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METÁLICAS
Produção de Metais
Matérias-Primas
Engenharia de Materiais / UFPel
Introdução
METALURGIA PRIMÁRIA METALURGIA SECUNDÁRIA
Mineração Sucata
Desmoldagem
Processamento Mineral:
Moagem, Classificação, Processamento
Aglomeração,… Mecânico
Processos Pirometalúrgicos,
Hidrometalúrgicos, Eletrometalúrgicos
Metal
Introdução
Obtenção de Metais
• Processos Mecânicos
– SEPARAÇÃO MECÂNICA → Metal inerte
encontrado na forma nativa e
processos secundários.
– Ex.: Ouro, prata, cobre,...
• Processos Pirometalúrgicos:
– Tratamento de minérios/ concentrados
a alta temperaturas.
• Processos Eletrometalúrgicos:
– Uso de uma fonte externa de energia
para reduzir metais em solução
• Processos Hidrometalúrgicos:
– Via Lixiviação de rochas.
PIROMETALURGIA
Introdução
ELETROMETALURGIA E
PIROMETALURGIA
HIDROMETALURGIA
Minério/Sucata Minério/Sucata
Processamento Processamento
Mineral/Mecânico Mineral/Mecânico
Secagem/Calcinação Lixiviação
Cementação
Destilação
Precipitação
Metal Pirólise
Metal Extração por
Solventes
Fundição
Eletrólise
Processos Pirometalúrgicos
1. Definição
• Compostos metálicos tendem a
diminuir sua estabilidade química com
o aumento da temperatura.
• Este fato explica, em parte, porque a
maioria dos processos de extração e
refino é efetuada em altas
temperaturas → muitas vezes
envolvendo a fusão ou a ebulição de
produtos e reagentes.
• Processos pirometalúrgicos são
processos realizados em temperaturas
muito acima da temperatura
ambiente → Fusão.
Processos Pirometalúrgicos
2. Equipamentos
• Os equipamentos utilizados
para os processos são os
fornos ou reatores, nos quais
o calor necessário é obtido
por meio de uma combustão
(reação exotérmica).
Processos Pirometalúrgicos
3. Vantagens/Desvantagens
• Vantagens:
– Aceitar qualquer tipo de
precursor (sucata, mineral*,...);
– Não requer pré-tratamento;
– Poucas etapas.
• Desvantagens:
– Elevado consumo de energia;
– Fonte de poluição do ar (dioxinas
e furanos);
– Componentes cerâmicos
aumentam a quantidade de
escória.
– *Inviável percursores (óxido,...)
com elevado ponto de fusão.
Processos Pirometalúrgicos
4. Processo
• Rotas pirometalúrgicas
incluem processos
térmicos como:
1. Secagem
2. Calcinação
(Sinterização)
3. Destilação
4. Pirólise
5. Fundição
Processos Pirometalúrgicos
4. Processo
4.1 SECAGEM
HIDROMETALURGIA Minério/Sucata
Processamento
Mineral/Mecânico
Resíduo Solução
Cementação
Precipitação
• Pré-requisitos:
– Metal: solúvel em um
solvente econômico.
– Recuperação do metal da
solução economicamente
viável.
– Impurezas co-extraídas (co-
dissolvidas): passíveis de
separação da solução.
• Vantagens:
– Baixo custo → Redução dos custos com consumo de energia.
– Etapas simples → Separação mais fácil dos principais
componentes da sucata.
• Limitações:
– Necessário um pré-tratamento
– Geração de efluentes → Grande
volume de soluções.
– Baixa seletividade → O ataque
químico só é efetivo se o metal
estiver exposto
– Geralmente lento
Introdução
Etapas do Processo
• Preparação
• Lixiviação
• Refino
• Cementação
• Precipitação
Recuperação dos
• Extração por Solventes Metais Dissolvidos na
• Troca Iônica etapa de lixiviação
Etapas do Processo
1. Preparação
• Ajuste de propriedades físico-químicas do sólido, para a etapa
seguinte (lixiviação), tais como:
• Natureza química
• Teor
• Granulometria
• Envolve operações clássicas de tratamento de minérios
• Cominuição,
• Classificação,
• Concentração e
• Separação sólido-líquido.
Etapas do Processo
2. Lixiviação
• Em geologia, chamamos de lixiviação
ao processo de “arraste” ou “lavagem”
dos sais minerais presentes no solo,
caracterizando uma forma inicial de
erosão, ou erosão leve.
2. Lixiviação
• O processo de lixiviação é executada com o objetivo de
separação → emprego de um “Agente de Lixiviação”.
• → Utilizada tanto na metalurgia primária, quanto secundária.
• “Em metalurgia, a lixiviação consiste na remoção de metais
presentes em minérios ou sucatas com o auxílio de um agente
lixiviante, tendo como resultado um beneficiamento mínimo,
evitando-se, assim, os custos associados ao tratamento
(beneficiamento) do minério/sucata”.
Etapas do Processo
2. Lixiviação
2.1 Técnicas de Lixiviação
Biolixiviação
Etapas do Processo
3. Refino
3. Refino
3.1. Cementação
• Processo eletroquímico que visa a redução (em fase aquosa) do metal que está na
solução aquosa.
• É necessário que o potencial do sistema de redução seja mais negativo que o
potencial de redução do metal de interesse
• O Zn (na forma de pó) é amplamente utilizado:
Zno(s) + Me+2(aq) → Zn+2(aq) + Meo(s) , onde: Me= Cu, Cd, Pb, Co, Ni, Au.
• A força motriz para a reação é a diferença de potencial eletroquímico dos pares
Me-Zn (ΔΕ > 0) quando em contato em solução.
• Uma reação competitiva, entretanto, é a evolução de hidrogênio, a partir da redução
dos íons H+ presentes na solução → Para minimizar esta reação indesejável, o
processo de cementação é operado em baixas concentrações de ácido (pH ≈ 5,0).
Etapas do Processo
3. Refino
3.1. Cementação
Menos ativo
mais nobre
mais catódico
Mais ativo
menos nobre
mais anódico
Etapas do Processo
3. Refino
3.1. Cementação
Etapas do Processo
3. Refino
3.2. Precipitação Seletiva
• Processo de precipitação química baseado na formação de um fase
sólida que se separa da solução → Precipitado pode ser cristalino ou
coloidal e pode ser removido por filtração ou centrifugação.
• Precipitação química (adição de reagentes químicos. Ex: gases como
SO2, H2)
Ni(NH3)n2+ (aq) → nNH3(g) + Ni+2(aq)
Ni+2(aq) + H2(g) → Ni(s) + 2H+(aq)
H+(aq) + NH3(g) → NH4+(aq)
• Reciclagem de pilhas e baterias.
Etapas do Processo
3. Refino
3.3. Extração por Solvente
• Processo de separação líquido-líquido que utiliza solventes
orgânicos para recuperação dos metais de forma seletiva,
podendo formar compostos complexos com os sais de alguns
metais.
• Nessa, ocorre a transferência de íons (metálicos) específicos,
de uma solução pouco concentrada para outra mais
concentrada, por meio do fenômeno de um soluto se distribuir
entre dois solventes imiscíveis, em contato.
• Paralelamente, esse processo abre a possibilidade de se efetuar
o enriquecimento de soluções diluídas.
Etapas do Processo
3. Refino
3.4. Troca Iônica
• A rota que faz uso de uma FONTE EXTERNA DE ENERGIA para reduzir
metais em solução.
• Esta solução pode ser aquosa ou ígnea (sal fundido), sendo que em
ambos os casos o objetivo é ter metais na forma iônica presentes
nessas soluções e passíveis de serem reduzidos novamente.
• Utiliza processos como:
Eletro-obtenção,
Eletro-refino,
Eletrodeposição, ...
• Essa rota permite a obtenção de “metais com alto grau de pureza”.
• Utilizada comercialmente para refinar ou recuperar metais, incluindo a
produção em larga escala de Al, Mg, Co, Ni e Zn, bem como, a
recuperação e refino de Au e Ag.
Introdução
• Vantagens:
– Mais fácil obter os metais
separadamente.
– Obtenção do metal com
maior grau de pureza.
• Desvantagens:
– Necessita de um pós-
tratamento.
– Em escala industrial tem
consumo de energia elevado.
Princípio de Funcionamento
3. Eletrodeposição
• Deposição de metais que se
encontram sob a forma iônica
em um banho (solução).
• A superfície a revestir é
colocada no cátodo de uma
célula eletrolítica.
• Por eletrodeposição é comum
revestir com cromo, níquel,
ouro, prata, estanho, zinco,...
• Deposição de uma fina
camada sobre o a peça
(cátodo).
Processos
3. Eletrodeposição
Processo de Galvanização
Processos
niquelados
3. Eletrodeposição
Prateados
cobreados Dourados
Produção de
Ferro e Aço
Metalurgia Primária
• Ferro primário:
– Ferro-Gusa
• Produzido pelo alto-forno.
– Ferro-Esponja ou DRI
(directly reduced iron)
• Produzido a partir da
redução direta.
Metalurgia Primária
1. Matéria-Prima Primária
1.1. Minérios de ferro:
• Hematita - Fe2O3
Fonte do Metal
• Magnetita - Fe3O4
• São utilizados principalmente na forma de SÍNTER ou de PELOTAS.
– Sínter: material obtido na aglomeração e compactação de pós ou partículas
muito pequenas.
– Pelotas: pelotização de minérios finos com o auxílio de aditivos seguido por
um endurecimento a frio ou a quente.
– Os aditivos geralmente utilizados são: fundentes (calcário, dolomita),
aglomerantes (bentonita, cal hidratada) e combustível sólido (antracito).
– Existem basicamente dois tipos de pelotas:
• PAF: Pelotas para Alto Forno
• PRD: Pelotas para Redução Direta
Metalurgia Primária
1. Matéria-Prima Primária
1.1. Minérios de ferro:
• No Alto-forno ocorre:
– Redução dos óxidos de ferro para ferro metálico (Gusa);
– Separação da ganga do minério de ferro dada à imiscibilidade
entre escória (menor densidade) e ferro;
– Refino parcial do ferro-gusa através dos aditivos que
escorificam contaminantes;
– Produção de gás, que normalmente é reutilizado como gás
combustível na própria usina.
Metalurgia Primária
2. Processos
2.1. Alto-forno Reações químicas típicas do Alto Forno
FeO reage com monoxido de carbono, produzindo ferro metálico e gás carbônico. O
monóxido de carbono atua como agente redutor.
Metalurgia Primária
2. Processos
2.1. Alto-forno
Metalurgia Primária
2. Processos
2.1. Alto-forno
CST ACIARIA
https://www.youtube.com/watch?
v=CrqfRuACeqE
Metalurgia Primária
3. Refino
3.2. Aciaria elétrica
• Processo industrial começou no início do século
XX, que utilizando energia elétrica para fundir o
ferro – esponja e sucata (eletrodos de carbono).
• Inicialmente, era considerado sobretudo como um
aparelho para a fabricação de aços especiais,
inoxidáveis e de alta liga.
• Atualmente, ele tem sido cada vez mais utilizado
na fabricação de aço carbono → Muito utilizado
na metalurgia secundária.
• Processo reciclador de sucata por excelência; não
há restrição para proporção de sucata na carga.
• A participação do FEA no mundo vem crescendo
substancialmente nas últimas décadas.
Metalurgia Primária
3. Refino
3.2. Aciaria elétrica
Eletrodos de C
Metalurgia Primária
3. Refino
3.2. Aciaria elétrica
https://www.youtube.com/watch?v=66oYOSWgRA8
Metalurgia Secundária
• Gerdau → maior
recicladora da América
Latina.
• Recicla (forno elétrico) ~ 2
mil toneladas/dia = 3 mil
veículos.
• De onde vem a Sucata?
– Materiais que deixam
de ser úteis à
sociedade, como
fogões, geladeiras,
carros velhos,...
Metalurgia Secundária
Metalurgia
Primária x
Metalurgia
Secundária
Lingotamento Contínuo
• O lingotamento contínuo é um
processo pelo qual o aço fundido é
solidificado em um produto semi-
acabado, tarugo, perfis ou placas
para subsequente laminação.