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MECÂNICA DOS FLUIDOS, SISTEMA

DE BOMBEAMENTO E COMPRESSÃO

MECÂNICA DOS FLUIDOS, SISTEMAS DE


BOMBEAMENTO E COMPRESSÃO

AULA 11 – COMPRESSORES INDUSTRIAIS

Prof. Dr. Thiago F. Azevedo


MECÂNICA DOS FLUIDOS, SISTEMA
DE BOMBEAMENTO E COMPRESSÃO

COMPRESSORES
 Compressores são estruturas mecânicas industriais destinadas, essencialmente, a elevar a energia utilizável dos
fluidos elásticos, pelo aumento de sua pressão. São utilizados para proporcionar a elevação da pressão de um
gás ou escoamento gasoso;

 Nos processos industriais, a elevação de pressão requerida pode variar desde cerca de 1,0 atm até centenas ou
milhares de atmosferas;

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COMPRESSORES
 Os compressores são utilizados para aplicações de ar comprimido acionando equipamentos a pressão de ar
como transporte pneumático, acionadores de êmbolo;

 Também são utilizados em equipamentos de jato de ar como resfriadores ou aquecedores, jateamento de areia,
equipamentos e máquinas de percussão como martelos de ar comprimido, ou também para acionamento de
máquinas ferramentas fixas e portáteis como furadeiras.

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COMPRESSORES
As características físicas dos compressores podem variar profundamente em função dos tipos de aplicações a que
se destinam. Dessa forma, convém distinguir pelo menos as seguintes categorias de serviços:

Compressores de ar para serviços ordinários: São fabricados em


série, visando baixo custo inicial. Destinam-se normalmente a serviços
de jateamento, limpeza, pintura, acionamento de pequenas máquinas
pneumáticas, etc.

Compressores de ar para serviços industriais: Destinam-se às


centrais encarregadas do suprimento de ar em unidades industriais.
Embora possam chegar a serem máquinas de grande porte e custo
aquisitivo e operacional elevados, são oferecidos em padrões básicos
pelos fabricantes. Isso é possível porque as condições de operação
dessas máquinas costumam variar pouco de um sistema para outro, há
exceção talvez da vazão.

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COMPRESSORES
 Compressores de gás ou de processos: Podem ser requeridos
para as mais variadas condições de operação, de modo que toda a
sua sistemática de especificação, projeto, operação, manutenção,
etc., depende fundamentalmente da aplicação. Incluem-se nessa
categoria certos sistemas de compressão de ar com características
anormais. Como exemplo, citamos o soprador de ar do forno de
craqueamento catalítico das refinarias de petróleo ("blower do
F.C.C."). Trata-se de uma máquina de enorme vazão e potência,
que exige uma concepção análoga;

 Compressores de refrigeração: São máquinas desenvolvidas por


certos fabricantes com vistas a essa aplicação. Operam com fluidos
bastante específicos e em condições de sucção e descarga pouco
variáveis, possibilitando a produção em 12 série e até mesmo o
fornecimento, incluindo todos os demais equipamentos do sistema
de refrigeração.

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COMPRESSORES
 Compressores para serviços de vácuo: São máquinas que
trabalham em condições bem peculiares. A pressão de sucção é sub
atmosférica, a pressão de descarga é quase sempre atmosférica e o
fluido de trabalho normalmente é o ar. Face à anormalidade dessas
condições de serviço, foi desenvolvida uma tecnologia toda própria,
fazendo com que as máquinas pertencentes a essa categoria
apresentem características bastante próprias (Há mesmo alguns
tipos de bombas de vácuo sem paralelo no campo dos
compressores).

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TIPOS DE COMPRESSORES
 Os Dois são os princípios conceptivos no qual se fundamentam
todas as espécies de compressores de uso industrial:
 Volumétrico;
 Dinâmico.

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COMPRESSORES VOLUMÉTRICOS
 Também chamado de deslocamento positivo, a elevação de pressão
conseguida através da redução do volume ocupado pelo gás. Na
operação dessas máquinas podem ser identificadas diversas fases.

 Ciclo de Funcionamento: inicialmente, uma certa quantidade de


gás é admitida no interior de uma câmara de compressão, que então
é cerrada e sofre redução de volume. Finalmente, a câmara é aberta
e o gás liberado para consumo. Trata-se, pois, de um processo
intermitente, no qual a compressão propriamente dita é efetuada em
sistema fechado, isto é, sem qualquer contato com a sucção e a
descarga. Conforme iremos constatar logo adiante, pode haver
algumas diferenças entre os ciclos de funcionamento das máquinas
dessa espécie, em função das características específicas de cada
uma.

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COMPRESSORES DINÂMICOS
 Também chamados de turbo-compressores possuem dois órgãos principais: impelidor e difusor. O impelidor é um órgão rotativo
munido de pás que transfere ao gás a energia recebida de um acionador. Essa transferência de energia se faz em parte na forma
cinética e em outra parte na forma de entalpia;

 Posteriormente, o escoamento estabelecido no impelidor é recebido por um órgão fixo denominado difusor, cuja função é promover a
transformação da energia cinética do gás em entalpia, com o consequente ganho de pressão;

 Os compressores de maior uso na indústria são:


 Os alternativos;
 Os de palhetas;
 Os de parafusos;
 Os de lóbulos;
 Os centrífugos;
 Os axiais.

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COMPRESSORES ALTERNATIVOS

 Esse tipo de máquina se utiliza de um sistema biela-manivela


para converter o movimento rotativo de um eixo no
movimento translacional de um pistão ou êmbolo;

 Dessa maneira, a cada rotação do acionador, o pistão efetua


um percurso de ida e outro de vinda na direção do cabeçote,
estabelecendo um ciclo de operação.

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COMPRESSORES DE PALHETAS

 O compressor de palhetas possui um rotor ou tambor central


que gira excentricamente em relação à carcaça;

 Este tambor possui rasgos radiais que se prolongam por todo


o seu comprimento e nos quais são inseridas palhetas
retangulares.

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COMPRESSORES DE PARAFUSO

 Esse tipo de compressor possui dois rotores em forma de


parafusos que giram em sentido contrário, mantendo entre
si uma condição de engrenamento;

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COMPRESSORES DE LÓBULOS

 Esse compressor possui dois rotores que giram em sentido


contrário, mantendo uma folga muito pequena no ponto de
tangência entre si e com relação à carcaça;

 O gás penetra pela abertura de sucção e ocupa a câmara de


compressão, sendo conduzido até a abertura de descarga
pelos rotores.

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COMPRESSORES CENTRÍFUGOS

 Gás é aspirado continuamente pela abertura central do


impelidor e descarregado pela periferia do mesmo, num
movimento provocado pela força centrífuga que surge devido
á rotação, daí a denominação do compressor.

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COMPRESSORES AXIAIS

 Esse é um tipo de turbo-compressor de projeto, construção e


operação das mais sofisticadas que vem sendo utilizado
vantajosamente em muitas aplicações de processamento
industrial, notadamente nas plantas mais modernas.

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MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES

 Trocar o óleo do cárter do compressor apos o primeiro mês de operação. Empregar óleo mineral de boa
qualidade ou, na falta deste, usar óleo SAE 30. As trocas posteriores poderão ser realizadas trimestralmente, ou
de acordo com as especificações técnicas estabelecidas pelo fabricante;

 Verificar semanalmente o nível do óleo de lubrificação e testar o funcionamento da válvula de segurança;

 Limpar semanalmente o compressor. O acumulo de óleo e de sujeira forma uma camada isolante que prejudica a
dissipação normal de calor. Isto, além de prejudicar a eficiência da máquina, pode danificar o compressor e
provocar incêndios.

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MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES

 Remover e limpar o filtro de admissão uma vez por mês, ou com maior frequência, dependendo das condições do
ambiente;

 Limpar o elemento filtrante com um jato de ar comprimido seco e sem óleo, no sentido contrario ao fluxo de
passagem do ar de admissão, isto é, de dentro para fora. Trocar o elemento filtrante pelo menos três vezes ao
ano;

 Drenar o reservatório diariamente e de preferência pela manha. O acúmulo de água no reservatório, além de
reduzir sua capacidade, provoca corrosão interna;

 Verificar periodicamente se há vazamentos nas juntas, válvulas, conexões e tubulações, para evitar perdas de ar.

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DEFEITOS vs CAUSAS

 Temperatura elevada:
 Falta de óleo no cárter;
 Travamento ou sujeira nas válvulas de admissão ou recalque;
 Falta de ventilação;

 Barulho excessivo:
 Pistão ou cilindro carbonizados, isto e, com crostas de carvão;
 Desgaste ou folga excessiva nos pinos e bronzinas do conjunto biela-pistão;
 Folga nos mancais principais ou nas buchas do eixo de manivelas (virabrequim).

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DEFEITOS vs CAUSAS

 Irregularidades no regime de trabalho:


 Entupimento do filtro de ar de admissão;
 excesso de tinta ou sujeira depositada sobre os cilindros;
 Vazamento de ar na rede de distribuição;

 Consumo excessivo de óleo lubrificante:


 Pontos de vazamento de óleo lubrificante;
 Desgastes ou rupturas dos anéis de segmento dos êmbolos dos cilindros;
 Viscosidade do óleo abaixo das especificações do manual de serviço do
compressor.

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DEFEITOS vs CAUSAS

 Presença de óleo no ar comprimido:


 Excesso de óleo lubrificante no cárter do compressor;
 Baixa viscosidade do óleo lubrificante;

 Desgaste excessivo das correias:


 Polia do motor elétrico de acionamento desalinhado em relação ao volante do
compressor;

 Temperatura elevada do ar comprimido.

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LUBRIFICAÇÃO

 A lubrificação do compressor tem por finalidade reduzir o atrito entre


as peças móveis em contato, diminuindo o desgaste e esfriando o
compressor;

 Em compressores de pistão, as partes a serem lubrificadas são:


conjunto biela-manivela e seus respectivos mancais, bronzinas,
pinos e camisas dos cilindros;

 Há dois tipos de lubrificação: por salpico e forçada;


 Na lubrificação por salpico, o virabrequim, ao girar, faz com que
a biela mergulhe no óleo lubrificante armazenado no cárter do
compressor, salpicando óleo nas pecas móveis;
 Na lubrificação forçada, uma bomba e acionada pelo eixo do
compressor e pressuriza óleo lubrificante nas partes móveis do
mesmo.

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LUBRIFICAÇÃO

 Em qualquer tipo de lubrificação deve-se usar, no cárter do compressor, óleo especifico para compressores, ou
seja, óleo mineral não-detergente com inibidores de oxidação ferrugem e com viscosidade SAE 30;

 Os óleos mais encontrados nos compressores atuais são os óleos minerais, sendo especificados pelos
fabricantes dos compressores. No entanto, em algumas aplicações já são utilizados óleos sintéticos.

 Os óleos sintéticos tem custo mais elevado, porém apresentam maior durabilidade.

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LUBRIFICAÇÃO

 Caso seja feita a troca do óleo mineral por óleo sintético, alguns cuidados devem ser tomados:

 A troca de óleo mineral por sintético é possível nas 100 primeiras horas de operação do compressor;
 Poderá ser necessário trocar as gaxetas e outros elementos de vedação do compressor;
 Verificar a compatibilidade do óleo sintético com os materiais com os quais irá entrar em contato no interior do
compressor;
 Realizar a troca somente com o aval do fabricante do compressor;

 A utilização de óleos sintéticos oferece outros benefícios como:


 Vida útil do óleo superior a do óleo mineral, reduzindo a necessidade de troca de óleo e de uma possível
parada do equipamento;
 Redução da quantidade de óleo descartada;
 Diminuição de depósitos de carbono e vernizes;
 Redução de consumo de energia elétrica.

 As possíveis causas para o problema descrito neste desafio podem ser:


 Lubrificante incorreto;
 Folga do conjunto (pistão/cilindro);
 Superaquecimento do conjunto.

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Vídeos

https://www.youtube.com/watch?v=zG9bwTzf0a4
https://www.youtube.com/watch?v=kkL1m-xukVY
https://www.youtube.com/watch?v=fJK93C1nTYY
https://www.youtube.com/watch?v=iV-2P96-Oso
https://www.youtube.com/watch?v=augfFQrtwrY
https://www.youtube.com/watch?v=Llg6dhnowxk

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Vídeos

https://www.youtube.com/watch?v=p8EIsYFaXsc
https://www.youtube.com/watch?v=V25c1or2clk
https://www.youtube.com/watch?v=nxoXL3ihe28
https://www.youtube.com/watch?v=augfFQrtwrY&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=REDNa-L4ml8
https://www.youtube.com/watch?v=fpPXg0lrfpo
https://www.youtube.com/watch?v=1cuV7LGnNw4
https://www.youtube.com/watch?v=IRve1BJ263k

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Vídeos

https://www.youtube.com/watch?v=9DX93qoLtL8&t=86s

https://www.youtube.com/watch?v=MJ4GGJhiUDo

https://www.youtube.com/watch?v=d_DvFzwzlvI

https://www.youtube.com/watch?v=ktl5ymIVo1o

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