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Física II – Fluidos

UNEB - Universidade do Estado da Bahia


Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias
Campus XXIV Xique Xique

Física II

Fluidos
Prof. MSc. Rebeca Dourado Gonçalves
Física II – Fluidos

Introdução
Líquidos e gases tem a propriedade de poderem escoar ou
fluir facilmente, daí o nome de FLUIDOS.

Sólido Liquido Gases


Física II – Fluidos

Introdução
Estática dos fluidos
 Fluidos
Dinâmica dos fluidos

 Estática dos Fluidos: Pressão, Densidade, Fluido em


Equilíbrio, Princípio de Pascal, Princípio de Arquimedes;

 Dinâmica dos Fluidos: Linhas de Corrente, Equação da


Continuidade, Equação de Bernoulli, Fórmula de Torricelli,
Viscosidade.
Física II – Fluidos

Estática versos Dinâmica

 A Estática os Fluidos (Hidrostática) A Dinâmica dos Fuidos


trata o fluido quando ele está em (Hidrodinâmica) trata o fluido quando
repouso. ele está em movimento.
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Densidade
Densidade é a massa por unidade de volume.

m dm m
lim ou
V 0 V dV V

Dois objetos feito com o mesmo material possuem a mesma


densidade, mesmo que tenham massas e volumes diferentes. Isso
acontece porque a razão entre a massa e o volume é a mesma.

http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/fluidos/est
atica/introduccion/Introduccion.htm
Física II – Fluidos

Densidade
 A unidade S.I é o quilograma por metro cúbico

S.I: kg/m3

 Fator conversão
1g/ cm3 1000kg/m3
 Densidade de alguns materiais varia de um ponto ao outro no
interior do material.
Corpo humano: gordura possui densidade 940 kg/m3 enquanto
os ossos tem densidade de 1 700 kg/m3.
Física II – Fluidos

Submarinos
Ficando mais densos por adição de água em
seus tanques, eles descem.
Física II – Fluidos
Física II – Fluidos
Física II – Fluidos

Densidade Relativa
 Densidade relativa de alguns materiais ou massa especifica relativa
é a razão entre densidade do material e a densidade da água a 4 C,
1000 kg/m3.
 É um número puro.
Física II – Fluidos

Exemplo 01
 PESO DO AR NO INTERIOR DE UMA SALA encontre a massa
e o peso do ar no interior de uma sala de estar com uma altura de 3,0
m e um piso com uma área de 4,0 x 5,0. Quais seriam a massa e o
peso de um volume igual de água?
AR ÁGUA
O volume da sala O volume da sala
3 3
V 3 4 5 60m V 3 4 5 60m
A massa A massa
m V (1,20)60 72kg m V (1000)60 6 *10 4 kg
O Peso O Peso
P mg 72 * 9,8 700 N P = mg = 6 10 4 9,8 = 5,9 105 N
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Pressão
 Considere um pistão de área A que pode deslizar em um
cilindro fechado e que está de repouso sobre uma mola.

Força por unidade de área

 A pressão do fluido sobre o pistom é


F
P (1 Pa = 1 N/m2)
A
Se a pressão é variável sobre a área: dF PdA
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Fluidos em Repouso
 As pressões encontradas pelo
mergulhador e pelo montanhista são
chamadas de pressões hidrostáticas,
pois são decorrentes de fluidos
estáticos.

 Queremos encontrar a pressão


hidrostática como função da
profundidade ou altitude.
 A Pressão atmosférica (Pa) é a pressão
exercida pela atmosfera terrestre, a pressão no
fundo desse oceano de ar que vivemos. Essa pressão
varia com as condições do tempo e com a altitude.
Física II – Fluidos

Fluidos em Repouso
 Consideremos um tanque cheio de
água, onde colocamos um cilindro
circular de base reto nele.

 A água está em equilíbrio estático,


ou seja, as forças se equilibram.

 3 forças atuam no meu sistema

F1 no topo da superfície do cilindro

F 2 na base da superfície do cilindro


P força peso.
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Fluidos
 Portanto
em Repouso
F2 F 1 mg

Usando algumas definições, encontramos


P2 P1 gh

que é a LEI DE STEVIN que nos diz “ a pressão depende da


profundidade e não da dimensão horizontal do recipiente.”
P P0 gh

onde P é a pressão absoluta e consiste em duas contribuições:


1. P0: pressão atmosférica aplicada num líquido.
2. gh: pressão devido ao liquido acima do recipiente.
A diferença entre pressão absoluta e a atmosférica é chamada de PRESSÃO MANOMÉTRICA.
Física II – Fluidos

Exemplo 02
 a) Um mergulhador novato se exercitando em uma piscina com
um cilindro, inspira de seu tanque ar suficiente para expandir
completamente seus pulmões, antes de abandonar o cilindro a uma
profundidade L e nadar até a superfície. Ele ignora as instruções e
não exala ar durante a subida. Quando ele atinge a superfície, a
diferença entre a pressão externa sobre ele e a pressão do ar em seus
pulmões é de 9,3 kPa. De que profundidade ele partiu? Que risco ele
correu?
Física II – Fluidos

Exemplo 02
 a) Um mergulhador novato se exercitando em uma piscina com
um cilindro, inspira de seu tanque ar suficiente para expandir
completamente seus pulmões, antes de abandonar o cilindro a uma
profundidade L e nadar até a superfície. Ele ignora as instruções e
não exala ar durante a subida. Quando ele atinge a superfície, a
diferença entre a pressão externa sobre ele e a pressão do ar em seus
pulmões é de 9,3 kPa. De que profundidade ele partiu? Que risco ele
correu?
 SOLUÇÃO

P P0 gL Apesar de não ser profundo, a diferença de pressão é


suficiente para romper os pulmões do mergulhador e
forçar a passagem de ar dos pulmões para a corrente
p sanguínea despressurizada, que então transporta o ar
L 0,95m
g para o coração matando o mergulhador.
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Exemplo 02
 b) Um mergulhador raciocina que, se um respirador de 20 cm
funciona, um de 6,0 m também funcionaria. Se ele insensatamente
utilizar um tubo como esse, qual seria a diferença de pressão P entre
a pressão externa sobre ele e a pressão do ar em seus pulmões? Por
que ele se encontra em perigo?
Física II – Fluidos

Exemplo 02
 b) Um mergulhador raciocina que, se um respirador de 20 cm
funciona, um de 6,0 m também funcionaria. Se ele insensatamente
utilizar um tubo como esse, qual seria a diferença de pressão P entre
a pressão externa sobre ele e a pressão do ar em seus pulmões? Por
que ele se encontra em perigo?

 SOLUÇÃO
p = p0 + ρgL
Essa diferença de pressão, cerca de 0,6 atm, é
p p po gL suficiente para arruinar os pulmões, forçando o sangue
pressurizado para dentro deles, processo conhecido
como compressão dos pulmões.
p 1000 9,8 6
p 5,9 10 4 Pa
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Vasos Comunicantes
P0
P0 P0 P0 P0 P0

h1 h2
A B

h1 2
h2 1
Física II – Fluidos

Exemplo 03
 Um tubo em U contém dois líquidos em equilíbrio estático: água
de densidade a no braço direito e óleo de densidade desconhecida ,
no esquerdo. Medindo as alturas, encontramos l =135mm e
d=12,3mm. Qual é a densidade de óleo?
Física II – Fluidos

Exemplo 03
 Um tubo em U contém dois líquidos em equilíbrio estático: água
de densidade a no braço direito e óleo de densidade desconhecida ,
no esquerdo. Medindo as alturas, encontramos l =135mm e
d=12,3mm. Qual é a densidade de óleo?

 SOLUÇÃO
po pa o 916 kg / m3

o g (l d ) a gl
l a
o
l d
3 135 mm
o (1000 kg / m )
135 mm 12,3mm
Física II – Fluidos

Experiência de Torricelli
Mediu a pressão atmosférica,
que sabia-se existir.
Física II – Fluidos

(p=0)
po = pH
po = .g.h
po = 13,6x103x9,8x0,76
po = 1,013x105 Pa
(0,76 m)
Nível do
mar pH = po
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• Medindo a pressão
– O barômetro de
mercúrio

p0 gh
Nota: valor medido
depende do g local
enquanto que ρ
depende da
temperatura
Física II – Fluidos

p0
• Medindo a pressão
– O barômetro de Nível 1
mercúrio

p0 gh h

pg
– Manômetro de tubo
aberto Nível 2
Tanque
pg p0 gh Manómetro
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p pext gh
• Princípio de Pascal
Chumbos
Pistão pext pext pext
como , g e h não variam,

o
p pext
Uma alteração de pressão aplicada a um
fluido incompressível fechado é
transmitida integralmente a todos os
pontos do fluido bem como às paredes que
o suportam
Física II – Fluidos

Princípio de Pascal
Pela lei de Stevin, a diferença de pressão entre dois pontos em
um líquido homogêneo em equilíbrio é constante, dependendo
apenas do desnível entre os pontos. Portanto se produzimos uma
variação de pressão num ponto de um líquido em equilíbrio essa
variação se transmite a todo líquido, ou seja, todos os pontos
sofrem a mesma variação de pressão.
Princípio de Pascal
Principio de Pascal: “Uma variação de pressão aplicada em um
fluido incompressível é inteiramente transmitido para toda
porção do fluido e para as paredes do recipiente.”

Fi Fo
p
Ai Ao
Fi Fo Ao p pext
p Fo Fi
Ai Ao Ai
Física II – Fluidos

Princípio de Pascal
Ex: Elevador Hidráulico
Pe Ps
Fe Fs
Ae As
Fe
Mg
As
AS
de Ae
de
FS Fe
Ae

Fs
Física II – Fluidos

Princípio de Pascal
Se o pistom da entrada for deslocado por dE o pistom de saída
move-se para cima uma distância dE, de modo que o mesmo
volume do liquido é deslocado pelos dois pistons.

V Ae d e AS d S
Ae
dS de
AS
O trabalho realizado da saída é

AS Ae
W FS d S Fe de Fe d e
Ae AS
Ou seja, o trabalho realizado pelo pistão de entrada pela força aplicada é
igual ao trabalho realizado pelo pistão de saída ao levantar o carga sobre ele.
Física II – Fluidos

Princípio de Arquimedes
Consideremos um objeto que se encontra
em equilíbrio na água (nem afunda e nem
sobe).

A força gravitacional para baixo deve ser equilibrada por


uma força resultante para cima exercida pela água.
Física II – Fluidos

Princípio de Arquimedes
Esta força resultante para cima é uma força chamada de EMPUXO
(Fe). Ela é resultante do aumento de pressão com a profundidade.

p2 p1 gh
E p2 A p1 A gh A
Sendo:
V hA e m V
Então:
  
E mgk Pf

Onde Pf é o peso da porção do fluido deslocada.
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Princípio de Arquimedes
Exemplos: pedra e madeira.

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES:

“Um corpo total ou parcialmente imerso


num fluido sofre ação de uma força de
módulo igual ao peso do fluido deslocado
pelo corpo e que aponta para cima.”
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Flutuação
Quando o bloco de madeira flutua em um líquido, o módulo do empuxo
sobre o corpo é igual ao módulo da força gravitacional sobre o corpo.

FE Fg

Portanto, quando um corpo flutua em um fluido, o módulo da força


gravitacional sobre o corpo é igual ao peso do fluido deslocado pelo
corpo.
PESO APARENTE

Quando pesamos um bloco numa balança obtemos a massa exata do


objeto. No entanto se fizermos isso submerso na água, o empuxo
para cima faz com que essa leitura diminua. Essa leitura é então o
PESO APARENTE.
Física II – Fluidos

Flutuação
O peso aparente esta relacionado com o peso real e o empuxo

Peso Peso mod ulo


aparente real empuxo
Pap Peso FE

Logo o corpo que flutua tem peso aparente igual a zero.

 Num fluido a força aplicada deve exceder apenas o peso


aparente, já que o empuxo para cima ajudaria a levantar o corpo.
Física II – Fluidos

Fluidos ideais em Movimento


Física II – Fluidos

Fluidos ideais em Movimento


CONSIDERAÇÕES:

 O fluido é estacionário : v = constante.


A fumaça de cigarro.

 O fluido é incompressível: é a mesma.

 O fluido não viscoso: resistência ao escoamento.


Mel é mais resistente ao escoamento do que a água.
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Linhas de Corrente
 Todas as partículas que passarem por P
seguirão a mesma trajetória, chamada
LINHA DE CORRENTE.

 Tornar visível o escoamento de um


fluido.

A velocidade da partícula é sempre


tangente a trajetória.
As linhas de corrente nunca se cruzam.
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Equação da Continuidade
 A equação da continuidade
A2
A1
v1 v2 Av A2v2
1 1

P
Q

 A velocidade do escoamento aumenta quando reduzimos a área


de seção transversal da qual o fluido flui.
 A vazão do fluido é

R Av const Volume que passa através de uma


dada seção por unidade de tempo.
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Equação de Bernoulli
 Relação entre pressão, velocidade e altura no escoamento –
Equação de Bernoulli.

 Aplicações:
 escoamento em sistemas
de escoamento;
 voos de aeronaves;
usinas hidroelétricas.
Física II – Fluidos

Equação de Bernoulli
1. Calcular o trabalho realizado sobre o
sistema pelas forças não
conservativas (pressão).

W = P1 P2 V
2. Calcular o trabalho realizado sobre o
sistema pelas forças conservativas ∆l2
(cinética + potencial).

1
K = ρV υ22 υ12
2 ∆l1
U = ρVg y2 y1
Física II – Fluidos

Equação de Bernoulli
EQUAÇÃO DE BERNOULLI

1 2
p v gy constante
2

Equação de Bernoulli afirma que o trabalho realizado pelo fluido


das vizinhanças sobre uma unidade de volume de fluido é igual a
soma da energia cinética e potencial ocorridas na unidade de
volume durante o escoamento.
 Ou a equação de Bernoulli é a soma das pressões devido a
diferença de velocidade e altura.
Física II – Fluidos

Referência:

Jusciane da Costa e Silva - UFERSA

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