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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLÍNICA E ASSISTÊNCIA
SOCIAL
Tema:
TEORIA PSICANALÍTICA DE ERIK ERIKSON
Tema:
TEORIA PSICANALÍTICA DE ERIK ERIKSON
Discentes:
Edson Jorge Inácio
Índice
1. Introdução...........................................................................................................................1
.1.1. Objectivos.......................................................................................................................2
1.1.3. Metodologia.....................................................................................................................2
Identidade............................................................................................................................4
3. Conclusão.............................................................................................................................18
Referências Bibliográficas.......................................................................................................19
CAPITULO I: ASPECTOS INTRODUTORIOS
1. Introdução
Este presente trabalho de pesquisa consiste no estudo da teoria psicanalítica de Erik Erikson,
o presente trabalho com tem 3 capítulos dentre eles o primeiro encontramos a introdução os
objectivos a metodologia onde encontramos os Procedimentos que usamos para fazer o
trabalho, e a seguir temos o segundo capitulo onde encontramos a revisão da literatura. Por
fim temos o terceiro capitulo onde encontramos as considerações finais conclusão e as
referencias bibliográficas, no presente trabalho vamos observar que o crescimento
psicológico ocorre através de estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interação da
pessoa com o meio que a rodeia. Cada estágio é atravessado por uma crise psicossocial entre
uma vertente positiva e uma vertente negativa. As duas vertentes são necessárias, mas é
essencial que se sobreponha a positiva. A forma como cada crise é ultrapassada ao longo de
todos os estágios influenciará a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida. Esta
teoria concebe o desenvolvimento em 8 estágios, um dos quais se situa no período da
adolescência. Observamos que O foco fundamental de desenvolvimento são as relações
sociais e as propostas dos estágios psicossociais envolvem outras partes do ciclo vital, além
da infância, ampliando a proposta de Freud. Não existe uma negação da importância dos
estágios infantis (afinal, neles se dá todo um desenvolvimento psicológico e motor), mas
Erikson observa que o que construímos na infância em termos de personalidade não é
totalmente fixo e pode ser parcialmente modificado por experiências posteriores.
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.1.1. Objectivos
1.1.3. Metodologia
Para a materialização deste trabalho, o método usado foi o Bibliográfico, onde segundo Gil
(2008), é feito a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por
meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de websites. Qualquer
trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto.
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CAPITULO II: revisão da literatura
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O seu primeiro livro foi publicado em 1950 intitulado Childhood and Society. Este
livro tornou-se um clássico no campo da psicanálise. À medida que o seu trabalho com as
crianças continuava, ele desenvolveu o conceito de "crise de identidade". A crise de
identidade é um conflito inevitável que acompanha o crescimento de um sentido de
identidade. Formulou a teoria de desenvolvimento psicossocial em oito estádios, pelo que ele
é mais conhecido. Erik Erikson morreu em Harwich, Massachusetts em 1994. (Oliveira, 2005)
Identidade
Segundo Ladiny (S.d), Este pode ser considerado o conceito fundamental para
Erikson. Em 1968, ao lançar Identidade, juventude e crise, seu clássico trabalho sobre a
identidade, afirma que é “chegado o momento de proceder a uma melhor e final delimitação
do que é e do que não é identidade” .
Segundo ele, a identidade pode ser vista como uma imagem mental relativamente
estável da relação estabelecida entre o eu e o mundo social, nos vários contextos e momentos
do processo de desenvolvimento humano. Segundo Erik Erikson (1998) citado por Ladiny
(S.d). assim conceitua a identidade:“...uma configuração que, gradualmente, integra dados
constitucionais, necessidades libidinais idiossincráticas, capacidades preferidas,
identificações significativas, defesas efetivas, sublimações bem sucedidas e papéis
consistentes. Tudo isso, entretanto, só pode emergir de uma mútua adaptação de potenciais
individuais, visões de mundo tecnológicas e ideologias religiosas ou políticas”.
Observamos que Segundo a psicanálise, o ser humano tem necessidades psicológicas
que são diretamente associadas às funções vitais, indispensáveis para a manutenção da vida
do organismo. Elas são associadas à libido, energia psíquica que direciona o indivíduo na
busca de objetos que satisfaçam essas necessidades. Sublimação, segundo a psicanálise, é o
mecanismo de defesa que, sob a influência do Ego, canaliza os impulsos social e
pessoalmente constrangedores, ameaçadores à estabilidade do aparelho psíquico, para uma
postura socialmente útil e aceitável. Ladiny (S.d)
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julgam, em comparação com eles próprios e com a tipologia que é significativa para eles;
enquanto que ele julga a maneira pela qual eles o julgam, à luz do modo como se percebe a si
próprio em comparação com os demais e com os tipos que se tornaram importantes para ele.
Este processo é (...) em sua maior parte inconsciente.
Segundo Erikson (1976) citado por Ladiny (S.d), cada etapa da vida oferece-nos um
desafio característico, nomeado “crise normativa ou conflito nuclear”. Esses conflitos,
importantes para o desenvolvimento humano, são marcados por um evento significativo,
parcialmente resolvidos e relacionados a instituições sociais e a traços característicos da
personalidade na idade adulta. O uso do termo “normativa” esclarece o caráter de
normalidade e não de patologia que essas crises envolvem.
Para Ladiny (S.d). a expressão crise (do grego krisis – ato ou faculdade de distinguir,
escolher, dividir ou resolver) já não padece, em nossos dias, do significado de catástrofe
iminente, que em certo momento pareceu constituir um obstáculo à compreensão do termo.
Atualmente, aceita-se que a crise designa um ponto conjuntural necessário ao
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desenvolvimento, tanto do indivíduo como das instituições. A adolescência, por exemplo, é
uma crise vital, momento evolutivo assinalado por um processo normativo de organização
das estruturas do indivíduo. A identidade e a crise têm dimensão psíquica, mas também
social, fazendo parte natural do próprio desenvolvimento da pessoa. Se as crises normativas
não forem resolvidas nos estágios de desenvolvimento em que foram vivenciadas, no entanto,
as fases seguintes podem ser comprometidas. Se o conflito é resolvido de uma maneira
satisfatória, a qualidade positiva é constituída dentro do ego e pode-se verificar um
desenvolvimento subsequente, sadio. Mas se o conflito persiste ou é resolvido
insatisfatoriamente, o ego em desenvolvimento é prejudicado porque a qualidade negativa se
incorpora a ele.
As crises que modelam o desenvolvimento da identidade são sociais, porque essa
identidade cresce dentro da comunidade à qual o indivíduo pertence e depende durante toda a
vida do suporte de modelos sociais. Dependendo do grupo social, determinadas crises podem
ser acentuadas, ou podem não ser sequer perceptíveis.
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O termo e pigenético existe há mais de cem anos, mas só recentemente ganhou
definição mais precisa. É o campo da Biologia que estuda as interações causais entre os genes
e seus resultados, que são responsáveis pela produção do fenótipo. Um traço é epigenético se
resulta de uma predisposição genética que se revela sob influência ambiental. Trata-se do
estudo das características genéticas que não estão ligadas a alterações causadas na sequência
do DNA. (Ladiny, S.d).
Verissimo (2002), A ênfase de sua posição teórica está no estudo das relações do ego
com a organização social e sua principal premissa reside no fato de que a pessoa possui
capacidade para relacionar-se com seu ambiente de maneira equilibrada, no sentido de
assumir sua identidade em níveis cada vez mais sofisticados. A motivação básica do
desenvolvimento, para Erikson é inconsciente, embora consista em afirmar uma importância
mais acentuada no estudo dos processos de socialização. Segundo Erikson os fenômenos
psicológicos e as estruturas biológicas seguem um mesmo processo evolutivo, no sentido da
integração de uma identidade unificada. É o desenvolvimento do ego, que determina o estado
de convergência entre o organismo humano e o mundo; os comportamentos ajudam a criança
a sobreviver em seu mundo, ajudam o mundo a sobreviver nela.
Xavier & Nunes (2015), a firma que Erikson destacou a adolescência como etapa
fundamental no percurso do desenvolvimento humano. Para este teórico, o desenvolvimento
se dá em direção à formação da identidade através de diferentes estágios que ele denominou
de “oito idades do Homem”. Cada uma das idades está caracterizada, essencialmente, pela
resolução de uma importante “crise”, através da qual o indivíduo evolui buscando um
equilíbrio.
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Erikson descreve o desenvolvimento psicossocial em 8 estádios. Em cada estádio, o
sujeito depara-se com a realização de tarefas de desenvolvimento necessitando para a sua
resolução de efectuar uma nova síntese ou balanço dinâmico do eu em função do período de
crescimento físico /cognitivo em que se situa e das exigências da sociedade. Ou seja, ao
longo do desenvolvimento a sociedade vai colocando ao ego novas exigências implicando
que o indivíduo desenvolva capacidades para poder lidar com essas exigências. Cada estádio
envolve tarefas desenvolvimentais (de natureza psicossocial), referidas em dois termos
opostos - por isso são designadas de crises bipolares -e é um balanço que se deve alcançar.
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amor e não responde às suas necessidades, a criança pode desenvolver medos, receios,
sentimentos de desconfiança que poderão vir a reflectir-se nas relações futuras. Se a relação é
de segurança, a criança recebe amor e as suas necessidades são satisfeitas, a criança vai ter
melhor capacidade de adaptação às situações futuras, às pessoas e aos papéis socialmente
requeridos, ganhando assim confiança.
Virtude social desenvolvida: esperança.
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mecanismos de regulação de seus respectivos poderes. A ação de dar e receber, entre pais e
filhos, oferece ampla oportunidade aos primeiros para educar gradualmente a criança no
sentido e sua independência e poderá afirmar em sua personalidade o sentimento de
tolerância e segurança.
Virtude social desenvolvida: desejo.
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unidade psicológica, integrada e unificada: a criança começa a perceber diferenças sexuais
entre as pessoas do seu ambiente; estas diferenças, associadas aos desempenhos dos papéis
sociais, afetam tanto seus próprios sentimentos – impulso do id como a direção que ela deve
seguir em concordância com as expectativas sociais de seu ambiente. A criança agora
empreende um período de intensa aprendizagem e níveis psicomotor, atitudinal e cognitivo,
que, através de suas próprias limitações lhe abre grandes e futuras possibilidades.
Questão chave: serei bom ou mau?
Virtude social desenvolvida: propósito.
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2.4.5. O quinto estágio – identidade vs confusão de identidadeeditareditar código-fonte
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com os esportes, com a música, etc. Este jogo social inclui principalmente atitudes e papeis
de significado adulto, como conduta ocupacional, afetiva, entre outras.
Neste estágio a questão chave é: Quem sou eu?
Virtude social desenvolvida: fidelidade/Lealdade.
Vertente Positiva: Socialização.
Vertente negativa: O fanatismo.
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contrário, sentir-se-ão isolados. O amor e o trabalho, quando produtivos, estabelecem as
bases da confiança para que os jovens construam seu mundo de adultos e tracem suas
perspectivas. A tarefa essencial deste estágio é o estabelecimento de relações íntimas
(amorosas, e de amizade) duráveis com outras pessoas.
Questão chave deste estágio: Deverei partilhar a minha vida ou viverei sozinho?
Virtude social desenvolvida: amor.
A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não conseguem estabelecer
compromissos nem troca de afectos com intimidade.
Sentido de produção e cuidado – Idade: de 30-35 a 55-65 anos. (Adulto), Nesta fase
desenvolve-se o sentido de criação, justamente com o de paternidade do objeto criado. É
homem que cria e assume a criação com atitudes responsáveis. A criação de uma nova
unidade baseada na confiança e na intimidade mútua inclui a preparação de um lugar para
iniciar uma nova fase de desenvolvimento mediante a divisão do trabalho e da convivência. O
encontro conjugal sadio é a base que permite operacionalizar o cuidado com o
desenvolvimento de novas gerações.
A criação não tem só o sentido de “criar filhos”, mas também, de criar ideias que
devem se transformar em ações produtivas. Nesta fase do desenvolvimento adulto, o homem
age sobre o mundo para recriá-lo (filhos, ideias, ações) e para manter e transmitir o resultado
às novas gerações. Desta forma, o adulto sadio transmite às gerações que se seguem as
esperanças, as virtudes e a sabedoria que ele acumulou com sua experiência. A vida de cada
indivíduo implica num processo que identifica o amor por seus filhos (sentido universal da
paternidade responsável), por seu trabalho e por suas ideias. Sua vida, personalizada e
criadora, e sua comunidade precisam converter-se em uma unidade. Nem sempre, porém, o
indivíduo tem a oportunidade de realizar-se neste sentido produtivo de generatividade.
(Xavier & Nunes, 2015)
Estender a mão no sentido de que as novas gerações possam confiar na fidelidade do
cuidado oferecido traduz a principal tarefa da vida adulta. É caracterizado pela necessidade
em orientar a geração seguinte, em investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase
de afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. Há a possibilidade do sujeito ser
criativo e produtivo em várias áreas. Existe a preocupação com as gerações vindouras;
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produção de ideais; obras de arte; participação política e cultural; educação e criação dos
filhos.
Virtude social desenvolvida: cuidado do outro.
A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação nos compromissos sociais, à falta
de relações exteriores, à preocupação exclusiva com o seu bem estar, posse de bens
materiais e egoísmo.
Olhar para trás no tempo e constatar o que foi semeado e colhido, num balanço de
conquistas e derrotas, de lutas e frustrações e, ao mesmo tempo, olhar para frente e deparar-se
com o futuro inusitado, pode bem ilustrar o que acontece quando a idade avança no tempo da
senescência. A síntese do passado e do presente, na perspectiva do futuro, pode levar o
homem a desenvolver, de um lado, o sentido de integridade, dado na medida em que tenha se
identificado consigo e com o mundo, superado o isolamento e se tornando íntimo e
generativo; de outro lado, o sentido de desespero relacionado com a difusão de identidade, a
negação da intimidade e da experiência do amor.
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consequências. Desespero - Sentimento nutrido por aqueles que considerem a sua vida mal
sucedida, pouco produtiva e realizadora, que lamentem as oportunidades perdidas e sentem
ser já demasiado tarde para se reconciliarem consigo mesmo e corrigir os erros anteriores.
Em contraste, Erikson defendia que o ego é uma força positiva que cria uma
identidade pessoal, uma noção de “eu”. Como centro da personalidade, o ego ajuda as
pessoas a se adaptarem aos vários conflitos e crises da vida e evita que elas percam sua
individualidade para as forças niveladoras da sociedade. Durante a infância, o ego é fraco,
flexível e frágil; mas, na adolescência, ele começa a assumir forma e ganhar força. Durante
toda a nossa vida, ele unifica a personalidade e evita a fragmentação. Erikson via o ego como
uma agência organizadora parcialmente inconsciente que sintetiza nossas experiências
presentes com identidades pessoais passadas e também com as imagens esperadas do self. Ele
definiu o ego como a capacidade de uma pessoa de unificar experiências e ações de uma
maneira adaptativa (Oliveira, S.d).
Erikson (1968) identificou três aspectos inter-relacio- nados do ego: o ego corporal, o
ideal do ego e a identidade do ego. O ego corporal se refere a experiências com nosso corpo,
uma maneira de ver nosso self físico como diferente de outras pessoas. Podemos estar
satisfeitos ou insatisfeitos com a aparência e funcionamento do corpo, mas reconhecemos que
ele é o único corpo que temos. O ideal do ego representa a imagem que temos de nós mesmos
em comparação com um ideal estabelecido; ele é responsável por estarmos satisfeitos ou
insatisfeitos com nossa identidade integral. (Oliveira, S.d).
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A identidade do ego é a imagem que temos de nós mesmos na variedade de papéis
sociais que desempenhamos. Apesar de a adolescência ser, em geral, a época em que esses
três componentes estão mudando com rapidez, as alterações no ego corporal, no ideal do ego
e na identidade do ego podem ocorrer, e ocorrem, em qualquer estágio da vida.
Diferentes sociedades, com suas variações nas práticas de criação dos filhos, tendem a
moldar personalidades que se enquadram nas necessidades e nos valores de sua cultura. Por
exemplo, Erikson (1963) identificou que os cuidados prolongados e permissivos dos bebês da
nação Sioux (às vezes, por 4 ou 5 anos) resultaram no que Freud chamava de personalidades
“orais”, ou seja, as pessoas que obtêm grande prazer por meio das funções da boca. Os Sioux
atribuem grande valor à generosidade, e Erikson acreditava que o reconforto resultante da
amamentação ilimitada forma as bases para a virtude da generosidade (Oliveira, S.d).
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CAPITULO III: Considerações finais
3. Conclusão
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Referências Bibliográficaseditareditar código-fonte
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