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Sistemas Pneumáticos e

Hidráulicos

Engenharia Mecânica
FMU

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Sistemas Pneumáticos
e seus Componentes

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Definição de Pneumática

O termo pneumática é derivado do grego Pneumos ou Pneuma (respiração,


sopro) e é definido como a parte da Física que se ocupa da dinâmica e dos
fenômenos físicos relacionados com os gases ou vácuos. É também o estudo
da conservação da energia pneumática em energia mecânica, através dos
respectivos elementos de trabalho.

Embora a base da pneumática seja um dos mais velhos conhecimentos da


humanidade, foi preciso aguardar o século XIX para que o estudo do seu
comportamento e propriedades se tornasse sistemático. Porém, pode-se dizer
que somente após o ano de 1950 é que ela foi realmente introduzida no meio
industrial.

Hoje, o ar comprimido tornou-se indispensável, e nos mais diferentes ramos


industriais instalam-se equipamentos pneumáticos

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Aplicações de Pneumática

 Máquinas de embalagens;
 Armas de ar;
 Guinchos e guindastes;
 Aplicações em espaço limpo;
 Ferramentas pneumáticas;
 Equipamentos para indústria alimentícia;
 Bombas e Aspiradores;
 Lançadores de cabos;
 Freio de ar (ferroviária e automobilística);
 Automação de processo em geral.

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Fonte: Imagens da internet.
Vantagens de Pneumática

 Facilidade de obtenção (volume ilimitado);


 Não apresenta riscos de faísca em atmosfera explosiva;
 Fácil armazenamento;
 Não contamina o ambiente (limpo e atóxico);
 Não necessita de linhas de retorno (escape para a
atmosfera), ao contrário de sistemas elétricos e
hidráulicos;
 Acionamentos podem ser sobrecarregados até a parada;
 Custo geralmente baixo (comparado a demais sistemas
de automação).

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Fonte: Imagens da internet.
Desvantagens de Pneumática

 Requer cuidados especiais/essenciais ao ar comprimido;


 Geração (através da compressão oriunda de um
compressor de ar) é altamente ineficiente em termos
energéticos;
 Consumo excessivo de energia;
 Necessita de projeto dedicado para bom aproveitamento
do ar;
 Altamente sensível a vazamentos;
 Em ambientes estéreis, necessita de tratamento de
purga;
 Alta taxa de manutenção.

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Fonte: Imagens da internet.
Componentes de um Sistema Pneumático

Os sistemas pneumáticos se dividem basicamente em 4 (quatro) grupos de


equipamentos:

 Acionamento – Elementos de Produção e Tratamento do Ar Comprimido;


 Conduto – Elementos de Distribuição do Ar Comprimido;
 Atuador – Elementos de Trabalho;
 Acessórios – Elementos de Suporte ao Trabalho.

No grupo de acionamento, temos:

Compressores:
 Compressores Dinâmicos;
 Compressores de Deslocamento Positivos.

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Componentes de um Sistema Pneumático

No grupo de condutos, temos:

Tubulações:
 Tubos Metálicos (Rígidos);
 Canos Metálicos (Rígidos);
 Mangueiras pneumáticas (Flexíveis).

Reservatórios;

Drenos;

No grupo de atuadores, temos:

Atuadores Rotativos:
 Motores pneumáticos.

Atuadores Lineares:
 Cilindros de duplo-efeito;
 Cilindros de efeito simples;
 Osciladores rotativos.

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Componentes de um Sistema Pneumático

No grupo acessórios, temos:

Válvulas
 Válvulas direcionais (comandos)
 Válvulas de bloqueio;
 Válvulas de controle de fluxo;
 Válvulas de segurança e alivio;
 Válvulas controladoras de pressão;

Filtros
 Filtros Mecânicos (sinterizados);
 Filtros Coalescentes;

Desumidificadores
 Secadores Frigoríficos (refrigerados);
 Secadores por Adsorção;
 Secadores por Absorção.

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Produção de Ar
Comprimido

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Produção do Ar Comprimido

Para a produção de ar comprimido são necessários equipamentos chamados


compressores, os quais comprimem o ar para a pressão de trabalho desejada.
Na maioria dos acionamentos e comandos pneumáticos se encontra,
geralmente, uma estação central de distribuição de ar comprimido. Não é
necessário calcular e planejar a transformação e transmissão da energia para
cada consumidor individual. A Instalação do compressão fornece o ar
comprimido para os devidos lugares através de uma rede tubular.

Instalações móveis de produção são usadas, principalmente, na indústria de


mineração, ou para máquinas que frequentemente mudam de local.

Já ao projetar, devem se consideradas a ampliação e aquisição de outros


novos aparelhos pneumáticos. Por isso é necessário sobredimensionar a
instalação para que mais tarde não venha se constatar que ela está
sobrecarregada. Uma ampliação posterior da instalação se torna geralmente
muito cara.

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Produção do Ar Comprimido
Em geral, o ar comprimido é produzido de forma centralizada e distribuído na
fábrica. Para atender às exigências de qualidade, o ar após ser comprimido
sofre um tratamento que envolve:

• Filtração
• Resfriamento
• Secagem
• Separação de impurezas sólida e líquidas inclusive vapor d'água

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Compressores

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Compressores

Como já dito, para a produção de ar comprimido, necessitamos de


equipamentos chamados compressores. Compressores são máquinas
eletromecânicas, destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar,
admitido nas condições atmosféricas, até uma determinada pressão, exigida na
execução dos trabalhos realizados pelo ar comprimido.

Existem basicamente 2 (dois) grandes grupos de geradores de ar comprimido


(compressores de ar):

 Compressores de ar de deslocamento positivo;

 Compressores de ar de deslocamento dinâmico.

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Compressores

Na pneumática, estaremos estudando com exclusividade os compressores do


tipo de deslocamento positivo.

Serão aqui apresentados e estudados 2 (dois) tipos básicos de compressores


de deslocamento positivo, quanto a sua construção:

 Redutor de Volume. Este primeiro se trata de um tipo baseado no princípio


de redução de volume. Aqui se consegue a compressão, sugando o ar para
um ambiente fechado (câmara de admissão), e diminuindo-se
posteriormente o tamanho destes ambientes (câmara de descarga). Este
tipo de construção denomina-se compressor de êmbolo ou pistão
(compressores de êmbolo de movimento linear).

 Gerador de Fluxo. O outro tipo de construção funciona segundo o princípio


de fluxo. Sucção do ar de um lado e compressão no outro por aceleração da
massa (turbina, ou parafusos, ou palhetas).

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Compressores
Deslocamento Positivo

Baseia-se fundamentalmente na redução de volume. O ar é admitido em uma


câmara isolada do meio exterior, onde seu volume é gradualmente diminuído,
processando-se a compressão. Quando uma certa pressão é atingida, provoca
a abertura de válvulas de descarga, ou simplesmente o ar é empurrado para o
tubo de descarga durante a contínua diminuição do volume da câmara de
compressão.

Deslocamento Dinâmico

A elevação da pressão é obtida por meio de conversão de energia cinética em


energia de pressão, durante a passagem do ar através do compressor. O ar
admitido é colocado em contato com impulsores (rotor laminado) dotados de
alta velocidade.

Este ar é acelerado, atingindo velocidades elevadas e consequentemente os


impulsores transmitem energia cinética ao ar. Posteriormente, seu escoamento
é retardado por meio de difusores, obrigando a uma elevação na pressão.

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Fonte: Imagem da internet.
Dimensionamento de Compressores
Para o correto dimensionamento de um compressor, os fatores mais
importantes a serem considerados são:

 Vazão (l/h ou lb/pol³ ou PCM ).


 Pressão (psi ou bar ou kgf/cm²).

É fundamental considerar ainda, que nos compressores de pistão há um


terceiro fator que é o regime de intermitência, ou seja, a relação de tempo que
um compressor fica parado ou em funcionamento. Neste tipo de compressor a
intermitência ideal é de 30%, de forma que num determinado período de
trabalho, um compressor permaneça 70% do tempo em carga e 30% em alívio.

Para uma perfeita cobertura das expectativas, o dimensionamento de qualquer


compressor de ar deve atender aos requisitos básicos de pressão, vazão e
regime de intermitência.

Secundariamente considera-se fatores outros como facilidade de locomoção,


tensão da rede, etc., mas sempre após garantir os três requisitos fundamentais
(pressão, vazão, intermitência).
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Dimensionamento de Compressores

Vazão teórica ou deslocamento teórico

É um valor puramente matemático, resultado da multiplicação do volume deslocado


(pelos pistões do 1º estágio (cilindrada) – compressores de pistões; voluta do primeiro
gomo do parafuso – compressores de parafusos, etc), pela rotação do compressor, não
tendo qualquer associação com a sua vazão efetiva.

Vazão Efetiva ou Deslocamento Real

É o montante real de ar produzido pelo compressor a uma dada pressão do reservatório,


referenciado às condições de admissão do ar (pressão atmosférica, temperatura
ambiente e umidade).

A vazão efetiva de um compressor depende de uma série de fatores construtivos, entre


eles: válvulas, folgas entre anéis, refrigeração, pistões, cilindros, número de estágios,
lubrificação, etc... Assim, compressores com o mesmo deslocamento teórico,
necessariamente não terão a mesma vazão efetiva, porque são diferentes em sua
estrutura construtiva.

A vazão efetiva é obtida em laboratório, através de medições com instrumentos


normalizados.

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Fonte: Imagem da internet.
Compressores de
Deslocamento Dinâmico

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Compressores Radial (Ventilador Radial)

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Compressores Radial (Ventilador Radial)

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Compressores Radial
(Ventilador Radial)

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Compressores Axial (Ventilador Axial)

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Compressores Axial (Ventilador Axial)

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Compressores de
Deslocamento Positivo

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Compressor de Pistões, de Simples Efeito ou
Compressor Tipo Tronco

Este tipo de compressor leva este nome por ter somente uma câmara de
compressão, ou seja, apenas a face superior do pistão aspira o ar e comprime;
a câmara formada pela face inferior está em conexão com o carter. O pistão
está ligado diretamente ao virabrequim por uma biela (este sistema de ligação
é denominado tronco), que proporciona um movimento alternativo de sobe e
desce ao pistão, e o empuxo é totalmente transmitido ao cilindro de
compressão.

Iniciado o movimento descendente, o ar é aspirado por meio de válvulas de


admissão, preenchendo a câmara de compressão. A compressão do ar tem
início com o movimento da subida. Após obter-se uma pressão suficiente para
abrir a válvula de descarga, o ar é expulso para o sistema.

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Compressor de Pistões, de Simples Efeito ou
Compressor Tipo Tronco

Os compressores alternativos utilizam de um


sistema biela-manivela para converter o
movimento rotativo de um eixo no movimento
translacional de um pistão ou êmbolo, como
mostra a figura.

Dessa maneira, a cada rotação do acionador, o


pistão efetua um percurso de ida e outro de
vinda na direção do cabeçote, estabelecendo
um ciclo de operação.

Figura 1: Compressor Alternativo

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Compressor de Pistões, de Simples Efeito ou
Compressor Tipo Tronco

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Fonte: Imagem da internet.
Compressor de Pistões, de Simples Efeito ou
Compressor Tipo Tronco

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Fonte: Imagem da internet.
Compressor de Pistões, de Simples Efeito ou
Compressor Tipo Tronco

Classificação

2
1 3

4 5 6
Arranjo dos pistões: vertical (1), horizontal (2), em V (3), em W (4), em L (5) e semi-
radial (6).

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Compressor de Pistões, de Simples Efeito ou
Compressor Tipo Tronco

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Fonte: Imagem da internet.
Compressor de Pistões, de Simples Efeito ou
Compressor Tipo Tronco

Elementos básicos de um compressor alternativo:

Válvulas de
admissão e
descarga

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Compressor de Pistões, de Duplo Efeito
ou Compressor Tipo Cruzeta

Este compressor é assim chamado por ter duas câmaras, ou seja, as


duas faces do êmbolo aspiram e comprimem. O virabrequim está ligado
a uma cruzeta por uma biela; a cruzeta, por sua vez, está ligada ao
êmbolo por uma haste. Desta maneira consegue transmitir movimento
alternativo ao êmbolo, além do que, a força de empuxo não é mais
transmitida ao cilindro de compressão e sim às paredes guias da
cruzeta. O êmbolo efetua o movimento descendente e o ar é admitido
na câmara superior, enquanto que o ar contido na câmara inferior é
comprimido e expelido.

Procedendo-se o movimento oposto, a câmara que havia efetuado a


admissão do ar realiza a sua compressão e a que havia comprimido
efetua a admissão. Os movimentos prosseguem desta maneira,
durante a marcha do trabalho.

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Compressor de Pistões, de Duplo Efeito
ou Compressor Tipo Cruzeta

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Fonte: Imagem da internet.
Compressor de Pistões, de Duplo Efeito
ou Compressor Tipo Cruzeta

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Fonte: Imagem da internet.
Compressor de Diafragma

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Fonte: Imagem da internet.
Compressor de Diafragma

Elementos básicos de um compressor diafragma:

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Figura 13: Detalhe das válvulas e pistão 39
Compressor de Parafusos

Este compressor é dotado de uma carcaça onde giram dois rotores


helicoidais em sentidos opostos. Um dos rotores possui lóbulos
convexos, o outro uma depressão côncava e são denominados,
respectivamente, rotor macho e rotor fêmea.

Os rotores são sincronizados por meio de engrenagens; entretanto


existem fabricantes que fazem com que um rotor acione o outro por
contato direto. O processo mais comum é acionar o rotor macho,
obtendo-se uma velocidade menor do rotor fêmea. Estes rotores
revolvem-se numa carcaça cuja superfície interna consiste de dois
cilindros ligados como um "oito".

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Compressor de Parafusos

Nas extremidades da câmara existem aberturas para admissão e


descarga do ar. O ciclo de compressão pode ser seguido pelas figuras
a,b,c,d.

O ar à pressão atmosférica ocupa espaço entre os rotores e, conforme


eles giram, o volume compreendido entre os mesmos é isolado da
admissão. Em seguida, começa a decrescer, dando início à
compressão. Esta prossegue até uma posição tal que a descarga é
descoberta e o ar é descarregado continuamente, livre de pulsações.
No tubo de descarga existe uma válvula de retenção, para evitar que a
pressão faça o compressor trabalhar como motor durante os períodos
em que estiver parado.

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Compressor de Parafusos

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Fonte: Parker Training
Compressor de Parafusos

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Fonte: Imagem da internet.
Compressor de Parafusos

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Fonte: Imagem da internet.
Compressor de Parafusos

Fonte: Imagem da internet.


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Compressor de Lóbulos (Sopradores)

12/03/2018 Fonte: Imagem da internet. 46


Compressor de Lóbulos (Sopradores)

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Fonte: Imagem da internet.
Compressor Centrífugo

O ar é acelerado a partir do centro de rotação, em direção à periferia, ou seja, é


admitido pela primeira hélice (rotor dotado de lâminas dispostas radialmente),
axialmente, é acelerado e expulso radialmente. Quando vários estágios estão
reunidos em uma carcaça única, o ar é obrigado a passar por um difusor antes
de ser conduzido ao centro de rotação do estágio seguinte, causando a
conversão de energia cinética em energia de pressão.

A relação de compressão entre os estágios é determinada pelo desenho da


hélice, sua velocidade tangencial e a densidade do gás. O resfriamento entre
os estágios, a princípio, era realizado através de camisas d'água nas paredes
internas do compressor. Atualmente, existem resfriadores intermediários
separados, de grande porte, devido à sensibilidade à pressão, por onde o ar é
dirigido após dois ou três estágios, antes de ser injetado no grupo seguinte. Em
compressores de baixa pressão não existe resfriamento intermediário.

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Compressor Centrífugo

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Fonte: Parker Training
Compressor Centrífugo

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Preparação e Tratamento
do Ar Comprimido

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Tratamento do Ar Comprimido

O ar atmosférico é uma mistura de gases, principalmente de oxigênio (O) e


nitrogênio (N), e contém contaminantes de três tipos básicos: água, óleo e
poeira. As partículas de poeira em geral são abrasivas, e o óleo queimado no
sistema de lubrificação do compressor, é o grande responsável pela
contaminação química e por manchar os produtos.

A água é responsável por outra série de inconvenientes, muito mais críticos até.
O compressor, ao admitir ar, aspira também os seus compostos e, ao
comprimir, adiciona a esta mistura o calor sob a forma de pressão e
temperatura, além de adicionar óleo lubrificante.

Sabemos que a quantidade de água absorvida pelo ar está relacionada com a


sua temperatura e volume. A maior quantidade de vapor d'água contida num
volume de ar sem ocorrer condensação dependerá da temperatura de
saturação ou ponto de orvalho a que está submetido este volume.

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Tratamento do Ar Comprimido

Os equipamentos pneumáticos (principalmente as válvulas) são


constituídos de mecanismos muito delicados e sensíveis e para que
possam funcionar de modo confiável, com bom rendimento, é
necessário assegurar determinadas exigências de qualidade do ar
comprimido, entre elas:

 Pressão
 Vazão
 Teor de água
 Teor de partículas sólidas
 Teor de óleo

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Tratamento do Ar Comprimido

As impurezas do ar normalmente não podem ser percebidas por olhos humanos. Não
obstante, elas são capazes de interferir no funcionamento seguro do sistema de
fornecimento de ar comprimido, bem como das ferramentas pneumáticas e demais
instrumentos .

Um metro cúbico (1m³) de ar contém uma variedade de impurezas como, por exemplo:

 Até 180 milhões de partículas de sujeira, de tamanho entre 0,01 e 100 μ m;


 De 5 a 40 g/m³ de água na forma de umidade atmosférica;
 De 0,01 a 0,03 mg/m³ de óleos minerais e hidrocarbonetos
 Resíduos de metais pesados como: cádmio, mercúrio e ferro.

Compressores pegam não somente o ar atmosférico, mas também as suas impurezas,


as quais podem estar em alta concentração. A norma DIN ISO 8573-1 define as classes
de qualidade do ar comprimido, quanto ao tamanho das partículas e morfologia.

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Tratamento do Ar Comprimido

Efeitos do ar comprimido contaminado:

 Oxidação da tubulação e componentes pneumáticos;


 Dissolução da película lubrificante existente entre as duas superfícies que estão
em contato, acarretando desgaste prematuro das peças, válvulas, cilindros, etc.;
 Arraste de partículas sólidas que acelerarão o desgaste dos componentes
(erosão nos componentes pneumáticos);
 Impossibilidade da aplicação em equipamentos de pulverização;
 Obstrução de orifícios calibrados.

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Fonte: Parker Training.
Tratamento do Ar Comprimido

Presença de água no ar.

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Tratamento do Ar Comprimido

Excesso de
Geração de Partículas de Condensado em
Óxidos, Formados pelo linha Pneumática
Excesso de Condensado

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Fonte: Parker Training.
Tratamento de Ar
(Desumidificação)

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Desumidificação do Ar

A presença de umidade no ar comprimido é sempre prejudicial para as


automatizações pneumáticas, pois causa sérias consequências.

É necessário eliminar ou reduzir ao máximo esta umidade. O ideal seria


eliminá-la do ar comprimido de modo absoluto, o que é praticamente
impossível.

Ar seco industrial não é aquele totalmente isento de água; é o ar que, após um


processo de desidratação, flui com um conteúdo de umidade residual de tal
ordem que possa ser utilizado sem qualquer inconveniente. Com as devidas
preparações, consegue-se a distribuição do ar com valor de umidade baixo e
tolerável nas aplicações encontradas.

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Desumidificação do Ar

Para a desumidificação do ar, temos alguns métodos disponíveis no


mercado. A aplicação de cada um métodos, dependerá diretamente de
alguns fatores:

1. Ambiente qual o sistema é submetido;

2. Tipo de aplicação do ar comprimido;

3. Grau de pureza/contaminação do ar comprimido;

4. Tipo de compressor/instalação.

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Desumidificação do Ar

Existe basicamente 3 (três) métodos de desumidificação do ar.

São eles:

 Desumidificação por drenagem;

 Desumidificação por filtragem coalescente;

 Desumidificação por secagem físico-química

 Secador por refrigeração


 Secador por adsorção
 Secador por absorção

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Desumidificação do Ar

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Fonte: Parker Training.
Resfriador Posterior

Como vimos no tópico anterior, a umidade presente no ar comprimido é prejudicial,


supondo que a temperatura de descarga de uma compressão seja de 130°C, sua
capacidade de retenção de água é de 1,496 Kg/m³ e à medida que esta temperatura
diminui, a água precipita-se no sistema de distribuição, causando sérios problemas.

Para resolver de maneira eficaz o problema inicial da água nas instalações de ar


comprimido, o equipamento mais completo é o resfriador posterior, localizado entre a
saída do compressor e o reservatório, pelo fato de que o ar comprimido na saída atinge
sua maior temperatura.

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Fonte: Parker Training.
Drenagem do Condensado

São dispositivos para a descarga do condensado, distribuídos ao longo do circuito


pneumático. Sua instalação é praticamente indispensável mesmo nos casos onde não
haja necessidade de tratamento do ar. O principal ponto de instalação é no reservatório
do compressor, em seguida, quando houver, no pós resfriador, secador e pontos de
desnível da rede. Havendo ou não tratamento do ar comprimido sua instalação é
recomendada nos pontos prováveis de acúmulo de condensado.

Os purgadores disponíveis no mercado são de acionamento:

 Manual;
 Automático Mecânico;
 Automático Eletrônico.

Estes últimos, pode-se programar a frequência e duração de descarga.

Em redes pneumáticas muito extensas e com possibilidade de acúmulo de condensado


em grande quantidade, por fatores naturais e mecânicos, sugere-se a programação de
acionamento dos purgadores na frequência e duração realmente necessários, pois
podem constituir um fator a mais de consumo de ar, visto que a descarga da água é
impulsionada pelo ar da rede.

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Drenagem do Condensado

Dreno Manual
Dreno Automático
Eletrônico

Dreno Automático
Mecânico
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Desumidificação e Limpeza por Filtragem

Filtro coalescente de ar comprimido


aparece geralmente em 3 (três) posições
diferentes: antes e depois do secador de
ar comprimido, e também junto ao ponto
de uso.

Filtro Coalescente de
Linha

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Fonte: Metalplan.
Filtros Coalescentes

Filtro Coalescente de
Linha

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Fonte: Schultz.
Secadores de Ar

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Secagem por Refrigeração

O método de desumidificação do ar comprimido por refrigeração


consiste em submeter o ar a uma temperatura suficientemente baixa, a
fim de que a quantidade de água existente seja retirada em grande
parte e não prejudique de modo algum o funcionamento dos
equipamentos, porque, como mencionamos anteriormente, a
capacidade do ar de reter umidade está em função da temperatura.

Além de remover a água, provoca, no compartimento de resfriamento,


uma emulsão com o óleo lubrificante do compressor, auxiliando na
remoção de certa quantidade. O método de secagem por refrigeração é
bastante simples.

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Secagem por Refrigeração

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Fonte: Parker Training.
Secagem por Refrigeração

12/03/2018 71
Fonte: Imagem da internet.
Secagem por Absorção

É a fixação de um absorto, geralmente líquido ou gasoso, no interior da massa


de um absorto sólido, resultante de um conjunto de reações químicas. Em
outras palavras, é o método que utiliza em um circuito uma substância sólida
ou líquida, com capacidade de absorver outra substância líquida ou gasosa.

Este processo é também chamado de Processo Químico de Secagem, pois o


ar é conduzido no interior de um volume através de uma massa higroscópica,
insolúvel ou deliquescente, que absorve a umidade do ar, processando-se
uma reação química.

As substâncias higroscópicas são classificadas como insolúveis quando


reagem quimicamente com o vapor d'água, sem se liquefazerem. São
deliquescentes quando, ao absorver o vapor d'água, reagem e tornam-se
líquidas.

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Secagem por Absorção

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Fonte: Imagem da internet..
Secagem por Adsorção

É a fixação das moléculas de um adsorvato na superfície de um adsorvente


geralmente poroso e granulado, ou seja, é o processo de depositar moléculas
de uma substância (ex. água) na superfície de outra substância, geralmente
sólida (ex.SiO²). Este método também é conhecido por Processo Físico de
Secagem, porém seus detalhes são desconhecidos.

É admitido como teoria que na superfície dos corpos sólidos existem forças
desbalanceadas, influenciando moléculas líquidas e gasosas através de sua
força de atração; admite-se, portanto, que as moléculas (adsorvato) são
adsorvidas nas camadas mono ou multimoleculares dos corpos sólidos, para
efetuar um balanceamento semelhante à Lei dos Octetos dos Átomos.

O processo de adsorção é regenerativo. A substância adsorvente, após estar


saturada de umidade (condensado), permite a liberação deste condensado
quando submetida a um aquecimento regenerativo.

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Secagem por Adsorção

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Fonte: Parker Training.
Desumidificação e Limpeza por Filtragem

Diagrama com os
Métodos e Aplicações
de Filtragem

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Perguntas?!?!

12/03/2018 77
Fonte: Parker Training.

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