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Instalação de Produção

Para a produção de ar comprimido são necessários compressores.


Esses comprimem o ar até a pressão de trabalho desejada.
A maioria dos acionamentos e comandos pneumáticos funcionam através de
uma estação central de distribuição de ar comprimido.

Não é necessário calcular e nem planejar a transformação e transmissão da


energia do ar comprimido. Para cada equipamento (consumidor) individual.
Uma estação compressora fornece o ar comprimido, já calculado, para os
equipamentos, através de uma tubulação.

Ao planejar a produção ou consumo do ar, devem ser consideradas ampliações e


futuras aquisições de novos equipamentos pneumáticos.
Uma ampliação posterior da instalação torna-se, geralmente, muito cara.

Nas indústrias de mineração, ou para máquinas que mudam freqüentemente de


lugar, são usadas instalações móveis de produção de ar comprimido.

Muito importante é o grau de pureza do ar.


Ar limpo garante uma longa vida útil à instalação.
O emprego correto dos diversos tipos de compressores também deve ser
considerado.

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TIPOS DE COMPRESSORES

Os vários tipos de compressores estão relacionados diretamente com a pressão


de trabalho e a capacidade de volume de cada compressor exigidas para atender as
necessidades da indústria.

Três tipos de compressores serão abordados:


 Compressor de êmbolo com movimento linear
 Compressor de êmbolo rotativo
 Turbocompressor

Desses, estudaremos em maior profundidade o compressor de êmbolo


movimento linear e o turbocompressor.

 A construção do compressor de êmbolo com movimento linear.


Está baseado no princípio da redução de volume. Isso significa que o ar da
atmosfera é sugado para um ambiente fechado (câmara de compressão) onde
um pistão (êmbolo) comprime o ar sob pressão.

 A construção do turbocompressor.
Baseia-se no princípio de fluxo. Isso significa que o ar é sugado da
atmosfera, através de um dos lados do turbocompressor, e comprimido de
outro, por aceleração de massa (turbina).

Tipos de Compressores

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Compressor de Êmbolo com Movimento Linear
Esse tipo de compressor é o mais usado, atualmente, porque é apropriado para
todos os tipos de pressão.
O campo de pressão pode variar de um bar até milhares de bar.

O Compressor de Êmbolo com movimento linear pode ser de:

 Efeito simples
 Duplo efeito
 Vários estágios

Compressor de Êmbolo de Efeito Simples

O compressor de êmbolo de efeito simples possuí somente uma câmara de


compressor por cilindro, isto é, apenas a parte superior do êmbolo aspira e comprime o
ar.

Compressor de Êmbolo de Duplo Efeito

O Compressor de duplo efeito, é assim chamado porque tem duas câmaras de


compressão, uma em cada lado do êmbolo e realiza trabalho no avanço e no retorno.

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Compressor de Vários Estágios

Para altas pressões, são necessários compressores de vários estágios.


O ar aspirado é comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão) e novamente
comprimido pelo próximo êmbolo.

Compressor de dois Estágios com Refrigeração Intermediária

Na compressão, a altas pressões é necessária uma refrigeração intermediária,


a água ou o ar, em razão da alta concentração de calor.

Os compressores de êmbolo com movimento linear apresentam grande


vantagem, se forem observadas as seguintes condições:

 até 4bar – um estágio


 até 15 bar – dois estágios
 acima de 15bar – três ou mais estágios

Outras condições possíveis de uso, mas nem sempre econômicas:

 até 12bar – um estágio


 até 30bar – dois estágios
 até 220bar – três estágios

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Compressor de Membrana (Diafragma)

Esse tipo pertence ao grupo dos compressores de êmbolo.


O êmbolo fica separado, por uma membrana, da câmara de sucção
compressão, isto é, o ar fica livre de resíduos de óleo, e, por essa razão, os
compressores de membrana são preferidos farmacêutica e química.

Compressor de Êmbolo Rotativo


Nesse tipo de compressor, os compartimentos se estreitam (diminuem),
comprimindo o ar nos mesmos.

Compressor Rotativo Multicelular (Palhetas)

No compressor rotativo multicelular existe um compartimento cilíndrico, com


aberturas de entrada e saída, onde gira um rotor alojado fora do centro.
O rotor tem nos rasgos, palhetas que em conjunto com a parede, formam
pequenos compartimentos (células).
Quando em rotação, as palhetas são projetadas contra a parede, pela força
centrífuga.
Devido à excentricidade de localização do rotor, há uma diminuição e um
aumento das células.
As vantagens desses compressores estão em sua construção econômica em
espaço, em seu funcionamento contínuo equilibrado e no uniforme fornecimento de ar
livre de qualquer pulsação.
Veja o volume de ar fornecido no diafragma de volume e pressão.

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CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE COMPRESSORES

Os critérios para escolha de compressores envolve os seguintes itens:

 Volume de ar fornecido

Que é a quantidade de ar fornecida pelo êmbolo do compressor em


movimento.

Existem duas indicações de volume fornecido:


- Teórico
- Efetivo

O produto do volume do cilindro pela rotação do compressor é o volume


teórico fornecido.

O Volume efetivo fornecido é o volume teórico fornecido menos perda


de ar que ocorre na compressão, e depende do tipo de construção do
compressor.

O volume fornecido é indicado em /min, m³/min ou m³/hora.

As normas especificam as condições para a medida de capacidade dos


compressores e estabelecem tolerâncias para os resultados.
A capacidade é expressa pela quantidade de ar livre descarregada, corrigida para
as condições de pressão, temperatura e umidade reinantes na admissão.
O que realmente interessa é o volume efetivo do ar fornecido pelo compressor.
É esse que aciona e comanda os equipamentos pneumáticos.
Mesmo assim, muitos fabricantes de compressores baseiam os dados técnicos no
valor teórico do volume de ar fornecido.

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 PRESSÃO
Há dois tipos de pressão:
- pressão de regime
- pressão de trabalho

Pressão de Regime é a pressão fornecida pelo compressor e que vai da rede


distribuidora até o consumidor.

Pressão de Trabalho é a pressão necessária nos postos de trabalho.


Essa pressão é geralmente de 6bar e os elementos de trabalho são construídos
para essa faixa, considerada pressão normal ou econômica.

Pressão constante é uma exigência para um


funcionamento seguro e preciso.
Dependem da pressão constante:
- a velocidade
- as forças
- os movimentos temporizados dos
elementos de trabalho e de comando.

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PREPARAÇÃO DO AR COMPRIMIDO

Uma preparação adequada do ar comprimido prolonga a vida útil de todo o


sistema pneumático.

Considere que:
- impurezas no ar comprimido provocam, em muitos casos, interrupção
nas instalações pneumáticas;
- umidade presente no ar comprimido é prejudicial aos elementos
pneumáticos;

umidade absoluta
Umidade relativa = _______________________ X 100%.
quantidade de saturação

- para evitar o condensado na rede condutora de ar comprimido,


utilizam-se refrigerantes intermediários e finais;

- O ar comprimido, quando com umidade (água), deve ser secado;

Processos para secagem do ar comprimido:


- Secagem por absorção (processo químico)
- Secagem por absorção (processo físico)
- Secagem por Refrigeração

Aparelhos de Conservação

Filtros de ar comprimido
- dreno manual
- dreno automático

Regulador de Pressão
- com exaustão
- sem exaustão

Lubrificador de Ar Comprimido

Denominamos unidade de conservação a combinação de:


 Filtro de ar comprimido
 Regulador de ar comprimido
 Lubrificador de ar comprimido

Conjunto indispensável para qualquer instalação pneumática.

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Estes são os efeitos da má preparação do ar comprimido:
 Rápido desgaste das peças móveis em cilindros e válvulas;
 Presença de condensado nos condutores de ar comprimido;
 Acúmulo de água no lubrificador;
 Velocidades lentas nos elementos de trabalho;
 Variações de velocidade nos elementos de trabalho e nos silenciadores das
válvulas pneumáticas.

Para evitar esses problemas, verificar nos elementos da unidade de


conservação:
 Condensado no filtro de ar;
 Cartucho filtrante do filtro de ar;
 Ajuste do regulador de pressão;
 Ajuste do lubrificador de ar comprimido;
 Aplicação do óleo indicado;
 Sentido de fluxo da unidade de conservação

Símbolos

Unidade de Conservação

Unidade de Conservação (Símbolo Simplificado)

O compressor comprime o ar comprimido no reservatório, e uma vez atingida a


pressão prevista, o compressor se desliga automaticamente, tornando a ligar quando a
pressão do ar atingir um valor mais baixo do estabelecido.

Estação de Compressão

Após o reservatório, o ar comprimido flui através das tubulações até alcançar os


elementos pneumáticos. Antes de cada instalação, o ar comprimido será tratado mais
uma vez.

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Secagem por Absorção

Trata-se de um puro procedimento químico.

Para um corpo sólido ou líquido, absorver significa fixar na sua massa sólida ou
líquida, uma substância gasosa. Uma pré filtragem separa do ar comprimido, as gotas
maiores de água e de óleo. Na entrada do secador, o ar comprimido assume um
movimento de rotação.

No recipiente de secagem é colocado uma massa secante, a qual extrai (absorve)


do ar as gotas de água existentes. Esta massa secante mistura-se com a água e deposita-
se no fundo. A massa secante consome-se lentamente e deve ser substituída
regularmente. Para manter um consumo mínimo do elemento, deverá ser mantida uma
temperatura do ar na entrada em torno de 293º K (20º).

O processo de absorção oferece as seguintes vantagens:


 Instalação simples
 Desgastes mecânicos reduzidos (não há partes móveis)
 Nenhum consumo de energia externa

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Secagem por Adsorção (Regenerativo)

O princípio de adsorção baseia-se num processo físico.

Adsorver: alguns corpos sólidos possuem a propriedade de fixar substâncias


em sua superfície.

Este processo é também denominado de “Secagem por Regeneração”.


O material secante tem forma granulada composta de quase 100% de dióxido de
silício, mais conhecido como: “Gel” ou “Silicagel”, cuja propriedade é de adsorver a
„‟umidade contida no ar comprimido.
O processo de regeneração da Silicagel é bastante simples, soprando ar quente
em sentido contrário ao da secagem, consegue-se retirar a umidade do mesmo.
A maior parte dos casos, coloca-se dois secadores em paralelo e, enquanto um
está em processo de secagem, o outro está em fase de regeneração e vice-versa.
A capacidade de adsorção da Silicagem é limitada, e em condições normais deve
ser substituída a cada 3 anos.

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Secagem a frio

Se o ar comprimido é esfriado a uma temperatura abaixo do ponto de orvalho,


consegue-se uma condensação e uma separação da água.
O ar comprimido a secar, flui no secador a frio atravessando a primeira parte
composta de um trocador de calor ar/ar.
Neste ponto, o ar comprimido quente é pré-esfriado pelo ar seco e frio,
proveniente do ciclo de resfriamento. Consequentemente, a água e o óleo são
separados.
Desta forma, o refrigerador assume apenas 40% da carga de trabalho. O ar
comprimido pré-esfriado entra na segunda parte do aparelho refrigerador, e neste ponto
o ar é refrigerado a uma temperatura de aproximadamente 274,7 K (1,7 º C).

O refrigeramento se processa através de uma serpentina que contém um meio


refrigerante. Neste ponto são novamente separados água e partícula de óleo.
O ar comprimido seco retorna novamente a primeira parte do secador, entra pelo
lado secundário e assume a tarefa de pré-esfriar o ar comprimido que flui pelo lado
primário.

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MANÔMETRO

Os reguladores de pressão possuem um indicador (manômetro) que indica o


valor da pressão do ar fluente através do regulador (pressão secundária).

Manômetro

Funcionamento:

O ar comprimido entra através de P no manômetro, mediante pressão na mola


tubular (2) esta é solicitada.

Quanto maior é a pressão, maior será o raio de curvatura.


O movimento do indicador (6) se produz mediante um tirante (3), cremalheira
(4) e pinhão (5). Poderá se ler a pressão diretamente na escala graduada (7).

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Lubrificação do Ar Comprimido

Os elementos pneumáticos (cilindros, válvulas, etc.) possuem peças móveis que


necessitam de lubrificação. Para que estejam suficiente e continuamente lubrificadas,
adiciona-se ao ar comprimido uma certa quantidade de óleo por intermédio de um
lubrificador. O próprio ar comprimido, já lubrificado, se encarrega de levar a
lubrificação aos equipamentos pneumáticos.

Vantagens da Lubrificação:

 Notável diminuição de desgaste


 Diminuição de perdas por atrito
 Proteção à corrosão

Quais são as exigências de um lubrificador de ar comprimido?

1. Utilização e manutenção simples (controle de nível do óleo, reabastecimento


durante o funcionamento).
2. Funcionamento totalmente automático dependente da vazão.
3. Possibilidade de regulagem da quantidade e óleo na saída do lubrificador.
4. Formação de uma nebulização fina de óleo na saída do lubrificador.
5. Eficiência mesmo em funcionamento descontínuo.
Lubrificadores de ar trabalham, geralmente, segundo o princípio de Venturi. A
diferença de pressão p (queda de Pressão) entre a pressão antes do bocal
nebulizador e a pressão no ponto de estrangulamento do bocal, será aproveitada para
sugar óleo de um reservatório e, de misturá-lo com o ar em forma de neblina.

Figura 2/14: Princípio de Venturi

O lubrificador de ar somente começa a funcionar aquando existe um fluxo


suficientemente grande.
Quando houver uma pequena demanda de ar, a velocidade do bocal é
insuficiente para gerar uma depressão (baixa pressão) que possa sugar o óleo do
reservatório. Deve-se portanto, prestar atenção aos valores de vazão (fluxo) indicados
pelo fabricante.

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CILINDROS

O cilindro pneumático é um elemento de máquina útil, já que permite a


aplicação do movimento linear exatamente onde é necessário, sem qualquer
complicação mecânica, como por exemplo em transmissões, eixos, ressaltos, etc.
Através de cilindros pneumáticos pode-se transformar a energia pneumática
em movimentos retilíneos e, através de motores pneumáticos, em movimentos
rotativos.
A geração de um movimento retilíneo com elementos mecânicos, conjugados
com acionamentos elétricos, é relativamente custosa e está ligada a certas dificuldades
de fabricação e durabilidade.

* Cilindro de Ação Simples

Os cilindros de ação simples são acionados por ar comprimido de um só lado e,


portanto, trabalham em uma só direção.
O retrocesso efetua-se mediante uma força externa ou por mola.
A força da mola é calculada para que ela possa fazer o pistão retroceder à
posição inicial, com uma velocidade suficientemente alta, sem dispensar grande energia.
Em cilindros de ação simples com mola montada, o curso do êmbolo é limitado
pelo comprimento da mola.

Por essa razão, fabricam-se cilindros de ação simples de comprimento até


aproximadamente 100mm.
Empregam-se esses elementos de trabalho principalmente para fixar, expulsar,
prensar, elevar, alimentar, etc.
Invertendo-se a montagem da mola (da frente para trás do êmbolo), o cilindro
poderá ser utilizado para travamento.

A grande vantagem dessa inversão é o efeito de freio, empregado em caminhões,


carretas, vagões ferroviários, etc.
A vedação é feita por material flexível, alojado em êmbolo metálico ou de
material sintético.

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* Cilindro de Membrana Plana

Uma membrana, que pode ser de borracha, material sintético ou também


metálico, assume a tarefa do êmbolo.
A haste do êmbolo é fixada no centro da membrana.
Neste caso, a vedação deslizante não existe.
Em ação existe somente o atrito provocado pela dilatação da membrana.

É empregado na fabricação de ferramentas e dispositivos, bem como em prensas


de cunhar, rebitar e fixar peças em lugares estreitos.

* Cilindro de Membrana de Projeção

Uma construção similar do cilindro de membrana é o cilindro de membrana de


projeção.
Quando acionada pelo ar comprimido, a membrana se projeta no interior do
cilindro, movimentando a haste do êmbolo para fora.

Este sistema permite fazer cursos maiores (aproximadamente 50 a 80mm) do


que os cilindros de membrana plana.
O atrito é consideravelmente menos do que nos cilindros de êmbolo.

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* Cilindro de Ação Dupla

Os movimentos de avanço e retorno, nos cilindros de ação dupla, são produzidos


pelo ar comprimido e por isso podem realizar trabalhos nos dois sentidos de seu
movimento.

Esses cilindros podem, em princípio ter curso ilimitado, porém deve-se levar em
consideração as possibilidades de deformação por flexão e flambagem.
São encontrados normalmente, cilindros de ação dupla com curso até 2000mm.

Os cilindros de ação dupla também designados por duplo efeito, são


empregados em todos os casos em que é necessária força nos dois sentidos do
movimento, devendo-se entretanto observar que os esforços de flexão sobre a haste dos
cilindros devem ser evitados no máximo através do uso de guias, fixações oscilantes,
etc, para que não haja desgaste acentuado de bucha, gaxeta do mancal e gaxeta do
êmbolo.
A vedação neste caso, efetua-se mediante êmbolo (pistão de dupla vedação).

* Cilindros com Amortecimento nos fins de curso

Quando volumes grandes e pesados são movimentados por um cilindro,


emprega-se um sistema de amortecimento para evitar impactos secos e danificação das
partes.
Antes de alcançar a posição final, em êmbolo de amortecimento interrompe o
escape direto do ar, deixando somente uma passagem pequena, geralmente regulável.

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Com o escape de ar restringido, cria-se uma sobrepressão que, para ser vencida,
absorve grande parte da energia.
O que resulta em perda de velocidade nos fins de curso.
Invertendo o movimento de êmbolo, o ar entra sem impedimento, pelas válvulas,
no cilindro, e êmbolo pode retroceder com força e velocidades totais.

Possibilidades de amortecimento:

 Amortecimento regulável em ambos os lados;


 Amortecimento regulável em um só lado do êmbolo (dianteiro ou traseiro);
 Amortecimento não regulável em ambos os lados;
 Amortecimento não regulável em um só lado do êmbolo (dianteiro ou
traseiro).

* Cilindro de Ação Dupla em Execução Especial

O cilindro de haste passante de ambos os lados tem algumas vantagens.


A haste é melhor guiada devido aos dois mancais de guia, o que possibilita a
admissão de uma ligeira carga lateral.
Os elementos sinalizadores podem ser montados na parte livre da haste do
êmbolo.

Neste caso, a força é igual em ambos os lados (mesma área de pressão).

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* Cilindro Tandem (Geminado)

Trata-se de dois cilindros de ação dupla que formam uma só unidade.


Assim, com carga simultânea nos dois êmbolos, a força será a soma das forças
dos dois cilindros.
Ele é recomendado para obter grande desempenho quando a área útil do cilindro
é pequena.

* Cilindro de Posição Múltipla

Este cilindro é formado por dois ou mais cilindros de ação dupla.


Os elementos estão unidos em ao outro como mostra a ilustração.
Os cilindros movimentam-se individualmente, conforme o lado de pressão.
Com dois cilindros de cursos diferentes obtêm-se quatro posições.

É utilizado para carregar estantes com esteira transportadora, acionar alavancas e


como dispositivo selecionador.

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* Cilindro de Impacto (Percursor)

O uso dos cilindros pneumáticos normais na técnica de deformação é limitado.


O tipo de cilindro ideal para alta energia cinética é o cilindro de impacto.

A energia destes cilindros será empregada para prensar, rebordar, rebitar, cortar,
etc.

Com isto, libera-se o restante da superfície do êmbolo e sua força é ampliada.


O ar comprimido contido na câmara B pode fluir rapidamente pela grande seção
de passagem, acelerando fortemente o êmbolo do cilindro.

* Cilindro de Cabos (Cilindro Tracionador de Cabos)

Trata-se de um cilindro de ação dupla e que trabalha tracionando.


De cada lado do êmbolo está fixado um cabo guiado por rolos.

É utilizado para abertura e fechamento de portas e grandes cursos com


pequenas dimensões de construção.

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* Cilindro Rotativo

Na execução com cilindros de ação dupla, a haste do êmbolo tem um perfil


dentado (cremalheira).
A haste do êmbolo aciona, com esta cremalheira, uma engrenagem,
transformando o movimento linear em movimento rotativo.

De acordo com a necessidade, o movimento rotativo poderá ser de 45º, 90º,


180º até 720º.
Um parafuso de regulagem possibilita a determinação do campo de rotação
parcial dentro da rotação total.

Isso significa que:


Se o cilindro tem uma capacidade de giro de 180º, por exemplo, poderá,
mediante uma regulagem, determinar outras possibilidades de rotação até 180º.

O momento de torção depende da pressão da área do êmbolo e da relação de


transmissão.

O acionamento giratório emprega-se para virar peças, curvar tubos, regular


instalações de ar condicionado, acionar válvulas de fechamento e válvulas-borboleta,
etc.

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* Cilindro de Aleta Giratória

Como nos cilindros rotativos já descritos, também nos cilindros de aleta giratória
é possível um giro angular limitado.
O movimento angular raramente vai além de 300º.

A vedação é problemática e o diâmetro em relação à largura, em muitos casos,


somente possibilita pequenos momentos de torção (torque).
Esse cilindros raramente são empregados na pneumática, sendo usados, porém,
freqüentemente na hidráulica.

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RESUMO:

ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE TRABALHO

Elementos Pneumáticos de Trabalho


Cilindros (Movimentos Retilíneos)

Ação Simples:
 Êmbolo
 Membrana Plana
 Membrana de Projeção

Ação Dupla:
 Sem amortecimento
 Com amortecimento
 Haste passante
 Tandem (geminado)
 Posição Múltipla
 Impacto
 Tração a Cabo
 Rotativo
 Aleta Giratória

Motores (Movimentos Rotativos)

Pistão:
- Axial
- Radial
 Palhetas
 Engrenagens
 Turbinas

OS CILINDROS DE AÇÃO SIMPLES:

 São acionados por ar de um só lado;


 Realizam trabalhos somente em um sentido;
 Têm curso limitado;
 Têm comprimento de até aproximadamente 100mm;
 Para serem rentáveis, não devem Ter mais de 300mm de diâmetro;
 Empregam-se para fixar, expulsar, prensar, elevar, alimentar, etc.

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OS CILINDROS DE AÇÃO DUPLA:

 Realizam trabalhos em dois sentidos do movimento;


 Têm o curso, em princípio, ilimitado, sendo necessário considerar a
deformação por flexão e flambagem;
 Para serem rentáveis, não devem ultrapassar 2000mm de comprimento e
300mm de diâmetro;
 Têm a velocidade controlável no avanço e no retorno (individualmente);
 Força nos dois sentidos do movimento

OS CILINDROS PNEUMÁTICOS COMPÕEM-SE DE:

 Tubo (Camisa)
 Tampas anterior e posterior (Cabeçotes)
 Êmbolo com Gaxetas
 Bucha de Guia
 Anel Limpador
 Peças de adaptação e vedação
 Haste de êmbolo

TIPOS DE FIXAÇÃO DO CILINDRO:

 Por pés
 Por Rosca
 Flange
- dianteiro
- traseiro
 Munhão dianteiro e central
 Oscilante

MATERIAL PARA VEDAÇÃO DO ÊMBOLO:

 Buna N para - 10ºC até + 80º C


 Perbunam para - 20ºC até + 80ºC
 Viton para - 20ºC até + 190ºC
 Teflon para - 80ºC até + 200ºC

TIPOS DE VEDAÇÃO:

 “O-Ring” (Junta Toroidal)


 “Quadring” (Perfil Quadrado)
 Junta tipo faca (Lábio Simples)
 Junta Duplo Lábio (T-Duo)

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COMPONENTES DE UM CILINDRO

O cilindro de êmbolo consiste em um tubo cilíndrico (camisa), tampas anterior e


posterior (cabeçotes), êmbolo com gaxetas, haste do êmbolo, bucha de guia, anel
limpador; suplementarmente, tem ainda peças de adaptação e vedação.

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A camisa (1), na maioria dos casos, é feita de um tubo de aço trefilado a frio,
sem costura.
Para aumentar a vida útil dos elementos de vedação, a superfície interna do tubo
é brunida.
Para casos especiais, o cilindro é feito de alumínio ao latão ou de aço com
superfície interna de cromo duro.
Estes equipamentos serão empregados para trabalhos nem sempre contínuos ou
onde existe possibilidade de corrosão muito acentuada.

Para as tampas (2) e (3) usa-se normalmente material fundido (alumínio fundido
ou ferro maleável).
A fixação das tampas pode ser feita com tirantes, roscas ou flanges.

A haste do êmbolo (4) geralmente é feita com aço beneficiado e, como proteção
anticorrosiva, tem boa porcentagem de cromo.
As roscas são geralmente laminadas, diminuindo assim o perigo de ruptura.
Sob pedido, a haste do êmbolo pode ser temperada.
Maior densidade superficial será alcançada por laminação com rolos; a
rugosidade da haste, neste caso, será de 1um.

Na hidráulica, é necessário que a haste do êmbolo seja de material duro ou


temperado.

Para a vedação da haste do êmbolo, existe um anel circular (5) na tampa anterior.
A haste do êmbolo está guiada na bucha de guia (6).
Esta bucha pode ser de bronze sintetizado ou de material sintético metalizado.

Na frente desta bucha, encontra-se o anel limpador (7), que evita a entrada de
partículas de pó e de sujeira no cilindro.
Assim, não é necessário outra proteção.

A guarnição duplo lábio (8) veda de ambos os lados.

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Material da Guarnição

Buna N para - 10ºC até + 80ºC


Perbunam para - 20ºC até + 80ºC
Vitor para - 20ºC até + 190ºC
Teflon para - 80ºC até + 200ºC

Juntas toroidais ou “O-Ring” (9) são utilizadas para vedação estática.


Este tipo de vedação não é recomendado em vedações móveis, pois provoca
relativa perda de carga por atrito.

Tipos de Fixação

Um fator significativo para o rendimento final positivo de um sistema


pneumático é o posicionamento de cada um dos seus componentes, principalmente
válvulas e cilindros.

Determina-se o tipo de fixação dos cilindros pela montagem dos mesmos em


máquinas e dispositivos.
É importante que sua fixação seja perfeita, de modo que possamos aproveitar
toda energia fornecida pelo equipamento, ao mesmo tempo, evitando danos aos
cilindros.

Ao empregar um grande número de cilindros pneumáticos, é vantajoso ter um


estoque racional simplificado de peças de montagem padronizadas, pois somente será
necessário combinar o cilindro básico com o tipo de fixação desejado.

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TIPOS DE VEDAÇÃO PARA ÊMBOLOS EM CILINDROS
PNEUMÁTICOS
* “O-Ring” (junta toroidal) * Junta Toroidal achatada internamente

* “Quadring” (perfil quadrado) * Junta copo de encaixe bilateral

* Junta tipo faca (lábio simples) * Junta copo de encaixe unilateral

* Junta duplo lábio (T-DUO) * Junta duplo copo com anel deslizante

* Anel de Vedação em L

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CÁLCULO DOS CILINDROS
Força do Êmbolo

A força do êmbolo, exercida com o elemento de trabalho, depende da pressão de


ar, do diâmetro do cilindro e da resistência de atrito dos elementos de vedação.

A força teórica do êmbolo é calculada segundo a fórmula abaixo:

F th = A.p

F th = força teórica do êmbolo (Kp)

A = superfície útil do êmbolo (cm²)

p = pressão de trabalho (bar, kp/cm²)

Na prática, é importante a força efetiva do êmbolo.


Ao calculá-la, a resistência de atrito deve ser considerada.
Em condições normais de trabalho (faixa de pressão 4-8bar), esta resistência
pode absorver de 3 a 20% da força alcançada.

Cilindro de ação simples:


Fn = A. p – ( F R + F F )

Cilindro de ação dupla (avanço):


Fn = A. p - F R

Cilindro de ação dupla (retrocesso):


Fn = A‟.p - F R

Fn = força efetiva do êmbolo (kp)

A = superfície útil do êmbolo = ( D². π ) = r². π (cm²)


_____
4
A‟ = superfície útil do êmbolo = ( D² - d² ).__ π __ (cm²)
4
p = pressão de trabalho (bar, kp/cm²)

FR = resistência de atrito (kp); ( 3-20% de F th )

FF = força da mola de retrocesso (kp)

D = diâmetro do cilindro (cm)

D = diâmetro da haste do êmbolo (cm)

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MOTORES

Existem motores pneumáticos com rotação à direita e à esquerda.


A rotação máxima está fixada em 5000rpm.
A faixa de potência, em pressão normal de ar, está entre 1,5 e 19KW (2 a
25CV).

Motor Radial

Motor Axial

Motor de Palhetas (lamelas)

Graças a sua construção simples e pequeno peso, geralmente os motores


pneumáticos são fabricados como máquinas rotativas, com lamelas.
Estes seguem princípios inversos ao dos compressores de células múltiplas
(compressor rotativo).

O rotor é fixado excentricamente em um espaço cilíndrico e é dotado de


ranhuras.

As palhetas colocadas nas ranchuras serão pela força centrífuga, afastadas contra
a parede interna do cilindro e assim a vedação individual das câmaras estará garantida.

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Por meio de pequena quantidade de ar, as palhetas serão afastadas contra a
parede interna do cilindro, já antes de acionar o motor.

Em tipos de construção diferente, o encosto das palhetas é feito por pressão de


molas.

Motores deste tipo tem geralmente, de três a dez palhetas.


Estas formam câmaras de trabalho no motor, nas quais pode atuar o ar sempre de
acordo com o tamanho da área de ataque das palhetas..
O ar entra na câmara menor, expandindo-se na medida do aumento da câmara.

A velocidade do rotor varia de 3000 a 8500rpm e existem unidades com rotação


à direita e à esquerda.
A faixa de potência é de 0,1 a 17KW (0,1 a 24CV).

Motores Pneumáticos

O motor pneumático com campo angular ilimitado é um dos elementos


pneumáticos mais usados na indústria moderna.
Seu campo de aplicação é dos mais diversos.
Com o motor pneumático, podem-se executar operações tais como:
 Parafusar;
 Furar;
 Roscar;
 Lixar;
 Polir;
 Rebitar, etc.

Os motores pneumáticos estão classificados, segundo a construção, como:


 Motor de Pistão
 Motor de Palhetas
 Motor de engrenagens
 Turbomotor

31
Motor de Pistão

Este tipo está subclassificado em motores de pistão radial e axial.


O ar, através de uma biela, aciona o eixo de motor por pistão em movimento
inverso.
Para que seja garantido um movimento sem golpes e vibrações são necessários
vários pistões.
A capacidade dos motores depende da pressão de entrada, número de pistão, área
dos pistões e curso dos mesmos.

O modo de trabalho dos motores de pistão axial é similar ao dos motores de


pistão radial.

Um disco oscilante transforma a força de 5 cilindros, axialmente posicionados


em movimento giratório.
Dois pistões são alimentados simultaneamente com ar comprimido.
Com isto, obter-se-á um momento de inércia equilibrado, garantindo um
movimento uniforme e sem vibrações do motor.

Motor de Engrenagens

A geração do momento de torção efetua-se nesta construção, pela pressão de ar


contra os flancos dos dentes de duas engrenagens engrenadas.
Uma engrenagem é fixada em um dos eixos do motor, a outra gira livremente no
outro eixo.

Esses motores, empregados com máquinas de acionar, estão à disposição com


até 44KW (60CV).
A direção de rotação desses motores fabricados com engrenagens retas ou
helicoidais, é reversível.

32
Turbomotor

Turbomotores somente podem ser empregados para trabalhos leves.


A faixa de rotação, porém, é muito ampla (em equipamentos dentários é de até
500.000rpm).

Características dos Motores Pneumáticos

 Regulagem sem escala da rotação e do momento de torção;


 Construção leve e pequena;
 Seguro contra sobrecarga; mesmo que o movimento de torção não seja
suficiente, não haverá danos;
 Insensível contra poeira, água, calor, frio;
 Seguro contra explosão;
 Grande escolha de rotação;
 Pouca conservação e manutenção;
 Sentido de rotação fácil de inverter.

33
___________________________________________________________

CORTES PNEUMÁTICOS
ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE TRABALHO

INTRODUÇÃO

Um simples abrir e fechar de torneira


representa uma operação comum
de liberar ou interromper
o fluxo de um líquido qualquer.

Na verdade, são duas operações


caracterizadas por uma válvula
de duas vias e duas posições.

Nossa intenção, nesta unidade,


será a de mostrar a representação gráfica
dos mais variados tipos de válvulas
e suas denominações;

Assim, veremos válvulas


como aparelhos de comando ou de regulagem,
de partida, parada ou direção.

Com isso você terá condições no futuro


de identificar, escolher e fazer manutenção num sistema
que envolve um comando pneumático com suas válvulas
e esquemas que o representam.

34
OBJETIVOS

Ao final desta unidade você será capaz de:

 Enunciar, assinalando os elementos de sinais em Pneumática, assim como as


características de construção e a ligação correta das válvulas.

 Classificar através de uma relação dada, as características de funcionamento


das válvulas direcionais.

 Dados símbolos que representam válvulas direcionais com uma relação que
as identificam e também duas questões sobre tipos de válvulas, classificar
tipos de válvulas direcionais.

Composição dos Comandos Pneumáticos

Os Comandos Pneumáticos podem ser subdivididos em:

 Elementos de trabalho;
 Elementos de comando;
 Elementos de sinais.

Todos os elementos de comando e de sinais que têm por finalidade influenciar o


fluxo de informações ou energia (em nosso caso o ar comprimido) são
denominados válvulas, independentemente de sua forma construtiva.

As válvulas são subdivididas, segundo as suas funções, em cinco grupos:

 Válvulas direcionais
 Válvulas de bloqueio
 Válvulas de pressão
 Válvulas de fluxo (vazão)
 Válvulas de fechamento

Válvulas Direcionais

São elementos que influenciam o percurso de um fluxo de ar, principalmente nas


partidas, nas paradas e na direção do fluxo.
Em esquemas pneumáticos, usam-se símbolos gráficos para descrições de
válvulas.
Estes símbolos não caracterizam os diferentes tipos de construção, mas somente
a função das válvulas.

35
As válvulas direcionais caracterizam-se por:

 Número de posições;
 Números de vias;
 Tipo de acionamento (comando);
 Tipo de retorno (para posição de descanso);
 Vazão.

As válvulas são simbolizadas graficamente com quadrados.


O número de quadrados unidos indica o número de posições ou manobras
distintas que uma válvula pode assumir.

Para melhor compreensão, tomemos uma torneira comum como exemplo.


Esta torneira poderá estar aberta ou fechada.

Torneira Comum

Fechada Aberta

No primeiro desenho, a torneira esta fechada e não permite a passagem da água.


No segundo, a torneira aberta permite a passagem da água.

A torneira é representada graficamente, por dois quadrados.

As vias de passagem de uma válvula são indicadas por linhas nos quadrados
representativos de posições e a direção do fluxo, por setas.

36
Os fechamentos ou bloqueios de passagem são indicados dentro dos quadrados,
com tracinhos transversais.

Tracinhos externos indicam as conexões (entrada e saída) e o número de traços


indica o número de vias.

Em geral, as conexões são representadas nos quadrados da direita.

Denominamos posição de repouso ou posição normal da válvula, a posição em


que se encontram os elementos internos quando a válvula não está acionada.

Assim temos:

 Válvula Normal Fechada (NF) que não permite a passagem do fluido na


posição normal.
 Válvula Normal Aberta (NA) que permite passagem do fluido na posição
normal.

No exemplo da torneira, representado pela figura da página anterior, podemos


caracterizar uma válvula de duas vias, duas posições.
Considerando-se que a torneira na posição normal não permite a passagem da
água, ela é normal fechada (F).

Se a mesma torneira, na posição normal, permitir a passagem da água, ela é


normal aberta (NA).

37
Na representação gráfica de válvula com 3 posições de comando, a posição do
meio é considerada como posição de repouso.

a o b

Triângulo no símbolo representa vias de exaustão do ar.

A denominação de uma válvula depende do número de vias e do número de


posições.
As condições NF e NA devem ser observadas nas válvulas de 2 e de 3 vias.

Exemplo:

Válvula direcional de 3 vias, 2 posições, NF.

Válvula direcional de 4 vias, 3 posições, centro aberto (válvula 4/3 vias, centro
aberto).

Para garantir a identificação e ligação corretas das válvulas, marcam-se as vias


com letras maiúsculas (DIN) ou com números (ISO).

Considera-se:

Vias para utilização (saída) A, B, C, D... ou 2, 4


Linhas de alimentação (entrada) P ou 1
Escapes (exaustão) R, S, T ou 3, 5
Linha de Comando (Pilotagem) Z, Y, X ou 12, 14

38
Tipos de Acionamento de Válvulas

Conforme a necessidade, os mais diferentes tipos de acionamento podem ser


adaptados às válvulas direcionais.

Os símbolos de acionamento desenham-se horizontalmente nos quadrados.

Acionamento por Força Muscular

Geral

Por Botão

Por Alavanca

Por Pedal

Acionamento Mecânico

Por apalpador

Por mola

Por rolete apalpador

Por rolete apalpador escamoteável (Gatilho)

39
Acionamento Elétrico

Por Eletroímã com (Bobina Solenóide):

Um Enrolamento Ativo

Dois enrolamentos ativos no mesmo sentido

Dois enrolamentos ativos em sentido contrário

Acionamento Pneumático

Acionamento Direto

Por acréscimo de pressão (Positivo)

Por decréscimo de pressão (Negativo)

Por acionamento de pressão diferencial

Acionamento Indireto

Por acréscimo de pressão na válvula de pré-comando (servopiloto


positivo).

Por decréscimo de pressão na válvula de pré-comando


(servopiloto negativo).

40
Acionamento Combinado

Por eletroímã e válvula de pré-comando (servocomando).

Por eletroímã ou válvula de pré-comando.

Com o tipo de acionamento e de retorno à posição de repouso, completa-se a


denominação de uma válvula direcional.

Exemplo:
Válvula direcional de 3 vias, 2 posições, acionada por botão.
Retorno por mola.

Válvula direcional de 4 vias, 2 posições, acionada diretamente por acréscimo de


pressão.
Retorno por mola.

Segundo o tempo de acionamento, distinguem-se:

Acionamento Contínuo

Durante o tempo de comutação, a válvula é acionada mecânica, manual,


pneumática ou eletricamente.
O retorno efetua-se manual ou mecanicamente pela mola.

41
Acionamento Momentâneo (por impulso)

A válvula é comutada por um impulso.


Uma nova comutação é feita por um segundo impulso emitido por outro
elemento de sinal, repondo a válvula na posição inicial.

Nos circuitos em cadeia em processo automático, empregam-se principalmente


os comandos por impulsos.

CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO EM VÁLVULAS


DIRECIONAIS

O princípio de construção da válvula determina:

 A força de acionamento;
 A maneira de acionar;
 A possibilidade de ligação;
 O tamanho de construção.

Segundo o tipo de construção, as válvulas distinguem-se em dois grupos:

1. Válvulas de Sede ou de Assento


 Esférica
 Prato

2. Válvulas Corrediças
 Longitudinal (carretel)
 Plana longitudinal (comutador)
 Giratória (disco)

Válvulas de Sede ou de Assento

As ligações em válvulas de sede são abertas e fechadas por esfera, prato ou cone.

A vedação das sedes de válvulas efetua-se de maneira simples, geralmente com


elementos elásticos de vedação.

As válvulas de sede tem poucas peças de desgaste, prolongando assim a vida


útil.

A força de acionamento é relativamente alta, pois é necessário vencer a força da


mola de retorno e do ar comprimido agindo sobre a área do obturador.

42
Válvulas de Sede Esférica

A construção das válvulas de sede esférica é muito simples e de preço vantajoso.


Estas válvulas caracterizam-se por seu pequeno tamanho.
O acionamento das válvulas efetua-se manual ou mecanicamente.

Uma mola pressiona uma esfera contra a sede, evitando que o ar comprimido
passe da ligação de pressão P para o canal A.
Por acionamento da haste da válvula, afasta-se a esfera da sede.
Para isto, é necessário vencer a força da mola e a força do ar comprimido.

Válvula Direcional 2/2 vias (NF) Válvula Direcional 3/2 vias (NF)

Válvulas de Sede de Prato

Estas válvulas tem uma vedação simples e boa.


Seu tempo de comutação é curto e, assim como as de sede esférica, tem uma
longa vida útil.
Ao acionar o apalpador, as três ligações P, A e R, são interligadas entre si num
campo limitado.
Isto provoca, quando em movimento lento, o escape livre de um grande volume
de ar, que não é aproveitado para o trabalho.
Quando isto ocorre, diz-se que existe exaustão cruzada.

43
Válvula Direcional 3/2 vias (NA) Válvula Direcional 3/2 vias (NF)

As válvulas concebidas segundo o princípio de sede de prato único são livres de


exaustão cruzada.
Não existe perda de ar com uma comutação lenta.

Válvula Direcional (sem exaustão cruzada) 3/2 vias (NF).

Ao acionar o apalpador, fecha-se primeiro a ligação de A para R (exaustão), pois


o apalpador se assenta no prato.
Continuando a empurrar, o prato afasta-se da sede, abrindo passagem de P para
A.
O retorno efetua-se mediante a pressão da mola.

Emprega-se as válvulas direcionais de 3 vias para comandar cilindros de ação


simples ou como emissores de sinais para pilotar válvulas de comando.

44
Em uma válvula em posição de repouso aberta, fecha-se primeiro a ligação entre
P e A com um prato e posteriormente a passagem de a para R, através de um segundo
prato.
O retorno do apalpador é por mola.

O acionamento das válvulas pode ser feito manual, mecânica, elétrica ou


pneumaticamente.

Válvula direcional (sem exaustão cruzada) 3/2 vias (NA).

Uma válvula direcional de 4 vias (4/2), com princípio de sede prato, consiste na
combinação de duas válvulas de 3 vias (3/2), sendo uma válvula em posição inicial
fechada e outra aberta.

Na posição de repouso, estão abertas as vias de P para B e de A para R.

Ao acionar simultaneamente os dois apalpadores, serão fechadas as vias de P


para B e de A para R.

Empurrando ainda mais os apalpadores até os pratos, serão abertas as vias de P


para A e de B para R.

Este tipo de válvula é livre de exaustão cruzada e o retorno à posição inicial é


feito através de molas.

Emprega-se válvulas direcionais de 4 vias em comandos de cilindros de ação


dupla.

45
Válvula direcional 4/2 vias.

Válvula direcional de 3/2 vias (sede/prato) acionada pneumaticamente.

A comutação da válvula (pilotagem) é feita com ar comprimido pela conexão Z,


deslocando o eixo da válvula contra a mola de retorno.
Exaurindo o sinal de comando Z, o pistão será recolocado na posição inicial por
intermédio da mola.

Em muitos casos, o emprego destas válvulas em formação de comando resulta


em simplicidade e baixo custo.
Entretanto, caso haja um rompimento na tubulação de comando ou vazamento, a
válvula será comutada.

Válvula corrediça Giratória (Disco)

As válvulas deste tipo geralmente são construídas para acionamento manual ou


pedal, pela dificuldade em adaptar-se outro tipo de acionamento a elas.
São na maioria dos casos, de 3/3 ou de 4/3 vias.

A figura a seguir representa a posição central na qual os canais estão fechados.


Devido a isso, a haste de pistão de um cilindro pode parar em qualquer posição
de seu curso, porém essas posições intermediárias não podem ser fixadas com exatidão.
Por causa da compressibilidade do ar comprimido, caso haja modificação de
carga, a haste do pistão poderá também ocupar outra posição, numa válvula de mesmo
princípio construtivo, porém com outro tipo de interligação de canais na posição inicial
(centro aberto).

Nesta válvula, os canais A e B estão abertos para a atmosfera.

Quando estiver na posição central, o êmbolo do cilindro poderá ser desligado


manualmente para a posição desejada em seu curso.

46
Válvula Corrediça Giratória Centro Fechado:

47
Válvula Corrediça Giratória Centro Aberto:

Vazão em Válvula

Vazão é a quantidade de fluido que passa através da secção de uma tubulação em


uma unidade de tempo.
Tratando-se de válvulas, geralmente os fabricantes fornecem os valores da vazão
por ser um fator importante na utilização das mesmas.

48
COMANDOS BÁSICOS

COMANDOS DIRETOS

Comandos de um Cilindro de Ação Simples

Exemplo:

A haste de um cilindro de ação simples deve avançar ao acionar-se um botão. Ao


soltar-se o botão, a haste do cilindro deverá votar a sua posição inicial.

Descrição do Funcionamento:

Ao acionar-se o botão da válvula 3/2 vias (1.1) haverá passagem de ar de “P”


para “A” e o escape “R” fica fechado. Ao soltar-se o botão, a válvula retorna à sua
posição inicial (repouso) por ação de mola. O ar da câmara do cilindro (1.0) fica em
escape por intermédio de “R”, a alimentação de ar “P” fica fechada.

49
Comando de um Cilindro de Ação Dupla

Exemplo:

A haste de um cilindro de ação dupla deve avançar ao acionar-se um botão. Ao


soltar-se o botão, a haste do cilindro deverá voltar à sua posição inicial.

Descrição do Funcionamento:

A mudança de posição de um cilindro de ação dupla pode se realizada por


intermédio de uma válvula de 4/2 vias ou 5/2 vias. Na posição básica da válvula
direcional de 4/2 vias, o orifício “P” está interligado com “B” e “A” com “R”.

Acionando-se o botão, é realizada a comutação da válvula, ligando “P” com “A”


e “B” com “R”.

A haste do cilindro avança. Ao soltar-se o botão, a válvula é colocada na posição


inicial e a haste do cilindro retorna. Na válvula de 5/2 vias, “P” está conectado com “B”
e “A” com “R”, “S” está bloqueado, na comutação “P” se conecta com “A” e “B” com
“S”, “R” está bloqueado.

Comando com Válvula Alternadora (Elemento “OU”)

Exemplo:

Um cilindro de ação simples, deve poder realizar seu movimento de avanço de


dois pontos diferentes.

50
Comando com Válvula de Simultaneidade

Exemplo 1:

A haste de um cilindro de ação simples deve avançar quando se acionam as duas


válvulas direcionais de 3/2 vias simultaneamente.

Descrição do Funcionamento:

Com válvula de simultaneidade: O acionamento das válvulas (1.2) e (1.4)


enviando ar para a válvula (1.6), simultaneamente, provoca o avanço do cilindro (1.0).

Exemplo: 2 Exemplo: 3

51
Símbolos Pneumáticos Normalizados (DIN 24300)

Transformação de Energia:

 Compressor

 Bomba de Vácuo

 Motor Pneumático de velocidade constante


com um sentido de rotação

 Motor Pneumático de velocidade constante


com dois sentidos de rotação

 Motor Pneumático com campo giratório


limitado

 Cilindro de Simples Ação, retorno por força


externa

 Cilindro de Simples Ação, retorno por mola

 Cilindro de Ação Dupla com amortecimento no


fim de curso

 Cilindro com Haste Passante

 Cilindro Tandem

 Cilindro de Posição Múltipla

52
Válvulas Direcionais

 Válvula direcional de 2 vias – 2 posições.


Posição normal fechada

 Válvula direcional de 2 vias – 2 posições.


Posição normal aberta

 Válvula direcional de 3 vias – 2 posições.


Posição normal fechada

 Válvula direcional de 3 vias – 2 posições.


Posição normal aberta

 Válvula direcional de 3 vias – 3 posições.


Posição intermediária fechada

 Válvula direcional de 4 vias – 2 posições.

 Válvula direcional de 4 vias – 3 posições.


Posição intermediária fechada

 Válvula direcional de 4 vias – 3 posições.


Posição intermediária com saídas em exaustão

 Válvula direcional de 5 vias – 2 posições.

53
 Cilindro de dupla ação com haste de êmbolo
unilateral

 Cilindro de dupla ação com haste de êmbolo


passante

 Cilindro diferencial com haste de êmbolo


reforçada

 Cilindro de dupla ação com amortecimento


regulável em ambos os lados

 Cilindro telescópico de simples ação com


retorno por força externa

 Cilindro telescópico de dupla ação

 Intensificador para o mesmo meio de pressão

 Intensificador para ar e óleo

 Conversor do meio de pressão


Exemplo: de ar para óleo

54
 Válvula direcional de 5 vias – 3 posições.
Posição intermediária fechada

 Válvula direcional
Com posições intermediárias de comando e
com duas posições finais

 Válvula de Simbologia Simples


Exemplo: 4 vias – 2 posições.

Acionamentos

Peças Mecânicas

Eixo – Movimento giratório em um sentido

Eixo – Movimento giratório nos dois


sentidos

Engate (Trava)

Trava (símbolo para o meio de acionamento


para destravar)
* especificador no rodapé

Dispositivo de avanço intermitente

Conexão articulada simples

Conexão articulada com eixo de alavanca


passante.

55
Acionamento com ponto fixo (oscilante)

Acionamento Manual (Muscular

Geral

Por Botão

Por alavanca

Por pedal

Figuras 2.70 Acionamento Mecânico

Por came ou apalpador

Por mola

Por rolete apalpador

Por rolete apalpador


Com retorno em vazio (gatilho)

Acionamento Elétrico
guras. 3.70
Por eletroimã
com um enrolamento ativo (bobina
solenóide)

Por eletroimã
com duas bobinas atuantes em sentido
contrário

56
Conexão fixa (derivação)

Cruzamento de linhas não ligadas

Ponte de escape

Escape livre

Escape dirigido

Ponto de ligação de pressão fechado

Ponto de ligação de pressão com conexão

Conexão rápida, acoplada com válvula de


bloqueio, sem abertura mecânica.

Conexão rápida, acoplada com válvula de


bloqueio, com abertura mecânica (engate
rápido)

Conexão rápida, desacoplada, canal fechado

Conexão rápida, desacoplada, canal aberto

Conexão giratória em um só sentido

57
Conexão giratória nos dois sentidos

Silenciador

Reservatório pneumático (acumulador)

Filtro

Separador de água com dreno manual

Separador de água com dreno automático

Filtro com separador de água com dreno


automático

Secador de ar

Lubrificador

Unidade de conservação (filtro, válvula


reguladora de pressão, lubrificador e
manômetro). Simbologia simplificada

Refrigerador (resfriador)

58
Válvula de Pressão

Válvula limitadora de pressão regulável


(alívio)

Válvula de seqüência regulável com escape

Válvula reguladora de pressão sem abertura


de escape

Válvula reguladora de pressão com abertura


de escape

Válvulas de Fluxo

Válvula de fluxo com estrangulamento


constante

Válvula de diafragma com estrangulamento


constante

Válvula reguladora de fluxo com


estrangulamento regulável nos dois sentidos

Válvula reguladora de fluxo com


acionamento manual

59
Válvula reguladora de fluxo com
acionamento mecânico ou rolete e retorno
por mola.

Válvula de fechamento, simbolização


simplificada

Válvulas reguladoras de fluxo com válvulas


de retenção em ligação paralela

Válvula reguladora de fluxo com retorno


livre

Válvula reguladora de fluxo com diafragma


e retorno livre

Transmissão de Energia

Fonte de Pressão

Linha de trabalho ( utilização )

Linha de Comando ( pilotagem )

Linha de Escape ( exaustão )

Tubulação Flexível

Instalação Elétrica

60
Aparelhos Diversos

Indicador de Pressão (Manômetro)

Indicador de Pressão Diferencial

Indicador de Temperatura

Aparelho Medidor de Fluxo (vazão)

Aparelho Medidor de Fluxo (volume)

Conversor Pneumático – elétrico

Aparelho Sensitivo de Pressão (pressostato)

Aparelho Sensitivo de Temperatura


(termostato)

Aparelho Sensitivo de Fluxo

61
Símbolos Especiais Não Normalizados

Sensor de Reflexão

Bocal em geral
Bocal transmissor para barreira de ar

Bocal receptor alimentado para barreira de


ar

Bocal de Represamento

Válvula de Simultaneidade (elemento E)

Válvulas de Bloqueio

Válvula de retenção sem mola

Válvula de retenção com mola

Válvula de retenção comandada

Válvula alternadora (elemento OU)

Válvula de escape rápido

62
CARACTERÍSTICAS DO AR COMPRIMIDO

Pneumática

É a ciência que estuda as propriedades físicas do ar e de outros gases.

Características do Ar Comprimido

Vantajosas

 Volume
 Transporte
 Armazenagem
 Temperatura
 Segurança
 Limpeza
 Construção
 Velocidade
 Regulagem
 Segurança contra sobrecarga

Desvantagens

 Preparação
 Compressibilidade
 Potência
 Escape
 Custos

Pressão

F
p = _____
A

Onde p = pressão
F = módulo força
A – Área

63
TESTE DE PNEUMÁTICA

1) Quais os tipos de secagem de ar comprimido?

a)
b)
c)

2) Explique como funciona cada um deles.

3) Quais os componentes da Unidade de Conservação?

4) Porque lubrificar o ar comprimido?

5) Quais as vantagens de uma boa lubrificação?

6) Quais os tipos de óleos adequados para uma boa lubrificação?

7) Quais as conseqüências de uma má preparação do ar comprimido?

8) Quais as medidas que devemos tomar para um bom preparo do ar


comprimido?

9) Qual a temperatura ideal para o trabalho com o ar comprimido?

10) Com relação a pressão de trabalho, como ela deve ser?

64
EXERCÍCIO 1

Complete o Esquema:

Acionando a válvula a o cilindro avança desacionando a válvula a o cilindro


A retorna . o o

65
EXERCÍCIO 2

Complete o Esquema:

Acionando a válvula a2 o cilindro A avança.


Acionando a válvula a1 o cilindro A retorna.

66
EXERCÍCIO 3

Complete o Esquema:

O cilindro a avança quando acionadas as válvulas a2 e a4.

67
EXERCÍCIO 4

Complete o Esquema:
O cilindro avança quando acionada a2 ou a4. Retorna quando uma das válvulas
estiver desacionada.

68

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