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UFCG

Física Geral II
Introdução - Fluido
matéria é normalmente classificada como estando em um dos três
estados: sólido, líquido ou gás. A partir da experiência cotidiana,
sabemos que um sólido tem um volume definido e forma.

Líquidos e gases tem a propriedade de poderem escoar ou


fluir facilmente, daí o nome de FLUIDOS.

Sólido Liquido Gases


Um tijolo mantém sua forma familiar e tamanho dia após dia. Também
sabemos que um líquido tem um volume definido, mas não tem forma
definida. Finalmente, nós sabemos que um gás não definido não tem nem
um volume definido nem uma forma definida. Essas definições nos ajudam
a imaginar os estados da matéria, mas são um tanto artificial.

Por exemplo, asfalto e plásticos são normalmente considerados sólidos,


mas longos períodos de tempo eles tendem a fluir como líquidos. Da
mesma forma, a maioria das substâncias pode ser um sólido, um líquido
ou um gás (ou uma combinação de qualquer um deles), dependendo da
temperatura e pressão. Em geral, o tempo que leva uma determinada
substância para mudar sua forma em resposta a uma força externa,
tratamos o substância como um sólido, como um líquido, ou como um gás.
Um fluido é uma coleção de moléculas que são dispostas aleatoriamente
e por forças de coesão fracas e por forças exercidas pelas paredes de um
contêiner. Tanto líquidos como gases são fl uidos. Em nosso tratamento da
mecânica dos fluidos, veremos que não precisamos aprender qualquer
novo princípio físico para explicar tais efeitos como a força de empuxo
atuando em um objeto submerso e o elevador dinâmico agindo em uma
asa de avião.

Primeiro, consideramos a mecânica de um fluido em repouso - isto é, a


estática dos fluidos - e derivamos uma expressão para a pressão exercida
por um fluido em função de sua densidade e profundidade. Em seguida,
tratamos a mecânica dos fluidos em movimento - isto é, a dinâmica dos
fluidos. Podemos descrever um fluido em movimento usando um modelo no
qual fazemos certas simulações suposições pleading. Utilizamos esse
modelo para analisar algumas situações de im- portância. Uma análise que
leva à equação de Bernoulli nos permite determinar a relação relações entre
pressão, densidade e velocidade em todos os pontos do fluido.
PRESSÃO

Fluidos não sustentam tensões de cisalhamento ou tensões de tração;


assim, o único estresse que pode ser exercido em um objeto submerso
em um fluido é aquele que tende a comprimir o objeto. Em outras
palavras, a força exercida por um fluido em um objeto é sempre
perpendicular às superfícies do objeto, como mostra a Figura 15.1. A
pressão no fluido pode ser medida com o dispositivo ilustrado na Figura
15.2.
Figura 15.1 Em qualquer ponto da superfície de um objeto submerso, o força exercida pelo fluido é
pendular à superfície do ob- ject. A força exercida pelo fluido nas paredes do recipiente é pendular às paredes
em todos os pontos.
Figura 15.2 Um dispositivo simples para medir a pressão exercida por um
fluido.
O dispositivo consiste em um cilindro evacuado que envolve um pistão de luz
ligado a uma mola. Como o dispositivo é submerso em um fluido, o fluido
pressiona o parte superior do pistão e comprime a mola até a força interna
exercida pelo O fluido é equilibrado pela força externa exercida pela mola. A
pressão do fluido pode ser medido diretamente se a mola for calibrada
antecipadamente. Se F é a magnitude da força exercida no pistão e A é a área
da superfície do pistão,
Introdução - Fluido
Estática dos fluidos
 Fluidos
Dinâmica dos fluidos

 Estática dos Fluidos: Pressão, Densidade, Fluido em


Equilíbrio, Princípio de Pascal, Princípio de Arquimedes;

 Dinâmica dos Fluidos: Linhas de Corrente, Equação da


Continuidade, Equação de Bernoulli, Fórmula de Torricelli,
Viscosidade.
Fluido
Estática versos Dinâmica

 A Estática os Fluidos (Hidrostática) A Dinâmica dos Fuidos


trata o fluido quando ele está em (Hidrodinâmica) trata o fluido quando
repouso. ele está em movimento.
Fluido
 Diferentes tipos de forças atuam no sistema

F  A

F  Normais
 Tensão 
A Tangenciais

Diferença fundamental entre sólidos e fluidos está na forma de


responder a tensões tangenciais.
Densidade
Densidade é a massa por unidade de volume.

 m  dm m
  lim 
V  0 V
  ou 
  dV V

Dois objetos feito com o mesmo material possuem a mesma


densidade, mesmo que tenham massas e volumes diferentes. Isso
acontece porque a razão entre a massa e o volume é a mesma.
Densidade
 A unidade S.I é o quilograma por metro cúbico

S.I: kg/m3

 Fator conversão
1g/ cm3 1000kg/m3
 Densidade de alguns materiais varia de um ponto ao outro no
interior do material.
Corpo humano: gordura possui densidade 940 kg/m3
enquanto os ossos tem densidade de 1 700 kg/m3.
Densidade Relativa

 Densidade relativa de
alguns materiais ou massa
especifica relativa é a razão
entre densidade do material e a
densidade da água a 4° C,
1000 kg/m3.

 É um número puro.
Exemplo 01
 PESO DO AR NO INTERIOR DE UMA SALA ache a massa e o
peso do ar no interior de uma sala de estar com uma altura de 3,0 m e
um piso com uma área de 4,0 x 5,0. Quais seriam a massa e o peso
de um volume igual de água?
AR ÁGUA
O volume da sala O volume da sala
V  3  4  5  60m 3
V  3  4  5  60m 3

A massa A massa
m  V  (1,20)60  72kg m  V  (1000)60  6 *10 4 kg
O Peso O Peso

P  mg  72* 9,8  700N P  mg  6 *10 4 * 9,8  5,9 *105 N  66TON


Pressão
 Considere um pistão de área A que pode deslizar em um
cilindro fechado e que está de repouso sobre uma mola.

Força por unidade de área

 A pressão do fluido sobre o pistom é


F
P (1 Pa = 1 N/m2)
A
Se a pressão é variável sobre a área: dF  PdA
Fluidos em Repouso
 As pressões encontradas pelo
mergulhador e pelo montanhista são
chamadas de pressões hidrostáticas,
pois são decorrentes de fluidos
estáticos.

 Queremos encontrar a pressão


hidrostática como função da
profundidade ou altitude.
 A Pressão atmosférica (Pa) é a pressão
exercida pela atmosfera terrestre, a pressão no
fundo desse oceano de ar que vivemos. Essa pressão
varia com as condições do tempo e com a altitude.
Fluidos em Repouso
 Consideremos um tanque cheio de
água, onde colocamos um cilindro
circular de base reto nele.

 A água está em equilíbrio estático,


ou seja, as forças se equilibram.

 3 forças atuam no meu sistema



F 1  no topo da superfície do cilindro

F 2  na base da superfície do cilindro
P  força peso.
Fluidos em Repouso
 Portanto
 
F 2  F 1  mg

Usando algumas definições, encontramos


P2  P1   gh

que é a LEI DE STEVIN que nos diz “ a pressão depende da


profundidade e não da dimensão horizontal do recipiente.”
P  P0   gh

onde P é a pressão absoluta e consiste em duas contribuições:


1. P0: pressão atmosférica aplicada num líquido.
2. gh: pressão devido ao liquido acima do recipiente.
A diferença entre pressão absoluta e a atmosférica é chamada de PRESÃO NANOMÉTRICA.
Exemplo 02
 Um mergulhador novato se exercitando em uma piscina com um
cilindro, inspira de seu tanque ar suficiente para expandir
completamente seus pulmões, antes de abandonar o cilindro a uma
profundidade L e nadar até a superfície. Ele ignora as instruções e
não exala ar durante a subida. Quando ele atinge a superfície, a
diferença entre a pressão externa sobre ele e a pressão do ar em seus
pulmões é de 9,3 kPa. De que profundidade ele partiu? Que risco ele
correu?
 SOLUÇÃO

P  P0   gL Apesar de não ser profundo, a diferença de pressão é


suficiente para romper os pulmões do mergulhador e
forçar a passagem de ar dos pulmões para a corrente
p sanguínea despressurizada, que então transporta o ar
L  0 ,95 m
g para o coração matando o mergulhador.
Princípio de Pascal
Pela lei de Stevin, a diferença de pressão entre dois pontos em
um líquido homogêneo em equilíbrio é constante, dependendo
apenas do desnível entre os pontos. Portanto se produzimos uma
variação de pressão num ponto de um líquido em equilíbrio essa
variação se transmite a todo líquido, ou seja, todos os pontos
sofrem a mesma variação de pressão.
Princípio de Pascal
Principio de Pascal: “Uma variação de pressão aplicada em um
fluido incompressível é inteiramente transmitido para toda
porção do fluido e para as paredes do recipiente.”

Ex: Elevador Hidráulico

Pe  Ps
Fe Fe Fs

Mg Ae As
Ae As
de
de
AS
FS  Fe
Ae
Fs
Princípio de Pascal
Se o pistom da entrada for deslocado por dE o pistom de saída
move-se para cima uma distância dE, de modo que o mesmo
volume do liquido é deslocado pelos dois pistons.

V  Ae d e  AS d S
Ae
dS  de
AS
O trabalho realizado da saída é
 AS  Ae 
W  FS d S   Fe  d e   Fe d e
 Ae  AS 
Ou seja, o trabalho realizado pelo pistom de entrada pela força aplicada é
igual ao trabalho realizado pelo pistom de saída ao levantar o carga sobre ele.
Vasos Comunicantes
P0
P0
P0 P0 P0 P0
h1 h2
A B

h1  2

h2 1
Princípio de Arquimedes
Consideremos um objeto que se encontra
em equilíbrio na água (nem afunda e nem
sobe).

A força gravitacional para baixo deve ser equilibrada por


uma força resultante para cima exercida pela água.
Princípio de Arquimedes
Esta força resultante para cima é uma força chamada de EMPUXO
(Fe). Ela é resultante do aumento de pressão com a profundidade.

p2  p1   gh
E  p2  A  p1  A    gh  A 
Sendo:
V  hA e m  V 
Então:
  
E  mgk   Pf

Onde Pf é o peso da porção do fluido deslocada.
Princípio de Arquimedes
Exemplos: pedra e madeira.

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES:

“Um corpo total ou parcialmente imerso


num fluido sofre ação de uma força de
módulo igual ao peso do fluido deslocado
pelo corpo e que aponta para cima.”
Flutuação
Quando o bloco de madeira flutua em um liquido, o módulo do empuxo
sobre o corpo é igual ao módulo da força gravitacional sobre o corpo.

FE  Fg

Portanto, quando um corpo flutua em um fluido, o módulo da força


gravitacional sobre o corpo é igual ao peso do fluido deslocado pelo
corpo.
PESO APARENTE

Quando pesamos um bloco numa balança obtemos a massa exata do


objeto. No entanto se fizermos isso submerso na água, o empuxo
para cima faz com que essa leitura diminua. Essa leitura é então o
PESO APARENTE.
Flutuação
O peso aparente esta relacionado com o peso real e o empuxo

 Peso   Peso   mod ulo 


       
 aparente   real   empuxo 
Pap  Peso  FE

Logo o corpo que flutua tem peso aparente igual a zero.

 Num fluido a força aplicada deve exceder apenas o peso


aparente, já que o empuxo para cima ajudaria a levantar o corpo.
Fluidos ideais em Movimento
Fluidos ideais em Movimento

CONSIDERAÇÕES:

 O fluido é estacionário : v = constante.


A fumaça de cigarro.

 O fluido é incompressível:  é a mesma.

 O fluido não viscoso: resistência ao escoamento.


Mel é mais resistente ao escoamento do que a água.
Linhas de Corrente

 Todas as partículas que passarem por P


seguirão a mesma trajetória, chamada
LINHA DE CORRENTE.

 Tornar visível o escoamento de um


fluido.

A velocidade da partícula é sempre


tangente a trajetória.
As linhas de corrente nunca se cruzam.
Equação da Continuidade
Fluxo em um fluido
 A equação da continuidade V Avt
   Av
t t
A2
A1 A1v1  A2 v2
v1 v2

P
Q

 A velocidade do escoamento aumenta quando reduzimos a área


de seção transversal da qual o fluido flui.
 A vazão do fluido é

R  Av  const Volume que passa através de uma


dada seção por unidade de tempo.
Equação de Bernoulli
 Relação entre pressão, velocidade e altura no escoamento –
Equação de Bernoulli.

 Aplicações:
 escoamento em sistemas
de escoamento;
 voos de aeronaves;
usinas hidroelétricas.
Equação de Bernoulli
1. Calcular o trabalho realizado sobre o
sistema pelas forças não
conservativas (pressão).

dW  P1  P2 V
2. Calcular o trabalho realizado sobre o
sistema pelas forças conservativas ∆l2
(cinética + potencial).

1
 
dK  V  22  12
2

∆l1

dU  Vg z 2  z1 
RESPOSTA

A variação da energia potencial


gravitacional:
Equação de Bernoulli
EQUAÇÃO DE BERNOULLI

1 2
p   v   gy  constante
2

Equação de Bernoulli afirma que o trabalho realizado pelo fluido


das vizinhanças sobre uma unidade de volume de fluido é igual a
soma da energia cinética e potencial ocorridas na unidade de
volume durante o escoamento.
 Ou a equação de Bernoulli é a soma das pressões devido a
diferença de velocidade e altura.

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