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Índice

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................1

1.1 Enquadramento geral...................................................................................................................1

1.2 Organização do relatório..............................................................................................................1

2 DESCRIÇÃO GERAL DO SISTEMA..............................................................................2

2.1 Considerações iniciais..................................................................................................................2

2.2 Principais componentes do sistema..............................................................................................2

2.3 Sistema de comunicações, processamento e gestão da informação observada............................4

2.4 Processamento e gestão da informação observada.......................................................................5

2.5 Considerações finais.....................................................................................................................5

3 OBSERVAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO DINÂMICO.................6

3.1 Considerações Iniciais..................................................................................................................6

3.2 Caracterização do comportamento dinâmico da obra..................................................................6

3.3 Observação em contínuo..............................................................................................................6

3.4 Análise de resultados....................................................................................................................6

3.5 Considerações Finais....................................................................................................................6

4 Conclusões.................................................................................................................7

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1 INTRODUÇÃO RESPOSTA DINÂMICA

1.1 Enquadramento geral

O módulo de análise dinâmica é constituído por uma plataforma gráfica que se encontra
inserida no programa SACODA1 a qual pode ser invocada como se mostra na figura
seguinte.

Figura 1.1 – Plataforma gráfica para análise dinâmica

O acompanhamento da evolução das características próprias da estrutura (frequências


naturais, modos de vibração e coeficiente de amortecimento), no tempo, possibilitará de
uma forma indirecta, o acompanhamento da evolução de outros parâmetros importantes
para o controlo da segurança estrutural da obra, como seja, a evolução do módulo de
elasticidade.

Por outro lado, este sistema corresponde também a expectativa da HCB (Hidroeléctrica
de Cahora Bassa), pois é um sistema que irá permitir a medição do nível das vibrações
durante as explosões a realizar com as obras da central a construir na encosta da
margem esquerda da barragem.

1
O Programa SACODA resulta da abreviatura de Safety Control of Dams, trata-se de um programa
vocacionado para a observação, gestão e análise do comportamento de barragens.
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2 DESCRIÇÃO GERAL DO SISTEMA

2.1 Considerações iniciais

O conhecimento sobre o comportamento dinâmico é parte integrante do controlo de


segurança estrutural de barragens, e preocupa desde sempre os técnicos responsáveis
pela concepção, construção e exploração. Tal preocupação é evidenciada pela instalação
de sistemas de observação vocacionados e dedicados na avaliação da resposta das obras
perante acções de natureza dinâmica como é o caso dos sismos, com os quais se
pretende obter informação experimental sobre o comportamento dinâmico das obras.

No caso particular da barragem de Cahora Bassa o sistema instalado permite a medição


da resposta dinâmica em contínuo e permite igualmente a medição da resposta dinâmica
aquando da ocorrência de sismos intensos. Para tal são usados os componentes e sistema
que abaixo são descritos.

2.2 Principais componentes do sistema

O sistema de monitoramento dinâmico online é composto por uma unidade de aquisição


de dados (ver Figura 2.1) e por 13 acelerómetros (ver figura 2.2 e 2.5), a saber: i) 10
uniaxiais na galeria de coroamento, para caracterizarem as frequências naturais da
barragem, suas configurações modais e amortecimento (este sistema foi instalado em
2010); ii) 3 acelerómetros triaxiais em fundação da barragem (instalado em 2013).

Este sistema tem a capacidade não só para medir a resposta barragem, mas também para
obtenção de dados para a caracterização de cargas sísmicas ou cargas associadas a
explosões (quando se efectuar a escavação da central Norte).

Figura 2.2 Unidade de aquisição de dados da kinemetrics, GRANITE de 24 canais.

2
a) b)
Figura 2.3 Sensores instalados: a) Acelerómetro uni-axial, Episensor ES-U2; b) Acelerómetro tri-axial,
Episensor ES-T.

A definição da localização dos acelerómetros foi baseada em uma preliminar análise do


comportamento dinâmico da barragem dada pelos resultados de um teste de vibração
forçada realizada em Julho de 2008 [LNEC, 2009] e um elemento do modelo de
elementos finitos 3D [TecnoBar de 2010].

Figura 2.4 Malha de elementos finitos da barragem de Cahora-Bassa.

Da análise dinâmica efectuada, tendo por base o supracitado modelo de elementos


finitos, obtiveram-se uma série de modos de vibração, dos quais se mostram, na Figura
4, os primeiros quatro, que se consideram suficientes para representar o comportamento
dinâmico da obra.

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1º modo 2º modo

3º modo 4º modo

Figura 2.5 Malha de elementos finitos da barragem de Cahora-Bassa.

Relativamente a localização dos acelerómetros tri-axiais, observou-se as recomendações


usuais neste tipo de enquadramento, que sugerem a instalação dos sensores no maciço
rochoso (ou o mais próximo possível) em ambos os encontros e na zona de fundo da
obra.

Através de um esquema é apresentada na figura 2.5 a disposição adoptada em obra dos


acelerometros e da unidade de aquisição de dados.

Figura 2.6 Esquema representativo da localização em obra das componentes do sistema de medição de
vibrações.

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2.3 Sistema de comunicações, processamento e gestão da informação observada

Os dados recolhidos a partir dos acelerómetros são permanentemente gravados


utilizando um sistema de aquisição de dados da Kinemetrics (Granite de 24 canais).
Para automatizar o processo referente à recolha de dados, processamento e sua gestão e
armazenamento em contínuo, foi desenvolvida uma ferramenta computacional que
assegura todo este processo, a qual foi atribuída a designação de IDModal_autom
[TECNOBAR de 2012]. Para cada hora os dados são salvos em arquivos e enviados
para o computador central através do protocolo FTP usando a rede de fibra óptica. Esses
arquivos são gerados em formato ASCII (*. txt) no sistema de aquisição e são
processados, geridos e armazenados em formato binário (*. bin) no computador central
[TECNOBAR de 2010]. Nesta tarefa, os valores medidos são convertidos em unidade
física de aceleração (G). O processamento deste novo valor consiste no ajuste para zero
da aceleração (removendo o DC) e obter a aceleração máxima observada de cada
acelerómetro. Em seguida, usando o método de decomposição no domínio da frequência
(FDD), podendo-se assim identifica as frequências naturais, os modos relacionados com
configurações e o amortecimento modal. Finalmente, o software guarda no arquivo
binário, para cada hora, a informação relevante para análise do comportamento
dinâmico [TECNOBAR de 2010], a saber:
 Informação sobre a data (Ano, Mês, Dia e Hora);
 Informação complementar, sobre a cota da água, e eventualmente sobre a
temperatura, a humidade e a potência dos grupos de produção de energia;
 Os valores das acelerações máximas obtidas para cada registo de aceleração;
 Os valores identificados automaticamente para as frequências naturais;
 Os modos de vibração (componente real e imaginária);
 As estimativas dos coeficientes de amortecimento modal;
 Os primeiros dois valores singulares obtidos com o método FDD até à
frequência de 6 Hz;

2.4 Considerações finais

Neste capítulo foram apresentados os componentes dos sistemas de observação do


comportamento dinâmico instalado na barragem de Cahora Bassa. Foi igualmente
referido como foi definida a localização dos acelerómetros uniaxiais e triaxiais. Tratou-
se ainda do sistema de comunicações, processamento e de como é gerida a informação
observada.

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3 OBSERVAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO DINÂMICO

3.1 Considerações Iniciais

A observação e caracterização em contínuo do comportamento dinâmico de barragens


de betão é fundamental para o controlo da segurança, pois permite obter um
conhecimento adequado e continuado do estado da estrutura que, por sua vez, possibilita
a detecção oportuna de eventuais anomalias e, caso se justifique, permite que se proceda
a uma intervenção eficaz para a sua correcção.

3.2 Caracterização do Comportamento Dinâmico da Obra

3.2.1 Modelo Numerico Preliminar


Trata-se de um modelo numérico de elementos finitos com representação da barragem,
que foi concebido pelo LNEC, através do programa 3DEC, para interpretar os
resultados dos ensaios realizados. Para a análise dinâmica o modelo foi discretizado em
257 elementos tridimensionais, tipo cubo, Iso paramétricos do 2º grau, com 20 pontos
nodais, formando uma malha com um total de 4377 pontos nodais.

Dado que que a condição de fronteira na superfície de inserção da barragem pouco


afecta os modos de vibração e respectivas frequências, considerou-se, para interpretação
do ensaio, o encastramento da barragem na zona de inserção [JPEE de 2014].

Este modelo foi calibrado com os resultados do ensaio, considerando para o material da
barragem um módulo de elasticidade dinâmico de 50 GPa, um coeficiente de poisson de
0.2 e massas volúmicas do betão de 2400kg/m3 e da água de 1000kg/m3 [JPEE de
2014].

3.2.2 Ensaios de Vibração Forçada


O ensaio de vibração forçada consiste na aplicação de uma força com uma variação no
tempo sinusoidal perfeitamente conhecida. Esta acção provoca nas estruturas, em regra,
um movimento vibratório forçado com a mesma frequência de variação no tempo da
força aplicada (embora desfasada) e com amplitudes que, para além da intensidade da
força, dependem da sua frequência de aplicação e das frequências naturais da estrutura.
LNEC, 2009.

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Em Julho de 2008, foi realizado o ensaio de vibração forçada, onde foi usado um
vibrador de massa excêntrica para impor forças horizontais harmónicas com diferentes
amplitudes e frequências, e para medir a resposta dinâmica da estrutura para varias
frequências de excitação impostas foram usados transdutores de velocidade e
acelerómetros que foram colocados nos vários pontos da estrutura.

O ensaio foi realizado por varrimento discreto, em que se aplicaram frequências de


excitação entre 1.5 e 9.8Hz (aproximadamente de 0.1 em 0.1 Hz), e a resposta da
barragem foi medida em termos de componentes radiais, tangenciais e verticais das
velocidades e acelerações nos vários pontos de medição [JPEE de 2014].

Após a medição das frequências próprias dos primeiros modos de vibração da barragem,
a respectiva configuração foi determinada medindo a amplitude e orientação do
movimento nos vários pontos da estrutura quando o vibrador funcionava em cada uma
dessas frequências [JPEE de 2014].

3.2.3 Comparação entre as Frequências Obtidas no Modelo Matemático e no


Ensaio
No quadro abaixo, apresenta-se a comparação das frequências próprias determinadas
pelos dois métodos.

Modo de Frequência (Hz)


Vibração Ensaio Mod. Matemático
1 1.75 1.76
2 2.15 2.06
3 2.70 3.25
4 3.25 3.27
5 - 3.98
6 - 4.19
Quadro – Frequências próprias dos primeiros modos de vibração, obtidas experimentalmente e numericamente

Tal como se pode notar, para as frequências baixas verifica-se uma ligeira aproximação
dos valores, enquanto para as frequências mais altas o modelo matemático apresenta
deslocamentos superiores aos do ensaio.

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3.3 Análise de resultados

3.3.1 Análise da evolução da resposta dinamica

O módulo de análise dinâmica, que está inserido no programa SACODA, é uma


ferramenta concebida com o objectivo de analisar os dados do sistema de monitorização
baseado na medição de vibrações, para análise do comportamento.

A partir deste módulo é possível visualizar e analisar desde Agosto de 2010, todas as
acelerações, a qualquer hora, desde que seleccione o aparelho, o dia e a hora pretendida.
A história da aceleração e o auto espectro seleccionados e ilustrados na figura abaixo,
são referentes ao acelerómetro uniaxial nº 5, no dia 12.05.2012 as 13 horas, com o nível
da albufeira a 323,35 m. Estes gráficos permitem uma análise preliminar sobre as
frequências naturais da estrutura.

Figura - Visualização das histórias de uma aceleração e respectivos auto-espectros

A avaliação dos principais parâmetros modais que caracterizam o comportamento


dinâmico da barragem o qual é influenciado significativamente pelas variações do nível
da albufeira, é processado a partir do método decomposição no domínio da frequência
(FDD). O FDD faz a identificação modal automática dos parâmetros modais associados
aos primeiros modos de vibração.

A partir das histórias das acelerações das 13h do dia 12.05.2012, para qual o nível da
albufeira foi de 323.35 m, tomou-se como exemplo a segunda frequência própria da

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estrutura de valor correspondente a 2.1868 Hz para análise experimental da resposta
dinâmico, através do já referido algoritmo de decomposição do domínio da frequência,
baseado na decomposição em valores singulares, tal como se pode ver nas figuras
abaixo.

Figura - Espectro de valores singulares com destaque para a segunda frequência própria (2.1868 Hz)

Figura - Configuração modal associada ao segundo modo de vibração (2.1868 Hz)

A variação das frequências naturais ao longo de um determinado tempo correlacionadas


com variação do nível da albufeira ao longo do mesmo tempo, permite-nos ter
conhecimento sobre a evolução das frequências naturais em função do nível da
albufeira. Na figura abaixo apresentam-se resultados referentes ao período que vai desde
a instalação do sistema a 01.08.2010 a 31.12.2015, em que são correlacionadas as
variações na 2ª frequência natural com o nível da albufeira.

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Figura - evolução da segunda frequência no tempo correlacionada a variação da cota da albufeira.

Neste gráfico pode se visualizar que durante o período que vai de Dezembro de 2013 a
Setembro de 2014, houve interrupção do sistema devido a avaria do concentrador
GRANITE.

Correlacionando as variações das frequências naturais ao longo do tempo com a


variação da cota da albufeira igualmente ao longo do tempo, pode-se notar que a
frequência, conforme esperado aumenta quando o nível da albufeira reduz, o que
matematicamente traduz-se pela seguinte equação:

Onde K e M são, respectivamente, as matrizes de rigidez e massa da estrutura.

A consolidação gráfica do acima referido pode ainda ser feita no gráfico que se segue,
onde, por um lado pode-se visualizar a variação das frequências naturais analíticas
(representadas a traço cheio) e experimentais (representadas por pontos dispersos) com
o nível da albufeira e, por outro lado, o ajuste entre as mesmas, que como se pode
constatar é de grosso modo aceitável, particularmente para as primeiras três frequências
próprias tidas como as mais importantes neste tipo de análise.

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Figura - Configuração modal associada a frequência 2.1868 Hz

3.3.2 Análise Sísmica

Com o objectivo de obter dados para a caracterização das cargas sismicas ou cargas
associadas a explosão ou eventuais intervenções sobre a estrutura como poderá ser das
escavações no âmbito da construção da central norte, foram instalados acelerómetros
triaxiais na margem direita, na margem esquerda e na galeria a cota 171 m.

Na figura abaixo apresentam-se três histórias de acelerações correspondentes ao sensor


triaxial, no dia 15.07.2015, entre as 14 e as 15h com o nível da albufeira a 324.51m,
quando ocorreu um sismo registado na vila do Songo com uma diferença temporal de
cerca de 4 minutos em relação à hora em que este ocorreu, estimando-se uma
velocidade de propagação das ondas sísmicas de cerca 3,7 km/s.

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Figura – Eventos Sísmicos (Historia das Acelerações)

O sismo ocorreu as 14:10 (UTC), a 72.2km da Ilha de Moçambique, a uma


profundidade de 14km, tal como se apresenta na figura abaixo.

Figura – Sismo a cerca de 900 km da barragem de Cahora Bassa (http://earthquaketrack.com/p/mozambique/recent?page=2).

3.4 Resposta da estrutura a acção sísmica

Ao longo do tempo, as verificações de segurança em relação a acção sísmica tem sido


mais exigentes e na barragem de Cahora Bassa não é excepção.

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Considerando o modelo de elementos finitos, calibrado durante o ensaio de vibração
forçada, tal como se fez referência acima, e considerando ainda as propriedades dos
materiais, incluindo o coeficiente de amortecimento (estimado através do coeficiente de
Raleigh), entre 0.0038 a 0.66, a estrutura, a albufeira com a cota 326,00m tem um
deslocamento máximo de 30.6 (mm), tal como se apresenta na figura abaixo.

Figura – Resposta estática da estrutura

Para acelerações de pico de 0,075 (g) (máximas modeladas para a direcção radial e
tangencial), e de 0,05 (g) (máxima modelada para a direcção vertical), o deslocamento
máximo no topo da consola central é de 17.54 mm, tal como se pode ver na figura a
seguir.

Figura – Gráficos de acelerograma sísmico e de deslocamento radial no topo da consola central na posição Radial

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3.5 Considerações Finais

O subsistema para monitorização em contínuo do comportamento dinâmico da


barragem instalado em Agosto de 2010, com o upgrade efectuado em Setembro de
2013, tem permitido identificar automaticamente e com boa precisão a evolução ao
longo do tempo dos valores das frequências próprias dos primeiros modos de vibração e
as correspondentes configurações modais, e ainda a caracterização da acção sísmica.

Futuramente, este mesmo sistema, com a construção da central norte (onde se prevêem
a utilização de explosivos), vai permitir a monitorização da intensidade das vibrações
quando ocorrerem explosões.

4. Conclusão

A informação obtida com este sistema contribui de forma decisiva para a caracterização
da integridade estrutural ao longo da vida útil da obra, sendo que é um complemento da
informação que é usualmente obtida com os sistemas clássicos de observação de
barragens. Com o sistema instalado, foi possível caracterizar acções sísmicas que
ocorreram e a respectiva resposta da estrutura.

@TechReport{TECNOBAR de 2010},
Title = {Manual do Módulo de Análise Dinâmica do SACODA},
Author = {João António Amante},
Institution = {Tecnologia de Barragens (TECNOBAR)},
Year = {2010},
Address = {Lisboa},
Month = {Agosto},

@TechReport{TECNOBAR de 2012},
Title = {Manual do Módulo de Análise Dinâmica do SACODA},
Author = {João António Amante},
Institution = {Tecnologia de Barragens (TECNOBAR)},
Year = {2012},
Address = {Lisboa},
Month = {Agosto},

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@TechReport{Paulo Mendes de 2010},
Title = {OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
DINÂMICO DE BARRAGENS DE BETÃO},
Author = {Paulo Jorge Henriques Mendes},
Institution = {FEUP e o LNEC},
Year = {2010},
Address = {Porto},
Month = {Abril},

@TechReport{LNEC de 2009},
Title = {ENSAIO DE VIBRAÇÃO FORÇADA},
Author = {Jorge Pereira Gomes e Eduardo Martins Bretas},
Institution = {LNEC},
Year = {2009},
Address = {Lisboa},
Month = {Janeiro},

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