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SEGURANÇA NA
OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
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Índice
2. Equipamentos de processo 12
2.1 Trocadores de calor 12
2.2 Tubulação, válvulas e acessórios 13
2.3. Bombas 14
2.4. Turbinas e ejetores 17
2.5. Compressores 18
2.6. Torres, vasos, tanques e reatores 19
2.7. Fornos 20
2.8. Caldeiras 20
3. Eletricidade 23
4. Instrumentação 24
5. Operação da unidade 25
6. Primeiros socorros 28
7. Legislação e normalização 32
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Capítulo
1
NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES
GRANDEZAS FÍSICAS
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UNIDADES DE MEDIDAS
Múltiplos e Submúltiplos:
A - Para formar o múltiplo ou submúltiplo de uma unidade, basta colocar o nome do prefixo
desejado na frente do nome desta unidade. O mesmo se dá com o símbolo.
Exemplo:
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Principais unidades SI
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1 – PRESSÃO
A pressão (p) é definida como a força normal exercida por unidade de área.
Formalmente,
F
p
A
O peso do ar ao nível do mar, produz uma pressão atmosférica de 1,033 kg/cm². Porém,
com o aumento da altitude, a pressão atmosférica diminui. A 3.000 metros, é cerca de
0,7kg/cm² e a 8.840 metros, a pressão é de apenas 0,3kg/cm².
Um gás ou vapor contido dentro de um vaso, exerce pressão em todos os sentidos sobre a
parede do recipiente. Quando a temperatura dentro do vaso se eleva, o gás ou vapor se
expande, produzindo elevação da pressão interna. A panela de pressão, ou o pneu do
automóvel são exemplos deste fenômeno.
Pressão relativa
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Unidades de pressão
2 – CALOR E TEMPERATURA
A temperatura está ligada à quantidade de energia térmica ou calor num sistema. Quanto
mais se acumula calor a um sistema, mais a sua temperatura aumenta. Da mesma forma,
uma perda de calor provoca diminuição da temperatura do sistema. Na escala microscópica,
este calor corresponde a agitação térmica de átomos e moléculas no sistema. Assim, uma
elevação de temperatura corresponde a um aumento da velocidade de agitação térmica dos
átomos.
Unidades de temperatura
A unidade básica de temperatura é o kelvin (K). Um kelvin é definido como sendo 1/273,16
da temperatura do ponto triplo da água (o ponto onde água, gelo e vapor de água
coexistem em equilíbrio). A temperatura 0 kelvin é chamada de zero absoluto e corresponde
ao ponto onde as moléculas e átomos possuem a menor quantidade possível de energia
térmica.
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O calor (Q) é a energia térmica que flue entre dois corpos que estão a temperaturas
diferentes. O calor se transfere de um sistema para outro, sem transporte de massa, e não
corresponde à execução de um trabalho mecânico. A unidade do Sistema Internacional (SI)
para o calor é o joule (J).
Todo corpo tem uma certa quantidade de energia interna que está relacionada ao
movimento aleatório de seus átomos ou moléculas. Esta energia interna é diretamente
proporcional à temperatura do objeto. Quando dois corpos ou fluidos em diferentes
temperaturas entram em interação, eles trocam energia interna até a temperatura ser
equalizada. A quantidade de energia transferida é a quantidade de calor trocado, se o
sistema for isolado de outras formas de transferência de energia.
Condução
Convecção
Radiação
Equilíbrio térmico: Quando dois corpos com temperaturas distintas são colocados perto
um do outro em um mesmo ambiente, há uma troca de energia térmica entre eles. Pode-se
verificar então que, ao longo do tempo, eles passam a ter a mesma temperatura, ou seja,
adquirem o equilíbrio térmico. O corpo que apresentava temperatura mais alta perde
energia térmica, enquanto o outro corpo ganha energia e tem sua temperatura elevada.
Essa energia que faz toda essa transição de um corpo pra outro é o calor.
Tipos de calor
Calor Sensível
Calor Latente
C
c
m
Onde c é o calor específico, C é a capacidade térmica e m é a massa.
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Calor latente (L): é a quantidade de calor que a substância troca por grama de massa
durante a mudança de estado físico. É representado pela letra L. É medido em caloria por
grama (cal/g).
Q m.L
Onde Q é a quantidade de calor recebida ou cedida pelo corpo, m é a massa do corpo e L é
o calor latente.
A água pode existir em três estados distintos, na forma de sólido, líquido e vapor. Nas
indústrias é muito comum a utilização do vapor para a produção de energia. O equipamento
que gera o vapor é a caldeira a vapor.
O processo de produção de vapor consiste em aquecer água para que ela mude de estado,
passando do líquido para o gasoso, através da queima de um combustível. O vapor gerado
é então acumulado e a pressão de acumulação depende da caldeira utilizada. Existem
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Vapor Saturado
O vapor saturado é utilizado em processos de troca térmica como aquecedores, trocadores
de calor, reatores, etc.
Líquido
líquido + vapor
vapor
E
Sua utilização consiste na transferência de energia térmica que ocorre durante a mudança
de estado da água, da forma gasosa para a forma líquida. Durante este processo, o vapor
cede calor sem variar a sua temperatura. À medida que o vapor entrega energia térmica ele
condensa voltando ao estado líquido.
Vapor superaquecido
O vapor superaquecido é utilizado em sistemas de produção de energia motriz. Nestes
sistemas, não são permitidas formações de gotículas de água. Desta forma trabalha-se com
vapor superaquecido para garantir que mesmo perdendo energia, o vapor não se
condensará.
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Capítulo
2
CALDEIRAS – CONSIDERAÇÕES GERAIS
O uso do Vapor e demais propriedades hidrodinâmicas da água vem sendo estudados desde
a antiguidade.
A Eolípila consistia de uma esfera oca, preenchida com água, com dois furos por onde saíam
pequenos tubos curvos, que ao aquecer-se gerava vapor capaz de girar a esfera e produzir
ventos. Desta forma a pressão da passagem do ar nos tubos curvos fazia com que o vapor
fosse expelido de dentro do equipamento. A Eolípila apesar de produzir pequenos ventos em
direções opostas naquele tempo não foi de muita serventia senão para os estudos que
precedem nosso conhecimento à cerca de pressão, calor e dinâmica dos fluidos de hoje em
dia.
Conforme a forma de energia empregada, elas podem ser do tipo: combustível sólido,
liquido, gasoso, elétricas e caldeiras de recuperação.
A classificação mais usual de caldeiras refere-se ao tipo de troca térmica e divide-as em:
flamotubulares, aquatubulares e mistas.
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Caldeira Aquatubular
Nas caldeiras aquatubulares, a água circula nos tubos, enquanto que os gases quentes
incidem nas paredes externas. Recebendo calor, a água tende a subir, formando assim um
movimento contínuo, até que a água entre em ebulição.
Na figura, podemos notar que a água é vaporizada nos tubos que constituem a parede mais
interna, subindo ao tambor de vapor, dando lugar a nova quantidade de água fria que será
vaporizada e assim sucessivamente.
vapor
tambor nível de água
de v apor
tubo
água tambor de
gases quentes vaporizando
água ou de lama des carga
Caldeira Elétrica
painel de
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Categoria A: caldeira cuja pressão de operação é superior a 1960 kPa (19, 98kgf/cm2);
Carvão
fornalha gases Lenha
quentes Briquetes
Bagaço de cana
Caldeira Multitubular
Óleo BTE
queimador
Caldeira a gás
A vantagem da queima de gás é a redução dos níveis de poluição, uma vez que estes
combustíveis geram menor quantidade de particulados. Os gases mais utilizados são o GLP-
Gás Liquefeito do Petróleo e o GN-Gás Natural.
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Caldeiras Aquatubulares
O tubulão de vapor é construído com chapa de aço carbono de alta qualidade (ASTM A285
grau C, ASTM A515-60 ou A515-70). O dimensionamento da espessura do tubulão é feito
baseado no código ASME SECTION I e depende do material usado na fabricação.
Os tubos são mandrilados nos tubulões e se dividem em tubos de descida d’água e tubos de
geração de vapor, que descarregam a mistura água/vapor no tubulão.
Na descarga dos tubos de geração de vapor é instalada uma chicana (chapa defletora) que
é uma caixa fechada no fundo e nos lados, destinada a separar a água contida no tubulão e
amenizar as variações do nível de água.
Existem em alguns casos uma segunda chapa defletora, cuja finalidade é separar partículas
de água ainda contidas no vapor.
coletor distribuidor
O tubo de alimentação de água é
da água de por onde a água entra no tubulão; a
furação deste tubo deve ser
coletor da
posicionada de modo a que o jato
descarga contínua d’água não se dirija contra a chapa
do tubulão
Tubulão inferior
Feixe tubular
O feixe tubular é um conjunto de tubos que faz a ligação entre os tubulões da caldeira. Pelo
interior deste tubo circulam água e vapor. Os tubos que servem para conduzir água do
tubulão superior para o inferior são chamados “downcomers” e os tubos que fazem o
sentido inverso (mistura de água e vapor) são conhecidos por “risers” ou tubos
vaporizantes.
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Caldeiras Fogotubulares
Nesse tipo de caldeira os tubos são postos verticalmente num corpo cilindrico e fechado nas
extremidades por placas, chamadas espelhos justamente por refletirem boa parte do calor.
A fornalha fica logo abaixo dos espelhos inferiores. Os gases gerados pela combustão
sobem atavés dos tubos, aquecendo e vaporizando a água que está em torno deles. As
fornalhas são utilizadas principalmente no aproveitamento da queima de combustíves, tais
como: palha, serragem, cascas de café ou amendoim, óleos e etc.
Tubos de Fogo-Feixe de tubos de que conduzem os gases quentes. O lado externo dos
tubos estão imersos em água. A vaporização da égua ocorre na superfície externa dos tubos
de fogo e da fornalha.
Espelhos-Formados por discos de chapa de aço carbono com furos onde se fixam os tubos
de fogo e a fornalha.
Os materiais de construção das partes da caldeira, bem como as espessuras de chapa são
determinados com base em procedimentos de cálculos que permitem que o equipamento
opere com segurança.
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Atomização e queimadores
Para que a combustão ocorra, é necessário que exista o maior contato possível do
combustível com o oxigênio do ar de combustão. Para isso acontecer quando se usa um
combustível líquido, é preciso aumentar sua superfície específica. Isso é feito na fase de
atomização, ou seja, quando o combustível é transformado em gotas muito pequenas.
O queimador que emprega a atomização por óleo sob pressão, também denominado jato-
pressão, é normalmente empregado em instalações de grande porte nas quais predomina o
fator econômico e em instalações marítimas, devido não só ao menor consumo de energia,
como principalmente devido à economia de água.
A atomização a vapor é
entrada de semelhante à do ar, na qual o vapor
óleo
A passa por um estreitamento
corte “A - A” arrastando consigo o combustível
em forma de gotículas. O consumo
Queimador com atomização por óleo sob pressão
de vapor é de 0,15 a 0,40 kg de
vapor por kg de óleo combustível.
Além dos queimadores descritos, temos que descrever particularidades dos queimadores a
gás que em um sistema de combustão têm as seguintes funções:
Óleo
Vapor
Ar
Queimador a
vapor
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Manômetro:
Um mecânico foi mandado para dobrar um tubo em um formato helicoidal para um aparelho
de destilação. Como havia amassado o tubo nesta operação, ele tentou alisar o tubo,
aplicando uma pressão. Devido à pressão aplicada, o tubo ficou reto novamente. Esta
descoberta conta como a base para a invenção do tubo Bourdon.
Válvula de Segurança
Válvula de segurança e Alívio ou mais comumente chamada de PSV (do inglês Pressure
Safety Valve) é um dispositivo automático de alívio de pressão que pode ser usado como
uma válvula de alívio ou de segurança, dependendo da aplicação. Uma válvula de segurança
é usada para proteger o pessoal e equipamentos.
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Pressostato
Indicadores de Nível
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Chave de Nível
As chaves de nível são dotadas de contatos elétricos, cujas posições abertos ou fechados
fazem soar alarmes, desligar ou ligar equipamentos.
Tubulações
São denominados tubos, os condutos fechados destinados ao transporte de fluidos. Fazem
parte da tubulação, o conjunto de tubos e os seus acessórios.
Os tubos são construídos com os mais diversos materiais, destacando-se os:
Metálicos
Podem ser ferrosos, como os de aço carbono, ferro fundido, aço inoxidável, ou não ferrosos,
como alumínio, cobre, chumbo, latão, etc.
Não Metálicos
Dentre os não metálicos podemos citar os termoplásticos, como o polipropileno, PVC, Teflon
que encontram grande aplicação no ambiente industrial, especialmente por sua ótima
resistência química.
Outros não metálicos são os de fibrocimento, vidro, barro, concreto armado, borracha, etc.
Válvulas
As válvulas são dispositivos destinados a controlar, e interromper o fluxo nas tubulações.
Tipos de válvulas:
Válvulas de bloqueio (gaveta, macho, esfera, comporta)
Válvulas de controle (globo, agulha, borboleta, diafragma)
Válvulas reguladoras de pressão (controle a montante, controle a jusante)
Válvulas de retenção (retenção vertical, retenção horizontal) permitem fluxo em apenas um
sentido.
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Acessórios
FINALIDADE TIPO
Permitir mudança de direção em tubos Curvas, raio longo ou curto
Curvas de redução
Joelho
Joelho de redução
Fazer derivações em tubos Tês, (90º, 45º)
Te de redução
Derivações em “Y”
Cruzetas
Permitir mudanças de diâmetro de tubos Redução concêntrica
Redução Excêntrica
Ligações de tubos entre si Luvas
Uniões
Flanges
Fazer o fechamento da extremidade de um Tampões (caps)
tubo Bujões
Flanges cegos
BOMBAS HIDRÁULICAS
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Bomba de engrenagem
Bomba de engrenagens
Bomba de palhetas
A bomba de palhetas é constituída por um rotor que gira ao redor de uma carcaça
internamente cilíndrica. O rotor tem um certo número de ranhuras dentro das quais são
colocadas, com um ajuste leve, as palhetas.
O rotor é montado com uma excentricidade com relação centro da carcaça. Durante a
rotação por efeito da força centrífuga e do pequeno atrito, as palhetas são mantidas em
contato com a superfície interna do corpo da bomba.
O ajuste da vazão é feito através dispositivo com parafuso e mola de compressão que
"sente" o valor da pressão na câmara de descarga, modificando o valor da excentricidade
automaticamente.
Bomba de Lóbulos
Uma bomba de lóbulos funciona de forma semelhante a uma bomba de engrenagens. O seu
deslocamento é maior que o de uma bomba de engrenagens, porém as perdas de
rendimento por desgaste também é maior. As bombas de lóbulos, de grande deslocamento,
são geralmente, limitadas à movimentação de grandes volumes de líquidos. No entanto,
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Bomba de lóbulos
Tiragem da fumaça
A tiragem deve vencer a perda de carga do sistema e o ventilador deverá ser dimensionado
para esse fim.
O valor da perda de carga através do sistema determina o processo de tiragem a ser usado.
Assim, a tiragem pode ser: natural, mecânica e induzida.
A altura da chaminé limita a entrada de ar para combustão. A tiragem natural tem por base
três fatores: a altura da chaminé, a temperatura ambiente e a temperatura dos gases
quentes.
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Capítulo
3 OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
Operação
Regulagem e controle
Fornecimento de energia
Otimização da combustão
Retrocesso
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Capítulo
4
TRATAMENTO DE ÁGUA
Impurezas da água
A água, como todo elemento da natureza apresenta uma série de impurezas, das quais
podem ser citadas:
Sólidos em suspensão;
Sólidos dissolvidos.
Existe uma infinidade de substâncias que podem estar dissolvidas na água, dependendo da
origem de sua captação. As principais impurezas que podem estar contidas na água e que,
se não forem removidas, podem afetar a qualidade da água da caldeira são: os sulfatos, a
sílica, os cloretos, o ferro, o gás carbônico, a amônia, o gás sulfídrico, o oxigênio dissolvido.
Sulfatos (SO4-2); sílica (SiO2); cloretos (Cl-); ferro (Fe); gás carbônico (CO2); amônia (NH3);
gás sulfídrico (H2S); oxigênio dissolvido (O2).
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pH;
alcalinidade;
condutividade;
solubilidade;
saturação;
supersaturação/precipitação;
dureza total.
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Tipos de manutenção
preventiva;
preditiva;
corretiva e de ocasião.
execução de teste de válvulas de segurança ao menos uma vez por mês; verificação
do sistema de ignição da caldeira e teste de fotocélula;
limpeza dos bicos atomizadores com algum tipo de solvente. Não é recomendável a
utilização de ferramentas que possam danificar os orifícios dos pulverizadores;
limpeza da fotocélula;
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retirada cuidadosa do pó dos controles elétricos e verificação dos contatos das chaves
magnéticas. Antes de fazer a limpeza deve-se verificar se a chave geral de força está
desligada e manter sempre fechada a porta do painel de controle;
lubrificação dos motores que tiverem pino de lubrificação, usando uma boa graxa de
tipo médio. Não se deve usar muita graxa, pois isso causará superaquecimento dos
mancais;
retificação das sedes das válvulas e troca das gaxetas das hastes, se necessário;
Para repor a caldeira em funcionamento, deve-se enchê-la de água até o devido nível,
aquecê-la vagarosamente e, quando estiver quente ou com 50 Lb. de pressão,
reapertar os parafusos das portas de inspeção e da porta de visita;
limpeza dos tubos de fogo, porque a fuligem age como isolante e impede a absorção
de calor pela água. A eficiência das caldeiras depende, em grande parte, da limpeza de
sua superfície do lado do fogo. Os tubos devem ser limpos a cada seis meses, ou
quando houver temperatura muito alta na chaminé (em torno de 300o) ou baixa
produção de vapor.
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Capítulo
5
PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
Operação adequada e boa manutenção são fatores básicos para reduzir a emissão de
fumaça, fazendo-a permanecer dentro dos limites compatíveis com as normas legais
existentes.
Uma série de medidas podem ser tomadas para prevenir as explosões da caldeira. Elas
devem ser tomadas antes, durante e após a operação do equipamento.
Ao acender, abaixar o nível d’água até que ela desapareça dos indicadores de nível e,
em seguida, restabelecer o nível correto com a bomba de alimentação.
Circular ar pelas fornalhas das caldeiras que queimam óleo, antes de acender e antes
de reacender, nas ocasiões em que todos os queimadores se apagarem
acidentalmente.
Nas caldeiras que permitem uso de tocha para acendimento, ficar em posição segura
quando acender a caldeira.
Não trabalhar no interior da caldeira sem que a ventilação tenha sido providenciada.
Deve-se tomar cuidado com os gases tóxicos que podem se formar, inclusive dentro da
tubulação de vapor.
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Drenar toda a água dos tanques de óleo antes de usar este tanque para alimentar a
caldeira.
Enquanto a caldeira estiver fornecendo vapor, o suprimento de água não deve ser
interrompido nem por um instante. O homem encarregado de manter o nível não deve
ter outra obrigação.
Deve sempre ser lembrado que uma queda de pressão de vapor sem razão aparente
pode ser devida à baixa quantidade de água.
Drenar os indicadores de nível a cada 4 horas e sempre que houver alguma dúvida
quanto à posição da nível.
Se a água descer para fora do indicador de nível, cortar o óleo, aliviar as válvulas de
segurança, fechar a alimentação e a descarga de vapor e todas as aberturas da
caldeira.
não permitir que se acumule óleo na fornalha. As válvulas dos queimadores devem
estar vedando bem.
quando estiver usando a tocha, sair da frente do registro para não se queimar em caso
de retrocesso;
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Elevar o nível de água a três quartos do indicador de nível, quando estiver apagando a
caldeira.
Outros cuidados
Dependendo do tipo da caldeira, além dos cuidados já citados, outros podem ser acrescidos.
Entre eles podem ser citados:
Não exceder a pressão de trabalho da caldeira para evitar disparos da(s) válvula(s) de
segurança. A perda de vapor pela(s) válvula(s) de segurança é muito importante no
rendimento da instalação.
Para caldeira que tem este sistema, limpar os eletrodos indicadores de nível, para
segurança de funcionamento do sistema de alarme acoplado ao indicador de nível.
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Capítulo
6
LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO
Todo acidente tem uma causa definida, por mais imprevisível que possa parecer e pode
trazer conseqüências indesejáveis. Ele é resultado de uma combinação de fatores que
combinam falhas humanas e falhas materiais e ocorre, em grande parte, devido ao
despreparo dos trabalhadores para enfrentar certos riscos.
Acidente de trabalho
Art. 139 - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, ou ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade
para o trabalho, permanente ou temporária.
O acidente do trabalho ocorre no local e durante o horário de trabalho. Ele pode ser
conseqüência de um ato de agressão, imprudência ou imperícia, de uma ofensa física
intencional, ou de causas fortuitas como, por exemplo, incêndio, desabamento ou
inundação.
Do ponto de vista prevencionista, quando há uma poça de óleo no chão, ou quando uma
ferramenta cai de um andaime, por exemplo, isso caracteriza um acidente, mesmo que
ninguém se machuque por causa disso. Na visão prevencionista, fatos como esses podem e
devem ser evitados.
Princípios básicos
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Atos inseguros são aqueles decorrentes da execução de tarefas de uma forma contrária às
normas de segurança. É a maneira pela qual o trabalhador se expõe, consciente ou
inconscientemente, a riscos de acidentes. Em outras palavras é o tipo de comportamento
que leva ao acidente.
Condições inseguras, também conhecidas como riscos profissionais, são as causas que
decorrem diretamente das condições do local ou do ambiente de trabalho. São as falhas
físicas que comprometem a segurança do trabalhador. São as falhas, defeitos,
irregularidades técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros, que põem em risco
a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das instalações ou
equipamentos.
São exemplos de condições inseguras:
Uma casa de caldeira deve possuir algumas características específicas para a finalidade a
que se destina, visando permitir o perfeito funcionamento do equipamento que abriga e a
máxima segurança na sua operação. Estas características são:
1 - Deve ser ampla - uma casa de caldeiras reduzida, que não permita fácil deslocamento
dos operadores acarreta uma série de riscos; a temperatura no seu interior será elevada,
pois não havendo espaço suficiente, será difícil a ventilação. Dificultará todas as operações
na caldeira, necessárias ao seu funcionamento e manutenção. Dificultará qualquer
providência em caso de emergência e possibilitará maior incidência de condições inseguras
e até mesmo de atos inseguros.
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2 - Deve ser bem arejada - o bom arejamento será benéfico para a saúde dos operadores
de caldeiras e para a própria caldeira, que não deve ter a temperatura elevada em seu
exterior.
3- Deve ser bem iluminada - não se pode conceber a operação com qualquer equipamento
em local de pouca iluminação. Além disso, a caldeira possui uma série de instrumentos de
controle e proteção que precisam estar bem visíveis ao operador para que ele possa, a
qualquer instante, tomar conhecimento das condições de funcionamento da caldeira; só
assim, ele poderá tomar as medidas necessárias ao trabalho seguro do equipamento.
4 - Rede de esgoto para a devida lavagem - permite uma boa limpeza no ambiente.
Ambiente sujo é um ambiente inseguro. No caso da casa de caldeiras, a sujeira provoca
muito maior insegurança por haver combustível no seu interior, o que aumenta o risco de
incêndios.
Normas regulamentadoras
Além dos conhecimentos ligados à área técnica do Curso de Segurança para Operadores de
Caldeira, é importante tratar do assunto Legislação sobre Segurança no Trabalho.
Esta legislação está em vigor através das Normas Regulamentadoras (NR’s), aprovadas pela
Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho.
NR-5 - CIPA
NR-6 - E.P.I.
NR-8 - Edificações
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NR-14 - Fornos
NR-17 - Ergonomia
NR-19 - Explosivos
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