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SINTESE DA APOSTILA PARA ESTUDO


http://psicoativo.com/2016/01/mecanismos-de-defesa-o-guia-
essencial.html
PRIMEIRA TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DO
APARELHO PSÍQUICO

FREUD= 1900 ( livro A interpretação dos sonhos)=


Estrutura = 1ºFuncionamento da personalidade
Sua teoria= Três sistemas ou instâncias psíquicas (I P)

(IP) →1º Consciente


2º Pré-Consciente
3º Inconsciente
INSTÂNCIA PSIQUICA →(C,P,I) .=Primeiro passo
para entendermos a personalidade de cada pessoa

1ºOBS: Por muito tempo acreditou-se que a


mente humana era composta apenas pelo
consciente. Ou seja, o ser humano era pensado
enquanto um animal com plena capacidade de
administrar – de acordo com seu desejo e com as
regras sociais – as suas emoções e convicções. O ser
humano possui condições de perceber e controlar o
conteúdo de sua mente.
2ºOBS: consciente funciona de acordo com as
regras sociais, respeitando tempo e espaço. Isso
significa que é por meio dele que se dá a nossa
relação com o mundo externo
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Definições das três instâncias do aparelho psíquico


(IP):
1ºC → Recebe ao mesmo tempo as informações do
mundo exterior e as do mundo interior=Fenômeno da
percepção=Atenção, raciocínio. (C→Capacidade de
perceber e controlar o nosso conteúdo mental)
2ºP (pré-consciente)
P→(refere-se) sistema onde permanecem aqueles
conteúdos acessíveis à consciência (aquilo que não está
na consciência, neste momento, e no momento seguinte
pode estar).

1ºobs: P→esse nível mental pertence ao inconsciente.


Podemos pensar no pré-consciente como uma peneira que
fica entre o inconsciente e o consciente, filtrando as
informações que passarão de um nível ao outro

P→ peneira entre o I.c→ filtra as informações que


passarão de um nível ao outro

P→ chamado de “subconsciente”, mas é


importante destacar que Freud não utilizava
esse termo

. 2ºobs=P→ se refere àqueles conteúdos que


podem facilmente chegar ao consciente, mas
que lá não permanecem. São as informações
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sobre as quais não pensamos constantemente,


mas que são necessárias para que o consciente
realize suas funções. Exemplo:Nosso endereço,
o segundo nome, nome dos amigos, telefones, a
nossa comida preferida e acontecimentos
https://www.google.de/search?q=imagem+da+e
strutura+do+aparelho+psiquico?trackid=sp-006

3º I →Inconsciente= conjunto dos conteúdos


não presentes no campo atual da consciência regido por
leis próprias de funcionamento. Por exemplo, é
atemporal, não existem as noções de passado e presente.

1ºobs: É constituído por conteúdos reprimidos, que


não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente,
pela ação de censuras internas. Estes conteúdos podem
ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido
reprimido, isto é, ―foram‖ para o inconsciente, ou
podem ser genuinamente inconscientes.
SINTESE SOBRE A ESTRUTURA DO APARELHO
PSIQUICO ( Fenômenos Psiquícos)

Pré-consciente e o Inconsciente. (P e I) São níveis


mentais sobre os quais o indivíduo não tem controle ou

acesso. Consciete = c
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c→Representa todo o material mental acessível para


o indivíduo naquele momento.

Pré-consciente =P
P→Elo de ligação com o inconsciente . P contém
informações importantes para o nosso
cotidiano, as quais acessamos apenas
quando algo nos faz buscá-las
Consciente, pré-consciente e inconsciente
não são simplesmente parte da mente
humana, mas descrevem a condição e
função de nossos conteúdos psíquicos.
A DESCOBERTA DA SEXUALIDADE INFANTIL

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologi
a/freud-e-a-sexualidade-infantil/37887#

Investigação de Freud {pensamentos e desejos


reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual,
localizados nos primeiros anos de vida dos
indivíduos
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Descoberta de Freud→sexualidade colocada no


centro da vida psíquica→ -postulada a existência da
sexualidade infantil
Sexualidade infantil→- repercussões na sociedade
puritana da época→ concepção de que a criança era
inocente
Os principais aspectos da sexualidade pensada por Freud
• A função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o
nascimento, e não só a partir da puberdade como afirmavam as
idéias dominantes.

Ideia predominantes da época→ sexo estava associado,


exclusivamente, à reprodução.

• O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e


complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as funções de
reprodução e de obtenção do prazer podem estar associadas,
tanto no homem como na mulher.

• A libido, nas palavras de Freud, é ―a energia dos instintos


sexuais e só deles‖

Desenvolvimento psicossexual nos primeiros tempos de vida→ a


função sexual ligada à sobrevivência;

Prazer→ é encontrado no próprio corpo.

O corpo → é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão


localizadas em partes do corpo, e há um desenvolvimento
progressivo que levou Freud a postular as fases do
desenvolvimento sexual em:
6

https://youtu.be/A2eXvuBEBgk?list=PLllyz3kKBHNLYQtog9NOTg
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As cinco fases do desenvolvimento psicossexual segundo


Freud
a. fase oral (a zona de erotização é a boca),
b. fase anal (a zona de erotização é o ânus),
c. fase fálica (a zona de erotização é o órgão sexual);
d.Fase Latente (dos 6 anos até a puberdade)
e) Fase Genital ( começa na puberdade)-Aumento das
energias sexuais-ativa os conflitos não resolvidos dos
anos anteriores
Adolescentes -povoados de emoções e conflitos
Obs:Pensamento de Freud→- as fases previsíveis de
desenvolvimento na primeira infância, o comportamento
da criança é orientado para certas partes do seu corpo
Primeira Infância-Comportamento- a boca
(Amamentação), o ânus (Durante o treinamento do uso
do vaso sanitário).
Afirmação de Freud: o comportamento dos adultos
neuróticos eram manifestações da fantasia sexual na
infância e desejo.
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Crianças -prazer sexual de qualquer parte de seus corpos


e que a socialização direciona os impulsos libidinais
instintivos para a heterossexualidade adulta

Fases do desenvolvimento psicossexual


1-Fase oral ( Do nascimento até os 18 meses de
idade)
Local do prazer sexual-

Boca (prazer de se alimentar no seio da mãe), a tendência


em colocar objetos na boca.
O id é o que domina, nem o ego nem o super ego estão e
desenvolvidos.
A criança não tem personalidade (identidade), cada ação
é baseada em princípio do prazer.
2-Fase anal (de 1 e 3 anos)
a atenção da criança passa a se voltar para os
processos de eliminação.
Quando os pais começam o treinamento de usar o
vaso sanitário, a criança pode ganhar aprovação ou
expressar rebeldia ou agressão "segurando" ou
"liberando".
3-Fase fálica ( idade de 3 e 6 anos)
A criança sente interesse sexual pelo sexo oposto
Em homens, a atração leva ao Complexo de Édipo,
quando meninos sentem uma rivalidade com seu
pai pelo amor da mãe.
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4-Fase latente (dos 6 anos até a puberdade)


Neste período, o desenvolvimento psicossexual está
suspenso.
O estágio de latência é resultado em parte das tentativas
dos pais de punir ou desencorajar a atividade sexual em
seus filhos.
OBS: Caso a supressão parental tenha sucesso, as
crianças reprimirão seu impulso sexual, dirigindo sua
energia psíquica para a escola, as amizades e outras
atividades não sexuais.
5-Fase genital
O estágio genital começa na puberdade puberdade,
quando um aumento das energias sexuais ativa todos os
conflitos não resolvidos dos anos anteriores. Este
ressurgimento é a razão pela qual adolescência pode ser
povoada de emoções e e conflitos.

OBS:complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo


do menino, e o pai é o rival que impede seu acesso
ao objeto desejado. Ele procura então ser o pai para
―ter‖ a mãe, escolhendo-o como modelo de
comportamento, passando a internalizar as regras e
as normas sociais representadas e impostas pela
autoridade paterna. Posteriormente, por medo da
perda do amor do pai, ―desiste‖ da mãe, isto é, a
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mãe é ―trocada‖ pela riqueza do mundo social e


cultural, e o garoto pode, então, participar do
mundo social, pois tem suas regras básicas
internalizadas através da identificação com o pai.
Este processo também ocorre com as meninas,
sendo invertidas as figuras de desejo e de
identificação. Freud fala em Édipo feminino.
4 A SEGUNDA TEORIA DO APARELHO
PSÍQUICO

Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do


aparelho psíquico e introduz os conceitos de id, ego
e superego para referir-se aos três sistemas da
personalidade.
O id constitui o reservatório da energia psíquica, é
onde se ―localizam‖ as pulsões: a de vida e a de
morte. As características atribuídas ao sistema
inconsciente, na primeira teoria, são, nesta teoria,
atribuídas ao id. É regido pelo princípio do prazer.
O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre
as exigências do id, as exigências da realidade e as
―ordens‖ do superego. Procura ―dar conta‖ dos
interesses da pessoa. É regido pelo princípio da
realidade, que, com o princípio do prazer, rege o
funcionamento psíquico. É um regulador, na
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medida em que altera o princípio do prazer para


buscar a satisfação considerando as condições
objetivas da realidade. Neste sentido, a busca do
prazer pode ser substituída pelo evitamento do
desprazer. As funções básicas do ego são:
percepção, memória, sentimentos, pensamento.
O superego origina-se com o complexo de Édipo, a
partir da internalização das proibições, dos limites e
da autoridade. A moral, os ideais são funções do
superego. O conteúdo do superego refere-se a
exigências sociais e culturais.
Para compreender a constituição desta instância —
o superego — é necessário introduzir a ideia de
sentimento de culpa. Neste estado, o indivíduo
sente-se culpado por alguma coisa errada que fez —
o que parece óbvio — ou que não fez e desejou ter
feito, alguma coisa considerada má pelo ego, mas
não, necessariamente, perigosa ou prejudicial;
pode, pelo contrário, ter sido muito desejada. Por
que, então, é considerada má? Porque alguém
importante para ele, como o pai, por exemplo, pode
puni-lo por isso. E a principal punição é a perda do
amor e do cuidado desta figura de autoridade.
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Portanto, por medo dessa perda, deve-se evitar


fazer ou desejar fazer a coisa má; mas, o desejo
continua e, por isso, existe a culpa.
Uma mudança importante acontece quando esta
autoridade externa é internalizada pelo indivíduo.
Ninguém mais precisa lhe dizer ―não‖. É como se
ele ―ouvisse‖ esta proibição dentro de si. Agora,
não importa mais a ação para sentir-se culpado: o
pensamento, o desejo de fazer algo mau se
encarregam disso. E não há como esconder de si
mesmo esse desejo pelo proibido. Com isso, o mal-
estar instala-se definitivamente no interior do
indivíduo. A função de autoridade sobre o indivíduo
será realizada permanentemente pelo superego. É
importante lembrar aqui que, para a Psicanálise, o
sentimento de culpa origina-se na passagem pelo
Complexo de Édipo.
O ego e, posteriormente, o superego são
diferenciações do id, o que demonstra uma
interdependência entre esses três sistemas,
retirando a ideia de sistemas separados. O id refere-
se ao inconsciente, mas o ego e o superego têm,
também, aspectos ou ―partes‖ inconscientes.
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E importante considerar que estes sistemas não


existem enquanto uma estrutura vazia, mas são
sempre habitados pelo conjunto de experiências
pessoais e particulares de cada um, que se constitui
como sujeito em sua relação com o outro e em
determinadas circunstâncias sociais. Isto significa
que, para compreender alguém, é necessário
resgatar sua história pessoal, que está ligada à
história de seus grupos e da sociedade em que vive.
5 OS MECANISMOS DE DEFESA

A percepção de um acontecimento, do mundo


externo ou do mundo interno, pode ser algo muito
constrangedor, doloroso, desorganizador. Para
evitar este desprazer, a pessoa ―deforma‖ ou
suprime a realidade — deixa de registrar
percepções externas, afasta determinados
conteúdos psíquicos, interfere no pensamento.
São vários os mecanismos que o indivíduo pode
usar para realizar esta deformação da realidade,
chamados de mecanismos de defesa. São processos
realizados pelo ego e são inconscientes, isto é,
ocorrem independentemente da vontade do
indivíduo.
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Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego


exclui da consciência os conteúdos indesejáveis,
protegendo, desta forma, o aparelho psíquico. O
ego — uma instância a serviço da realidade externa
e sede dos processos defensivos — mobiliza estes
mecanismos, que suprimem ou dissimulam a
percepção do perigo interno, em função de perigos
reais ou imaginários localizados no mundo exterior.
Estes mecanismos são:
Recalque: o indivíduo ―não vê‖, ―não ouve‖ o que
ocorre. Existe a supressão de uma parte da
realidade. Este aspecto que não é percebido pelo
indivíduo faz parte de um todo e, ao ficar invisível,
altera, deforma o sentido do todo. E como se, ao ler
esta página, uma palavra ou uma das linhas não
estivesse impressa, e isto impedisse a compreensão
da frase ou desse outro sentido ao que está escrito.
Um exemplo é quando entendemos uma proibição
como permissão porque não ―ouvimos‖ o ―não‖.
O recalque, ao suprimir a percepção do que está
acontecendo, é o mais radical dos mecanismos de
defesa. Os demais referem-se a deformações da
realidade.
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Formação reativa: o ego procura afastar o desejo


que vai em determinada direção, e, para isto, o
indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo.
Um bom exemplo são as atitudes exageradas —
ternura excessiva, superproteção — que escondem
o seu oposto, no caso, um desejo agressivo intenso.
Aquilo que aparece (a atitude) visa esconder do
próprio indivíduo suas verdadeiras motivações (o
desejo), para preservá-lo de uma descoberta acerca
de si mesmo que poderia ser bastante dolorosa. É o
caso da mãe que superprotege o filho, do qual tem
muita raiva porque atribui a ele muitas de suas
dificuldades pessoais. Para muitas destas mães,
pode ser aterrador admitir essa agressividade em
relação ao filho.
Regressão: o indivíduo retorna a etapas anteriores
de seu desenvolvimento; é uma passagem para
modos de expressão mais primitivos. Um exemplo é
o da pessoa que enfrenta situações difíceis com
bastante ponderação e, ao ver uma barata, sobe na
mesa, aos berros. Com certeza, não é só a barata
que ela vê na barata.
Projeção: é uma confluência de distorções do
mundo externo e interno. O indivíduo localiza
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(projeta) algo de si no mundo externo e não


percebe aquilo que foi projetado como algo seu que
considera indesejável. É um mecanismo de uso
freqüente e observável na vida cotidiana. Um
exemplo é o jovem que critica os colegas por serem
extremamente competitivos e não se dá conta de
que também o é, às vezes até mais que os colegas.
Racionalização: o indivíduo constrói uma
argumentação intelectualmente convincente e
aceitável, que justifica os estados
“deformados” da consciência. Isto é uma defesa
que justificam as outras. Portanto, na
racionalização, o ego coloca a razão a serviço do
irracional e utiliza para isto o material fornecido
pela cultura, ou mesmo pelo saber científico. Dois
exemplos: o pudor excessivo (formação reativa),
justificado com argumentos morais; e as
justificativas ideológicas para os impulsos
destrutivos que eclodem na guerra, no preconceito
e na defesa da pena de morte.
Além destes mecanismos de defesa do ego, existem
outros: denegação, identificação, isolamento,
anulação retroativa, inversão e retorno sobre si
mesmo. Todos nós os utilizamos em nossa vida
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cotidiana, isto é, deformamos a realidade para nos


defender de perigos internos ou externos, reais ou
imaginários. O uso destes mecanismos não é, em si,
patológico, contudo distorce a realidade, e só o seu
desvendamento pode nos fazer superar essa falsa
consciência, ou melhor, ver a realidade como ela é.
AQUI

6 OS CASAMENTOS DA PSICANÁLISE COM A EDUCAÇÃO

Oskar Pfister, nascido na Suíça, em 1873, foi um


pastor protestante que encontrou na Psicanálise
um instrumento auxiliar na educação de jovens em
sua paróquia que dirigia em Zurique.
Para Oskar Pfister a Pedagogia Analítica era uma
pedagogia que poderia descobrir as "inibições
prejudiciais ocasionadas pelas forças psíquicas
inconscientes", para poder reduzi-las e dominá-las,
submetendo-as à "vontade da personalidade
moral".
No pensamento de Pfister, duas orientações são
bastante claras: o educador deve funcionar como
analista, ao mesmo tempo em que deve lembrar-se
de perseguir um fim moral.
17

A Psicanálise até hoje nunca se casou


verdadeiramente com a Educação. Na verdade,
Psicanálise tem comparecido aos encontros
marcados na condição de mestre, de transmissor de
verdades sobre a criança que ela julga serem
desconhecidas pela Educação.
“ Sonho Frudiano, que era de colocar a
Psicánalise a serviço de todos,acabou de
fazer de análise,paradoxalmente,pelo
viés institucional,um instrumento de
dominação e de seleção”.
Catherine Millot dedicou-se ao estudo das relações
entre a Psicanálise propondo-se a responder a três
questões:
1. Pode haver uma educação analítica no sentido de
a educação ter uma perspectiva profilática em
relação às neuroses?
2. Pode haver uma educação analítica no sentido de
visar aos mesmos fins de um tratamento
psicanalítico?
3. Poder haver uma educação psicanalítica que se
inspire no método psicanalítico e o transponha para
a relação pedagógica?
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Psicanálise e Educação é a aplicação de teorias


psicanalíticas na escola, não como método para
substituir os já existentes, mas como instrumento
de auxílio na solução dos problemas da prática
educacional.

6.1 Psicanálise E Desenvolvimento Infantil Na


Aprendizagem

"Nenhuma das aplicações da


psicanálise excitou tanto interesse e
despertou tantas esperanças (...)
quanto seu emprego na teoria e na
prática da educação" (Freud, 1925)
A psicanálise é constituída de duas partes: As
teorias sobre o funcionamento humano em termos
psicológicos, e as técnicas de tratamento. Da
mesma forma que a anatomia e a fisiologia,
conhecimentos fundamentais, dão uma base sólida
a todas aquelas especialidades acima mencionadas,
o conhecimento psicanalítico também fornece
fundamentos para uma série de atividades, tais
como a educação, a psicologia (individual e social),
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agora a psicopedagoga, etc. Vamos demonstrar as


relações entre psicanálise e educação, possíveis
elementos que ultrapassem a psicologização dos
problemas educacionais essencialmente de origem
social, política e econômica. Entretanto, não se
descarta o aspecto frutífero desta relação, que
pode ser a utilização da hermenêutica psicanalítica
aliada à crítica dialética da cultura. Ao nos
apropriamos de uma leitura frankfurtiana do
pensamento de Freud, procuramos mostrar a
importância da psicanálise para a reflexão sobre a
produção do conhecimento, sobre a relação
professor-aluno e para a denúncia de posturas
pedagógicas meramente adaptativas e não
emancipa tórias. Se a ambiguidade da formação
cultural, e, em sentido estrito, da educação, não
pode ser eliminada simplesmente com um
esclarecimento terminológico, é tarefa de a Teoria
Crítica contrapor os conceitos à realidade. Portanto,
formação cultural é a negação do que vivenciamos
até então: sem formação socializada (Halbbildung)
possível de ser apreendida na educação por meio
de parâmetros pedagógicos que não têm
aprofundado sua reflexão sobre a cultura e a teoria
do conhecimento, sobre a democratização do
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ensino, a indústria cultural e os processos


inconscientes existentes na relação escola-
sociedade.
6.2 Teorias Da Aprendizagem

Encontramos um número bastante grande de


teorias da aprendizagem. Essas teorias poderiam
ser genericamente reunidas em duas categorias: as
teorias do condicionamento e as teorias
cognitivistas.
No primeiro grupo, estão as teorias que definem a
aprendizagem pelas suas conseqüências
comportamentais e enfatizam as condições
ambientais como forças propulsoras da
aprendizagem.
Aprendizagem é a conexão entre o estímulo e a
resposta. Completada a aprendizagem, estímulo e
resposta estão de tal modo unido, que o
aparecimento do estímulo evoca a resposta
No segundo grupo estão as teorias que definem a
aprendizagem como um processo de relação do
sujeito com o mundo externo e que tem
conseqüências no plano da organização interna do
conhecimento (organização cognitiva). A concepção
21

de Ausubel, apresentada no livro Aprendizagem


significativa — a teoria de David Ausubel, de
Moreira e Masini, que se enquadra neste grupo, diz
que a aprendizagem é um elemento que provém de
uma comunicação com o mundo e se acumula sob a
forma de uma riqueza de conteúdos cognitivos. É o
processo de organização de informações e
integração do material pela estrutura cognitiva.
O indivíduo adquire, assim, um número crescente
de novas ações como forma de inserção em seu
meio.
6.3 Controvérsias Básicas Entre Estas
Concepções

De maneira geral, poderíamos apontar três


controvérsias. A primeira refere-se à questão do
que é aprendido e como.
Para os teóricos do condicionamento, aprendemos
hábitos, isto é, aprendemos a associação entre um
estímulo e uma resposta e aprendemos praticando;
para os cognitivistas, aprendemos a relação entre
ideias (conceitos) e aprendemos abstraindo de
nossa experiência.
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A segunda controvérsia refere-se à questão do que


mantém o comportamento que foi aprendido.
Para os teóricos do condicionamento, o
comportamento é mantido pelo sequenciamento
de respostas. Explicando melhor: uma resposta é,
na realidade, um conjunto de respostas. Quando
falamos no comportamento de abrir uma porta, é
fácil perceber que ele é composto de diversas
respostas intermediárias: pegar a chave na posição
certa para que entre na fechadura, encaixá-la na
fechadura, virar corretamente e abaixar então a
maçaneta. São essas diversas respostas que,
reforçadas (bem-sucedidas), preparam a etapa
seguinte e mantêm a cadeia de respostas até que o
objetivo do comportamento seja atingido.
Para os cognitivistas, o que mantém um
comportamento são os processos cerebrais
centrais, tais como a atenção e a memória, que são
integradores dos comportamentos.
A terceira controvérsia refere-se à maneira como
solucionamos uma nova situação-problema
(transferência da aprendizagem).
23

Para os teóricos do condicionamento, evocamos


hábitos passados apropriados para o novo
problema e respondemos, quer de acordo com os
elementos que o problema novo tem em comum
com outros já aprendidos, quer de acordo com
aspectos da nova situação, que são semelhantes à
situação já encontrada. Por exemplo, quando a
criança aprende a dar laço nos sapatos, saberá dar
laço em presentes, no vestido ou na fita do cabelo.
/www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/a-estrutura-da-personalidade-
estabelecida-por-freud/49942

MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
As cinco fases do desenvolvimento psicossexual
segundo Freud
As cinco Fases do desenvolvimento psicossexual segundo
Freud
a. fase oral (a zona de erotização é a boca),
b. fase anal (a zona de erotização é o ânus),
c. fase fálica (a zona de erotização é o órgão sexual);
d.Fase Latente (dos 6 anos até a puberdade)
e) Fase Genital ( começa na puberdade)-Aumento das
energias sexuais-ativa os conflitos não resolvidos dos
anos anteriores
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Adolescentes -povoados de emoções e conflitos


Obs:Pensamento de Freud→- as fases previsíveis de
desenvolvimento na primeira infância
O comportamento→ a boca (Prazer na amamentação);
O ânus (Durante o treinamento do uso do vaso sanitário).
Afirmação de Freud: o comportamento dos adultos
neuróticos eram manifestações da fantasia sexual na
infância e desejo.
Crianças→-prazer sexual de qualquer parte de seus
corpos e que a socialização direciona os impulsos
libidinais instintivos para a heterossexualidade adulta.

Fases do desenvolvimento psicossexual


1-Fase oral ( Do nascimento até os 18 meses de
idade)
Local do prazer sexual-→Boca (prazer de se
alimentar no seio da mãe), a tendência em colocar
objetos na boca.
O id é o que domina, nem o ego nem o super ego estão
desenvolvidos.
A criança não tem personalidade (identidade), cada ação
é baseada em princípio do prazer.
2-Fase anal (de 1 e 3 anos) (Atenção voltada para o
processo de eliminação. (a zona de erotização é o
ânus),
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Aprovação ou rejeição no treinamento para usar o


vaso sanitário..
Expressar rebeldia ou agressão "segurando" ou
"liberando".
3-Fase fálica ( idade de 3 e 6 anos)→ (a zona de
erotização é o órgão sexual);

Interesse sexual pelo sexo oposto→ Em homens, a


atração leva ao Complexo de Édipo, quando
meninos sentem uma rivalidade com seu pai pelo
amor da mãe.
4-Fase Latência (dos 6 anos até a puberdade)→
→ Desenvolvimento psicossexual está suspenso.
Tentativas dos pais de punir ou desencorajar a atividade
sexual em seus filhos.
Característica deslocamento da libido da sexualidade para
atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a
gastar sua energia em atividades sociais e escolares.
5-Fase genital →(começa na puberdade) Período da
adolescência →Retomada dos impulsos sexuais, o adolescente
passa a buscar, em pessoas fora de seu grupo familiar, um objeto
de amor.

Energias sexuais ativa todos os conflitos não resolvidos


nos anos anteriores →Povoação das emoções e conflitos
na adolescência
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É um período de mudanças da fase infantil para aos


poucos assumirem a identidade adulta
5 OS MECANISMOS DE DEFESA

Mecanismo de defesa é uma denominação dada por


Freud para as manifestações do Ego diante das exigências
das outras instâncias psíquicas (Id e Superego),
Os mecanismos de defesa são ações psicológicas que
buscam reduzir as manifestações iminentemente perigosas
ao Ego.

Defesa é a operação pela qual o ego exclui da


consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo,
desta forma, o aparelho psíquico. (FREUD)
As Três Instâncias da vida psíquica segundo
Freud
1→ID = (O ID é o Complexo de Édipo. inconsciente
formado por instintos e impulsos orgânicos e desejos
inconscientes, (ou pulsões) que são regidas pelo Princípio
do Prazer e são de natureza sexual.
2. → SUPEREGO = inconsciente. Instância repressora do
ID e do EGO, proveniente tanto das proibições culturais e
sociais interiorizadas "( Proibição inconsciente dos afetos)
dominar o perigoso desejo de agressão do indivíduo.
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. → SUPEREGO Domina o perigoso desejo de agressão


do indivíduo. Inibe a agressividade humana propiciando
o sentimento de culpa.
3. → EGO = consciência submetida aos desejos do ID e
repressão do SUPEREGO. Obedece ao Princípio da
Realidade. Vive sob angústia constante pois busca um
equilíbrio entre os desejo do ID e a repressão do
SUPEREGO, busca satisfazer ao mesmo tempo o ID e o
SUPEREGO. Quando o conflito é muito grande e o EGO
não consegue satisfazer o ID este é rejeitado
determinando o processo chamado repressão. Mas o que
foi reprimido não permanece no inconsciente e reaparece
então sob a forma de sintomas.

Mecanismos de defesa segundo Freud


Cada mecanismo de defesa tem uma forma específica de
funcionamento, vamos conhecer alguns deles brevemente:
Compensação
Mecanismo de defesa: tentativa do indivíduo de equilibrar
suas qualidades e deficiências,
Exemplo, uma pessoa que não tem boas notas e se consola
por ser bonita.

Deslocamento
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Mecanismo de deslocamento: está ligado a uma troca, no


sentido de que a representação muda de lugar, e é
representada por outra. O todo é tomado pela parte.
Exemplo: alguém que teve um problema com um
advogado e passa, então, a rejeitar todos esses
profissionais, ou ainda, num sonho, quando uma pessoa
aparece, mas, na verdade está representando outra pessoa.
Expiação: →(É o mecanismo psíquico de cobrança). O sujeito se vê
cobrado a pagar pelos seus erros no exato momento em que os
comete, com esperança na crença de que o erro será imediatamente ou
magicamente anulado.

Fantasia→ o indivíduo protagoniza uma história diferente


daquela que vive na realidade, onde seus desejos não
podem ser satisfeitos.

Exemplos: os sonhos diurnos, ou fantasias conscientes, as


fantasias inconscientes, que são decorrentes de algum
recalque e as chamadas fantasias originárias.
.Formação Reativa: →É um mecanismo caracterizado pela
aderência a um pensamento contrário àquele que foi, de alguma
forma, recalcado

Exemplo, uma pessoa com comportamentos homofônicos,


que na verdade, sente-se atraído por pessoas do mesmo
sexo.
Identificação→É o mecanismo baseado na assimilação de
características de outros, que se transformam em modelos para o
individuo.
Esse mecanismo é a base da constituição da personalidade
humana.
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Exemplo: o momento em que as crianças assimilam


características parentais, para posteriormente poderem se
diferenciar.

Isolamento→É o mecanismo em que um


pensamento ou comportamento é isolado dos
demais, de forma que fica desconectado de outros
pensamentos.

Negação→É a defesa que se baseia em negar a dor,


ou outras sensações de desprazer.
Exemplo o comportamento de crianças de “mentir”,
negando ações que realizaram e que gerariam
castigos.
Projeção: →É o deslocamento de um impulso
interno para o exterior, ou do indivíduo para outro.
Os conteúdos projetados são sempre desconhecidos
da pessoa que projeta,
Exemplo uma mulher que se sente atraída por outra
mulher, mas projeta esse sentimento no marido,
gerando a desconfiança de que será traída, ou seja,
de que a atração é sentida pelo marido.
Regressão→É o processo de retorno a uma fase
anterior do desenvolvimento, onde as satisfações
eram mais imediatas, ou o desprazer era menor.
Um exemplo é o comportamento de crianças que, na
dificuldade em seus relacionamentos com outras
crianças, retornam, por exemplo, a fase oral e
retomam o uso de chupetas, ou ainda, comem
excessivamente.
30

Recalque: O recalque, ao suprimir a percepção do


que está acontecendo, é o mais radical dos
mecanismos de defesa. Os demais referem-se a
deformações da realidade.
Racionalização: o indivíduo constrói uma
argumentação intelectualmente convincente e
aceitável, que justifica os estados “deformados” da
consciência. Isto é uma defesa que justificam as
outras.
O uso destes mecanismos distorce a realidade, e só
o seu desvendamento pode nos fazer superar essa
falsa consciência, ou melhor, ver a realidade como
ela é.
6 OS CASAMENTOS DA PSICANÁLISE COM A
EDUCAÇÃO
Oskar Pfister,→ pastor e pedagogo nascido na
Suíça, em 1873.
Pensamento →a Pedagogia Analítica era uma
pedagogia que poderia descobrir as "inibições
prejudiciais ocasionadas pelas forças psíquicas
inconscientes", para poder reduzi-las e dominá-las,
submetendo-as à "vontade da personalidade
moral".
31

MÉTODOS ANALÍTICOS {Palavração.sentenciação,


contos e historietas.}

↓→Palavração:a palavra é apresentada


ao aluno acompanhado da imagem, porém é
dirigida aos. A palavra é composta e decomposta.

Sentenciação
↓→ vizualiza e memoriza as palavras para
formar novas palavras.
Contos e historietas
↓→, É um método que leva a criança
entender que ler é descobrir o que está escrito. E
também decompor pequenas histórias em partes
cada vez menores.
Método que analisa o todo (palavra).-Inicia-se com
palavras frases ou contos.
Pensamento de Pfister,
↓→O Educador deve funcionar como analista, ao
mesmo tempo em que deve lembrar-se de
perseguir um fim moral.
32

OBS:A Psicanálise até hoje nunca se casou


verdadeiramente com a Educação. Na verdade,
Psicanálise tem comparecido aos encontros
marcados na condição de mestre, de transmissor de
verdades sobre a criança que ela julga serem
desconhecidas pela Educação.
Sonho Freudiano
↓→ Colocar a psicanálise a serviço de todos
Catherine Millot

↓→ Dedicou-se ao estudo das relações entre a


Psicanálise propondo-se a responder a três
questões:
↓→ 1. Pode haver uma educação analítica no
sentido de a educação ter uma perspectiva
profilática em relação às neuroses?
2. Pode haver uma educação analítica no sentido de
visar aos mesmos fins de um tratamento
psicanalítico?
3. Poder haver uma educação psicanalítica que se
inspire no método psicanalítico e o transponha para
a relação pedagógica?
Propósito da Psicanálise na Educação
33

↓→Instrumento de auxílio na solução dos


problemas da prática
educacional, é aplicação de teorias psicanalíticas na
escola(não pretende substituir o método já
existente)
6.1 Psicanálise E Desenvolvimento Infantil Na
Aprendizagem
"Nenhuma das aplicações da
psicanálise excitou tanto interesse e despertou
tantas esperanças (...) quanto seu emprego na
teoria e na prática da educação" (Freud, 1925)
A psicanálise é constituída de duas partes:
1-As teorias sobre o funcionamento humano em
termos psicológicos
2- As técnicas de tratamento.
Conhecimento psicanalítico fornece fundamentos
para uma série de atividades, tais como a educação,
a psicologia (individual e social)
34

6.2 Teorias Da Aprendizagem


Categorias mais importantes: { Teorias do
condicionamento e cognitivistas }
Teorias do condicionamento e cognitivistas
↓→ Aprendizagem é a conexão entre o estímulo e
a resposta. Completada a aprendizagem, estímulo e
resposta estão de tal modo unido, que o aparecimento do
estímulo evoca a resposta

Teorias cognitivistas
↓→A aprendizagem definida como um processo
de relação do sujeito com o mundo externo e que
tem conseqüências no plano da organização interna
do conhecimento (organização cognitiva)
Obs: A teorias de David Ausubel, Moreira e Masini
se enquadra neste grupo.
Afirmação dos educadores David Ausubel, Moreira
e Masini
↓→ A aprendizagem é um elemento que provém
de uma comunicação com o mundo e se acumula
sob a forma de uma riqueza de conteúdos
cognitivos.
35

1º Controvérsias Básicas Entre Estas Concepções (O que


é aprendido e como prendemos
Para os teóricos do condicionamento:
↓→aprendemos hábitos, praticando ( a associação
entre um estímulo e uma resposta)
Para os cognitivistas:
↓→ aprendemos a relação entre ideias (conceitos)
e aprendemos abstraindo de nossa experiência.
2º controvérsia refere-se à questão do que mantém
o comportamento que foi aprendido.
Os teóricos do condicionamento:
↓→ o comportamento é mantido pelo
sequenciamento de um conjunto de respostas.
Exemplo: comportamento de abrir uma porta. (
diversas respostas intermediarias: pegar a chave na
posição certa para que entre na fechadura, encaixá-
la na fechadura, virar corretamente e abaixar então
a maçaneta).
36

Essas diversas respostas que, reforçadas (bem-


sucedidas), preparam a etapa seguinte e mantêm a
cadeia de respostas até que o objetivo do
comportamento seja atingido.
Para os teóricos cognitivistas:
↓→ o que mantém um comportamento são os processos
cerebrais centrais, tais como a atenção e a memória, que
são integradores dos comportamentos.
3º Controvérsia refere-se à maneira como solucionamos
uma nova situação-problema (transferência da
aprendizagem).

Para os teóricos do condicionamento:


↓→Evocamos hábitos passados apropriados para o
novo problema e respondemos conforme a situação
apresentada
Exemplo, quando a criança aprende a dar laço nos
sapatos, saberá dar laço em presentes, no vestido
ou na fita do cabelo.
7 A TEORIA COGNTIVISTA DA APRENDIZAGEM
7.1 Cognição
37

Conceito de cognição
↓→ É o ato ou processo da aquisição do
conhecimento que se dá através da percepção, da
atenção, associação, memória, raciocínio, juízo,
imaginação, pensamento e linguagem. A palavra
Cognição tem origem nos escritos de Platão e
Aristóteles.
O cognitivismo está, pois, preocupado com o
processo de compreensão, transformação,
armazenamento e utilização das informações, no
plano da cognição.
7.2 Aprendizagem
É uma modificação do comportamento do indivíduo
em função da experiência. A aprendizagem escolar
se distingue pelo caráter sistemático e intencional e
pela organização das atividades (estímulos) que a
desencadeiam, atividades que se inserem em um
quadro de finalidades e exigências determinadas
pela instituição escolar.
38

Tipos de aprendizagem
A. Aprendizagem mecânica — refere-se à
aprendizagem de novas informações com pouca ou
nenhuma associação com conceitos já existentes na
estrutura cognitiva.
B. Aprendizagem significativa — processa-se
quando um novo conteúdo (idéias ou informações)
relaciona-se com conceitos relevantes, claros e
disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assim
assimilado por ela.
A noção de aprendizagem apresentada pelos
cognitivistas servirá de ponto de ancoragem para o
conteúdo que se seguirá
7.3 Os Pontos De Ancoragem
↓→ formados com a incorporação, à estrutura
cognitiva, de elementos (informações ou ideias)
relevantes para a aquisição de novos
conhecimentos
Exemplo:
Crianças pequenas → contato com
sementinhas, (plantadas num canteiro, surgem
como folhinhas);
39

Contato com animais (Animais geram novos


animais); contato com as pedras e a areia da rua.
Objetivo desses contatos:
Fazer com as crianças tenham condições
cognitivas de perceber as diferenças entre os seres
vivos — vegetais e animais — e seres inanimados. A
partir da aquisição destas noções básicas, as
crianças estarão aptas a aprender outros conteúdos
Onde fica então o ponto de ancoragem?
Nas noções de seres vivos e não-vivos. São os
pontos de ancoragem para outros conhecimentos
7.4 Motivação
O estudo da motivação considera três tipos de
variáveis:
1. O ambiente: (oferece o objeto de satisfação que
estimula o organismo. Ex: o interesse pela leitura de
um livro)
2. As forças internas ao indivíduo (necessidade,
desejo, vontade, interesse, impulso, instinto);
3. O objeto que atrai o indivíduo (fonte de
satisfação da força interna que o mobiliza).
40

Na motivação está incluído→ o objeto que


aparece como a possibilidade de satisfação da
necessidade.
Montagem da cadeia de motivação

→Ambiente→organismo→interesse→necessidade
→— objeto de satisfação. Está montada a cadeia da
motivação.
Motivação→Relação entre →necessidade,
ambiente e objeto, e que predispõe o organismo
para a ação em busca da satisfação da necessidade.
E, quando esse objeto não é encontrado, falamos
em frustração.
8 ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Há quatro aspectos básicos

• Aspecto físico-motor→ refere-se ao crescimento
orgânico, à maturação neurofisiológica, à
capacidade de manipulação de objetos e de
exercício do próprio corpo. Exemplo: a criança leva
a Chupeta à boca ou consegue tomar a mamadeira
41

sozinha, por volta dos 7 meses, porque já coordena


os movimentos das mãos.
• Aspecto intelectual → é a capacidade de
pensamento, raciocínio. Por exemplo, a criança de 2
anos que usa um cabo de vassoura para puxar um
brinquedo que está embaixo de um móvel ou o
jovem que planeja seus gastos a partir de sua
mesada ou salário.
• Aspecto afetivo-emocional — é o modo particular
de o indivíduo integrar as suas experiências. É o
sentir. A sexualidade faz parte desse aspecto.
Exemplos: a vergonha que sentimos em algumas
situações, o medo em outras, a alegria de rever um
amigo querido.
• Aspecto social — é a maneira como o indivíduo
reage diante das situações que envolvem outras
pessoas. Por exemplo, em um grupo de crianças, no
parque, é possível observar algumas que
espontaneamente buscam outras para brincar, e
algumas que permanecem sozinhas.
A Psicanálise, por exemplo, estuda o
desenvolvimento a partir do aspecto afetivo-
emocional, isto é, do desenvolvimento da
42

sexualidade. Jean Piaget enfatiza o


desenvolvimento intelectual.
Exemplo, uma criança tem dificuldades de
aprendizagem, repete o ano, vai-se tornando cada
vez mais ―tímida‖ ou ―agressiva‖, com poucos
amigos e, um dia, descobre-se que as dificuldades
tinham origem em uma deficiência auditiva.
Quando isso é corrigido, todo o quadro reverte- se.
Todas as teorias do desenvolvimento humano
partem do pressuposto de que esses quatro
aspectos são indissociados, mas elas podem
enfatizar aspectos
8.1 A Teoria Do Desenvolvimento Humano De Jean
Piaget (1896-1980)
Psicólogo e filósofo suíço que passou a maior parte
de sua carreira se dedicando a compreender o
raciocínio das crianças, inclusive de seus filhos,
descobrindo que os processos de pensamento delas
possuem uma lógica própria, totalmente diferente
dos adultos.
43

Jean Piaget e os períodos do desenvolvimento


humano
• 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos- repetição
e imitação).
• 2° período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
• 3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12
anos)
• 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em
diante)
Segundo Piaget, cada período é caracterizado por
aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer
nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam
por essas fases ou períodos.
A divisão nessas faixas etárias é uma referência, e
não uma norma rígida.
Período Sensório-Motor (o recém-nascido de 0 a 2
anos)
O bebê assimila mentalmente o meio em que vive
sem construção de pensamento, ele apenas define
esquemas de ação por meio da repetição e
imitação.
44

Período– Pré-operatório:(2 a 7 anos) ( Iteligência


simbólica)
Neste estágio, a criança possui uma inteligência
simbólica e assimila suas ações por imagem,
chegando a confundir aparência com realidade.
Centralização no próprio eu e sentimento de posse
e egocentrismo.
A fase dos “por quês”, em que tudo precisa ter uma
explicação.
3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12
anos)
Nesta etapa, a criança é capaz de fazer análises
lógicas, não age apenas por observação imagética e
começa a atingir um nível cognitivo mais elevado,
desenvolvendo habilidades de empatia,
concentração, responsabilidade, organização,
colaboração, respeito mútuo relacionamento
interpessoal
4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em
diante) .Neste período, a criança conquista, através
da percepção e dos movimentos, todo o universo
que a cerca.
45

Em nível de pensamento, a criança consegue:


A. estabelecer corretamente as relações de causa e
efeito e de meio e fim;
B. sequenciar ideias ou eventos;
c. trabalhar com ideias sob dois pontos de vista,
simultaneamente;
D. formar o conceito de número (no início do
período, sua noção de número está vinculada a uma
correspondência com o objeto concreto).
A noção de conservação da substância do objeto
(comprimento e quantidade) surge no início do
período; por volta dos 9 anos a noção de
conservação de peso; e, ao final do período, a
noção de conservação do volume.
No aspecto afetivo,
Aparecimento da vontade como qualidade A
criança adquire uma autonomia crescente em
relação ao adulto, passando a organizar seus
próprios valores morais, que são o respeito mútuo,
a honestidade, o companheirismo e a justiça
46

Exemplo, se a criança quebra o vaso da mãe, ela


acha que não deve ser punida se isto ocorreu
acidentalmente.
O grupo de colegas satisfaz, progressivamente, as
necessidades de segurança e afeto.
As crianças escolhem seus amigos, indistintamente,
entre meninos e meninas, sendo que, no final do
período, a grupalização com o sexo oposto diminui.
Este fortalecimento do grupo traz a seguinte
implicação: A criança, que no início do período
ainda considerava bastante as opiniões e ideias dos
adultos, no final passa a ―enfrentá-los‖.
8.1.4 Período Das Operações Formais (a adolescência —
11 ou 12 anos em diante)

Passagem do pensamento concreto para o


pensamento formal, abstrato, isto é, o adolescente
realiza as operações no plano das ideias, sem
necessitar de manipulação ou referências
concretas. É capaz de lidar com conceitos como
liberdade, justiça etc.
Cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre
aspectos que gostaria de reformular.
47

Capacidade de reflexão espontânea que, cada vez


mais descolada do real, é capaz de tirar conclusões
de puras hipóteses.
O livre exercício da reflexão permite ao
adolescente, submeter‖ o mundo real aos sistemas
e teorias que o seu pensamento é capaz de criar.
Do ponto de vista de suas relações sociais
ocorre o processo de caracterizar-se, inicialmente,
por uma fase de interiorização, em que,
aparentemente, é anti-social.
Afastam-se da família, não aceita conselhos dos
adultos; mas, na realidade, o alvo de sua reflexão é
a sociedade, sempre analisada como passível de ser
reformada e transformada.
Posteriormente, atinge o equilíbrio entre
pensamento e realidade, quando compreende a
importância da reflexão para a sua ação sobre o
mundo real
No aspecto afetivo
O adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do
adulto, mas ainda depende dele. Deseja ser aceito
pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é
48

um importante referencial para o jovem,


determinando o vocabulário, as vestimentas e
outros aspectos de seu comportamento. Começa a
estabelecer sua moral individual, que é referenciada
à moral do grupo.
8.1.5 Juventude: Projeto De Vida
Conforme Piaget, a personalidade começa a se
formar no final da infância, entre 8 e 12 anos, com a
organização autônoma das regras, dos valores, a
afirmação da vontade.
Esse projeto é que vai nortear o indivíduo em sua
adaptação ativa à realidade, que ocorre através de
sua inserção no mundo do trabalho.
Ocorre um equilíbrio entre o real e os ideais do
indivíduo, isto é, de revolucionário no plano das
ideias, ele se torna transformador, no plano da
ação.
Na idade adulta não surge nenhuma nova estrutura
mental, o indivíduo caminha para um aumento
gradual do desenvolvimento cognitivo, em
profundidade, e uma maior compreensão dos
problemas e das realidades significativas que o
atingem.
49

9 O ENFOQUE INTERACIONISTA DO DESENVOLVIMENTO


HUMANO: VIGOTSKI

Vygotsky nasceu em 1896 na Bielorrússia


Nasceu no mesmo ano que Piaget (coincidência?!),
morreu de tuberculose em 1934, antes de
completar 38 anos.
Foi o primeiro psicólogo moderno a sugerir os
mecanismos pelos quais a cultura se torna parte da
natureza de cada pessoa ao insistir que as funções
psicológicas são um produto de actividade cerebral.
A Propostas teóricas inovadoras de Vygotsky está
relacionado com:
Pensamento
Linguagem
A Natureza do processo de desenvolvimento da
criança
Vygotsky enfatizava o processo histórico-social e o
papel da linguagem no desenvolvimento do
indivíduo. A sua questão central é a aquisição de
conhecimentos pela interacção do sujeito com o
meio.
Para Vygotsky, o sujeito é interativo, pois adquire
conhecimentos a partir de relações intra e
50

interpessoais e de troca com o meio, a partir de um


processo denominado mediação.
Vygotsky acredita que as características individuais
de cada ser humano, e até mesmo suas atitudes
individuais, estão impregnadas de trocas com o
coletivo, ou seja, mesmo o que tomamos por mais
individual de um ser humano foi construído a partir
da sua relação com os outros indivíduos na
sociedade.
Não podemos pensar que a criança se vai
desenvolver com o tempo, pois esta não tem, por si
só, instrumentos para percorrer sozinha o caminho
do desenvolvimento, que dependerá das suas
aprendizagens mediante as experiências a que foi
exposta.

Para Vygotsky a Zona de Desenvolvimento Proximal


(ZDP), é a distância entre o nível de
desenvolvimento real da criança, determinado pela
sua capacidade de resolver problemas de forma
independente, e o seu nível de desenvolvimento
proximal, demarcado pela capacidade de solucionar
problemas com a ajuda de um parceiro mais
experiente.
51

São as aprendizagens que ocorrem na ZDP que


fazem com que a criança se desenvolva ainda mais,
conseguindo superar-se.
É no âmago das interações no interior do coletivo,
das relações com o outro, que a criança terá
condições de construir as suas próprias estruturas
psicológicas.
A interação entre desenvolvimento e
aprendizagem se dá da seguinte maneira:
Num contexto cultural, capacidade para interagir
com os outros, o indivíduo desenvolve-se movido
por mecanismos de aprendizagem provocados por
mediadores.
Pensamento e Linguagem:
A função inicial da linguagem ( função social)é a
comunicação, expressão e compreensão. Essa
função comunicativa está estreitamente combinada
com o pensamento.
52

Para Vygotsky, a aquisição da linguagem passa por


três fases:
A linguagem social:tem por função denominar e
comunicar
Linguagem egocêntrica
Linguagem interior, intimamente ligada ao
pensamento.
A linguagem egocêntrica
A progressão da fala social para a fala interna, ou
seja, o processamento de perguntas e respostas
dentro de nós mesmos. Representa a transição da
função comunicativa para a função intelectual.
Nesta transição, surge a chamada fala egocêntrica.
Trata-se da fala que a criança emite para si mesma,
em voz baixa, enquanto está concentrada nalguma
atividade.
A fala egocêntrica constitui uma linguagem para a
pessoa mesma, e não uma linguagem social, com
funções de comunicação e integração. Esse “falar
sozinho” é essencial porque ajuda a organizar
melhor as ideias e a planejar melhor as ações.
53

– a fase da fala egocêntrica – é marcado pela


curiosidade da criança pelas palavras, por perguntas
acerca de todas as coisas novas (“o que é isso?”) e
pelo enriquecimento do vocabulário.

O declínio da vocalização egocêntrica é sinal de que


a criança progressivamente se abstrai do som,
adquirindo capacidade de “pensar as palavras”, sem
precisar de dizê-las. Aí está a entrar na fase do
discurso interior.
Discurso interior e pensamento
É uma fase posterior em relação à fala
egocêntrica. É quando as palavras passam a ser
pensadas sem que necessariamente sejam faladas.
É um pensamento expresso em palavras.
Pensamento
tem por função criar conexões e resolver
problemas, o que não é, necessariamente, feito
com palavras. É algo feito de idéias, que muitas
vezes nem conseguimos verbalizar, ou demoramos
ainda um tempo para encontrar as palavras certas
para exprimir um pensamento.
54

O pensamento não se reflete na palavra; realiza-se


nela, a medida em que é a linguagem que permite a
transmissão do seu pensamento às outras pessoas.
O pensamento não é o último plano analisável da
linguagem.
10 A VISÃO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O desenvolvimento infantil é visto a partir de três
aspectos: instrumental,
Cultural
Histórico.
O aspecto instrumental refere-se à natureza
basicamente mediadora das funções psicológicas
complexas. Não apenas respondemos aos estímulos
apresentados no ambiente, mas os alteramos e
usamos suas modificações como um instrumento
de nosso comportamento. Exemplo disso é o
costume popular de amarrar um barbante no dedo
para lembrar algo
O aspecto cultural- Envolve os meios socialmente
estruturados pelos quais a sociedade organiza os
tipos de tarefa que a criança em crescimento
enfrenta, e os tipos de instrumento, tanto mentais
55

como físicos, de que a criança pequena dispõe para


dominar aquelas tarefas. Um dos instrumentos
básicos criados pela humanidade é a linguagem.
O aspecto histórico,
Instrumentos que o homem usa, para dominar seu
ambiente e seu próprio comportamento, foram
criados e modificados ao longo da história social da
civilização.
Os instrumentos culturais expandiram os poderes
do homem e estruturaram seu pensamento.se não
tivéssemos desenvolvido a linguagem escrita e a
aritmética, por exemplo, não possuiríamos hoje a
organização dos processos superiores que
possuímos. Por esse prisma é que Vigotski estudou
o desenvolvimento infantil.
As crianças, desde o nascimento, estão em
constante interação com os adultos, que
ativamente procuram incorporá-las a suas relações
e a sua cultura.
É através da mediação dos adultos que os processos
psicológicos mais complexos tomam forma.
Inicialmente, esses processos são interpsíquicos
(partilhados entre pessoas), isto é, só podem
56

funcionar durante a interação das crianças com os


adultos. À medida que a criança cresce, os
processos acabam por ser executados dentro das
próprias crianças — intrapsíquicos.
Vygotsky e o desenvolvimento da fala
inicialmente, os aspectos motores e verbais do
comportamento estão misturados.
Inicialmente a fala acompanha as ações e,
posteriormente, dirige, determina e domina o curso
da ação, com sua função planejadora.
Elementos referenciais da fala
A conversação orientada pelo objeto
As expressões emocionais e outros tipos de fala
social.
Como a criança está cercada por adultos na família,
a fala começa a adquirir traços demonstrativos, e
ela começa a indicar o que está fazendo e de que
está precisando. Após algum tempo, a criança,
fazendo distinções para os outros com o auxílio da
fala, começa a fazer distinções para si mesma. E a
fala vai deixando de ser um meio para dirigir o
57

comportamento dos outros e vai adquirindo a


função de autodireção.
Inicialmente a fala acompanha as ações e,
posteriormente, dirige, determina e domina o curso
da ação, com sua função planejadora.
Para Vygotsky, as funções psicológicas emergem e
se consolidam no plano da ação entre pessoas e
tornam-se internalizadas, isto é, transformam-se
para constituir o funcionamento interno.
Plano interno
Não é a reprodução do plano externo, pois
ocorrem transformações ao longo do processo de
internalização.
Plano intrapsíquico.
Considera as relações sociais como constitutivas
das funções psicológicas do homem. Essa visão de
Vygotsky deu o caráter interacionista à sua teoria.
O plano interno, para Vigotski, não preexiste, mas é
constituído pelo processo de internalização,
fundado nas ações, nas interações sociais e na
linguagem.
58

11 VIGOTSKI E PIAGET
A) QUANTO AO PAPEL DOS FATORES INTERNOS E
EXTERNOS NO DESENVOLVIMENTO

Piaget privilegia a maturação biológica;


Vygotsky, postula que o desenvolvimento segue
uma seqüência fixa e universal de estágios.
Vygotsky, ao salientar o ambiente social em que a
criança nasceu, reconhece que, em se variando esse
ambiente, o desenvolvimento também variará.
Neste sentido, não se pode aceitar uma visão única,
universal, de desenvolvimento humano.
B) QUANTO À CONSTRUÇÃO REAL

Piaget acredita que os conhecimentos são


elaborados espontaneamente pela criança, de
acordo com o estágio de desenvolvimento em que
esta se encontra. A visão particular e peculiar
(egocêntrica) que as crianças mantêm sobre o
mundo vai, progressivamente, aproximando-se da
concepção dos adultos: torna-se socializada,
objetiva.
59

Vygotsky discorda
Em seu entender a criança já nasce num mundo
social e, desde o nascimento, vai formando uma
visão desse mundo através da interação com
adultos ou crianças mais experientes.
A construção do real é, então, mediada pelo
interpessoal antes de ser internalizada pela criança.
Desta forma, procede-se do social para o
individual, ao longo do desenvolvimento.
C) QUANTO AO PAPEL DA APRENDIZAGEM
Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se
ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre
ele,minimiza o papel da interação social.
Vygotsky,
O desenvolvimento e aprendizagem são processos
que se influenciam reciprocamente, de modo que,
quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.
D) QUANTO AO PAPEL DA LINGUAGEM NO DESENVOLVIMENTO
E Á RELAÇÃO ENTRE LINGUAGEM E PENSAMENTO
60

Piaget
A formação do pensamento depende, basicamente,
da coordenação dos esquemas sensorimotores e
não da linguagem.Esta só pode ocorrer depois que a
criança já alcançou um determinado nível de
habilidades mentais, subordinando-se, pois, aos
processos de pensamento.
Vygotsky,
O pensamento e linguagem são processos
interdependentes, desde o início da vida. A
aquisição da linguagem pela criança modifica suas
funções mental superiores: ela dá uma forma
definida ao pensamento, possibilita o aparecimento
da imaginação, o uso da memória e o planejamento
da ação.
Neste sentido, a linguagem, diferentemente
daquilo que Piaget postula, sistematiza a
experiência direta das crianças e por isso adquire
uma função central no desenvolvimento cognitivo,
reorganizando os processos que nele estão em
andamento.
61

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