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MECÂNICA DOS FLUIDOS, SISTEMA

DE BOMBEAMENTO E COMPRESSÃO

1.5. Fluidos em movimento: Tipos de Escoamento.

Prof. Dr. Thiago Figueiredo Azevedo

Curso Técnico
Prof. Dr. Thiago Mecânica
F. Azevedo
MECÂNICA DOS FLUIDOS, SISTEMA
DE BOMBEAMENTO E COMPRESSÃO

CONDIÇÃO DE NÃO-ESCORREGAMENTO:

 O escoamento de um fluido geralmente é confinado


por superfícies sólidas e é importante compreender
como a presença de superfícies sólidas afeta o
escoamento de um fluido;

 A região de escoamento adjacente à parede, na


qual os efeitos viscosos (e portanto os gradientes
de velocidade) são significativos é chamada de
camada limite;

 Outra consequência da condição de não


escorregamento é o arrasto de superfície, ou o
arrasto de fricção, que é a força que o fluido
exerce sobre a superfície na direção do
escoamento.

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CONDIÇÃO DE NÃO-ESCORREGAMENTO:
 Quando o fluido é forçado a mover-se sobre uma superfície curva, como a face externa de um
cilindro, a uma velocidade suficientemente alta, a camada-limite pode não permanecer mais
colada à superfície e em algum ponto separa-se dela – um processo denominado separação de
escoamento.

 CAMADA LIMITE

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CLASSIFICAÇÃO DOS ESCOAMENTOS DOS FLUIDOS:

 ESCOAMENTO VISCOSO versus NÃO

VISCOSO
 Quando duas camadas de fluido movem-se uma em
relação à outra, desenvolve-se uma força de atrito entre
elas e a camada mais lenta tenta reduzir a velocidade da
camada mais rápida;

 Tal resistência interna ao escoamento é quantificada pela


propriedade de viscosidade do fluido, uma medida da
aderência interna do fluido;

 Os escoamentos com efeitos do atrito significativos


chamam-se escoamentos viscosos.

 Desprezar os termos viscosos em regiões de


escoamento não viscoso simplifica bastante a análise,
sem muita perda de precisão. Ou seja, sem efeitos de
atritos significativos.
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CLASSIFICAÇÃO DOS ESCOAMENTOS DOS FLUIDOS:

 ESCOAMENTO INTERNO versus EXTERNO


 O escoamento não confinado de um fluido sobre uma
superfície, tal como uma placa, um arame ou um cano, é
um escoamento externo;

 O escoamento em um tubo ou duto é um escoamento


interno se o fluido estiver inteiramente limitado por
superfícies sólidas.

 Os escoamentos internos são dominados pela influência


da viscosidade em todo o campo do escoamento.

 Nos escoamentos externos, os efeitos viscosos estão


restritos às camadas-limites próximas das superfícies
sólidas e às regiões de esteira a jusante dos corpos.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ESCOAMENTOS DOS FLUIDOS:


 ESCOAMENTO COMPRESSÍVEL versus INCOMPRESSÍVEL
 Um escoamento é classificado como compressível ou incompressível
dependendo da variação da sua densidade durante o escoamento;

 A incompressibilidade é uma aproximação, e um escoamento é dito


ser incompressível se a densidade permanecer aproximadamente
constante ao longo do tempo.

 ESCOAMENTO LAMINAR versus TURBULENTO


 Alguns escoamentos são suaves e ordenados enquanto outros são um
tanto caóticos;

 O movimento altamente ordenado dos fluidos caracterizado por


camadas suaves do fluido é denominado laminar;

 O movimento altamente desordenado dos fluidos que ocorre em


velocidades altas e é caracterizado por flutuações de velocidade é
chamado de turbulento;

 Um escoamento que se alterna entre laminar e turbulento é chamado de


transitório;

 Número de Reynolds.
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CLASSIFICAÇÃO DOS ESCOAMENTOS DOS FLUIDOS:


 ESCOAMENTO EM REGIME PERMANENTE versus EM REGIME NÃO PERMANENTE
 O termo em regime permanente implica não haver mudança com o passar do tempo;

 O oposto de regime permanente é em regime não permanente.

 Os termos em regime não permanente e transiente são usados, com frequência como
intercambiáveis, entretanto não são sinônimos. Em mecânica dos fluidos, em regime não
permanente é o termo mais genérico que se aplica a qualquer escoamento que não seja em
regime permanente, mas transiente é usado tipicamente para escoamento que estão
desenvolvendo.

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CINEMÁTICA DOS FLUIDOS

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VAZÃO:

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VAZÃO:
Existe uma relação importante entre a vazão em volume e a velocidade do fluido. Suponha o fluido em
movimento da figura abaixo. No intervalo de tempo t, o fluido se desloca através da seção de área (A) a uma
distância (s). O volume de fluido que atravessa a seção de área A no intervalo de tempo t é V = sA. Logo, a vazão
será:

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EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE:
Seja o escoamento de um fluido por um tubo em que não pode haver fluxo lateral de massa. Seja a vazão
em massa na seção de entrada Qm1 e na saída Qm2. Para que o regime seja permanente, é necessário que não
haja variação de propriedades, em nenhum ponto do fluido, com o tempo.
Se, por absurdo, Qm1 ≠ Qm2, então em algum ponto interno ao tubo de corrente haveria ou redução ou
acúmulo de massa. Dessa forma, a massa específica nesse ponto variaria com o tempo, o que contrariaria a
hipótese de regime permanente.

Essa é a equação da continuidade para um fluido qualquer em regime permanente.

Qm1
Qm2

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EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE:
Se o fluido for INCOMPRESSÍVEL, então a massa específica na entrada e na saída do volume (V) deverá ser a
mesma. Dessa forma:

Logo, a vazão em volume de um fluido incompressível é a mesma em qualquer seção do escoamento. A


Equação acima é a equação da continuidade para um fluido incompressível.
Fica subentendido que v1 e v2 são as velocidades médias nas seções (1) e (2). A Equação mostra que, ao
longo do escoamento, velocidades médias e áreas são inversamente proporcionais, isto é, à diminuição da área
correspondem aumentos da velocidade média na seção e vice-versa.

Q1
Q2

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EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE:
Para o caso de diversas entradas e saídas de fluido, a equação pode ser generalizada por uma somatória de
vazões em massa na entrada (e) e outra na saída (s), isto é:

Se o fluido for incompressível e for o mesmo em todas as seções, isto é, se for homogêneo, a equação
acima poderá ser generalizada para:

As equações são válidas para diversos fluidos, desde que sejam todos incompressíveis.

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EXERCÍCIO 1: Ar escoa num tubo convergente. A área da maior seção do tubo é 20.10-4 m2 e a da menor é 10.10-4 m2. A massa
específica do ar na seção (1) é 1,2 kg/m3, enquanto na seção (2) é 0,9 kg/m3. Sendo a velocidade na seção (1) 10 m/s, determine
na seção 2: velocidade média; vazão em massa; vazão em volume.

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EXERCÍCIO 2: Um tubo admite água (ρ = 1.000 kg/m3) num reservatório com uma vazão de 20 L/s. No mesmo reservatório é
trazido óleo (ρ = 800 kg/m3) por outro tubo com uma vazão de 10 L/s. A mistura homogênea formada é descarregada por um
tubo cuja seção tem uma área de 30 cm2. Determinar a massa específica da mistura no tubo de descarga e sua velocidade.
OBS: FLUIDO INCOMPRESSÍVEL DE MASSA ESPECÍFICA DIFERENTE.

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