendo a execução
de obra, materiais, procedimentos de soldagem, exame e métodos de teste) deve
ser aprovado.
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Referências
FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP; C. W.; MAUS, L.; ANDERSEN, L. B. Princípios
das Operações Unitárias. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos
Editora Ltda., 1982.
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REFERÊNCIAS
Sites
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr13.htm. Acesso em: 9 nov. 2019.
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/04/30/11/39/mie-prefecture-1362785_960_720.
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https://i1.wp.com/www.processingmagazine.com/wp-content/uploads/2016/02/
Mechanical-pressure-vessel-design.jpg?fit=720%2C405&ssl=1. Acesso em: 9 nov.
2019.
https://chemical-materials.elsevier.com/wp-content/uploads/2017/11/buoy-
1754262_1280-450x300.png. Acesso em: 9 nov. 2019.
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/08/31/19/16/fan-3645379_960_720.jpg.
Acesso em: 9 nov. 2019.
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REFERÊNCIAS
https://cdn.pixabay.com/photo/2012/11/11/19/48/gas-boilers-65756_960_720.jpg.
Acesso em: 9 nov. 2019.
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/09/03/20/18/blast-furnace-3652296_960_720.
jpg. Acesso em: 9 nov. 2019.
https://cdn.pixabay.com/photo/2017/10/14/22/26/water-pipe-2852047_960_720.
jpg. Acesso em: 9 nov. 2019.
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/01/08/18/00/pipeline-1128813_960_720.jpg.
Acesso em: 9 nov. 2019.
https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/30/14/12/pipes-699346_960_720.jpg.
Acesso em: 9 nov. 2019.
http://s2.glbimg.com/07vH3OFjajLhVk-d-deJwD6Ywew=/s.glbimg.com/jo/g1/f/
original/2013/12/17/incendio_explode_1.jpg. Acesso em: 9 nov. 2019.
http://www.transpetro.com.br/pt_br/tecnologia-e-seguranca/seguranca-na-faixa-de-
dutos/o-que-e-a-faixa-de-dutos.html. Acesso em: 9 nov. 2019.
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