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ovembro de 1997

ETGI-1.020
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS
REQUISITOS DE PROJETO SÍSMICO PARA EQUIPAMENTO ELÉTRICO
VERSÃO ABREVIADA

INDICE

01. DISPOSIÇÕES DE APLICABILIDADE GERAL.......................................................................... 2

02. AÇÕES DE DESIGN SÍSMICO............................................................................................... 6

03. AÇÕES SIMULTÂNEAS COM O TERREMOTO ..................................................................... 6

04. ÂNCORAS E SUPORTES ..................................................................................................... 7

05. EQUIPAMENTO RÍGIDO. ANÁLISE ESTÁTICA...................................................................... 7

06. MÉTODO ESTÁTICO SEM VERIFICAÇÃO DE FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL 9

07. ANÁLISE MODAL ESPECTRAL DINÂMICA........................................................................... 9

08. FORÇAS DE ACOPLAMENTO MECÂNICO........................................................................ 11

09. TENSÕES ADMISSÍVEIS ................................................................................................... 12

10. TESTES SÍSMICOS............................................................................................................ 13

11. TESTES DE OSCILAÇÃO LIVRE.......................................................................................... 16

12. QUALIFICAÇÃO LABORATORIAL......................................................................................

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01. DISPOSIÇÕES DE APLICABILIDADE GERAL

01.01 OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta especificação estabelece as bases gerais que devem ser atendidas para o projeto sísmico de
equipamentos mecânicos e elétricos e suas respectivas estruturas de suporte, âncoras, conexões e
fundações.

01.02 INTENSIDADE SÍSMICA DE DESIGN

Pra fins de projeto, a intensidade sísmica no local de uma obra deve ser caracterizada pelos
parâmetros a, v, de que representam, respectivamente, os máximos dos valores absolutos de
aceleração, velocidade e deslocamento horizontal, na superfície do solo.

Os valores são os seguintes:


a/g v (cm/s) d (cm)
0,50 50 25

ESPECTRO DE RESPOSTA LINEAR 01.03

Em geral, as tensões sísmicas serão determinadas pelo cálculo, a partir de espectros de resposta
suavizada para sistemas de grau de liberdade, linearmente elásticos com amortecimento viscoso
proporcional à velocidade relativa.

01.04 AMORTECIMENTO

A menos que os resultados das medições experimentais justifiquem o contrário, o amortecimento


pode não ser superior a 2% para o equipamento e suas estruturas de suporte. A aplicação de grandes
amortecimentos será submetida ao Inspetor-Chefe para aprovação.
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01.05 MEMÓRIA DE CÁLCULO

As bases gerais de cálculo adotadas, o método de análise seguido, as combinações de cargas


consideradas no exame dos elementos estruturais, incluindo suas âncoras e conexões, e os critérios
de aceitação ou rejeição utilizados devem ser estabelecidos de forma clara e ordenada em um
relatório de cálculo.

Serão citadas com precisão as normas, códigos, regulamentos, especificações de qualidade de


materiais ou equipamentos, procedimentos de teste e outros documentos que tenham servido de
base.

Quando o teste de acordo com as Normas ou Especificações for baseado no todo ou em parte em
procedimentos analíticos, esses procedimentos serão apresentados no relatório de cálculo, passo a
passo, de forma que a análise possa ser verificada em cada etapa.

O relatório de cálculo indicará o caso mais desfavorável contemplado na verificação dos requisitos
relativos à resistência, tensões admissíveis, deformações, deslocamentos, estanqueidade e outros
requisitos funcionais, conforme apropriado em cada caso.

O relatório de cálculo deve incluir as seguintes informações de fundo que servirão de base
indispensável para a formulação do modelo matemático a ser utilizado na análise.

a) Características geométricas do sistema analisado:dimensões gerais dos principais componentes do


sistema, incluindo os elementos estruturais e suas relações de incidência; áreas, módulos resistentes
e momentos de inércia de seções transversais; desobstruções e tolerâncias, conforme apropriado em
cada caso específico.  

b) Condições de borda para o sistema como um todo e nas articulações entre os elementos que o
compõem.  

c) Distribuição das massas das principais partes e componentes, elementos rigidamente aderidos à
estrutura, cargas permanentes e conteúdo, conforme apropriado em cada caso específico.
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d) Características mecânicas do módulo de materiais de elasticidade, ponto de trepidação dos


materiais dúcteis, resistência à ruptura, etc.  

Ao utilizar o método dinâmico de análise, a memória de cálculo deve conter uma descrição clara e
completa do modelo matemático utilizado, no qual são identificados os elementos que carregam os
parâmetros concentrados (massas de ponto, corpos rígidos, suportes, amortecedores, etc.), sua
forma de acoplamento e as condições externas da borda.

Também deve conter uma definição das coordenadas locais e globais usadas para descrever a
configuração do sistema. As direções horizontais segundo as quais a ação sísmica foi assumida a ser
dirigida serão individualizadas e o número de modos calculados para cada um deles será dado.

Os seguintes resultados podem não estar faltando na memória de cálculo: matrizes de massa e
rigidez, frequências modais e vetores, massas de osciladores modais equivalentes, coeficientes de
participação dos modos. Além disso, devem ser registradas as tensões sísmicas em cada um dos
elementos sujeitos à verificação, para cada modo e cada uma das direções de análise, juntamente
com as tensões resultantes da superposição modal espectral. As verificações necessárias serão feitas
para os estados de carga que incluem a ação sísmica, declarando explicitamente o resultado deles.

Se os cálculos tiverem sido realizados por computador eletrônico, uma descrição do programa
utilizado (ou acesso ao guia manual do usuário) deve ser fornecida em detalhes suficientes para
verificar os dados de entrada, interpretar os resultados e determinar se os cálculos estão em
conformidade com essas especificações. Na lista que é entregue, deve-se registrar claramente o
programa utilizado, a estrutura submetida à análise, os dados de entrada, os resultados finais, as
unidades utilizadas para expressar as magnitudes físicas e a data de processamento.

Por fim, o relatório de cálculo deve afirmar expressamente e com destaque que os requisitos
contidos nesta Especificação foram atendidos.
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01.06 MÉTODOS DE ANÁLISE

Salvo especificação em contrário nas Especificações Técnicas dos respectivos equipamentos, o


método estático deve ser utilizado preferencialmente. O uso da análise dinâmica, isoladamente ou
como instrumento de interpretação e complementação de testes dinâmicos, deve ser restrito a
equipamentos equipados com elementos especialmente projetados para dissipar energia
(amortecedores) ou para limitar deslocamentos relativos (paradas de liberação) e cuja resposta não
pode ser avaliada pelo método estático, ou para equipamentos que, devido à fragilidade dos
materiais de alguns de seus componentes, possuem características especiais em termos de seu modo
de falha, especialmente se devido à sua complexidade, tamanho ou peso é impossível ou
impraticável subsesá-los a testes dinâmicos na tabela vibratória (por exemplo: subestações
encapsuladas e isoladas em gás SF6, transformadores de energia).

01.07 CLASSIFICAÇÃO SÍSMICA EXPERIMENTAL

A classificação sísmica será feita através de uma combinação de testes e cálculos e consistirá nas
seguintes etapas:

01. Execução dos testes de rotina especificados nas especificações técnicas correspondentes do
equipamento a ser testado.

02. Testes de tabela vibratória (cláusula 10).

03. Repetição dos exames de rotina indicados em 01.

04. Análise por memória de cálculo, para demonstrar a adequação do equipamento sob a ação
simultânea do terremoto e outras cargas. Em particular, serão analisadas as colunas isolantes,
embalagens, parafusos e peças intermediárias utilizadas para fixação de isoladores, parafusos para
fixação do equipamento à sua estrutura de montagem e amortecedores se estes forem
contemplados no projeto.

05. Exceções
Relés para os quais protocolos demonstram sua operação satisfatória em testes sísmicos de acordo
com ANSI/IEEE C 37,98 - 1978, com nível de aceleração de 5g na faixa de 4 a 15 Hz. A mesma
derrogação deve ser estendida a todos os tipos de instrumentos e dispositivos de controle para os
quais a operação satisfatória é demonstrada com um nível de aceleração de 5g na faixa de 4 a 15 Hz.
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outro lado, os elementos para os quais o Contratante apresenta, para satisfação do Comprador, os
protocolos que demonstrem o cumprimento dos testes e coeficientes de segurança estipulados nesta
especificação técnica, com um nível de aceleração de 5g no centro de gravidade do elemento ou
equipamento, também podem ser isentos de qualquer teste ou verificação.

Equipamentos já qualificados de acordo com esta especificação técnica não podem ser submetidos à
requalificação sísmica, desde que seja exatamente o mesmo modelo.

02. AÇÕES DE DESIGN SÍSMICO

O equipamento e suas estruturas de suporte devem suportar simultaneamente as seguintes ações


sísmicas:

a. Em sentido horizontal: um movimento do terreno cuja aceleração máxima, velocidade e


deslocamento são os indicados na cláusula 01.02.

b. Na direção vertical: um campo de aceleração uniforme e constante de intensidade igual a 60% da


aceleração horizontal máxima do terreno.

A verificação sísmica será feita para cada uma das duas direções horizontais críticas, consideradas
separadas e independentes, escolhendo em cada caso a combinação mais desfavorável de direções e
sentidos de ações horizontais e verticais.

03. AÇÕES SIMULTÂNEAS COM O TERREMOTO

As tensões sísmicas devem ser combinadas com tensões dinâmicas de serviço e outras do
funcionamento normal do equipamento (próprio peso, impulso hidráulico, pressão interna,
vibrações, efeitos térmicos, efeitos elétricos, etc.). Além disso, as possíveis ações cuja probabilidade
de concordância com o terremoto não é insignificante serão consideradas simultâneas com as
anteriores, como torques de curto-circuito, interconexões com outros equipamentos, etc.
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04. ÂNCORAS E SUPORTES

Os dispositivos para fixação ou ancoragem devem ser projetados para evitar que ele tidling e se
mova, horizontal ou verticalmente. As tensões de design devem ser determinadas para combinações
de estados de carga e direções e direções de forças sísmicas horizontais e verticais que são as mais
desfavoráveis ao elemento em exame.

O projeto e a verificação dos dispositivos acima mencionados serão feitos sem contar com o atrito
que pode existir entre as superfícies de suporte.

Deve-se tomar cuidado para garantir que os dispositivos de fixação ou ancoragem não impeçam a
expansão térmica livre. Se essa condição não pode ser claramente atendida, as tensões térmicas
devem ser adicionadas às de outras ações.

Sempre que possível, os parafusos de ancoragem devem ser projetados apenas por tração.   Para
evitar que sejam submetidos à tesoura, devem ser fornecidos fixadores adicionais.

05. EQUIPAMENTO RÍGIDO. ANÁLISE ESTÁTICA

O equipamento rígido será aquele que atenderá às seguintes condições:

a. Forma uma unidade independente montada em uma única base implantada diretamente no
campo, sem a interposição de uma estrutura de suporte;

b. É mecanicamente dissociado de outros equipamentos ou estruturas vizinhos;

c. Sua menor frequência natural, determinada experimentalmente, é superior a 30 Hz.


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As frequências de componentes metálicos, como porta-baterias e células, podem ser determinadas


pelo cálculo, levando em conta o peso do equipamento montado sobre eles.

Equipamentos rígidos podem ser verificados e qualificados sismicamente pelo método estático,
utilizando forças de design sísmico dadas por

H = 0,6 W
V = 0,3 W

Tanto H quanto V devem ser distribuídos proporcionalmente aos pesos das peças. W é o peso da
equipe.

Se a condição (c) for atendida, mas uma ou ambas as condições (a) e (b) não forem atendidas, o
método estático pode ser aplicado, fazendo com que o equipamento possa suportar as tensões
adicionais associadas aos deslocamentos relativos máximos de suas várias partes, uma com relação
às outras, ou com relação ao equipamento ou estruturas com as quais está mecanicamente
acoplado.

Se a condição (c) acima não for atendida e a frequência natural (f o) e o amortecimento (φ%) forem
conhecidas, as seguintes fórmulas devem ser aplicadas:

= H 1,2
um g
W

V = 0,6
um g
W

A amplificação (a/g) será uma função da própria frequência (menos de 30 Hz) e do amortecimento
medido no equipamento. Caso o amortecimento do equipamento não seja conhecido, um valor de
2% é aceito.

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Para fazer essas verificações, as hipóteses mais desfavoráveis serão feitas em relação aos sentidos
em que as forças sísmicas atuam em cada uma das peças, equipamentos ou estruturas
mecanicamente acopladas.

06. MÉTODO ESTÁTICO SEM VERIFICAÇÃO DE FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL

A verificação sísmica e a qualificação de equipamentos elétricos e mecânicos pela variante do


método estático especificado abaixo nesta cláusula serão aplicadas apenas por exceção e somente
se, na opinião do Inspetor-Chefe, o mau funcionamento elétrico ou a ação indesejada do
equipamento for provável que seja detectado pela análise (por exemplo.   porta-baterias
estacionárias).

Se não foi feita a verificação experimental de que a menor frequência natural do equipamento
excede 30 Hz, a verificação e qualificação do equipamento pode ser feita por meio de uma análise
estática, adotando para o componente horizontal e vertical da ação sísmica de design os valores
dados pelas expressões:

1.2AW
H=g
0,6AW
KV=g

onde A é a ordem máxima do espectro de resposta suavizada a ser aplicada de acordo com a cláusula
01.03. O valor do amortecimento utilizado na determinação de A será de 2% (ver cláusula 01.04
destas Especificações). Para equipamentos elétricos montados em estruturas, deve ser utilizado um K
= 1,5. Valores mais baixos de K serão submetidos ao Inspetor-Chefe para aprovação.

07. ANÁLISE ESPECTRAL DINÂMICA MODAL

A estrutura ou equipamento analisado será representado por um modelo linear de parâmetros


concentrados.

modelo matemático do equipamento analisado deve incluir um número suficiente de elementos para
que todos os componentes importantes do equipamento sejam representados e para que os modos
de vibração possam ser reproduzidos com frequências de até 35 Hz, e que a soma do
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As massas modais representam pelo menos 95% da massa total do equipamento.  A


determinação pelo cálculo das frequências naturais e vetores modais a serem
utilizados na avaliação da resposta pode ser feita assumindo que não há
amortecimento.

Para determinar a contribuição de cada modo natural para as tensões (forças internas, momentos de
dobra, etc.), o estresse de corte base Hj contribuído pelo modo de ordem j será calculado por meio
da equação:

Hj = Cj Mj

onde Cj é o coeficiente sísmico modal de design para o modo j, determinado abaixo, e Mj é a massa
do oscilador modal equivalente calculado usando a fórmula:

2
(
m)


i ij
M = 2

J∑

m (()
i ij

onde φ ij é a amplitude do movimento de massa mi quando o sistema oscila livremente no modo j; o


índice i é individualizar as massas consideradas no modelo e os sumoriários abrangem todas as
massas.  

O coeficiente Cj será obtido a partir da equação

Cj = A (Tj)

onde A (Tj) é a ordem do espectro de resposta linear avaliado para o período e amortecimento de 2%
de acordo com as disposições da cláusula 01.04 destas Especificações.

As tensões S resultantes da superposição das tensões modais Sj serão obtidas a partir da equação:

1
r
1
r

∑ ∑ ≥ =S 2
j

2
|
S | + 
j
J=1
Sr3
2
J=1
onde estão indica o número de modos incluídos na análise com frequências de até 35 Hz,
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f( =
S M, H ,.....) jjj

Juntamente com as tensões dinâmicas devido à excitação sísmica horizontal, devem ser consideradas
tensões estáticas devido ao aumento da gravidade ou diminuição pelo efeito do campo vertical das
acelerações, considerando em cada caso a combinação mais desfavorável de direções e direções.

08. ESTRESAMENTO DE ACOPLAMENTO MECÂNICO

Deve ser verificado por meio de testes ou análises que o acoplamento entre componentes ou
subsistemas é suficientemente flexível para ser capaz de desconsiderar a interação entre os
componentes ou subsistemas dentro do intervalo das amplitudes máximas previstas. Este requisito
deve ser cumprido mostrando que:

(1) O acoplamento tem folga suficiente para acomodar deslocamentos iguais ou maiores do que a
soma dos deslocamentos relativos de cada um dos dois componentes em relação ao terreno. Se os
componentes não forem montados em uma base comum, isso deve ser levado em conta.

(2) As frequências naturais de componentes ou subsistemas não são significativamente afetadas pelo
acoplamento ou não.

3) As forças geradas pelo acoplamento como resultado dos movimentos relativos estão dentro da
capacidade resistente dos próprios acoplamentos e dos componentes ou subsistemas acoplados.
Esta capacidade pode ser verificada por um teste estático.

Se, ao realizar as verificações descritas acima, verificar-se que o acoplamento afeta significativamente
o comportamento conjunto dos componentes acoplados, uma análise modal espectral da montagem
deve ser realizada.
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09. TENSÕES PERMITIDAS

Em geral, a verificação sísmica de equipamentos mecânicos e elétricos, bem como o desenho sísmico
de suas estruturas de suporte, fixadores e ancoragens, devem ser realizadas seguindo o critério de
tensões admissíveis sem prejuízo de verificações para deslocamentos permitidos e outros critérios
aplicáveis a determinados equipamentos.

Para as combinações de carga nas quais a ação sísmica está incluída, as tensões admissíveis nos
materiais dúcteis dos membros e conexões estruturais podem ser até 33% maiores do que as tensões
permitidas pelo padrão acordado para estados de carga não eventual, mas não excedendo 80% da
tensão de trepidação.

Para materiais frágeis (porcelana, resinas, etc.) o estresse de tração admissível devido à dobra, em
condições sísmicas e cargas simultâneas, não deve exceder 55 daN/cm² a menos que o Contratante
justifique ao testar que o valor característico Rc é superior a 110 daN/cm². Neste último caso, as
tensões admissíveis não devem exceder 1/2 Rc, onde Rc é definido por Rc = R - 2 sr

onde R e sr estão, respectivamente, os valores da média e o desvio padrão do estresse de ruptura,


obtidos a partir dos resultados dos testes de ruptura por meio das fórmulas:

n
n

∑∑
2
R (R-R)

R=
eu

i=1
sr = n
i=1
eu

n -1

onde Ri são os valores das tensões de quebra observadas nos testes e n ≥ 3 é o número de isoladores
testados. Os elementos devem ser testados com seus acessórios normais de montagem, como flanges no
caso de isoladores.
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10. TESTES SÍSMICOS

10.01 Os equipamentos com frequência própria inferior a 30 Hz ou quando a verificação por testes na
tabela vibratória for especificada, devem ser submetidos às etapas de verificação indicadas na
cláusula 01.07.

Caso o equipamento seja fornecido com sua estrutura de suporte, os testes serão realizados no
conjunto de estrutura do equipamento.

Os testes sísmicos na tabela vibratória descritos nos pontos 10.03, 10.04 e 10.05 desta cláusula serão
realizados, independente e sucessivamente, de acordo com as duas direções horizontais
consideradas mais vulneráveis. Quando essas direções não forem conhecidas, os testes serão
realizados de acordo com dois eixos horizontais ortogonais arbitrariamente escolhidos.

De qualquer forma, as instruções de teste devem ter a aprovação prévia do Inspetor.

Se as características estruturais da montagem forem susceptíveis de mudar de acordo com diferentes


condições de funcionamento, como seria o caso de um polo desconectado em posições "abertas" ou
"fechadas", os testes devem ser realizados sob cada uma das condições de funcionamento possíveis e para
cada uma das duas direções de teste.

Devem ser registradas medidas para verificar alterações no estado (abertas fechadas) de elementos
como relés, conectores, interruptores.

10.02 Calibração dos medidores de tensão.

10.03 Teste de varredura de frequência exploratória com excitação sinusoidal horizontal que,
dependendo do equipamento, terá uma aceleração entre um décimo e um quinto da aceleração do
solo em uma faixa de 0,1 a 35 Hz com taxa de crescimento de frequência inferior a 0,6 out/min.

1 0.04 Teste de varredura de frequência com excitação sinusoidal horizontal em torno de cada
frequência de ressonância encontrada no ensaio exploratório anterior (cláusula 10.03) e com um
nível de aceleração de tabela 50% maior do que o utilizado no exame exploratório.
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10.05 Teste de frequência fixa com excitação sinusoidal horizontal na frequência de ressonância
principal obtida nos testes 10.03 e 10.04 com uma excitação na tabela vibratória igual ou inferior a
0,5 g, de modo a desenvolver no centro de gravidade da massa oscilante por um mínimo de 30
segundos uma aceleração igual à obtida do espectro de resposta da linha (Figura 1) para o modo em
questão e dependendo do amortecimento obtido nos testes 10.03 e 10.04 pelo método de largura
de banda. Se este método não der precisão suficiente, o amortecimento deve ser determinado a
partir de um teste de oscilação livre no formulário especificado na cláusula 11. O valor da aceleração
obtida conforme referido neste parágrafo será multiplicado por 1,5 se o equipamento for testado
sem sua estrutura de suporte.

Durante este teste, a mesa vibratória deve ser animada com uma aceleração sinusoidal vertical igual
a 0,3 g simultaneamente e independentemente da excitação horizontal.

Se, na opinião do Inspetor, não houver acoplamentos entre a frequência principal e as frequências de
ressonância mais altas, para cada uma dessas frequências será realizado um teste de espancamento
sinusoidal consistindo na aplicação de um trem de cinco batidas consistindo de cinco ciclos de
oscilação cada, separados um do outro por pausas longas o suficiente para tornar a interferência
entre os efeitos das sucessivas batidas insignificantes.

A maior aceleração da mesa vibratória durante cada batida será igual a 60% da aceleração do
projeto, na base do equipamento.

10.06 No caso de duas ou mais frequências de ressonância próximas que possam produzir
acoplamentos ou no caso de equipamentos complexos (SIG, bancos capacitoras, etc.) ou quando
estipulado nas Especificações Técnicas do respectivo equipamento, o teste de frequência fixa com
excitação sinusoidal pode ser complementado ou substituído, com a aprovação prévia do Inspetor
por um teste triaxial multifrequência com base na recomendação do IEC, cuja especificação básica é
a seguinte:
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a) teste deve ser feito excitando a tabela em 3 direções simultâneas e independentes. A menos que
seja estabelecido pelo Inspetor, as instruções de teste devem estar na direção dos 2 eixos

simetria principal contida no plano horizontal e verticalmente.

b) Os aceleregramas sintéticos devem ser gerados com uma resolução de 1/12 de uma oitava.

c) As acelerações máximas a serem obtidas durante o teste de qualificação devem ser:

0,5 K g em direções horizontais.


0,3 g na direção vertical.

Com K = 1,0 no caso de equipamentos testados com estrutura de suporte e K = 1,5 no caso de
equipamentos testados sem estrutura de suporte.

d) Os espectros de frequência de teste devem estar acima dos espectros de frequência necessários
para qualquer valor de frequência entre 0,5 e 35 Hz. Além disso, em equipamentos testados sem sua
estrutura de suporte, o espectro de frequência de teste deve ser igual a 1,5 vezes o espectro de
frequência necessário para a faixa de frequência entre 0,5 e 20 Hz.

e) A duração da parte forte do histograma deve ser de pelo menos 45 segundos.

Durante os testes dinâmicos, pelo menos devem ser registradas as acelerações verticais e horizontais
tanto da mesa vibratória quanto do equipamento em teste e as tensões nos pontos mais críticos do
equipamento. Para esses fins, o Contratante submeterá à aprovação do Inspetor uma proposta com
os instrumentos e pontos de medição 1 mês antes da realização dos testes.

10.07 Se a fábrica tiver um histórico experimental obtido a partir de testes idênticos aos das letras
10.01 a 10.06 acima em equipamentos similares cujas tensões nominais são iguais ou maiores do
que as deste fornecimento, o Inspetor-Chefe pode concordar em não fazer a determinação
experimental referida nas cláusulas 10.01 a 10.07.
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10.08 ANÁLISE DE VERIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS SÍSMICOS

Com os valores reais de acelerações e tensões mecânicas obtidos nos testes de 10,01 a 10,06, será
feito um recálculo da verificação analítica indicada na cláusula 01.05.

Os equipamentos serão considerados sismicamente qualificados se: (a) esta análise verificar o
cumprimento das cláusulas 02 e 03 sem exceder os limites especificados na cláusula 09 e (b) se os
testes de rotina estipulados nas cláusulas 01.07.01 e 01.07.03 não forem diferentes entre si, exceto
aqueles atribuíveis à precisão das medidas.

11. TESTES DE OSCILAÇÃO LIVRE

01. O equipamento de amortecimento não pôde ser precisamente determinado durante os testes
exploratórios das cláusulas 10.03 e 10.04 será submetido a um teste de oscilação livre que deve ser
realizado sob condições de armamento, tais como ser normalmente energizado e deve ser fixado de
forma rígida pelos meios previstos em seu projeto.

Uma força de tração horizontal equivalente a um terço do peso do elemento oscilante deve ser
aplicada em seu centro de gravidade e, em seguida, interrompida abruptamente, registrando as
oscilações correspondentes.

O registro das oscilações deve ser realizado por meio de sensibilidade e precisão suficientes para
determinar a diminuição da amplitude das oscilações, dependendo do tempo decorrido desde a
interrupção da tração. O fator amortecimento deve ser determinado de acordo com a fórmula:

Relação de amortecimento
=ln (y1/yn+1)
4. . +
222 n ln (y1/yn+1) π

onde y1= amplitude da primeira oscilação livre tomada para o cálculo.

yn+1 = amplitude da oscilação nth livre após n ciclos se passaram desde a primeira oscilação
tomado para cálculo (y1).

o Inspetor julgar necessário, ele pode indicar que o teste de oscilação livre é realizado
separadamente e independentemente para mais de uma direção de aplicação da força.
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12. QUALIFICAÇÃO LABORATORIAL

execução dos testes na mesa vibratória será realizada em laboratório especializado, que deverá ser
qualificado pelo Inspetor-Chefe.  O prazo necessário para a realização dessa qualificação deve ser entregue
pelo Contratante dentro de um prazo máximo de 60 dias após a assinatura do Contrato.

https://hrudnick.sitios.ing.uc.cl/alumno10/terremoto/index_archivos/Page632.htm

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