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EletroHidráulica e EletroPneumática
Sumário
Conteúdo Formativo 9 28 Unidade de estudo 4 64 Unidade de estudo 5
Composição de um Composição de um
Apresentação 11 Sistema Pneumático Sistema Hidráulico
Finalizando 99
24 Unidade de estudo 3
Características dos
Sistemas Hidráulicos Referências 101
e Pneumáticos
Anexo 103
25 Seção 1 - Características dos
sistemas pneumáticos
Seção 2 - Características dos
25
sistemas hidráulicos
Seção 3 - Comparação entre
25
os sistemas pneumáticos e
hidráulicos
26 Seção 4 - Características dos
fluidos para sistemas pneu-
máticos e hidráulicos
Unidade de
estudo 1
Seções de estudo
Seção 1 – Histórico da pneumática
Seção 2 – Histórico da hidráulica
Introdução
Seção 1
Histórico da
pneumática
O ar comprimido é, provavelmen- Antes, porém, já existiam alguns Dos antigos gregos pro-
te, uma das mais antigas formas campos de aplicação e aproveita- vém a expressão pneuma
de transmissão de energia que o mento da pneumática, como, por que significa fôlego, vento
homem conhece, empregada e exemplo, a indústria mineira, a e, filosoficamente, a alma.
aproveitada para ampliar sua ca- construção civil e a indústria fer- Derivando da palavra pneu-
pacidade física. O reconhecimen- roviária. ma, surgiu, entre outros, o
to da existência física do ar, bem conceito de “pneumática”:
A introdução, de forma mais a matéria dos movimentos
como a sua utilização, mais ou generalizada, da pneumática na dos gases e fenômenos dos
menos consciente para o trabalho, indústria, começou com a neces- gases.
são comprovados há milhares de sidade, cada vez maior, de auto-
anos. matização e racionalização dos
processos de trabalho. ferroviária: Freios a ar com-
O primeiro homem que, com primido
certeza, sabemos terse interessa- Apesar de sua rejeição inicial,
do pela pneumática, isto é, pelo quase sempre proveniente da falta
emprego do ar comprimido como de conhecimento e instrução, ela
meio auxiliar de trabalho, foi o foi aceita e o número de campos
grego Ktésibios. Há mais de 2000 de aplicação tornou-se cada vez
anos, ele construiu uma catapulta maior. Hoje, o ar comprimido
a ar comprimido. Um dos primei- tornou-se indispensável e, nos
ros livros sobre o emprego do ar mais diferentes ramos industriais,
comprimido como transmissão instalam-se aparelhos pneumáti-
de energia, data do 1º século d.C cos, principalmente, na automa-
e descreve equipamentos que fo- ção.
ram acionados com ar aquecido.
Seção 1 Seção 2
Princípio de Pascal Princípio da multiplicação de energia
Veremos, a seguir, as principais Se aplicarmos uma força de 10kgf em uma área de 1cm2, teremos uma
grandezas físicas, seus conceitos pressão de 10 Kgf/cm2 que, atuando em uma área de 100 cm2, suportará
e unidades de medida para que uma carga de 1000Kgf.
possamos compreender melhor
o funcionamento dos sistemas hi-
dráulicos e pneumáticos.
Blaise Pascal, em 1648, enunciou
a lei que rege os princípios hidráu-
licos e pneumáticos: a pressão
exercida em um ponto qualquer
de um fluido estático é a mesma
em todas as direções e exerce for-
ças iguais, em áreas iguais, sempre
perpendiculares à superfície do
recipiente.
Seção 3
Figura 1 – Princípio de Pascal
Pressão
Fonte: Uggioni (2002, p. 11).
É o resultado de uma força agindo em uma determinada área.
bar Pressão
0 a 14 bar Baixa pressão
14 a 35 bar Média pressão
35 a 84 bar Média alta pressão
84 a 210 bar Alta pressão
Acima de 210 bar Extra alta pressão
Tabela 2 – Classificação dos Sistemas quanto à Pressão
Fonte: Racine (1987, p. 10).
Q = V/t
Q = Vazão V = Volume deslocado t = tempo
Observe a tabela de conversão das unidades de vazão para a hidráulica:
Unidade Símbolo
Litros por segundo L/s
Litros por minuto L/min
Metros cúbicos por minuto m³/min
Metros cúbicos por minuto. m³/min
Metros cúbicos por hora m³/h
Seção 1 – Compressores
Seção 2 – Reservatório de ar comprimido
Seção 3 – Preparação do ar comprimido
Seção 4 – Redes de distribuição do ar
comprimido
Seção 5 – Unidade de conservação de ar
Seção 6 – Válvulas direcionais pneumáti-
cas
Seção 7 – Válvulas pneumáticas
Seção 8 – Atuadores para sistemas pneu-
máticos
Seção 9 – Designação de elementos
Seção 10 – Elaboração de esquemas de
comando
Seção 11 – Tecnologia do vácuo
Composição de um Sistema
Pneumático
Seção 1
Compressores
Vejamos, a seguir, a divisão de um sistema pneumático: Os mesmos são diferenciados em
dois tipos:
▪ Deslocamento volumétrico:
baseia-se no princípio da redução
de volume, ou seja, consegue-se
a compressão enviando o ar para
dentro de um recipiente fechado
e diminuindo, posteriormente,
este recipiente, pressurizando o
ar. É, também, denominado com-
pressor de deslocamento positivo
e é compreendido como com-
pressor de êmbolo ou de pistão.
▪ Deslocamento dinâmico:
Figura 5 – Composição do Sistema Pneumático
baseia-se no princípio de fluxo,
Fonte: Parker (2008, p. 5).
succionando o ar de um lado e
comprimindo de outro, por ace-
Compressores são máquinas utilizadas na manipulação de fluidos no
leração de massa, ou seja, a eleva-
estado gasoso, elevando a pressão de uma atmosfera a uma pressão de
ção de pressão é obtida por meio
trabalho desejada.
de conversão de energia cinética
em pressão, durante a passagem
Tipos de compressores do ar, através do compressor
(turbina). É, também, denomina-
Dependendo das necessidades desejadas, relacionadas à pressão de tra- do compressor de deslocamento
balho e ao volume, são empregados compressores de diversos tipos dinâmico.
construtivos. Classificação dos compressores
quanto ao tipo construtivo. Ob-
serve o diagrama:
Compressor de deslocamento
fixo unidirecional. Símbolo
geral
Compressor de parafu-
sos
Este compressor é dotado de uma
carcaça onde giram dois rotores
helicoidais, em sentidos opostos.
Figura 8 – Compressor de Êmbolo (duplo estágio) Um dos rotores possui lóbulos
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 15). convexos, o outro uma depres-
são côncava e são denominados,
respectivamente, rotor macho e
O ar aspirado será comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão), refrigera-
fêmea.
do, intermediariamente e, novamente, comprimido pelo próximo êmbo-
lo, que possui menor diâmetro. Na compressão a altas pressões, faz-se Os rotores são sincronizados por
necessária uma refrigeração intermediária, pois se cria alto aquecimento. meio de engrenagens. Entretan-
Os compressores de êmbolo e outros são fabricados em execuções re- to, existem fabricantes que fazem
frigeradas a água ou a ar. com que um rotor acione o outro
por contato direto. O processo
mais comum é acionar o rotor
Compressor de membrana macho, obtendo-se uma velocida-
de elevada do rotor fêmea.
Este tipo pertence ao grupo dos compressores de êmbolo. Mediante
uma membrana, o êmbolo fica separado da câmara de sucção e com- O ar à pressão atmosférica ocupa
pressão, quer dizer, o ar não terá contato com as partes deslizantes. O ar, espaço entre os rotores e, confor-
portanto, ficará sempre livre de resíduos do óleo. me eles giram, o volume compre-
endido entre os mesmos é isolado
da admissão e transportado para
a descarga.
Seleção de compressores
Volume de ar
O volume de ar fornecido é a quantidade de ar que está sendo fornecido
pelo compressor. Podemos ter o volume de ar fornecido teórico – aque-
le obtido por cálculos, porém, apenas o volume de ar fornecido efetivo
pelo compressor é que interessa, pois, com este, é que são acionados e
comandados os aparelhos pneumáticos.
Pressão
Pressão de regime é a pressão fornecida pelo compressor. A pressão de
trabalho é a pressão necessária nos pontos de trabalho. A pressão de
trabalho é, geralmente, de 6 bar, que é tida como “pressão normalizada”
ou “pressão econômica”.
Uma pressão constante é uma exigência para um funcionamento seguro
e preciso dos componentes de sistemas industriais. Na dependência da
pressão constante estão: velocidade, forças e movimentos temporizados
dos elementos de trabalho e de comando.
Acionamento
O acionamento dos compressores, conforme as necessidades fabris,
será por motor elétrico ou motor a explosão. Em instalações industriais,
aciona-se, na maioria dos casos, com motor elétrico.
Refrigeração
Provocado pela compressão do ar e pelo atrito, cria-se calor no compres-
sor, o qual deve ser dissipado. Em compressores pequenos, é utilizada a
refrigeração à ar, através de ventiladores. Já em compressores grandes,
usa-se a refrigeração à água, circulante com torre de refrigeração ou água
corrente contínua.
Lugar de montagem
A estação de compressores deve ser montada dentro de um ambiente
fechado, com proteção acústica para fora. O ambiente deve ter boa aera-
ção. O ar sugado deve ser fresco, seco e livre de poeira.
Regulagem
Para combinar o volume de fornecimento com o consumo de ar é ne-
cessária uma regulagem dos compressores. Dois valores limites pré-es-
tabelecidos, influenciam o volume fornecido.
Regulagem intermitente
Com esta regulagem, o compressor funciona em dois campos: carga
máxima e parada total. Ao alcançar a pressão máxima, o motor aciona-
dor do compressor é desligado e, quando a pressão chega ao mínimo, o Figura 17 – Reservatório de Ar Com-
motor se liga novamente e o compressor trabalha outra vez. primido
A frequência de comutações pode ser regulada em um pressostato e, Fonte: SAGGIN (2004, p. 31).
para que os períodos de comando possam ser limitados a uma medida
aceitável, é necessário um grande reservatório de ar comprimido.
Os reservatórios devem ser ins-
talados de modo que todos os
drenos, conexões e a abertura
de inspeção sejam de fácil aces-
so. Os reservatórios não devem
ser enterrados ou instalados em
local de difícil acesso; devem ser
instalados, de preferência, fora da
casa dos compressores, na som-
bra, para facilitar a condensação
da umidade, no ponto mais baixo,
para a retirada do condensado.
Seção 4
Redes de distribuição
do ar comprimido
A rede de distribuição de ar com- 1 – Compressor de parafuso
primido compreende todas as tu- 2 – Resfriador posterior ar/ar
bulações que saem do reservató- 3 – Separador de condensado
rio passando pelo secador e que, 4 – Reservatório
unidas, orientam o ar comprimido 5 – Purgador automático
até os pontos individuais de uti- 6 – Pré Filtro coalescente
lização. A rede possui duas fun- 7 – Secador
ções básicas: funcionar como um
8 – Filtros coalescentes (grau x, y, z)
reservatório para atender as exi-
9 – Purgador automático eletrônico
gências locais e comunicar a fonte
10 – Separador de água e óleo
com os equipamentos consumi-
dores. Numa rede distribuidora, 11 – Separador de condensado
para que haja eficiência, segurança
Figura 22 – Rede de Distribuição do Ar Comprimido
e economia, são importantes três
pontos: Fonte: Fargon (2010)
▪▪ baixa queda de pressão entre O posicionamento dos equipamentos e tomadas que receberão
a instalação do compressor e os alimentação pneumática deverão estar definidos, para que seja possível a
pontos de utilização; confecção dos projetos e desenhos. Estes, trarão consigo: comprimento
▪▪ apresentar o mínimo de vaza- das tubulações, diâmetros, ramificações, pontos de consumo, pressão
mento; destes pontos, posições das válvulas, curvaturas etc.
Através dos projetos, pode-se, então, definir o melhor percurso da tubu-
▪▪ boa capacidade de separa- lação, acarretando menor perda de carga e proporcionando economia. A
ção do condensado em todo o seguir, veremos os tipos de redes de distribuição mais comuns.
sistema.
Vazamentos
As quantidades de ar perdidas através de pequenos furos, acoplamentos
com folgas, vedações defeituosas etc., quando somadas, alcançam eleva-
dos valores. A importância econômica desta contínua perda de ar torna-
se mais evidente quando comparada com o consumo do equipamento
e a potência necessária para realizar a compressão. Desta forma, um
vazamento na rede representa um consumo, consideralvemente, maior
de energia.
Podemos constatar isto através da tabela:
CUSTO DO VAZAMENTO
Diâmetro do orifício de
1/32’’ 1/16’’ 1/8’’ ¼’’ 3/8’’
vazamento (pol)
Unidade de conserva-
Filtro de ar comprimido
ção de ar
A função de um filtro de ar comprimido é reter as partículas de im-
Após passar por todo o processo pureza, bem como a água condensada, presentes no ar que passa por
de produção, preparação e dis- ele. O ar comprimido, ao entrar no copo é forçado a um movimento
tribuição, o ar comprimido deve de rotação, por meio de “rasgos direcionais”. Com isso, separam-se as
sofrer um último condiciona- impurezas maiores, bem como as gotículas de água, por meio de força
mento, antes de ser utilizado nos centrífuga e depositam-se, então, no fundo do copo. O condensado acu-
equipamentos. Neste condiciona- mulado no fundo do copo deve ser eliminado, o mais tardar, ao atingir
mento, ocorrerá a separação do a marca do nível máximo, já que, se isto ocorrer, o condensado será
condensado, filtragem, regulagem arrastado, novamente, pelo ar que passa.
da pressão e, em alguns casos, lu-
brificação que, atualmente, está
deixando de ser utilizada, pois, os
componentes, já possuem lubrifi-
cação própria. Uma das maneiras
de fazer isto acontecer é a insta-
lação da unidade de conservação
de ar.
Esta unidade é composta, basi-
camente, da combinação dos se-
guintes elementos:
▪▪ filtro de ar comprimido e reci-
piente de condensação;
▪▪ regulador de pressão do ar
comprimido com manômetro;
▪▪ lubrificador de ar comprimido
Figura 28 – Filtro de Ar Comprimido
(quando for necessário).
Fonte: Festo Didactic 155p ( 2001, p. 93).
Seção 6
Válvulas direcionais
pneumáticas
Assim como na hidráulica, as vál-
Figura 29 – Regulador de Pressão vulas direcionais para a pneumáti-
Fonte: Festo Didactic 155p ( 2001, p.
ca, também, são identificadas pelo
número de vias, posições tipo de
19).
acionamento etc. e, também, pos-
suem a função de direcionar o
Com aumento da pressão de tra- fluido que irá desenvolver diver-
balho, a membrana se movimenta sas funções como, por exemplo,
contra a força mola. Com isso, a Figura 30 – Lubrificador movimentar atuadores lineares e
secção nominal de passagem na Fonte: Festo Didactic (2001, p. 104). rotativos.
sede da válvula diminui, progres-
sivamente, ou se fecha totalmen- Lubrificadores de óleo, que es-
te. Isto significa que a pressão é tão caindo em desuso devido à
regulada pelo fluxo. Na ocasião utilização de componentes auto
do consumo a pressão diminui e lubrificados, trabalham segundo o
a força da mola reabre a válvula. princípio Venturi. A diferença de
Com isso, o manter da pressão pressão ∆p (Queda da pressão),
regulada se torna um constante entre a pressão antes do bocal
abrir a fechar da válvula. A pres- nebulizador e a pressão no ponto
são de trabalho é indicada por um estrangulador do bocal, será apro-
manômetro. Se a pressão crescer veitada para sugar óleo de um re-
demasiado do lado secundário, a servatório e de misturá-lo com o
membrana é pressionada contra ar, em forma de neblina.
Pino Rolete
MECÂNICOS
Mola Gatilho
Servo-piloto positivo
PNEUMÁTICOS
INDIRETOS Controle interno
Servo-piloto negativo
Identificação de vias
ORIFÍCIO NORMA DIN24300 NORMA ISO1219 Válvulas NA e NF
Pressão P 1 Válvulas direcionais com 2 po-
Utilização A B C 2 4 6
sições e até 3 vias que tenham,
Escape R S T 3 5 7
na posição de repouso, a via de
EA EB EC
pressão bloqueada, são chama-
Pilotagem X Y Z 10 12 14
Tabela 8 – Identificação das Vias
das de normalmente fechadas
(NF). Aquelas que, ao contrário,
Fonte: Parker (2008, p. 41).
possuírem esta via aberta, são de-
nominadas normalmente abertas
Exemplo de identificação: (NA).
Seção 7
Válvulas de memórias
Válvulas CF, CAP e CAN Válvulas pneumáticas
São válvulas de duas posições,
As válvulas direcionais de 3 po- acionadas por duplo piloto. Além das válvulas direcionais, en-
sições caracterizam-se pela sua
contraremos, ainda, as válvulas
posição central. Àquelas que pos-
auxiliares de controle e combina-
suírem, na sua posição central, as
ções de válvulas, como veremos a
vias de utilização bloqueadas, de-
seguir:
nominaremos centro fechado.
Válvula alternadora
(Função lógica “OU”)
Também chamada “válvula de
comando duplo” ou “válvula de
dupla retenção”. Esta válvula
tem duas entradas, X e Y, e uma
saída A. Entrando ar comprimido
Já as válvulas que tiverem as vias em X, a esfera fecha a entrada Y e
de utilização sendo pressurizadas,
Tipos de escapes o ar flui de X para A. Em sentido
chamaremos de centro aberto po- contrário, quando o ar flui de Y
Os escapes das válvulas são repre-
sitivo (CAP). para A, a entrada X será fechada.
sentados por triângulos. Quando
encontrarmos o triângulo junto à
simbologia da válvula, ele estará
representando um escape livre, ou
seja, sem conexão.
Válvula alternadora
Exemplo da aplicação:
Exemplo da aplicação:
Válvula de retenção
Válvulas de bloqueio liberam o fluxo, preferencialmente, em um só sen-
tido e bloqueiam o sentido inverso. O corpo de vedação da válvula de
retenção, sujeito à pressão de mola, desloca-se de seu assento quando a
pressão contra a ação da mola se torna maior do que a sua tensão.
Válvula limitadora de
pressão
É formada por uma vedação de
assento cônico, mola e um para-
fuso de ajuste. Quando a pres-
são em P assume um valor que
corresponde à tensão da mola,
o cone de vedação se desloca de
seu assento e libera o caminho ao
escape. São, também, conhecidas
como válvulas de sobrepressão
ou válvulas de segurança.
Temporizador pneumático N F.
Esta unidade consiste de uma válvula direcional de 3/2 vias, com acio-
namento pneumático, de uma válvula reguladora de fluxo unidirecional
e um reservatório de ar. O ar de comando flui da conexão 12 para a
válvula reguladora de fluxo que controlara o tempo e, de lá, através de
área regulada, com velocidade e pressão mais baixa, para o reservatório.
Alcançada a pressão necessária de comutação, o êmbolo de comando
afasta o prato do assento da válvula, dando passagem ao ar principal de
P para A.
Seção 8
Atuadores para sistemas pneumáticos
Os atuadores pneumáticos convertem energia pneumática em energia
mecânica linear ou rotativa, dependendo de seu tipo construtivo. A se-
guir, veremos os tipos mais comuns utilizados na indústria.
SIMPLES AÇÃO
ATUADORES
LINEARES DUPLA AÇÃO
ATUADORES
PNEUMÁTICOS
ATUADORES MOTORES
ROTATIVOS PNEUMÁTICOS
OCILADORES
PNEUMÁTICOS
0.1, 0.2, 0.3... Elementos auxilia- 1.6, 2.6... Elementos processa- 1.02, 1.04... Elementos auxiliares,
res influenciam em todo o cir- dores de sinal, com número final com número final par, influen-
cuito. Ex.: Lubrefil, válvulas de par, influenciam no avanço dos ciam no avanço dos atuadores
fechamento. atuadores lineares (cilindros) ou lineares (cilindros) ou no sentido
1.2, 1.4, 2.2, 2.4... Elementos de no sentido de rotação à direita de rotação à direita dos atuadores
sinal, com número final par, in- dos atuadores rotativos (moto- rotativos (motores). Ex.: válvulas
fluenciam no avanço dos atua- res). Ex.: válvulas E, válvulas OU, reguladoras de fluxo, escape rápi-
dores lineares ou no sentido de temporizadores. do.
rotação à direita dos atuadores 1.7, 2.7... Elementos de sinal, com 1.03, 1.05... Elementos auxiliares,
rotativos (motores). Ex.: válvulas número final ímpar, influenciam com final ímpar, influenciam no
direcionais 3/2 acionadas por bo- no retorno dos atuadores lineares retorno dos atuadores lineares (ci-
tão, pedal, rolete. (cilindros) ou no sentido de rota- lindros) ou no sentido de rotação
1.3, 1.5, 2.3, 2.5... Elementos de ção à esquerda dos atuadores ro- à esquerda dos atuadores rotati-
sinal, com número final ímpar, tativos (motores). Ex.: válvulas E, vos (motores). Ex.: válvulas regu-
influenciam no retorno dos atu- válvulas OU, temporizadores. ladoras de fluxo, escape rápido.
adores lineares (cilindros) ou no 1.1, 2.1, 3.1... Elementos de co- 1.0, 2.0... Elementos de trabalho.
sentido de rotação à esquerda dos mando influenciam nos dois sen- Ex.: atuadores lineares ou rotati-
atuadores rotativos (motores). tidos de movimentos dos atuado- vos, (motores pneumáticos, osci-
Ex.: válvulas direcionais 3/2 acio- res (o primeiro número indica o ladores, atuadores lineares).
nadas por botão, pedal, rolete. atuador a ser comandado). Ex.:
válvulas direcionais.
Seção 11
Tecnologia do vácuo
Utilizando o mesmo raciocínio anterior para ilustrar como é gerada a
pressão dentro de um recipiente cilíndrico, cheio de ar: se aplicarmos
uma força contrária na tampa móvel do recipiente em seu interior, te-
remos como resultante uma pressão negativa, isto é, inferior à pressão
atmosférica externa.
Aplicações do vácuo
As aplicações do vácuo na indústria são limitadas, apenas, pela criativi-
dade e pelo custo. As mais comuns envolvem o levantamento e deslo-
camento de peças e materiais, como os exemplos mostrados a seguir:
Ventosas
As duas formas mais comuns usa-
das para fixação e levantamento
de materiais ou peças são:
Caixa de sucção
Este tipo de ventosa pode ser
oval, quadrada ou retangular, de-
pendendo da forma da peça a ser
movimentada.
O efeito Venturi
O efeito Venturi, é obtido através da expansão do ar comprimido que
alimenta o gerador de vácuo, através de um ou mais bocais. Esta expan-
são, converte a energia potencial do ar, em forma de pressão, para ener-
gia cinética, em forma de movimento. A velocidade do fluxo aumenta e
pressão e temperatura caem, criando uma pressão negativa no lado da
sucção.
Os geradores de vácuo pneumáticos apresentam dimensões reduzidas,
ausência de peças móveis, baixo custo de manutenção e respostas rápi-
das.
Circuitos pneumáticos
seqüenciais
Apostila M1001-1 BR Tecnologia pneumática industrial
Informações técnicas Exercícios práticos
Exercícios práticos
Circuito - 01
Comandar um cilindro de simples ação (comando direto).
A
a2
2
1 3
Circuito - 02
Comandar um cilindro de simples ação utilizando uma válvula simples piloto (comando indireto).
A
a0
12 2
1 3
a2
2
1 3
Circuito - 03
Comandar um cilindro de simples ação utilizando uma válvula duplo piloto.
A
a0
12 2 10
1 3
a2 a1
2 2
1 3 1 3
Circuito - 04
Comandar um cilindro de simples ação de dois pontos diferentes e independentes (utilizar elemento OU).
A
a0
12 2
1 3
a.02
2
1 1
a2 a4
2 2
1 3 1 3
Circuito - 05
Comandar um cilindro de simples ação através de acionamento simultâneo de duas válvulas acionadas
por botão (comando bimanual, utilizar elemento E).
A
a0
12 2
1 3
a.02
2
1 1
a2 a4
2 2
1 3 1 3
Circuito - 06
Comando indireto de um cilindro de dupla ação, utilizando uma válvula duplo piloto e com controle de
velocidade do cilindro.
A
a.01 a.02
a0
4 2
14 12
5 3
a2 a1
2 2
1 3 1 3
Circuito - 07
Comando de um cilindro de dupla ação com avanço lento e retorno acelerado.
A
a.01
2 a.02
1 3
a0
4 2
14 12
5 3
1
a2 2 a1 2
1 3 1 3
Circuito - 08
Comando de um cilindro de dupla ação, com ciclo contínuo utilizando uma válvula botão trava e controle
de velocidade.
SeçÃo 1
Fluidos hidráulicos
Um sistema hidráulico independente do trabalho que irá realizar é com-
posto dos seguintes grupos:
Aditivos
São produtos químicos que, adicionados ao óleo, melhoram suas carac-
terísticas ou criam novas características. Ex.: antiespumante, inibidores
de corrosão, antedesgaste etc. Apesar de não existirem normas nem di-
retrizes legais que definam a compatibilidade de um fluido com o meio
ambiente, já se verifica, na prática, a utilização dos fluidos não poluentes.
Ex.: biodegradáveis.
Viscosidade
É a resistência do fluido ao escoar, ou seja, se um fluido escoa facilmen-
te, sua viscosidade é baixa, pode-se dizer que o fluido é fino ou pouco
encorpado. Um fluido que escoa com dificuldade tem alta viscosidade,
é grosso ou muito encorpado. Resumindo, viscosidade é uma medida
inversa a de fluidez.
▪▪ Número SAE
▪▪ Viscosidade ISO VG
▪▪ Índice de viscosidade – IV
▪▪ pressurizado: quando a
pressão no interior do mesmo for
maior que a pressão atmosférica.
Figura 67 – Reservatório
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 76).
Reservatório aberto
Reservatório pressurizado
Seção 3
Bombas hidráulicas
Bombas hidráulicas são componentes utilizados para fornecer vazão ao
sistema, fornecendo energia necessária ao fluido.
Simbologia
Bombas de pistões
Estas bombas geram uma ação de bombeamento, devido ao desloca-
mento de pistões no interior de um tambor cilíndrico.
Cavitação
Para cada líquido, numa determinada temperatura, existe uma pressão,
abaixo da qual se inicia sua vaporização. A essa pressão dá-se o nome de
pressão de vapor do líquido. Se isso ocorrer na sucção de uma bomba,
Figura 72 – Bomba de Pistões o líquido irá vaporizar, parcialmente, sob forma de bolhas de vácuo que,
Fonte: Racine (1987, p. 145). ao serem arrastadas pelo rotor para uma zona de maior pressão, irão se
condensar, bruscamente, provocando uma erosão no rotor. Para evitar a
cavitação, podemos proceder das seguintes maneiras:
Características das ▪▪ diminuir a perda de carga na linha de sucção;
bombas de pistões de ▪▪ aumentar a pressão do reservatório;
placa inclinada ▪▪ reduzir a rotação da bomba;
Visibilidade da contaminação
O menor limite de visibilidade para o olho é de 40 mícron. Em outras
palavras, uma pessoa normal pode enxergar uma partícula que mede 40
mícron, no mínimo. Isto significa que, embora uma amostra de fluido
hidráulico pareça estar limpa, ela não está, necessariamente, limpa.
Tipos de filtros
▪▪ Filtro de sucção - 100 a 150 mícron, montados entre o reservatório
e a bomba.
Componente Mícrons
Rolamentos antifricção de rolos e esferas 0,5
Bomba de palheta 0,5-1
Bomba de engrenagem (engrenagem com a tampa) 0,5-5
Servo válvulas (carretel com a luva) 1-4
Rolamentos hidrostáticos 1-25
Rolamentos de pistão (pistão com camisa) 5-40
Servo-válvulas 18-63
Atuadores 50-250
Orifício de servo-válvula 130-450
Razão beta
O grau do meio filtrante, expresso em razão beta, indica a eficiência
média de remoção de partículas. A razão beta é definida pela equação a
seguir:
1
Eficiência = (1 − ) x100
Β
1
Eficiência = (1 − ) x100 = 80%
5
Para uma razão beta menor que 75, temos um filtro nominal (baixa efi-
ciência) e para uma razão b,eta maior ou igual a 75 temos um filtro ab-
soluto (alta eficiência).
Indicadores de impurezas
Um indicador de impurezas mostra a condição de um elemento filtrante.
Ele indica quando o elemento está limpo, quando precisa ser trocado ou
se está sendo utilizado o desvio.
Solenóides
Como visto, anteriormente, solenóides são componentes eletromecâni-
cos, que transformam energia elétrica em energia mecânica linear. Nos
sistemas hidráulicos e pneumáticos, os solenóides que têm sido, tradi-
cionalmente, utilizados, são do tipo digital. Como a denominação deixa
clara, estes solenóides possuem duas posições de equilíbrio, totalmente
energizado ou totalmente desenergizado. O princípio de operação dos
solenóides, independente do seu tipo construtivo, é bastante similar, po-
dendo ser resumido da seguinte forma:
oscilador
hidráulico.
Seção 7
Válvulas de bloqueio
São, também, chamadas válvula
de retenção e bloqueiam a passa-
Figura 87 – Simbologia dos Atuadores Lineares
gem do fluxo em um sentido, per-
Fonte: SAGGIN (2004, p. 50).
mitindo fluxo reverso livre.
Os componentes internos dos
Atuador rotativo de palhetas motores e das bombas trabalham
(motor hidráulico) submersos em óleo que é, conti- ▪▪ Válvula de retenção sim-
nuamente, retirado por um dreno, ples: permite o fluxo em uma
cujas funções são: direção.
▪▪ lubrificar;
▪▪ refrigerar;
▪▪ impedir a entrada de ar.
Atuador rotativo de pinhão e cre-
malheira (oscilador hidráulico):
são usados para transmitir mo-
vimento rotativo alternado, com
ângulo de rotação limitado.
Figura 88 – Atuador Rotativo de
Palhetas
Fonte:Rexroth, (2005, p. 68).
Simbologia
Figura 89 – Oscilador
Atuador Fonte:Rexroth, (2005, p. 128).
rotativo
Seção 8
Válvulas reguladoras de vazão
As válvulas controladoras de vazão são utilizadas para influenciar na ve-
locidade de movimento dos atuadores, variando-se a área da seção trans-
versal de passagem do fluido. A área do orifício e o elemento controlável
são responsáveis pelo controle, mas, existem outros fatores que afetam o
controle da velocidade, como o diferencial de pressão e a viscosidade do
fluido. Portanto, estes fatores merecem cuidados quando o movimento
exigido for de precisão. Existem válvulas unidirecionais, bidirecionais
com orifício de passagem fixo, variável e com compensação de tempe-
ratura e pressão.
Métodos de controle
▪▪ Controle na entrada (meter in) - controla o fluxo que entra no
atuador. É usado onde a carga resiste ao movimento do atuador.
Seção 9
Válvulas reguladoras de Pressão
As válvulas reguladoras de pressão controlam a pressão do sistema. A
maioria é de posicionamento infinito, ou seja, pode assumir diversas po-
sições, desde totalmente aberta até totalmente fechada. Podem ser:
A
Y
A
Y
Exemplos de aplicação:
A B
▪▪ retenção de A para B;
S2
▪▪ retenção de B para A;
S1
P T
▪▪ retenção pilotada.
M
Seção 10
Elemento Lógico
É um elemento versátil, pois pode ser usado como:
▪▪ válvula direcional;
▪▪ válvula reguladora de vazão;
▪▪ válvula de retenção simples ou pilotada;
▪▪ válvula reguladora de pressão;
▪▪ entre outras funções combinadas.
Válvula reguladora de
pressão com despressuri-
zarão por solenóide
Simbologia
Acumulador à Acumulador
Acumulador Acumulador
gás (símbolo de
de pistão de bexiga
geral) membrana
Seção 14
Instrumentos de medição e controle
São acessórios usados para avaliar e/ou controlar o rendimento dos sis-
temas hidráulicos (pressão, temperatura, nível vácuo, vazão, entre ou-
tros). Os principais instrumentos empregados na hidráulica são:
Manômetros
São equipamentos utilizados para medir pressão. Podemos encontrá-los
de diversas formas construtivas, mas, os mais comuns, são: manômetro
de Bourdon, que pode ser a seco ou em banho de glicerina, para amorte-
cer as vibrações e lubrificar o manômetro e o manômetro digital.
Transdutores eletrôni-
cos de pressão
1. Circuito de descarga
2. Circuito regenerativo
3. Válvula limitadora de pressão de
descarga diferencial
4. Circuito de descarga de um acumulador
5. Circuito com aproximação rápida e
avanço controlado
6. Descarga automática da bomba
7. Sistema alta-baixa
8. Circuito de controle de entrada do fluxo
9. Circuito de controle de saída do fluxo
10. Controle de vazão por desvio do fluxo
11. Válvula de contrabalanço
12. Circuito com redução de pressão
13. Válvula de contrabalanço diferencial
14. Válvula de retenção pilotada
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
176
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
1. Circuito de descarga
A B
B A
P T
Para o
sistema
M B A
Para o
sistema
Retorno
Bomba
Pressão alta-máxima
A válvula de controle direcional não está energizada e, nessa condição a linha de pilotagem da válvula limitadora de
pressão está bloqueada. A pressão do fluido recalcado é determinada pelo pré-ajuste da válvula de pressão.
177
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
1. Circuito de descarga
A B
B A
P T
Para o
sistema
M
B A
T A P B
Para o
sistema
Retorno
Bomba
Pressão intermediária
O solenóide "B" da válvula direcional é energizado. O carretel muda de posição interligando a linha de pressão da
válvula limitadora de pressão remota com a linha de pilotagem da válvula limitadora de pressão principal.
A pressão do sistema é limitada pela válvula limitadora de pressão remota que, à distância, controla a válvula
limitadora de pressão principal.
178
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
1. Circuito de descarga
A B
B A
P T
Para o
sistema
M B A
Para o
sistema
Retorno
Bomba
Recirculando
O solenóide "A" é energizado interligando a conexão de pilotagem da válvula limitadora de pressão principal com a
linha de retorno para o tanque. Realizando esta operação, a única resistência que o fluido encontra é a resistência
da mola que mantém o carretel na sua posição. Isso resulta em uma recirculação do fluxo de óleo para o tanque, a
uma pressão relativamente baixa.
179
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Cilindro 2:1
M
T P
Circuito regenerativo
avanço
Fluxo
Fluxo
O circuito regenerativo que está ilustrado consiste de uma bomba, uma válvula de alívio, uma válvula direcional com
um orifício bloqueado e um cilindro 2:1. Com a válvula direcional na posição mostrada, ambos os lados do pistão do
cilindro estão sujeitos à mesma pressão. O desequilíbrio de força resultante provoca o avanço da haste.
A descarga de fluido do lado da haste é adicionada ao fluxo da bomba. Visto que, em um cilindro 2:1 a descarga de
fluido do lado da haste é sempre a metade do volume que entra do lado traseiro, o único volume que é bombeado
pelo fluxo da bomba é a outra metade do volume que entra do lado traseiro. Para calcular a velocidade da haste de
um cilindro 2:1 quando este está em regeneração, a seção transversal da haste é usada nos cálculos.
180
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Cilindro 2:1
M
Válvulas de controle direcional
Circuito regenerativo
retração
T P
fluxo
tanque
Para recuar a haste do cilindro, aciona-se a válvula direcional. A parte traseira do cilindro é drenada para o tanque.
Todo o fluxo e a pressão da bomba são dirigidos para o lado da haste. Visto que a bomba está despejando o
mesmo volume que o da parte traseira (metade do volume da parte traseira) a haste recua à mesma velocidade.
181
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Nota sobre
segurança
Para o
sistema
Acumulador
sendo carregado
M
Nitrogênio
pistão
camisa do pistão
cilindro
para o
sistema
Um pistão diferencial é montado em um furo oposto ao plug da válvula piloto. Em cada extremidade do piloto, as
áreas expostas à pressão são iguais. Durante o tempo em que o acumulador está sendo carregado, a pressão em
cada extremidade do pistão é igual.
182
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Nota sobre
segurança
para o
sistema acumulador
carregado
nitrogênio
pistão
camisa do
cilindro
para o
sistema
Quando o acumulador é carregado, o pistão é forçado contra o plug e força-o contra o assento. Isso move o carretel
principal contra a mola. A válvula limitadora de pressão é então drenada. Ao mesmo tempo, a válvula de retenção
fecha, impossibilitando a descarga do acumulador através da válvula de alívio. Neste ponto, obtém-se a pressão
máxima no acumulador.
183
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Acumulador a B Restrição
fixa
P t
para o
Da bomba sistema
t a p
restrição fixa
válvula globo
para o
da bomba sistema
Acumulador
a B Restrição
fixa
P t
Para o
Válvulas de controle direcional da bomba sistema
t a p b
para o
da bomba sistema
Em qualquer circuito com acumulador, é necessário um descarregamento automático quando o sistema não está
em uso. Isso pode ser obtido usando uma válvula direcional 4/2 simples solenóide convertida em uma 2/2 simples
solenóide.
No exemplo, a válvula solenóide convertida para duas vias pode ser energizada quando o motor é ligado. Isto
bloqueia o fluxo da válvula e permite o carregamento do acumulador.
184
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
cilindro
válvula de
desaceleração
controle
de fluxo
válvula de
retenção
válvula limitadora
de pressão
Válvulas de
controle direcional
bomba
avanço rápido
Avanço rápido
Em muitos circuitos hidráulicos, um avanço rápido do cilindro é necessário até que a posição de avanço aproxime-
se da área de trabalho. Este circuito é conhecido como um circuito com aproximação rápida e avanço controlado.
Para esta parte do circuito, a válvula direcional foi acionada e o fluxo da bomba é remetido para o cabeçote traseiro
do cilindro. O fluxo de óleo da caixa flui livremente pela válvula de desaceleração. O fluido se movimentará através
da válvula de controle direcional e voltará para o tanque.
185
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
cilindro
válvula de
desaceleração
controle
de fluxo
válvula de retenção
Válvulas de
controle direcional
Bomba
Velocidade de trabalho
Velocidade do trabalho
É neste ponto do circuito que o came conectado à ponta da haste do cilindro aciona a válvula de desaceleração.
À medida que o came aciona o rolete, o fluxo através da válvula é gradualmente cortado. Esta válvula permite que
uma carga ligada ao pistão do cilindro seja retardada a qualquer ponto do seu percurso, desde que o amortecimento
ainda não esteja operando.
No restante do percurso, o óleo que sai do lado do cabeçote dianteiro do pistão passará pela válvula de controle de
vazão (ajustada à taxa de trabalho necessária), passando pela válvula de controle direcional e de volta ao tanque.
Deve ser notado que a válvula limitadora de pressão abriu porque o controle de vazão excedeu à resistência do
sistema.
186
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
cilindro
válvula de
desaceleração
controle
de fluxo
válvula de retenção
Válvulas de
controle direcional
Bomba
Retorno
Retorno
Neste croqui, o fluxo da bomba é direcionado através da válvula de controle até a válvula de retenção, a válvula
de controle de vazão e a válvula de desaceleração. Pelo fato da válvula de retenção oferecer menor resistência, a
maior parte do fluxo passará por ela. O fluido que sai da parte traseira do cilindro é direcionado através da válvula de
controle direcional e de volta ao tanque.
187
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Cilindro 1
A B
P
2
P T
Válvula atuada
por came M
2
P
A B
pilotagem p t
Válvulas de controle direcional
bomba
Cilindro avançado
Para fazer um cilindro avançar, a válvula direcional é atuada. Isto direciona o fluxo da bomba para o cabeçote
traseiro do cilindro, bem como fecha a válvula de retenção. Com a válvula de retenção fechada, o fluxo da pilotagem
pára e a pressão de trabalho é obtida.
188
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
A B
1
P
2
P T
cilindro
válvula atuada
por came 2
P
Válvulas de
controle
direcional
A B
P T
pilotagem
bomba
Cilindro retornando
Para o retorno do cilindro, a válvula de controle direcional é manualmente atuada. Isto direciona o fluxo da bomba
para o cabeçote dianteiro do cilindro. A linha de pilotagem da válvula limitadora de pressão permanece fechada até
o cilindro estar completamente retornado.
189
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Bomba em descarga
No final do retorno do cilindro, o came da válvula é atuado. Isto possibilita a passagem do fluido na linha de
drenagem da válvula limitadora de pressão para o tanque. Por sua vez a válvula limitadora de pressão abre,
causando a recirculação da bomba a uma baixa pressão.
190
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
7. Sistema alta-baixa
O sistema alta-baixa satisfaz a demanda de um sistema através da combinação de uma bomba de 170 l/min e uma
outra bomba de 19 l/min. Quando o motor elétrico é ligado, a vazão da bomba de 170 l/min passa através da válvula
de retenção somando-se à vazão da bomba de 19 l/min; 189 l/min então passam pelo sistema, possibilitando o
avanço do cilindro a uma pressão relativamente baixa.
191
Apostila M2001-2 BR Tecnologia hidráulica industrial
Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
7. Sistema alta-baixa
Quando a carga de trabalho é atingida bem como a pressão de trabalho, a pressão da bomba começa a aumentar
contra a válvula limitadora de pressão ajustada para 100 kgf/cm2 .
Quando a pressão chega a 35 kgf/cm2 a válvula de descarga normalmente fechada abre, permitindo que a bomba
de 170 l/min descarregue para o tanque a sua vazão, enquanto a bomba de 19 l/min continua a trabalhar. Esta
operação elimina a geração desnecessária de força pela bomba de 170 l/min.
192
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
No circuito ilustrado, a válvula de controle de fluxo com pressão compensada tipo restritora está regulada para
11 litros/min. A válvula de alívio está regulada a 35 kgf/cm2 . A pressão de trabalho-carga é de 14 kgf/cm2. A mola
do compensador tem um valor de 7 kgf/cm2. Durante a operação do sistema, a pressão de trabalho-carga de
14 kgf/cm2 mais a mola de 7 kgf/cm2 empurra o êmbolo compensador.
A bomba tenta empurrar o seu fluxo total de 20 litros/min através do orifício da válvula de agulha. Quando a pressão
adiante da válvula de agulha alcança 21 kgf/cm2, o êmbolo do compensador se desloca e causa uma restrição ao
fluido que está entrando. A pressão na entrada de controle de fluxo se eleva até o limite de ajuste da válvula de alívio
que está a 35 kgf/cm2. À medida que o fluido passa pela restrição provocada pelo êmbolo compensador, 14 kgf/cm2
dos 35 kgf/cm2 são transformados em calor. A pressão antes da válvula de agulha fica limitada a 21 kgf/cm2.
Desses 21 kgf/cm2, 14 kgf/cm2 são usados para vencer a resistência da carga: 7 kgf/cm2 são usados para provocar
o fluxo pelo orifício da válvula de agulha. A taxa de fluxo, neste caso, é de 11 litros/min. Os restantes 9 litros/min são
descarregados pela válvula de alívio.
193
Apostila M2001-2 BR Tecnologia hidráulica industrial
Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Se a velocidade de um atuador tiver que ser precisa durante todo o tempo de trabalho, pode-se usar o controle de
saída do fluxo com compensação de temperatura e pressão.
Em alguns casos, a carga de trabalho muda de direção (a carga passando sobre o ponto central de um arco) ou
a pressão de carga de trabalho muda subitamente de pressão plena para pressão zero (o caso de uma broca que
rompeu a última película). Isto faz com que a carga dispare.
Uma válvula de controle de fluxo colocada no orifício de saída do atuador controla a taxa de fluxo que sai do
atuador. Este é um circuito com controle na saída, que dá um controle de velocidade positivo aos atuadores usados
em operações de furar, serrar, mandrilar e descarregar. Um circuito com controle na saída é um circuito de controle
de fluxo muito comum.
194
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Outro tipo de circuito de controle de fluxo é o circuito de sangria. Neste circuito, a válvula de controle de fluxo não
causa uma resistência adicional para a bomba. Ele opera retornando para o tanque parte do fluxo da bomba à
pressão do sistema existente. Além de gerar menos calor, um circuito de sangria pode também ser mais econômico
do que um circuito com controle na entrada ou um circuito com controle na saída.
Por exemplo, se uma vazão de 380 litros/min tivesse que ser reduzida para 340 litros/min, seria preciso uma válvula
de controle de fluxo de 340 l/min, no caso de um circuito com controle na entrada e, dependendo do tamanho
do cilindro, haveria necessidade de um controle de fluxo de 265 litros/min no caso de um cilindro com controle
na saída. Num circuito de sangria, entretanto, poderia ser usado um controle de fluxo de 38 litros/min. Mesmo
com estas vantagens aparentes, um circuito de sangria não é um circuito de controle de fluxo muito comum. Isso
acontece porque um controle de fluxo, num conjunto de sangria, controla indiretamente a velocidade de um atuador.
Ele pode medir com precisão o fluxo para o tanque, mas se houver vazamento através de vários componentes do
sistema, a velocidade do atuador diminuirá.
Um circuito de sangria pode ser usado em qualquer aplicação que não requeira uma regulagem de fluxo precisa; e
onde a carga ofereça uma resistência constante, como em retíficas, brunidoras e na elevação vertical de cargas.
195
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
No circuito de uma prensa, quando a válvula direcional encaminha o fluxo para o cabeçote traseiro do cilindro, o
peso da prensa conectado à haste do cilindro provocará uma queda incontrolável. A vazão da bomba não será
capaz de manter a prensa. Para evitar esta situação, uma válvula de pressão normalmente fechada é colocada
abaixo da prensa.
O carretel da válvula não interligará as vias primárias e secundárias até que a pressão atuante na parte superior do
carretel seja maior do que a pressão desenvolvida pelo peso da prensa (em outras palavras, quando a pressão está
presente no cabeçote traseiro do cilindro).
Desta maneira, o peso da prensa é contrabalanceado através do curso de descida. A válvula de contrabalanço
é controlada pela pressão proveniente da via primária, tão logo ocorra a inversão do fluxo, e a pressão na via
primária cai. O carretel é desatuado. As vias primária e secundária são desconectadas. O fluxo através da válvula é
desbloqueado. Uma vez que o fluxo não passa pela válvula, ele passa pela válvula de retenção (não representada).
196
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Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Uma válvula redutora de pressão é uma válvula de controle de pressão normalmente aberta. Uma válvula redutora
de pressão é acionada quando sofre a pela pressão do fluido que passou pela válvula. Quando a pressão depois da
válvula é igual à pressão ajustada na válvula, o carretel se fecha parcialmente e causa uma restrição no fluxo. Essa
restrição transforma em calor toda a energia que exceder a da regulagem da válvula.
Se a pressão depois da válvula cair, o carretel abrirá e permitirá que a pressão aumente de novo. O circuito
sincronizado da ilustração requer que o cilindro "B" aplique uma força menor do que a do cilindro "A".
Uma válvula redutora de pressão colocada logo adiante do cilindro "B" permitirá que o fluxo chegue ao cilindro até
que a pressão atinja a do ajuste da válvula. Nesse ponto, o carretel da válvula é atuado, causando uma restrição a
essa linha do circuito. O excesso de pressão adiante da válvula é transformado em calor. O cilindro "B" opera a uma
pressão reduzida.
197
Apostila M2001-2 BR Tecnologia hidráulica industrial
Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
A válvula consiste de um corpo com via primária e secundária, passagens de pilotagem interna e externa, carretel,
pistão e mola. É uma válvula normalmente fechada. Assumindo que a mola do carretel está ajustada para
56 kgf/cm2, o pistão se movimenta empurrando o carretel e abrindo a passagem através da válvula.
Se a pressão cai abaixo de 56 kgf/cm2 a válvula fecha. O pistão onde a pressão da pilotagem interna atua tem a
área menor do que a do carretel. A relação de áreas geralmente é de 8:1. Com o piloto externo conectado à linha
do motor, uma pressão de apenas 6,8 kgf/cm2 é necessária para abrir a válvula, desde que atue na parte superior
do carretel com área oito vezes maior que a do pistão. Com a válvula ajustada para 56 kgf/cm2, a válvula irá abrir
quando a linha de pressão da entrada do motor chegar a 7 kgf/cm2.
A pressão na entrada do motor será necessária apenas para girar a carga. Se a carga tender a girar sem controle,
a pressão na entrada do motor cai. A válvula fecha e não reabre até que uma contrapressão de 56 kgf/cm2 seja
gerada.
198
Apostila M2001-2 BR Tecnologia hidráulica industrial
Informações técnicas Circuitos hidráulicos básicos
Uma válvula de retenção pilotada possibilita fluxo livre da via de entrada para a de saída, exatamente como uma
válvula de retenção comum. O fluxo de fluido, ao passar através da válvula, da saída para a entrada, irá forçar o
assento contra sua sede. O fluxo através da válvula é então bloqueado.
Quando houver pressão suficiente na linha de pilotagem, o pistão é deslocado e retira o assento de sua sede. O
fluxo pode passar através da válvula, da saída para a entrada, até quando houver pressão suficiente de pilotagem.
Com uma válvula de retenção pilotada bloqueando o fluxo que sai do cilindro na "linha B", a carga ficará suspensa
até quando não houver pressão na "linha A".
A válvula de retenção permanecerá aberta enquanto a pressão na "linha A" estiver presente. Para suspender a
carga, o fluxo pode facilmente passar através da válvula, uma vez que esta é a direção de fluxo livre da válvula.
199
Apostila M2001-2 BR Tecnologia hidráulica industrial
Notas Circuitos hidráulicos básicos
200
Apostila de Comandos Eletropneumáticos Parte II - Elementos Eletropneumáticos
Elementos Eletropneumáticos
iv) Os Sensores;
A introdução destes elementos nos circuitos pneumáticos é sem dúvida uma ação
irrevogável e irreversível.
Apostila de Comandos Eletropneumáticos Parte II - Elementos Eletropneumáticos
1 – SOLENÓIDES
2 – ELETROVÁLVULAS
Os solenóides são elementos elétricos que não dispõem de uma força mecânica
compatível com a exigência de acionamento da maioria das válvulas. Assim, quase a
totalidade das eletroválvulas são servo-acionadas por solenóides. Entretanto, este servo-
acionamento encontra-se implícito nas eletroválvulas. A atenção especial deve ser
dedicada a casos em que pretende-se acoplar um solenóide a uma válvula preexistente.
A seguir podemos visualizar as ilustrações de algumas válvulas direcionais
servo-acionadas por solenóides:
Apostila de Comandos Eletropneumáticos Parte II - Elementos Eletropneumáticos
Válvulas Proporcionais
• Vazão
• Pressão
3 – SENSORES
i) Sensores Magnéticos;
ii) Sensores Indutivos;
v) Sensores de Pressão;
• Sensor Hall
O efeito Hall pode ser melhor entendido a partir da ilustração abaixo, onde a
passagem de corrente elétrica por um condutor, sofre a ação de um campo magnético
externo, provocando uma distribuição desigual da corrente no interior do condutor.
Apostila de Comandos Eletropneumáticos Parte II - Elementos Eletropneumáticos
• Sensor Reed
O sensor tipo Reed constitui-se de uma ampola de vidro, onde encontram-se dois
contatos elétricos imersos em um meio inerte. A aproximação de um campo magnético
provoca a atração dos contatos elétricos.
O princípio de
funcionamento de um
sensor Óptico está funda-
mentado na presença de
um emissor e um
receptor. A luz gerada
pelo emissor deverá
atingir ou iluminar o
Tipos de Sensores Ópticos disponíveis comercialmente
Devido a utilização de um espelho refletor este tipo de sensor pode ser utilizado
para distâncias de até 2 metros. Apresenta ainda tamanho reduzido, todavia, devem ser
tomados cuidados na instalação do refletor em relação ao foco de operação.
Botoeiras
52
Tecnologia Eletropneumática Industrial
As botoeiras com trava também invertem seus contatos Outro tipo de botoeira com trava, muito usada como
mediante o acionamento de um botão, entretanto, ao botão de emergência para desligar o circuito de
contrário das botoeiras pulsadoras, permanecem comando elétrico em momentos críticos, é acionada
acionadas e travadas mesmo depois de cessado o por botão do tipo cogumelo.
acionamento.
Botão Tipo Cogumelo com Trava (Botão de Emergência)
Botão Giratório Contrário
Esta botoeira é acionada por um botão giratório com Mais uma vez, o corpo de contatos e os bornes são os
uma trava que mantém os contatos na última posição mesmos, sendo trocado apenas o cabeçote de
acionada. Como o corpo de contatos e os bornes são acionamento. O botão do tipo cogumelo, também
os mesmos da figura anterior e apenas o cabeçote de conhecido como botão soco-trava, quando é acionado,
acionamento foi substituído, esta botoeira também inverte os contatos da botoeira e os mantêm travados.
possui as mesmas características construtivas, isto é, O retorno à posição inicial se faz mediante um pequeno
um contato fechado nos bornes 11 e 12 e um aberto giro do botão no sentido horário, o que destrava o
13 e 14. Quando o botão é acionado, o contato fechado mecanismo e aciona automaticamente os contatos de
11/12 abre e o contato 13/14 fecha e se mantêm volta à mesma situação de antes do acionamento.
travados na posição, mesmo depois de cessado o
acionamento. Para que os contatos retornem à posição Outro tipo de botão de acionamento manual utilizado
inicial é necessário acionar novamente o botão, agora em botoeiras é o botão flip-flop, também conhecido
no sentido contrário ao primeiro acionamento. como divisor binário, o qual se alterna de acordo com
os pulsos de acionamento no botão de comando, uma
vez invertendo os contatos da botoeira, e uma outra
trazendo-os à posição inicial.
53
Tecnologia Eletropneumática Industrial
Chaves Fim de Curso a passagem da corrente elétrica, enquanto que os
contatos 13 e 14 fecham, liberando a corrente.
As chaves fim de curso, assim como as botoeiras, são Os roletes mecânicos citados podem ser acionados
comutadores elétricos de entrada de sinais, só que em qualquer direção que efetuarão a comutação dos
acionados mecanicamente. As chaves fim de curso contatos das chaves fim de curso.
são, geralmente, posicionadas no decorrer do percurso
de cabeçotes móveis de máquinas e equipamentos Existem, porém, outros tipos de roletes que somente
industriais, bem como das hastes de cilindros comutam os contatos das chaves se forem acionados
hidráulicos e ou pneumáticos. num determinado sentido de direção. São os
chamados roletes escamoteáveis, também
O acionamento de uma chave fim de curso pode ser conhecidos, na indústria, por gatilhos.
efetuado por meio de um rolete mecânico ou de um
rolete escamoteável, também conhecido como gatilho. Esta chave fim de curso, acionada por gatilho, somente
Existem, ainda, chaves fim de curso acionadas por inverte seus contatos quando o rolete for atuado da
uma haste apalpadora, do tipo utilizada em instrumen- esquerda para a direita. No sentido contrário, uma
tos de medição como, por exemplo, num relógio articulação mecânica faz com que a haste do mecanis-
comparador. mo dobre, sem acionar os contatos comutadores da
chave fim de curso.
Chave Fim de Curso Tipo Rolete
Dessa forma, somente quando o rolete é acionado da
esquerda para a direita, os contatos da chave se
invertem, permitindo que a corrente elétrica passe
pelos contatos 11 e 14 e seja bloqueada entre os
contatos 11 e 12. Uma vez cessado o acionamento,
os contatos retornam à posição inicial, ou seja, 11
interligado com 12 e 14 desligado.
54
Tecnologia Eletropneumática Industrial
Diante dessa característica comum da maior parte dos
Chave Fim de Curso Tipo Gatilho
sensores de proximidade, é necessária a utilização de
relés auxiliares com o objetivo de amplificar o sinal de
saída dos sensores, garantindo a correta aplicação do
sinal e a integridade do equipamento.
Sensor Capacitivo
Sensores de Proximidade
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Tecnologia Eletropneumática Industrial
Os sensores de proximidade ópticos detectam a
Sensor Óptico por Barreira Fotoelétrica
aproximação de qualquer tipo de objeto, desde que
este não seja transparente.
A distância de detecção varia de 0 a 100 mm,
dependendo da luminosidade do ambiente. Normal-
mente, os sensores ópticos são construídos em dois
corpos distintos, sendo um emissor de luz e outro re-
ceptor.
Quando um objeto se coloca entre os dois, interrom-
pendo a propagação da luz entre eles, um sinal de
saída é então enviado ao circuito elétrico de comando.
Os sensores de proximidade magnéticos, como o mente sobre as camisas dos cilindros dotados de
próprio nome sugere, detectam apenas a presença de êmbolos magnéticos. Toda vez que o êmbolo magnéti-
materiais metálicos e magnéticos, como no caso dos co de um cilindro se movimenta, ao passar pela região
imãs permanentes. da camisa onde externamente está posicionado um
São utilizados com maior freqüência em máquinas e sensor magnético, este é sensibilizado e emite um si-
equipamentos pneumáticos e são montados direta- nal ao circuito elétrico de comando.
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Tecnologia Eletropneumática Industrial
Pressostatos
1 2
Simbologia
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Tecnologia Eletropneumática Industrial
Instruções para Regulagem de Pressão
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Elementos de Processamento de Sinais Além de relés auxiliares de 2 contatos abertos ( NA) e
2 contatos fechados ( NF ), existem outros que
Os componentes de processamento de sinais elétricos apresentam o mesmo funcionamento anterior mas com
são aqueles que analisam as informações emitidas ao 3 contatos NA e 1 NF.
circuito pelos elementos de entrada, combinando-as
entre si para que o comando elétrico apresente o com-
portamento final desejado diante dessas informações.
Entre os elementos de processamento de sinais
podemos citar os relés auxiliares, os contatores de
potência, os relés temporizadores e os contadores,
entre outros, todos destinados a combinar os sinais
para energização ou desenergização dos elementos
de saída.
Relés Auxiliares
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Tecnologia Eletropneumática Industrial
Contatores de Potência Relé Temporizador com Retardo na Desenergização
Relés Temporizadores
AE
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Contadores Predeterminadores Para retornar seu contato comutador à posição inicial
e zerar seu mostrador, visando o início de uma nova
Os relés contadores registram a quantidade de pulsos contagem, basta emitir um pulso elétrico em sua bobina
elétricos a eles enviados pelo circuito e emitem sinais de reset R1/R2 ou simplesmente acionar manualmen-
ao comando quando a contagem desses pulsos for te o botão reset, localizado na parte frontal do
igual ao valor neles programados. Sua aplicação em mostrador.
circuitos elétricos de comando é de grande utilidade,
não somente para contar e registrar o número de ciclos Elementos de Saída de Sinais Luminosos
de movimentos efetuados por uma máquina mas, e Sonoros
principalmente, para controlar o número de peças a
serem produzidas, interrompendo ou encerrando a Os componentes de saída de sinais elétricos são
produção quando sua contagem atingir o valor neles aqueles que recebem as ordens processadas e
determinado. enviadas pelo comando elétrico e, a partir delas,
realizam o trabalho final esperado do circuito. Entre
Contador Predeterminador os muitos elementos de saída de sinais disponíveis
no mercado, os que nos interessam mais diretamente
são os indicadores luminosos e sonoros, bem como
os solenóides aplicados no acionamento eletromag-
nético de válvulas hidráulicas e pneumáticas.
Os indicadores luminosos são lâmpadas incandescen-
tes ou LEDs, utilizadas na sinalização visual de eventos
ocorridos ou prestes a ocorrer. São empregados,
geralmente, em locais de boa visibilidade, que facilitem
a visualização do sinalizador.
Os indicadores sonoros são campainhas, sirenes,
cigarras ou buzinas, empregados na sinalização
acústica de eventos ocorridos ou prestes a ocorrer.
Ao contrário dos indicadores luminosos, os sonoros
são utilizados, principalmente, em locais de pouca
visibilidade, onde um sinalizador luminoso seria pouco
eficaz.
61
Tecnologia Eletropneumática Industrial
Solenóides Quando o campo magnético é gerado, em conseqüên-
cia da energização da bobina, o êmbolo da válvula é
atraído, abrindo ou fechando diretamente as passa-
gens do ar comprimido no interior da carcaça da
válvula.
62
Referências
▪ COEL. Contador digital de impulso HCW1840. 2010. Disponível em: <http://www.
coel.com.br/produtos.asp>. Acesso em: 08 mar. 2010.
▪ FAMIC Automation Studio 2009. Version 5.6: Famic Technologies Inc, 2009. 1. CD-ROM.
▪ ______. Introdução à hidráulica proporcional. São Paulo: Festo Didactic, 1986. 206 p.
Linhas de fluxo
Linha de pilotagem
Mangueira flexível
União de linhas
Direção do fluxo
Fluxo pneumático
Sentido de rotação
Motor elétrico
Motor térmico
Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)
Acoplamentos
Acoplamento
Compressores
Condicionadores de energia
Filtro
Desumidificador de ar
Lubrificador
Reservatório de ar
3/2 vias
4/3 vias
Métodos de acionamento
Detente ou trava
Manual
Mecânico (rolete)
Pedal
Alavanca
Botão
Mola
Solenóide
Piloto
Duplo acionamento
Osciladores
Haste dupla
Orifício fixo
Orifício variável
Simples
Alívio ou segurança
Redutora de pressão
Instrumentos e acessórios
Manômetro
Vacuômetro
Termômetro
Filtro
Registro fechado
Registro aberto
Símbolos gráficos mais utilizados para componentes de sistemas hidráulicos (conforme nor-
ma ISO 1219).
Linhas de fluxo
Linha de trabalho e retorno
Mangueira flexível
União de linhas
Direção do fluxo
Fluxo hidráulico
Sentido de rotação
Fontes de energia/acoplamento
Motor elétrico
Motor térmico
Acoplamento
Métodos de acionamento
Detente ou trava
Manual
Mecânico (rolete)
Pedal
Alavanca
Botão
Mola
Solenóide convencional
Solenóide proporcional
Piloto
Duplo acionamento
Orifício fixo
Orifício variável
Válvula de retenção
Simples
Pilotada
Reguladora de pressão
(alívio)
Sequência
Redutora de pressão
Aberto à atmosfera
Pressurizado
Bombas
Osciladores
Atuadores lineares
Cilindro telescópio
Manômetro
Vacuômetro
Termômetro
Pressostato
Transdutor de pressão
Termostato
Fluxostato
Filtro
Válvula de bloqueio