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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS PARAUAPEBAS
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
MECÂNICA DOS FLUIDOS

Pressão e Estática dos fluidos

Professora: Dra. Rosana Maria do Nascimento Luz


Pressão
Pressão absoluta e manométrica
• Pressão absoluta: a pressão medida em relação ao zero absoluto.
• Pressão manométrica: a pressão medida em relação à pressão
atmosférica;
• Vácuo: pressão manométrica negativa
Pressão em um ponto

A pressão é a força de
compressão por unidade de
área e parece ser um vetor.
Entretanto, a pressão em
qualquer ponto de um fluido
é igual em todas as direções;

Ou seja, ela tem intensidade,


mas não uma direção
específica e, portanto, é uma
quantidade escalar.
Isso pode ser demonstrado
considerando um elemento fluido
em forma de uma pequena cunha
de comprimento unitário (∆y=1
dentro da página) em equilíbrio,
como mostra a Fig. 3–5. As
pressões médias nas três
superfícies são P1, P2 e P3 e a força
que age sobre uma superfície é o
produto da pressão média pela
área da superfície.
Substituindo essas relações geométricas e
dividindo a Eq. 1 ∆y∆z e a Eq. 2 por ∆x∆y temos:

Assim, concluímos que a pressão


em um ponto de um fluido tem a
mesma intensidade em todas as
direções. Esse resultado se aplica
tanto aos fluidos em movimento
quanto aos fluidos em repouso, já
que a pressão é escalar, não um
vetor.
Não deve ser surpresa o fato de que a
pressão em um fluido em repouso não
varia na direção horizontal. Isso pode ser
facilmente mostrado por uma fina camada
horizontal de fluido e um balanço de
forças em qualquer direção horizontal.

Entretanto, esse não é o caso na direção


vertical, na presença de um campo de
gravidade. A pressão de um fluido
aumenta com a profundidade, porque
mais fluido se apoia nas camadas
inferiores, e o efeito desse “peso extra”
em uma camada mais profunda é
equilibrado por um aumento na pressão
Para obter uma relação para a
variação da pressão com a
profundidade, considere um
elemento fluido retangular de altura
∆z, largura ∆x e profundidade
unitária (∆y =1 para dentro da
página) em equilíbrio, como mostra a
Fig 3–7. Considerando que a
densidade do fluido ρ seja constante,
um balanço de forças na direção
vertical z resulta em:
concluímos que a diferença de pressão
entre dois pontos em um fluido de
densidade constante é proporcional à
distância vertical ∆z entre os pontos e à
densidade ρ do fluido.

o sinal negativo, podemos dizer que a


pressão em um fluido estático aumenta
linearmente com a profundidade. É isso o
que um mergulhador experimenta ao
mergulhar mais fundo em um lago.

onde “abaixo” refere-se ao ponto de menor


elevação (mais profundo no fluido) e “acima”
refere-se ao ponto de maior elevação.
Os líquidos são substâncias essencialmente
incompressíveis e, portanto, a variação da
densidade com a profundidade é desprezível.
Observe que dP é negativo quando dz é
positivo, uma vez que a pressão diminui
na direção ascendente. Quando a variação
da densidade com a altitude é conhecida,
a diferença de pressão entre qualquer par
de pontos 1 e 2 pode ser determinada por
uma integração:
A pressão em um fluido em repouso não depende da forma
ou seção transversal do recipiente. Ela varia com a distância
vertical, mas permanece constante nas outras direções.
Assim, a pressão é igual em todos os pontos de um plano
horizontal para determinado fluido. O matemático holandês
Simon Stevin (1548-1620) publicou em 1586 o princípio.
as pressões nos pontos A, B, C, D, E, F e G são iguais

, as pressões nos pontos H e I não são iguais, já que estes dois pontos não podem estar interconectados pelo mesmo
fluido
Uma consequência de a pressão de um fluido permanecer
constante na direção horizontal é que a pressão aplicada a um
fluido confinado aumenta a pressão em todo o fluido na
mesma medida. Essa é a Lei de Pascal, em homenagem a Blaise
Pascal (1623-1662).

Pascal também sabia que a força aplicada por um fluido é


proporcional à área da superfície.
Ele percebeu que dois cilindros
hidráulicos com áreas diferentes
poderiam estar conectados, e que o
maior poderia exercer uma força
proporcionalmente maior do que
aquela aplicada ao menor. A “máquina
de Pascal” tem sido fonte de muitas
invenções parte do nosso dia a dia,
como os freios e os macacos hidráulicos.
Forças Hidrostáticas sobre superfícies planas submersas.

• Na maioria dos casos, o outro lado


da placa está aberto para a
atmosfera (como o lado seco de
uma comporta) e, portanto, a
pressão atmosférica age em
ambos os lados da placa,
produzindo uma resultante nula.
Nesses casos, é conveniente
subtrair a pressão atmosférica e
trabalhar apenas com a pressão
manométrica.
FORÇAS HIDROSTÁTICAS SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS
SUBMERSAS
Para uma superfície curva submersa, a
determinação da força hidrostática resultante
é mais complicada, uma vez que, em geral, ela
exige a integração das forças de pressão que
mudam de direção ao longo da superfície
curva.
Quando a superfície curva é um arco circular
(um círculo completo ou qual- quer parte
dele), a força hidrostática resultante que age
sobre a superfície sempre passa através do
centro do círculo.
Finalmente, as forças que agem
em um plano ou superfície
curva submersos em um fluido
em várias camadas com
densidades diferentes podem
ser determinadas considerando
partes diferentes das
superfícies em fluidos
diferentes como superfícies
diferentes

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