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Belo Horizonte
2022
CAROLINE GUIRADO GUEDES
DANIELLE ALVES FERREIRA
GABRIELA PRATES ASSUNÇÃO
GUSTAVO HENRIQUE BROILO CAMPOS
JULIA EDUARDA DA SILVA SANTOS
Belo Horizonte
2022
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SUMÁRIO
Adicione títulos (Formatar > Estilos de parágrafo) e eles serão exibidos no seu sumário.
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INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
TRANSFERÊNCIA
O tratamento se deu pela via da transferência, em que Freud parece ter ocupado o
lugar do pai do paciente. Em alguns trechos do caso, Freud relata que o paciente
dirigia-lhe insultos, mas ao mesmo tempo dizia que não entendia como ele não
reagia e não o mandava embora. Nesses momentos, o paciente também temia que
o terapeuta lhe desse uma bofetada. A reação agradável e paciente de Freud
causava-lhe estranhamento, pois não era isso que ele esperaria de uma figura de
autoridade. Nesses momentos de transgressão, ele deparou-se com a possibilidade
de separar o pai real da Lei (autoridade, poder).
● O paciente estava atormentado pelo seu próprio juramento e, certa vez,
chamou Freud de capitão, um indício da transferência.
● emergiu uma fantasia de transferência: ele vira uma moça na escada do
consultório do analista e supôs ser filha dele, emergindo a ideia de que Freud
desejava tornar-se sogro do paciente.
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Informações extras do Dicionário Roudinesco:
- Para Jules Falret (1824-1902), o sujeito é assediado por idéias patológicas e por
uma culpa que o persegue e o obceca a ponto de fazer dele um morto vivo.
- Para Richard von Krafft-Ebing*, o sujeito se obriga a agir e a pensar contra sua
vontade.
É como uma invasão por uma sujeira moral que o obriga a se tornar seu próprio
inquisidor; como uma religião; é a consciência culpada; é o prazer ativo (masculino),
vivido como pecado.
- Entre 1907 e 1926, Freud transformou sua concepção da neurose obsessiva. Na
história do Homem dos Ratos, é o erotismo anal que domina a organização sexual
do obsessivo, e essa analidade acha-se igualmente presente, assinala Freud, nas
“práticas religiosas”. Constatando a analogia entre a religião (cujos rituais são
portadores de um sentido) e o cerimonial da obsessão (onde esses mesmos rituais
correspondem apenas a uma significação neurótica), ele passou a caracterizar a
neurose como uma religião individual e a religião como uma obsessão universal.
Todavia, a obsessão deveria ser igualmente relacionada a uma regressão da vida
sexual a um estádio* anal, tendo por corolário um sentimento de ódio que é
característico da própria constituição do sujeito humano. Isso porque, segundo
Freud, é o ódio, antes do amor, que estrutura o conjunto das relações entre os
homens, obrigando-os a se defenderem dele através da elaboração de uma moral.
(pg553).