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SEGURANÇA NA
OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

MATERIAL DE APOIO A TREINAMENTOS

Engº. Carlos de Jesus Filho

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Índice

1. Noções de grandezas físicas e unidades 03


1.1 Pressão 07
1.2 Calor e temperatura 08

2. Equipamentos de processo 12
2.1 Trocadores de calor 12
2.2 Tubulação, válvulas e acessórios 13
2.3. Bombas 14
2.4. Turbinas e ejetores 17
2.5. Compressores 18
2.6. Torres, vasos, tanques e reatores 19
2.7. Fornos 20
2.8. Caldeiras 20

3. Eletricidade 23

4. Instrumentação 24

5. Operação da unidade 25

6. Primeiros socorros 28

7. Legislação e normalização 32

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Capítulo

1
NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES

GRANDEZAS FÍSICAS

As grandezas físicas são propriedades das matérias e de formas de energia que


podem ser medidas. Quando queremos saber mais a respeito de um fenômeno físico
precisamos quantificá-lo, ou seja, traduzir as grandezas envolvidas em números. No estudo
da Mecânica, três grandezas indefiníveis, chamadas fundamentais, permitem exprimir
todas as demais grandezas, derivadas

Grandezas Físicas Fundamentais:


PADRÃO APARELHO DE UNIDADE
MEDIDA
Comprimento de onda da Interferômetro 1 metro =
luz vermelho-alaranjada Óptico 1.650.763,73
COMPRIMENTO
do Criptônio 86. comprimentos da
onda
Cilindro de platina Balança de braços 1 quilograma
MASSA
iridiada, 1 quilograma iguais
Tempo periódico Relógio atômico 1 segundo =
associado com a 9.192.631,770
TEMPO transição entre dois períodos do Césio.
níveis de energia do
átomo do Césio 133.
Fonte: Sears/Zemansky – Física Mecânica/Hidrodinâmica – Vol. 1 pp2.

Enquanto a Mecânica adota estas três grandezas como sendo fundamentais, o SI –


Sistema Internacional de Unidades, estabelece 7 grandezas físicas fundamentais às quais se
derivam todas as outras:

Comprimento Massa Tempo Corrente Temperatura Quantidade Intensidade


Elétrica de matéria luminosa

Algumas Grandezas Derivadas: Área, volume, velocidade, aceleração, densidade,


força, etc.

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UNIDADES DE MEDIDAS

Múltiplos e Submúltiplos:

Prefixos das unidades SI

Nome Símbolo Fator de multiplicação da unidade


yotta Y 1024 = 1 000 000 000 000 000 000 000 000
zetta Z 1021 = 1 000 000 000 000 000 000 000
exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000
peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000
tera T 1012 = 1 000 000 000 000
giga G 109 = 1 000 000 000
mega M 106 = 1 000 000
quilo k 10³ = 1 000
hecto h 10² = 100
deca da 10
deci d 10-1 = 0,1
centi c 10-2 = 0,01
mili m 10-3 = 0,001
micro µ 10-6 = 0,000 001
nano n 10-9 = 0,000 000 001
pico p 10-12 = 0,000 000 000 001
femto f 10-15 = 0,000 000 000 000 001
atto a 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001
zepto z 10-21 = 0,000 000 000 000 000 000 001
yocto y 10-24 = 0,000 000 000 000 000 000 000 001

A - Para formar o múltiplo ou submúltiplo de uma unidade, basta colocar o nome do prefixo
desejado na frente do nome desta unidade. O mesmo se dá com o símbolo.

B - Os prefixos SI também podem ser empregados com unidades fora do SI.

Exemplo:

milibar; quilocaloria; megatonelada; hectolitro

C - Por motivos históricos, o nome da unidade SI de massa contém um prefixo: quilograma.


Por isso, os múltiplos e submúltiplos dessa unidade são formados a partir do grama.

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Principais unidades SI

Grandeza Nome Plural Símbolo


comprimento metro metros m
área metro quadrado metros quadrados m²
volume metro cúbico metros cúbicos m³
ângulo plano radiano radianos rad
tempo segundo segundos s
freqüência hertz hertz Hz
velocidade metro por segundo metros por segundo m/s
metro por segundo metros por segundo
aceleração m/s²
por segundo por segundo
massa quilograma quilogramas kg
quilograma por quilogramas por
massa específica kg/m³
metro cúbico metro cúbico
metro cúbico metros cúbicos
vazão m³/s
por segundo por segundo
quantidade de matéria mol mols mol
força newton newtons N
pressão pascal pascals Pa
trabalho, energia
joule joules J
quantidade de calor
potência, fluxo de
watt watts W
energia
corrente elétrica ampère ampères A
carga elétrica coulomb coulombs C
tensão elétrica volt volts V
resistência elétrica ohm ohms
condutância siemens siemens S
capacitância farad farads F
temperatura Celsius grau Celsius graus Celsius ºC
temp. termodinâmica kelvin kelvins K
intensidade luminosa candela candelas cd
fluxo luminoso lúmen lúmens lm
iluminamento lux lux lx

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Algumas unidades em uso com o SI, sem restrição de prazo

Grandeza Nome Plural Símbolo Equivalência


volume litro litros l ou L 0,001 m³
ângulo plano grau graus º /180 rad
ângulo plano minuto minutos ´ /10 800 rad
ângulo plano segundo segundos ´´ /648 000 rad
massa tonelada toneladas t 1 000 kg
tempo minuto minutos min 60 s
tempo hora horas h 3.600 s
velocidade rotação rotações
rpm /30 rad/s
angular por minuto por minuto

Algumas unidades fora do SI, admitidas temporariamente

Grandeza Nome Plural Símbolo Equivalência


pressão atmosfera atmosferas atm 101 325 Pa
pressão bar bars bar 105 Pa
milímetro milímetros 133,322 Pa
pressão mmHg
de mercúrio de mercúrio aprox.
quantidade
caloria calorias cal 4,1868 J
de calor
área hectare hectares ha 104 m²
quilograma- quilogramas-
força kgf 9,80665 N
força força
milha milhas
comprimento 1.852 m
marítima marítimas
velocidade nó nós (1852/3600)m/s

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1 – PRESSÃO

A pressão (p) é definida como a força normal exercida por unidade de área.

Formalmente,

F
p
A

Pressão atmosférica - é a pressão exercida pela atmosfera em um determinado ponto. É


a força por unidade de área, exercida pelo peso do ar contra a superfície do planeta.

A pressão atmosférica é medida através do barômetro.

O peso do ar ao nível do mar, produz uma pressão atmosférica de 1,033 kg/cm². Porém,
com o aumento da altitude, a pressão atmosférica diminui. A 3.000 metros, é cerca de
0,7kg/cm² e a 8.840 metros, a pressão é de apenas 0,3kg/cm².

Pressão interna de um vaso

Um gás ou vapor contido dentro de um vaso, exerce pressão em todos os sentidos sobre a
parede do recipiente. Quando a temperatura dentro do vaso se eleva, o gás ou vapor se
expande, produzindo elevação da pressão interna. A panela de pressão, ou o pneu do
automóvel são exemplos deste fenômeno.

Pressão relativa

A pressão relativa define-se como a diferença entre a pressão absoluta e a pressão


atmosférica. Os aparelhos destinados a medir a pressão relativa são os manômetros.

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Unidades de pressão

Atmosfera Pascal Bar milibar mm Hg m H2O kgf/cm2

Atmosfera 1 1,01325×105 1,01325 1013,25 760,0 10,33 1,033

Pascal 9,869×10-6 1 10-5 0,01 7,501×10-3 1,020×10-4 1,019×10-5

Bária 9,869×10-7 0,1 10-6 0,001 7,501×10-4 1,020×10-5 1,020×10-2

Bar 0,9869 100000 1 1000 750,1 10,20 1,020

milibar 9,869×10-4 100 0,001 1 0,7501 1,020×10-2 10,20

mm Hg 1,316×10-3 133,3 1,333×10-3 1,333 1 1,360×10-2 13,60

m H2O 9,678×10-2 9807 9,807×10-2 98,06 73,56 1 0,100

kgf/cm2 0,968 9,810×104 0,9810 981,0 735,8 10,00 1

2 – CALOR E TEMPERATURA

A Temperatura é um parâmetro físico de um sistema que vulgarmente se associa às


noções de frio e calor. Sob o ponto de vista microscópico, a temperatura é definida como a
média da energia cinética associada ao movimento (vibração) aleatório das partículas que
compõem o um dado sistema físico.

A temperatura está ligada à quantidade de energia térmica ou calor num sistema. Quanto
mais se acumula calor a um sistema, mais a sua temperatura aumenta. Da mesma forma,
uma perda de calor provoca diminuição da temperatura do sistema. Na escala microscópica,
este calor corresponde a agitação térmica de átomos e moléculas no sistema. Assim, uma
elevação de temperatura corresponde a um aumento da velocidade de agitação térmica dos
átomos.

Unidades de temperatura

A unidade básica de temperatura é o kelvin (K). Um kelvin é definido como sendo 1/273,16
da temperatura do ponto triplo da água (o ponto onde água, gelo e vapor de água
coexistem em equilíbrio). A temperatura 0 kelvin é chamada de zero absoluto e corresponde
ao ponto onde as moléculas e átomos possuem a menor quantidade possível de energia
térmica.

Conversão de todas as temperaturas


Conversão de para Fórmula
Celsius Fahrenheit °F = °C × 1.8 + 32
Fahrenheit Celsius °C = (°F - 32) / 1.8
Celsius kelvin K = C° + 273.15

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O calor (Q) é a energia térmica que flue entre dois corpos que estão a temperaturas
diferentes. O calor se transfere de um sistema para outro, sem transporte de massa, e não
corresponde à execução de um trabalho mecânico. A unidade do Sistema Internacional (SI)
para o calor é o joule (J).

Todo corpo tem uma certa quantidade de energia interna que está relacionada ao
movimento aleatório de seus átomos ou moléculas. Esta energia interna é diretamente
proporcional à temperatura do objeto. Quando dois corpos ou fluidos em diferentes
temperaturas entram em interação, eles trocam energia interna até a temperatura ser
equalizada. A quantidade de energia transferida é a quantidade de calor trocado, se o
sistema for isolado de outras formas de transferência de energia.

Os processos que envolvem transferência de calor são:

 Condução
 Convecção
 Radiação

Equilíbrio térmico: Quando dois corpos com temperaturas distintas são colocados perto
um do outro em um mesmo ambiente, há uma troca de energia térmica entre eles. Pode-se
verificar então que, ao longo do tempo, eles passam a ter a mesma temperatura, ou seja,
adquirem o equilíbrio térmico. O corpo que apresentava temperatura mais alta perde
energia térmica, enquanto o outro corpo ganha energia e tem sua temperatura elevada.
Essa energia que faz toda essa transição de um corpo pra outro é o calor.

Quantidade de calor (Q)

A unidade de medida utilizada no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o joule (J), e a


unidade usual é a caloria (cal). Para realizar a transformação de caloria para Joule ou vice e
versa usa-se a seguinte relação: 1 cal = 4,18 J.

Tipos de calor

Calor Sensível

Calor sensível é aquele que provoca variação da temperatura.

Calor Latente

Calor latente é aquele que provoca mudança de estado físico.

Calor específico (c): Corresponde à quantidade de calor recebida ou cedida por 1 g da


substância que leva a uma variação de 1°C na temperatura do corpo em questão. É dado
pela relação da capacidade térmica do corpo pela sua massa.

C
c
m
Onde c é o calor específico, C é a capacidade térmica e m é a massa.

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Calor latente (L): é a quantidade de calor que a substância troca por grama de massa
durante a mudança de estado físico. É representado pela letra L. É medido em caloria por
grama (cal/g).

Para calcular o calor latente é necessário utilizar a seguinte expressão:

Q  m.L
Onde Q é a quantidade de calor recebida ou cedida pelo corpo, m é a massa do corpo e L é
o calor latente.

VAPOR SATURADO E SUPERAQUECIDO

A água pode existir em três estados distintos, na forma de sólido, líquido e vapor. Nas
indústrias é muito comum a utilização do vapor para a produção de energia. O equipamento
que gera o vapor é a caldeira a vapor.

O processo de produção de vapor consiste em aquecer água para que ela mude de estado,
passando do líquido para o gasoso, através da queima de um combustível. O vapor gerado
é então acumulado e a pressão de acumulação depende da caldeira utilizada. Existem

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caldeiras de baixa pressão, média pressão e alta pressão. As formas construtivas de


caldeiras são várias das quais destacam-se a fogotubulares e as aquatubulares.

Vapor Saturado
O vapor saturado é utilizado em processos de troca térmica como aquecedores, trocadores
de calor, reatores, etc.

Líquido
líquido + vapor
vapor
E

Sua utilização consiste na transferência de energia térmica que ocorre durante a mudança
de estado da água, da forma gasosa para a forma líquida. Durante este processo, o vapor
cede calor sem variar a sua temperatura. À medida que o vapor entrega energia térmica ele
condensa voltando ao estado líquido.

Vapor superaquecido
O vapor superaquecido é utilizado em sistemas de produção de energia motriz. Nestes
sistemas, não são permitidas formações de gotículas de água. Desta forma trabalha-se com
vapor superaquecido para garantir que mesmo perdendo energia, o vapor não se
condensará.

O vapor superaquecido é obtido através do aquecimento do vapor saturado. Este processo


se dá através de superaquecedores, que são tipos de serpentinas que circulam vapor no seu
interior e recebem calor do lado externo, através da queima de um combustível.

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Capítulo

2
CALDEIRAS – CONSIDERAÇÕES GERAIS

O uso do Vapor e demais propriedades hidrodinâmicas da água vem sendo estudados desde
a antiguidade.

A primeira máquina a vapor de que se tem registro historicamente, foi produzida em


meados do ano 100 d.C., denominada Eolípila.

A Eolípila consistia de uma esfera oca, preenchida com água, com dois furos por onde saíam
pequenos tubos curvos, que ao aquecer-se gerava vapor capaz de girar a esfera e produzir
ventos. Desta forma a pressão da passagem do ar nos tubos curvos fazia com que o vapor
fosse expelido de dentro do equipamento. A Eolípila apesar de produzir pequenos ventos em
direções opostas naquele tempo não foi de muita serventia senão para os estudos que
precedem nosso conhecimento à cerca de pressão, calor e dinâmica dos fluidos de hoje em
dia.

Apenas em 1690, um físico francês chamado Denis Papin, interessado na utilização do


vácuo para gerar força motriz, inventou um equipamento hoje conhecido como a Marmita
de Papin, que era capaz de aquecer a água a uma temperatura maior que a sua
temperatura de ebulição em pressão atmosférica. Desta forma, o cientista e pesquisador
francês percebeu que ao elevar a pressão o comportamento do fluido dentro do recipiente
também se modifica quando se aquece. O Equipamento produzido por Denis Papin é
considerado o antecessor da Autoclave.

E finalmente em 1698 (apenas 8 anos após a invenção da Marmita de Papin), Thomas


Savery inventou a primeira máquina a vapor capaz de gerar trabalho. A Máquina de Thomas
Savery viria a ser considerada a precursora das Caldeiras que utilizamos hoje em dia. O
Equipamento inventado utilizava-se de vapor para bombear água e desta forma gerava
trabalho.

Tipos de Caldeiras e suas utilizações:

De acordo com o grau de automatização, as caldeiras podem se classificar em: manuais,


semi-automáticas e automáticas.

Conforme a forma de energia empregada, elas podem ser do tipo: combustível sólido,
liquido, gasoso, elétricas e caldeiras de recuperação.

Outras maneiras particulares de classificação: quanto ao tipo de montagem, circulação de


água, sistema de tiragem e tipo de sustentação.

A classificação mais usual de caldeiras refere-se ao tipo de troca térmica e divide-as em:
flamotubulares, aquatubulares e mistas.

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Caldeira Fogotubular ou Flamotubular

As caldeiras flamotubulares ou fogotubulares são aquelas em que os gases provenientes da


combustão (gases quentes) circulam no interior dos tubos, ficando por fora a água a ser
aquecida ou vaporizada.

Caldeira Aquatubular

Nas caldeiras aquatubulares, a água circula nos tubos, enquanto que os gases quentes
incidem nas paredes externas. Recebendo calor, a água tende a subir, formando assim um
movimento contínuo, até que a água entre em ebulição.

Na figura, podemos notar que a água é vaporizada nos tubos que constituem a parede mais
interna, subindo ao tambor de vapor, dando lugar a nova quantidade de água fria que será
vaporizada e assim sucessivamente.
vapor
tambor nível de água
de v apor
tubo

água tambor de
gases quentes vaporizando
água ou de lama des carga

Caldeira fogotubular Caldeira Aquatubular

Caldeira Elétrica

painel de

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Classificação das caldeiras (segundo a NR-13)

Categoria A: caldeira cuja pressão de operação é superior a 1960 kPa (19, 98kgf/cm2);

Categoria C: caldeiras com pressão de operação igual ou inferior a 588 kPa


(5,99kgf/cm2) e volume interno igual ou inferior a 100 litros;

Categoria B: caldeiras que não se enquadram nas categorias anteriores.

Caldeira a Combustível Sólido

saída Na caldeira a combustível sólido, a


chaminé
de vapor combustão ocorre na fornalha. A alimentação
nível de
água
de combustível pode ser manual ou através
de esteiras transportadoras.

Alguns combustíveis sólidos:

Carvão
fornalha gases Lenha
quentes Briquetes
Bagaço de cana
Caldeira Multitubular

Caldeira a combustível Líquido

Os combustíveis líquidos mais utilizados são:


chaminé
corpo refratários
Óleo diesel
Óleo BPF fornalha

Óleo BTE
queimador

A queima do combustível ocorre dentro da


fornalha da caldeira através do conjunto
queimador, composto de ventilador e caixa de fumaça

maçarico. O maçarico opera com pressão


mecânica do óleo. Para melhorar a
atomização do combustível, o maçarico pode feixe tubular
também operar com suprimento de ar espelho
comprimido ou vapor.

Caldeira a gás

A vantagem da queima de gás é a redução dos níveis de poluição, uma vez que estes
combustíveis geram menor quantidade de particulados. Os gases mais utilizados são o GLP-
Gás Liquefeito do Petróleo e o GN-Gás Natural.

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Partes de uma caldeira

Caldeiras Aquatubulares

Tubulão de vapor ou superior

O tubulão de vapor é construído com chapa de aço carbono de alta qualidade (ASTM A285
grau C, ASTM A515-60 ou A515-70). O dimensionamento da espessura do tubulão é feito
baseado no código ASME SECTION I e depende do material usado na fabricação.

Os tubos são mandrilados nos tubulões e se dividem em tubos de descida d’água e tubos de
geração de vapor, que descarregam a mistura água/vapor no tubulão.

Na descarga dos tubos de geração de vapor é instalada uma chicana (chapa defletora) que
é uma caixa fechada no fundo e nos lados, destinada a separar a água contida no tubulão e
amenizar as variações do nível de água.

Existem em alguns casos uma segunda chapa defletora, cuja finalidade é separar partículas
de água ainda contidas no vapor.

saída de vapor saída de vapor


Existe ainda no tubulão superior um
filtro conjunto constituído de chapas
corrugadas, denominado chevron
filtro primário ou filtro, cuja finalidade é reter a
dreno maior quantidade possível de
partículas sólidas ou líquidas
chicana
nível normal de arrastadas pelo vapor, antes de o
defletor a
água vapor sair para o superaquecedor

coletor distribuidor
O tubo de alimentação de água é
da água de por onde a água entra no tubulão; a
furação deste tubo deve ser
coletor da
posicionada de modo a que o jato
descarga contínua d’água não se dirija contra a chapa
do tubulão

O tubo de descarga contínua ou coletor é o responsável pela captação constante de água de


drenagem que elimina sólidos em suspensão prejudiciais à caldeira, normalmente 1% do
volume de alimentação.

Tubulão inferior

O tubulão Inferior, ou tambor de lama, também é construído em chapas de aço carbono, e


tem como principal finalidade armazenar impurezas existentes na água da caldeira e que
são removidas através das descargas de fundo conforme necessário.

Feixe tubular

O feixe tubular é um conjunto de tubos que faz a ligação entre os tubulões da caldeira. Pelo
interior deste tubo circulam água e vapor. Os tubos que servem para conduzir água do
tubulão superior para o inferior são chamados “downcomers” e os tubos que fazem o
sentido inverso (mistura de água e vapor) são conhecidos por “risers” ou tubos
vaporizantes.

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Caldeiras Fogotubulares

As caldeiras de tubos de fogo ou tubos de fumaça, flamotubulares ou ainda gás-tubulares


são aquelas em que os gases provenientes da combustão "fumos" (gases quentes e/ou
gases de exaustão) atravessam a caldeira no interior de tubos que se encontram
circundados por água, cedendo calor à mesma.

Nesse tipo de caldeira os tubos são postos verticalmente num corpo cilindrico e fechado nas
extremidades por placas, chamadas espelhos justamente por refletirem boa parte do calor.
A fornalha fica logo abaixo dos espelhos inferiores. Os gases gerados pela combustão
sobem atavés dos tubos, aquecendo e vaporizando a água que está em torno deles. As
fornalhas são utilizadas principalmente no aproveitamento da queima de combustíves, tais
como: palha, serragem, cascas de café ou amendoim, óleos e etc.

As partes principais da caldeira fogotubular são:

Costado-Seção cilíndrica construída em aço carbono.

Fornalha-De formato cilíndrico, a fornalha é o local onde ocorre a combustão. Dentro da


fornalha, a troca térmica ocorre por radiação e por convecção.

Tubos de Fogo-Feixe de tubos de que conduzem os gases quentes. O lado externo dos
tubos estão imersos em água. A vaporização da égua ocorre na superfície externa dos tubos
de fogo e da fornalha.

Espelhos-Formados por discos de chapa de aço carbono com furos onde se fixam os tubos
de fogo e a fornalha.

Os materiais de construção das partes da caldeira, bem como as espessuras de chapa são
determinados com base em procedimentos de cálculos que permitem que o equipamento
opere com segurança.

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Atomização e queimadores

Para que a combustão ocorra, é necessário que exista o maior contato possível do
combustível com o oxigênio do ar de combustão. Para isso acontecer quando se usa um
combustível líquido, é preciso aumentar sua superfície específica. Isso é feito na fase de
atomização, ou seja, quando o combustível é transformado em gotas muito pequenas.

O queimador que emprega a atomização por óleo sob pressão, também denominado jato-
pressão, é normalmente empregado em instalações de grande porte nas quais predomina o
fator econômico e em instalações marítimas, devido não só ao menor consumo de energia,
como principalmente devido à economia de água.

A pulverização de óleo combustível


é produzida pela passagem do óleo
bico pulverizador sob alta pressão através de um
A orifício. A pressão do óleo varia
normalmente de 60 a 140 PSI, mas
retorno pode atingir valores bem maiores e
controlado
de óleo é produzida por uma bomba.

A atomização a vapor é
entrada de semelhante à do ar, na qual o vapor
óleo
A passa por um estreitamento
corte “A - A” arrastando consigo o combustível
em forma de gotículas. O consumo
Queimador com atomização por óleo sob pressão
de vapor é de 0,15 a 0,40 kg de
vapor por kg de óleo combustível.

Além dos queimadores descritos, temos que descrever particularidades dos queimadores a
gás que em um sistema de combustão têm as seguintes funções:

fornecer o gás combustível e o carburante à câmara de combustão, fixando


adequadamente o posicionamento da chama;

misturar convenientemente o gás combustível e o carburante;

proporcionar os meios necessários para manter uma ignição contínua da mistura


gás/combustível/ar (evitando a extinção da chama).

Óleo

Vapor

Ar

Queimador a
vapor

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Instrumentos e Dispositivos de Controle

Manômetro:

O manômetro é um instrumento destinado para medir a pressão.

Um mecânico foi mandado para dobrar um tubo em um formato helicoidal para um aparelho
de destilação. Como havia amassado o tubo nesta operação, ele tentou alisar o tubo,
aplicando uma pressão. Devido à pressão aplicada, o tubo ficou reto novamente. Esta
descoberta conta como a base para a invenção do tubo Bourdon.

Em 1846, o engenheiro alemão chamado Schinz, inventou o princípio da medição de


pressão atraves de um tubo de paredes finos. Dois anos depois, em 1848 o francês Eugène
Bourdon registrou este sensor como patente.

Válvula de Segurança

Válvula de segurança e Alívio ou mais comumente chamada de PSV (do inglês Pressure
Safety Valve) é um dispositivo automático de alívio de pressão que pode ser usado como
uma válvula de alívio ou de segurança, dependendo da aplicação. Uma válvula de segurança
é usada para proteger o pessoal e equipamentos.

Os vasos de pressão e as caldeiras possuem uma pressão


máxima, dita PMTP ou PMTA (pressão máxima de trabalho
admissível) acima da qual podem romper. Para evitar o
rompimento por uma variação eventual de processo ou
desvio, a PSV é instalada para aliviar a pressão do sistema.

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Pressostato

Pressostato é um instrumento de medição de pressão utilizado como componente do


sistema de proteção de equipamento ou processos industriais. Sua função básica é de
proteger a integridade de equipamentos contra sobrepressão ou subpressão aplicada aos
mesmos durante o seu funcionamento. É constituído em geral por um sensor, um
mecanismo de ajuste de setpoint e uma chave de duas posições (aberto ou fechado). Como
mecanismo de ajuste de setpoint utiliza-se na maioria das aplicações uma mola com faixa
de ajuste selecionada conforme pressão de trabalho e ajuste, e em oposição à pressão
aplicada. O mecanismo de mudança de estado mais utilizado é o micro interruptor, podendo
ser utilizado também ampola de vidro com mercúrio, fechando ou abrindo o contato, que
pode ser do tipo normal aberto ou normal fechado.

Indicadores de Nível

O visor de nível permite a leitura direta do nível de líquido em um reservatório ou caldeira.


É construído em vidro de alta resistência a pressão e temperatura. Pode ser tubular ou
plano.

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Chave de Nível

Instrumento que detecta a posição do nível do líquido no interior da caldeira ou vaso de


pressão. O princípio de funcionamento das chaves de nível podem variar bastante.

Chave de nível tipo bóia: Utiliza o empuxo produzido pelo fluido.

Chave de Nível condutiva.Utiliza a condutividade do fluido para identificar a presença do


fluido.

As chaves de nível são dotadas de contatos elétricos, cujas posições abertos ou fechados
fazem soar alarmes, desligar ou ligar equipamentos.

Tubulações Válvulas e Acessórios

Tubulações
São denominados tubos, os condutos fechados destinados ao transporte de fluidos. Fazem
parte da tubulação, o conjunto de tubos e os seus acessórios.
Os tubos são construídos com os mais diversos materiais, destacando-se os:

Metálicos
Podem ser ferrosos, como os de aço carbono, ferro fundido, aço inoxidável, ou não ferrosos,
como alumínio, cobre, chumbo, latão, etc.

Não Metálicos
Dentre os não metálicos podemos citar os termoplásticos, como o polipropileno, PVC, Teflon
que encontram grande aplicação no ambiente industrial, especialmente por sua ótima
resistência química.
Outros não metálicos são os de fibrocimento, vidro, barro, concreto armado, borracha, etc.

Válvulas
As válvulas são dispositivos destinados a controlar, e interromper o fluxo nas tubulações.

Tipos de válvulas:
Válvulas de bloqueio (gaveta, macho, esfera, comporta)
Válvulas de controle (globo, agulha, borboleta, diafragma)
Válvulas reguladoras de pressão (controle a montante, controle a jusante)
Válvulas de retenção (retenção vertical, retenção horizontal) permitem fluxo em apenas um
sentido.

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Acessórios
FINALIDADE TIPO
Permitir mudança de direção em tubos Curvas, raio longo ou curto
Curvas de redução
Joelho
Joelho de redução
Fazer derivações em tubos Tês, (90º, 45º)
Te de redução
Derivações em “Y”
Cruzetas
Permitir mudanças de diâmetro de tubos Redução concêntrica
Redução Excêntrica
Ligações de tubos entre si Luvas
Uniões
Flanges
Fazer o fechamento da extremidade de um Tampões (caps)
tubo Bujões
Flanges cegos

BOMBAS HIDRÁULICAS

As bombas hidráulicas são máquinas destinadas a promover o transporte de líquidos. São


máquinas de fluxo, que promovem o deslocamento de líquidos

Bomba centrífuga é o equipamento mais utilizado para bombear líquidos no saneamento


básico, nos edifícios residenciais, e principalmente na indústria em geral, transferindo
líquidos de um local para outro.
Ela funciona da seguinte maneira: Uma fonte
externa à bomba, como um motor elétrico,
motor a diesel, etc., gira um ou mais rotores
dentro do corpo da bomba, movimentando o
líquido e criando a força centrífuga que se
trasnforma em energia de pressão.

A entrada do líquido na bomba é chamada


de sucção, onde a pressão pode ser inferior
à atmosférica (vácuo) ou superior. O local de
saída do líquido da bomba é conhecido como
de recalque. A diferença de pressão na
sucção e no recalque da bomba é conhecido
com altura manométrica total e que
Bomba centrífuga determina a capacidade da bomba em
transferir líquido, em função das pressões
que deverá vencer, expressa em energia de
pressão.

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Bomba de engrenagem

Esta bomba é constituída de um par de engrenagens acopladas. As duas engrenagens têm o


mesmo número de dentes e o mesmo módulo.

Uma engrenagem é motriz e a outra é a


conduzida.

As duas engrenagens são colocadas dentro


de uma carcaça, que as envolve com
precisão verificando-se uma vedação. Dentro
dessa carcaça observa-se duas câmaras, que
comunicam-se com a tubulação de sucção e
de descarga.

Bomba de engrenagens

Bomba de palhetas
A bomba de palhetas é constituída por um rotor que gira ao redor de uma carcaça
internamente cilíndrica. O rotor tem um certo número de ranhuras dentro das quais são
colocadas, com um ajuste leve, as palhetas.

O rotor é montado com uma excentricidade com relação centro da carcaça. Durante a
rotação por efeito da força centrífuga e do pequeno atrito, as palhetas são mantidas em
contato com a superfície interna do corpo da bomba.

O espaço compreendido entre o rotor, corpo da bomba e as palhetas preenche-se com o


fluido do reservatório. Da mesma forma como ocorre com a bomba de engrenagens, na
câmara que verificar-se um crescimento de volume observa-se uma depressão que faz a
pressão atmosférica empurrar o óleo do reservatório para dentro dessa câmara. Por outro
lado, ao haver uma câmara onde ocorre uma redução de volume, o fluido é expulso da
bomba.

As bombas de palhetas simples (muitas vezes chamadas de desbalanceadas), permitem


uma variação na vazão de fornecimento (dentro de certos limites) para rotação constante.
Para efetuar-se essa variação na vazão, faz-se a alteração na excentricidade. A vazão nula
corresponde a excentricidade nula, ou seja, quando o centro do rotor coincide com o centro
da carcaça. A vazão assume seu valor máximo, quando a excentricidade é máxima: o rotor
está tangente à carcaça da bomba.

O ajuste da vazão é feito através dispositivo com parafuso e mola de compressão que
"sente" o valor da pressão na câmara de descarga, modificando o valor da excentricidade
automaticamente.

Bomba de Lóbulos
Uma bomba de lóbulos funciona de forma semelhante a uma bomba de engrenagens. O seu
deslocamento é maior que o de uma bomba de engrenagens, porém as perdas de
rendimento por desgaste também é maior. As bombas de lóbulos, de grande deslocamento,
são geralmente, limitadas à movimentação de grandes volumes de líquidos. No entanto,

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algumas dessas bombas tem mais lóbulos e consequentemente, menor deslocamento,


sendo usadas em sistemas de baixa pressão.

Bomba de lóbulos

Tiragem da fumaça

Tiragem é o processo pelo qual se garante a admissão de ar na fornalha e a circulação dos


gases de combustão através de todo o sistema. até a saída para a atmosfera.

A tiragem deve vencer a perda de carga do sistema e o ventilador deverá ser dimensionado
para esse fim.

O valor da perda de carga através do sistema determina o processo de tiragem a ser usado.
Assim, a tiragem pode ser: natural, mecânica e induzida.

A tiragem natural é o processo no qual a diferença de pressão gerada pela diferença de


densidade entre os gases quentes e o ar frio na entrada da fornalha provoca o escoamento
natural dos gases de combustão para a chaminé.

A altura da chaminé limita a entrada de ar para combustão. A tiragem natural tem por base
três fatores: a altura da chaminé, a temperatura ambiente e a temperatura dos gases
quentes.

A tiragem mecânica utiliza equipamentos mecânicos para promover o suprimento de ar


quando as perdas de carga ultrapassam determinado limite. A função da chaminé, nesse
caso. limita-se ao lançamento dos gases para pontos mais altos, favorecendo sua dissipação
na atmosfera.

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Capítulo

3 OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

Operação

Partida das caldeiras de combustíveis sólidos

Operação normal das caldeiras de combustíveis sólidos

Parada das caldeiras de combustíveis sólidos

Pré-partida das caldeiras de combustível líquido/gasoso

Partida das caldeiras de combustível líquido/gasoso

Operação normal das caldeiras de combustível líquido/gasoso

Parada das caldeiras de combustível líquido/gasoso

Regulagem e controle

Fornecimento de energia

Nível de água alto/baixo

Otimização da combustão

Operação de um sistema de várias caldeiras

Roteiro de vistoria diária

Falhas de operação, causas e providências

Procedimento em situações de emergência

Retrocesso

Pressão do vapor acima do normal

Falhas em partes sob pressão

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Capítulo

4
TRATAMENTO DE ÁGUA

Impurezas da água

A água, como todo elemento da natureza apresenta uma série de impurezas, das quais
podem ser citadas:

Gases dissolvidos como o oxigênio, o dióxido de carbono e o ácido sulfídrico, cuja


solubilidade na água diminui com o aumento da temperatura da solução;

Sólidos em suspensão;

Sólidos dissolvidos.

Existe uma infinidade de substâncias que podem estar dissolvidas na água, dependendo da
origem de sua captação. As principais impurezas que podem estar contidas na água e que,
se não forem removidas, podem afetar a qualidade da água da caldeira são: os sulfatos, a
sílica, os cloretos, o ferro, o gás carbônico, a amônia, o gás sulfídrico, o oxigênio dissolvido.

Algumas substâncias que podem estar dissolvidas na água:

Sulfatos (SO4-2); sílica (SiO2); cloretos (Cl-); ferro (Fe); gás carbônico (CO2); amônia (NH3);
gás sulfídrico (H2S); oxigênio dissolvido (O2).

Conseqüência das impurezas da água:

corrosão, incrustação e o arraste.

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Indicadores de condições de utilização da água

Há vários indicadores que determinam as condições de utilização de uma determinada água


na caldeira. Eles são:

pH;

alcalinidade;

condutividade;

solubilidade;

saturação;

supersaturação/precipitação;

dureza total.

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Tipos de manutenção

A manutenção de caldeiras pode ser:

preventiva;

preditiva;

corretiva e de ocasião.

Atividades “Diárias”da Manutenção Preventiva de Caldeiras:

descarga de fundo para eliminação de lama que se deposita no tubulão inferior;

teste geral de alarmes (água, óleo, nível, etc.);

verificação dos controladores de nível da caldeira e todos seus instrumentos;

limpeza de filtros de óleo combustível;

revisão geral dos queimadores (coqueamento, obstrução, etc.);

avaliação da chama e fumaça na chaminé por meio da medição do CO2;

verificação da situação dos ventiladores e acionamento de “dampers”;

verificação das bombas de alimentação de água, óleo combustível, bombas dosadoras


etc.;

execução de teste de válvulas de segurança ao menos uma vez por mês; verificação
do sistema de ignição da caldeira e teste de fotocélula;

verificação geral dos sistemas de lubrificação dos equipamentos auxiliares;

manutenção da limpeza da casa da caldeira.

Atividades “Semanais”da Manutenção Preventiva de Caldeiras:

limpeza dos bicos atomizadores com algum tipo de solvente. Não é recomendável a
utilização de ferramentas que possam danificar os orifícios dos pulverizadores;

limpeza da fotocélula;

verificação do ventilador e seus equipamentos auxiliares (“dampers”, correias, telas de


proteção etc.);

revisão geral das válvulas procurando identificar quaisquer vazamentos;

revisão geral das gaxetas e selos mecânicos das bombas d’água;

verificação dos filtros e dos purgadores.

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Atividades “Mensais”da Manutenção Preventiva de Caldeiras:

retirada cuidadosa do pó dos controles elétricos e verificação dos contatos das chaves
magnéticas. Antes de fazer a limpeza deve-se verificar se a chave geral de força está
desligada e manter sempre fechada a porta do painel de controle;

limpeza dos filtros de água: um deles deve se encontrar na linha de suprimento de


água fria do tanque de condensado e o outro entre a linha de sucção do tanque de
condensado e a bomba d’água;

lubrificação dos motores que tiverem pino de lubrificação, usando uma boa graxa de
tipo médio. Não se deve usar muita graxa, pois isso causará superaquecimento dos
mancais;

verificação do alinhamento de todos os equipamentos rotativos;

verificação da gaxeta da bomba d’água. Os aperta-gaxetas não devem ser


comprimidos demais; deve haver sempre algumas gotas pingando (18 gotas por
minuto) desses aperta-gaxetas, exceto se for selo mecânico;

Atividades “Trimestrais”da Manutenção Preventiva de Caldeiras:

verificação do lado da água da caldeira. Para isso, deve-se esvaziá-la completamente;


abrir todas as portinholas de inspeção e a porta de visita (se houver); lavar bem a
caldeira, usando mangueira com água de alta pressão e aplicando o jato de água em
todas as aberturas e portas de visita, para que se soltem todos os sedimentos, lodo e
incrustações; lavar o casco internamente;

instalação de juntas novas ao serem recolocadas as tampas da abertura de inspeção e


da porta de visita. Para isso, inicialmente, deve-se limpar todos os resíduos das juntas
antigas que estiverem sobre os assentos do casco e nas tampas, aplicando grafite em
pó nas juntas, para facilitar sua remoção quando a caldeira for aberta novamente.
Enquanto a caldeira estiver parada, examinar todas as válvulas e registros.

retificação das sedes das válvulas e troca das gaxetas das hastes, se necessário;

Para repor a caldeira em funcionamento, deve-se enchê-la de água até o devido nível,
aquecê-la vagarosamente e, quando estiver quente ou com 50 Lb. de pressão,
reapertar os parafusos das portas de inspeção e da porta de visita;

inspeção da linha do coletor dos instrumentos, executando a aferição principalmente


do manômetro de vapor;

se, na inspeção da caldeira for constatado que há formação de incrustações difíceis de


remover, proceder a uma limpeza química conforme recomendação do fabricante;

limpeza dos tubos de fogo, porque a fuligem age como isolante e impede a absorção
de calor pela água. A eficiência das caldeiras depende, em grande parte, da limpeza de
sua superfície do lado do fogo. Os tubos devem ser limpos a cada seis meses, ou
quando houver temperatura muito alta na chaminé (em torno de 300o) ou baixa
produção de vapor.

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Capítulo

5
PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS

A principal medida de proteção, naturalmente, é a prevenção, isto é, a tentativa de evitar


que ocorra a poluição. Isto se consegue mantendo a caldeira em perfeitas condições de
funcionamento, pois quando não há combustão completa, há emissão de fumaça. A
atomização incompleta de óleo, causada pela temperatura imprópria de combustível ou
vapor, também pode causar fumaça. Uma tiragem deficiente e vazão óleo/ar inadequada
também são fatores de formação de fumaça.

Operação adequada e boa manutenção são fatores básicos para reduzir a emissão de
fumaça, fazendo-a permanecer dentro dos limites compatíveis com as normas legais
existentes.

Medidas para prevenção de explosões da caldeira

Uma série de medidas podem ser tomadas para prevenir as explosões da caldeira. Elas
devem ser tomadas antes, durante e após a operação do equipamento.

Antes da operação, as medidas a serem tomadas são:

Seguir rigorosamente os testes das válvulas de segurança.

Assegurar-se de que os sistemas automáticos de operação e segurança estejam


testados e em boas condições de funcionamento.

Ao acender, abaixar o nível d’água até que ela desapareça dos indicadores de nível e,
em seguida, restabelecer o nível correto com a bomba de alimentação.

Circular ar pelas fornalhas das caldeiras que queimam óleo, antes de acender e antes
de reacender, nas ocasiões em que todos os queimadores se apagarem
acidentalmente.

Nas caldeiras que permitem uso de tocha para acendimento, ficar em posição segura
quando acender a caldeira.

Nas caldeiras com superaquecedor integral, antes de acender o primeiro queimador,


abrir a descarga do superaquecedor para a atmosfera ou rede de descarga nas
instalações onde houver esta rede. Abrir, também, a admissão de vapor para o
superaquecedor.

Nas caldeiras de superaquecedor controlado, não acender nenhum queimador ao lado


do superaquecedor, antes de se ter estabelecido um fluxo de vapor suficiente para
garantir a proteção.

Não trabalhar no interior da caldeira sem que a ventilação tenha sido providenciada.
Deve-se tomar cuidado com os gases tóxicos que podem se formar, inclusive dentro da
tubulação de vapor.

Durante a operação, as seguintes medidas devem ser tomadas:

Não exceder nunca a pressão máxima suportada pelo tubulão.

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Nunca deixar maçaricos parados dentro dos queimadores.

Testar a drenagem do aquecedor de óleo, pelo menos, de hora em hora.

Drenar toda a água dos tanques de óleo antes de usar este tanque para alimentar a
caldeira.

Não usar óleo de um tanque que contenha muita água misturada.

Se for perdida a pressão de aspiração da bomba de óleo, fechar a descarga de vapor


antes que a pressão da caldeira caia a 85% da pressão de trabalho.

Ao parar a caldeira, fechar a válvula-mestre de óleo antes de parar a bomba, exceto


em uma emergência.

Enquanto a caldeira estiver fornecendo vapor, o suprimento de água não deve ser
interrompido nem por um instante. O homem encarregado de manter o nível não deve
ter outra obrigação.

Deve sempre ser lembrado que uma queda de pressão de vapor sem razão aparente
pode ser devida à baixa quantidade de água.

Drenar os indicadores de nível a cada 4 horas e sempre que houver alguma dúvida
quanto à posição da nível.

Se a água descer para fora do indicador de nível, cortar o óleo, aliviar as válvulas de
segurança, fechar a alimentação e a descarga de vapor e todas as aberturas da
caldeira.

Se possível, apagar a caldeira imediatamente, quando cair um tijolo da parede da


fornalha.

Observar as seguintes precauções para evitar retrocessos:

não permitir que se acumule óleo na fornalha. As válvulas dos queimadores devem
estar vedando bem.

quando os queimadores se apagarem acidentalmente, cortar o óleo e ventilar a


fornalha antes de tentar reacendê-la.

não tentar reacender com o calor da fornalha;

quando estiver usando a tocha, sair da frente do registro para não se queimar em caso
de retrocesso;

evitar a fumaça branca ou preta;

nunca esvaziar uma caldeira dando extração de fundo, exceto em emergências.

quando estiver apagando uma caldeira de superaquecedor integral, abrir a drenagem


do superaquecedor antes de cortar o vapor para ele.

ao apagar uma caldeira de superaquecedor controlado, deve-se apagar primeiro os


queimadores ao lado do superaquecedor.

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nunca entregar a operação da caldeira a pessoas não habilitadas.

Após a operação, as seguintes medidas podem ser tomadas:

Remover os maçaricos dos queimadores tão logo eles sejam apagados.

Fechar todas as aberturas da fornalha logo após apagar os queimadores.

Elevar o nível de água a três quartos do indicador de nível, quando estiver apagando a
caldeira.

Antes de remover qualquer acessório ou porta de visita sujeita a pressão, assegurar-se


de que não há mais pressão dentro da caldeira, abrindo os drenos e respiros, inclusive
os do superaquecedor.

Outros cuidados

Dependendo do tipo da caldeira, além dos cuidados já citados, outros podem ser acrescidos.
Entre eles podem ser citados:

Inspecionar diariamente o corpo de nível promovendo a descarga do indicador. Esta


operação permite constatar se as partes responsáveis pela indicação do nível interno
não estão entupidas,

Testar diariamente a válvula de segurança, verificando se abre e fecha


automaticamente e se desprende vapor à pressão inferior à sua operação. Esta
operação deve ser feita com cuidado, para não provocar vazamentos na sede.
Comunique imediatamente no caso de vazamento anormal na válvula.

Fazer descarga de fundo, conforme prescrição de tratamento de água. A descarga, de


preferência, deve ser feita quando a unidade estiver operando a baixa carga.

Manter os vidros indicadores de nível e de aparelhos indicadores em geral,


perfeitamente limpos, a fim de evitar erros de leitura.

Não exceder a pressão de trabalho da caldeira para evitar disparos da(s) válvula(s) de
segurança. A perda de vapor pela(s) válvula(s) de segurança é muito importante no
rendimento da instalação.

No caso de operar com óleo combustível, nunca aproveitar a incandescência da


fornalha para acender novamente (reacender) o queimador. Cada vez que se acender
o queimador, deve-se introduzir uma tocha. Esta prática evita a eventual formação de
gases combustíveis na câmara a ponto de provocar sua explosão.

Extrair uma amostra de água de alimentação e de descarga diariamente para controle


de tratamento. Esta rotina, infelizmente, na maioria dos casos é abandonada,
redundando em sérios prejuízos para o usuário.

Para caldeira que tem este sistema, limpar os eletrodos indicadores de nível, para
segurança de funcionamento do sistema de alarme acoplado ao indicador de nível.

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Capítulo

6
LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO

Todo acidente tem uma causa definida, por mais imprevisível que possa parecer e pode
trazer conseqüências indesejáveis. Ele é resultado de uma combinação de fatores que
combinam falhas humanas e falhas materiais e ocorre, em grande parte, devido ao
despreparo dos trabalhadores para enfrentar certos riscos.

Acidente de trabalho

Na legislação brasileira, o acidente de trabalho é definido pelo Decreto no 611/92 de 251 de


julho de 1992 e diz:

Art. 139 - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, ou ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade
para o trabalho, permanente ou temporária.

O acidente do trabalho ocorre no local e durante o horário de trabalho. Ele pode ser
conseqüência de um ato de agressão, imprudência ou imperícia, de uma ofensa física
intencional, ou de causas fortuitas como, por exemplo, incêndio, desabamento ou
inundação.

Do ponto de vista prevencionista, acidente de trabalho é toda ocorrência não programada,


não desejada, que interrompe o andamento normal do trabalho, podendo resultar em danos
físicos e/ou funcionais ou a morte do trabalhador e/ou danos materiais e econômicos à
empresa e ao meio ambiente.

Do ponto de vista prevencionista, quando há uma poça de óleo no chão, ou quando uma
ferramenta cai de um andaime, por exemplo, isso caracteriza um acidente, mesmo que
ninguém se machuque por causa disso. Na visão prevencionista, fatos como esses podem e
devem ser evitados.

Princípios básicos

O estudo de doenças e acidentes do trabalho deve indicar todas as situações que,


combinadas, levaram a ocorrências indesejadas e que, se eliminadas a tempo, poderiam ter
impedido o acidente ou minimizando seus efeitos. A identificação e eliminação de tais
situações é fundamental para evitar acidentes semelhantes, decorrentes de outras
combinações das mesmas causas.

Pelas características da prática nacional de análise e investigação de acidentes, convém não


recomendar as conclusões do tipo - Ato inseguro ou Condições inseguras - as quais, pela
generalidade, conseguem, no máximo, definir eventuais culpados mas nunca causas, estas
sim elimináveis.

Objetivos do programa de prevenção de acidentes de trabalho

O principal objetivo de um programa de prevenção de acidentes é evitar a ocorrência de


doenças e acidentes do trabalho similar ou decorrentes de outras combinações das mesmas
causas. As causas podem ser classificadas em duas categorias: ato inseguro ou perigoso
e condições inseguras ou perigosas.

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Atos inseguros são aqueles decorrentes da execução de tarefas de uma forma contrária às
normas de segurança. É a maneira pela qual o trabalhador se expõe, consciente ou
inconscientemente, a riscos de acidentes. Em outras palavras é o tipo de comportamento
que leva ao acidente.

Exemplo de atos inseguros são:

Recusa do funcionário em utilizar equipamentos de proteção individual (EPI)


fornecidos pela empresa e cujo uso é obrigatório por lei;

Utilizar ferramentas manuais de maneira incorreta ou imprópria;

Utilizar equipamentos defeituosos ou em serviços incompatíveis com as suas


características;

Não obedecer a sinais ou instruções de segurança.

Condições inseguras, também conhecidas como riscos profissionais, são as causas que
decorrem diretamente das condições do local ou do ambiente de trabalho. São as falhas
físicas que comprometem a segurança do trabalhador. São as falhas, defeitos,
irregularidades técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros, que põem em risco
a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das instalações ou
equipamentos.
São exemplos de condições inseguras:

Proteção mecânica inadequada.

Condição defeituosa e equipamento grosseiro, cortante, escorregadio, corroído,


trincado, com qualidade inferior etc. de escada, pisos, tubulações.

Projeto ou construções inseguras.

Processos, operações ou arranjos perigosos (empilhamento defeituoso, armazenagem


mal feita, passagem obstruída, sobrecarga no piso, congestionamento de maquinaria e
operadores, etc.).

Iluminação inadequada ou incorreta.

Ventilação inadequada ou incorreta

Riscos na casa de caldeira

Uma casa de caldeira deve possuir algumas características específicas para a finalidade a
que se destina, visando permitir o perfeito funcionamento do equipamento que abriga e a
máxima segurança na sua operação. Estas características são:

1 - Deve ser ampla - uma casa de caldeiras reduzida, que não permita fácil deslocamento
dos operadores acarreta uma série de riscos; a temperatura no seu interior será elevada,
pois não havendo espaço suficiente, será difícil a ventilação. Dificultará todas as operações
na caldeira, necessárias ao seu funcionamento e manutenção. Dificultará qualquer
providência em caso de emergência e possibilitará maior incidência de condições inseguras
e até mesmo de atos inseguros.

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2 - Deve ser bem arejada - o bom arejamento será benéfico para a saúde dos operadores
de caldeiras e para a própria caldeira, que não deve ter a temperatura elevada em seu
exterior.

3- Deve ser bem iluminada - não se pode conceber a operação com qualquer equipamento
em local de pouca iluminação. Além disso, a caldeira possui uma série de instrumentos de
controle e proteção que precisam estar bem visíveis ao operador para que ele possa, a
qualquer instante, tomar conhecimento das condições de funcionamento da caldeira; só
assim, ele poderá tomar as medidas necessárias ao trabalho seguro do equipamento.

4 - Rede de esgoto para a devida lavagem - permite uma boa limpeza no ambiente.
Ambiente sujo é um ambiente inseguro. No caso da casa de caldeiras, a sujeira provoca
muito maior insegurança por haver combustível no seu interior, o que aumenta o risco de
incêndios.

5 - Estrutura adequada - a casa de caldeira deve ser construída em alvenaria, cintada,


tendo o teto em estrutura leve ou, no caso de laje, deve estar simplesmente apoiada. Os
objetivos destas características em relação ao teto é direcionar a formação de choque para
cima em caso de explosão.

Normas regulamentadoras

Além dos conhecimentos ligados à área técnica do Curso de Segurança para Operadores de
Caldeira, é importante tratar do assunto Legislação sobre Segurança no Trabalho.

Esta legislação está em vigor através das Normas Regulamentadoras (NR’s), aprovadas pela
Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho.

As NR’s são normas de observância obrigatória não desobrigando o seguimento de outras


disposições.

O descumprimento destas Normas Regulamentadoras poderá provocar multa e/ou


interdição da empresa.

NR-1 - Disposições Gerais

NR-2 - Inspeção Prévia

NR-3 - Embargo e Interdição

NR-4 - Serviços Especializados de Segurança e Medicina do Trabalho

NR-5 - CIPA

NR-6 - E.P.I.

NR-7 - Exames Médicos

NR-8 - Edificações

NR-9 - Riscos Ambientais

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NR-10 - Serviços de Eletricidade

NR-11 - Transporte, Movimentação e Armazenamento de Materiais

NR-12 - Máquinas e Equipamentos

NR-13 - Vasos de Pressão e Caldeira

NR-14 - Fornos

NR-15 - Atividades e Operações Insalubres

NR-16 - Atividades e Operações Perigosas

NR-17 - Ergonomia

NR-18 - Obras de Construção, Demolição e Reparos

NR-19 - Explosivos

NR-20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

NR-21 - Trabalho a Céu Aberto

NR-22 - Trabalhos Subterrâneos

NR-23 - Proteção Contra Incêndio

NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

NR-25 - Resíduos Industriais

NR-26 - Sinalização de Segurança

NR-27 - Registros Profissionais do MTb

NR-28 - Fiscalização e Penalidade

NR-29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

NR-30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

NR-31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração


Florestal e Aquicultura

NR-32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde

NR-33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

NR-34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação


Naval.

NR-35 - Trabalho em Altura

NR-36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes


e Derivados.

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