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Pneumática
SENAI – 2007
1ª edição, 2005
Trabalho elaborado pela Escola SENAI “Hermenegildo Campos de Almeida”
E’mail senaiguarulhos@sp.senai.br
Home Pagel www.sp.senai.br
4 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Sumário
Histórico 7
Características de uso do ar comprimido 9
Escape de ar 13
Fundamentos das leis físicas dos gases 15
Grandezas, unidades e seus símbolos – Força e Pressão 17
Equivalência entre unidades de pressão 19
Compressores 21
Critérios para escolha de compressores 31
Manutenção de compressores 33
Impurezas 35
Dimensionamento da rede condutora 43
Montagem da rede de distribuição de ar comprimido 49
Unidade de conservação 53
Filtros de ar comprimido 55
Regulador de pressão 57
Lubrificador de ar comprimido 61
Simbologia 63
Composição dos comandos pneumáticos 65
Tipos de acionamentos de válvulas 69
Características de construção em válvulas direcionais 73
Válvulas corrediças 83
Válvulas eletromagnéticas 89
Válvulas de bloqueio 93
Válvula reguladora de fluxo unidirecional 95
Válvula de escape rápido 97
Expulsor pneumático 99
Válvulas de pressão 101
SENAI - Guarulhos 5
Pneumática
6 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Histórico
SENAI - Guarulhos 7
Pneumática
ser que estivesse a serviços de reis e exércitos, para aprimoramento das máquinas de
guerra. Como conseqüência, a maioria das informações perdeu-se por séculos.
Durante um longo período, o desenvolvimento da energia pneumática sofreu
paralisação, renascendo apenas no séculos XVI e XVII, com as descobertas dos
grandes pensadores e cientistas como Galileu, Otto Von Guericke, Robert Boyle,
Bacon e outros, que passaram a observar as leis naturais sobre compressão e
expansão dos gases. Leibinz, Huyghens, Papin e Newcomem, São considerados o pai
da Física Experimental, sendo que os dois últimos consideravam a pressão
atmosférica como uma força enorme contra o vácuo efetivo, o que era objeto das
Ciências Naturais, Filosóficas e da especulação Teológica desde Aristoteles até o final
da da época Escolástica.
Encerrando este período, encontrava-se Evangelista Torricelli, o inventor do barômetro,
um tubo de mercúrio para medir a pressão atmosférica. Com a invenção da máquina a
vapor de Watts, tem início a era da máquina. No decorrer dos séculos, desenvolveram-
se várias maneiras de aplicação do ar, com o aprimoramento da técnica e novas
descobertas. Assim, foram surgindo os mais extraordinários conhecimentos físicos,
bem como alguns instrumentos.
Um longo caminho foi percorrido, das máquinas impulsionadas por ar comprimido na
Alexandria aos engenhos pneumo-eletrônicos de nossos dias. Portanto, o homem
sempre tentou aprisionar esta força para coloca-la a seu serviço, com um único
objetivo: controla-la e faze-la trabalhar quando necessário.
Atualmente, o controle do ar suplanta os melhores graus da eficiência, executando
operações sem fadiga, economizando tempo, ferramentas e materiais, além de
fornecer segurança ao trabalho.
O termo pneumática é derivado do grego Pneumos ou Pneuma (respiração, sopro) e é
definido como parte da Física que se ocupa da dinâmica e dos fenômenos físicos
relacionados com os gases ou vácuos. É também o estudo da conversão da energia
pneumática em energia mecânica, através dos respectivos elementos de trabalho.
8 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Característica de uso do ar
comprimido
Nos dias de hoje, o ar comprimido é indispensável, e para a sua utilização nos mais
diferentes ramos industriais instalam-se aparelhos pneumáticos.
SENAI - Guarulhos 9
Pneumática
Rentabilidade do ar comprimido
Vamos a uma aplicação prática, e você vai observar, pelos resultados, como o
emprego do ar comprimido é vantajoso.
Uma carga tem de ser transportada, e para desenvolver a operação dispomos de 1m3
(1000 l ) de ar comprimido em:
• um cilindro (no 1) com 35mm de diâmetro e um curso de 400mm que levanta
volumes de 200N (20kp);
• um segundo cilindro (n0 2) com as mesmas dimensões e um curso de 200mm que
empurra a carga para uma esteira transportadora (veja a figura abaixo).
10 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Dispomos também de operários, que poderiam executar essa mesma operação com
trabalho braçal.
Com base nesses dados, concluímos que, para ambos os cilindros, serão necessários
8 litros de ar por curso duplo (para cima e para baixo).
1000 : 8 ⇒ 125
Isso significa que, com um metro cúbico de ar, podemos levantar e empurrar 125
volumes para uma esteira transportadora.
SENAI - Guarulhos 11
Pneumática
12 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Escape de ar
Diagrama de escape de ar
0,5 ( Vazão )
x 60 Minutos
30 m3/h
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Pneumática
0,5 . 60 = 30 ⇒ 30m3 de ar
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Pneumática
Você já deve saber que a superfície terrestre está permanentemente envolvida por
uma camada de ar. Essa massa gasosa (ar), denominada de atmosfera, tem a
composição aproximada de:
• 78% de nitrogênio;
• 22% de oxigênio.
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Pneumática
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Pneumática
No quadro a seguir, você verá algumas grandezas físicas que são importantes no
estudo da Pneumática.
SENAI - Guarulhos 17
Pneumática
Força e Pressão
O peso exerce, sobre o gancho, uma força de 10N, em um ponto bem determinado.
O mesmo peso, apoiado sobre a mesa, exerce uma força de 10N. Só que essa força é
subdividida em outras forças menores, que são distribuídas sobre toda a área de
contato entre o peso e a mesa.
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Pneumática
1 atm 5 4
2 9,81x10 9,81x10 0,968 0,981 1 736 10
(kp/cm )
1 Torr 3 -3 -3 -3 -3
1,33x10 133 1,31x10 1,36x10 1,36x10 1 13,6x10
(mm de Hg)
1m da
4 3 -2 -2
coluna de 9,81x10 9,81x10 9,68x10 9,81x10 0,1 73,6 1
água
Atenção
O aparelho que mede a pressão (manômetro normal) indica apenas a pressão relativa,
não registra a pressão atmosférica.
Exemplo
O manômetro indica:
SENAI - Guarulhos 19
Pneumática
Volume (V)
Pressão (p) ⇒ Variáve is de estado
Temperatura (T)
20 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Compressores
Instalação de produção
Muito importante é o grau de pureza do ar. Ar limpo garante uma longa vida útil à
instalação. O emprego correto dos diversos tipos de compressores também deve ser
considerado.
SENAI - Guarulhos 21
Pneumática
Tipos de compressores
Tipos de compressores
Este tipo de compressor é o mais usado, atualmente, porque é apropriado para todos
os tipos de pressão. O campo de pressão pode variar de um bar até milhares de bar.
SENAI - Guarulhos 23
Pneumática
24 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Esse tipo pertence ao grupo dos compressores de êmbolo. O êmbolo fica separado,
por uma membrana, da câmara de sucção e compressão, isto é, o ar não entra em
contato com as partes deslizantes.
O rotor tem, nos rasgos, palhetas que, em conjunto com a parede, formam pequenos
compartimentos (células).
SENAI - Guarulhos 25
Pneumática
Quando em rotação, as palhetas são projetadas contra a parede, pela força centrífuga.
Devido à excentricidade de localização do rotor, há uma diminuição e aumento das
células.
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Pneumática
A compressão ocorre cada vez que o extremo de um dos êmbolos coincide com a
concavidade do outro êmbolo.
Turbocompressor
Compressor axial
SENAI - Guarulhos 27
Pneumática
Compressor radial
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Pneumática
Volume
Neste diagrama estão indicadas as capacidades, em quantidade aspirada e pressão
alcançada, para cada tipo de compressor.
SENAI - Guarulhos 29
Pneumática
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Pneumática
Volume de ar fornecido
SENAI - Guarulhos 31
Pneumática
Pressão
Há dois tipos de pressão:
• Pressão de regime
• Pressão de trabalho
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Pneumática
Manutenção de
compressores
Irregularidades na compressão
SENAI - Guarulhos 33
Pneumática
válvulas presas.
Se os períodos de funcionamento são mais longos que os normais, isto pode ter como
causa:
válvulas sujas ou empenadas;
entupimento do filtro de ar;
depósito de partículas sobre o cilindro;
perda de ar nas linhas;
necessidade de maior capacidade de ar.
34 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Impurezas
Resfriador
1. Entrada de ar
2. Saída de ar (refrigerado)
3. Entrada de água de refrigeração
4. Saída de água
5. Peça de refrigeração
6. Separador
7. Saída de água condensada
8. Válvula de segurança
SENAI - Guarulhos 35
Pneumática
Em muitos casos , o que leva a falhas e avarias nas instalações e nos elementos
pneumáticos são as impurezas em formas de partículas de sujeira ou ferrugem que se
acumulam nas tubulações.
umidade relativa
umidade relativa = x 100%
quantidade de saturação
Exemplo:
No ponto de orvalho, a 200C, 1m3 de ar contém 17,3g de água.
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Pneumática
Exemplo
Para um ponto de orvalho de 313k (400C), 1Nm3 de ar contém 50g de água.
SENAI - Guarulhos 37
Pneumática
Esta mistura deve ser removida periodicamente do absorvedor. A operação pode ser
manual ou automática.
38 SENAI - Guarulhos
Pneumática
SENAI - Guarulhos 39
Pneumática
Posteriormente, o ar comprimido pode ainda passar por um filtro fino a fim de eliminar os
corpos estranhos.
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Pneumática
umidade absoluta do ar
umidade relativa do ar = x 100%
quantidade de saturação
60% . 80g/m 3
umidade absoluta do ar = = 48g/m3
100%
3 3
48g/m . 400m /h = 19200g/h = 19,2kg/h
SENAI - Guarulhos 41
Pneumática
42 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Dimensionamento da
rede condutora
Cada máquina, cada dispositivo requer uma quantidade adequada de ar, que é
fornecida pelo compressor, através da rede distribuidora.
Na instalação dessa rede já deve ser prevista a possibilidade de ampliação futura, pois
a montagem de uma nova rede distribuidora, de dimensões maiores que a anterior,
acarretaria despesas muito elevadas.
Cálculo da tubulação
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Pneumática
46 SENAI - Guarulhos
Pneumática
SENAI - Guarulhos 47
Pneumática
48 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Montagem da rede de
distribuição de ar
comprimido
As tubulações, em especial nas redes em circuito aberto, devem ser montadas com um
declive de 1% a 2%, na direção do fluxo.
SENAI - Guarulhos 49
Pneumática
Dessa forma, evita-se que a água condensada que eventualmente esteja na tubulação
principal possa chegar às tomadas de ar através dos ramais.
Para interceptar e drenar a água condensada devem ser instaladas derivações com
drenos na parte inferior da tubulação principal.
Rede combinada
A rede combinada também é uma instalação em circuito fechado, a qual, por suas
ligações longitudinais e transversais, oferece a possibilidade de trabalhar com ar em
qualquer lugar.
SENAI - Guarulhos 51
Pneumática
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Pneumática
Unidade de conservação
SENAI - Guarulhos 53
Pneumática
Filtro de ar comprimido
Quando o filtro não é dotado de dreno automático, o nível de água condensada deve
ser controlado regularmente, pois a água não deve ultrapassar a altura determinada no
copo. A água condensada acumulada pode ser arrastada para a tubulação de ar
comprimido e equipamentos.
Lubrificador de ar comprimido
Controlar o nível de óleo no copo reservatório. Sempre que necessário, completar o
óleo até no nível indicado. Filtros de material plástico e copo lubrificador devem ser
limpos somente com querosene. Solventes como “thinner”, acetona, acetatos, etc. não
são recomendados, pois os mesmos atacam o material plástico. Para o lubrificador,
devem ser usados somente óleos minerais de baixa viscosidade (máximo 200 Engler).
54 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Filtros de ar comprimido
Filtro de ar comprimido
A função de um filtro de ar comprimido é reter as partículas de impureza, bem como a
água condensada, presentes no ar que passa por ele.
SENAI - Guarulhos 55
Pneumática
As partículas sólidas, maiores que porosidade do filtro, são retidas por este. Com o
tempo, o acúmulo dessas partículas impede a passagem do ar. Portanto, o elemento
filtrante deve ser limpo ou substituído a intervalos regulares. Em filtros normais, a
porosidade encontra-se entre 30 e 70µm
Filtros mais finos têm elementos com porosidade até 3µm. Se houver acentuada
deposição de condensado, convém substituir a válvula de descarga manual por uma
automática.
Pelo furo, o condensado atinge a câmara entre as vedações. Com o aumento do nível
do condensado, o flutuador se ergue. A um determinado nível, abre-se a passagem. O
ar comprimido existente no copo passa por ela e desloca o êmbolo para a direita. Com
isso abre-se o escape para o condensado. Pelo escape, o ar só passa lentamente,
mantendo-se, com isso, a saída do condensado, aberta por um tempo ligeiramente
maior.
56 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Regulador de pressão
A pressão é regulada por meio de uma membrana. Uma das faces da membrana é
submetida à pressão de trabalho. Do outro lado atua uma mola cuja pressão é
ajustável por meio de um parafuso de regulagem. Com aumento da pressão de
trabalho, a membrana se movimenta contra a força da mola. Com isso, a secção
nominal de passagem na sede da válvula diminui progressivamente ou se fecha
totalmente. Isto significa que a pressão é regulada pelo fluxo.
SENAI - Guarulhos 57
Pneumática
58 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Funcionamento
SENAI - Guarulhos 59
Pneumática
60 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Lubrificador de ar
comprimido
Nos elementos pneumáticos encontram-se peças móveis que devem ser submetidas a
lubrificação. Os materiais lubrificantes são necessários para garantir desgaste mínimo
nos elementos móveis, manter tão mínimas quanto possível as forças de atrito e
proteger os aparelhos contra corrosão. Mediante o Lubrificador, espalha-se no ar
comprimido uma névoa adequada de óleo.
Princípio Venturi
SENAI - Guarulhos 61
Pneumática
Funcionamento do lubrificador
ÓLEOS RECOMENDADOS
Shell – Shell Tellus C-10
Esso – Turbine Oil-32
Esso – Spinesso-22
Mobil Oil – Mobil Oil DTE-24
Valvoline – Valvoline R-60
Castrol – Castrol Hyspin AWS-32
Lubrax – HR 68 EP
Lubrax – Ind CL 45 Of
Texaco – Kock TEX-100
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Pneumática
Simbologia
Símbolos
SENAI - Guarulhos 63
Pneumática
Lubrificador de ar comprimido
Unidade de conservação
Manômetro
64 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Todos os elementos de comando e de sinais que têm por finalidade influenciar o fluxo
de informações ou energia (em nosso caso o ar comprimido) são denominados
válvulas, independentemente de sua forma construtiva.
Válvulas direcionais
São elementos que influenciam o percurso de um fluxo de ar, principalmente nas
partidas, nas paradas e na direção do fluxo. Em esquemas pneumáticos, usam-se
símbolos gráficos para descrições de válvulas. Estes símbolos não caracterizam os
diferentes tipos de construção, mas somente a função das válvulas.
SENAI - Guarulhos 65
Pneumática
Para melhor compreensão, tomemos uma torneira comum como exemplo. Esta
torneira poderá estar aberta ou fechada.
Torneira comum
Fechada Aberta
As vias de passagem de uma válvula são indicadas por linhas nos quadrados
representativos de posições e a direção do fluxo, por setas.
66 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Assim, temos:
• Válvula normal fechada (NF) que não permite passagem do fluído na posição
normal.
• Válvula normal aberta (NA) que permite passagem do fluído na posição normal.
SENAI - Guarulhos 67
Pneumática
Exemplo
Válvula direcional de 4 vias, 3 posições, centro aberto (válvula 4/3 vias, centro aberto)
Para garantir a identificação e ligação corretas das válvulas, marcam-se as vias com
letras maiúsculas (DIN) ou com números (ISO).
Considere-se:
68 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Tipos de acionamentos de
válvulas
Geral
Por botão
Por alavanca
Por pedal
Acionamento mecânico
Por apalpador
Por mola
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Pneumática
Um enrolamento ativo
Acionamento pneumático
• Acionamento direto
• Acionamento indireto
Acionamento combinado
70 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Exemplo
Válvula direcional de 3 vias, 2 posições, acionada por botão. Retorno por mola.
Acionamento contínuo
Durante o tempo de comutação, a válvula é acionada mecânica, manual, pneumática
ou eletricamente. O retorno efetua-se manual ou mecanicamente pela mola.
SENAI - Guarulhos 71
Pneumática
72 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Características de
construção em válvulas
direcionais
2. Válvulas corrediças
• longitudinal (carretel)
• plana longitudinal (comutador)
• giratória (disco)
As ligações em válvulas de sede são abertas e fechadas por esfera, prato ou cone.
As válvulas de sede têm poucas peças de desgaste, prolongando assim a vida útil.
SENAI - Guarulhos 73
Pneumática
Uma mola pressiona uma esfera contra a sede, evitando que o ar comprimido passe da
ligação de pressão P para o canal A. Por acionamento da haste da válvula, afasta-se
da esfera da sede. Para isso, é necessário vencer a força da mola e a força do ar
comprimido.
74 SENAI - Guarulhos
Pneumática
volume de ar, que não é aproveitado para o trabalho. Quando isto ocorre, diz-se que
existe exaustão cruzada.
SENAI - Guarulhos 75
Pneumática
Uma válvula direcional de 4 vias (4/2), com princípio de sede prato, consiste na
combinação de duas válvulas de 3 vias (3/2), sendo uma válvula em posição inicial
fechada e outra aberta.
Empurrando ainda mais os apalpadores até os pratos, serão abertas as vias de P para
A e de B para R.
Este tipo de válvula é livre de exaustão cruzada e o retorno a posição inicial é feito
através de molas.
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Pneumática
SENAI - Guarulhos 77
Pneumática
Outro tipo de construção de uma válvula direcional 3/2 vias com princípio de sede de
prato está representado na figura abaixo.
A figura anterior mostra uma válvula direcional de 5 vias (5/2) duplo piloto. Trata-se de
uma válvula de construção pequena (tipo miniatura) que trabalha segundo o princípio
de assento flutuante.
78 SENAI - Guarulhos
Pneumática
SENAI - Guarulhos 79
Pneumática
Função
Na posição inicial, o fluxo de ar em P está bloqueado. A válvula piloto é alimentada
através de uma pequena passagem com o canal de alimentação P. O fluxo de ar de
trabalho em A é esgotado em R.
Este tipo de construção de válvula possibilita o seu emprego como uma válvula normal
aberta ou normal fechada.
80 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Para transformar a válvula de normal fechada para normal aberta, basta trocar as
ligações P e R e girar em 180º o cabeçote (unidade de acionamento).
SENAI - Guarulhos 81
Pneumática
82 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Válvulas corrediças
São tipos de válvulas direcionais em que os pontos de ligação no corpo da válvula são
interligados e fechados por pistões corrediços, patins chatos ou discos giratórios.
Neste tipo de válvula, são possíveis todas as formas de acionamento: manual, elétrico
e pneumático. O mesmo é válido também para o retorno à posição inicial.
SENAI - Guarulhos 83
Pneumática
Nas válvulas pneumáticas, a folga do carretel não deve ultrapassar 0,005mm. Uma
folga maior provocaria grandes vazamentos internos.
Sendo muito dispendisioso obter ajustes desta natureza, geralmente veda-se com
anéis “ O - Ring” ou com guarnições tipo copo, pelo processo dinâmico (montados nos
carretéis) ou estático (anéis “O - Ring” no corpo da válvula). As aberturas de passagem
do ar podem ser distribuídas na circunferência das buchas do pistão, evitando, assim,
danificações dos elementos vedantes.
84 SENAI - Guarulhos
Pneumática
A interligação dos canais é feita, porém, por uma corrediça plana suplementar. A
corrediça ajusta-se automaticamente pela pressão do ar e pela mola montada, obtendo
uma boa vedação ao deslizar.
SENAI - Guarulhos 85
Pneumática
Válvula direcional de corrediça plana longitudinal 4/2 vias, duplo piloto negativo
Por isso, em ambos os carretéis, existem pequenos orifícios que são ligados com o
canal P. Existindo ar comprimido no canal P, ambos os lados do carretel também ficam
sob pressão.
Esgotado o ar do canal Y,a pressão cai. No lado oposto (Z), com pressão maior, o
carretel é empurrado para o lado despressurizado.
Ao fechar o canal Y, a pressão aumenta outra vez nesta câmara, porém, o carretel
permanece em sua posição (comportamento biestável) até que, por exaustão, suceda
uma comutação em sentido contrário. Em muitos casos, o emprego destas válvulas em
formação de comando resulta em simplicidade e baixo custo. Entretanto, caso haja um
rompimento na tubulação de comando ou vazamento, a válvula será comutada.
Quando a válvula estiver na posição central, o êmbolo do cilindro poderá ser desligado
manualmente para a posição desejada em seu curso.
Válvula corrediça giratória, centro fechado Válvula corrediça giratória, centro aberto
SENAI - Guarulhos 87
Pneumática
Vazão em válvulas
Vazão é a quantidade de fluído que passa através da secção de uma tubulação em
uma unidade de tempo. Tratando-se de válvulas, geralmente os fabricantes fornecem
os valores da vazão por ser um fator importante na utilização das mesmas. A vazão
está diretamente ligada ao volume, à velocidade dos cilindros, aos números de
comandos, à queda de pressão, etc.
88 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Válvulas eletromagnéticas
pressostatos, etc.
SENAI - Guarulhos 89
Pneumática
Este tipo de válvula permite exaustão cruzada. Para válvulas de maior porte ou de
grande vazão, este tipo de construção seria antieconômico, pois as bobinas seriam
muito grandes.
90 SENAI - Guarulhos
Pneumática
SENAI - Guarulhos 91
Pneumática
92 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Válvulas de bloqueio
Válvula de retenção
Símbolos
94 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Nesta válvula, a regulagem do fluxo é feita somente em uma direção. Uma válvula de
retenção fecha a passagem numa direção e o ar pode fluir somente através da área
regulada. Em sentido contrário, o ar passa livre através da área de retenção aberta.
Empregam - se estas válvulas para a regulagem da velocidade em cilindros
pneumáticos.
SENAI - Guarulhos 95
Pneumática
Por meio de um parafuso pode - se regular a velocidade - base. Um came, que força o
rolete para baixo, regula a secção transversal de passagem e o fluxo de ar em um
sentido.
96 SENAI - Guarulhos
Pneumática
SENAI - Guarulhos 97
Pneumática
98 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Expulsor pneumático
(por impulso)
SENAI - Guarulhos 99
Pneumática
Válvulas de pressão
São válvulas que influenciam principalmente a pressão e pelas quais podem ser feitos
regulagem ou comandos dependendo da pressão.
Válvula seqüencial
Válvulas de fluxo
Estas válvulas têm por finalidade influenciar o fluxo do ar comprimido. O fluxo será
influenciado igualmente em ambas as direções.
Regulável Constante
Válvulas de fechamento
Demonstração simples
Tipo assento
Combinações de válvulas
Esta unidade consiste em uma válvula de 3/2 vias NF, com acionamento
pneumático, de uma válvula reguladora de fluxo unidirecional e de reservatório de
ar.
Função
A válvula de retardo é composta de uma válvula de 3/2 vias, uma válvula reguladora de
fluxo unidirecional e um reservatório de ar. Na válvula de retardo, a válvula de 3/2 vias
é normalmente aberta (NA).
Também neste caso, o ar de comando entra pela conexão Z. Uma vez estabelecida no
reservatório de ar a pressão necessária para comando, a válvula 3/2 vias é acionada e
fecha- se a passagem de P para A. Retirando o ar de Z, a válvula voltará à sua posição
normal.
A válvula flip-flop é composta de: uma válvula 3/2 vias NF, acionamento pneumático de
retorno por mola, um pistão de comando com haste basculante e um came. Esta válvula
aplica-se para acionamento alternado de avanço e retorno de cilindro ou como divisor de
sinais. A flip-flop é uma válvula de atuação pneumática que, a cada impulso na conexão
Z, permanece aberta ou fechada, ou seja, os canais permanecem interligados de P para
A ou de A para R. A saída em A tem a função binária “sim-não”.
Uma outra vantagem é o emprego de chaves fim de curso elétrico, com dimensões
correspondentes às das válvulas.
Os discos são agrupados em duas metades de curva, que podem ser giradas uma
em relação à outra. Girando uma das curvas, pode-se modificar o curso de atuação,
sem escalonamento, de 180º até 360º.
Cilindros
A força da mola é calculada para que ela possa fazer o pistão retroceder à posição
inicial, com uma velocidade suficientemente alta, sem dispender grande energia.
Em cilindros de ação simples com mola montada, o curso do êmbolo é limitado pelo
cumprimento da mola.
Estes cilindros podem, em princípio, ter curso ilimitado, porém deve-se levar em
consideração as possibilidades deformação por flexão e flambagem. São encontrados,
normalmente, cilindros de ação dupla com curso até 2000mm.
Os cilindros de ação dupla, também designados por duplo efeito, são empregados em
todos os casos em que é necessária força nos dois sentidos do movimento, devendo-
se entretanto observar que os esforços de flexão sobre a haste dos cilindros devem ser
evitados ao máximo, através do uso de guias, fixações oscilantes, etc., para que não
haja desgaste acentuado de bucha, gaxeta do mancal e gaxeta do êmbolo. A vedação,
neste caso, efetua-se mediante êmbolo (pistão de dupla vedação).
Com o escape de ar restringido, cria-se uma sobrepressão que, para ser vencida,
absorve grande parte de energia, o que resulta em perda de velocidade nos fins de
Possibilidades de amortecimento:
• amortecimento regulável em ambos os lados;
• amortecimento regulável em um só lado do êmbolo (dianteiro ou traseiro);
• amortecimento não regulável em ambos os lados;
• amortecimento não regulável em um só lado do êmbolo (dianteiro ou traseiro)
Ele é recomendado para obter grande desempenho quando a área útil do cilindro é
pequena.
Kg.m 2
E = energia em ≅ joule
S2
M.V 2
E= M = massa em Kg
2
V = velocidade em m/s
A energia destes cilindros será empregada para prensar, rebordar, rebitar, cortar, etc.
A câmara A é exaurida.
Cilindro rotativo
Na execução com cilindros de ação dupla, a haste do êmbolo tem um perfil dentado
(cremalheira).
De acordo com a necessidade, o movimento rotativo poderá ser de 45°, 90°,180° até
720°.
Isto significa que se o cilindro tem uma capacidade de giro de 180°, por exemplo,
poderá, mediante uma regulagem, determinar outras possibilidades de rotação até
180°.
O acionamento giratório emprega-se para virar peças, curvar tubos, regular instalações
de ar condicionado, acionar válvulas de fechamento e válvulas - borboletas, etc.
Tipos de fixação
Determina-se o tipo de fixação dos cilindros pela montagem dos mesmos em máquinas
e dispositivos. É importante que sua fixação seja perfeita, de modo que possamos
aproveitar toda energia fornecida pelo equipamento, ao mesmo tempo, evitando danos
aos cilindros.
Oscilante
Componentes de um cilindro
Componentes de um cilindro
A camisa (1), na maioria dos casos, é feita de um tubo de aço trefilado a frio, sem
costura. Para aumentar a vida útil dos elementos de vedação, a superfície interna do
tubo é brunida. Para casos especiais, o cilindro é feito de alumínio ou latão ou de aço
com superfície interna de cromo duro. Estes equipamentos serão empregados para
trabalhos nem sempre contínuos ou onde existe possibilidade de corrosão muito
acentuada.
Para as tampas (2) e (3) usa-se normalmente material fundido (alumínio fundido ou
ferro maleável). A fixação das tampas pode ser feita com tirantes, roscas ou flanges.
A haste do êmbolo (4) geralmente é feita com aço beneficiado e, com proteção
anticorrosiva, tem boa porcentagem de cromo. As roscas são geralmente laminadas,
diminuindo assim o perigo de ruptura. Sob pedido, a haste do êmbolo pode ser
temperada. Maior densidade da haste, neste caso, será de 1µm.
Para a vedação da haste do êmbolo, existe um anel circular (5) na tampa anterior. A
haste do êmbolo está guiada na bucha de guia (6). Esta bucha pode ser de bronze
sinterizado ou de material sintético metalizado.
Na frente desta bucha, encontra-se o anel limpador (7), que evita a entrada de
partículas de pó e de sujeira no cilindro. Assim, não é necessária outra proteção.
Material de guarnição
Juntas toroidais ou “ O-Ring” (9) são utilizadas para vedação estática. Este tipo de
vedação não é recomendado em vedações móveis, pois provoca relativa perda de
carga por atrito.
Junta duplo lábio (T – DUO) Junta duplo copo com anel deslizante
Anel de vedação em L
Força do êmbolo
A força do êmbolo, exercida com o elemento de trabalho, depende da pressão de ar,
do diâmetro do cilindro e da resistência de atrito dos elementos de vedação.
F th = A .P
F th = força teórica do êmbolo (kp)
A = superfície útil do êmbolo (cm 2 )
p = pressão de trabalho (bar, kp/cm 2 )
π
A 1 = superfície útil do êmbolo = (D2 - d2) . (cm2)
4
Exemplo
Fn = ? A = 19,625cm2
D = 50mm A = 18,5cm2
d = 12mm F R = valor médio 10%
Motores pneumáticos
Motor de pistão
Este tipo está subclassificado em motores de pistão radial e axial. O ar, através de uma
biela, aciona o eixo de motor por pistões em movimento inverso. Para que seja
garantido um movimento sem golpes e vibrações são necessários vários pistões. A
capacidade dos motores depende da pressão de entrada, número de pistões, área dos
pistões e curso dos mesmos.
O modo de trabalho dos motores de pistão axial é similar ao dos motores de pistão
radial.
Motor radial
Motor axial
Por meio de pequenas quantidade de ar, as palhetas serão afastadas contra a parede
interna do cilindro, já antes de acionar o motor.
Em tipos de construção diferente, o encosto das palhetas é feito por pressão de molas.
Motores deste tipo têm, geralmente, de três a dez palhetas. Estas formam câmaras de
trabalho no motor, nas quais pode atuar o ar, sempre de acordo com o tamanho da
área de ataque das palhetas. O ar entra na câmara menor, expandindo-se na medida
do aumento da câmara.
Motor de engrenagens
A geração do momento de torção efetua-se, nesta construção, pela pressão de ar
contra os flancos dos dentes de duas engrenagens engrenadas. Uma engrenagem é
fixada em um dos eixos do motor, a outra gira livremente no outro eixo.
Esses motores, empregados com máquinas de acionar, estão à disposição com até
44kw (60CV). A direção de rotação desses motores, fabricados com engrenagens retas
ou helicoidais, é reversível.
Turbomotor
Seqüência de movimentos
Exemplo
Pacotes que chegam sobre um transportador de rolos são elevados por um cilindro
pneumático A e empurrados por um cilindro B sobre um segundo transportador.
Assim, para que o sistema funcione devidamente, o cilindro B deverá retornar apenas
quando A houver alcançado a posição final.
2. Forma de tabela
3. Diagrama de setas
Representação simplificada
Avanço
Retorno
A
B
A
B
A+
B+
A-
B-
Diagrama de movimento
Diagrama de funcionamento
Diagrama de comando
Diagrama de movimento
Para o exemplo citado significa que, do passo 1 até o passo 2, a haste do cilindro A
avança da posição final traseira para posição final dianteira, sendo que esta é
alcançada no passo 2.
Diagrama de comando
Exemplo:
No diagrama, observa-se o estado das válvulas que comandam os cilindros (1.1 para
A, 2.1 para B) e o estado de uma chave fim de curso 2.2, instalada na posição dianteira
do cilindro A .
Entretanto, como mostra a figura acima, (válvula fim de curso 2.2), as linhas de
acionamento para válvulas (chaves) fim de curso devem ser desenhadas antes ou
depois da linha de passo, uma vez que, na prática o acionamento não se dá
exatamente no final do curso, mas sim, certo tempo antes ou depois.
Tipos de esquemas
As alternativas são:
• Esquema de comando de posição
• Esquema de comando de sistema
Esta forma de apresentação é vantajosa para o montador, porque ele pode ver de
imediato onde se devem montar os elementos.
Exemplo
A flecha indica que se trata de uma válvula com rolete escamoteável, que só é
acionada no retrocesso do cilindro.
152 SENAI - Guarulhos
Pneumática
Representação de equipamento
Exemplo
Supondo que a posição inicial seja conforme a figura acima e a0, válvula fim de curso
de 3/2 vias NF de rolete.
Ordem de composição
• 0 elementos de trabalho;
• 1 elementos de comando;
• 2, 4... todos os elementos que influenciam o avanço do elemento de
trabalho considerado (números pares);
• 3, 5,... todos os elementos que influenciam o retorno (números impares);
• 01, 02,... elementos entre o elemento de comando e o elemento de trabalho;
• 0.1, 0.2,... elementos auxiliares (unidade de conservação, válvulas de
fechamento) que influenciam todas as cadeias de comando.
A denominação dos elementos de trabalho e de sinais pode ser feita também através
de letras.
Neste caso, as denominações das chaves fim de curso ou elementos de sinal não
correspondem ao grupo influenciado pelos mesmos, mas a cada cilindro que os
aciona.
Símbolos pneumáticos
normalizados (DIN 24300)
Transformação de energia
Compressor
Bomba de vácuo
Válvulas direcionais
Acionamentos
Peças mecânicas
Engate (trava)
Geral
Por botão
Por alavanca
Por pedal
Acionamento mecânico
Por mola
Acionamento elétrico
Por eletroimã
com duas bobinas atuantes em sentido contrário
Acionamento combinado
Geral
*Símbolo explicador para acionamentos diversos
(especificar no rodapé)
Válvulas de bloqueio
Válvulas de pressão
Válvulas de fluxo
Transmissão de energia
Fonte de pressão
Tubulação flexível
Instalação elétrica
Ponte de escape
Escape livre
Escape dirigido
Silenciador
Filtro
Secador de ar
Lubrificador
Refrigerador (resfriador)
Aparelhos diversos
Indicador de temperatura
Conversor pneumático-elétrico
Sensor de reflexão
Bocal em geral
Bocal transmissor para barreira de ar
Bocal de represamento
Referência bibliográfica