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BIOTECNOLÓGICAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
MANAUS-AM
2023
Brenda Thaissa Barros Cantisani
Rosa Maria Almeida Gama
Thais Karoline Azevedo da Silva
MANAUS-AM
2023
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INTRODUÇÃO
O estudo do caso clínico do "Homem dos Ratos", conduzido por Sigmund
Freud, é um dos pilares fundamentais da psicanálise e uma referência crucial para
compreender a neurose obsessiva. Ao explorar minuciosamente a história desse
paciente, Freud apresenta um mergulho profundo da psique humana, revelando os
intricados processos mentais subjacentes à neurose obsessiva.
O paciente, identificado como "Homem dos Ratos", fornece um contexto
fascinante para investigar as origens, manifestações e mecanismos psíquicos dessa
condição, permitindo uma análise cuidadosa dos sintomas obsessivos e das
ansiedades que os permeiam.
Esta análise visa aprofundar não apenas o caso do "Homem dos Ratos", mas
também oferecer uma compreensão abrangente do conceito de neurose na ótica da
psicanálise. A neurose, dentro desse arcabouço teórico, é conceituada como um
distúrbio mental que se manifesta através de sintomas ansiosos, compulsões,
obsessões e intrincados mecanismos de defesa, todos reflexos de conflitos
intrapsíquicos.
Explorando o caso clínico do "Homem dos Ratos", serão examinados em
detalhes os principais pontos que perpassam essa narrativa. Inicialmente, nos
voltaremos para o momento de eclosão dos sintomas, buscando compreender a
gênese e a progressão da neurose obsessiva, destacando os eventos e contextos
desencadeantes que contribuíram para o surgimento desses sintomas intrusivos.
Além disso, abordaremos a experiência específica que motivou o paciente a
buscar tratamento, uma peça crucial na compreensão da jornada do indivíduo rumo
à análise e ao enfrentamento dos sintomas obsessivos.
A relação ambivalente estabelecida com o pai do paciente também será
minuciosamente examinada, pois é um elemento essencial na compreensão da
psicodinâmica subjacente à neurose. Esse relacionamento não apenas evidencia
conflitos latentes, mas também revela padrões de comportamento e emoções
reprimidas que desempenham papel fundamental na gênese e perpetuação da
neurose obsessiva.
Por fim, para uma compreensão mais abrangente, abordaremos as estruturas
gerais da neurose obsessiva, examinando como esses mecanismos psíquicos se
manifestam de maneira mais ampla, não apenas no caso específico do "Homem dos
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Ratos", mas também em outros contextos clínicos. Esse enfoque nos permitirá
enriquecer a compreensão das estruturas mentais subjacentes à neurose obsessiva
e suas manifestações peculiares na psique humana.
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disso, embora haja temas ligados a casos comuns de neurose, esse possuía a sua
particularidade inerente. O argumento imaginário responsável pela procura da
análise aconteceu graças a uma narração de tortura feita com ratos. Prisioneiros,
segundo a narração, tinham ratos inseridos em seus retos como forma de tortura.
Com uma mente fragilizada, o paciente acabou interligando esse episódio com um
medo pessoal de represália.
O grande medo obsessivo: o grande medo obsessivo do paciente é
relacionado a ratos. O paciente tem medo de ratos e tem ideias obsessivas sobre
eles, como a ideia de que um rato poderia entrar em sua cama e mordê-lo. Ele
também tem medo de que os ratos possam causar doenças e morte. Essas ideias
obsessivas são tão intensas que o paciente chega a ter comportamentos
compulsivos, como verificar repetidamente se as portas e janelas estão fechadas
para evitar a entrada de ratos.
A sexualidade infantil: O paciente relata que a masturbação na infância era
uma atividade frequente e que era a principal maneira de aliviar seus impulsos
obsessivos. A sexualidade infantil do paciente foi marcada por inibições e repressão,
como a proibição de ver nuas pessoas do sexo feminino e a sensação de culpa por
seus pensamentos e ações.
A neurose obsessiva é caracterizada por um conflito entre instintos e normas,
levando a comportamentos compulsivos e ideias obsessivas como punição para os
pecados e transgressões, incluindo os relacionados à sexualidade infantil conforme
o trecho abaixo:
“Já com seis anos eu sofria de ereções, e lembro
que certa vez fui à minha mãe e queixei-me disso.
Tive que superar alguma hesitação para falar
sobre o assunto, pois suspeitava que aquilo tinha
relação com minhas ideias e minha curiosidade, e
durante algum tempo, naquela época, abriguei a
ideia doentia de que meus pais sabiam de meus
pensamentos, e a explicação que dava a mim
mesmo é que os havia falado sem ouvi-los. Vejo aí
o começo de minha doença. Havia pessoas,
garotas, que me agradavam muito, e que eu
desejava ardentemente ver nuas. Mas com esses
desejos eu tinha uma sensação inquietante de que
algo aconteceria, se eu pensasse tais coisas, e eu
devia fazer tudo para evitá-lo. ” (Freud, “O
HOMEM DOS RATOS”, 1909, p.15)
Em uma das primeiras sessões, ele pediu para ser livrado de suas ideias
obsessivas. Freud menciona que, durante o tratamento, o paciente contou
detalhadamente a história clínica de seu pai, que morreu de enfisema há nove anos.
Portanto, a introdução à compreensão do tratamento no caso clínico envolve a
compreensão da técnica psicanalítica correta, a identificação das ideias obsessivas
do paciente e a exploração de sua história clínica e pessoal.
Interpretações de Freud: O trecho abaixo descreve a relação entre uma
ideia obsessiva e a vida do paciente. Ele relata um episódio em que o paciente,
enquanto estudava para um exame a fim de se unir à sua amada, foi acometido pela
saudade dela e começou a pensar no motivo de sua ausência. Nesse momento,
surge nele um sentimento de raiva em relação à avó da amada, que estava doente,
e esse sentimento é seguido por um desejo de autopunição. Freud sugere que esse
processo, que vai da raiva à autopunição, ocorre de forma inversa na consciência do
paciente, acompanhado por um forte afeto, e também argumenta que essa
explicação não parece forçada ou baseada em muitos elementos hipotéticos.
“Ele perdeu algumas semanas de estudo por
causa da ausência de sua dama, que viajara a fim
de cuidar da avó doente. Enquanto estava imerso
no estudo, ocorreu-lhe: “Pode-se admitir a ordem
de fazer os exames do semestre na primeira
oportunidade. Mas se viesse a ordem de cortar a
garganta com a navalha? ”. De imediato percebeu
que esta ordem já fora dada, correu para o
armário, a fim de pegar a navalha, e então lhe
ocorreu: “Não, não é tão simples. Você deve ir lá e
matar a velha”. Então caiu no chão, horrorizado. ”
(Freud, “O HOMEM DOS RATOS”, 1909, p.34)
Esse conflito foi resolvido pelo paciente adoecendo, ou seja, ele subtraiu-se,
mediante a enfermidade, à tarefa de resolvê-lo na realidade. A principal
consequência da enfermidade foi uma teimosa incapacidade para o trabalho, que o
fez adiar por anos a conclusão dos estudos. Mas na verdade, o resultado da doença
já estava na intenção dela; o que parece ser consequência é, na realidade, a causa,
o motivo do adoecimento, pois a neurose obsessiva é um distúrbio associado a
tensões psicológicas, caracterizado pela presença de pensamentos obsessivos que
desencadeiam comportamentos compulsivos.
COMEÇO DAS IDEIAS OBSESSIVAS DO PACIENTE EM QUESTÃO
Conforme o que o paciente relata no livro, suas ideias obsessivas iniciaram
ainda em sua infância, por volta dos seus seis ou sete anos de idade, pois ele tinha
desejos inquietantes de ver garotas nuas, mas sentia que algo aconteceria se
pensasse tais coisas, e devia fazer tudo para evitá-lo, mesmo isso ainda não tendo o
caráter obsessivo porque o Ego dele ainda não era algo separado, já havia uma
oposição a esse desejo, pois ele relatou o aparecimento de sentimentos dolorosos
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um castigo particularmente horrível praticado no Oriente, algo que ele já havia lido
sobre...
Ao relatar isso pra Freud o paciente pediu para parar e pediu para pular
alguns detalhes, porém Freud explicou que ultrapassar barreiras seria vital no
tratamento, uma necessidade que não poderia ser evitada. Freud também já havia
introduzido o conceito de "resistência" no início da sessão, quando o paciente havia
mencionado suas dificuldades internas para compartilhar aquela experiência. Porém,
ele prometeu fazer o possível para interpretar o significado completo de qualquer
insinuação.
Freud perguntou do paciente se ele se referia à prática da empalação? Ele
respondeu, — Não, não é isso, o condenado é amarrado — (ele se expressou de
forma tão confusa que inicialmente Freud não compreendeu a posição). Ele
continua, —, um recipiente é colocado sobre sua parte traseira, cheio de ratos que
— nesse momento ele se levantou novamente, demonstrando horror e resistência e
conclui, — perfuravam... O ânus.
Ao narrar tudo isso nos momentos cruciais de sua história, uma expressão
facial singular se mostrou, era perceptível a mistura de horror e um prazer até então
desconhecido. Mesmo apresentando dificuldade, ele continuou: "Naquele momento,
estremeci ao pensar que isso acontecia com alguém próximo a mim". Freud o
indagou diretamente, ele afirmou não ser o executor do castigo, pois isso era
realizado de forma impessoal. Freud refletiu e percebeu que o "pensamento" estava
relacionado à mulher que ele amava.
Após isso, ele interrompeu a narrativa de Freud para assegurar que tais
pensamentos lhe eram estranhos e desagradáveis. Porém junto com o pensamento,
havia também a "punição", ou seja, a ação defensiva que ele tomava para evitar que
a fantasia se concretizasse. Quando o capitão mencionara aquele castigo terrível e
essas ideias surgiram novamente, ele conseguiu se defender usando suas
expressões habituais, utilizando um "mas" acompanhado por um gesto de recuo com
a mão, e a frase "Que coisa me vem à cabeça!".
Esse momento gera uma confusão para o leitor, uma vez que, até então,
conhecia-se apenas uma ideia: a de que o castigo dos ratos seria executado na
mulher. Contudo, ele revelou que, ao mesmo tempo, surgiu outra ideia, a de que a
punição também afetava ao seu pai. Quando ele considerava o fato de seu pai já ser
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falecido há bastante tempo, compreendia que esse temor obsessivo era ainda mais
irracional que o primeiro. Ainda assim, ele tentou evitar confessar essa ideia por um
tempo.
Continuando a narrativa do evento que o fez procurar Freud, ele contou que
na noite seguinte, o capitão entregou a ele um pacote que havia chegado pelo
correio, dizendo: "O primeiro-tenente A. pagou o reembolso; você deve devolver o
dinheiro a ele". No pacote estava o par de óculos que havia sido encomendado por
telegrama. Nesse momento, ele relatou sentir uma "sanção": que dizia através dos
seus pensamentos que a ideia de não devolver o dinheiro, caso contrário a fantasia
dos ratos se concretizaria com seu pai e a mulher. Nesse momento, ele ordenou-se
para combater essa sanção: "Você precisa pagar as 3,80 coroas ao primeiro-tenente
A.", murmurava para si mesmo.
Então dois dias depois, os exercícios militares terminaram. O paciente passou
esse tempo tentando devolver a pequena quantia ao primeiro-tenente A., mas
encontrou dificuldades que pareciam objetivas. Inicialmente, tentou fazer o
pagamento por meio de outro oficial que ia até a agência dos correios, porém deu
errado, ainda assim ele sentiu alívio quando o dinheiro foi devolvido, pois a única
maneira de cumprir o juramento não correspondia ao sentido literal, que era “Você
tem que pagar o dinheiro ao primeiro-tenente A.”
Mais tarde, ele encontrou o oficial que procurava, mas esse se recusou a
aceitar o dinheiro, afirmando que não tinha recebido nada e que não era responsável
pelo correio, mas sim o primeiro-tenente B. Ele ficou chocado por não poder cumprir
seu juramento, baseado em uma premissa falsa, e elaborou um plano peculiar.
Decidiu ir ao correio com os senhores A. e B., onde A. daria 3,80 coroas à
funcionária, ela entregaria o dinheiro ao Tenente B., e então ele, de acordo com o
juramento, pagaria os 3,80 coroas ao Tenente A.
Ainda nessa sessão, a única informação que ele compartilhou com Freud foi
que desde o início, todos os seus medos sobre o destino das pessoas que amava
estavam relacionados não apenas à vida atual, mas também à ideia do além, à
eternidade. Ele narrou que até os seus quatorze ou quinze anos, ele era
profundamente religioso, mas que durante tempo foi construindo de forma gradual
livre-pensamento que possuía hoje.
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agir imediatamente. Apesar disso, ele adiou a descida e continuou a viagem até que
chegou a uma estação em que sentiu ser impossível descer, pois havia parentes ali.
Decidiu seguir para Viena, encontrar seu amigo e expor a situação, para então
decidir se deveria retornar a P. com o trem noturno. Nesse momento Freud o
questiona se isso era possível.
Então ele assegurou ter uma lacuna de trinta minutos entre a chegada e a
partida dos trens. Ao chegar em Viena, não encontrou o amigo no restaurante onde
planejava, esse mesmo amigo só chegou ao apartamento por volta das onze horas,
então ele compartilhou o problema naquela mesma noite. Então, ele relatou que o
amigo ficou surpreso com a persistência da dúvida sobre se era uma obsessão,
tranquilizando-o para aquela noite. Isso de certa forma lhe proporcionou um sono
tranquilo, e na manhã seguinte, esse amigo o acompanhou até o correio para enviar
as 3,80 coroas à agência onde o pacote dos óculos tinha chegado.
Essa nova informação deu a Freud o ponto de partida para desvendar as
distorções em sua narrativa. Quando confrontado pelo amigo, ele não enviou a
pequena quantia nem ao primeiro-tenente A. nem ao primeiro-tenente B., mas sim
diretamente à agência de correio. Já no momento da partida, ele deveria estar ciente
de que não devia essa taxa a ninguém além do funcionário do correio. Na verdade,
ele se lembrara de que algumas horas antes de encontrar o capitão cruel, teve a
oportunidade de conversar com outro capitão, que lhe explicou a verdadeira
situação.
Este oficial reconheceu o nome do paciente quando este se apresentou, pois
tinha estado na agência do correio e a funcionária perguntara se conhecia um
tenente H. (o nome do paciente). Embora o paciente tenha negado conhecê-lo, a
funcionária confiou nele e pagou ela mesma a taxa, o que resultou na entrega dos
óculos encomendados. O capitão cruel cometeu um equívoco ao entregar o pacote e
solicitar que reembolsasse para A. os 3,80 coroas. O paciente provavelmente sabia
que era um erro, mas baseou seu juramento nesse equívoco, o que se tornou uma
fonte de tormento para ele. Ele omitiu esse episódio do outro capitão e a existência
da funcionária confiante do correio, tanto para si mesmo quanto para Freud ao
narrar a história.
Depois de sair do convívio do amigo e retornar à sua família, as incertezas
voltaram a assombrá-lo. Os argumentos do amigo, percebeu, eram os mesmos que
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ele próprio tinha, e reconheceu que sua breve tranquilidade derivava mais da
influência pessoal do amigo do que de convicções genuínas. A decisão dele em
buscar ajuda médica foi mesclada habilmente ao seu delírio. Ele planejava solicitar
ao médico um atestado que justificasse a necessidade de realizar atos como os
planejados com o primeiro-tenente A., acreditando que isso o faria aceitar os 3,80
coroas.
Finalizando esse evento, graças a uma coincidência que o livro de Freud foi
parar nas mãos do paciente, o que acabou o levando a escolher Freud para
conversar sobre o assunto de suas experiências perturbadoras. Ainda assim, ele não
mencionou o atestado, apenas pediu, de maneira bastante razoável, que o
auxiliasse a se livrar de suas obsessões.
momento, interrompia seus estudos para abrir a porta que dava para o corredor do
edifício, como se estivesse esperando seu pai, e depois voltava para contemplar seu
próprio pênis no espelho do vestíbulo.
Freud sugeriu que essa conduta obsessiva podia ser compreendida como
uma forma de desafiar a ordem estabelecida e de expressar os dois lados de sua
relação com o pai. Com todos esses acontecimentos, Freud arriscou uma seguinte
hipótese sobre o paciente e seu pai.
Freud fez uma hipótese que aos seis anos de idade, o paciente incorreu em
alguma má conduta sexual relacionada à masturbação e foi castigado pelo pai, o
que teria colocado fim à masturbação, mas também deixado um rancor indelével em
relação ao pai. O paciente relatou que essa situação, ocorrida em sua primeira
infância, foi-lhe contada várias vezes pela mãe e estava ligada a coisas notáveis.
O paciente não se recordava desse evento, mas a história era a seguinte:
quando era pequeno, devido a morder alguém, foi surrado pelo pai, o que o levou a
soltar imprecações e xingamentos, mesmo sem saber xingar, chamando o pai de
nomes de objetos. O pai, assustado com a explosão de raiva do menino, parou de
golpeá-lo e afirmou: "Esse menino será ou um grande homem ou um grande
criminoso".
O paciente relatou que o pai costumava matar ratos a pauladas com
vassoura, ele também acreditou que essa cena deixou uma impressão duradoura
tanto nele como no pai, e atribui parte de sua mudança de caráter a essa vivência,
afirmando que o medo diante da magnitude de sua raiva o tornou covarde a partir de
então. Ele desenvolveu um medo horrível de golpes e passou a se esconder quando
um de seus irmãos era surrado, cheio de terror e indignação.
Pela primeira vez com essa construção, o paciente teve sua recusa abalada
em acreditar que o pai era o objeto de seu ódio na sua infância, que depois tornou-
se inconsciente. Foi apenas através da transferência que o paciente conseguiu
convencer-se de que sua relação com o pai exigia aquele complemento
inconsciente. Posteriormente, em sonhos, devaneios e pensamentos espontâneos, o
paciente passou a expressar insultos grosseiros a Freud e seus parentes, enquanto
demonstrava um enorme respeito na interação real.
Ao relatar esses insultos, o comportamento do paciente era o de alguém
desesperado, pedindo para ser mandado embora e demonstrando medo de ser
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluirmos esta análise detalhada do caso do "Homem dos Ratos", é
possível perceber a riqueza e complexidade que permeiam a neurose obsessiva sob
a lente da psicanálise. A exploração do conceito de neurose revelou-se essencial
para compreender as manifestações intrincadas dessa condição psíquica, marcada
por sintomas obsessivos, compulsões e dinâmicas inconscientes que moldam a vida
do indivíduo.
Através do estudo minucioso dos principais tópicos do caso clínico, desde o
início dos sintomas até a relação ambivalente com o pai do paciente, foi possível
vislumbrar os mecanismos subjacentes a essa patologia.
A análise detalhada do momento em que os sintomas se manifestaram
proporcionou um entendimento mais claro das experiências que desencadearam a
neurose obsessiva no "Homem dos Ratos".
A compreensão da relação ambivalente com o pai foi um elemento crucial
para desvendar os conflitos subjacentes à formação dos sintomas obsessivos,
destacando a importância das dinâmicas familiares na psicopatologia.
Ademais, a abordagem das estruturas gerais da estrutura obsessiva permitiu
uma compreensão mais abrangente não apenas do caso específico, mas também
de como esses mecanismos se manifestam em contextos clínicos diversos.
Esse mergulho nas nuances da neurose obsessiva nos proporcionou
aprendizados valiosos sobre os processos mentais e as complexidades da psique
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
FREUD, Sigmund. Observações adicionais sobre as neuropsicoses de defesa
(1896). In: _. Primeiras publicações psicanalíticas. 2006.
FREUD, Sigmund. Observações sobre um caso de neurose obsessiva-O
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O homem dos ratos, 1909. 2013. p. 13-112.
SEDEU, Natalia Gonçalves Galucio. Neurose Obsessiva: Tabu do Contato X
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Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
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