O documento descreve as principais teorias antropológicas: 1) Evolucionismo, que propunha estágios de evolução social da selvageria à civilização; 2) Funcionalismo, que enfatiza a interconexão orgânica das partes de uma cultura; 3) Estruturalismo, que busca o conhecimento da realidade a partir da pesquisa de aspectos subjetivos do homem e seu grupo social.
O documento descreve as principais teorias antropológicas: 1) Evolucionismo, que propunha estágios de evolução social da selvageria à civilização; 2) Funcionalismo, que enfatiza a interconexão orgânica das partes de uma cultura; 3) Estruturalismo, que busca o conhecimento da realidade a partir da pesquisa de aspectos subjetivos do homem e seu grupo social.
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O documento descreve as principais teorias antropológicas: 1) Evolucionismo, que propunha estágios de evolução social da selvageria à civilização; 2) Funcionalismo, que enfatiza a interconexão orgânica das partes de uma cultura; 3) Estruturalismo, que busca o conhecimento da realidade a partir da pesquisa de aspectos subjetivos do homem e seu grupo social.
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O evolucionismo se manifestou na Antropologia Cultural e, inspirados na
Teoria da evolução de Darwin, os antropólogos afirmavam existir fases de evolução social, ou seja, da selvageria à civilização, passando pela barbárie. Lewis H. Morgan propôs essas três fases, onde a selvageria se dividia em: inferior-médio (pesca e domínio do fogo) e superior (com domínio de armas como arco e flecha). A barbárie, no nível inferior, se referia ao domínio da cerâmica, no nível médio, à conquista da agricultura e no nível superior, ao ferro. A civilização, por sua vez, se referia à povos que desenvolveram alfabeto fonético e possuíam registro literários. Os estudiosos utilizavam como parâmetro a sua civilização européia industrial e expansionista, desconsiderando a realidade histórica e social daqueles outros povos e definindo a sua sociedade européia como a etapa superior do desenvolvimento. Para que os antropólogos evolucionistas pudessem provar sua teoria, utilizavam muitas vezes como “evidência científica”, relatos de viajantes e missionários. O método utilizado era o comparativo e o topo de comparação eram suas próprias sociedades. O local de trabalho predominante desses antropólogos eram as bibliotecas e não o campo em si, como propõe a prática etnográfica, ficando assim conhecidos como “antropólogos de gabinete”. Os principais teóricos dessa corrente são: Edward B. Taylor (1832-1917), Lewis H. Morgan (1818-1881) e James Frazer (1854-1941). Para Morgan, a cultura humana é produto de uma evolução natural, sujeita à leis que regem as faculdades mentais. Funcionalismo
Os autores mais conhecidos da corrente do funcionalismo são Bronislaw
K. Malinowski (1884-1942) e Alfred R. Redcliffe-Brown (1881-1955). Este sistema parte do principio de que qualquer sociedade possui sua lógica de integração e é composta por partes interdependentes. Cada elemento contribui para a funcionalidade harmônica e para manutenção do corpo social. O funcionalismo enfatizava a interconexão orgânica de todas as partes de uma cultura pondo em primeiro plano a idéia de totalidade. Se define pela função de satisfazer suas necessidades de alimentação, defesa e habitação.
Para o real conhecimento destes povos, se torna necessário um método
de pesquisa que possa ser capaz de abranger todos os detalhes. Este método foi chamado de Observação Participante, que consiste na inclusão do observador na realidade em estudo, para assim, apreender as informações do seu objeto de estudo em questão, sem se deixar levar pelo etnocentrismo.
Estruturalismo
Surgiu no século XX uma outra corrente antropológica chamada
Estruturalismo, que visava corrigir as falhas encontradas no Funcionalismo. A origem do estruturalismo se deu através do estudo da linguagem por um pensador, Ferdinand de Saussure, que foi também o criador da ciência que estuda os signos em geral. Saussure dizia que os homens possuíam varias linguagens, como gestos, objetos, sons e palavras escritas. Desta forma, podemos entender o estruturalismo como uma teoria que procura o conhecimento da realidade a partir da pesquisa de aspectos subjetivos do homem e de seu grupo social. Um antropólogo que exerceu uma grande influência nessa corrente foi o belga Claude Lévi-Strauss. Lévi-Strauss realizou estudos no Brasil sobre os índios bororos e lecionou na USP. A idéia principal de sua teoria consiste em reconhecer a existência de uma estrutura social, onde através dessa estrutura, ocorrem relações entre elementos, grupos e instituições de uma sociedade. Estes componentes se relacionam de forma sistêmica, portanto, se houver modificação em qualquer elemento, toda a estrutura irá se modificar também. Portanto, para o estruturalismo, não há como uma sociedade tradicional se tornar uma sociedade complexa. Para os estruturalistas, o mais importante não é a mudança ou a transformação de uma realidade, mas a estrutura ou a forma que ela tem no presente.
Difusionismo
O movimento difusionista teve a sua origem na Europa, mais
concretamente na Alemanha e na Grã-Bretanha, e atravessou o oceano, tendo influenciado, ainda que de forma indireta, as idéias e os trabalhos dos antropólogos norte-americanos tais como Franz Boas e Kroeber. A escola britânica tem como principais teóricos Wilhelm Schmidt e Fritz Graebner. Por outro lado, a escola alemã teve como teóricos G. Elliot Smith e William J. Perry. A teoria difusionista sustenta que diversos povos receberam influências dos povos vizinhos e de diversos contatos estabelecidos ao longo da história. A maior parte das inovações sociais, técnicas, mitos, entre outros, se propagaram pelas migrações e pelos contatos estabelecidos entre tais povos. Se a semelhança entre dois ou mais traços culturais não é resultado da natureza, é resultado da difusão.
Antropologia Interpretativa
A hermenêutica ou antropologia interpretativa foi definida por Bleicher (1992)
como a teoria da interpretação dos sentidos. Para Schleiermacher, a hermenêutica é a arte da compreensão, que não visa ao saber teórico e sim ao saber prático: a práxis ou a técnica da boa interpretação de um texto falado ou escrito. A Antropologia Interpretativa ou também pós-moderna, inspira-se na tradição filosófica denominada hermenêutica, tendo em Geertz seu principal representante. Nesse novo estilo de se fazer antropologia, a autoridade do investigador é colocada em questão, o saber é negociado entre pesquisador e o nativo, num processo de confrontação de horizontes. A intersubjetividade, a individualidade e a historicidade passam a ser exercitadas pelo pesquisador. A descrição etnográfica na concepção de GEERTZ (1989, p.31) é interpretativa: “o que ela interpreta é o fluxo social e a interpretação envolvida consiste em tentar salvar o “dito” num tal discurso da sua possibilidade de extinguir-se e fixá-lo em formas pesquisáveis..”. Assim, a Antropologia chamada pós-moderna se preocupa muito mais com os fundamentos do que com as técnicas. Na ótica de Geertz não há uma receita para o diálogo na busca da compreensão de significados, comportamentos e ações do outro, o que para ele pressupõe um controle, rigor ou preocupação com a objetividade.