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NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E SUAS UNIDADES

A física é responsável por estudar todos os acontecimentos que existemna


natureza, os chamados fenômenos físicos.

Para facilitar o estudo desses fenômenos, os físicos optaram por criar regras
gerais que fossem capazes de serem identificadas em todo o mundo, uma
forma universal de se estudar os fenômenos físicos, tornando-os padrão.

As grandezas físicas se resumem em unidades de medidas criadas através do


Sistema Internacional de Unidades (SI), responsável por tal padronização.

O Sistema Internacional de Unidades, abreviado por SI (do francês Le Système


International d’Unités). Surgiu da necessidade de acabar com os inconvenientes
causados pela utilização arbitrária de várias unidades de medidas.

Nesse sistema são definidas duas classes de unidades, as unidades base e as


unidades derivadas, que são unidades formadas pela combinação de unidades
bases.

A tabela 5.1 mostra as unidades bases do SI, as grandezas físicas que


correspondentes e os símbolos utilizados.

Na tabela 5.2 pode-se ver alguns exemplos de unidades derivadas.

Unidades Base do SI Unidades Derivadas do SI


Grandezas Grandezas
Nome Símbolo Nome Símbolo

Comprimento Metro m Velocidade Metro por segundo m/s

Metro por segundo


Massa Quilograma kg Aceleração m/s²
ao quadrado
Quilgrama por metro
Tempo Segundo s Massa Epecífica kg/m³
cúbico
Corrente
Ampère A Frequência Hertz s-¹
Elétrica

Temperatura Kelvin k Força Newton kg.m./s²

Quantidade de
Mol mol Carga Elétrica Coulomb A
Matéria
Intensidade
Candela Cd Força Motriz Voltz m².kg.s-³.A-¹
Lminosa

Tabela 1.1 Unidades Base do SI Tabela 1.2 - Unidades Derivadas do SI

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As grandezas Físicas podem ser classificadas:

 Grandezas escalares: são aquelas que ficam completamente


definidas quando são especificados o seu módulo e sua unidade de
medida. Por exemplo:

10 segundos: Seu módulo será (10) e sua unidade de medida


(segundos).

Outros exemplos: Área, densidade, pressão, potência, energia,


temperatura, comprimento, resistência, massa,etc.

 Grandezas vetoriais:são aquelas que necessitam de um número e


unidade (valor algébrico), direção esentido.

Exemplos: Força, aceleração, velocidade, torque, quantidade de


movimento, quantidade de deslocamento, distância percorrida,
indutância, campo elétrico, campo magnético,etc.

 Grandezas fundamentais: são aquelas ditas primitivas de que não


dependem de outras para serem definidas.

Somente são 7: comprimento, massa, tempo, intensidade de corrente


elétrica, intensidade luminosa, temperatura termodinâmica e
quantidade de matéria.

 Grandezas derivadas: são definidas por relação entre as grandezas


fundamentais.

Exemplo: velocidade, força e potência.


Exercícios sobre o SI

Questão 1) Assinale a alternativa que apresenta somente unidades de medida


escritas de acordo com o SI:

a) m, cm, l

b) kg, m, m/s

c) s, m², cal

d) pol, cm, K

e) ºC, kg, N

Resolução: Das unidades mostradas nas alternativas, diversas não são


derivadas das unidades fundamentais do SI, como l (litro), cal (caloria), pol
(polegada) e ºC (graus celsius), portanto, a alternativa correta é a letra b.

Questão 2) Em relação ao SI, assinale a alternativa correta:

a) O g é uma das unidades básicas do SI.

b) O C é a grandeza fundamental de carga elétrica.

c) O segundo é a unidade básica de tempo.

d) O centímetro é a unidade básica de distância.

e) O celsius é a unidade básica de temperatura.

Notação Científica

A notação científica é uma ferramenta bastante utilizada não só na Matemática,


mas também na Física e Química. Ela nos permite escrever e operar números
que, quando escritos em sua forma original, exigem grande paciência e esforço,
já que, ou são números muito grandes, ou muito pequenos. Imagine, por
exemplo, você escrevendo a distância entre o planeta Terra e o Sol em
quilômetros ou escrevendo a carga de um próton em coulomb.

A notação cientifíca uma forma de escrever números que acomoda valores


demasiado grandes (100000000000) ou pequenos (0,00000000001) para serem
convenientemente escritos em forma convencional.
Na prática, escrevemos o valor de uma grandeza como um número
compreendido entre um e dez, multiplicado pela potência de dez.

Os valores citados a cima, em notação científica ficariam 1x10 ¹¹ e 1x10¯¹¹,


respectivamente.

Temos os dois casos:

 1⁰ caso: O número é muito maior que um.

Exemplos: 136 000 = 1,36x10⁵

2 000 000 = 2x10⁶

33 000 000 000 = 3,3x10¹⁰

547 800 000 = 5,478x10⁸

2⁰ caso: O número é muito menor que um.

Exemplos: 0,0034 = 3,4x10¯³

0,0000008 = 8x10¯⁷

0,0000000000 517 = 5,17x10¯¹¹


Como transformar um número em notação científica

Para transformar um número em notação científica, é necessário entender o


que são potências de base 10. Da definição de potência, temos que:

10⁰ = 1

10¹ = 10

10² = 10 · 10 = 100

10³ = 10 · 10 · 10 = 1.000

10⁴ = 10 · 10· 10· 10 = 10.000

10⁵ = 10· 10· 10· 10· 10 = 100.000

Observe que, na medida em que o expoente aumenta, também aumenta a

quantidade de zeros da resposta. Veja também que o número que está no

expoente é a quantidade de zeros que temos à direita. Isso é equivalente a


dizer que a quantidade de casas decimais andadas para a direita é igual ao

expoente da potência.

Por exemplo, 10¹⁰ é igual a 10.000.000.000

Outro caso que devemos analisar é quando o expoente é um número negativo.

Observe que, quando o expoente é negativo, as


casas decimais aparecem à esquerda do número,
isto é, “andamos” casas decimais para a esquerda.
Veja também que a quantidade de casas decimais
andadas para esquerda coincide com o expoente da
potência. A quantidade de zeros à esquerda do
número 1 coincide, portanto, com o número do
expoente. A potência 10¯¹⁰, por exemplo, é igual a
0,0000000001.

Revisada a ideia de potência de base 10, vamos agora entender como


transformar um número em notação científica. É importante ressaltar que,
independentemente do número, para escrevê-lo na forma de notação
científica, devemos sempre deixá-lo com um algarismo significativo.

Assim, para escrever um número na forma de notação científica, o primeiro


passo é escrevê-lo em forma de produto, de forma que apareça uma potência
de base 10 (forma decimal).

Veja os exemplos:

a) 0,0000034 = 3,4 · 0,000001 = 3,4 · 10¯⁶

b) 134.000.000.000 = 134 · 1.000.000.000 = 134 · 10


Convenhamos que esse processo não é nada prático, então, a fim de facilitá-lo,
note que, quando “andamos” com a vírgula para a direita, o expoente da base
10 diminui a quantidade de casas decimais andadas. Agora, quando “andamos”
casas decimais para esquerda, o expoente da base 10 aumenta a quantidade
de casas andadas.

Em resumo, se os zeros estiverem à esquerda do número, o expoente é


negativo e coincide com a quantidade de zeros; se os zeros aparecerem à
direita do número, o expoente é positivo e também coincide com a quantidade
de zeros.

Exemplos

a) A distância entre o planeta Terra e o Sol é de 149.600.000 km.

Observe o número e veja que, para escrevê-lo em notação científica, é


necessário “andar” com a vírgula oito casas decimais para esquerda, logo o
expoente da base 10 será positivo:

149.600.000 = 1,496 · 10

b) A idade aproximada do planeta Terra é de 4.543.000.000 anos.

De modo análogo, veja que, para escrever o número em notação científica, é


necessário andar 9 casas decimais para a esquerda, logo:

4.543.000.000 = 4,543· 10

c) O diâmetro de um átomo é da ordem de 1 nanômetro, ou seja,


0,0000000001.

Para escrever esse número utilizando a notação científica, devemos andar 10


casas decimais para a direita, logo:

0,0000000001 = 1 · 10¯¹⁰
Operações com notação científica

Para operar dois números escritos em notação científica, temos inicialmente


que operar os números que acompanham as potências de 10 e, em seguida,
operar as potências de 10. Para isso, é necessário ter em mente
as propriedades das potências.

Na tabela 1.3 temos a indicação dos prefixos adotados pelo SI.

Prefixos Padrões em unidades do SI


Múltiplo Prefixo Símbolo Múltiplo Prefixo Símbolo
1 000 000 000 000 000 10 12 tera T 0,1 10 -1 deci d
1 000 000 000 10 9 giga M 0,01 10 -2 centi c
1 000 000 10 6 mega M 0,001 10 -3 mili m
1 000 10 3 kilo k 0,000 001 10 -6 micro µ
100 10 2 hecto h 0,000 000 00110 -9 nano n
10 10 1 deca da 0,000 000 000 001 10 -12 pico p

Tabela 1.3 - Prefixo Padrão do SI

Exercícios

1) 0,00003 · 0,0027

Sabemos que 0,00003 = 3 · 10¯ e que 0,0027 = 27 · 10¯

então, temos que:

0,00003 · 0,0027

3 · 10¯ · 27 · 10¯

(3 · 27) · 10 ¯ ¯ 

81· 10¯ 

0,000000081
2) 0,0000055 / 11.000.000.000

Vamos escrever os números utilizando a notação científica, logo:

0,0000055 = 55 · 10¯ e 11.000.000.000 = 11 · 10

0,0000055 / 11.000.000.000

(55 · 10¯ ) / (11 · 10)

(55 / 11) · 10¯ ¯ 

5 · 10¯

0,0000000000000005

3) Considerando um próton como um cubo de aresta 10¯ m e massa iguual a


10¯ kg, qual a sua densidade?

Solução:

Sabemos que a densidade é a razão entre massa e volume, logo é necessário


calcular o volume desse próton.

Como a forma do próton segundo o enunciado é um cubo, o volume é


determinado por: V = A x A x A = A, em que “A” é a medida da aresta.

A = 10¯ m e m = 10¯ kg A densidade é, portanto:


d= m
V

V = A

V = (10¯ m)

V = (10¯* ) x (m)

V = 10¯ m
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atmosférica, depende da altitude do local, pois à medida que nos afastamos da


superfície do planeta, o ar se torna cada vez mais rarefeito, e, portanto,
exercendo uma pressão cada vez menor. Pressão atmosférica é a pressão
exercida pela atmosfera em um determinado ponto. É a força por unidade de
área, exercida pelo ar contra uma superfície.

O italiano Evangelista Torricelli (1608 –


C
1647) foi o primeiro a prova, de forma
conclusiva, que a pressão atmosférica pode ser
medida pela inversão de um tubo cheio de
mercúrio em um recipiente aberto para a
atmosfera, como mostra a figura 5.1. A
pressão no ponto B é igual à pressão
atmosférica, e a pressão em C pode ser
considerada zero, uma vez que só existe vapor
B
de mercúrio no ponto C, cuja pressão é muito
Figura 1.1 Experimento de Torricelli
baixa com relação à pressão atmosférica, podendo
assim ser desprezada com uma excelente aproximação. Um equilíbrio de forças
na direção vertical resulta em

𝑷𝒎 = 𝝆𝒈𝒉
Onde ρ é a densidade do mercúrio, g é a aceleração gravitacional local e h
é a altura da coluna de mercúrio acima da superfície livre.

Uma unidade de pressão utilizada com frequência é a pressão


atmosférica, definida como a pressão produzida por uma coluna de mercúrio com
760 mm de altura. A pressão atmosférica padrão, por exemplo, é de 760 mm Hg
a 0ºC. A unidade mmHg também é chamada de torr em homenagem a Torricelli.
Assim, 1 atm = 760 torr e 1 torr = 133,3 Pa.

A pressão atmosférica padrão P m que no nível do mar é de 101,325 kPa


muda para 89,88 / 79,50 / 54,05 / 26,5 e 5,53 kPa às altitudes de 1000, 2000,
5000,10 000 e 20 000 metros, respectivamente. Lembre-se de que a pressão
atmosférica em uma localização é apenas o peso do ar por unidade de área de

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superfície. Ela não apenas muda com a altitude, como também com as condições
meteorológicas.

A pressão atmosférica é medida por um dispositivo chamado barômetro.


Dessa forma a pressão atmosférica é chamada com frequência de pressão
barométrica.

Podemos notar a diferença de pressão atmosférica quando descemos uma


serra, por exemplo, notamos uma diferença através de nossos ouvidos. O
aumento de pressão atmosférica ocorre à medida que diminuímos a altitude, ou
seja, baixa altitude é igual à alta pressão e alta altitude é igual à baixa pressão.

Figura 1.2 - Pressão Atmosférica em relação à altitude

A pressão atmosférica em um determinado local depende, portanto, da


massa total da atmosfera. Como o ar é uma mistura muito compressível, esta
massa pode variar significativamente com a altitude; consequentemente, a
principal causa de variação da pressão atmosférica é a altitude.

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PRESSÃO INTERNA DE UM VASO

Vasos de pressão estão sempre submetidos simultaneamente à pressão


interna e à pressão externa. Mesmo vasos que operam com vácuo estão
submetidos a essas pressões, pois não existe vácuo absoluto. O que usualmente
denomina-se vácuo é qualquer pressão inferior à atmosférica. O vaso
dimensionado considerando-se a pressão diferencial resultante, atuando sobre as
paredes, poderá ser maior internamente ou externamente.

PRESSÃO MANOMÉTRICA, PRESSÃO RELATIVA E PRESSÃO


ABSOLUTA

Pressão manométrica é a pressão medida em


relação à pressão atmosférica existente no local. Os
manômetros (medidores de pressão) utilizam a
pressão atmosférica como referência, medindo a
diferença entre a pressão do sistema e a pressão
atmosférica. Tais pressões chamam-se pressões
manométricas.

A pressão manométrica de um sistema pode ser


positiva ou negativa.

𝑃𝑚 = 𝑝𝑖𝑛𝑡 − 𝑝𝑒𝑥𝑡

Figura 1.3 - Pressões

Um dispositivo mecânico de medição de pressão muito


usado é o manômetro metálico tipo Bourdon pode ser
utilizado em postos de gasolina para calibração de pneus. A
pressão medida pelo manômetro metálico tipo Bourdon é
Figura 1.4 - Manômetro também denominada de pressão manométrica e indica a
de Bourdon

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diferença entre a pressão interna e a pressão externa.

Ele consiste em um tubo de metal oco torcido como um


gancho, cuja extremidade é fechada e conectada a uma
agulha indicadora. Quando o tubo está aberto para a
atmosfera, ele não se deforma e a agulha do mostrador,
neste estado, está calibrada para a leitura zero (pressão
manométrica). Quando o fluido dentro do tubo está
pressurizado, o tubo se estica e move a agulha Figura 1.5 – Vacuômetro

proporcionalmente á pressão aplicada.

Quando o manômetro mede uma pressão manométrica negativa, ele é


chamado de manômetro de vácuo (ou vacuômetro).

Para encontrar a pressão manométrica precisamos levar em consideração


à pressão interna que também pode ser descrita como pressão real ou ainda
absoluta.

A pressão absoluta pode ser definida como a pressão real existente dentro
de um recipiente. (Comparar com pressão manométrica.) É a escala de pressão
que adota como zero o vácuo absoluto, o que justifica a afirmação que nesta
escala só existe pressões positivas; teoricamente poderíamos ter a pressão igual
a zero, que representaria a pressão do vácuo absoluto.

A pressão relativa define-se como a diferença entre a pressão absoluta e a


pressão atmosférica. Os aparelhos destinados a medir a pressão relativa são o
manômetro e também o piezômetro. É a escala de pressão que adota como zero
a pressão atmosférica local, o que justifica a afirmação que nesta escala existe:
pressões negativas (depressões ou vácuos técnicos), nulas e positivas.
Piezômetro é definido como um aparelho para avaliar a compressibilidade ou a
tensão dos líquidos. É constituída de um tubo simples de vidro graduado vertical,
aberto nos dois lados, conectado a massa de água.

Na Figura 5.6 ilustramos a relação entre as pressões atmosférica


(barométrica), absoluta, manométrica e de vácuo. Temos vácuo quando a
pressão é inferior à atmosférica, ou seja, pressões efetivas negativas.

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Figura 1.6 - Exemplo de pressões atmosférica, absoluta e relativa em vasos de pressão

UNIDADES DE PRESSÃO

O pascal (cujo símbolo é Pa) é a unidade padrão de pressão no SI. Equivale


a força de 1 N aplicada sobre uma superfície de 1 m 2. O nome desta unidade é
uma homenagem a Blaise Pascal, eminente matemático, físico e filósofo francês.

Durante muito tempo a meteorologia métrica utilizou o milibar para medir


pressão. Após a mudança para o Sistema Internacional (SI), muitos
meteorologistas preferiram continuar usando a magnitude a que estavam
acostumados e não adotaram o prefixo multiplicador quilo (x 1000) e sim o hecto
(x 100). A tabela 5.4 abaixo apresenta os valores para as transformações das
unidades:

Psi Bar kgf/cm² Pa Atm mmHg

Psi 1 0,06894 0,0703 6894,8 0,06804 51,714


Bar 14,5 1 1,019 100.000 0,9869 750,10
Kgf/cm² 14,223 0,9806 1 98066,5 0,9678 735,55
Pa 0,000014 0,00001 0,00001 1 9,869.10-6 0,0075
Atm 14,69 1,01325 1,033 101.325 1 760,00
mmHg 0,0193 0,001333 0,00135 133,322 0,00131 1
Tabela 1.4 - Valores para conversão de unidades de pressão

PSI = Libras por polegada quadrada.

Kgf/cm² = Quilograma força por centímetro quadrado.

Pa = Pascal.

mmHG = Milímetro de mercúrio

ATM = Pressão atmosférica.

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EXERCÍCOS (PRESSÃO)

QUESTÃO 1

Imagine que você esteja diante de uma piscina de 4 metros de


profundidade. Calcule a pressão no fundo dessa piscina em Pa
(pascal) e atm. Efetuado o cálculo, marque a alternativa CORRETA:

a) 140 atm

b) 4,1 atm

c) 14,1 atm

d) 1,4 atm

e) 4 atm

RESPOSTA

Como sabemos que a densidade da água é igual a d = 1.000 kg/m3 e a


pressão atmosférica na superfície da água Po = 1 atm, assim fica fácil
determinar a pressão no fundo da piscina.

Primeiramente, expressemos a pressão Po em unidades do SI:

A pressão no fundo da piscina (h = 4 m) vale:

Alternativa D
QUESTÃO 2

Calcule em atm a pressão a que um submarino fica sujeito quando


baixa a uma profundidade de 100 metros. Para a água do mar adote
que a densidade vale 1000 kg/m3.

a) 10 atm

b) 11 atm

c) 12 atm

d) 13 atm

e) 14 atm

RESPOSTA

Supondo que a densidade da água do mar vale d = 1.000 kg/m3 e a pressão


atmosférica na superfície da água Po = 1 atm, determinamos a pressão sobre
o submarino da seguinte forma:

Colocando a pressão atmosférica em unidades do SI, temos:

Po=1 atm =1 .10 Pa

Calculando a pressão para uma profundidade igual a h = 100 m, temos:

Alternativa B
QUESTÃO 3

Suponha que uma caixa d’água de 10 metros esteja cheia de água cuja
densidade é igual a 1 g/cm. A pressão atmosférica na região vale
10 Pa e g é igual a 10 m/s2. Calcule a pressão, em Pa, no fundo da
caixa d’água e marque a opção correta.

a) 5 . 10 Pa

b) 4,1 . 10 Pa

c) 12 . 10 Pa

d) 3,5 . 10 Pa

e) 2 . 10 Pa

RESPOSTA

De acordo com o teorema de Stevin, a pressão no fundo da caixa d’água vale:

P=Po+d.g.h

Mas como Po = 10 Pa; d = 1 g/cm = 10 kg/m; g = 10 m/s e h = 10 m, temos:

P=10 +(10.10.10)

P=10 + 10

P=2 .10 Pa

Alternativa E
QUESTÃO 4

Afundando 10 m na água, fica-se sob o efeito de uma pressão, devida


ao líquido, de 1 atm. Em um líquido com 80% da densidade da água,
para ficar também sob o efeito de 1 atm de pressão devida a esse
líquido, precisa-se afundar, em metros,

a) 8

b) 11,5

c) 12

d) 12,5

e) 15

RESPOSTA

Primeiramente devemos realizar algumas transformações, portanto, temos:

Po = 1 atm = 10 Pa; h = 10 m; Calculemos a pressão hidrostática:

P=d.g.h

10=d.10.10

d=10 kg/m

Como a densidade do líquido é 80% da densidade da água, temos:

d'=80%.d

d'=0,8 .d

P'=d'.g.h'

10 = 0,8 . 10 .10 . h'

Alternativa D
QUESTÃO 5

A pressão atmosférica em determinada região da Terra é igual a 780


mmHg. Indique, entre as alternativas abaixo, aquela que apresenta
corretamente a pressão atmosférica local em atm:

a) 1,40 atm

b) 1,02 atm

c) 1,05 atm

d) 10,00 atm

e) 2,03 atm

RESPOSTA

A pressão atmosférica ao nível do mar é definida como 1 atm. Esse valor é


equivalente a 760 mmHg (milímetros de mercúrio). Portanto, para
convertermos 780 mmHg em atm, utilizamos a seguinte regra de três:

Multiplicando os termos cruzados, encontraremos a seguinte igualdade:

Portanto, 780 mmHg equivalem a 1,02 atm.

Letra B
QUESTÃO 6

Uma força de 200 N é aplicada sobre uma área de 0,05 m2. A pressão
exercida sobre essa área é igual a:

a) 10 Pa

b) 2.10 Pa

c) 4.10 Pa

d) 200 Pa

e) 0,05 Pa

RESPOSTA

A fórmula utilizada para definir pressão é apresentada abaixo:

Considerando os dados fornecidos pelo enunciado do texto, teremos o


eguinte cálculo:

Letra C

QUESTÃO 8

A cada 10 m de profundidade de água, aumenta-se,


aproximadamente, 1 atm (760 mmHg). Após mergulhar em um lago
com 20 metros de profundidade, um mergulhador estará sujeito a uma
pressão, em mmHg, igual a:

a) 840 mmHg b) 760 mmHg

c) 1520 mmHg d) 2280 mmHg e) 3040 mmHg


RESPOSTA

Em uma profundidade de 20 m, a pressão sobre o mergulhador terá


aumentado 2 atm. Somando isso à pressão atmosférica presente na
superfície da água, o mergulhador estará sujeito a um total de 3 atm.
Como cada atm corresponde a 760 mmHg, a pressão sobre ele será igual
a 3 vezes 760 mmHg = 2280 mmHg.

Letra D

QUESTÃO 8

É desejado produzir uma grande pressão sobre uma placa metálica


para que ela possa ser perfurada por um prego. Dessa forma,
podemos:

a) diminuir a densidade do prego.

b) aumentar a área de contato do prego com a placa metálica.

c) diminuir a área de contato do prego com a placa metálica.

d) diminuir a força aplicada sobre o prego.

e) aumentar o volume do prego.

RESPOSTA

A pressão guarda uma relação de proporção inversa com a área de


contato: quanto maior for a área, menor será a pressão. Portanto, para
que o prego consiga perfurar a placa metálica com maior facilidade, é
interessante que a área entre o prego e a placa seja menor ou que se
aplique mais força sobre ele.

Letra C
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CALOR E TEMPERATURA

NOÇÕES GERAIS: O QUE É CALOR, O QUE É TEMPERATURA

O calor (abreviado por Q) é a energia térmica em trânsito de um corpo


para outro, motivada por uma diferença de temperatura. A energia de agitação
das partículas de um corpo é chamada de energia térmica do corpo. A quantidade
de energia térmica de um corpo depende de uma série de fatores, como a sua
massa, a substância de que é constituída, a temperatura. Logo não há sentido
em dizer que um corpo tem mais calor que outro. O calor é uma energia que se
transfere de um sistema para outro, sem transporte de massa, e que não
corresponde à execução de um trabalho mecânico. A unidade do Sistema
Internacional (SI) para o calor é o Joule (J).

A Temperatura é um parâmetro físico (uma função de estado) descritivo de


um sistema que vulgarmente se associa às noções de frio e calor, bem como às
transferências de energia térmica, mas que se poderia definir, mais exatamente,
sob um ponto de vista microscópico, como a medida da energia cinética
associada ao movimento (vibração) aleatório das partículas que compõem o um
dado sistema físico. Calor e temperatura. Você deve distinguir cuidadosamente
calor de temperatura. Quantidade de calor é a energia cinética total das
moléculas de um corpo, devida a seus movimentos irregulares.

O calor flui dos corpos de


maior temperatura para os de
menor temperatura, a
diferença de temperaturas faz
o calor fluir. Quando dois
corpos em temperaturas
diferentes são postos em Figura 1.7 - Equilíbrio Térmico em dois corpos

contato, espontaneamente há transferência de energia térmica do corpo mais


quente para o corpo mais frio. Sendo assim, a temperatura do mais quente
diminui e a do mais frio aumenta até que as duas se igualem. Nesse ponto, cessa
a troca de calor e os corpos atingiram o equilíbrio térmico e a correspondente
temperatura é chamada de temperatura final ou de equilíbrio.

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NR13 – Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo

Como medir quantidades de calor?

Algumas expressões podem até apresentar as palavras com seus conceitos


trocados, como no caso da expressão "como está calor hoje!" onde se usa a
palavra calor para expressar a temperatura do ambiente. A partir disso se deduz
que as sensações de quente e frio que temos também não são sensações de calor
e sim de temperatura. Na verdade, temperatura de um objeto ou meio é a
medida de o quanto estão agitados seus átomos e moléculas, enquanto que
calor, ou energia térmica, é a quantidade de energia envolvida nessa agitação
molecular.

Para entender melhor, façamos uma analogia com duas piscinas, onde
relacionamos o volume de água com calor e os níveis da água nas piscinas
relacionaram à temperatura. Duas piscinas de mesma profundidade e de
tamanho diferentes podem ter o mesmo nível de água. Porém, obrigatoriamente,
terão volumes diferentes de água. Podemos concluir que dois objetos com a
mesma temperatura podem possuir quantidades diferentes de calor. A distinção
fica mais clara pelo seguinte exemplo. A temperatura de um copo de água
fervente é a mesma que a da água fervente de um balde. Contudo, o balde de
água fervente tem uma maior quantidade de energia que o copo de água
fervente. Portanto, a quantidade de calor depende da massa do material, a
temperatura não. Embora os conceitos de calor e temperatura sejam distintos,
eles são relacionados. A temperatura de uma parcela de ar pode mudar quando o
ar ganha ou perde calor, mas isto não é sempre necessário, pois pode haver
também mudança de fase da água contida no ar ou mudança de volume da
parcela de ar, associada com o ganho ou perda de calor. Quando calor entra em
um corpo, ele aquece, e quando sai do corpo ele esfria. Para relacionar entre si
calor e temperatura, lembra-se o que segue:

Quanto maior a quantidade de calor, mais aquecemos o corpo, e, portanto,


maior será a variação de temperatura. Uma mesma quantidade de calor aquece
muito um corpo pequeno e pouco um corpo grande, ou a variação da
temperatura é proporcional à quantidade de calor.

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❖ Escalas de Temperaturas

Vamos mencionar três escalas: a Celsius, a Fahrenheit e a Kelvin (ou


absoluta). A escala Fahrenheit é muito usada em países de língua inglesa,
principalmente Estados Unidos e Inglaterra. A escala Kelvin também é usada para
fins científicos. O ponto de fusão do gelo corresponde a 0 ºC na escala Celsius,
32 ºF na escala Fahrenheit e 273 K na escala Kelvin. O ponto de ebulição da água
corresponde, respectivamente, a 100 ºC 212 ºF e 373 K. O ponto zero da escala
Kelvin (zero absoluto) corresponde, ao menos teoricamente, à temperatura na
qual cessa o movimento molecular e o objeto não emite radiação
eletromagnética. Não há temperaturas abaixo dessa. A seguir, relações entre as
diversas escalas:

Figura 1.8 - Relação entre as escalas termométricas

Existe uma equação que pode ser usada para fazer estas conversões. Com
ela pode-se transformar ºF em ºC, K em ºC e ºF em K, e outras transformações
mais que sejam necessárias. Veja a equação abaixo:

𝑐 𝐹 − 32 𝐾 − 273
= =
5 9 5
MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Transferência de calor é a passagem de energia térmica (que durante a


transferência recebe o nome de calor) de um corpo para outro de uma parte para

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outra de um mesmo corpo. Os processos pelos quais ocorre transferência de


calor são condução, convecção e radiação.

Condução é um dos meios de


transferência de calor que geralmente
ocorre em materiais sólidos é a
propagação do calor por meio do
contato de moléculas de duas ou mais
substâncias com temperaturas
diferentes (metais, madeiras,

cerâmicas, etc). Condução é a Figura 1.9 - Condução de calor em uma barra metálica

transferência de calor através de um corpo, de molécula a molécula e ela ocorre


dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico
direto. Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é
transferida por colisões entre átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das
temperaturas mais altas (moléculas com maior energia cinética) para as
temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética).

A capacidade das substâncias para conduzir calor (condutividade) varia


consideravelmente. Via de regra, sólidos são melhores condutores que líquidos e
líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais são
excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor
de calor. Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da
Terra e o ar diretamente em contato com a superfície. Como meio de
transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o menos
significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos.
Quando a transferência de energia ocorrer em um meio estacionário, que pode
ser um sólido ou um fluido, em virtude de um gradiente de temperatura, usamos
o termo transferência de calor por condução.

Convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência


de calor dentro de um fluído através de movimentos do próprio fluído, ou seja,
um material aquecido é transportado de tal maneira a deslocar outro material

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mais frio. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através de radiação
ou condução é mais frequentemente transferido por convecção.

A convecção ocorre como consequência de diferenças na densidade do ar.


Quando o calor é conduzido da superfície relativamente quente para o ar
sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos
denso que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente
e menos denso a subir. O ar mais frio é então aquecido pela superfície e o
processo é repetido. Desta forma, a circulação convectiva do ar transporta calor
verticalmente da superfície da Terra para a troposfera, sendo responsável pela
redistribuição de calor das regiões equatoriais para os pólos. O calor é também
transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos convectivos
horizontais. O termo convecção é usualmente restrito à transferência vertical de
calor na atmosfera.

Neste exemplo, o ar quente por ser menos denso que o ar frio sobe,
fazendo assim que o ar frio desça até que haja o equilíbrio térmico, fazendo
assim a troca de calor por convecção.

Figura 1.10 - Convecção de calor através de um ar Figura 1.11 - Convecção de calor


condicionado através de uma geladeira

O mesmo acontece na geladeira residencial – o ar frio, mais denso, tende a


descer, empurrando o ar quente, menos denso, assim havendo troca térmica até
o sistema entrar em equilíbrio térmico.

Um exemplo bastante conhecido de convecção natural é o aquecimento de


água em uma panela doméstica. Para este caso, o movimento das moléculas de
água pode ser observado claramente.

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Figura 1.12 - Convecção de calor através de uma panela com água em ebulição

Radiação consiste em um fenômeno de ondas eletromagnéticas viajando


com a velocidade da luz, é o modo de transporte de energia calorífica no espaço
vazio ou vácuo. Como a radiação é a única que pode ocorrer no espaço vazio,
esta é a principal forma pela qual o sistema Terra-Atmosfera recebe energia do
Sol e libera energia para o espaço. Um corpo negro é aquele que toda a energia
radiante que incide sobre ele é absorvida. Em equilíbrio térmico, um corpo negro
emite tanta energia quanto ele absorve. Portanto, um bom absorvedor de
radiação é também um bom emissor de radiação.

Figura 1.13 - Radiação de calor do sol através do espaço

❖ Radiação ultravioleta

Queima a pele (10 minutos de solda = 1 dia de


praia); Exposição contínua leva a cegueira; Ponto branco
que se observa na abertura do arco.

Figura 1.14- Radiação de calor


através de soldagem

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❖ Radiação infravermelha

Queima a pele e cauteriza a retina.

Processos de transferência de calor ocorrendo em um mesmo evento

O fogo transfere calor através de radiação para o local de aquecimento do


bule e da frigideira; a água aquece-se através de convecção e o calor da
frigideira chega até a mão através de condução do calor.

Figura 1.15 - Transferência de calor no Figura 1.16 - Processos de transferência de


aquecimento de um bule e uma frigideira calor em uma garrafa térmica

CALOR ESPECÍFICO E CALOR SENSÍVEL

Um corpo tem a capacidade de receber ou ceder calor e pode sofrer com


dois efeitos diferentes: a variação de temperatura e a mudança de fase.

Exemplo:

Variação de temperatura, se uma peça metálica for colocada na chama de


um fogareiro ele sofre um aquecimento, isto é variação de temperatura.

Mudança de fase, se um pedaço de gelo a 0º C, contido num recipiente é


colocado sobre o fogareiro, absorve calor e sem aumentar a temperatura, até
derreter completamente, quando então a água de fusão se aquece.

A quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo, ao sofrer uma


variação de temperatura sem que haja mudança de fase, é denominado calor
sensível.

Se o corpo sofre apenas mudança de fase sem haver variação de


temperatura (permanece constante), o calor é chamado latente. Nos exemplos, o

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calor recebido pela peça metálica é o calor sensível e o calor recebido pelo gelo é
o calor latente.

❖ Calor específico

É importante observar que cada substância necessita de uma quantidade


de calor diferente para que um grama dessa substância sofra variação de
temperatura de 1ºC.

Essa quantidade é característica de cada substância e é denominado calor


específico, representado pela letra c.

Exemplo: O calor específico do ferro é aproximadamente 0,11 cal /g ºC,


isto é um grama de ferro necessita de 0,11 cal para elevar 1ºC a sua
temperatura.

Da mesma forma, o calor específico da água é 1 cal / g ºC, isto é, um


grama de água necessita de uma caloria para que sua temperatura mude 1ºC.

Calor específico pode ser representado pela seguinte fórmula matemática:

𝐶
𝑐=
𝑚
Onde c é o calor específico, C é a capacidade térmica e m é a massa.

A tabela 5 apresenta o calor específico médio de algumas substâncias,


válido entre as temperaturas de 0ºC a 100ºC. O calor específico de uma
substância varia com a temperatura, aumentando quando esta aumenta.
Entretanto, consideramos, em curso, que o calor específico não varia com a
temperatura.
Substância Calor específico (cal/g ºC)

Mercúrio 0,033
Alumínio 0,217
Cobre 0,092
Chumbo 0,030
Prata 0,056
Ferro 0,0114
Latão 0,094
Gelo 0,550
Água 1,000
Ar 0,240
Tabela 1.5 – Calores específicos

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Capacidade térmica (C): é o quociente entre a quantidade de calor Q


recebido ou cedido por um corpo e a correspondente variação de temperatura
Δt.

𝑄
𝐶=
∆𝑡

A unidade de capacidade térmica é cal/ºC. A capacidade térmica de um


corpo representa a quantidade de calor necessária para que a temperatura do
corpo varie 1ºC.

A quantidade de calor sensível (Q) que um corpo de massa m recebe é


diretamente proporcional ao seu aumento de temperatura. Logo, podemos
calcular a quantidade de calor sensível usando a seguinte fórmula:

𝑄 = 𝐶. ∆𝑡

Sabemos que calor latente (L) é a quantidade de calor que a substância


troca por grama de massa durante a mudança de estado físico. É representado
pela letra L. É medido em caloria por grama (cal/g).

Para calcular o calor latente é necessário utilizar a seguinte expressão:

𝑄 = 𝑚. 𝐿

Onde Q é a quantidade de calor recebida ou cedida pelo corpo, m é a


massa do corpo e L é o calor latente.

No gráfico a seguir podemos observar a curva de aquecimento:

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140

120
Vapor
100

80 Líquido + vapor
TEMPERATURA(ºC)

Calor sensível
60
Líquido
Calor Sensível
40
Agua
20

0
Sólido + Líquido Calor Latente
-20
Sólido Calor Sensível
-40

-60
QUANTIDADE DE CALOR (cal/g)

Considermos um bloco de gelo,à temperatura de – 40ºC sob pressão


normal.Fornecendo calor ao bloco de gelo e,por um processo qualquer,mantendo
a pressão constante,verificamos:

 A temperatuta do bloco de gelo começa a aumentar e atingir o ponto


de fusão a 0ºC,isto porque já passa de – 40ºC a 0ºC.

 A partir desse instante,começa o processo de transformação do sólido


em líquido,isto é a fusão do gelo. Durante um determidado tempo,a
temperatura permanece constante, embora continue o fornecimento
de calor, até que o bloco de gelo se transforme totalmente em
líquido.

 Com o término da fusão, o fornecimento de calor volta a produzir


aumento de temperatura do corpo,agora no estado líquido, até atingir
sua temperatura de ebulição, isto é, 100ºC sob pressão normal.

 A partir desse instante, inicia-se o processo de ebulição do líquido,


com transformação deste em vapor. Nesse momento a temperatura
torna a permanecer constante, a 100ºC, até que toda a massa do
líquido se transforme em vapor.

 Daí ,então, o calor fornecido servirá para um maior aquecimento do


vapor de água que existe no recipiente.

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TRANSFERÊNCIA DE CALOR À TEMPERATURA CONSTANTE

Modificando a temperatura de um corpo - À TEMPERATURA CONSTANTE

Se você molhar uma de suas mãos e agitá-la vigorosamente no ar, terá


uma sensação de frescor devida ao fato de que ao vaporizar-se a água absorveu
calor de sua mão. Se a vaporização ocorrer mais rapidamente, a sensação de
frescor é mais intensa. É o que acontece quando agitamos a mão molhada com
álcool, mais volátil que a água. As evidências desse simples experimento
conduzem a uma afirmação importante:

Para vaporizar-se, uma substância precisa absorver energia.

A passagem do estado líquido para o estado gasoso é chamado de


vaporização. Ela pode ocorrer por evaporação ou ebulição.

A ebulição ocorre apenas quando a temperatura do líquido atinge certo


valor. No caso da água, por exemplo, quando ela atinge 100ºC, ao nível do mar.
Durante a ebulição, a temperatura do líquido permanece constante.

A evaporação pode ocorrer a qualquer temperatura. Á medida que um


liquido evapora, sua temperatura diminui. Isto porque são as moléculas de maior
energia que abandonam o liquido no processo de evaporação.

A condensação de vapor d’água sobre uma superfície que se encontra a


uma temperatura mais baixa que a do ambiente ilustra o processo inverso. Uma
substância no estado gasoso libera energia ao passar para o estado líquido.

As transferências de energia, necessárias às mudanças de fase (sólido →


líquido → vapor), pode se dar sob a forma de calor.

A vantagem das trocas de calor durante as mudanças de fase é que elas


ocorrem a taxas muito mais altas que as de aquecimento de uma substância
numa mesma fase. Por isso os refrigeradores são projetados de forma que as
trocas de calor que ocorrem no congelador e no radiador aconteçam,
principalmente, durante as mudanças de fase do fluido frigorífico. Assim pode-se
aumentar a eficiência dos processos. No congelador, o fluido frigorífico passa do
estado líquido para o de vapor, absorvendo calor e resfriando o interior da

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geladeira. No radiador o fluido passa do estado de vapor para o estado líquido,


transferindo calor para o ambiente.

Na mudança de estado físico, a transferência de calor ocorre à temperatura


constante. A energia transferida é utilizada para mudar o estado físico do
sistema.

Quando aquecemos água dentro de uma panela por meio da chama de um


fogão, é possível observar que inicialmente a temperatura do líquido aumenta até
a água entrar em ebulição. Ocorre, então, uma mudança do estado físico da água
de líquido para vapor. Durante a ebulição, a temperatura da água mantém-se
constante até que toda a água se transforme em vapor.

Para que ocorra a vaporização da água, é necessária a transferência de


energia, e, por isso, a chama do fogão deve continuar acesa. A quantidade de
calor transferida para mudar o estado de cada grama de material é conhecida
como calor latente. Durante a condensação, esse calor deve ser liberado pela
substância.

As mudanças de fase possíveis são: fusão e solidificação na mudança entre


sólido e líquido; ebulição ou vaporização e condensação, na mudança entre
líquido e vapor; e sublimação na mudança entre sólido e vapor.

Figura 1.17 – Mudanças de fase

VAPOR SATURADO E VAPOR SUPERAQUECIDO

A partir de uma determinada temperatura, característica de cada


substância, denominada temperatura crítica, não pode ocorrer vaporização e a
condensação.

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Isto é, para uma temperatura maior que a


temperatura crítica, a substância encontra-se na
fase gasosa, qualquer que seja o valor de pressão.

Através da temperatura crítica podemos


estabelecer a diferença entre gás e vapor.

Gás: é a substância, que na fase gasosa, se


encontra em temperatura superior a sua

Figura 1.18 – Pontos críticos temperatura crítica e que não pode ser liquefeita
por compressão isotérmica.

Vapor: É o nome dado à matéria no estado gasoso, sendo capaz de estar


em equilíbrio com o líquido ou o sólido do qual se fez, pela redução de
temperatura ou pelo aumento de pressão. É um conceito mais estrito do que gás
porque, nas condições habituais do meio ambiente, pode encontrar-se no estado
líquido ou sólido.

Vamos levar em consideração um reservatório com água, a temperatura


ambiente e pressão igual a 1 atm, recebendo calor. Após o início da ebulição, a
temperatura para de subir até que o líquido se converta inteiramente em vapor.
Ou seja, a temperatura permanecerá constante durante todo o processo de
mudança de fase se a pressão for mantida constante. Isso pode ser verificado
facilmente colocado um termômetro na água pura em ebulição em uma panela no
fogo. No nível do mar (P = 1 atm), o termômetro sempre terá 100ºC se a panela
estiver destampada ou ligeiramente tampada. Durante o processo de ebulição, a
única alteração que observaremos é um grande aumento de volume e um
declínio contínuo no nível do líquido como resultado do líquido que continuamente
se transforma em vapor.

Tendo passado metade do processo de vaporização o cilindro irá conter


partes iguais de líquido e vapor. À medida que o calor é transferido, o processo
de vaporização continua até que a ultima gota de líquido seja convertida em
vapor. Nesse ponto, todo o reservatório está cheio de vapor no limite com a fase
liquida, ou seja, qualquer perda de calor por parte do sistema ira fazer com que
ele condense voltando ao estado liquido. Um vapor que esta pronto para

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Curso: Engenharia Mecânica
Disciplina: Termodinâmica

SUBSTÂNCIA PURA

Uma substância que tem a mesma


composição química em toda a sua
extensão é chamada de substância pura.
A água, o nitrogênio, o hélio e o dióxido de
carbono, por exemplo, são substâncias
puras.
Entretanto, uma substância pura não precisa ser constituída por um único
elemento ou composto químico. Uma combinação de diversos elementos ou
compostos químicos também se qualifica como substância pura, desde que a
mistura seja homogênea.

Uma mistura de duas ou mais fases de


uma substância pura ainda é uma
substância pura, desde que a composição
química de todas as fases seja igual.
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Disciplina: Termodinâmica

PROCESSOS DE MUDANÇA DE FASE DE SUBSTÂNCIAS PURAS

Há inúmeras situações práticas em que duas fases de uma substância pura


coexistem em equilíbrio. A água existe como uma mistura de líquido e vapor
na caldeira e no condensador de uma usina termoelétrica. O refrigerante
passa de líquido para vapor no congelador de um refrigerador.

Líquido comprimido

Considere um arranjo pistão-cilindro contendo água no estado


líquido a uma pressão de 1 atm (estado 1).
Nessas condições, a água está na fase líquida e é chamada de
líquido comprimido ou líquido sub-resfriado. Isso significa
que ela não está pronta para se converter em vapor.
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Disciplina: Termodinâmica

Líquido saturado

À medida que mais calor é transferido, a temperatura


continua subindo até atingir 100 °C (estado 2).

Nesse ponto, a água ainda é um líquido, mas qualquer


adição de calor fará com que o líquido se converta em
vapor.

Um processo de mudança de fase de líquido para vapor


está para ocorrer. Um líquido que está pronto para se
vaporizar é chamado de líquido saturado.
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Disciplina: Termodinâmica

Mistura saturada líquido-vapor

Após o início da ebulição, a temperatura para de


subir até que o líquido se converta inteiramente
em vapor. Ou seja, a temperatura permanecerá
constante durante todo o processo de mudança de
fase se a pressão for mantida constante.

Uma substância durante o processo de mudança


de fase líquido-vapor é chamado de mistura
saturada de líquido-vapor, uma vez que as
fases líquidas e de vapor coexistem em equilíbrio.
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Disciplina: Termodinâmica

Vapor saturado

À medida que calor é transferido, o processo de


vaporização continua até que a última gota de líquido
seja convertida em vapor (estado 4).

Nesse ponto, todo o cilindro está cheio de vapor no


limite com a fase líquida, ou seja, qualquer perda de
calor por parte desse vapor fará com que parte dele se
condense (mudando de fase de vapor para líquido).

Um vapor que está pronto para condensar é chamado


de vapor saturado..
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Disciplina: Termodinâmica

Vapor superaquecido

Após a conclusão do processo de mudança de fase,


voltamos novamente a uma região de única fase (desta vez
vapor), e qualquer transferência de calor para o vapor resulta
em um aumento tanto de temperatura quanto de volume
específico.

No estado 5, se removermos parte do calor do vapor, a


temperatura poderá cair um pouco, mas nenhuma
condensação ocorrerá desde que a temperatura seja
mantida acima dos 100 °C (para P=1 atm).

Um vapor que não está pronto para se condensar (ou seja, um vapor não
saturado) é chamado de vapor superaquecido.
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Diagrama T-v do processo de aquecimento a pressão constante


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Temperatura de saturação e pressão de saturação

Pudemos observar que a temperatura na qual a água começa a ferver


depende da pressão; portanto, se a pressão for fixa, a temperatura de
ebulição também será fixa.

Logo, chegamos a conclusão que a uma determinada pressão, a temperatura


na qual uma substância pura muda de fase é chamada de temperatura de
saturação Tsat. Da mesma forma, a uma determinada temperatura, a
pressão na qual uma substância pura muda de fase é chamada de pressão
de saturação Psat .
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Disciplina: Termodinâmica

Temperatura de saturação e
pressão de saturação

Tabelas de saturação que relacionam

a pressão de saturação em função

da temperatura (ou a temperatura de

saturação em função da pressão)

encontram-se disponíveis para

praticamente todas as substâncias.


- EXERCÍCOS (CALOR E TREMPERATURA)

1. Em nosso cotidiano, utilizamos as palavras “calor” e


“temperatura” de forma diferente de como elas são usadas no meio
científico. Na linguagem corrente, calor é identificado como “algo
quente” e temperatura mede a “quantidade de calor de um corpo”.
Esses significados, no entanto, não conseguem explicar diversas
situações que podem ser verificadas na prática.

Do ponto de vista científico, que situação prática mostra a limitação


dos conceitos corriqueiros de calor e temperatura?

a) A temperatura da água pode ficar constante durante o tempo em que


estiver fervendo.

b) Uma mãe coloca a mão na água da banheira do bebê para verificar a


temperatura da água.

c) A chama de um fogão pode ser usada para aumentar a temperatura da


água em uma panela

d) A água quente que está em uma caneca é passada para outra caneca a fim
de diminuir sua temperatura.

e) Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de água que está em seu
interior com menor temperatura do que a dele.

Resposta: A

Durante o processo de mudança de estado físico, a temperatura pode


ficar constante enquanto o corpo recebe calor. O calor está sendo
usado para mudança de estado. Isso mostra a limitação do conceito
usado para temperatura como sendo a medida de quantidade de
calor de um corpo.
2. Assinale a alternativa que define corretamente calor:

a) Trata-se de um sinônimo de temperatura em um sistema.

b) É uma forma de energia contida no sistema.

c) É uma energia em trânsito, de um sistema a outro, devido à diferença de


temperatura entre eles.

d) É uma forma de energia superabundante nos corpos quentes.

e) É uma forma de energia em trânsito do corpo mais frio para o corpo mais
quente.

Resposta: C

O calor é uma energia térmica em trânsito entre corpos com


diferença de temperatura.

3. Têm-se dois corpos, com a mesma quantidade de água, um


aluminizado A e outro negro N, que ficam expostos ao sol durante
uma hora. Sendo inicialmente as temperaturas iguais, é mais
provável que ocorra o seguinte:

a) Ao fim de uma hora não se pode dizer qual temperatura é maior.

b) As temperaturas são sempre iguais em qualquer instante.

c) Após uma hora a temperatura de N é maior que a de A.

d) De início a temperatura de A decresce (devido à reflexão) e a de


Naumenta.

e) As temperaturas de N e de A decrescem (devido à evaporação) e depois


crescem.

Resposta: C
Após uma hora a temperatura de N será maior que a de A, pois o
corpo aluminizado reflete calor, enquanto o corpo negro absorve
calor.
4. Uma garrafa de vidro e uma lata de alumínio, cada uma contendo
330 mL de refrigerante, são mantidas em um refrigerador pelo
mesmo longo período de tempo. Ao retirá-las do refrigerador com as
mãos desprotegidas, tem-se a sensação de que a lata está mais fria
que a garrafa.

É correto afirmar que:

a) a lata está realmente mais fria, pois a capacidade calorífica da garrafa é


maior que a da lata.

b) a lata está de fato menos fria que a garrafa, pois o vidro possui
condutividade menor que o alumínio.

c) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, possuem a mesma


condutividade térmica, e a sensação deve-se à diferença nos calores
específicos.

d) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a sensação é devida ao


fato de a condutividade térmica do alumínio ser maior que a do vidro.

e) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a sensação é devida ao


fato de a condutividade térmica do vidro ser maior que a do alumínio.

Resposta: D

As temperaturas são iguais, mas a lata parece mais fria, pois devido
seu material ocorre uma troca calor de maneira mais efetiva.

5. Sobre o conceito de calor, pode-se afirmar que se trata de uma:

a) medida da temperatura do sistema.

b) forma de energia em trânsito. c) substância fluida.

d) quantidade relacionada com o atrito. e) energia que os corpos possuem.


Resposta: B

O termo calor é usado para referir-se a energia em trânsito entre dois


corpos com diferentes temperaturas.

6. O fato de o calor passar de um corpo para outro deve-se:

a) à quantidade de calor existente em cada um.

b) à diferença de temperatura entre eles.

c) à energia cinética total de suas moléculas.

d) ao número de calorias existentes em cada um.

e) Nada do que se afirmou acima é verdadeiro.

Resposta: B

A diferença de temperatura entre os corpos é a responsável pela


transferência de calor entre eles.

7. No século XVII, uma das interpretações para a natureza do calor


considerava-o um fluido imponderável que preenchia os espaços
entre os átomos dos corpos quentes. Essa interpretação explicava
corretamente alguns fenômenos, porém, falhava em outros. Isso
motivou a proposição de uma outra interpretação, que teve origem
em trabalhos de Mayer, Rumford e Joule, entre outros
pesquisadores.

Com relação aos conceitos de temperatura, calor e trabalho


atualmente aceitos pela Física, avalie as seguintes afirmativas:
I. Temperatura e calor representam o mesmo conceito físico.

II. Calor e trabalho estão relacionados com transferência de energia.

III. A temperatura de um gás está relacionada com a energia cinética


de agitação de suas moléculas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.

b) Somente a afirmativa I é verdadeira.

c) Somente a afirmativa II é verdadeira.

d) Somente a afirmativa III é verdadeira.

e) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.

Resposta: A

I – Incorreta - Temperatura e calor são conceitos físicos diferentes.


Temperatura caracteriza o grau de agitação das moléculas de um
corpo. Calor é energia térmica em trânsito, que passa de um corpo
para o outro devido a diferença de temperatura entre eles.

II – Correta - Calor é energia térmica em trânsito; trabalho


corresponde a variação da energia cinética presente em um sistema.

III – Correta - Temperatura caracteriza o grau de agitação das


moléculas de um corpo.

8. Um sistema isolado termicamente do meio possui três corpos, um


de ferro, um de alumínio e outro de cobre. Após um certo tempo,
verifica-se que as temperaturas do ferro e do alumínio aumentaram.
Podemos concluir que:
a) o corpo de cobre também aumentou a sua temperatura.

b) o corpo de cobre ganhou calor do corpo de alumínio e cedeu calor para o


corpo de ferro.

c) o corpo de cobre cedeu calor para o corpo de alumínio e recebeu calor do


corpo de ferro.

d) o corpo de cobre permaneceu com a mesma temperatura.

e) o corpo de cobre diminuiu a sua temperatura.

Resposta: E

Se as temperaturas do ferro e do alumínio aumentaram, então o


corpo de cobre cedeu calor e consequentemente diminuiu a sua
temperatura.

9. Quando dois corpos de materiais diferentes estão em equilíbrio


térmico, isolados do meio ambiente, pode-se afirmar que:

a) o mais quente é o que possui menor massa.

b) apesar do contato, suas temperaturas não variam.

c) o mais quente fornece calor ao mais frio.

d) o mais frio fornece calor ao mais quente.

e) suas temperaturas dependem de suas densidades.

Resposta: B

Como os corpos estão em equilíbrio térmico, suas temperaturas são


iguais e mesmo colocando os corpos em contato não há transferência
de calor entre eles e as temperaturas não variam.
10. Sabe-se que a temperatura do café se mantém razoavelmente
constante no interior de uma garrafa térmica perfeitamente vedada,
pergunta-se.

a) Qual o principal fator responsável por esse bom isolamento


térmico?

Resposta: A condução não ocorre no vácuo.

b) O que acontece com a temperatura do café se a garrafa térmica


for agitada vigorosamente?

Resposta: Aumenta, pois há transformação de energia mecânica em


térmica.

11. Uma panela com água está sendo aquecida num fogão. O calor
das chamas se transmite através da parede do fundo da panela para
a água que está em contato com essa parede e daí para o restante
da água. Na ordem desta descrição, o calor se transmitiu
predominantemente por:

a) radiação e convecção
b) radiação e condução
c) convecção e radiação
d) condução e convecção
e) condução e radiação

Resposta: D
12. Para resfriar um líquido, é comum colocar a vasilha que o contém
dentro de um recipiente com gelo, conforme a figura. Para que o
resfriamento seja mais rápido, é conveniente que a vasilha seja
metálica, em vez de ser de vidro, porque o metal apresenta, em
relação ao vidro, um maior valor de:

a) condutividade térmica
b) calor específico
c) coeficiente de dilatação térmica
d) energia interna
e) calor latente de fusão.

Resposta: A

12. A transmissão de calor por convecção só é possível:

a) no vácuo
b) nos sólidos
c) nos líquidos
d) nos gases
e) nos fluidos em geral.

Resposta: E
13. Um ventilador de teto, fixado acima de uma lâmpada
incandescente, apesar de desligado, gira lentamente algum tempo
após a lâmpada estar acesa. Esse fenômeno é devido à:

a) convecção do ar aquecido b) condução do calor

c) irradiação da luz e do calor d) reflexão da luz e) polarização da luz.

Resposta: A

14. Assinale a alternativa correta:

a) A condução e a convecção térmica só ocorrem no vácuo.

b) No vácuo, a única forma de transmissão do calor é por condução.

c) A convecção térmica só ocorre nos fluidos, ou seja, não se verifica no vácuo


nem em materiais no estado sólido.

d) A radiação é um processo de transmissão do calor que só se verifica em


meios sólidos.

e ) A condução térmica só ocorre no vácuo; no entanto, a convecção térmica


se verifica inclusive em matérias no estado sólido.

Resposta: C

14. Uma carteira escolar é construída com partes de ferro e partes


de madeira. Quando você toca a parte de madeira com a mão direita
e a parte de ferro com a mão esquerda, embora todo o
conjunto esteja em equilíbrio térmico:

a) a mão direita sente mais frio que a esquerda, porque o ferro conduz melhor
o calor;

b) a mão direita sente mais frio que a esquerda, porque a convecção na


madeira é mais notada que no ferro;

c) a mão direita sente mais frio que a esquerda, porque a convecção no ferro
é mais notada que na madeira;
d) a mão direita sente menos frio que a esquerda, porque o ferro conduz
melhor o calor;

e) a mão direita sente mais frio que a esquerda, porque a madeira conduz
melhor o calor.

Resposta: D

15. Atualmente, os diversos meios de comunicação vêm alertando a


população para o perigo que a Terra começou a enfrentar já há algum
tempo: o chamado efeito estufa!. Tal efeito é devido ao excesso de
gás carbônico, presente na atmosfera, provocado pelos poluentes
dos quais o homem é responsável direto. O aumento de temperatura
provocado pelo fenômeno deve-se ao fato de que:

a) a atmosfera é transparente á energia radiante e opaca para as ondas de


calor;
b) a atmosfera é opaca à energia radiante e transparente para as ondas de
calor;
c) a atmosfera é transparente tanto para a energia radiante como para as
ondas de calor;
d) a atmosfera é opaca tanto para a energia radiante como para as ondas de
calor;
e) a atmosfera funciona como um meio refletor para a energia radiante e
como meio absorvente para as ondas de calor.

Resposta: A

15. Num dia quente você estaciona o carro num trecho descoberto e
sob um sol causticante. Sai e fecha todos os vidros. Quando volta,
nota que “o carro parece um forno”. Esse fato se dá porque:

a) o vidro é transparente à luz solar e opaco ao calor;


b) o vidro é transparente apenas às radiações infravermelhas;
c) o vidro é transparente e deixa a luz entrar;
d) o vidro não deixa a luz de dentro brilhar fora;
e) n.d.a.

Resposta: A

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