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Ondas e Termodinâmica – Professora Luciana Nunes 1

Fluidos

1. Fluidos

Denomina-se fluido qualquer substância que pode fluir; o termo pode ser usado para
um gás ou para um líquido. Geralmente, consideramos o gás o fluido que pode ser facilmente
comprimido e um líquido, o fluido que é quase incompressível, embora existam alguns casos
excepcionais.

1.1. Densidade

Uma propriedade importante de qualquer material é sua densidade1(ρ), definida como


a massa por unidade de volume. A unidade no SI de densidade é o quilograma por metro
cúbico.

Um material homogêneo possui a mesma densidade em todas as suas partes. Quando


a massa m de um material homogêneo possui volume V, sua densidade ρ é

IMPORTANTE: Dois objetos feitos com o mesmo material possuem a mesma densidade,
mesmo que tenham massas e volumes diferentes. Isso acontece porque a razão entre a massa
e o volume é a mesma para ambos os objetos.

A densidade relativa de um material ou massa específica relativa é a razão entre a


densidade do material e a densidade da água a 4,0oC, 1000kg/m3; trata-se de uma grandeza
adimensional.

IMPORTANTE: A densidade de alguns materiais varia de um ponto ao outro no interior do


material. Um exemplo disso é o corpo humano, que inclui gordura, de baixa densidade (cerca
de 940 kg/m3), e ossos, de alta densidade (de 1700 a 2500 kg/m3).

1.2. Pressão em um fluido

Quando um fluido está em repouso, ele exerce uma força perpendicular sobre
qualquer superfície que esteja em contato com ele, tal como a parede do recipiente ou um
corpo imerso no fluido. Isso acontece porque embora o fluido como um todo esteja em

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Também podemos encontrar na literatura outro termo que é usado para densidade, no caso, massa
específica.
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repouso, as moléculas que o constituem estão em movimento; as forças exercidas pelo fluido
são oriundas das colisões moleculares com as superfícies vizinhas.

Se pensarmos em uma superfície imaginária no interior do fluido, o fluido exerce


forças iguais e contrárias sobre os dois lados da superfície (caso contrário a superfície seria
acelerada).

Considere uma pequena superfície de área centralizada em


um ponto do fluido; a força normal exercida pelo fluido sobre cada
lado da superfície é . Definimos a pressão P nesse ponto como a
força normal por unidade de área, ou seja, pela razão e :

Quando a pressão for a mesma em todos os pontos de uma superfície plana de área A,
então

IMPORTANTE: A pressão atmosférica é a pressão exercida pela atmosfera terrestre, a


pressão no fundo desse oceano de ar em que vivemos. Essa pressão varia com as condições do
tempo e com a altitude. A pressão atmosférica normal ao nível do mar e 1atm e equivale a
105Pa.

1.2.1. Pressão, profundidade e principio de Pascal

Estudaremos a princípio o aumento de pressão com a profundidade abaixo da superfície da


água. Colocamos um eixo vertical y, com a sua origem na interface da água-ar e seu sentido
crescente para cima. Considere uma porção de água contida em um cilindro circular reto
hipotético de área da base A, e sejam y1 e y2 (ambos números negativos) as profundidades das
faces superior e inferior do cilindro, respectivamente abaixo da superfície.
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Representamos também acima um diagrama de forças para a água no cilindro. A porção de


água se encontra em equilíbrio, seu peso (para baixo) sendo exatamente contrabalançado pela
diferença entre a força , atuando para cima na face inferior, e a força
atuando na face superior. Assim,

O volume V do cilindro é ( ). Assim, a massa m da água no cilindro é ( ),


onde é a densidade da água. Substituindo o valor da massa da água e escrevendo a força em
termos da pressão e da área da base do cilindro na expressão acima ficamos:

( )

ou

( )

Costuma ser mais conveniente expressar esta equação em termos da profundidade


abaixo da superfície do fluido. Considere o ponto 2 em qualquer nível do fluido e seja p a
pressão nesse nível. Considere o ponto 1 na superfície do fluido onda a pressão é p0. A
profundidade do ponto 1 abaixo da superfície do fluido é e a equação pode ser
reescrita como

Esse fato foi verificado em 1653 pelo cientista francês Blaise Pascal e é chamado de
Princípio de Pascal:

A pressão aplicada a um fluido no interior de um recipiente é transmitida sem nenhuma


diminuição a todos os pontos do fluido e para as paredes do recipiente.

A figura ilustra esquematicamente o princípio de


funcionamento de um elevador hidráulico, uma aplicação do
princípio de Pascal. Um pistão, cuja seção reta possui área
pequena A1, exerce uma força F1 sobre a superfície de um
líquido tal como um óleo. A pressão aplicada ⁄ é
transmitida integralmente através dos tubos até um pistão
maior com a área A2. A pressão aplicada nos dois cilindros é
a mesma, logo,
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Assim, podemos ver que o elevador hidráulico é um dispositivo que multiplica o valor de uma
força, e o fator de multiplicação é dado pela razão entre as áreas dos dois pistões.

1.2.2. Pressão absoluta e manométrica

Se a pressão no interior do pneu de um automóvel fosse igual a pressão atmosférica, o


pneu ficaria arriado. A pressão deve ser maior do que a pressão atmosférica para que ele
possa sustentar o peso do carro, logo a grandeza física importante nesse caso é a diferença
entre a pressão interna e a pressão externa. O excesso da pressão acima da pressão
atmosférica denomina-se pressão manométrica, e a pressão total denomina-se pressão
absoluta.

O manômetro mais simples é o manômetro de tubo


aberto. O tubo em forma de U contém um líquido de
densidade , geralmente mercúrio ou água. Uma das
extremidades do tubo está conectada ao recipiente onde
desejamos medir a pressão , e a outra extremidade está
aberta para a atmosfera a uma pressão . A pressão
na base do tubo devido ao fluido da coluna da esquerda é
, e a pressão na base do tubo devido ao fluido da
coluna da direita é . Como essas pressões
referem-se ao mesmo ponto elas são iguais:

( )

1.3. Empuxo

O empuxo é um fenômeno familiar: um corpo imerso na água parece possuir um peso


menor do que no ar. Quando o corpo possui densidade menor do que a do fluido, ele flutua.

O princípio de Arquimedes afirma: quando um corpo está parcial ou completamente


imerso em um fluido, o fluido exerce sobre o corpo uma força de baixo para cima igual ao peso
do volume do fluido deslocado pelo corpo.
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Para demonstrar esse princípio, consideramos uma porção qualquer do fluido em


repouso.

O fluido todo está em equilíbrio, logo o componente y da força


resultante deve ser igual a zero. Portanto, a soma dos componentes y das
forças que atuam sobre a superfície deve ser uma força de baixo para cima
com módulo igual ao peso mg do fluido no interior da superfície. Além
disso, a soma dos torques sobre a porção do fluido deve ser igual a zero,
de forma que a linha de ação da força resultante passe pelo centro de
gravidade dessa porção do fluido.

Agora, substituímos o elemento de fluido por um corpo sólido


com uma forma exatamente igual à forma do elemento considerado
anteriormente. A pressão em cada ponto é exatamente a mesma que a
anterior. Assim, a força de baixo para cima exercida pelo fluido é também
a mesma, novamente igual ao peso mg do fluido deslocado que abriu
espaço para o corpo. Essa força de baixo para cima denomina-se força de
empuxo sobre o corpo sólido. A linha de ação da força de empuxo novamente passa pelo
centro de gravidade do fluido deslocado (que não coincide necessariamente com o centro de
gravidade do corpo).

1.4. Tensão superficial

Um objeto menos denso do que a água, como uma bola de


praia cheia de ar, flutua com parte de seu volume abaixo da superfície.
Um clipe de papel, por outro lado, flutua sobre a superfície da água
embora sua densidade seja diversas vezes maior do que a da água.
Essas situações exemplificam o fenômeno da tensão superficial: a superfície do líquido se
comporta como uma membrana submetida à tensão.

A tensão superficial explica por que as gotas de chuva caindo livremente são esféricas
(e não em forma de lágrimas): a esfera é a forma que possui a menor área superficial para um
dado volume. Explica também por que água com sabão serve para a limpeza. Para lavar bem
as roupas, a água precisa ser forçada a entrar nos minúsculos espaços entre as fibras. Isso
exige um aumento na área superficial da água que é difícil de obter devido à tensão superficial.
A tarefa se torna mais simples aumentando a temperatura da água e adicionando sabão, pois
ambos os procedimentos diminuem a tensão superficial.
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1.5. Escoamento de um fluido

A trajetória de uma partícula individual durante o escoamento de um fluido denomina-


se linha de escoamento ou linha de fluxo. Quando a configuração global do escoamento de
um fluido não varia com o tempo, ele se chama escoamento estacionário ou escoamento
permanente. No escoamento estacionário, todo elemento que passa por um dado ponto
segue sempre a mesma linha de escoamento. Nesse caso, o mapa das velocidades do fluido
em diversos pontos do espaço permanece constante embora a velocidade da partícula possa
variar em pontos diferentes. Uma linha de corrente é uma curva cuja a tangente em cada
ponto dá a direção e o sentido da velocidade no respetivo ponto.

As linhas de escoamento que passam através


de um elemento de área imaginário, tal como a área A
da figura, formam um tubo chamando tubo de
escoamento ou tubo de fluxo. Pela definição de linha
de escoamento, em um escoamento estacionário
nenhuma parte do fluido pode atravessas as paredes laterais de um tubo de escoamento; os
fluidos de diferentes tubos de escoamento não podem se misturar.

1.5.1. Equação da continuidade

A massa de um fluido não varia durante seu escoamento. Isso leva a uma relação
importante chamada de equação da continuidade.

Considere um tubo de escoamento delimitado por duas


seções retas estacionárias e . Nessas seções retas as
velocidade do fluido são e , respectivamente. Nenhum fluido
pode escoar pelas paredes laterais do tubo, porque a velocidade do
fluido é tangente à parede em cada um dos seus pontos. Durante um
pequeno intervalo de tempo , o fluido que estava em se
desloca a uma distância , de modo que um cilindro de fluido
com altura e volume escoa para o interior do tubo através de . Durante
esse mesmo intervalo de tempo, um cilindro escoa para fora do tubo através de
.

Vamos considerar inicialmente o caso de um fluido incompressível, de tal forma que a


densidade possua o mesmo valor em todos os pontos do fluido. A massa que flui para o
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interior do tubo através da área no tempo é dada por . Analogamente, a


massa que flui para fora do tubo através da área no mesmo tempo é dada por
. No escoamento estacionário, a massa total no tubo permanece constante,
logo e

O produto é a vazão volumétrica ⁄ , ou seja, a taxa com a qual o volume do fluido


atravessa a seção reta do tubo.

Já a vazão mássica é a taxa da variação da massa por unidade de tempo através da seção reta
do tubo. Ela é dada pelo produto da densidade pela vazão volumétrica ⁄ .

A equação da continuidade apresentada anteriormente para um fluido incompressível


pode ser generalizada para um fluido qualquer. Se e forem as densidade nas seções 1 e
2, então

1.6. Equação de Bernoulli

De acordo com a equação da continuidade, a velocidade do escoamento de um fluido


pode variar com as trajetórias do fluido. A pressão também pode variar, ela depende da altura,
como na situação estática, e também da velocidade do escoamento. Podemos deduzir uma
relação entre a pressão, a velocidade e a altura do escoamento de um fluido ideal, chamada de
equação de Bernoulli.
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Para deduzir a equação de Bernoulli, aplicamos o teorema do


trabalho-energia ao fluido em uma seção do tubo de escoamento. Na
figura, consideramos um elemento do fluido que estava inicialmente
entre duas seções retas a e c. A velocidade na extremidade inferior é
e na extremidade superior é . Durante um pequeno intervalo de
tempo , o fluido que estava inicialmente em a desloca-se para b,
percorrendo uma distância , e o fluido que estava em c
desloca-se para d, percorrendo uma distância . As áreas das seções retas nas duas
extremidades são e , conforme indicado. O fluido é incompressível; portanto, pela
equação da continuidade o volume do fluido que passa em qualquer seção reta durante
um intervalo de tempo é sempre o mesmo. Ou seja, .

Vamos calcular o trabalho realizado sobre esse elemento de fluido durante .


Estamos supondo que o atrito interno no fluido é desprezível (ou seja, não há viscosidade), de
modo que as únicas forças não-gravitacionais que realizam trabalho sobre o elemento do
fluido são as da pressão do fluido circundante. As pressões nas duas extremidades são e ;
a força sobre a seção reta a é e a força sobre a seção reta c é . O trabalho total
realizado pelo fluido das vizinhanças sobre o elemento de fluido durante esse deslocamento é

( )

O segundo termo possui sinal negativo porque a força sobre c se opõe ao deslocamento do
fluido.

O trabalho é realizado por outras forças, além da força conservativa da gravidade,


portanto ele é igual à variação da energia mecânica do sistema (energia cinética mais energia
potencial gravitacional) associada ao elemento de fluido. A energia mecânica do fluido entre as
seções b e c não varia. No início de , o fluido entre as seções a e b possui volume ,

massa e energia cinética ( ) . No final de , o fluido entre as seções c e d

possui energia cinética ( ) . A variação total da energia cinética durante o

intervalo de tempo é

( )

E quanto à variação da energia potencial gravitacional? No início de , a energia


potencial da massa entre a e b é . No final de , a energia potencial da
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massa entre c e d é . A variação total da energia potencial durante o


intervalo de tempo é

( )

Logo,

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

Os índices 1 e 2 referem-se a qualquer par de pontos ao longo do tubo de escoamento, então


podemos também escrever

IMPORTANTE: O princípio de Bernoulli se aplica apenas em certas situações. Ele é válido


somente para o escoamento estacionário de um fluido incompressível sem viscosidade.

1.7. Viscosidade e turbulência

Ao estudarmos o escoamento de fluidos, supusemos que o fluido não apresentasse


atrito interno e que o escoamento fosse laminar (camadas adjacentes do fluido deslizam umas
sobre as outras e o escoamento é estacionário). Embora essas suposições sejam válidas em
muitas situações, em várias situações físicas importantes os efeitos da viscosidade (atrito
interno) e turbulência (escoamento não laminar) são fundamentais.

1.7.1. Viscosidade

A viscosidade é o atrito interno em um fluido. As forças da viscosidade se opõem ao


movimento de uma parte do fluido em relação à outra. Os efeitos da viscosidade são
importante para o escoamento através de tubos, para o fluxo do sangue, para a lubrificação de
diversas partes das máquinas e muitas outras situações.
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1.7.2. Turbulência

Quando a velocidade do escoamento de um fluido supera certo valor crítico, o


escoamento deixa de ser laminar. A configuração do escoamento torna-se extremamente
irregular e complexa, variando continuamente com o tempo; não existe nenhuma
configuração com escoamento estacionário. Esse escoamento irregular e caótico denomina-se
turbulência.

O fato de um escoamento ser laminar ou turbulento depende em parte da viscosidade


do fluido. Quanto maior a viscosidade, maior a tendência que o fluido possui para escoar em
lâminas, e mais provável é que o escoamento seja laminar.

Em um fluido de uma dada densidade, a velocidade do escoamento é um fator


determinante no estabelecimento da turbulência. Uma configuração de escoamento que é
estável em velocidades baixas pode tornar-se, subitamente, instável quando a velocidade
supera certo valor crítico. As irregularidades no escoamento podem ser produzidas por
rugosidades no interior da parte do tubo, variações na densidade do fluido e muitos outros
fatores. Em velocidades pequenas, essas perturbações são amortecidas; a configuração do
escoamento é estável e tende a manter sua natureza laminar. Porém, quando a velocidade
crítica é atingida, a configuração do escoamento torna-se instável. As perturbações não são
mais amortecidas e crescem até que toda configuração laminar seja destruída.

o EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Você compra uma peça retangular de metal com massa igual a 0,0158kg e dimensão
de 5,0x15,0x30,0mm3. O vendedor diz que o metal é ouro. Para verificar se é verdade,
você deve calcular a densidade média da peça. Qual o valor obtido? Você foi
enganado?
2. Você ganha na loteria e decide impressionar seus amigos exibindo um cubo de ouro de
um milhão de dólares. O ouro está sendo vendido a $426,60 por onça troy, e uma onça
troy equivale a 31,1035g. Qual seria a altura do seu cubo de um milhão de dólares?
3. Duas esferas uniformes, uma de chumbo e outra de alumínio, possuem a mesma
massa. Qual é a razão entre o raio da esfera de alumínio e o raio da esfera de chumbo?
4. Um tubo cilíndrico de cobre vazio mede 1,50m de comprimento e tem um diâmetro
externo de 3,50cm e um diâmetro interno de 2,50cm. Quanto pesa esse tubo?
5. Os cientistas encontraram indícios de que Marte pode ter tido outrora um oceano com
0,500km de profundidade. A aceleração da gravidade em Marte é 3,71m/s2. (a) Qual
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seria a pressão manométrica no fundo desse oceano, supondo que ele fosse de água
doce? (b) A que profundidade você precisaria descer nos oceanos da Terra para ser
submetido à mesma pressão manométrica?
6. (a) Calcule a diferença na pressão sanguínea entre os pés e o topo da cabeça de uma
pessoa de 1,65m de altura. (b) Considere um segmento cilíndrico de um vaso
sanguíneo de 2,0cm de comprimento e 1,50mm de diâmetro. Que força externa
adicional esse vaso precisaria suportar nos pés em comparação a um vaso semelhante
na cabeça dessa pessoa?
7. Um barril contém uma camada de óleo de 0,120m flutuando sobre a água com uma
profundidade igual a 0,250m. A densidade do óleo é igual a 600kg/m3. (a) Qual é a
pressão manométrica na interface entre o óleo e a água? (b) Qual é a pressão
manométrica no fundo do barril?
8. O líquido no manômetro de tubo aberto indicado na
figura é o mercúrio, y1=3cm e y2=7cm. A pressão
atmosférica é igual a 980milibares. (a) Qual é a pressão
absoluta no fundo do tubo em forma de U? (b) Qual é a
pressão absoluta no tubo aberto a uma profundidade de
4cm abaixo da superfície livre? (c) Qual é a pressão
absoluta do gás no tanque? (d) Qual é a pressão
manométrica do gás em pascals?
9. Um cilindro alto com uma área da seção reta igual a 12cm2 está parcialmente cheio de
mercúrio; a superfície do mercúrio está 5cm acima do fundo do cilindro. Despeja-se
água lentamente sobre o mercúrio, e os dois fluidos não se misturam. Que volume de
água deve ser acrescentado para dobrar a pressão manométrica no fundo do cilindro?
10. Um lago no extremo norte do Yukon está coberto por uma camada de gelo de 1,75m
de espessura. Calcule a pressão absoluta e a pressão manométrica a uma
profundidade de 2,50m no lago.
11. Um disco cilíndrico de madeira, pesando 45N e com um
diâmetro de 30cm, flutua sobre um cilindro de óleo de
densidade 0,850g/cm3. O cilindro de óleo está a 75cm de
profundidade e tem o mesmo diâmetro que o disco de
madeira. (a) Qual é a pressão manométrica no topo da coluna
de óleo? (b) Suponha agora que alguém coloque um peso de
83N sobre a madeira, e que nenhum óleo passe pela beirada
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do disco de madeira. Qual é a variação de pressão (i) no fundo do cilindro de óleo e (ii)
na metade do cilindro de óleo?
12. O pistão de um elevador hidráulico de carros possui um diâmetro igual a 0,30m. Qual é
a pressão manométrica, em pascals, necessária para elevar um carro com massa igual
a 1200kg?
13. Um bloco de gele flutua sobre um lago de água doce. Qual deve ser o volume mínimo
do bloco para que uma mulher de 45,0kg possa ficar em pé sobre o bloco sem molhar
os pés?
14. Uma amostra de minério pesa 17,50N no ar. Quando a amostra é suspensa por uma
corda leve e totalmente imersa na água, a tensão na corda é igual a 11,20N. Calcule o
volume total e a densidade da amostra.
15. Você está preparado um aparelho para uma visita a um planeta recém-descoberto
chamado Caasi, onde há oceanos de glicerina e cuja aceleração gravitacional na
superfície é igual a 4,15m/s2. Se o seu aparelho flutua nos oceanos da Terra com 25,0%
de seu volume submerso, que porcentagem de seu volume estará submersa nos
oceanos de glicerina de Caasi?
16. Uma esfera de plástico oca é mantida submersa em um lago de água doce amarrada a
uma corda presa no fundo do lago. O volume da esfera é igual a 0,650m3, e a tensão
na corda é igual a 900N. (a) Calcule a força de empuxo exercida pela água sobre a
esfera. (b) Qual é a massa da esfera? (c) A corda se rompe e a esfera sobe até a
superfície. Quando ela atinge o equilíbrio, qual é a fração do volume da esfera que fica
submersa?
17. Um bloco de madeira cúbico com aresta de 10cm flutua sobre uma
interface entre uma camada de água e uma camada de óleo, com
sua base situada 1,50cm abaixo da superfície livre do óleo. A
densidade do óleo é igual a 790kg/m3. (a) Qual é a pressão
manométrica na face superior do bloco? (b) Qual a pressão manométrica na face
inferior do bloco? (c) Quais são a massa e a densidade do bloco?
18. Uma rocha é suspensa por uma corda leve. Quando a rocha está no ar, a tensão na
corda é 39,2N. Quando a rocha está totalmente imersa na água, a tensão é 28,4N.
Quando a rocha está totalmente imersa em um líquido desconhecido, a tensão é
18,6N. Qual é a densidade do liquido desconhecido?
19. Uma cabeça de chuveiro possui 20 aberturas circulares, cada uma com um raio de
1mm. A cabeça do chuveiro é conectada a um cano de raio igual a 0,80cm. Se a
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velocidade da água no cano é 3,0m/s, qual é a sua velocidade ao sair pelas aberturas
da cabeça?
20. A água escoa em um tubo cuja seção reta possui área variável e enche completamente
o tubo em todos os pontos. No ponto 1, a seção reta possui área igual a 0,070m2 e o
módulo da velocidade do fluido é igual a 3,50m/s. (a) Qual é a velocidade do fluido nos
pontos em que a seção reta possui área igual a (i) =0,105m2? (ii) = 0,047m2? (b) Calcule
o volume da água descarregada pela extremidade aberta do tubo em 1 hora.
21. A água escoa em um tubo cilíndrico cuja seção reta possui área variável. A água enche
completamente o tubo em todos os pontos. (a) Em um ponto o raio do tubo é igual a
0,150m. Qual é a velocidade da água nesse ponto se a vazão volumétrica no tubo é
igual a 1,20m3/s? (b) Em um segundo ponto a velocidade da água é igual a 3,80m/s.
Qual é o raio do tubo nesse ponto?
22. Um tanque selado que contém água do mar até uma altura igual a 11,0m também
contém ar acima da água a uma pressão manométrica igual a 3atm. A água escoa para
fora através de um pequeno orifício na base do tanque. Calcule a velocidade de efluxo
da água.
23. Um pequeno orifício circular com diâmetro igual a 6,0mm e cortado na superfície
lateral de um grande tanque de água, a uma profundidade de 14,0m abaixo da
superfície da água. O topo do tanque está aberto para a atmosfera. Ache (a) a
velocidade de efluxo; (b) o volume de água derramado por segundo.
24. Qual é a pressão manométrica necessária no tubo principal da rua para que uma
mangueira de incêndio ligada a ele seja capaz de lançar água até uma altura de
15,0m?(Suponha que o diâmetro do tubo principal seja muito maior que o diâmetro da
mangueira de incêndio).
25. Em um dado ponto de um encanamento cilíndrico horizontal, a velocidade da água é
igual a 2,50m/s e a pressão manométrica é igual a 1,80x104Pa. Calcule a pressão
manométrica em um segundo ponto do encanamento sabendo que o diâmetro do
cano no segundo ponto é igual ao dobro do diâmetro do primeiro.
26. Um sistema de irrigação de um campo de golfe descarrega a água de um cano
horizontal à taxa de 7200cm3/s. Em um ponto do cano em que o raio é 4,0cm, a
pressão absoluta da água é 2,40x105Pa. Em um segundo ponto do cano, a água passa
por uma constrição, onde o raio é 2,0cm. Qual é a pressão absoluta da água ao passar
por essa constrição?

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