Você está na página 1de 37

INTRODUÇÃO

Lei física

Consultando a enciclopédia o leitor encontrará: “ é difícil dar uma boa e impossível


dar uma perfeita definição de física”.

De fato o entrelaçamento da física com outros ramos da ciência impede que se


estabeleça uma perfeita uma linha divisória nítida. Daí o aparecimento da física
matemática, da físico-química, da biofísica, da física aplicada, etc.

Uma definição compatível com estudo apostila é a seguinte:

“Física é o ramo da ciência que estuda a matéria, suas propriedades gerais e a


energia”.

O método usado em física

A física emprega o método experimental, que por sua vez, usa a observação e a
experimentação.

A observação consiste em estudar os fenômenos como se apresentam.

A experimentação é a investigação de uma fenômeno modificado, ou mesmo


provocado, pelo observador.

Alguém já disse, que na observação o observador de limita a contemplar a natureza;


na experimentação, o pesquisador vai além: ele a interroga.

Leis físicas

- Que acontecerá se você largar o lápis que está segurando?


- Ele cairá?
- Mas, como pode afirmar antes de o soltar?
- Ora, como todos os objetos que tenho soltado têm caído. Há bastante tempo
concluí que todo objeto cai ao ser solto.
- Você sabia que esta conclusão é uma lei física?
- !?
- o primeiro brinquedo a cair de suas mãos foi a primeira de uma série de
experiências que permitiram estabelecer. Ao generalizar, para todos os corpos, a
lei verifica apenas para alguns, você aplicou um princípio fundamental da ciência.

As mesmas causas em idênticas condições, produzem, sempre, os mesmos efeitos.


Ao soltar um balão ele sobe em lugar de cair. Isto porém não invalida a “sua” lei
outras causas em jogo.

A lei que você descobriu é a qualitativa.

Uma outra lei qualitativa que, provavelmente, você já descobriu é a seguinte:

PAGE 44
Durante a queda de um corpo a velocidade aumenta.

O próximo passo é estabelecer leis quantitativas, para isso precisamos medir as


grandezas físicas que participam do fenômeno.

Exemplos de leis quantitativas

A velocidade adquirida de um corpo em queda livre, é proporcional ao peso.


Distância percorrido, por um corpo em queda livre., é proporcional ao quadrado do
tempo.

Observemos as leis quantitativas que são mais importantes que as qualitativas.


Pelo exposto podemos definir:

Lei física é tudo aquilo que estabelece um relação de dependências entre grandezas
físicas ou entre fenômenos físicos.

A exatidão das leis da física não é, contudo, ilimitada. Elas são válidas dentro de
certos limites. Daí, serem denominadas leis limites.

Os extremos que limitam uma lei física também não são rígidos. Podem ser
ampliados ou restringidos, de acordo com a precisão desejada.

Objeto da física

O objeto fundamental da física é estabelecer leis físicas.

Isto é, a física se interessa apenas sem descobrir “como” os fenomenais se


processam sem se preocupar “porque” eles se processam.

Medidas das grandezas – unidade – padrão

Medir uma grandeza é compará-la com outra, da mesma espécie, denominada


unidade.

Algumas vezes as unidades podem ser representadas materialmente. Obtém-se


padrões.

Em suma:

Unidade é a grandeza usada como termo de comparação para grandezas da sua


espécie.

Padrão é a representação material de uma unidade.

Observação:

Acentuemos a diferença entre medição e medida.


Medição é o ato de medir.
Medida é o resultado da medição.

PAGE 44
SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES – SI

Grandezas físicas

Chama-se grandeza física a tudo aquilo que pode ser mensurado e receber
portanto, um valor numérico.

Este valor numérico vem sempre acompanhado de sua respectiva unidade de


medida.

O Sistema Internacional de Unidades (SI)

É baseado nas sete unidades fundamentais apresentadas abaixo no quadro.

Grandezas básicas

Símbolo
Grandeza básica Unidade básica

Comprimento Metro m

Massa Quilograma kg
tempo Segundo s
Intensidade da corrente elétrica Ampere A

temperatura Kelvin K
Intensidade luminosa Candela cd
Quantidade de matéria Mol mol

As grandezas que são formadas por mais de uma grandeza básica são chamadas
de grandezas derivadas apresentadas no quadro abaixo.

Grandezas derivadas

Relação
Grandeza Unidade derivada símbolo
1N = 1Kg.m/s2
Força Newton N
1Pa = 1N/m2
Pressão Pascal Pa
1J = 1N.m
Energia (trabalho) Joule J
1W = 1J/s
Potência Watt W

Tensão elétrica Volt V 1V = 1W/A

Múltiplos e submúltiplos

PAGE 44
Os múltiplos e submúltiplos decimais das unidades do Sistema Internacional de
medidas têm nomes conforme segue o quadro abaixo:

Fator de Exemplo
Prefixo Símbolo
multiplicação
1 megawatt = 1.000.000 W
Mega M 1.000.000
1 quilometro = 1.000 m
Múltiplos Quilo K 1.000
1 hectolitro = 1.000 l
Hecto h 100
1 decagrama = 10 g
Deca da 10
Metro

Quilo
Unidade
Watt

1 decímetro = 0,1 m
Deci d 0,1
1 centímetro = 0,01 m
Centi c 0,01

Submúlti 1 milímetro = 0,001 m


Mili mm 0,001
plos
1 micrômetro = 0,000001 m
micro μ 0,000001
1 μ >> nano = 0,000000001 m

Algumas grandezas não usam o sistema decimal para seus múltiplos, como exemplo
a unidade de tempo:

1 minuto = 60 segundos ou 1 min = 60s

Conversão de unidades

Para fazer conversões de unidades, basta seguir os procedimentos apresentados


nos exemplos abaixo, usando os fatores de multiplicação do quadro de múltiplos e
submúltiplos.

Exemplos:

1 – 24,1 daN em N 24,1 x 10N = 241N

2 – 54,7 KJ em J 54,7 x 1.000 J = 54.700J

3 – 2min em s 2 x 60s = 120s


Metro

PAGE 44
Uma das unidades de medida do Sistema Internacional é o metro.

Historicamente o metro é resultado da busca de uma fração conveniente da


distância do polo norte ao equador, ao longo do meridiano que passa por Paris. Foi
definido como sendo 1/10.000.000 dessa distância. Outro conceito mais atual do
metro define-o como sendo a dimensão correspondente a 1.650.763,73 vezes o
comprimento da onda emitida pelo átomo de Kriptônio 86 quando submetido a
determinadas condições de vácuo.

Massa

Massa de um corpo é a quantidade

Massa de um corpo é a quantidade de matéria que esse corpo contém.

A unidade de massa no Sistema Internacional de unidades (SI) é o quilograma, cujo


símbolo é o kg, sendo comum o uso de seus submúltiplos e múltiplos.

Um múltiplo do quilograma, cujo símbolo é o kg, que recebe um nome especial é a


tonelada que eqüivale a 1.000kg.

A massa dos corpos é determinada através da balança (figura abaixo)


1t = 1.000kg

Volume

Volume é a medida do espaço ocupado matéria. No Sistema Internacional a unidade


de medida é o metro cúbico cujo símbolo é o m3.

Um submúltiplo muito utilizado é o decímetro cúbico (dm 3) que eqüivale a 1 Litro ( l ),


ou seja, 1 dm3 = 1 l.

PAGE 44
Densidade

Densidade ou massa específica ( ρ ) é a relação entre a massa (m) de um corpo e o


seu respectivo volume (v).

A densidade é uma característica do material conforme é exemplificado abaixo.

Densidade de alguns materiais

MATERIAL ρ (g/cm3)
Hidrogênio (H) 0,09
Gasolina 0,75
Diesel 0,86
Benzeno (CH) 0,88
Óleo lubrificante 0,91
Água (a 4º C) 1,0
Acetileno (CH) 1,17
Nitrogênio (N) 1,25
Oxigênio (O) 1,43
Fósforo (P) 1,83
Gás carbônico (CO) 1,98
Propano (CH) 2,019
Alumínio (Al) 2,7
Carbono (C) 3,51
Ferro (Fe) 7,86
Cobre (Cu) 8,93

PAGE 44
Mercúrio (Hg)13,6

CONCEITOS BÁSICOS DA FÍSICA APLICADA

Física aplicada

Na física aplicada será relacionada conceitos básicos da física bem como sua
aplicação mecânica.

Teorema de Pitágoras

Na lei de Pitágoras sobre o triângulo retângulo temos:

O quadrado da medida da hipotenusa é igual a soma do quadrado da medida dos


catetos.

Ou seja:

A2 = b2 + c2

Onde:
a = hipotenusa
b = cateto
c = cateto

E ainda:
b2 = a2 – c2
c2 = a2 – b2

Exemplo:

1º) Calcular o valor de a sendo b = 5mm e c = 25mm.

E ainda se tivermos um triângulo de catetos iguais poderemos utilizar a seguinte


fórmula:

Entendendo melhor na figura:

a = d = hipotenusa do triângulo = diagonal do quadrado

PAGE 44
Trabalho

O trabalho (W) de uma força (F) é o produto da intensidade desta força pela
distância (d) do seu ponto de aplicação e pelo coseno do angulo (cos (), formado
entre a força e a direção do deslocamento.

O bloco da figura abaixo é puxado por uma força que forma um ângulo (() com a
direção do deslocamento.

Quando a força atua na própria direção do deslocamento, isto é quando


α é igual a zero, a fórmula se torna mais simples pois, o coseno de 0º é igual a 1.
Temos então que:

W = F. d

Define se trabalho como a transferência de energia de um corpo para outro.

Para existir trabalho deve obrigatoriamente haver movimento (deslocamento de um


objeto qualquer).

O trabalho não leva em consideração o tempo do deslocamento e nem sua


velocidade.

Sua unidade de valor no Sistema Internacional de unidades é o Joule (J).

O trabalho é dado na seguinte fórmula:

W = F. d. cos a

Onde:
W = trabalho (Work)
F = força
D = distância
Cos ( = coseno do ângulo medido durante a execução do trabalho

PAGE 44
Exemplo:

Uma carga está sendo arrastada por um operário através de uma corda, sabendo-se
que ele imprime uma força de 300N, e a corda faz um ângulo de 30º em relação ao
piso, calcule o trabalho realizado, em um percurso de 2 metros.

W=?
F = 300N
d=2m
cos ( = cos 30º = 0,866

W = F. d. cos (
W = 300N. 2m. 0,866
W = 519,6 J

Energia

Um corpo possui energia se estiver em condição de executar um trabalho

Energia é portanto a capacidade que os corpos possuem para produzir trabalho.

Existem vários tipos e formas de energia destacaremos duas para nossos estudos
na física aplicada que são:

( Energia potencial

( Energia cinemática

Energia potencial

É devida à posição do corpo e existe como que em estado latente, só se


manifestando quando um ato prévio a provoca.

Como por exemplo:

Um peso a uma certa altura, sua energia se manifestará somente quando iniciar
uma queda brusca (queda).

A massa de água contida em uma represa, sua energia se manifestará somente


quando começar a escoar.

Uma mola tencionada, sua energia se manifestará somente quando se distender.

A energia potencial é medida pelo trabalho que ela poderá produzir ao manifestar-se

Exemplo:

Uma esfera de aço de 5 kg de massa, suspensa por um fio a uma altura de 6 metros
acima do solo, poderá ao cair, produzir um trabalho de 30 Joules, que é a energia
potencial que possuía antes de cair.

PAGE 44
Fórmula:

Tp = m . h

Onde:

Tp = trabalho potencial
m = massa (peso)
h = altura

Tp = P . h
Tp = 5kg . 6m
Tp = 30 Joules

Durante a sua queda a situação se modifica pois deverá ser levado em consideração
a aceleração da gravidade (g = 9,81m/s2).

Então:

Ep = m . g . h
Ep = 5kg . 9,81 . 6m
Ep = 294,3 Joules

Energia cinemática

É a energia que um corpo em movimento pode armazenar.

A energia cinética é medida pelo trabalho produzido pelo deslocamento do corpo.

No exemplo da energia potencial a água represada possui energia potencial mas ao


iniciar seu escoamento pode acionar a roda de uma turbina de uma hidrelétrica
produzindo energia elétrica ou seja, realizará um trabalho.

Este trabalho pode ser medido na seguinte formula:

Onde:

Ec = energia cinemática
m = massa
v2 = velocidade (obs. A velocidade v refere-se a velocidade média vm)

Sendo que:

PAGE 44
Exemplo:

Uma partícula de 2kg de massa está em movimento e passa pelos pontos A e B,


sendo que, no ponto A a velocidade foi de 3m/s. e no ponto B de 5m/s, calcular a
energia entre A e B.

Observe no desenho:

Agora na resolução do problema:

Conservação da energia

A energia é uma grandeza que tende a mudar de forma, mas não pode ser destruída
nem criada.

Quando desaparece energia de uma forma, aparece imediatamente em outra forma


para substituir a primeira.

Retomando o exemplo da esfera à altura h do solo ela possui energia potencial e


não possui energia cinética porque sua velocidade é nula:

Então:

Energia mecânica será a soma das energias

Em = Ep + Ec

PAGE 44
Rendimento

É bastante vantajoso construir máquinas com o máximo de rendimento possível, o


que se consegue diminuindo o atrito entre as peças com o uso de lubrificantes.
(óleos, graxas, etc...)

O rendimento é medido pela energia gasta acionando-se um motor ou equipamento


ou ainda realizando um trabalho, dividida pela energia útil ou seja aquela energia
que exerce o esforço de trabalho.

Para medir o rendimento temos:

Onde:

( = rendimento
Tu = trabalho útil
Tm = trabalho motor

Exemplo:

Qual o rendimento de uma máquina que recebe um trabalho motor Tm = 200Kgm e


desenvolve sob forma de trabalho útil Tu = 160Kgm?

Potência

A potência de uma máquina é o trabalho que ela é capaz de reproduzir em uma


unidade de tempo.

Designando de N a potência e o trabalho realizado T, durante o tempo t, tem-se a


seguinte fórmula:

Medindo-se T em Kgm e t em segundos, resulta N em Kgm/s. Além dessas unidades


usa-se o watt (Joule/s),

Quilowatt (KW), cavalo vapor (CV), house power (HP).

Equivalência:

1 kgm/s = 9,81 watt

1kw = 1000 watt

1CV = 75 kgm/s = 736 watt

1HP = 76,04 kgm/s = 746 watt

PAGE 44
1CV ( 1HP

para se obter a potência em CV ou HP, divide-se por 75.

Onde:

N = potência
F = força
D = distancia (H = altura)
75 = constante para valor da potência em CV ou HP

Exemplo:

1- Calcule a potência de uma bomba destinada a encher uma caixa d’água de 50m3
em duas horas, sabendo-se que o desnível é de 15 metros. Admitir que o
rendimento do conjunto, incluindo perda de carga seja de 50%.

2 – Calcular a potência necessária para levantar um bloco de 50kg a uma altura de


1,5metros em segundos.

Dinâmica

A distância é uma das partes da mecânica que estuda a relação entre os


movimentos e suas causas.

As leis de Newton são as três leis básicas da dinâmica.

1ª lei - (princípio da inércia), toda ação instantânea exercida sobre um corpo


comunica-lhe um movimento retilíneo uniforme (MRU).

2ª lei - (lei da proporcionalidade) a variação do movimento de um corpo é


proporcional a ação aplicada.

3ª lei - (lei da igualdade da ação e reação), a toda ação se opõem uma reação de
mesma intensidade e sentido contrário.

Força centrípeta

Uma esfera de aço em movimento circular, presa a um fio, está sujeita a uma força
radial que tende a atraí-la para o centro da circunferência descrita. Esta recebe o
nome de força centrípeta.

PAGE 44
Pelo princípio da ação e reação, a esfera reage com uma força de mesma
intensidade, mas que tende afastá-la do centro de sua trajetória. Esta força recebe o
nome de força centrífuga.

Pela cinemática a aceleração centrípeta é dada pela seguinte fórmula:

Onde:

ac = aceleração centrípeta
v = velocidade
r = raio da circunferência
Ainda pela equação fundamental da dinâmica temos:

Onde:

fc = força centrípeta
M: Massa (Kgf)
v = velocidade
r = raio da circunferência

Pressão

Um corpo ao ser apoiado sobre um plano horizontal, terá o seu peso distribuído
uniformemente ao longo da superfície de contato.

A força em cada unidade da área recebe o nome de pressão e pode ser calculada
pela seguinte fórmula:

Onde:
P = pressão
F = força
A = área

Exemplo:

Determine as pressões P1 e P2 para cada corpo da figura acima.

Unidade de pressão no Sistema Internacional de medidas (SI)

No Sistema Internacional de medidas a unidade de pressão recebe o nome especial


de Pascal (Pa) e eqüivale a força de 1 Newton (N) aplicada a uma superfície de 1
metro quadrado (m2).

Para gases e líquidos costuma-se trabalhar com outra unidade: o bar.

1 bar = 100.000Pa = 10N/cm2


Exemplo:

PAGE 44
Um êmbolo move-se dentro de um pistão, exercendo uma força de 1.000N, sabendo
que a área da atuação da força vale 0,5 m2, qual é a pressão?

Estática

No estudo das leis de Newton foram discutidas as condições de equilíbrio dos


corpos (primeira lei ou lei da inércia). Um corpo está em equilíbrio quando sua
aceleração for nula e ele pode se encontrar em repouso ou em movimento retilíneo
uniforme. Nos dois casos, a resultante das forças aplicadas é nula.

A estática é a parte da física que estuda as condições de equilíbrio dos corpos em


repouso. O estudo vai ser dividido em duas partes: a primeira estuda os pontos
materiais e a segunda os corpos rígidos.

Equilíbrio de um ponto material

Um corpo é considerado um ponto material quando o seu tamanho for desprezível, a


ponto de considerarmos todas as forças como se fossem aplicadas num mesmo
ponto desse corpo; dessa forma, ele jamais adquire movimento de rotação.

Para um ponto material:

Pode sofrer translação = mudança de posição

Pode sofrer rotação = girar em torno de seu próprio eixo por ter um tamanho
desprezível.

A – condição de equilíbrio

O corpo não sofre translação quando a resultante das forças aplicadas for nula, ou
seja a somatória de todas as forças aplicadas for igual a zero.

Há dois processos de resolução de exercícios de um ponto material.

O primeiro é da poligonal que só pode ser aplicado para três forças, com um ângulo
de 90º (para formar um triângulo retângulo). É um processo rápido.
O segundo consiste em decomposição das forças. Este processo é mais demorado,
porém resolve todos os exercícios, independente do número de forças aplicadas.

Vamos analisar o exemplo abaixo, em que pode ser usado os dois processos.

Um corpo está em equilíbrio conforme mostra a figura, devido a ação da força F.


calcule a intensidade da força F, sabendo que P = 100N e ( = 60º.

PAGE 44
Nas condições do exemplo, o corpo não adquire rotação, pois as forças tem a
mesma linha de aplicação, portanto ele é ponto material. Como se encontra em
equilíbrio, a resultante das forças é nula.

B – Método da decomposição

Dividindo uma equação pela outra temos:

Se não quiser dividir uma equação pela outra, pode-se achar T na equação do Ty e
substituir no Tx.

C – Método poligonal

Como só temos três forças aplicadas e existe um ângulo de 90º entre duas delas,
temos a formação de um triângulo retângulo ligando as forças, como nos mostra o
esquema abaixo.

O ponto de partida deve coincidir com o de chegada, uma vez que a resultante é
nula.

Conhecendo o cateto adjacente ao ângulo O e queremos o oposto F.

PAGE 44
Exercícios

1 – Sabendo-se que o corpo da figura abaixo se encontra em equilíbrio, calcule a


intensidade da força de tração no fio 1.

2 – Com base no exercício anterior calcule a força F.

3 – Mantêm–se o bloco abaixo em equilíbrio por intermédio dos fios 1 e 2, calcule a


intensidade da força no fio 1.

4 – com base no exercício anterior calcule a intensidade da força de tração no fio 2.

PAGE 44
Conceitos de viga

Denomina-se viga a estrutura formada por uma barra, de eixo reto, submetida a
esforços contidos no plano da estrutura.

Viga em balanço

Quando uma viga é apoiada só em uma extremidade, de tal forma que nesse ponto
não possam girar nem o eixo e nem a seção transversal, diz-se que se trata de uma
viga em balanço.
Na figura abaixo é apresentado um exemplo típico deste tipo de viga, a extremidade
da esquerda pode deslocar-se, mas a da direita é rigidamente fixada; esta
extremidade é perfeitamente engastada. Os esforços reativos, no engastamento,
são constituídos por um momento e por uma força.
Viga simples

Uma viga articulada nas duas extremidades recebe o nome de viga simples. Um dos
apoios deve ser articulado fixo, e o outro deve-se ser articulado móvel.
Na figura 1 abaixo, considera-se uma viga submetida à carga concentrada P; na
figura 2, uma viga é submetida à carga distribuída P, e ao momento M.
Fig. 1 Fig. 2

PAGE 44
Viga simples em balanço

Quando a viga é simplesmente apoiada e se prolonga além de um apoio ou em


ambos, diz-se que se trata de uma viga simples em balanço.

Comportamento da viga

Convém imaginar que a viga é formada de um número infinito de fibras longitudinais.


Assim a viga da figura abaixo se fletirá, encurvando-se para baixo; as fibras da parte
inferior são esticadas e as da parte superior são encurtadas (comprimidas), essa
variação de comprimento dá origem a tensões normais nas fibras. Aquelas que se
alongam, estão submetidas a tensão de tração, tensões estas, paralelas ao eixo da
viga; aquelas que se encurtam estão submetidas a tensões de compressão.

FORÇA

Leis de Newton

Para definir força, faz-se necessário o conhecimento das três leis básicas da
dinâmica, enunciadas por Newton.

Primeira lei – Princípio da inércia

De acordo com o princípio da inércia, um corpo por si mesmo não pode produzir ou
modificar seu estado de repouso ou de movimento.

A figura abaixo mostra um corpo em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.

A mudança de qualquer um desses estados ocorre apenas pela interferência de uma


causa, a que se dá o nome de força.

Força é portanto, qualquer causa capaz de produzir ou modificar o estado de


repouso ou de movimento de um corpo.

Se for aplicada uma força a um carro, ele se movimentará enquanto estiver sob a
atuação dela. Depois de cessada essa força, o carro deveria continuar em
movimento.

Isso só não ocorre por interferência de forças externas, tais como atrito, ação dos
freios, resistência do ar, etc.

Por outro lado, a segunda lei relaciona a força aplicada ao movimento adquirido.

PAGE 44
Segunda lei – Princípio da proporcionalidade

Uma partícula ou um corpo, quando sujeitos a ação de uma força, adquirem uma
aceleração proporcional ao módulo da força, na mesma direção e sentido.

Se a força aplicada ao carro não fosse removida e continuasse com intensidade


constante, a velocidade estaria sempre aumentado de maneira constante e
uniforme.

Corpo em movimento retilíneo e uniformemente variado

Logo uma força constante, aplicada em um corpo, imprime a este uma aceleração
que será tanto maior quanto maior for a força.

Há, assim, uma proporcionalidade entre a força e a aceleração. O coeficiente de


proporcionalidade é a massa do corpo.

Tal dependência pode ser expressa da seguinte maneira:

FORÇA = MASSA X ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

ou seja:

F = m. a

A unidade de força no Sistema Internacional de medidas (SI), é o Newton (N).

Um Newton é a força que aplicada a um corpo de massa igual a um Quilograma


(1Kg), imprime-lhe uma aceleração de um metro por segundo ao quadrado (1m/s2).

1N = 0,1 Kgf

Exemplo:

Calcular a força capaz de imprimir uma aceleração de 0,5 m/s2 a um automóvel de


1.000 Kg, não se considerando o atrito.

Dados:

M = 1.000 Kg
a = 0,5 m/s2
F=?

PAGE 44
Solução:

Terceira lei – Princípio da ação e reação

A toda força de ação corresponde uma força de reação de mesma intensidade,


mesma direção e sentido oposto. Isso significa que não existe força isolada. As
forças sempre agem aos pares (ação e reação).

É importante salientar que as forças de ação e reação são aplicadas sempre em


corpos diferentes.

Exemplos:

1º) Quando você empurra um veículo em certa direção e sentido (ação), o veículo
empurra você na mesma direção e sentido contrário (reação).

2º) Um boxeador dá um soco de 1.000N no queixo do adversário (ação), mas em


compensação, o queixo do adversário reage no punho do boxeador com uma força
de 1.000N (reação), se o boxeador não usasse luvas provavelmente machucaria a
mão.

Força peso

A terra exerce sobre todos os corpos situados em sua superfície, ou próximos a ela,
uma atração direcionada para seu próprio centro.

Essa atração é chamada de força gravitacional ou simplesmente gravidade.

A força gravitacional existe em todos os corpos que povoam o universo: planetas,


satélites, meteoros, cometas, asteróides, estrelas, etc.. Agindo nos corpos, a força
gravitacional nos dá aquilo que chamamos de peso.

O peso nada mais é do que o resultado da ação da força gravitacional sobre a


massa de um corpo e varia de acordo com a altitude e com a posição geográfica em
que ele se encontra.

Se soltarmos um corpo de massa (m) de uma altura qualquer, próximo da superfície


terrestre, esse corpo realizará um movimento uniformemente variado, isto é ficará
sujeito a uma aceleração, essa aceleração é chamada de aceleração da gravidade,
e é simbolizada pela letra g.

Issac Newton, efetuando estudos e experiências concluiu que qualquer corpo de


massa (m), em queda livre, adquire uma aceleração da gravidade (g) do local onde
se encontra.
Então se uma massa (m) estiver sujeita a uma aceleração gravitacional (g)
estaremos diante de uma força.

Força = Peso

PAGE 44
F=m.g

ou

P=m.g

A aceleração da gravidade (g) independe da natureza dos corpos, mas varia de


lugar para lugar.

Em aplicações técnicas e na resolução de problemas é comum e convencional


arredondarmos o valor de g = 10 m/s2

Veja abaixo algumas localidades da terra:

Equador = 9,78 m/s2

Roma = 9,80 m/s2

Paris = 9,81 m/s2

Pólos = 9,83 m/s2

Unidade peso

Sendo o peso de um corpo uma força, sua unidade será o Newton (N).

Exemplo:

Calcular o peso de 100g de ouro na terra (g = 9,81 m/s2) e na lua (g = 1,62 m/s2)

Solução:

Na terra:

P=m.g
P = 0,1 Kg . 9,81 m/s2
P = 0,981 N
Na lua:

P=m.g
P = 0,1 kg . 1,62 m/s2
P = 0,162 N

Força

Uma força está bem caracterizada quando apresentar quatro elementos:

ponto de aplicação

direção ou reta de ação

PAGE 44
sentido

intensidade

Ponto de aplicação é o ponto material onde a força atua;


Direção é a reta que contém a força;
Sentido é a orientação que a força segue;
Intensidade é o valor da força expresso em número e por unidade conveniente.

Graficamente a força é representada por um segmento de reta orientando, chamado


vetor.

Sistema de forças

Quando duas ou mais forças atuam simultaneamente em um corpo, elas constituem


um sistema de forças, sendo que cada uma delas é chamada componente.

Quando as forças tem um mesmo ponto de aplicação, ou se encontram num mesmo


ponto depois de prolongadas, recebem o nome de forças concorrentes. Se agem
numa mesma reta de ação são chamadas forças coincidentes.

PAGE 44
Resultante de um sistema de forças

Todo sistema de forças pode ser substituído por uma única força capaz de produzir
os mesmos efeitos de suas componentes. Essa força única é chamada resultante.

A resultante de duas ou mais forças pode ser determinada por processos gráficos ou
analíticos.

Resultante de forças coincidentes

A resultante de forças coincidentes pode ser encontrada, adicionando-se os valores


de suas forças componentes.

Exemplos:

1º) Calcular a resultante das forças F1 = 15N e F2 = 10N, de mesmo sentido

Dados:

F1 = 15N

F2 = 10N

Solução:

R = F1 + F2
R = 10N + 15N
R = 25N

2º) Calcular a resultante das forças F1 = 15N e F2 = 20N, de sentido contrário

Dados:

F1 = 15N

F2 = 20N

Solução:

R = F2 – F1
R = 20N – 15N
R = 5N

PAGE 44
Resultante de duas forças concorrentes

Processo gráfico – a resultante de duas forças concorrentes é determinada pela


diagonal do paralelogramo construído sobre as retas que apresentam as forças
componentes. Essa é a chamada regra do paralelogramo.

Resultante de várias forças concorrentes

A resultante de um sistema coplanar de várias forças concorrentes no ponto 0 pode


ser determinada aplicando-se sucessivamente a regra do paralelogramo

R12 ---- resultante de F1 e F2

R123 ---- resultante de F3 e R12

R1234 ---- resultante de F4 e R123

R1234 ---- resultante do sistema

Polígono das forças

Uma outra forma de determinar a resultante de várias forças concorrentes é através


do polígono das forças.

Essa força resultante é bastante simples de determinar. Devem-se transportar as


forças paralelamente, unindo-se umas às outras nas extremidades; a resultante será
determinada pela semi-reta que unirá a extremidade da primeira força à ultima.
Observação:

A resultante do sistema de forças não depende da seqüência em que as forças


foram transportadas.

Exemplos:

1º) Calcular graficamente a resultante das forças F1 = 40N e F2 = 30N

utilize a escala de 1 cm = 10N

Dados:

F1 = 40N = 4 cm
F2 = 30N = 3 cm
R = ?N = ? cm

Resp. R = 5 cm = 50 N

2º) Determinar graficamente a resultante das forças F1 = 20N, F2 = 30N, F3 = 25N e


F4 = 35N, utilizando o polígono das forças. Na escala 10N = 1 cm.

Efetuando-se a medição, encontra-se a medida 5,7cm, o que corresponde a R = 57N

PAGE 44
Decomposição de forças

Para decompor uma força F (Ex. F = 420N), em duas outras forças, F1 e F2, em
direção determinada pelos ângulos (30º e 60º), traçam-se paralelas à extremidade
da força F. As forças F1 e F2, são os componentes da força F.

Experiência

1º) Faça a montagem conforme o esquema abaixo.

2º) Coloque três pesos de forma que fiquem em equilíbrio.

3º) puxe o peso nº 2 para baixo, em seguida solte. O que aconteceu?

4º) Empurre o peso nº 2 para a direita, em seguida solte. O que aconteceu?

5º) Deixe os três pesos voltarem ao equilíbrio e meça o angulo (.

6º) Construa o gráfico das forças que estão em questão agindo no ponto A.

7º) Determine graficamente a resultante R13 das forças F1 e F3.

8º) Compare o valor da R13 com F2, o que você concluiu?

ATRITO

Atrito

O fenômeno do atrito possui grande importância e está sempre presente quando se


estudam corpos em movimento.

Considere um corpo apoiado sobre um plano horizontal com uma única força N
atuando sobre ele.

A reta de ação da força N é perpendicular ao plano de apoio.

A resistência do atrito, quando uma superfície escorrega sobre outra, é sempre


dirigida em sentido oposto ao movimento e será tanto maior quanto maior for a
rugosidade das superfícies em contato.

Considerações sobre a força de atrito

A força de atrito atua geralmente em sentido contrário ao movimento.

A força de atrito só existe se o corpo está ou tende a se pôr em movimento.

PAGE 44
Deslocamento de um corpo é mais difícil no início do que durante o movimento.

Leis do atrito

A força de atrito depende da natureza dos corpos em contato.

A força de atrito depende do grau de acabamento das superfícies de contato e de


seu estado de lubrificação.

A força de atrito independe da velocidade relativa das superfícies de contato

A força de atrito independe da área de contato.

Os coeficientes de atrito ( podem ser classificados como:


Estático – de repouso ou saída iminente.
Cinemático – de movimento ou de regime.

Coeficientes de atrito

MaterialEstáticoCinemáticoSecoLubrificadoAço x aço02, até 0,30,1 até 0,30,02 até


0,06Mancais de aço x bronze --0,02 até 0,08Aço x madeira 0,50,25 até 0,50,02 até
0,1Madeira x madeira 0,5 até 0,60,2 até 0,4-Correia de couro x aço0,5 até 0,60,3 até
0,4-Borracha x asfalto0,50,8 até 0,9Molhado 0,3 ~0,45Níquel x níquel1,100,4 até
0,53-Cobre x chumbo0,530,36-Chumbo x aço0,950,95-
A força de atrito pode ser determinada pela seguinte fórmula:

Fat = ( . N

Onde:

Fat = força de atrito em N


( = coeficiente de atrito (tabela acima)
N = força normal (isto é perpendicular a superfície)

Quando um corpo está apoiado em superfície horizontal, a força normal é a força


peso (ver no exemplo a seguir).

Calcule a Fat da figura ao lado e indique o sentido da força Fat.

( = 0,1

peso = 200N

Fat = ( . N

Fat = 0,1( . 200N

Fat = 20N

Direção: horizontal

PAGE 44
Sentido: da direita para a esquerda

PAGE 44
Quando um corpo está apoiado em um plano inclinado é necessário decompor a
força peso P em dois componentes

Fh = força paralela ao plano (que tende a arrastar a carga)

Fn = força perpendicular ao plano

Sabendo-se a força Fn, pode-se calcular a força de atrito.

Fh = P. sen (

Fn = p. cos (

Fat = ( . P.cos (

Atrito de rolamento

O atrito de rolamento verifica-se nas rodas, nos eixos montados sobre rolamentos,
nas superfícies curvas, etc., durante o movimento de rotação com translação sobre
um plano.

Esse atrito surge devido a pressão causada no plano pelo corpo e no corpo pelo
plano.

Para movimentar uma roda, deve-se aplicar-lhe a força F que, somada a força P,
determina a resultante R.

Se a resultante R passar da depressão AB, o corpo rolará; porém se estiver entre A


e B, o corpo apenas deslizará dentro dessa cavidade.

PAGE 44
A distância a entre P e R funciona como verdadeiro coeficiente de atrito de
rolamento, que depende da natureza das superfícies em contato.

A medida que os corpos vão apresentando menor deformação na área em contato, a


força R tende a se aproximar de P, diminuindo então, o atrito; nessas condições,
atinge um valor muito pequeno, desprezível.

A principal aplicação desses conceitos concentram-se nas construções de mancais


de esferas ou roletes de aço (rolamentos) que, além de outras vantagens, diminuem
grandemente a perda de rendimento nas máquinas.

A fórmula que dá a força de atrito de rolamento é a seguinte:

Onde:

r = é o raio da roda

P = é a força que a roda exerce normalmente sobre um plano.

f = é um número análogo a um comprimento e que se denomina coeficiente de atrito


de rolamento.

A tabela abaixo mostra alguns valores usuais de alguns coeficientes de atrito de


rolamento.

Materialf (cm)Ferro fundido sobre ferro fundido0,05Roda de aço sobre


trilho0,03Roda de automóvel sobre estrada asfaltada0,015Roda de automóvel sobre
estrada pavimentada 0,025Esfera de aço nos mancais0,001

PAGE 44
Exercícios de fixação

calcule as forças de atrito, nos dois casos apresentados abaixo, para movimentar as
peças:

A- Contra ponto de torno ( cabeçote móvel )


força peso 200N
coeficiente de atrito ( = 0,15

B- Caixa de madeira sobre o cimento


força peso = 900N
coeficiente de atrito ( = 0,4

2- Um corpo está apoiado em um plano inclinado conforme mostra a figura abaixo.


Responda se o corpo vai ou não deslizar, determinando a intensidade das forças Fh,
Fn e da força de atrito.

MÁQUINAS SIMPLES

Máquina é todo e qualquer dispositivo que permite uma melhor utilização da força.

Máquinas simples são alavancas, planos inclinados, roldanas, que compõem outras
máquinas como o automóvel, o torno, a fresadora, etc.

Alavancas

A alavanca é uma barra rígida, reta ou curva, móvel em torno de um eixo também
conhecido como ponto de apoio.

É uma máquina simples capaz de reproduzir o esforço aplicado ao erguer um


determinado objeto (carga).

Que foi baseado no princípio de Arquimedes:

“Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu erguei o mundo”

Tipos de alavancas

Os tipos de alavancas são diferenciados em função do ponto de apoio.

As figuras abaixo apresentam estes tipos de alavanca, bem como a representação


das forças aplicadas em função do ponto de apoio.

Com o emprego de alavancas, consegue-se ganhar força e deslocar objetos, cortar


chapas, apertar parafusos, etc.

Alavanca de único braço - Alavanca com braço duplo - Alavanca com braço

PAGE 44
duplo em ângulo

Momento de força

Momento de força em relação a um ponto qualquer é a medida da capacidade da


força, em produzir a rotação de um corpo ao redor desse ponto. Ele é calculado
multiplicando-se a intensidade da força pela distância em relação ao eixo de
rotações.
Simbolicamente:

M=F.D

Onde:

M = momento de força

F = força

D = distância

Há na vida prática inúmeras situações de momento de força, produzindo movimento


ou equilíbrio.

No Sistema Internacional a unidade de momento é o Newton vezes o metro, ou seja


N . m, essa unidade não possui nome especial.

Exemplos:

1º) No caso da figura abaixo, o momento será o produto da força pelo raio (braço) da
manivela.

M=F.r

2º) Qual o momento de força que é dado a um parafuso, quando aplicado uma força
de 20N, sabendo-se que a chave tem 0,60 m de comprimento?

M = F. d

M = 20N . 0,60 m

M = 12 N . m

PAGE 44
Condições de equilíbrio

Para que um corpo permaneça em equilíbrio ele não poderá efetuar deslocamento
de rotação.

Isso só será possível se duas condições forem obedecidas.

a resultante das forças que nele atuam forem nulas

o momento resultante das forças que agem sobre ele for nulo

Representação:

Exemplos:

1º) verificar se a barra da figura abaixo está em equilíbrio.

50N . 20mm = 10N . 100mm

1.000N . mm = 1.000N.mm
1.000N.mm – 1.000N.mm = 0

portanto a barra está em equilíbrio.

Observação:

O braço do momento deve ser sempre tomado na perpendicular do sentido da força

PAGE 44
2º) Determine o valor da força F1 para que o sistema da figura ao lado permaneça
em equilíbrio.

3º) Determine o peso que se pode levantar, aplicando-se uma força F de 200N,
segundo o esquema da figura abaixo.

Plano inclinado

O plano inclinado é uma superfície plana que forma com a horizontal um ângulo
compreendido entre 0 e 90º.

Com o seu uso pode se economizar força.

Em vez de se aplicar a força peso P, aplica-se somente a força F, para vencer Fh,
que é a componente da força peso P na direção do plano inclinado.
A distância S a ser percorrida é maior do que a altura h.

No entanto, o trabalho executado no plano inclinado é igual ao trabalho de


levantamento vertical de uma carga, isto é:

P. h = Fh . S

onde:
P = força peso
Fh = componente da força peso
na direção descendente do
plano inclinado
Fh = P sen (
h = altura
S = comprimento do plano inclinado.
Importante:

Nesse estudo não será levado em consideração a força de atrito.

Exemplo:

Para soltarmos um cone morse, é necessário uma força F1 = 30N


A cunha percorre uma distância S = 5mm
A altura da cunha aumenta ao final do deslocamento h = 1,5mm

Qual a força F2 exercida pelo cone morse.

Cálculo:

PAGE 44
Parafuso

O parafuso nada mais é do que um plano inclinado, nesse caso, a altura do plano
inclinado é o passo P do parafuso. O exemplo a seguir mostra que se pode também
economizar força em função de equilíbrio do trabalho.

Exemplo:

Na alavanca da morsa com o raio r = 240mm, é executado um movimento de


rotação com uma força manual F1 = 50N

O passo p do parafuso é de 4mm. Qual a força de fixação F2

Cálculo:

Pode-se também dizer que:

Trabalho exercido = Trabalho ganho

Roldanas

Roldana Fixa

Na roldana fixa, o eixo é fixado a um suporte qualquer. Em uma das extremidades


do cabo, aplica se a força peso (P) e, na outra extremidade, a força F (da mão).

O funcionamento da roldana fixa baseia-se no funcionamento de uma alavanca


interfixa de braços iguais, portanto não para economizar força.

Serve apenas para mudar o sentido e a direção da força.

P=F

S1 = S2

PAGE 44
Roldana Móvel

A roldana móvel fornece uma economia de força, pois nesse caso a força que está
atuando sobre a roldana é dividida pelos dois cabos.

Observe na figura ao lado que:

Onde:

F = força
P = peso
n = n.º de cabos tracionados

A distância percorrida pela força F será o dobro da distância percorrida pela força P.

S2 = 2S1

P . S1 = F . S2

Isso confirma o princípio da conservação da energia, ou seja:

Trabalho 1 = Trabalho 2

Moitão

O moitão caracteriza-se por possuir roldanas fixas e roldanas móveis.

Exemplo:

A força peso P = 1.800N deve ser levantada a uma altura de 2,4 m.

Calcule:

a força F

PAGE 44
a distância S2 da força F

TÁBUA DE CONVERSÕES

Multiplicadores para conversão de unidades métricas, SI e Americanas

Comprimentomm x 0,03937 = polegada milesimalPol x 25,4 = mmm x 39,37 = polPol


x 0,0254 = m m x 3,2808 = pésPés x 0,3048 = m
Massa e volumegramas x 0,03527 = OnçasOnças x 28,35 = gramas kg x 35,274 =
onças Onças x 0,2835 = kgkg x 2,20462 = libras Libras x 0,45359 = kg Ton métrica x
1,10231 = net ton Net ton x 0,90719 = ton metricaTon métrica x 0,98421 = Gross ton
Gross ton x 1,01605 = ton métrica cm3 x 0,033818 = fluid ouncesfluid ounces x
29,53 = cm3cm3 x 0,061023 = Pol3Pol3 x 16,387 = cm3Litros x 61,023 = Pol3Pol3 x
0,016387 = Litros Litros x 0,26417 = galõesGalões x 3,78543 = Litros Litros x
0,035317 = Pés3Pés3 x 28,32 = Litros m3 x 264,17 = galõesGalões x 0,003785 =
m3m3 x 35,315 = PésPés3 x 0,0283 = m3
Força – Potência – Momento – CalorN x 0,2248 = Libras Libras x 4,4484 = N kgf x
2,20462 = libras Libras x 0,45359 = kgf kgf x 9,0665 = N J x 0,7373 = foot pounds
foot pounds x 1,3563 = J Cv x 0,9863 = HPHP x 1,014 = CvKw x 1,34 = HPHP x
0,746 = KwKw x 1,36 = CvCv x 0,736 = KwNm x 0,7376 = pound feetpound feet x
1,3556 = Nmmkgf x 7,233 = pound feetpound feet x 0,13825 = mkgfmkgf x 86,796 =
lbxinlbxin x 0,01152 = mkgfmkgs x 9,80665 = N x mN x m x 0,102 = mkgfKwh x 3415
= BTUBTU x 0,00029 = KwhKg/cm2 x 14,22 = PSIPSI x 0,07031 = kg/cm2Kg/cm2 x
0,2048 = Lb/sqfdLb/sqfd x 4,8828 = kg/cm2

PAGE 44

Você também pode gostar