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Psicologia para a SEMSA- Manaus 2022

Professor Alyson Barros


Aula 02

Índice da aula 2
ÍNDICE DA AULA 2 ............................................................................................. 1
LAUDOS, PARECERES E RELATÓRIOS PSICOLÓGICOS, ESTUDO DE CASO,
INFORMAÇÃO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA. .................................................. 3
PSICODIAGNÓSTICO ........................................................................................ 3
CONCEITOS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E PSICODIAGNÓSTICO ................................. 4
A CORRENTE MINORITÁRIA: OCAMPO, TRINCA E ARZENO.............................................. 8

51
PROBLEMAS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E NO PSICODIAGNÓSTICO ............................ 13

7:
APTIDÃO E CAPACIDADE .......................................................................................... 14

:1
14
FUNDAMENTOS E ETAPAS DA MEDIDA PSICOLÓGICA. ................................................... 15
PLANO DE AVALIAÇÃO E BATERIA DE TESTES ............................................................... 15

2
02
SATEPSI ............................................................................................................... 15

/2
FONTES DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E CRITÉRIOS DE VALIDAÇÃO ............................... 16

03
ADMINISTRAÇÃO DOS TESTES NA APLICAÇÃO ............................................................ 18

4/
-0
FASES DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA ......................................................................... 21

om
DEFINIÇÃO DE TESTE PSICOLÓGICO ..........................................................................23
TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS ..............................................................................23

l.c
ai
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: CRITÉRIOS DE SELEÇÃO, AVALIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS

tm
RESULTADOS. ......................................................................................................... 29

ho
PADRONIZAÇÃO E NORMATIZAÇÃO .......................................................................... 30
n@
FIDEDIGNIDADE ....................................................................................................... 31
yo
VALIDADE ...............................................................................................................32
na

A OPINIÃO DE PASQUALI SOBRE O CONCEITO DE VALIDADE......................................... 36


be

A ABORDAGEM DINÂMICA DA INTELIGÊNCIA ................................................................37


lla

TIPOS DE TESTES .................................................................................................... 40


rie
ab

DISTORÇÕES E CUIDADOS NA APLICAÇÃO DOS TESTES .............................................. 42


-g

TESTES DE APTIDÃO COGNITIVA. .............................................................................. 44


TESTES VÁLIDOS EM 2021 ....................................................................................... 44
2
-7

TESTES DESFAVORÁVEIS ......................................................................................... 45


02

ESTUDO DOS TESTES PSICOLÓGICOS ........................................................................ 45


.1
76

HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO.


.6

PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. .................................................................... 74


22

PREFÁCIO ...............................................................................................................74
-9

CONCEITUAÇÃO DE PSICODIAGNÓSTICO NA ATUALIDADE (CAPÍTULO I, KRUG, TRENTINI E


do

BANDEIRA) HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.


ru

PSICODIAGNÓSTICO. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. ...............................................74


se

PSICODIAGNÓSTICO: FORMAÇÃO, CUIDADOS ÉTICOS, AVALIAÇÃO DE DEMANDA E


s
ia

ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS. HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.;


r
fa

KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. .............................76


n
yo

O PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO (RIGONI E SÁ) .......................................................76


na

HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO.


be

PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. ..............................................................................76


lla

ENTREVISTA PSICOLÓGICA NO PSICODIAGNÓSTICO (CAP. 5, SERAFINI) HUTZ, C.S.;


ie

BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO. PORTO ALEGRE:


br

ARTMED, 2016........................................................................................................78
ga

A ENTREVISTA DE ANAMNESE (CAP. 6, SILVA E BANDEIRA) .......................................... 80


ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS E DAS TÉCNICAS NO PSICODIAGNÓSTICO (CAP. 7, TRENTINI,
BANDEIRA E KRUG) ................................................................................................. 80
ENTREVISTA LÚDICA DIAGNÓSTICA (CAP. 8, TRENTINI, BANDEIRA E KRUG).................... 80
O EXAME DO ESTADO MENTAL (CAP. 9, OSÓRIO) ...................................................... 81
PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO (CAP. 15, BARBIERI E HECK) .................................. 81
A ENTREVISTA PSICOLÓGICA ........................................................................ 82
CONCEITOS INICIAIS ............................................................................................... 82
BREVES CONTRIBUIÇÕES HISTÓRICAS ...................................................................... 84

1
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MÉTODOS ............................................................................................................. 85
TIPOS DE ENTREVISTAS PSICOLÓGICAS..................................................................... 85
Quanto ao número de entrevistados ............................................................. 85
Quanto ao Beneficiário ................................................................................... 86
Quanto a presencialidade .............................................................................. 86
Quanto ao número de entrevistados e entrevistadores ................................ 86
Quanto a abertura da entrevista .....................................................................87
Quanto a diretividade da entrevista ............................................................... 88
Quanto a estruturação da entrevista ............................................................. 89

51
O QUE CHIAVENATO DIZ SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DAS ENTREVISTAS ........................... 90

7:
:1
Resumo do Professor Alyson Barros ............................................................... 91

14
A CLASSIFICAÇÃO DE GIL ........................................................................................ 93

2
ENQUADRE PSICOLÓGICO ....................................................................................... 94

02
/2
ENTREVISTAS DE DIAGNÓSTICO ............................................................................... 95

03
COMPETÊNCIAS DO AVALIADOR E A QUALIDADE DA RELAÇÃO ...................................... 95

4/
OBJETIVOS DA ENTREVISTA ..................................................................................... 96

-0
ENTREVISTA DIAGNÓSTICA E DE PSICODIAGNÓSTICO ............................................... 100

om
ETAPAS DAS ENTREVISTAS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA........................................... 101

l.c
RAPPORT, TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA ............................................... 102

ai
TÉCNICAS DE ENTREVISTA ......................................................................................104

tm
ho
ABORDAGENS E PERSPECTIVAS TEÓRICAS ................................................................106
n@
COMPETÊNCIAS DO AVALIADOR, QUALIDADE DA RELAÇÃO, ROGERS E A ENTREVISTA
DIALÓGICA ........................................................................................................... 107
yo
na

ARZENO E A ENTREVISTA INICIAL (FICHAMENTO - PSICODIAGNÓSTICO CLÍNICO: NOVAS


be

CONTRIBUIÇÕES) ................................................................................................... 110


lla

BLEGER, J. TEMAS DE PSICOLOGIA – ENTREVISTAS E GRUPOS. SÃO PAULO:


rie

WMF MARTINS FONTES, 2011. ....................................................................... 116


ab

Bleger e a Entrevista Psicológica ................................................................... 117


-g

Consulta, anamnese e entrevista ...................................................................119


2

Entrevistas abertas e fechadas....................................................................... 121


-7
02

Classificações blegerianas ............................................................................. 121


.1

Ainda sobre a entrevista ................................................................................ 122


76

Sobre a investigação ..................................................................................... 122


.6
22

Sobre o enquadramento ............................................................................... 123


-9

Sobre o campo .............................................................................................. 123


Sobre o silêncio ............................................................................................. 126
do
ru

Sobre a ansiedade na entrevista ................................................................... 126


se

Recomendações para o Entrevistador .......................................................... 127


s

Transferência e contratransferência para Bleger ......................................... 129


ria

O entrevistado ............................................................................................... 130


fa

Sobre a consulta familiar ............................................................................... 130


n
yo

Sobre a Interpretação..................................................................................... 131


na

Sobre o “informe psicológico” ...................................................................... 132


be

EXTRA: A atuação de Bleger na Argentina .................................................... 132


lla

EXTRA: GRUPOS OPERATIVOS ............................................................................... 133


ie
br

QUESTÕES .................................................................................................... 133


ga

QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS ................................................ 150

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Laudos, pareceres e relatórios psicológicos, estudo de


caso, informação e avaliação psicológica.
Para esse assunto, recomendo um curso gratuito que lançamos:
https://psicologianova.com.br/curso/documentos-psicologicos
Matriculem-se nele, baixem as aulas e estudem!

51
7:
Psicodiagnóstico

:1
14
Futuros aprovados na SEMSA-Manaus, a avaliação psicológica e o

2
psicodiagnóstico são ações típicas e privativas do psicólogo. São processos de

02
/2
levantamento de dados e culminam com diagnósticos. O diagnóstico psicológico,

03
por sua vez, é uma função privativa do psicólogo e, como tal, se encontra definida

4/
-0
na Lei N.º 4.119 de 27/08/62 (alínea "a", do parágrafo 1° do artigo 13).

om
Art. 13 - Ao portador do diploma de psicólogo é conferido o

l.c
direito de ensinar Psicologia nos vários cursos de que trata

ai
tm
esta lei, observadas as exigências legais específicas, e a

ho
exercer a profissão de Psicólogo.
n@
§ 1º- Constitui função do Psicólogo a utilização de métodos
yo

e técnicas psicológicas com os seguintes objetivos:


na
be

a) diagnóstico psicológico;
lla

b) orientação e seleção profissional;


rie
ab

c) orientação psicopedagógica;
-g

d) solução de problemas de ajustamento


2
-7

Fonte: Lei n.º 4.119 de 1962.


02
.1
76

Definir avaliação psicológica e psicodiagnóstico


.6

nem sempre é uma tarefa fácil. Na história da psicologia A psicometria procura


22

explicar o sentido que


-9

e na prática profissional, muito se tem trabalhado para


do

distinguir os dois conceitos e suas pertinências, mesmo têm as respostas dadas


ru

assim, alguns autores adotam posturas diversas. Em pelos sujeitos a uma


se

série de tarefas,
s

função de esta divergência ser significativa,


ia

tipicamente chamadas
r
fa

conheceremos a corrente majoritária e a perspectiva da


n

posição menos preponderante. de itens.


yo
na
be

Tendo como referência a história do psicodiagnóstico e da avaliação


lla

psicológica e no bojo da corrente dominante temos que:


ie
br

O termo "psicodiagnóstico" é introduzido por Dupré e


ga

por Herman Rorschach no princípio do século. Dupré utilizava-


o para qualificar a análise dos sintomas puramente psíquicos
de uma doença mental visando fazer o diagnóstico (Mucchielli
& Mucchielli, 1969; Piéron, 1968). Rorscharch utilizou-o para
qualificar o método de exploração da personalidade baseado
nas manchas de tinta (Mucchielli & Mucchielli, 1969; Piéron,
1968). Lafon (1973) explica que o termo adquiriu um sentido

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limitado aplicando-se somente ao diagnóstico realizado a


partir da aplicação do teste projectivo de Rorscharch. Um
dicionário mais recente (Chaplin, 1981) define
psicodiagnóstico como o estudo da personalidade através da
interpretação dos sinais do comportamento, marcha, gestos,
expressões faciais, voz, etc.
...

51
Uma primeira análise do conceito mostra-nos que ele

7:
:1
não é unívoco e que tem sido utilizado com duas grandes

14
interpretações: como sinônimo de avaliação psicológica

2
02
produzida pela utilização de metodologias projectivas, em

/2
particular o teste de Rorschach, e outra, mais ampla, como

03
4/
sinônimo de diagnóstico psicológico (Rapaport et ai., 1979).

-0
Fonte: Ribeiro e Leal, 1997.

om
l.c
ai
Além disso:

tm
A avaliação psicológica é entendida como a busca

ho
n@
sistemática de conhecimento a respeito do funcionamento
yo
psicológico em situações específicas, que possa ser útil para
na

orientação das ações e decisões futuras. Ela é referente a um


be
lla

processo de busca de dados, agrupando diferentes


rie

informações com três objetivos principais: conhecer o sujeito,


ab

identificar o problema e programar uma intervenção (PRIMI,


-g

2005).
2
-7
02

O Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita


.1

com propósitos clínicos, um processo que visa identificar


76
.6

forças e fraquezas no funcionamento psicológico, focando se


22

há ou não a presença de uma psicopatologia no sujeito


-9

(CUNHA, 2000). É uma atividade que vem se desenvolvendo de


do
ru

forma paralela à psicologia, utilizando praticas nas diversas


se

teorias que têm como intuito a compreensão do ser humano.


s
ia

Ocampo (1999) considera o psicodiagnóstico como uma


r
fa

situação bi­pessoal (psicólogo­paciente e/ou grupo familiar),


n
yo

de tempo limitado, e objetiva uma descrição e compreensão,


na
be

a mais profunda e completa possível, da personalidade total


lla

do paciente ou do grupo familiar, enfatizando os aspectos


ie

adaptativos e patológicos.
br
ga

Fonte: Carlos, Gonçalves e Fonseca (s.d.).

Conceitos de Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico

Podemos dizer, segundo a corrente majoritária, que a avaliação psicológica


é mais global e que não possui limitações temporais, enquanto que o
psicodiagnóstico é um processo limitado no tempo e que tem sua base nos testes

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psicológicos. Os dois processos de investigação podem usar entrevistas e testes


psicológicos.

Avaliação Psicológica Psicodiagnóstico


Temporalidade Não limitado no tempo Limitado no tempo
Foco Global Específico
Testes Psicológicos Pode Utilizar Utiliza

51
Entrevista Utiliza Utiliza

7:
:1
Tabela 1: semelhanças e diferenças entre a avaliação psicológica e o

14
psicodiagnóstico.

2
02
/2
03
Quando falamos que a avaliação psicológica não é limitada no tempo,

4/
estamos nos referindo ao fato desta não poder ser feita, em hipótese alguma, em

-0
momento único. O psicodiagnóstico, ao contrário, pode ser feito em apenas um

om
l.c
encontro ou em uma sucessão de encontros. Sobre os procedimentos utilizados na

ai
avaliação psicológica, destacamos que qualquer procedimento para levantamento

tm
ho
de dados (técnicas, entrevistas, instrumentos, observação, etc.) pode ser utilizado,
n@
desde que não seja isolado. Por outro lado, não é possível fazer psicodiagnóstico
yo
sem a utilização de testes. Nesse caso, podemos utilizar outras formas de levantar
na

dados (como entrevistas), mas a ênfase nos testes é obrigatória.


be
lla

A Avaliação Psicológica, em si, refere-se à coleta e interpretação de


rie

informações psicológicas, resultantes de um conjunto de procedimentos confiáveis


ab
-g

que permitam ao Psicólogo avaliar o comportamento. Desse modo, a avaliação visa


2

abarcar um estudo individual acerca das diferenças de indivíduos de um mesmo


-7
02

grupo, ou de potencialidades e características individuais ou grupais


.1

(comportamento, afeto, cognição, memória, organização e funcionamento do


76
.6

psiquismo, etc.).
22

Decorrente dessas definições, podemos listar as seguintes funções de uma


-9

avaliação psicológica:
do
ru

1. Levantar condições psicológicas de um ou mais indivíduos em


se

determinada ocasião, para diagnosticar a sua situação no presente e


s
ia

conhecer a sua posição dentro do universo a que pertence;


r
fa
n

2. Fornecer bases objetivas e confiáveis para selecionar candidatos a


yo

cursos, funções, encargos e cargos, avaliar desempenhos, promover,


na
be

treinar e desenvolver funcionários e dar orientação educacional e


lla

vocacional a educandos;
ie
br

3. Contribuir (com informações seguras e amplas) para o


ga

autoconhecimento – noção indispensável à orientação do


autodesenvolvimento e ao seu controle;
4. Promover dados fidedignos e prognósticos sobre pessoas; e,
5. Dar fundamentos confiáveis para comparações entre grupos.

Existem, ainda, quatro elementos essenciais configuram o campo da


Avaliação Psicológica:

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a) Objeto - Fenômenos ou processos psicológicos;


b) Objetivo visado - Diagnosticar, compreender, avaliar a ocorrência
de determinadas condutas;
c) Campo Teórico - Sistema conceitual, estado da arte do
conhecimento;
d) Método - Condições através da qual é possível conhecer a forma
de acesso ao que se pretende explorar.

51
Destaco que, apesar de a avaliação psicológica ter diferenças em relação ao

7:
:1
psicodiagnóstico, temos semelhanças. Os dois processos são de investigação e

14
configuram-se como uma situação com papéis bem definidos e com um contrato

2
02
no qual um paciente se submete a um psicólogo que, por sua vez, se compromete a

/2
atender as demandas dentro de suas possibilidades.

03
4/
Sabemos que o psicodiagnóstico é um processo investigativo limitado no

-0
tempo e que a avaliação psicológica não pode ser realizada em momento único.

om
Sabemos que o psicodiagnóstico deve, obrigatoriamente, ser feito com a utilização

l.c
ai
de testes psicológicos enquanto que a avaliação psicológica não precisa,

tm
necessariamente, ser feita a partir desses testes. O nó górdio está no entendimento

ho
que o psicodiagnóstico é um tipo de avaliação psicológica. n@
yo
Agora, vamos nos aprofundar um pouco mais na compreensão do que
na

exatamente é o psicodiagnóstico. Segundo Cunha (2000), psicodiagnóstico é um


be
lla

processo científico, limitado no tempo, no qual se realiza uma avaliação


rie

psicológica, por meio de testagem. A utilização da bateria de testes propicia o


ab

levantamento de dados que devem ser interligados com o histórico do paciente.


-g

A obtenção do histórico é realizada com base no plano de avaliação, pré-


2
-7
02

estabelecido através de perguntas ou hipóteses iniciais, que auxiliam na definição


.1

dos instrumentos e momento adequado para sua aplicação. Com isso, permite-se
76
.6

a identificação e avaliação de aspectos específicos, assim como a elaboração da


22

melhor forma de intervenção para o paciente testado.


-9

Sendo assim, percebe-se que o mesmo é científico, pois é derivado de um


do
ru

levantamento prévio de hipóteses, confirmadas ou não por passos


se

predeterminados e com objetivos específicos. O psicodiagnóstico é realizado numa


s
ia

sala (ou consultório) onde o psicólogo recebe os encaminhamentos de outros


r
fa

(profissionais da saúde, comunidade escolar, poder judiciário) ou atende demandas


n
yo

individuais que procuram diretamente esse tipo de trabalho científico.


na
be

Destacamos, novamente, que o psicodiagnóstico é um procedimento


lla

científico que necessariamente utiliza testes psicológicos, diferente da avaliação


ie

psicológica na qual o psicólogo pode ou não utilizar esses instrumentos.


br
ga

Ainda segundo Cunha, o psicodiagnóstico pode atender a várias funções.


Essas funções também são relativas à avaliação psicológica e, assim como as fases
que descreveremos posteriormente, podem ser entendidas como características
das duas ferramentas de trabalho (psicodiagnóstico e avaliação psicológica).
Vejamos:

Objetivos de uma avaliação psicológica clínica

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Objetivos Especificações
Avaliação É determinado o nível de funcionamento da personalidade.
compreensiva São examinadas as funções do ego, em especial a de insight,
condições do sistema de defesa, para facilitar a indicação de
recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos.
Entendimento Ultrapassa o objetivo da avaliação compreensiva por
dinâmico ou pressupor um nível mais elevado de inferência clínica com

51
Psicodinâmico abordagens teóricas. O diagnóstico psicodinâmico se

7:
:1
caracteriza pela busca dos fatores causais do transtorno

14
mental, em oposição ao diagnóstico nosológico, que pretende

2
02
ser descritivo. Dentre os fatores causais estão conflitos que

/2
03
dificilmente chegam até a consciência e que determinam o

4/
funcionamento da estrutura psíquica do paciente

-0
Prevenção Procura investigar problemas precocemente, avaliar riscos,

om
fazer uma estimativa de forças e franquezas do ego, de sua

l.c
ai
capacidade para enfrentar situações novas, difíceis e

tm
ho
estressantes
Prognóstico Busca determinar o provável curso do caso n@
yo
Perícia forense Fornece subsídios para questões relacionadas com
na

"insanidade", competência para o exercício das funções de


be
lla

cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem


rie

se associar com infrações de lei, etc.


ab
-g

Fonte: Cunha (2000).


2
-7
02

Resumidamente, Cunha circunscreve o psicodiagnóstico ao contexto


.1
76

clínico, restringindo-se a uma das muitas práticas possíveis de avaliação


.6

psicológica, e tendo como um dos possíveis objetivos a identificação de


22

psicopatologias existentes no indivíduo. Nesse ponto, tem-se uma perspectiva de


-9
do

estudar o sujeito a partir de possíveis sinais e sintomas, forças e fraquezas, por ele
ru

apresentados, que compreendidos em conjunto, levariam à identificação de um


se

quadro de morbidade ou sofrimento psíquico.


s
ia
r

Retomando as discussões sobre as diferenças entre a avaliação psicológica


fa
n

e o psicodiagnóstico, qual dos dois processos tende a sofrer maior influência das
yo
na

abordagens psicoterapêuticas? A resposta é simples: a avaliação psicológica.


be

Apesar dos dois processos serem científicos, trabalharem com hipóteses e a


lla

comprovação ou refutação destas, e dos dois processos possuírem algum nível de


ie
br

viés das escolas psicológicas, é a avaliação psicológica que possui um grau maior
ga

de organização de seus processos a partir das teorias e técnicas psicoterápicas. Isso


é facilmente comprovado quando percebemos, por exemplo, a diferença da
avaliação da personalidade dentro de um contexto psicodinâmico e em um
contexto comportamental.

| 7
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A corrente minoritária: Ocampo, Trinca e Arzeno.

Antes de adentrarmos no tópico seguinte, é necessário fazer uma


observação fundamental e que gera muita confusão aos que estudam para
concursos. Os conceitos e diferenciações que aqui trabalho estão orientados para
concurso e existe uma exceção ao pensamento majoritário. É a visão de Ocampo
sobre Psicodiagnóstico.

51
Essa visão tem sido pouco cobrada nos últimos anos, mas mesmo assim você

7:
:1
deve ter ciência para não errar na hora da prova. O modo como Ocampo, Trinca e

14
Arzeno trabalham o Psicodiagnóstico o aproxima da avaliação psicológica. Deixa de

2
02
ser a simples aplicação, correção e integração dos dados provenientes de testagens

/2
psicológicas para uma postura de "diagnóstico compreensivo" do fenômeno. Esse

03
4/
modelo compreensivo propõe uma visão totalizadora no entendimento do

-0
indivíduo. É uma compreensão psicológica globalizada do paciente, utilizando-se

om
de todos os materiais que forem necessários para se chegar a essa compreensão:

l.c
ai
entrevistas, testes, e técnicas psicológicas, contatos com outros profissionais

tm
ligados ao caso, visita à escola, exames médicos, sem privilegiar nenhum deles. A

ho
n@
aplicação de testes, que é obrigatória para o Conselho Federal de Psicologia e para
yo
a corrente majoritária, não é obrigatória nesse tipo de psicodiagnóstico de acordo
na

com essa corrente. Desse modo, essa concepção de psicodiagnóstico torna-se


be
lla

sinônimo de avaliação psicológica. O único ponto que ainda reside é que ainda
rie

tratamos o psicodiagnóstico como um processo limitado no tempo.


ab

Para Ocampo o paciente sempre chega ao psicólogo com uma queixa ou


-g

sofrimento referente a um problema do qual ele não sabe como resolver. Do outro
2
-7
02

lado, encontra-se o psicólogo, considerado pelo paciente como detentor de, um


.1

conhecimento técnico capaz de decifrá-lo e tendo a solução de seu problema.


76
.6

Dentro desta relação bi pessoal, considera-se, também, toda a compreensão da


22

dinâmica de relações estabelecidas entre o paciente e seus familiares.


-9

Ocampo prossegue e afirma que a meta principal do processo


do
ru

psicodiagnóstico é a compreensão da personalidade do paciente; envolvendo


se

aspectos passados, presentes (diagnóstico) e futuros (prognóstico) de seu estar no


s
ia

mundo. Para tanto, são utilizadas certas técnicas (entrevistas semi-dirigidas,


r
fa

técnicas projetivas, entrevista de devolução), e atingindo uma compreensão mais


n
yo

global e completa do caso, o psicólogo pode elaborar um laudo psicológico.


na
be

Esse processo psicodiagnóstico é constituído por quatro etapas, segundo


lla

Ocampo:
ie

Primeiro Momento: um contato com o paciente por meio de


br
ga

entrevistas iniciais.
Segundo Momento: aplicação de algumas técnicas
psicológicas (testes, técnicas projetivas).
Terceiro Momento: encerramento do processo por meio de
entrevista de devolução ao paciente e/ou seus pais.
Quarto Momento: elaboração de um informe psicológico
endereçado ao profissional que encaminhou o paciente ao
psicólogo acompanha esta última fase.

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Aula 02

Para Arzeno 1 , no entanto, temos cinco momentos identificáveis no


psicodiagnóstico:
1 - O primeiro passo ocorre desde o momento em que
o consultante faz a solicitação da consulta até o encontro
pessoal com o profissional.
2 - O segundo passo ocorre na ou nas primeiras

51
entrevistas nas quais tenta-se esclarecer o motivo latente e o

7:
:1
motivo manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que a

14
pessoa que consulta mostra (e seus pais ou o resto da família),

2
02
a fantasia de doença, cura e análise que cada um traz e a

/2
construção da história do indivíduo e da família em questão.

03
4/
3 - O terceiro momento é o que dedicamos a refletir sobre o

-0
material colhido e sobre as hipóteses iniciais para planejar

om
os passos a serem seguidos e os instrumentos diagnósticos a

l.c
ai
serem utilizados: hora lúdica, entrevistas familiares, testes

tm
gráficos, verbais, lúdicos etc.

ho
4 - O quarto momento consiste na realização dan@
yo
estratégia diagnóstica planejada que pode sofrer
na

modificações durante o percurso de acordo com a


be
lla

necessidade.
rie

5 - O quinto momento é aquele dedicado ao estudo do


ab

material colhido para obter um quadro mais claro possível


-g

sobre o caso em questão.


2
-7
02
.1

Para finalizar este ponto, é interessante destacarmos dois:


76
.6

O psicodiagnóstico segundo Ocampo e Arzeno


22

Ocampo et al. (2005) e Arzeno (2003) sistematizaram o procedimento do


-9

psicodiagnóstico dentro do referencial psicanalítico, desenvolvendo uma


do
ru

concepção ampla e enriquecedora, que valoriza a entrevista clínica (em vez da


se

tradicional anamnese descritiva), a relação transferencial/contratransferencial e a


s
ia

devolução, ao final do processo.


r
fa

Para essas autoras, o psicodiagnóstico é uma prática clínica bem delimitada,


n
yo

com objetivo, tempo e papéis definidos, diferenciada do processo analítico. É


na
be

realizado sempre com o objetivo de obter uma compreensão profunda e completa


lla

da personalidade do paciente (ou do grupo familiar), incluindo elementos


ie
br

constitutivos, patológicos e adaptativos. Abrange aspectos presentes (diagnóstico


ga

atual) e futuros (prognóstico), sendo indicado para esclarecimento do diagnóstico,


encaminhamento e/ou tratamento. Utiliza, como principais instrumentos, a
entrevista clínica, a aplicação de testes e técnicas projetivas, a entrevista devolutiva
e a elaboração do laudo (quando solicitado). Como em todo procedimento clínico,
tem um cuidado especial com o enquadre: no início do processo, definem-se o

1
Fonte: Maria Esther Garcia Arzeno. Psicodiagnóstico Clínico: novas Contribuições.

| 9
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Professor Alyson Barros
Aula 02

objetivo; os papéis de cada um (psicólogo, paciente, pais e/ou família); a duração


(em média quatro ou cinco sessões, que podem ser ampliadas ou reduzidas, de
acordo com a necessidade); local, horário e tempo das entrevistas; honorários e
forma de pagamento.
Para Ocampo et al. (2005), o psicodiagnóstico é um processo que envolve
quatro etapas. A primeira vai do contato inicial à primeira entrevista com o
paciente; a segunda é a fase de aplicação dos testes e técnicas projetivas; a terceira

51
é o encerramento do processo, com a devolução oral ao paciente (e/ou aos pais); e

7:
:1
a quarta consiste na elaboração do informe escrito (laudo) para o solicitante.

14
Arzeno (2003) detalha essas etapas em sete passos. O primeiro passo inclui

2
02
desde a solicitação da consulta pelo cliente até o primeiro encontro pessoal com o

/2
profissional. Nessa fase, é importante observar como é feito o contato inicial, quais

03
4/
as primeiras impressões etc. O segundo passo envolve a realização das primeiras

-0
entrevistas, quando se busca identificar o motivo latente e manifesto da consulta,

om
as ansiedades e defesas que o paciente, pais e/ou família apresentam, as

l.c
ai
expectativas e fantasias de doença e de cura que trazem. É importante observar

tm
como o paciente se coloca, o que é priorizado no relato, que tipo de relação

ho
n@
estabelece com o psicólogo (e entre si, no caso do casal e/ou família), para
yo
identificar os aspectos transferenciais e contratransferenciais, bem como as
na

resistências e a capacidade de elaboração e mudança. O terceiro passo é o


be
lla

momento de reflexão sobre o material colhido e análise das hipóteses iniciais, para
rie

planejamento dos passos seguintes e escolha dos instrumentos diagnósticos a


ab

serem empregados. O quarto passo é o momento da realização da estratégia


-g

diagnóstica planejada – entrevistas e aplicação dos testes e técnicas selecionadas,


2
-7
02

de acordo com o caso. Em geral, age-se conforme o planejado, mas, se houver


.1

necessidade, podem-se introduzir modificações, durante o processo. O quinto


76
.6

passo é o momento da análise e integração dos dados levantados. É o estudo


22

conjunto do material apreendido nas entrevistas, nos testes e na história clínica,


-9

para obter uma compreensão global do caso. Essa fase exige do profissional
do
ru

domínio teórico-metodológico e grande capacidade analítica, a fim de identificar as


se

recorrências e convergências entre os dados, assim como os aspectos mais


s
ia

relevantes dentro do material, que possibilitam uma compreensão ampla da


r
fa

personalidade do indivíduo e/ou da dinâmica familiar e do casal. O sexto passo é o


n
yo

momento da devolução da informação, que pode ser feita em uma ou mais


na
be

entrevistas. Geralmente, é realizada de forma separada – uma com o indivíduo que


lla

foi trazido como protagonista principal da consulta, e outra com os pais e o restante
ie

da família. Freqüentemente, durante a entrevista devolutiva, surgem novos


br
ga

elementos, os quais ajudam a validar as conclusões ou esclarecer os pontos


obscuros. O último passo envolve a elaboração do laudo psicológico com as
conclusões diagnósticas e prognósticas, incluindo as recomendações terapêuticas
adequadas ao caso. A elaboração do laudo é um aspecto importante do processo,
pois, quando malfeito, pode prejudicar o paciente, em vez de ajudá-lo.
O modelo compreensivo
O processo diagnóstico do tipo compreensivo, desenvolvido por Trinca
(1984a), é outro modelo muito difundido entre os profissionais brasileiros, que

| 10
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Professor Alyson Barros
Aula 02

trabalham com avaliação psicológica na abordagem psicanalítica. Ele também


busca uma visão totalizadora e integradora da personalidade, por meio de uma
compreensão abrangente das dinâmicas psíquicas, intrafamiliares e socioculturais.
Para isso, utiliza referenciais múltiplos – além da psicanálise, a análise é
complementada com outros referenciais teóricos (teorias do desenvolvimento e
maturação e da família). Tem ainda, como características importantes, a
valorização do pensamento clínico e uma maior flexibilidade, na estruturação do

51
processo.

7:
:1
O modelo compreensivo se estrutura de acordo com o contexto. O uso ou

14
não de testes psicológicos ou de outros procedimentos clínicos de investigação da

2
02
personalidade fica na dependência do pensamento clínico empregado (TRINCA,

/2
1983). Na interpretação dos dados, o pensamento clínico funciona como um

03
4/
princípio organizador, define critérios, procedimentos e esquemas de raciocínio,

-0
para integração dos dados e análise. Ele é influenciado não só pela teoria, mas,

om
também, pela experiência clínica do profissional, pelo contexto e pelas

l.c
ai
personalidades do cliente e do psicólogo. Para Trinca (1984b, p. 32):

tm
embora as teorias sejam fatores importantes no background do profissional, é mister

ho
n@
que sua atividade clínica seja empreendida com o mínimo de interferência de suas
yo
teorias sobre sua capacidade de observar e captar os fatos relevantes.
na

O modelo fenomenológico
be
lla

O psicodiagnóstico fenomenológico (ANCONA-LOPEZ, 1995; CUPERTINO,


rie

1995; YEHIA, 1995) introduz algumas mudanças significativas no modelo proposto


ab

por Ocampo et al. (2005) e Arzeno (2003). Dentre suas inovações, destacam-se
-g

quatro características principais: 1. considera o processo psicodiagnóstico uma


2
-7
02

prática interventiva: diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e


.1

complementares; 2. propõe que a devolução seja feita durante o processo e não ao


76
.6

final; 3. enfatiza o sentido da experiência dos envolvidos no processo; e 4. redefine


22

a relação paciente-psicólogo em termos de poder, papéis e realização de tarefas.


-9

No modelo fenomenológico, o cliente é um parceiro ativo e envolvido no


do
ru

trabalho de compreensão e eventual encaminhamento posterior. O psicólogo se


se

afasta do lugar de técnico ou especialista detentor do saber e estabelece com o


s
ia

paciente uma relação de cooperação, em que a capacidade de ambas as partes, de


r
fa

observarem, aprenderem e compreenderem, constitui a base indispensável ao


n
yo

trabalho. Psicólogo e paciente se envolvem, a partir de pontos de vista diferentes,


na
be

mas igualmente importantes, na tarefa de construir os sentidos da existência de um


lla

deles – o cliente (YEHIA, 1995).


ie
br

Fonte: Araujo, 2007.


ga

Os 7 Fatores que Devem Ser Considerados


1. Quem Formula a Solicitação
Se a consulta chegar diretamente a nós podemos
agir com inteira liberdade e selecionar os testes conforme as hipóteses provisórias
surgidas na primeira entrevista e com base na história clínica do paciente.
Se a
solicitação for feita por outro profissional, é imprescindível pedir-lhe que seja

| 11
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Aula 02

absolutamente claro no que se refere ao motivo da solicitação de psicodiagnóstico,


de forma a selecionar a bateria mais adequada. O teste que foi solicitado não deve
ser excluído da bateria de testes a ser aplicada.
2. Idade Cronológica do Consultante
Uma caixa de brinquedos será imprescindível
se a consulta for para uma criança. Na entrevista familiar também será incluída a
caixa de brinquedos se houver crianças ou púberes.
Quanto à administração dos
testes não tenho encontrado diferenças substanciais em relação aos adultos.

51
3. O Nível Sociocultural do Paciente e o Seu Grupo Étnico
Quanto a este aspecto,

7:
:1
a seleção de uma bateria de testes deve levar em consideração o seguinte:
Que a

14
instrução dada ao sujeito seja perfeitamente entendida. Isso ocorre com uma

2
02
maioria estatística do grupo de idêntico nível sociocultural e pertencente ao mesmo

/2
03
grupo étnico.
Que a conduta através da qual esperamos a resposta à instrução

4/
dada seja a habitual para o sujeito comum pertencente a esse grupo. 
 Que o

-0
material usado como estímulo seja também o habitual para a maioria.

om
l.c
4. Casos com Deficiência Sensorial ou Comunicativa
A experiência clínica e a hora

ai
de jogo tornam-se muito importante e os testes que vierem a ser aplicados são mais

tm
ho
do que nunca um meio complementar.
Os testes com histórias relatadas podem
n@
ser transformados em histórias escritas pelo próprio sujeito se as suas dificuldades
yo
são com a fala. Até o Rorschach pode ser respondido por escrito.
Tratando-se de
na
be

um cego pode-se usar, por exemplo, o teste de frases incompletas, os Questionários


lla

de Personalidade ou o Questionário Desiderativo.
Existe uma versão do Raven,


rie

para crianças pequenas, de blocos com sistemas de encaixe.


ab
-g

5. O Momento Vital
O momento ideal deve ser o de um momento evolutivo no qual


2

o indivíduo possa estabelecer pelo menos um mínimo de "rapport" com o psicólogo


-7
02

e em que ele consiga também se ligar na tarefa que a bateria projetiva lhe propõe.
.1
76

São mais complicados em momentos de resistência e em momentos evolutivos nos


.6

quais necessariamente a capacidade libidinal do sujeito estará voltada para si


22
-9

mesma (introversão) porque o Ego está enfrentando situações atuais complicadas.


do

É contra-indicado realizar um psicodiagnóstico quando o sujeito estiver


ru

atravessando uma séria crise evolutiva ou existencial. Nesses casos, somente após
se

um período de tratamento seria válido realizar o psicodiagnóstico.


s
ia
r

6. Contexto Espaço-Temporal no qual se realiza


fa
n

Em nossos consultórios e em condições normais: Faço uma primeira entrevista com


yo
na

os pais, logo recebo o paciente para uma entrevista livre (hora de jogo se for uma
be

criança). Após uns trinta minutos começo com os testes gráficos. Na entrevista
lla

seguinte aplico o Rorschach, deixando para uma terceira o Bender. Se for


ie
br

necessário aplicar o WISC ou Wechsler, os divido entre as três entrevistas


ga

individuais. Finalmente realizo a entrevista familiar. Tudo depende do caso. No final


faço a entrevista de devolução para os pais, para o filho e, às vezes, para toda a
família. Dificilmente isso tudo levará mais de seis entrevistas.
Em instituições: Escolho um Desenho Livre, Duas Pessoas, Desiderativo e
Rorschach. Em crianças, o Rorschach raramente leva mais de dez minutos. Nos mais
velhos ele pode ser aplicado em quinze ou vinte minutos usando a técnica de limitar
ao máximo de três respostas por lâmina. Costumo usar também o teste "Z" de

| 12
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Aula 02

Zulliger, semelhante ao Rorschach mas com três lâminas, que é possível aplicar em
dez minutos com adolescentes e adultos. Nessas condições de trabalho é também
necessário limitar o tempo dos testes gráficos.
Com crianças bastam vinte minutos de hora de jogo e outros tantos para Desenho
Livre, H.T.P. e Rorschach. Tudo depende do motivo de consulta. E o psicólogo que
possuir uma grande experiência clínica e profundos conhecimentos poderá
trabalhar com baterias menores.

51
7. Elementos da Personalidade a Investigar
Não coloco no inicio da bateria aquele

7:
:1
teste que considero o mais importante, para não ser sujeito à desconfiança lógica

14
por parte do paciente, o aplico em uma segunda entrevista. Também não o deixo

2
02
para o final, quando o paciente já poderá estar cansado de responder a tantas

/2
03
instruções.

4/
Organicidade: H.T.P. Cromático, Rorschach e Bender.

-0
Oligofrenia e oligotimia em crianças: teste de figura humana. É recomendável

om
alternar subtestes verbais com os de execução para torná-Ios mais amenos. Em

l.c
ai
adolescente ou adulto: Wechsler, Rorschach, Raven para adultos, junto a outros

tm
testes gráficos para verificar se consegue ou não ver o clichê.

ho
n@
Neurose ou psicose: bateria completa de testes projetivos incluindo a escala de
yo
execução do Wechsler.
na

Perigo de atuações (adição a drogas, homossexualismo; condutas antissociais,


be
lla

abortos, etc.): bateria completa de testes projetivos. Sendo muito importante deter-
rie

se nas associações verbais (que estimularemos ao máximo) nos inquéritos do


ab

Rorschach
-g
2

Fonte: Arzeno, Psicodiagnóstico Clínico.


-7
02
.1

Problemas na avaliação psicológica e no psicodiagnóstico


76
.6
22

Aqui é salutar recorrer a um trecho de artigo para elucidar corretamente essa


-9

discussão:
do
ru

[…]
se

No entanto, não parece ser possível estabelecer uma concordância entre a


s
ia

comunidade psicológica, no que diz respeito aos métodos e às técnicas utilizadas,


r
fa

assim como ao tempo previsto para a realização da avaliação, e aos


n
yo

procedimentos, pois considerando que a Psicologia é uma ciência em que muitas


na
be

orientações teóricas e leituras de homem são possíveis, e considerando ainda,


lla

que há dentro da psicologia uma grande variedade de contextos de atuação do


ie
br

psicólogo, o que exige dele diferentes posturas de acordo com as necessidades


ga

específicas, certamente diferentes processos avaliativos são necessários. É


compreensível que, de tal subdivisão, decorram diferentes estilos e posturas
profissionais e essas diferenças podem trazer contribuições para a área, à medida
que estimulam reflexões, discussões e críticas; acredita-se, desta forma, que o
resultado disto seja positivo e gere o desenvolvimento.
Muitos são os estudos e as pesquisas que geram discussões a respeito da
Avaliação Psicológica. Azevedo, Almeida, Pasquali e Veiga (1996) apontam que o
baixo teor científico dos instrumentos padronizados vem sendo veementemente

| 13
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Aula 02

denunciado. Esses autores discutem que o fato de estudos na área estarem sendo
realizados revela uma melhor reputação da investigação psicológica e do uso de
instrumentos padronizados. Apontam também para os últimos estudos que
partem do princípio de que a avaliação psicológica é indispensável, e procuram
destacar a melhora da qualidade dos instrumentos padronizados.
[…]
Para eles, não haveria problemas se instrumentos novos fossem lançados

51
no mercado, se fossem criados instrumentos que abordassem diferentes tipos de

7:
:1
construtos, se as amostras utilizadas para a padronização dos instrumentos

14
fossem brasileiras, se fossem realizadas mais pesquisas sobre validade e

2
02
fidedignidade, se as instruções fossem melhor estruturadas, se os manuais

/2
fossem completos, se houvesse instrumentos para avaliar diferentes realidades

03
4/
sócio-culturais, ou ainda, se o custo do material não fosse tão alto.

-0
Tais exigências dos sujeitos não parecem exageradas, já que muitos autores

om
têm falado sobre isso, como por exemplo, Wechsler (1999) que sugeriu um Guia

l.c
ai
de Procedimentos Éticos para a Avaliação Psicológica, em que consta: "Ao

tm
selecionar um teste psicológico, o psicólogo deve:

ho
n@
(...) considerar as características psicométricas do instrumento
yo
a ser utilizado, tais como sensibilidade, validade, precisão e
na

existência de normas específicas ou gerais para a população


be
lla

brasileira, (...) verificar se o manual do teste possui informações


rie

necessárias para aplicação, correção e interpretação dos


ab

resultados do mesmo" (p. 136).


-g

Ainda em relação aos problemas graves, os psicólogos justificam também


2
-7
02

que esses problemas não estariam ocorrendo se os testes não fossem aplicados
.1

indevida, indiscriminada e mecanicamente; por pessoal não qualificado, sem


76
.6

critérios; com instruções erradas; se não houvesse erro de avaliação;


22

supervalorização do quantitativo; interpretação generalizada e o uso de um único


-9

instrumento como resultado definitivo.


do
ru

Fonte: NORONHA, Ana Paula Porto. Os problemas mais graves e mais freqüentes no
se

uso dos testes psicológicos. Psicol. Reflex. Crit.[online]. 2002, vol.15, n.1 [cited 2014-
s
ia

01-25], pp. 135-142 . Available from:


r
fa

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
n
yo

79722002000100015&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-


na
be

7972. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722002000100015.
lla
ie

Aptidão e Capacidade2
br
ga

2
Retirado do site:
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/tecnic
as-e-testes-utilizados-no-processo-seletivo/11092

| 14
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Aula 02

Capacidades - habilidade atual da pessoa em determinadas atividades ou


comportamentos, adquirida a partir do desenvolvimento de uma aptidão
por meio do treino ou da prática;
Aptidões – potencialidade ou predisposição da pessoa em aprender
determinada habilidade ou comportamento;
Interesses ou características de comportamento humano - envolve a
determinação da quantidade de presença das aptidões, interesses ou

51
características de comportamento no candidato, baseando-se nas

7:
:1
diferenças individuais, que podem ser físicas, intelectuais e de

14
personalidade. A característica principal é a comparação dos perfis

2
02
individuais.

/2
03
4/
Fundamentos e etapas da medida psicológica.

-0
om
Quais os fundamentos e etapas da medida psicológica? Os fundamentos são

l.c
ai
os conceitos básicos da avaliação psicológica e as etapas são a sucessão de

tm
processos definidos que levam à conclusão da avaliação psicológica ou

ho
psicodiagnóstico. n@
yo
na

Plano de avaliação e bateria de testes


be
lla
rie

Segundo Cunha (2000), esta é uma expressão usada para designar um


ab

conjunto de testes ou de técnicas que podem variar entre dois e cinco ou mais
-g

instrumentos, que são incluídos no processo psicodiagnóstico para fornecer


2
-7
02

subsídios que permitam confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais, atendendo o


.1

objetivo da avaliação. A bateria de testes é utilizada principalmente por duas


76
.6

razões:
22

1. Por se considerar que nenhum teste sozinho conseguiria fazer uma


-9

avaliação abrangente da pessoa como um todo.


do
ru

2. Por se acreditar que o uso de diferentes testes envolve a tentativa de uma


se

validação inter-testes dos dados obtidos, diminuindo assim a margem de erro e


s
ia

provendo um fundamento mais embasado para se chegar a inferências clínicas.


r
fa
n
yo

SATEPSI
na
be
lla

O Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (Satepsi) do Conselho


ie

Federal de Psicologia, iniciado em 2001 (Resolução CFP nº 002/2003), consiste em


br
ga

um sistema de certificação de instrumentos de avaliação psicológica para uso


profissional, que avalia e qualifica os instrumentos em apto ou inapto para uso, a
partir da verificação objetiva de um conjunto de requisitos técnicos mínimos
(fundamentação teórica, precisão, validade e normatização) definidos pela área.
Essa resolução surgiu, entre outros motivos, pela observação da grande
quantidade de processos éticos envolvendo a avaliação psicológica. Ao mesmo
tempo, notava-se que grande parte dos testes publicados que até então eram
frequentemente usados na prática profissional não possuíam estudos que

| 15
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Aula 02

comprovassem sua eficiência como técnica de avaliação. Grave isso: só podemos


utilizar os testes psicológicos listados como favoráveis no Satepsi. Mas Alyson,
podemos utilizar os outros? Podemos sim, mas não são considerados científicos e,
logo, não são reconhecidos como válidos (seria como dizer: não perca seu tempo
usando um teste não reconhecido). Relembrando a Resolução CFP n.º 002/2003:

Art. 10 - Será considerado teste psicológico em condições de

51
uso, seja ele comercializado ou disponibilizado por outros

7:
:1
meios, aquele que, após receber Parecer da Comissão

14
Consultiva em Avaliação Psicológica, for aprovado pelo CFP.3

2
02
/2
03
4/
Fontes de avaliação Psicológica e critérios de validação

-0
om
Segundo a Resolução CFP nº 9 de 25 de abril de 20184:

l.c
ai
tm
DAS DIRETRIZES BÁSICAS PARA A REALIZAÇÃO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO

ho
EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA PSICÓLOGA E DO PSICÓLOGO n@
yo
Art. 1º - Avaliação Psicológica é definida como um processo estruturado de
na

investigação de fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e


be
lla

instrumentos, com o objetivo de prover informações à tomada de decisão, no


rie

âmbito individual, grupal ou institucional, com base em demandas, condições e


ab

finalidades específicas.
-g

§1 - Os testes psicológicos abarcam também os seguintes instrumentos:


2
-7
02

escalas, inventários, questionários e métodos projetivos/expressivos, para


.1

fins de padronização desta Resolução e do SATEPSI.


76
.6

§2 - A psicóloga e o psicólogo têm a prerrogativa de decidir quais são os


22

métodos, técnicas e instrumentos empregados na Avaliação Psicológica,


-9

desde que devidamente fundamentados na literatura científica psicológica


do
ru

e nas normativas vigentes do Conselho Federal de Psicologia (CFP).


se

Art. 2º - Na realização da Avaliação Psicológica, a psicóloga e o psicólogo devem


s
ia

basear sua decisão, obrigatoriamente, em métodos e/ou técnicas e/ou


r
fa

instrumentos psicológicos reconhecidos cientificamente para uso na prática


n
yo

profissional da psicóloga e do psicólogo (fontes fundamentais de informação),


na
be

podendo, a depender do contexto, recorrer a procedimentos e recursos auxiliares


lla

(fontes complementares de informação).


ie

Consideram-se fontes de informação:


br
ga

I – Fontes fundamentais:
a) Testes psicológicos aprovados pelo CFP para uso profissional da
psicóloga e do psicólogo e/ou;
b) Entrevistas psicológicas, anamnese e/ou;

3
Esse artigo já caiu em concurso. Fica a dica.
4
Fonte: http://satepsi.cfp.org.br/docs/Resolução-CFP-nº-09-2018-com-anexo.pdf

| 16
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Aula 02

c) Protocolos ou registros de observação de comportamentos


obtidos individualmente ou por meio de processo grupal e/ou
técnicas de grupo.
II - Fontes complementares:
a) Técnicas e instrumentos não psicológicos que possuam respaldo
da literatura científica da área e que respeitem o Código de Ética e as
garantias da legislação da profissão;

51
b) Documentos técnicos, tais como protocolos ou relatórios de

7:
:1
equipes multiprofissionais.

14
DA SUBMISSÃO E AVALIAÇÃO DE TESTES AO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE TESTES

2
02
PSICOLÓGICOS (SATEPSI)

/2
Art. 4º - Um teste psicológico tem por objetivo identificar, descrever, qualificar e

03
4/
mensurar características psicológicas, por meio de procedimentos sistemáticos de

-0
observação e descrição do comportamento humano, nas suas diversas formas de

om
expressão, acordados pela comunidade científica.

l.c
ai
Art. 6º – Os testes psicológicos, para serem reconhecidos para uso profissional de

tm
psicólogas e psicólogos, devem possuir consistência técnico-científica e atender os

ho
requisitos mínimos obrigatórios, listados a seguir: n@
yo
I - apresentação de fundamentação teórica, com especial ênfase na
na

definição do(s) construto(s), descrevendo seus aspectos constitutivo e


be
lla

operacional;
rie

II - definição dos objetivos do teste e contexto de aplicação, detalhando a


ab

população-alvo;
-g

III - pertinência teórica e qualidade técnica dos estímulos utilizados nos


2
-7
02

testes;
.1

IV - apresentação de evidências empíricas sobre as características técnicas


76
.6

dos itens do teste, exceto para os métodos projetivos/expressivos;


22

V - apresentação de evidências empíricas de validade e estimativas de


-9

precisão das interpretações para os resultados do teste, caracterizando os


do
ru

procedimentos e os critérios adotados na investigação;


se

VI - apresentação do sistema de correção e interpretação dos escores,


s
ia

explicitando a lógica que fundamenta o procedimento, em função do


r
fa

sistema de interpretação adotado, que pode ser:


n
yo

a) Referenciada à norma, devendo, nesse caso, relatar as


na
be

características da amostra de normatização de maneira explícita e


lla

exaustiva, preferencialmente comparando com estimativas


ie

nacionais, possibilitando o julgamento do nível de


br
ga

representatividade do grupo de referência usado para a


transformação dos escores.
b) Diferente da interpretação referenciada à norma, devendo, nesse
caso, explicar o embasamento teórico e justificar a lógica do
procedimento de interpretação utilizado.
VII - apresentação explícita da aplicação e correção para que haja a garantia
da uniformidade dos procedimentos.

| 17
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

Parágrafo único - Testes psicológicos estrangeiros adaptados para o Brasil


devem atender aos incisos supracitados.
VIII - Atenção aos requisitos explicitados nos artigos 30, 31, 32 e 33.
Art. 13 - Os testes psicológicos com parecer final desfavorável do CFP poderão ser
reapresentados a qualquer tempo e seguirão o trâmite previsto no Artigo 12 desta
Resolução.
Art. 14 - Os estudos de validade, precisão e normas dos testes psicológicos terão

51
prazo máximo de 15 (quinze) anos, a contar da data da aprovação do teste

7:
:1
psicológico pela Plenária do CFP.

14
§1º - Caso novas versões do teste sejam apresentadas e recebam parecer

2
02
favorável, versões anteriores poderão ser utilizadas até o vencimento dos

/2
estudos de normatização, validade e precisão.

03
4/
§2º - Os testes com parecer favorável no SATEPSI com data anterior à

-0
publicação desta Resolução terão sua vigência mantida para os estudos de

om
validade (20 anos) e para normas (15 anos).

l.c
ai
§3º - Não sendo apresentada a revisão no prazo estabelecido no caput deste

tm
artigo, o teste psicológico perderá a condição de uso e será excluído da

ho
relação de testes com parecer favorável pelo SATEPSI. n@
yo
Art. 15 - A responsabilidade pela submissão dos estudos de validade, precisão e de
na

atualização de normas dos testes psicológicos ao SATEPSI, será do responsável


be
lla

técnico pelo teste ou psicóloga ou psicólogo legalmente constituído.


rie

DA SUBMISSÃO AO SATEPSI DE VERSÕES EQUIVALENTES DE TESTES


ab

PSICOLÓGICOS APROVADOS (INFORMATIZADAS E NÃO INFORMATIZADA)


-g

Art. 18 - Será considerada versão equivalente de um teste psicológico aquela com


2
-7
02

formato diferente de aplicação descrita na versão aprovada pelo SATEPSI.


.1
76
.6

DA ATUALIZAÇÃO DE NORMAS DE TESTES PSICOLÓGICOS


22

Art. 21- Define-se Atualização de Normas o processo de elaboração de novos


-9

estudos normativos para testes psicológicos aprovados e com evidências de


do
ru

validade vigentes.
se

§1 - Não se trata de atualização de normas o estudo com amostras que possuam


s
ia

características sociodemográficas diferentes das especificadas no Manual do teste


r
fa

aprovado pelo SATEPSI.


n
yo

§2 - Nesse caso, o material deverá ser submetido à nova avaliação pelo SATEPSI,
na
be

seguindo as normas desta Resolução, incluindo-se as novas evidências de validade


lla

e estudos de precisão.
ie

DA ATUALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE VALIDADE DE TESTES PSICOLÓGICOS


br
ga

Art. 26 - Define-seAtualização de Estudos de Validadeo processo de elaboração ou


compilação de novos estudos de evidências de validade que não constem no
manual de teste psicológico com parecer favorável pelo SATEPSI.

Administração dos Testes na Aplicação

| 18
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Alguns outros pontos devem ser observados na aplicação dos testes. Não
tenho a pretensão de escrever melhor que alguns autores. Por isso transcrevo
literalmente um trecho que acho fundamental:

Os procedimentos na aplicação dos testes têm como objetivo garantir a sua


validade, porque, mesmo dada a sua condição técnica e científica, um teste pode
produzir resultados inválidos se for mal aplicado. Assim, deve seguir a risca as

51
instruções e recomendações que explicitam os seus manuais. Sem, entretanto,

7:
:1
como dizem Alchieri & Cruz (2003), assumir uma postura estereotipada e rígida.

14
Como se espera saber o nível de aptidão ou as preferências do testando, este deve

2
02
se sentir na sua melhor forma para agir de acordo com as suas habilidades, e não

/2
03
sob a interferência de distratores ambientais. No processo de aplicação levam-se

4/
em consideração alguns aspectos indispensáveis para a realização satisfatória

-0
dessa atividade: Qualidade do ambiente físico; Qualidade do ambiente psicológico;

om
e Material de testagem.

l.c
ai
1 - A Qualidade do Ambiente Físico

tm
ho
Todas as estruturas do ambiente físico devem colocar o testando em
n@
favorável disposição de reação. De forma que é preciso considerar as condições do
yo
local de trabalho: cadeira, mesa, espaço físico; Atmosféricas: iluminação,
na

temperatura, higiene; De silêncio: isolamento acústico.


be
lla

2 - A Qualidade do Ambiente Psicológico


rie

O psicólogo deve atenuar o nível de ansiedade do(s) examinando(s) a um


ab
-g

mínimo possível através do rapport, bem como:


2

a) Verificar se o(s) examinando(s) apresenta(m) alguma dificuldade de saúde


-7
02

e/ou impedimentos relacionados (Alchieri & Cruz, 2003);


.1

b) Esclarecer o(s) examinado(s) de modo que ele(s) compreenda(m)


76
.6

exatamente as tarefas a serem executadas;


22

c) Memorizar as instruções e ministrá-las em voz alta e pausada, de uma


-9

única vez, e igual para todos (qualquer mudança implica em alteração ou invalidade
do
ru

dos resultados).
se

3 - Material de Testagem
s
ia

Todo material que será utilizado no processo de aplicação deve constar em


r
fa

quantidade a mais do número de candidato ou examinando: Quando se trata de


n
yo

material reutilizável verificar se está em perfeito estado (ALCHIERI & CRUZ, 2003);
na
be

Cadernos de exercício; Folhas de resposta; Papel ofício A4 e lápis específicos


lla

conforme o teste (para o H.T.P - teste da casa/árvore/pessoa -, por exemplo, exige-


ie
br

se o grafite no 2).
ga

Questões Relacionadas ao Aplicador ou Examinador


1 - Das Condições Técnicas do Aplicador
Segundo Anastásia e Ordena (2000), muitas das questões sobre o rigor e o
valor da avaliação psicológica passam pela atuação do psicólogo que a realiza,
assim sendo, exige-se dele que apresente tais condições mínimas:
a) Conhecimento atualizado da literatura e de pesquisas disponíveis sobre o
comportamento humano e sobre o instrumental psicológico;

| 19
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

b) Treinamento específico para o uso dos instrumentos;


c) Domínio sobre os critérios estabelecidos para avaliar e interpretar
resultados obtidos;
d) Capacidade para considerar os resultados obtidos à luz das informações
mais amplas sobre o indivíduo, contextualizando-os;
e) Seguir as orientações existentes sobre organizações dos laudos finais e,
acima de tudo, garantir princípios éticos quanto ao sigilo e à proteção ao(s)

51
indivíduo(s) avaliado(s) (apud Pacheco, 2005).

7:
:1
2 - Modo de Atuação do Aplicador

14
O aplicador ou examinador também deve ter cuidados com os itens

2
02
seguintes:

/2
a) Não aceitar pressão quanto ao emprego de determinados instrumentos a

03
4/
fim de reduzir os custos para empresa ou escola, que interfiram na qualidade do

-0
trabalho (Alchieri & Cruz, 2003);

om
b) Fazer prevalecer o princípio da isonomia, que consiste em tratar a todos

l.c
ai
do mesmo modo (remarcar um teste para um candidato, por exemplo, é dar

tm
tratamento diferenciado, o que infringe este princípio legal);

ho
n@
c) Não responder as questões dos examinandos com maiores detalhes do
yo
que os permitidos pelo manual (Alchieri & Cruz, 2003). Ou seja, as dúvidas sobre
na

todas as questões devem ser esclarecidas sem que o aplicador dê indicativo de


be
lla

resposta (este item é mais delicado quando se trata de criança ou pessoa com
rie

cuidados especiais);
ab

d) Usar um vocabulário apropriado (sem: gíria, jargão psicológico, palavras


-g

chulas ou rebuscadas); procurar ter equilíbrio emocional; e evitar interrupções


2
-7
02

durante a testagem;
.1

e) Evitar a familiarização do público com os conteúdos dos testes, o que


76
.6

perderia sua característica avaliativa; assegurar que os testes são utilizados por
22

examinador qualificado; controlar a comercialização dos testes psicológicos;


-9

considerar as condições em que foram realizados os testes, quando for apurar e


do
ru

interpretar seus resultados;


se

f) A aparência, nesse tipo de atividade, o aplicador não é livre para usar


s
ia

qualquer roupa, uma vez que esta variável interfere nos resultados. Recomendam-
r
fa

se roupas limpas e adequadas, ou seja, formais, discretas, nunca “chamativas” ou


n
yo

sensuais; e o uso moderado de perfume. Tem pessoas muito sensíveis à odores, que
na
be

podem se sentir incomodadas ao lado ou na mesma sala com a fragrância muito


lla

forte de uma outra. Se for uma grávida o incômodo pode ser ainda mais acentuado.
ie

3 - Controle dos Vieses do Aplicador


br
ga

A postura do aplicador pode afetar o processo. Pesquisas conclusivas dão


conta de sua grande interferência nos resultados. O psicólogo é um ser humano com
seus problemas, etc., como os demais, mas também é um técnico, e por isto mesmo
deve está consciente desta influência, para procurar minimizá-la. Espera-se que
tenha adquirido habilidades próprias da profissão, das quais faça uso em situação
de testagem, a exemplo, do autoconhecimento mais elaborado que lhe permita
conhecer melhor as suas aptidões e limitações. Para ser psicólogo, Calligaris (2004)
diz que não é necessário ser “normais” nem é preciso estarmos curados de nossas

| 20
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Aula 02

neuroses, mas seria bem-vindo que a gente não se tomasse pelo ouro do mundo
(p.92). Ou seja, entre outros, a arrogância, parece mais comprometedora em
quaisquer dos processos desse exercício profissional.

Questões Específicas que Dizem Respeito ao(s) Examinado(s) ou Testando(s)


1 - Os Direitos dos Testandos
No Brasil, a atuação do psicólogo na testagem é considerada uma atividade

51
pericial. Por lei, os peritos devem prestar serviço de qualidade à sociedade, e esta

7:
:1
qualidade pode ser cobrada judicialmente. Isto é, o psicólogo responde até

14
criminalmente por sua conduta na área dos testes psicológicos. Os direitos do

2
02
testando, de modo geral, são norteados pelos comitês de ética em Psicologia e

/2
pelas normas para Testagem Educacional e Psicológica da American Psychological

03
4/
Association (APA), nos seguintes aspectos:

-0
a) Consentimento dos testandos ou seus representantes legais, antes da

om
realização da testagem. As exceções a esta regra são: Testagem por determinação

l.c
ai
legal (perícia) ou governamental (testagem nacional); Testagem como parte de

tm
atividades escolares regulares; Testagem de seleção, em que a participação implica

ho
consentimento; n@
yo
b) Testagem em escolares e aconselhamento, os sujeitos têm o direito a
na

explicações em linguagem que eles compreendam sobre os resultados que os testes


be
lla

irão produzir e das recomendações que deles decorram;


rie

c)Testagem em escolas, clínicas, quando os escores são utilizados para


ab

tomar decisões que afetam os testandos, estes ou seus representantes legais têm o
-g

direito de conhecer seu escore e sua interpretação.


2
-7
02

2 - Sigilo e Divulgação dos Resultados


.1

O candidato (empresa), paciente (clínica), orientando (clínica e escola) que


76
.6

submetem aos testes tem o direito a toda e qualquer informação que desejar; O
22

solicitante da testagem, dono da empresa, no caso da seleção ou juiz, no caso


-9

pericial (mas, as informações serão estritamente relacionadas ao motivo da


do
ru

solicitação). O sigilo e a segurança dos resultados dos testes devem seguir as


se

normas seguintes:
s
ia

a) Os arquivos devem ser seguros, de modo que ninguém possa ter acesso a
r
fa

um dado sem a autorização do profissional responsável;


n
yo

b) O código de ética do psicólogo diz: É dever do psicólogo respeitar o sigilo


na
be

profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das


lla

pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional (Art.


ie

9º, 2005, p.13).


br
ga

Fonte: http://www.algosobre.com.br/psicologia/os-testes-psicologicos-e-as-suas-
praticas.html

Fases da Avaliação Psicológica

| 21
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Aula 02

E quanto as fases da avaliação psicológica? Cunha facilita nossas vidas e


descreve as etapas do Processo de Avaliação Psicológica ou Psicodiagnóstico
- 1º momento: realização da(s) primeira(s) entrevista(s) para
levantamento e esclarecimento dos motivos (manifesto e latente) da
consulta, as ansiedades, defesas, fantasias e a construção da história
do indivíduo e da família em questão. Nesta etapa ocorre a definição
das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame. (demanda, hipóteses)

51
- 2º momento: reflexão sobre material coletado na etapa anterior e

7:
:1
sobre as hipóteses iniciais a fim de planejar e selecionar os

14
instrumentos a serem utilizados na avaliação. Em alguns casos se

2
02
mostram de suma importância as entrevistas, incluindo os membros

/2
mais implicados na patologia do paciente e/ou grupo familiar.

03
4/
(seleção de escopo e de testes)

-0
- 3º momento: realização da estratégia diagnóstica planejada. Na

om
avaliação, de um modo geral, não é obrigatório (apesar de bastante

l.c
ai
indicado) o uso de testes psicológicos. Nessa fase ocorre o

tm
levantamento quantitativo e qualitativo dos dados. É relevante

ho
n@
salientar que não deve haver um modelo rígido de psicodiagnóstico
yo
ou de avaliação psicológica, uma vez que cada caso é único,
na

demonstrando necessidades únicas, sendo estas sanadas com


be
lla

instrumentos próprios para elas. (aplicação de testes e/ou técnicas)


rie

- 4º momento: estudo do material coletado. Nesta etapa faz-se a


ab

integração dos dados e informações, buscando recorrências e


-g

convergências dentro do material, encontrar o significado de pontos


2
-7
02

obscuros, correlacionar os instrumentos entre si e com as histórias


.1

obtidas no primeiro momento, formulando inferências por estas


76
.6

relações tendo como ponto de partida as hipóteses iniciais e os


22

objetivos da avaliação. (consolidação das informações)


-9

- 5º momento: entrevista de devolução. Nela ocorre a comunicação


do
ru

dos resultados obtidos, as orientações a respeito do caso e o


se

encerramento do processo. Ela pode ocorrer somente uma vez, ou


s
ia

diversas vezes, uma vez que, geralmente, faz-se uma devolutiva de


r
fa

forma separada para o paciente (em primeiro lugar) e outra para os


n
yo

pais e o restante da família. Quando o paciente é um grupo familiar,


na
be

a devolutiva e as conclusões são transmitidas a todos. (devolução das


lla

informações)
ie

Podemos simplificar essas cinco etapas em três, de acordo com as


br
ga

entrevistas realizadas:
a) Entrevista Inicial: É a primeira entrevista de um processo de
psicodiagnóstico. Semidirigida, durante a qual o sujeito fica livre para
expor seus problemas.
b) Entrevistas Subsequentes: busca a obtenção de mais dados com
riqueza de detalhes.
c) Entrevista de Devolução ou Devolutiva: No término do
psicodiagnóstico, o técnico tem algo a dizer ao entrevistado em

| 22
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Aula 02

relação ao que fundamenta a indicação. Deve-se evitar o uso de


jargão técnico (expressões própria da ciência circulante entre os
profissionais da área, em outras palavras “gíria profissional”), e
iniciar por sintoma ligado diretamente à queixa principal; A entrevista
de devolução deve encerrar com a indicação terapêutica.

Definição de Teste Psicológico

51
7:
:1
Segundo a Resolução CFP n.º 002/2003:

14
Art. 1º - Os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou

2
02
mensuração de características psicológicas, constituindo-se um

/2
método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo, em

03
4/
decorrência do que dispõe o § 1°do Art. 13 da Lei n° 4.119/62.

-0
Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput deste artigo, os

om
testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de observação e

l.c
ai
registro de amostras de comportamentos e respostas de indivíduos

tm
com o objetivo de descrever e/ou mensurar características e

ho
n@
processos psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas
yo
emoção/afeto, cognição/inteligência, motivação, personalidade,
na

psicomotricidade, atenção, memória, percepção, dentre outras, nas


be
lla

suas mais diversas formas de expressão, segundo padrões definidos


rie

pela construção dos instrumentos.


ab
-g

Tipos de testes Psicológicos


2
-7
02
.1

Quais são as técnicas de investigação psicológica? São todas as técnicas


76
.6

utilizadas pelo psicólogo que não são testes psicológicos. Por testes psicológicos
22

devemos entender tanto os testes psicométricos quanto os projetivos.


-9

Para facilitar, podemos listar da seguinte forma:


do
ru

Métodos e Técnicas Testes Psicológicos


se

Entrevista (todos os tipos): anamnese, Testes Impressionistas (projetivos ou


s
ia

devolutiva, inicial, triagem, com a gráficos)


r
fa

criança, com a mãe, com os pais, com a Testes Psicométricos


n
yo

família, etc.
na
be

Visita à escola, ao trabalho, etc.


lla

Hora do jogo
ie
br

Desenho livre da família, de uma


ga

história, etc.
Jogo da memória
Observação
Pesquisa documental, etc.
Em uma antiga questão de concurso encontramos a melhor distinção entre as
classificações:
CESPE – TCU – Psicólogo – 2011

| 23
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Aula 02

Os testes psicométricos baseiam-se na teoria da medida e,


especificamente na psicometria, fazem uso de números para
descrever os fenômenos psicológicos, ao passo que os testes
impressionistas (projetivos e expressivos), ainda que se utilizem de
números, fundamentam-se na descrição linguística.
A assertiva está correta e devemos entender a mesma da seguinte forma:

51
7:
:1
Testes Psicológicos

14
2
02
Testes Psicométricos Testes Impressionistas

/2
03
Testes Expressivos Testes Projetivos

4/
-0
om
Testes Gráficos

l.c
ai
tm
A melhor maneira de entender e classificar os testes é a partir da forma como

ho
ele produz os próprios resultados. Temos, portanto, três formas gerais de testes
n@
psicológicos: os testes psicométricos, os testes projetivos e os testes gráficos.
yo
na

Observe que os testes projetivos e os expressivos são “tipos” de testes


be

impressionistas.
lla
rie

Vamos começar!
ab

Os testes psicométricos são escalas ou inventários, de resposta previamente


-g

determinada e que podem apresentar resultados, mesmo quando apenas uma


2
-7

subescala é a aplicada. As normas gerais utilizadas são quantitativas, o resultado é


02

um número ou medida. Grupos de itens podem ser avaliados separadamente. Os


.1
76

testes psicométricos têm um caráter científico, se baseiam na teoria da medida e,


.6
22

mais especificamente, na psicometria. Utilizam números para descrever os


-9

fenômenos psicológicos, assim, são considerados objetivos. É o caso, por exemplo,


do

das Escalas Weschler, do IHS, do IFP, dos Inventários Beck, etc.


ru
se

Os testes projetivos, diferentemente dos testes psicométricos, são


s

caracterizados por estímulos ambíguos, ou seja, estímulos que podem eliciar


ia
r
fa

diferentes tipos de respostas em diferentes pessoas. Esse tipo de teste é usado


n
yo

apenas para a avaliação da personalidade. Suas normas de correção são


na

qualitativas, ou seja, são testes menos objetivos. Apesar disso, apresentam fatores
be

ainda quantitativos (quando contamos a frequência de respostas, por exemplo). O


lla
ie

resultado se expressa através de uma tipologia. Além disso, o diagnóstico não pode
br
ga

ser dado apenas por uma prancha, mas pela avaliação global dos resultados de
todo o teste (pois trabalham com tipologias). É a constância de certas
características avaliadas no teste como um todo que dará a relativa certeza de um
diagnóstico (ex.: testes de personalidade em geral). Não se confundem com os
testes gráficos, pois o avaliado não expressa-se graficamente para a produção da
projeção. Esses testes manifestam conteúdos latentes através da conduta
manifesta. Seguem, em regra, a fase de aplicação seguida de inquérito. São
exemplos de testes projetivos o Rorschach, Zulliger, TAT e CAT-A.

| 24
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Aula 02

Por fim, os testes gráficos, também conhecidos como expressivos, são


caracterizados pela participação motora do avaliado na produção de informações
para a avaliação. Esses testes adquirem um papel central dentro do
psicodiagnóstico porque detectam níveis profundos de integração e estruturação e
apoiam-se no fato de que o desenho surge, na evolução, como expressão da
necessidade infantil de recriação dos objetos internos e do mundo interno, sentido
profundo que conserva na vida primeva (infantil). São exemplos de testes gráficos

51
o HTP, PMK e Palográfico.

7:
:1
14
O que são os testes impressionistas

2
02
A diferença fundamental entre estes dois tipos de testes, é que os

/2
testes psicométrico se baseiam na teoria da medida, em que usava

03
4/
números (estatística) para descrever os fenômenos psicológicos, já os

-0
testes impressionista, podem, mas não se fundamentam nos

om
números ou na teoria da medida. Exemplo de teste psicométrico,

l.c
ai
como o de Inteligência (QI), assim como testes de atitudes. Já os

tm
testes impressionistas ou projetivos, são como desenho de um casa

ho
n@
ou figura humana. Os testes psicométrico são maximamente
yo
padronizados em suas tarefas e em sua interpretação, em que o
na

aplicador deve chegar a resultados. Já os impressionistas


be
lla

apresentam tarefas não-estruturadas, sendo a decodificação e


rie

interpretação dependentes em grande parte do aplicador, pode gerar


ab

resultados e interpretação até contrastantes. Por isso os testes


-g

psicométrico preferem utilizar técnicas de resposta do tipo escolha


2
-7
02

forçada, não gerando ambigüidades, já os testes impressionistas


.1

requerem livres dos sujeitos, tornando a apuração mais ambígua e


76
.6

sujeita aos vieses de interpretação. Os testes psicométrico aparecem


22

menos riscos do que os testes impressionistas. O psicométrista prima


-9

pela objetividade, por tarefas são padronizadas, a correção ou


do
ru

apuração das respostas é mecânica, já o impressionista trabalha com


se

a subjetividade, por tarefas que são pouco ou nada estruturadas, a


s
ia

apuração das respostas deixam margem para interpretações


r
fa

subjetivas. Portanto, o Teste Psicométrico (fotógrafo, medida,


n
yo

padronização, pobreza, produto, objetividade) x Teste


na
be

Impressionista (artista, descrição, não-padronização, riqueza,


lla

processo, subjetividade).
ie
br

PASQUALI, L. Testes Psicológicos: conceitos, história, tipos e usos.


ga

Em: PASQUALI, L. Técnicas de Exame Psicológico – TEP: manual. São


Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. Cap. 1

O que são os testes expressivos:


Para Mira y López (MIRA, 1987) as técnicas expressivas
apresentam uma singularidade bem específica. Elas abrangem todas
aquelas técnicas onde as expressões da personalidade poderiam ser

| 25
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Aula 02

registradas através de meios audiovisuais, incluindo além das


técnicas grafológicas e miocinéticas,
fonográficas, fisiognomônicas, assim como todos os registros
feitos com filme e fotografias, além daquelas técnicas que registram
reações de natureza fisiológica (cutâneas, respiratórias, circulatórias,
metabólicas, eletroencefalográficas). Segundo este autor, estas
técnicas permitiriam a exploração da personalidade, mas nelas o

51
sujeito não se projetaria. As pessoas concentram-se em si mesmas;

7:
:1
elas se comportam como podem, com suas reações habituais, que

14
independem de uma vontade consciente. São técnicas que não

2
02
utilizam a linguagem falada, e onde o sujeito não pode intervir no

/2
resultados porque este escapa ao seu controle consciente.

03
4/
Já Anderson e Anderson (1967), em seu livro Técnicas

-0
Projetivas do Diagnóstico Psicológico, outro manual clássico sobre

om
testes de personalidade, no capítulo sobre as técnicas expressivas, só

l.c
ai
inclui os estudos da grafologia, dos movimentos corporais e

tm
expressões fisionômicas. Testes como o PMK, o HTP, o MAPS, o teste

ho
n@
do Mosaico, e as técnicas que compreendem narrativas e
yo
acabamentos serão todos agrupados sob a classificação Outros
na

Métodos Projetivos.
be
lla

Anastasi (1967) e Anzieu (1978) distinguem os métodos


rie

expressivos por sua qualidade de catarse. Anzieu (1978) dá um lugar


ab

de destaque às técnicas expressivas, quando atribui ao desenho uma


-g

das origens dos métodos projetivos. Porém, também não dedica


2
-7
02

qualquer capítulo especial para eles.


.1

Com Anastasi (1967) as técnicas expressivas acabam


76
.6

sendo absorvidas como uma das categorias dos testes projetivos. Ela
22

cita entre os principais tipos desta categoria expressiva, as técnicas


-9

do desenho e de pintura, as atividades de brinquedo, e o psicodrama.


do
ru

Estes métodos serviriam como recursos diagnósticos e terapêuticos.


se

Através da oportunidade de auto-expressão oferecidas por eles, o


s
ia

sujeito não apenas revelaria suas dificuldades, como também


r
fa

conseguiria se libertar delas.


n
yo

[...]
na
be

Anzieu (1978) tentou esclarecer a diferença entre


lla

expressão e projeção. Em relação ao desenho, ao considerar seu uso


ie

enquanto puramente terapêutico ou catártico, lembra que com este


br
ga

objetivo, o desenho não se configura como um teste. Isto porque um


teste vai sempre supor uma situação padronizada, acompanhada por
uma intenção de avaliação. Como técnicas expressivas que podem
expressar a personalidade, o desenho livre, o relato livre e o jogo
dramático improvisado, bastante utilizados em procedimentos
psicoterapêuticos. Para melhor esclarecer seu ponto de vista, ele
acaba recorrendo a uma distinção feita anteriormente por Bellak e

| 26
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Aula 02

Symonds, que achamos interessante reproduzir aqui. Para estes


autores existiriam três tipos de testes:
1] Técnicas expressivas - onde o sujeito fica inteiramente
livre, não apenas em relação às instruções como também em relação
ao material proposto. Porém, ao adotar esta posição, algumas
técnicas expressivas ficam sem localização, já que para algumas
técnicas expressivas existem regras objetivas. Em relação aos

51
desenhos do tipo HTP, Desenho do Animal, Desenho da Escola, certos

7:
:1
critérios são padronizados: as instruções são as mesmas, a folha

14
ofício é padrão, assim como o lápis número dois, configurando um

2
02
mínimo de objetividade no material. É preciso lembrar

/2
que adaptação, expressão e projeção estão sempre presentes

03
4/
quando as técnicas expressivas se referem aos desenhos. Em termos

-0
do comportamento adaptativo, vai ser preciso considerar se frente à

om
solicitação da tarefa o sujeito reagiu de forma adequada, além de

l.c
ai
verificar a adequação aos padrões de idade, sexo, grupo cultural, etc.

tm
Em relação ao comportamento puramente expressivo, é preciso

ho
n@
analisar o estilo particular que se prende à produção do sujeito.
yo
Finalmente, em termos projetivos, vai ser necessário verificar os
na

conteúdos simbólicos atribuídos aos desenhos. Estas abordagens


be
lla

são complementares, e precisam ser analisadas com cuidado.


rie

2] Testes Projetivos - onde as respostas são livres, porém o material é


ab

definido e padronizado. A definição aqui não se aplica ao conteúdo, e


-g

sim ao material que é utilizado. O conteúdo deve ser vago, ambíguo


2
-7
02

e pouco estruturado. Quanto mais indefinido for o conteúdo de uma


.1

imagem ou de uma mancha, mais certeza pode-se ter quanto à


76
.6

qualidade projetiva do material obtido. Para tornar mais claro esta


22

definição relacionada a uma indefinição, podemos pensar no


-9

Rorschach, onde o material utilizado é bem definido: são pranchas


do
ru

com as mesmas manchas, põem onde as próprias manchas são


se

bastante indefinidas. Outro exemplo pode ser visto no Teste de


s
ia

Apercepção Tridimensional de Doris Twitchell Allen (apud (BELL,


r
fa

1978), uma espécie de Rorschach em terceira dimensão, e que se


n
yo

constitui de formas geométricas vagas e pouco estruturadas, com as


na
be

quais o sujeito deve construir uma situação e uma estória. Anzieu


lla

(1978) vai subdividir os testes projetivos em temáticos e estruturais.


ie

Entretanto, vale a pena lembrar que os desenhos também poderiam


br
ga

ser posicionados dentro desta categoria, já que oferecem uma


excelente oportunidade para a projeção de sentimentos sobre os
quais o sujeito não tem um conhecimento direto, e “não quer ou não
pode revelar, isto é, aspectos mais profundos e inconscientes; isso
porque, sendo um meio menos usual de comunicação do que a
linguagem, tem um conteúdo simbólico menos reconhecido” (VAN
KOLCK, 1981, p.2).

| 27
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

3] Testes Psicométricos - onde só existe uma resposta correta, e onde o


material requer uma precisão rigorosa.
Finalizando, as técnicas expressivas oferecem inúmeras
variações. Enquanto técnicas gráficas, os desenhos podem ser
organizados de acordo com a maior ou menor liberdade dos temas
propostos. Baseando-nos nesta exposição que fizemos, vamos
sugerir uma fusão dos princípios de organização de alguns autores.

51
Sugerimos o agrupamento destas técnicas gráficas em quatro

7:
:1
categorias, obedecendo ao princípio de liberdade que se prendem

14
aos temas e tarefas.

2
02
1] Tarefas altamente estruturadas, e que vão ser avaliadas

/2
de acordo com o grau de adaptação maior ou menor em relação ao

03
4/
modelo proposto. Referem-se aos testes em que se propõe que o

-0
sujeito procure reproduzir algumas figuras. Nesta categoria estariam

om
incluídos os Testes de Bender (CLAWSON, 1989), as Figuras

l.c
ai
Complexas de Rey (1942/1999), o próprio PMK de Mira y Lopéz

tm
(1962/1987) ou o teste Palográfico de Minicucci (1991), ou o teste de

ho
n@
Vetter (GAYRAL, 1977) construído em 1939, e que consiste na cópia de
yo
figuras geométricas elementares (quadrados, triângulos, linhas
na

ordenadas em forma de escada, ângulos retos, etc.)


be
lla

2] Tarefas com estruturação intermediária, onde é pedido


rie

que o sujeito complemente alguns sinais iniciais (que podem ser


ab

pontos, linhas ou curvas). Nessa categoria inclui-se o teste de


-g

Wartegg, ou mesmo a técnica do Rabisco de Winnicott (1984). Tendo


2
-7
02

em vista a preocupação de Winnicott (1984) que não gostaria de ver


.1

sua técnica transformada em um método projetivo estruturado e


76
.6

com regras bem estabelecidas, é importante lembrar o quanto ele


22

enfatizava a necessidade de flexibilidade. Nesta técnica, a liberdade


-9

de escolha está sempre em primeiro lugar, sendo a criança livre para


do
ru

escolher conversar, cantar, brincar ou desenhar (MAZZOLINI, 2007).


se

Gayral (1977) fala de um outro técnica intermediária, construída por


s
ia

Horn e Hellersberg, e que apresenta 12 quadros com uma


r
fa

estimulação pictórica rica, exigindo que criação de desenhos


n
yo

complexos.
na
be

3] O terceiro grupo envolve o desenho de temas


lla

determinados. E aqui é possível localizar as inúmeras técnicas


ie

gráficas, como o Teste da Figura Humana (MACHOVER, l974), o Teste


br
ga

da Árvore (KOCH, 1949/1962); o Teste HTP (BUCK, 2003) que pede o


desenho de uma Casa-Árvore-Pessoa, o Desenho da Família de
Corman (1969), o Desenho do Interior do Corpo, de Desenho do
Interior do Corpo (TAIT & ASCHER, 1955), o Desenho do Animal de
Levy & Levy (1969), o teste da Mandala de Dias (1996), o Desenho do
Professor de Klepsch (1984), o teste de Fay (GAYRAL, 1977), onde é
pedido o desenho de uma mulher passeando na rua, num dia de
chuva. São inúmeras as derivações destas técnicas gráficas.

| 28
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

4] Por último, algumas técnicas se diferenciam porque


propõe ao sujeito um tema indeterminado, tal como os Desenhos
Livres, ou o Finger-Paint. Aqui se localizam melhor o Teste das
Garatujas na versão de Meurisse (GAYRAL, 1977), ou tal como foi
idealizado por Corman (1971). “Estes desenhos livres e atemáticos
oferecem uma ampla margem de liberdade para a criação livre,
utilizando como estímulo elementos que têm mais de um

51
significado”. (GAYRAL, 1977: 72-73). Sem a intermediação de qualquer

7:
:1
indicação, esta produção espontânea pode expressar vivencias e

14
conteúdos emocionais bastante reveladoras.

2
02
/2
03
4/
Fonte: Conceito de Expressão e Testes Expressivos. Elza Rocha Pinto. Disponível

-0
em: http://psyerp.blogspot.com.br/2013/07/o-conceito-de-expressao.html

om
l.c
ai
tm
ho
Instrumentos de avaliação: critérios de seleção, avaliação e interpretação dos
resultados. n@
yo
na

Existem “n” tipos de instrumentos de avaliação que podemos utilizar para


be
lla

mensurar nossas hipóteses de psicólogos. Para Cronbach (apud PASQUALI, 2001),


rie

um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e


ab
-g

descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas. Um teste


2

psicológico é fundamentalmente uma mensuração objetiva e padronizada de uma


-7
02

amostra de comportamento. Uma verificação ou projeção futura dos potenciais do


.1

sujeito. A finalidade de um teste consiste em medir as diferenças existentes, quanto


76
.6

a determinada característica, entre diversos sujeitos, ou então o comportamento


22

do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões – diferença inter e intra – individual,


-9

respectivamente.
do
ru

Sabemos que na escolha dos testes, devemos atentar para alguns pontos
se

importantes que listo, didaticamente, a seguir:


s
ia

1- Estar contemplado na lista do Satespsi


r
fa

a. Ser Fidedigno
n
yo

b. Ser válido
na
be

2- O teste deve ser capaz de mensurar o que o examinador se


lla

propõe a examinar
ie
br

3- A aplicação deve ser realizada em um ambiente e que não


ga

interfira na validade e fidedignidade do teste.


4- O examinador deve ser capaz de interpretar seus dados
satisfatoriamente e de devolver essas informações de
forma adequada.
Vamos fazer um estudo um pouco mais aprofundado desses conceitos. Mas,
antes, devemos diferenciar os conceitos de padronização, normatização e amostra
de padronização.

| 29
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Padronização e Normatização

Vamos começar com um quadro com definições simplificadas sobre os


termos.

Conceito Sinônimos Definição


Validade - Capacidade do teste medir realmente o

51
que pretende medir

7:
:1
Fidedignidade Confiabilidade, capacidade dos resultados serem

14
precisão e reproduzidos dados às mesmas condições

2
02
reprodutibilidade

/2
03
Padronização -
5
Uniformidade na aplicação dos testes

4/
Normatização -
6
Escores utilizados para a correção dos

-0
resultados

om
l.c
Amostra de - Identifica as amostras de estudo para

ai
Padronização validar os testes. Quanto maior o “erro de

tm
ho
amostragem” menos útil é o teste. Por isso,
n@
a amostra de padronização deve ser ampla
yo
e representativa da população
na

considerada, tanto no aspecto


be
lla

quantitativo como qualitativo.


rie

Preditor - Capacidade de oferecer resultados


ab
-g

prospectivos capazes de servir como


2

prognóstico para desempenho no cargo


-7
02

Não confunda preditor com precisão!


.1
76
.6

A grande maioria dos autores entende que os conceitos de padronização e


22

normatização são diferentes, mas relacionados. Autores como Cronbach (1996) ,


-9
do

Alchiere e Cruz (2003) e Pasquali (2003, 2010) diferenciam Padronização e


ru

Normatização da seguinte forma:


se

Padronização: é a uniformidade na aplicação dos testes (material,


s
ia
r

ambiente, aplicador, instruções de aplicação, correção, etc.) e o


fa
n

processo de estabelecer procedimentos padronizados e valores


yo
na

normativos para a comparação e a avaliação do desempenho dos


be

indivíduos ou grupos.
lla

Normatização: é a uniformidade na interpretação dos escores dos


ie
br

testes segundo tabelas, percentis, escore z, etc. As normas fornecem


ga

valores padrão por meio da equivalência dos escores brutos obtidos


no teste, com alguma forma de escore derivado.

Cuidado com a definição de Anne Anastasi (1977). A autora entende que


“padronização” contém o conceito de “normatização”. Para a autora a

5
Em resumo: é a aplicação padronizada (aplicação do teste psicológico).
6
Em resumo: é a correção padronizada.

| 30
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

padronização é alcançada quando existe a uniformidade dos procedimentos no uso


de um teste, desde os cuidados a serem tomados na aplicação do teste, ou seja
uniformidade das condições de testagem até os parâmetros ou critérios para a
interpretação dos resultados dos sujeitos submetidos à testagem.
Urbina (2007), na esteira de Anastasi, entende que toda “padronização”
contém o conceito de “normatização”. A padronização é a uniformidade dos
procedimentos, desde a aplicação até a correção e interpretação dos resultados,

51
englobando o local em que o teste é administrado, circunstancias de

7:
:1
administração, examinador, ou seja tudo que pode afetar os resultados,

14
objetivando tornar tão uniforme quanto possível todas as variáveis que estão sob

2
02
controle do examinador. Urbina não fala de normatização, mas coloca a sua

/2
definição dentro do conceito de padronização, ao dizer que a padronização

03
4/
funciona a partir do uso de padrões para a avaliação dos resultados. Os padrões são

-0
normas derivadas de um grupo de indivíduos representativo de uma população,

om
denominados amostra normativa ou amostra de padronização.

l.c
ai
Portando, para Anastasi e Urbina não há uma diferença dos conceitos

tm
padronização e normatização. Mas, vamos deixar um ponto muito claro. Caso

ho
n@
peçam as autoras, utilize os dois conceitos como sinônimos, senão, siga
yo
diferenciando os dois tópicos.
na

A padronização envolve:
be
lla

a) Material de testagem
rie

b) Qualidade do teste (ele tem de ser válido e preciso)


ab

c) Pertinência do teste à demanda


-g

d) Adequação do teste ao sujeito avaliado (nível intelectual,


2
-7
02

escolaridade, etc.)
.1

e) Apresentação e condições do material


76
.6

f) Ambiente de testagem
22

g) Condições Psicológicas do examinador e do avaliado


-9

h) Rapport
do
ru

i) Tempo e duração de aplicação


se

j) Habilidade do aplicador
s
ia

k) Respeito à lei de aplicação do teste psicológico


r
fa

l) Sigilo e divulgação dos resultados


n
yo

A normatização envolve:
na
be

a) Padrões para interpretar um resultado


lla

b) Normas gerais, estatísticas descritivas e escore padrão


ie

c) Normas de desenvolvimento e normas intragrupo


br
ga

a. As normas de desenvolvimento tem relação com as faixas


etárias e a idade mental. Pode incluir nível de escolaridade
b. As normas intragrupo são aplicadas para a identificação
da posição do sujeito dentro do seu grupo (exemplo: nível
de inteligência de um aluno dentro de sua sala de aula).

Fidedignidade

| 31
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

O termo Fidedignidade (sinônimo de confiabilidade e de precisão) está


relacionado com a capacidade dos resultados serem reproduzidos dados às
mesmas condições (princípio da reprodutibilidade). Como os resultados das
repetidas aplicações do teste foram consistentes, pode-se afirmar que o teste
apresenta boa fidedignidade. Fidedignidade ou confiabilidade refere à capacidade
dos resultados serem reproduzidos dadas as mesmas condições, ou seja: na mesma
amostra o mesmo teste apresenta o mesmo resultado.

51
A medição é formada por três elementos:

7:
:1
a) A medida verdadeira

14
b) O erro amostral (relacionado com o tamanho da amostra)

2
02
c) O erro não amostral ou sistemático (relacionado com as respostas

/2
em branco do entrevistado)

03
4/
A medição da confiabilidade pode ser feita a partir dos seguintes critérios:

-0
a) Medida de estabilidade (confiabilidade por teste-reteste) –

om
estabilidade temporal

l.c
ai
b) Método de formas alternativas ou paralelas

tm
c) Método de metades Partidas (Split-half)

ho
d) Coeficiente Alfa de Cronbach e Coeficiente KR-20 n@
yo
na
be
lla

Validade
rie
ab

A Validade de um teste significa a capacidade que esse teste tem em medir


-g

aquilo que ele se propõe, ou seja, um determinado constructo teórico. Em outras


2
-7
02

palavras, o seu resultado deve se relacionar significativamente com a expressão do


.1

comportamento que quer ser mensurado. Existem várias classificações de validade


76
.6

na literatura:
22

Classificação I
-9

Validade Interna: condições de aplicação do instrumento


do
ru

Validade Externa: condições de generalização (representatividade


se

da amostra e a correspondência entre os respondentes e a unidade de


s
ia

análise).
r
fa

Classificação II7
n
yo

a) Validade Aparente: enfoca a forma do instrumento e o vocabulário


na
be

utilizado. É a menos satisfatória das validades, pois avalia somente


lla

se há consistência teórica no instrumento utilizado (relação entre


ie

teoria adotada e instrumento). Pode ser avaliada por um conjunto de


br
ga

juízes, é uma avaliação subjetiva. (relação teoria-teste)


b) Validade de Conteúdo (evidências relacionadas ao conteúdo):
verifica se o instrumento é capaz de representar o que se deseja
medir. Um instrumento de medição deve conter todos os itens de
domínio do conteúdo das variáveis que se pretende medir. A área do
conteúdo deve ser sistematicamente analisada a fim de analisar que

7
Compilação do Professor Alyson Barros que recomendo que use para concurso.

| 32
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

todos os aspectos fundamentais sejam expressos (em proporções


corretas). Esse conteúdo deve ser descrito antes da elaboração do
instrumento. Pode ser entendido como Validade de Traço (busca da
coerência interna de cada medida e a consistência sob os diferentes
enunciados). (relação itens-escopo pretendido)
c) Validade de Constructo: elo entre o nível conceitual e o operacional.
É dado pela medida em que a definição operacional (constructo) de

51
um conceito reflete de fato seu verdadeiro significado. Aqui existe um

7:
:1
marco teórico que deve estar consistente com outros instrumentos

14
da área. Pode ser realizada pela correlação entre testes.

2
02
(comparação com outros testes)

/2
d) Validade de Critério: é o delineamento das evidências relacionadas

03
4/
a um critério. Ocorre a comparação com algum critério externo. Este

-0
critério é um padrão com o qual se julga a validade de um

om
instrumento. Se o critério se fica no presente temos a Validade

l.c
ai
Convergente (correlação ao mesmo tempo). Se o critério se fixa no

tm
futuro, temos a Validade Preditiva (validade para predizer no futuro

ho
n@
os desempenhos individuais). Essa validade preditiva é estabelecida
yo
através de correlações dos resultados do teste com subsequente
na

medida do critério. Dentro da validade de critério ainda existe a


be
lla

Validade Discriminante, que refere-se a capacidade do instrumento


rie

não fornecer dados estranhos ao que se propõe medir. A Validade


ab

Empírica (ou Nomológica) é a comparação entre os resultados de um


-g

instrumento com um critério exterior. Quando o instrumento


2
-7
02

consegue distinguir indivíduos sabidamente diferentes, estamos


.1

diante da Validade Simultânea.


76
.6

e) Validade Total: é obtida pela soma das validade de conteúdo, de


22

critério e de constructo. Quanto maior esse desempenho, mais


-9

estamos medindo àquilo proposto.


do
ru

Classificação III8
se

1) Validade de construto (construct validity): o teste mede um atributo


s
ia

ou qualidade que não é “operacionalmente definido”; (Cronbach &


r
fa

Meehl, 1955).
n
yo

2) Validade de conteúdo (content validity): o teste constitui uma


na
be

amostra representativa de um universo de conteúdo (Cronbach &


lla

Meehl, 1955; Haynes, Richard, & Kubany, 1995), além de ser relevante
ie

(Messick, 1989).
br
ga

3) Validade de critério (criterion-oriented validity): o teste prediz um

8
ATENÇÃO: Essa terceira nos é apresentada por Pasquali, em seu artigo Validade
dos “Testes Psicológicos: Será Possível Reencontrar o Caminho?”. Psicologia:
Teoria e Pesquisa. 2007, Vol. 23 n. especial, pp. 099-107. Essa classificação é
gigante, recomendo que concentre-se na classificação anterior. Porém, essa
orientação não descartará a leitura atenta!

| 33
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

critério externo (Cronbach & Meehl, 1955).


4) Validade preditiva (predictive validity): variedade da validade de
critério, em que este é medido tempora- riamente depois de obtidos
os dados do teste (Cronbach & Meehl, 1955).
5) Validade concorrente (concorrent validity): variedade da validade
de critério, em que este é medido simultaneamen- te à coleta dos
dados do teste (Cronbach & Meehl, 1955).

51
6) Validade aparente (face validity): consiste em se ter “peritos”

7:
:1
revendo os conteúdos de um teste para ver se eles são apropriados

14
“em sua cara” (Mosier, 1947, 1951).

2
02
7) Validade generalizável (validity generalization): a informação dos

/2
escores do teste deve ser generalizável sobre populações e tempo

03
4/
(Mosier, 1947, 1951; Messick, 1989).

-0
8) Validade discriminante (discriminant validity): um teste tem

om
validade discriminante se mostrar correlação nula com um teste que

l.c
ai
mede um traço independente de persona- lidade (Campbell & Fiske,

tm
1959).

ho
n@
9) Validade convergente (convergent validity): um teste
yo
tem validade convergente se mostrar correlação alta
na

com um teste que mede um traço de personalidade


be
lla

teoricamente rela- cionado ao que o teste mede


rie

(Campbell & Fiske, 1959);


ab

10) Validade incremental (incremental validity): a questão de se uma


-g

medida particular aporta poder explicativo sobre e além de outra


2
-7
02

media para predizer um critério relevante (Bryant, 2000).


.1

11) Validade fatorial (factorial validity): um tipo de validade de


76
.6

construto em que testes são submetidos à análise fatorial para


22

verificar se possuem variância comum (caso em que se diz que estão


-9

cobrindo o mesmo construto) (Guilford, 1946).


do
ru

12) Validade lógica (logical validity): um teste julgado válido por


se

peritos (Cronbach, 1949).


s
ia

13) Validade empírica (empirical validity): Cronbach (1949).


r
fa

14) Validade conseqüencial (consequential validity): os aspectos


n
yo

sociais dos escores dos testes devem ser levados em conta (Messick,
na
be

1989).
lla

15) Validade intrínseca (Intrinsic validity): Gulliksen (1950).


ie

16) Validade substantiva (Substantive validity): validade baseada em


br
ga

bases racionais ou teóricas (Messick, 1989).


17) Validade estrutural (structural validity): as respostas devem ser
internamente consistentes sobre diferentes partes do teste (Messick,
1989).
18) Validade externa (external validity): os escores do teste devem se
correlacionar com outras medidas ou variáveis de fundo (Messick,
1989) ou a medida pode ser generaliza- da através de várias situações
(Emory, 1985; Lönnqvist & Hannula, s/d ).

| 34
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

19) Validade interna (internal validity): são as validades de critério, de


conteúdo e de construto (Emory, 1985; Lönn- qvist & Hannula, s/d ).
20) Validade de hipótese (hypothesis validity): uma medi- da tem
validade de hipótese se, em relação a outras variáveis, ela “se
comporta” como dela se espera (Weber, 1990).
21) Validade indireta (indirect validity): o mesmo que validade de
hipótese (Janis, 1965).

51
22) Validade posditiva (posdictive validity): o oposto de validade

7:
:1
preditiva (Haynes & cols., 1995).

14
23) Validade curricular (curricular validity): constitui uma extensão da

2
02
validade de conteúdo e consiste em verificar o aumento da

/2
aprendizagem (se se descobre que há aumento de aprendizagem em

03
4/
dois testes com validade de conteúdo, então se verifica validade

-0
curricular).

om
24) Validade diferencial (differential validity): validade de uma bateria

l.c
ai
de testes avaliada pela capacidade de predizer diferenças no

tm
desempenho em dois ou mais critérios.

ho
n@
25) Validade cruzada (cross validity): confirmar a vali- dade dos
yo
resultados a partir de um novo exame com estudo empírico feito com
na

uma segunda amostra independente.


be
lla

26) Validade de grupos mistos (mixed-group validity): duas amostras


rie

com formatos diferentes no traço ou diferen-


ab

tes probabilidades em expressar dado comportamento são


-g

comparadas.
2
-7
02

27) Validade múltipla (multiple validity): um teste tem validade


.1

múltipla quando estiver atrelado a uma amostra vasta de critérios.


76
.6

28) Validade ecológica (ecologial validity): o quanto um instrumento


22

psicológico mede fatores espaciais, temporais e situacionais do


-9

campo de aplicação.
do
ru

29) Validade sintética (synthetic validity): validade de teste complexo


se

ou de uma bateria de testes baseada no fato de que vários fatores


s
ia

foram representados num único escore composto.


r
fa

30) Validade condicional (conditional validity): a validade do teste


n
yo

depende do uso que dele se faz.


na
be

31) Validade incondicional (unconditional validity): a validade do teste


lla

depende do construto sendo medido e não do uso que dele se faz.


ie

32) ?
br
ga

Como disse o próprio Pasquali nessa classificação “Você está convidado a


acrescentar outros tipos de valida- de, se quiser utilizar sua criatividade ou sobrar
espaço! Quer dizer: parece que perdemos o rumo! Isso, porque se reduziu a validade
de um instrumento de medida a um julgamento sobre as condições de obtenção de
uma dada medida (o escore no teste), a utilidade e os usos que se fazem ou se
podem fazer da mesma. Ela já não é mais um parâmetro objetivo de instrumento.
Assim, validade significa tudo o que diz respeito aos testes psicológicos e,
conseqüentemente, não explica mais nada”.

| 35
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

A opinião de Pasquali sobre o conceito de Validade

Para Pasquali, no livro Psicometria, o entendimento da Validade de testes

51
psicológicos ainda não é algo passível de consenso. No entanto ele apresenta, no

7:
:1
seu ponto de vista, a divisão da validade da seguinte forma9:

14
2
02
I. VALIDADE DE CONSTRUCTO

/2
Sinônimos: conceito, intrínseca, fatorial e aparente.

03
4/
Conceito: mensuração de um atributo ou qualidade, o qual não tenha sido

-0
definido operacionalmente (Cronbach e Meheel).

om
Mensuração:

l.c
ai
1. Análise de representação comportamental do construto (avalia

tm
critérios internos ao teste)

ho
Análise da Consistência Interna n@
yo
Correlação interna dos itens
na

Análise Fatorial
be
lla

Quantidade de itens mínimos para produzir resultados


rie

2. Análise por hipótese (avalia critérios externos ao teste)


ab

Validação convergente-discriminante
-g

Correlação com outros testes


2
-7
02

3. Curva de informação de TRI


.1

4. Falsete estatístico do erro da TCT


76
.6

Erro de estimação
22
-9

II. VALIDADE DE CRITÉRIO


do
ru

Conceito: Eficácia em predizer um desempenho específico de um sujeito.


se

Tipos:
s
ia

Validade preditiva
r
fa

Validação concorrente – critério de validação é coletado após


n
yo

a aplicação do teste
na
be

Validade concorrente
lla

Validação concorrente – critério de validação é coletado


ie

simultaneamente.
br
ga

III. VALIDADE DE CONTEÚDO


Conceito: Capacidade em descrever comportamentos específicos.
Método:
(1) definição do conteúdo

9
Dica do Professor: Recomendo que preste bastante atenção às técnicas estatísticas para cada tipo
de validade!

| 36
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(2) explicitação dos processos psicológicos (os objetivos) a serem


avaliados
(3) determinação da proporção relativa de representação no tópico
de cada tópico do conteúdo.
Mensuração:
Mensuração é praticamente garantida pela técnica de construção do teste:
1. Definição do domínio cognitivo

51
2. Definição do universo do conteúdo

7:
:1
3. Definição da representatividade de conteúdo

14
4. Elaboração da tabela de especificação

2
02
5. Construção do teste

/2
6. Análise teórica dos itens

03
4/
7. Análise empírica dos itens

-0
om
A abordagem dinâmica da inteligência

l.c
ai
tm
Ao contrário da visão tradicional da inteligência, a da psicologia diferencial

ho
(aquela baseada no positivismo), existe uma abordagem relevante para concursos
n@
que é a abordagem dinâmica. Sua base é qualitativa e seu foco é a personalidade.
yo
A inteligência seria uma decorrência dessa visão compreensiva.
na
be

Vejamos uma breve introdução antes de citarmos a diferença dada por Bock:
lla

A abordagem da Psicologia Diferencial


rie
ab

A Psicologia diferencial, baseando-se na tradição positivista, acredita que a


-g

tarefa da ciência é estudar aquilo que é observável (positivo) e mensurável.


2
-7

Portanto, a inteligência, para ser estudada, deve-se tomar observável. Esta


02

capacidade humana foi, então, decomposta em inúmeros aspectos e


.1
76

manifestações. Nós não observamos diretamente a inteligência, mas podemos


.6

medi-la através dos comportamentos humanos, que são expressões da capacidade


22
-9

cognitiva.
do

Assim, "vemos" e medimos a inteligência das pessoas através de sua


ru

capacidade de verbalizar idéias, compreender instruções, perceber a organização


se
s

espacial de um desenho, resolver problemas, adaptar-se a situações novas,


ia
r

comportar-se criativamente frente a uma situação.


fa
n

A inteligência, nesta abordagem, seria um composto de habilidades e


yo
na

poderia ser medida por meio dos conhecidos testes psicológicos de inteligência.
be

Os Testes de Inteligência
lla

Em 1904, na França, Alfred Binet (1857-1911) criou os primeiros testes de


ie
br

inteligência, que tinham como objetivo verificar os progressos de crianças


ga

deficientes do ponto de vista intelectual. Programas especiais eram realizados para


o progresso dessas crianças, e os testes tornaram-se necessários para que se
pudesse avaliar a eficiência desses programas, isto é, o progresso obtido.
Binet partiu daquilo que as crianças poderiam realizar em cada idade. Vários
itens ou problemas eram colocados para as crianças, e, se a maioria delas, numa
certa idade, conseguisse realizá-los e a maioria das crianças de uma faixa de idade

| 37
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

inferior não conseguisse, esses itens eram considerados como discriminatórios, isto
é, estava caracterizada a realização normal de crianças daquela idade.
Ao se examinar uma criança, tornava-se possível avaliar se seu
desenvolvimento intelectual acompanhava ou não o das crianças de sua idade.
Os resultados de quase todos os testes de inteligência são apresentados pelo
que se denominou Quociente Intelectual (Q.I.). Este quociente é obtido
relacionando a idade da criança com o seu desempenho no teste, ou seja, verifica-

51
se se ela está no nível de desenvolvimento intelectual considerado normal para sua

7:
:1
idade.

14
Sabemos que uma das curiosidades mais comuns entre os leigos é saber se

2
02
o quociente intelectual modifica-se ou não no decorrer de nossas vidas. Moreira

/2
Leite responde a esta curiosidade afirmando que

03
4/
"nada existe, teoricamente, que impeça a modificação do Q. I. para

-0
mais ou para menos. Para entender esse processo, podemos pensar no

om
que ocorre com o desenvolvimento do corpo: uma criança pode nascer

l.c
ai
com muita saúde e ter possibilidades de bom desenvolvimento físico;

tm
no entanto, se for subalimentada durante vários anos, é provável que

ho
n@
apresente um desenvolvimento físico pior do que uma criança que
yo
nasceu mais fraca, mas teve melhores condições de alimentação e
na

higiene. Está claro que, nos casos extremos, essas diferenças de


be
lla

ambiente não chegam a eliminar as diferenças de constituição. Por


rie

exemplo, se uma criança nasce com graves defeitos físicos, pode


ab

continuar deficiente, apesar de condições muito favoráveis para seu


-g

desenvolvimento. Não existe razão para que o mesmo não ocorra com
2
-7
02

o desenvolvimento da inteligência. (...) Concluindo, pode-se dizer que o


.1

Q.I. tende a ser estável quando as condições de desenvolvimento da


76
.6

criança também o são: se tais condições se modificarem para melhor


22

ou pior, o mesmo acontecerá com o Q.I.".


-9

Problemas dos Testes de Inteligência


do
ru

Com a utilização dos testes de inteligência, alguns questionamentos foram


se

surgindo:
s
ia

a. O termo inteligência era compreendido de diferentes maneiras


r
fa

pelos psicólogos construtores dos testes e os testes refletiam


n
yo

essas diferenças. E, apesar de diferentes testes serem considerados


na
be

como avaliadores da inteligência, o que se viu na prática é que


lla

estavam medindo fatores parecidos ou completamente diferentes.


ie

Alguns testes avaliavam, fundamentalmente, o aspecto ou fator


br
ga

verbal, enquanto outros, o fator percepção espacial. Assim, um


mesmo indivíduo poderia ter um alto quociente intelectual aqui e um
baixo ali.
b. A utilização freqüente dos testes levantou um outro
questionamento - a rotulação ou classificação das crianças.
Avaliadas pelos testes de inteligência e classificadas
como deficientes, normais ou superdotadas, as crianças eram
fechadas dentro destas classificações, os pais e professores

| 38
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

passavam a agir em função das expectativas que as classificações


geravam, e a criança era induzida a corresponder às expectativas,
comportando-se de acordo com o novo papel imposto.
c. Os testes sofreram também sérios questionamentos pela
tendenciosidade que apresentavam, pois eram construídos em
função de fatores valorizados pela sociedade, ou seja, fatores que
os grupos dominantes apresentavam e que eram considerados

51
como desejáveis. Falar bem, resolver problemas com facilidade,

7:
:1
apresentar facilidade para aprender.

14
A abordagem dinâmica

2
02
A abordagem clínica da personalidade, que questionou fundamentalmente

/2
a decomposição da totalidade humana em diversos aspectos ou fatores, introduziu,

03
4/
na Psicologia, uma nova forma de interpretar os dados obtidos por meio dos testes

-0
psicológicos.

om
"Os dados obtidos nos testes deixaram de ser considerados como

l.c
ai
medidas da inteligência. Passaram a ser vistos como medidas apenas

tm
de eficiência do sujeito e as alterações dessa eficiência encaradas

ho
n@
como sintomas de perturbações globais e não como indicadores de
yo
potencial intelectual deficiente". M. Ancona-Lopez
na

Assim, nesta abordagem, o termo inteligência é questionado, porque supõe


be
lla

uma existência distinta do organismo na sua totalidade. A inteligência existiria


rie

como algo, ou algum fator no indivíduo, que poderia ser medido e avaliado. Nesta
ab

abordagem dinâmica, a inteligência passa a ser um adjetivo - inteligente - que


-g

qualifica a produção cognitiva e intelectual do homem. Por isso, nesta abordagem,


2
-7
02

os dados obtidos nos testes não são medidas da inteligência, mas medidas da
.1

eficiência intelectual do indivíduo.


76
.6

Cabe ressaltar ainda que os níveis baixos nos testes não implicam pouca
22

inteligência, pois nesta abordagem o indivíduo é visto na sua globalidade. A criança


-9

que apresenta dificuldades de verbalizar, de resolver problemas, ou de aprender o


do
ru

que lhe é ensinado deve ser compreendida, não como uma criança deficiente
se

intelectual ou pouco inteligente, mas como uma criança que, provavelmente, vive,
s
ia

naquele momento, dificuldades psicológicas, conflitos relacionados ao seu


r
fa

desenvolvimento, sendo um de seus sintomas um rebaixamento da produção


n
yo

intelectual. Esta criança deve ser recuperada em todas as suas capacidades, na sua
na
be

globalidade.
lla

Os testes passam a ser instrumentos auxiliares na identificação de


ie

dificuldades, as quais são encaradas como sintomas de conflitos; tornam-se


br
ga

instrumentos para iniciar um trabalho de recuperação, e não instrumentos para


finalizar um trabalho de classificação. Além disso, nesta abordagem, os testes
tornam-se muitas vezes dispensáveis.
O estudo do comportamento intelectual ou cognitivo do indivíduo, ou outro
qualquer, é feito em função de sua personalidade e de seu contexto social. O
indivíduo faz parte de um meio, no qual age, manipula, transforma, desenvolvendo
concomitantemente suas estruturas psíquicas.

| 39
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

A inteligência deixa de ser estudada como uma capacidade isolada, para ser
pensada como capacidade cognitiva e intelectual que integra a globalidade
humana. Assim, quando é enfocada uma produção intelectual do homem, esta é
analisada nos seus componentes cognitivos, afetivos e sociais.
A inteligência nesta abordagem não tem lugar de destaque. A noção de
unidade do organismo e totalidade de reações enfatizou a impossibilidade de se
decompor a personalidade em funções isoladas.

51
A inteligência, compreendida como capacidade cognitiva ou intelectual, não

7:
:1
pode ser estudada, analisada, nem compreendida, isolada da totalidade de

14
aspectos, aptidões, capacidades do ser humano.

2
02
Todas as expressões do homem são carregadas de elementos psíquicos,

/2
decorrentes de sua capacidade cognitiva, afetiva, corporal. E os atos, que são

03
4/
adjetivados como inteligentes, não estão isentos de componentes afetivos, além

-0
dos cognitivos.

om
Nesta abordagem dinâmica, supõe-se que o indivíduo, quando está bem do

l.c
ai
ponto de vista da vida psíquica, conseguindo lidar adequadamente com seus

tm
conflitos, tem todas as condições para enfrentar o mundo, realizando atos

ho
n@
"inteligentes", ou seja, resolvendo adequadamente problemas que se apresentam,
yo
sendo criativo, verbalizando bem suas idéias etc.
na

Fonte: Ana Maria Mercês Bock. Psicologias. 15ª Edição.


be
lla
rie
ab
-g
2

Tipos de testes
-7
02
.1

Para classificarmos os testes que queremos usar, precisamos usar critérios.


76
.6

Segundo a literatura, podemos usar os seguintes:


22

a) Segundo o método utilizado:


-9

a. Psicométricos – as normas gerais utilizadas são quantitativas, o


do
ru

resultado é um número ou medida. Grupos de itens podem ser


se

avaliados separadamente. Os testes psicométricos têm um


s
ia

caráter científico, se baseiam na teoria da medida e, mais


r
fa

especificamente, na psicometria. Utilizam números para


n
yo

descrever os fenômenos psicológicos, assim, são considerados


na
be

objetivos.
lla

b. Projetivos - normas são qualitativas, ou seja, são testes menos


ie
br

objetivos. O resultado se expressa através de uma tipologia. Por


ga

terem uma avaliação qualitativa, evidentemente que seus


elementos (itens de teste) não podem ser medidos em separado.
E a constância de certas características avaliadas no teste como
um todo que dará a relativa certeza de um diagnóstico (ex.: testes
de personalidade em geral). Os testes projetivos caracterizam-se
pela ambigüidade do material (geralmente imagens ou borrões
de tinta) que é apresentado ao sujeito cuja personalidade está
sendo avaliada. O CAT (Children Apperception Test) é uma versão

| 40
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

do TAT para crianças, onde os seres humanos são substituídos


por animais.
b) Segundo a Finalidade:
a. Testes de Velocidade ou Rapidez: Os testes puros de velocidade
medem a rapidez de raciocínio ou execução de determinada
tarefa. Caracterizam-se pelo tempo certo de administração e pelo
fato de serem homogêneos, isto é, medirem o mesmo fatos

51
comum em todos os itens muito fáceis para se ter como variável

7:
:1
apenas a rapidez de execução. (relativa constância de

14
dificuldade)

2
02
b. Testes de Potência ou Nível: Os testes puros de potência são

/2
aqueles que medem, não a rapidez da execução, mas a qualidade

03
4/
da mesma. Avaliam a potencialidade do indivíduo em relação a

-0
alguma característica. Os itens apresentam-se em dificuldade

om
crescente – teste heterogêneo- e isso toma mais tempo para a sua

l.c
ai
realização. Não se pode dizer que o tempo é ilimitado, pois isso

tm
implicaria ter-se que estar à disposição do testando.

ho
c) Segundo a Influência do Examinador n@
yo
a. Pessoais: o administrador gerencia o rapport. Em princípio, todos
na

os testes presenciais são pessoais – o que varia é o grau de


be
lla

influência. Os testes projetivos, em maior grau, e os testes


rie

psicométricos, em menor grau, são exemplos disso.


ab

b. Impessoais: geralmente são os testes auto-administrados


-g

d) Segundo o Modo de Administração:


2
-7
02

a. Individuais
.1

b. Coletivos
76
.6

c. auto-administrados
22

e) Segundo o Atributo Medido


-9

a. De rendimento.
do
ru

b. Aproveitamento ou realização: servem para medir o grau de


se

eficiência na realização de uma tarefa aprendida. O objetivo é


s
ia

medir, objetivamente, o conhecimento que o indivíduo adquiriu


r
fa

sobre algo, em relação ao seu grupo.


n
yo

c. Aptidão (ou habilidade): têm como objetivo avaliar a


na
be

capacidade com que uma pessoa pode adquirir novo


lla

conhecimento relacionado com uma determinada habilidade ou


ie

competência específica. Medem o “potencial ” do indivíduo para


br
ga

aprender ou realizar uma tarefa. Uma forma de subdivisão desses


testes é: testes de aptidão específica; testes de aptidão especial.
Os testes de aptidão geral (Fator g) medem inteligência como um
todo; dão a medida geral da esfera intelectiva. São os testes que
se referem, ao mesmo tempo, a diferentes aspectos da atividade
inteligente. Como exemplo desses instrumentos, temos o INV, o
Barcelona, o Dominó, etc. Os testes que medem o Fator G
dividem-se em testes ou escalas que avaliam o desenvolvimento

| 41
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

mental, ou seja, a inteligência em seu aspecto evolutivo e testes


de capacidade mental que mensuram a função intelectiva já
desenvolvida.
d. Personalidade: Os testes de personalidade medem as
características de personalidade propriamente ditas, que não se
referem aos aspectos cognitivos da conduta. Ex.: estabilidade
emocional, atitude, interesse, sociabilidade, etc.

51
7:
:1
Sobre os testes de personalidade, temos dois tipos: Baylão e Rocha (2014, p.

14
12 ) comentam que:
10

2
02
Os testes de personalidade servem para analisar os diversos traços de

/2
personalidade, sejam aqueles determinados pelo caráter (traços

03
4/
adquiridos ou fenotípicos) como pelo temperamento (traços inatos ou

-0
genotípicos). Um traço de personalidade é uma característica

om
marcante da pessoa e que é capaz de distingui-la das demais. Os testes

l.c
ai
de personalidade são genéricos quando revelam traços gerais de

tm
personalidade em uma síntese global e recebem o nome de

ho
n@
psicodiagnósticos. Os testes de personalidade são chamados
yo
específicos quando pesquisam determinados traços ou aspectos da
na

personalidade, como equilíbrio emocional, tolerância a frustrações,


be
lla

interesses, motivação, etc. Tanto a aplicação como a interpretação dos


rie

testes de personalidade exigem necessariamente a participação de um


ab

psicólogo.
-g
2
-7
02
.1

Distorções e Cuidados na Aplicação dos Testes


76
.6
22

Vamos nos concentrar, por enquanto, nos cuidados (e distorções) que o


-9

examinador deve ter no processo de aplicação e correção dos instrumentos


do
ru

psicológicos.
se
s
ia
r
fa
n
yo
na
be
lla
ie
br
ga

10
Fonte: BAYLÃO, A. L.S.; ROCHA, A. P. S.. A importância do processo de recrutamento e
seleção de pessoal na organização empresarial. 2014.

| 42
ga
br
ie
lla
be
na
yo
n
fa
ria
s
se
ru
Aula 02

do
-9
22
.6
76
.1
02
-7
Professor Alyson Barros

2
-g
ab
rie
lla
be
na
Psicologia para a SEMSA Manaus

yo
n@
ho
tm
ai
l.c
om
-0
4/
03
/2
02
2
14

| 43
:1
7:
51
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Testes de aptidão cognitiva.


As principais capacidades cognitivas (ou aptidões cognitivas) são:
inteligência, atenção/foco, percepção, memória e linguagem. Porém, podemos ter
outras aptidões cognitivas, como planejamento, execução de tarefas, raciocínio,
lógica, estratégias, tomada de decisões e resolução de problemas.

51
Testes Válidos em 2021

7:
:1
As Pirâmides Coloridas de Pfister

14
Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - 4ª edição (WISC-IV)

2
02
Teste Wisconsin de Classificação de Cartas

/2
Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST)

03
4/
Teste Wisconsin de Classificação de Cartas - versão para idosos

-0
Escala de Inteligência Wechsler para Adultos (WAIS III)

om
Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI)

l.c
ai
O Rorschach - Teoria e Desempenho (Sistema Klopfer)

tm
Rorschach - Sistema Compreensivo Favorável

ho
n@
Rorschach - Sistema da Escola Francesa (1. O Psicodiagnóstico de Rorschach em
yo
Adultos: Atlas, Normas e Reflexões. 2. A Prática do Rorschach)
na

Rorschach - Sistema de Avaliação por Desempenho


be
lla

Rorschach Clínico
rie

O teste de zulliger no sistema compreensivo - forma individual (ZSC )


ab

Z-Teste Coletivo e Individual Técnica de Zulliger


-g

Teste de Zulliger no sistema Escola de Paris: forma individual


2
-7
02

O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade


.1

Psicodiagnóstico Miocinético (PMK)


76
.6

Casa - Árvore- Pessoa - Técnica Projetiva de Desenho (HTP)


22

Teste de Apercepção Infantil - Figuras de Animais (CAT-A)


-9

Teste de Apercepção Infantil - Figuras Humanas (CAT-H)


do
ru

Teste de Apercepção Temática (TAT)


se

Matrizes Avançadas de Raven


s
ia

Matrizes Progressivas Avançadas de Raven


r
fa

Matrizes Progressivas Coloridas de Raven-CPM


n
yo

Myers-Briggs Type Indicator -Inventário de Tipos Psicológicos (MBTI)


na
be

Inventário de Depressão de Beck (BDI-II)


lla

Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5)


ie

Bateria Fatorial de Personalidade (bfp)


br
ga

Inventário de Personalidade NEO Revisado (NEO PI-R )


Inventário Dimensional Clínico da Personalidade 2 e Inventário Dimensional Clínico
da Personalidade versão triagem (IDCP-2 )
Inventário dos Seis Fatores de Personalidade (IFP-6)
Inventário Fatorial de Personalidade (IFP-II) Favorável
Inventário Fatorial de Personalidade Revisado - Versão Reduzida (IFP-R)
Inventário Hogan de Personalidade (HPI)
Inventário Reduzido dos Cinco Fatores de Personalidade (ICFP-R)

| 44
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Inventário de Habilidades Sociais 2 (IHS 2 Del Prette)


Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC)
Inventário de Habilidades Sociais Para Adolescentes (IHSA-Del-Prette)
Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento e Competência
Acadêmica para Crianças (SSRS)
Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF)
Entrevista Familiar Estruturada (EFE)

51
7:
:1
14
Testes Desfavoráveis

2
02
16 PF - quinta edição

/2
BFM-5 Bateria de Funções Mentais para Motoristas - Testes de Memória de Placas

03
4/
(BFM-5) [Temos os BFMs 1, 2, 3 e 4, mas não o 5]

-0
Manual Prático de Avaliação do HTP (Casa-Árvore-Pessoa) e Família [Temos o Casa

om
- Árvore- Pessoa - Técnica Projetiva de Desenho (HTP)]

l.c
ai
Teste Palográfico [Temos O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade]

tm
Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - Terceira Edição (WISC-III) [Temos o

ho
WISC-IV] n@
yo
Escala de Maturidade Mental Colúmbia (CMMS) [Temos a CMMS-3]
na

Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo (EFN)


be
lla

Escalas Beck: Inventário de Depressão Beck (BDI), Inventário de Ansiedade Beck


rie

(BAI), Escala de Desesperança Beck (BHS), Escala de Ideação Suicida Beck (BSI)
ab

[Temos o BDI-II apenas]


-g

Escalas de Personalidade de Comrey (CPS)


2
-7
02

Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette) [Temos o IHS-2]


.1

Matrizes Progressivas de Raven - Escala Geral - Séries A, B, C, D e E [Temos o teste


76
.6

Matrizes Progressivas de Raven]


22

Teste das Fábulas


-9

Z- Teste (Teste Zulliger) – Freitas


do
ru

Z-Teste (Técnica de Zulliger)


se
s
ia

Estudo dos testes psicológicos


r
fa
n
yo

Iremos, a seguir, nos deter nos principais testes psicológicos utilizados em


na
be

nosso país. Esse estudo não exclui a necessidade do contato com o material original
lla

e sua aplicação para a adequada habilidade em aplicar o mesmo.


ie
br
ga

TESTES PSICOMÉTRICOS

Escala Colúmbia de Maturidade Intelectual (CMMS 3 – Columbia Mental Maturity


Scale)

Escala utilizada na avaliação da capacidade de raciocínio geral de crianças


normais e também de crianças que tenham qualquer problema de comunicação,
audição, linguagem ou motor. É considerada, atualmente, um dos melhores

| 45
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

instrumentos para avaliar crianças em idade pré-escolar (CUNHA, 2000). O teste se


caracteriza por ser individual, rápido, de fácil aplicação, que fornece uma estimativa
da aptidão geral de raciocínio de crianças, a partir da idade de 3 anos e 6 meses até
10 anos. Possui 92 itens de classificação de figuras e desenhos que são dispostos em
uma série de 8 escalas ou níveis que se sobrepõe.
Observação importante: embora considerado uma medida de raciocínio
geral ou de maturidade mental, por suas autoras, ele tem sido mais indicado como

51
teste de triagem intelectual, para selecionar crianças a serem submetidas a uma

7:
:1
avaliação intelectual completa.

14
2
02
/2
WISC-IV (6-16 anos)

03
4/
A escala objetiva avaliar o funcionamento cognitivo dos 6 aos 16 anos, por

-0
meio de 15 subtestes, dez de aplicação obrigatória e cinco suplementares,

om
agrupados em quatro índices fatoriais: Índice de Compreensão Verbal (ICV), Índice

l.c
ai
de Organização Perceptual (IOP), Índice de Memória Operacional (IMO) e Índice de

tm
Velocidade de Processamento (IVP).

ho
n@
O ICV avalia a habilidade linguística de expressão verbal e de
yo
capacidade de raciocinar com palavras por meio dos subtestes de
na

Vocabulário, Compreensão, Semelhanças, Raciocínio com Palavras e


be
lla

Informação, sendo os dois últimos suplementares. O subteste


rie

Vocabulário avalia a extensão do léxico mental, requerendo


ab

habilidade linguística para elaborar definições. Em Compreensão,


-g

por meio da habilidade verbal, avalia-se a resolução de situações-


2
-7
02

problema envolvendo o entendimento de regras sociais e


.1

maturidade. A habilidade de conceituação por meio de raciocínio


76
.6

verbal é examinada pelo subteste Semelhanças, o que exige


22

raciocínio lógico e habilidade de síntese. Crianças com limitações


-9

intelectuais demonstram especial dificuldade em Semelhanças1. Em


do
ru

Raciocínio com Palavras examina-se o reconhecimento de conceitos


se

em presença de pistas verbais. O teste Informação avalia o domínio


s
ia

de conhecimentos gerais.
r
fa

O IOP examina a integração visuoespacial, o raciocínio não verbal e


n
yo

planejamento por meio dos subtestes Cubos, Raciocínio Matricial,


na
be

Conceitos Figurativos e Completar Figuras. Em Cubos, um dos


lla

principais subteste do Índice, são investigadas as habilidades de


ie

processamento visuoespacial e as funções executivas de


br
ga

planejamento e organização. O Raciocínio Matricial é uma medida de


inteligência fluida por meio da habilidade de realizar analogias em
uma matriz. Em Conceitos Figurativos avalia-se o raciocínio não
verbal por meio da habilidade de categorização. No subteste
Completar Figuras é avaliado o reconhecimento visual e a atenção
aos detalhes.
O IMO avalia os recursos de memória de trabalho e a flexibilidade
cognitiva por meio dos subtestes Dígitos e Sequência de Números e

| 46
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Letras e Aritmética, este último um teste suplementar. O subteste


Dígitos recruta os recursos para armazenamento e operação da
memória de trabalho. Sequência de Números e Letras requer,
principalmente, recursos de memória de trabalho, habilidade de
sequenciamento e flexibilidade cognitiva. O subteste Aritmética
avalia o raciocínio numérico.
Por fim, o IVP avalia a agilidade mental, a velocidade e a precisão na

51
integração visuomotora e no emprego dos recursos atencionais por

7:
:1
meio dos subtestes Códigos, Procurar Símbolo e Cancelamento, este

14
último, suplementar. Em Códigos, examina-se a velocidade e a

2
02
precisão com que números são associados aos códigos

/2
correspondentes. Quanto mais fácil for a memorização das

03
4/
associações entre os elementos, melhor será o desempenho na

-0
tarefa. Avalia-se também a memória visual, atenção e coordenação

om
visuomotora. Em Procurar Símbolos deve-se marcar se determinado

l.c
ai
elemento está ou não presente em uma linha de símbolos, sendo

tm
cada linha da tarefa um item independente. Avalia-se também a

ho
memória visual, atenção e coordenação visuomotora. n@
yo
Fonte: Diniz JM, Correa J, Mousinho R. Perfil cognitivo de crianças com dislexia e de
na

crianças com TDAH. Rev. Psicopedagogia 2020;37(112):18-28


be
lla
rie

WAIS – III (aplicado de 16 a 89 anos)


ab

Ele compreende 14 subtestes, sendo aplicados de forma alternada (subteste


-g

de execução em seguida o verbal), iniciando pelo subteste de execução Completar


2
-7
02

Figuras, mas, dependendo do objetivo da avaliação, a aplicação de todos não é


.1

necessária. Para o cálculo do QI total, por exemplo, são necessários 11 subtestes


76
.6

(CUNHA, 2000). Os testes suplementares e opcionais não entram no cômputo do QI


22

total:
-9

a) Subtestes Verbais: Vocabulário, Semelhanças, Aritmética, Dígitos,


do
ru

Informação, Compreensão e Sequência de Números e Letras (suplementar);


se

b) Subtestes de Execução: Completar Figuras, Códigos, Cubos, Raciocínio


s
ia

Mental, Arranjo de Figuras, Procurar Símbolos (suplementar) e Armar


r
fa

Objetos (opcional);
n
yo

O que cada Índice Fatorial reflete e os subtestes referentes a cada um deles


na
be

são:
lla

a) Compreensão Verbal: subtestes – Vocabulário, Informação e Semelhanças;


ie

evidencia o conhecimento verbal adquirido e o processo mental necessário


br
ga

para responder às questões, que seria a capacidade de compreensão


(raciocínio verbal).
b) Organização Perceptual: formado pelos subtestes Cubos, Completar
Figuras e Raciocínio Matricial; mede o raciocínio não-verbal, raciocínio
fluido, atenção para detalhes e integração viso-motora.
c) Memória de Trabalho: obtido pelos subtestes Aritmética, Dígitos e
Sequência de Números e Letras; está relacionado à capacidade de atentar-

| 47
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

se para a informação, mantê-la brevemente e processá-la na memória para,


em seguida, emitir uma resposta.
d) Velocidade de Processamento: subtestes componentes – Códigos e
Procurar Símbolos; refere-se à resistência à distrabilidade, mede os
processos relacionados à atenção, memória e concentração para processar,
rapidamente, a informação visual.

51
Inventário Fatorial de Personalidade – R (IFR versão reduzida)

7:
:1
Atenção: o IFP-R está válido. Esse é o IFR-Reduzido.

14
O IFP da Casa do Psicólogo que ainda não aparece como válido (apenas

2
02
seu estudo de atualização)

/2
O IFP-R é um teste de personalidade composto de 141 afirmações e usado

03
4/
exclusivamente pelo LabPAM/CESPE. Trata-se de uma adaptação do IFP que é

-0
utilizado em concursos não realizados pelo CESPE, com quase todas as perguntas

om
iguais, mudando basicamente a tabela de percentil, que como nos demais testes

l.c
ai
elaborados ou adaptados pelo LabPAM/CESPE (ICFP-R, EdAAI, Rathus), o IFP-R

tm
exige respostas tendendo a extremos na maioria dos fatores para se obter

ho
n@
adequação. Isto se deve à amostragem usada para elaborar as tabelas de percentil
yo
especificamente em situações de seleção, que nestes casos as pessoas tendem
na

majoritariamente a induzirem as respostas para o modo mais adequado possível.


be
lla

Eis os fatores avaliados:


rie
ab

Assistência: Prestar auxílio e proteção às pessoas. (altruísmo)


-g

Intracepção: Capacidade de analisar, especular, formular, generalizar / refere-


2
-7
02

se ao indivíduo que racionaliza excessivamente suas emoções.


.1

Afago: necessidade de proteção, carinho e mimo.


76
.6

Deferência: Acatar e respeitar decisões de superiores.


22

Afiliação: Capacidade de associar-se a outra pessoa e permanecer leal a ela.


-9

Dominância: Capacidade de controlar o ambiente e influenciar o


do
ru

comportamento alheio, através de persuasão. Diz respeito ao sujeito que


se

manipula e manda nos outros, que se mete em confusão e brigas e que gosta de
s
ia

ser o centro das atenções.


r
fa

Desempenho: Capacidade de superar obstáculos e as próprias fraquezas, ser


n
yo

bom trabalhador.
na
be

Exibição: Refere-se a pessoas que gostam de falar de si mesmas.


lla

Agressão: Usar a força para se opor.


ie

Ordem: Capacidade de organização, equilíbrio, precisão.


br
ga

Persistência: Perseverança ao realizar algo difícil, superando a si mesmo.


Mudança: Capacidade de mudar diante de circunstâncias
Autonomia: Capacidade de se governar por leis próprias; ser independente e
agir segundo o impulso.
Escalas de controle:
Validação: Consiste em frases óbvias, beirando a idiotice, que servem
para testar se o candidato entendeu o teste, se está lendo-o ou se esta
o respondendo às cegas (chutando tudo). Uma pontuação alta nessa

| 48
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Aula 02

característica pode anular o teste do candidato e,


consequentemente, eliminá-lo, além de por em dúvida sua
inteligência.
Desejabilidade social: Consiste em frases sobre coisas erradas que
todos fazem ou já fizerem pelo menos uma vez na vida, mas que não
são agradáveis de confessar (especialmente na hora de lutar por um
emprego). A finalidade dessa escala é verificar se o candidato está

51
respondendo o que ele acha ser a melhor resposta, em vez de

7:
:1
responder o que ele realmente pensa ou é. Em outras palavras, ela

14
serve para ver se o candidato está tentando se passar por “bom

2
02
moço”.

/2
Atenção: Protocolos com escore acima de 30 na Escala de Validade e escore

03
4/
acima de 70 na Escala Desejabilidade Social não devem ser considerados válidos,

-0
uma vez que o sujeito pode ter respondido sem a devida seriedade, indicando

om
manipulação das respostas.

l.c
ai
tm
Escala de Identificação dos itens:

ho
7 - Totalmente característico n@
yo
6- Muito característico
na

5- Característico
be
lla

4- Indiferente
rie

3- Pouco característico
ab

2- Muito pouco característico


-g

1- Nada característico
2
-7
02

Quem quiser conhecer mais, eis um link que não indico (entre por conta
.1

própria):
76
.6

http://users1.ml.mindenkilapja.hu/users/huisph/uploads/ifpr.pdf
22

Também não indico:


-9

http://users1.ml.mindenkilapja.hu/users/huisph/uploads/k2_versao1.1.pdf
do
ru
se
s
ia

Escalas Beck
r
fa

Muita atenção nesse tópico. As Escalas Beck são constituídas por quatro
n
yo

escalas/inventários11:
na
be

O Inventário de Depressão (BDI)


lla

O Inventário de Ansiedade (BAI)


ie

A Escala de Desesperança (BHS)


br
ga

A Escala de Ideação Suicida (BSI)


Essas escalas foram desenvolvidas por Aaron Beck e seus colegas no Center
for Cognitive Therapy (CCT), na Universidade da Filadélfia. Apesar de Beck ser
considerado o pai da Terapia Cognitiva, seus inventários não representam a visão
cognitiva, mas a visão nosológica geral de classificação e diagnóstico da depressão,
ansiedade, desesperança e ideação suicida. Assim, as escalas Beck não são de

11
Entenda Escala e Inventário como sinônimos.

| 49
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Aula 02

origem cognitivista. Ficou claro 12 ? Cognitivistas usam, behavioristas usam,


rogerianos usam, psiquiatras... Bom, apesar das Beck ser um psiquiatra e as escalas
serem patentemente autoaplicáveis e de estúpida fácil correção, para fins de
concurso, apenas psicólogos podem aplicar essas escalas no Brasil.
Somente a Escala Beck de Depressão II está válida no Brasil atualmente.

51
BPR-5

7:
:1
14
BPR-5 -Bateria de Provas de Raciocínio. O BPR-5 (Primi, 1998; Primi & Almeida, 2000a,

2
02
2000b) é um instrumento de avaliação das habilidades cognitivas que oferece estimativas do

/2
funcionamento cognitivo geral e das forças e fraquezas em cinco áreas específicas. Estas áreas são:

03
a) Raciocínio Verbal (RV), indicando extensão do vocabulário e capacidade de estabelecer relações

4/
-0
abstratas entre conceitos verbais; b) Raciocínio Abstrato (RA), indicando a capacidade de

om
estabelecer relações abstratas em situações novas para as quais se possui pouco conhecimento
previamente aprendido; c) Raciocínio Mecânico (RM), avaliando o conhecimento prático de

l.c
ai
mecânica e física; d) Raciocínio Espacial (RE), indicando a capacidade em formar representações

tm
mentais e manipulá-las, transformando-as em novas representações e e) Raciocínio Numérico (RN),

ho
indicando a capacidade de raciocínio com símbolos numéricos em problemas quantitativos e
conhecimento de operações aritméticas básicas. n@
yo
A bateria é composta de 5 subtestes: RV (Raciocínio Verbal) composto por 25 itens, com
na

tempo limite de aplicação de 10 minutos; RA (Raciocínio Abstrato) composto por 25 itens, com
be

tempo limite de 12 minutos; RM (Raciocínio Mecânico) composto por 25 itens, com tempo limite de
lla
rie

15 minutos; RE (Raciocínio Espacial) composto por 20 itens, com tempo limite de 18 minutos e RN
ab

(Raciocínio Numérico) composto por 20 itens e tempo limite de 18 minutos. Para pontuação dos
-g

raciocínios, os escores brutos, constituídos pela soma dos acertos em cada subteste, são convertidos
2

em Escore Padrão Normalizado (EPN), assim como também é convertido em EPN o total de acertos
-7
02

em todos os subtestes da bateria. Além da pontuação em EPN, o manual do teste também fornece
.1

os valores em percentis para que seja possível a comparação de acertos dos sujeitos em relação ao
76

grupo original de padronização da bateria, tanto para os cinco subtestes, quanto para o escore do
.6
22

total de acertos.
-9

Fonte: BAUMGARTL, Viviane de Oliveira; NASCIMENTO, Elizabeth do. A Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-
do

5) aplicada a um contexto organizacional. Psico-USF (Impr.), Itatiba , v. 9, n. 1, p. 1-10, June 2004 . Available
ru

from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712004000100002&lng=en&nrm=iso>.
se

access on 02 Nov. 2020. https://doi.org/10.1590/S1413-82712004000100002.


s
ia
r
fa
n
yo
na
be
lla
ie
br
ga

Testes/Técnicas Projetivos(as)

Segundo Silva (2008), os testes projetivos requerem respostas livres; sua


apuração é ambígua, sujeita aos vieses de interpretação do avaliador. O psicólogo
trabalha com tarefas pouco ou nada estruturadas, a apuração das respostas deixa
margem para interpretações subjetivas do próprio avaliador, e os resultados são

12
As escalas não refletem qualquer teoria em particular.

| 50
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Aula 02

totalmente dependentes da sua percepção, dos seus critérios de entendimento e


bom senso.
Os testes e metodologias cujas metodologias são projetivas são aqueles
cujas normas são qualitativas, ou seja, são testes menos objetivos. O resultado se
expressa por meio de uma tipologia. Por terem uma avaliação qualitativa, seus
elementos (itens de teste) não podem ser medidos em separado. A constância de
determinadas características avaliadas no teste, como um todo, que dará a relativa

51
certeza de um diagnóstico (exemplo: testes de personalidade em geral) (ESTÁCIO,

7:
:1
2008).

14
2
02
Teste de Apercepção Temática (TAT)

/2
Primeiramente, “apercepção” significa a visão integrada do todo. Não deixe

03
4/
o “a” da palavra te enganar.

-0
É um teste de personalidade que pode ser aplicado a partir dos 14 anos. É

om
individual. O teste pretende revelar impulsos, emoções e sentimentos conflituosos

l.c
ai
de sujeitos de ambos os sexos com idade variante entre 14 e 40 anos. Seu valor está

tm
presente principalmente no fato de tornar visíveis tendências subjacentes inibidas

ho
n@
que o sujeito não deseja aceitar ou que não tem condições de admitir por serem
yo
inconscientes. Tais relatos se fazem a partir de pranchas que são apresentadas aos
na

sujeitos. No total são 30 pranchas com gravuras e 1 em branco. Destas, 11 são


be
lla

aplicadas ambos os sexos e todas as idades. Sendo assim, geralmente são aplicadas
rie

em cada sujeito uma média de 20 pranchas (11 universais e 9 selecionadas


ab

conforme sexo e faixa etária), podendo ser utilizadas duas sessões para aplicação.
-g

Henry A. Murray, criador do TAT afirma que o primeiro passo na análise de


2
-7
02

uma história é a identificação do herói da história. Após essa etapa, identificam-se


.1

os motivos/tendências subjacentes ao enredo, o estado interior do herói, o exame


76
.6

das pressões ambientais e o desfecho da história.


22

- Identificação do herói da história: representa a pessoa ou papel


-9

com quem o sujeito se identifica. As relações que se estabelecem


do
ru

entre o herói e outros personagens podem refletir atitudes


se

conscientes ou inconscientes do sujeito frente a estes, ou revelar o


s
ia

papel que estes desempenham na vida do sujeito (frustração,


r
fa

estimulação etc.). É importante que se identifique os traços e as


n
yo

tendências dos heróis (superioridade, inferioridade, extroversão,


na
be

introversão), bem como atitudes frente à autoridade (submissão,


lla

medo, agressão, dependência, gratidão etc.).


ie

- Reconhecimento de seus motivos, tendências e necessidades:


br
ga

são identificados na conduta do herói, como ações de iniciativa em


relação a pessoas, objetos, situações; ou reação do herói às ações de
outras pessoas. Exemplos: realização, aquisição, aventura,
curiosidade, construção, passividade, agressão, autonomia etc.
- Exploração dos estados interiores do herói: procura-se avaliar os
afetos que se manifestam e em que direção e forma são conduzidos.
Também se deve analisar como surgem, como se resolvem e qual a
intensidade dos conflitos.

| 51
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Aula 02

- Exame das pressões ambientais: identificar e avaliar as pressões


que o herói percebe como vindas do ambiente e os efeitos destas. As
pressões podem facilitar ou impedir a satisfação da necessidade,
representando, assim, a forma como o sujeito vê ou interpreta seu
meio.
- Desfecho da história: indica como o herói resolve suas dificuldades,
conflitos e como trabalha suas necessidades internas e enfrenta as

51
pressões do ambiente. A partir do desfecho pode-se identificar o êxito

7:
:1
ou fracasso na resolução das dificuldades, observando a proporção

14
entre os finais felizes e infelizes, otimistas e pessimistas, mágicos e

2
02
realistas ou os convencionais. Examina-se também se o herói

/2
demonstra insights das suas dificuldades, se consegue chegar a

03
4/
conclusões sobre estas. Além disso, permite avaliar a adequação ou

-0
não à realidade, fornecendo alguns dados para a formulação

om
terapêutica.

l.c
ai
Fonte: Freitas, 2000.

tm
Veja duas lâminas do TAT.

ho
n@
yo
na
be
lla
rie
ab
-g
2
-7
02
.1
76
.6
22
-9
do

CAT-A
ru
se

O Children Apperception Test - Animais é um teste projetivo infantil


s

indicado para avaliar o estágio de desenvolvimento infantil, a necessidade de


ia
r
fa

intervenção terapêutica e o acompanhamento da evolução do processo


n
yo

terapêutico. É um teste de personalidade que, ao contrário do TAT, utiliza cartões


na

com temas de animais.


be

É o único teste infantil de personalidade válido na atualidade!


lla
ie
br
ga

Wartegg (desfavorável)

Teste/Técnica de Zulliger
Criado por Hans Zulliger em 1942, em função da necessidade de selecionar
um alto contingente de soldados para o exército suíço, em curto espaço de tempo.
Apesar de ser parecido com o Rorschach, não é uma versão reduzida do mesmo.
Sua aplicação pode ser tanto individual quanto grupal. É o único teste
projetivo de aplicação coletiva. De forma muito parecida com o Rorschach, o

| 52
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Aula 02

Zulliger segue 4 etapas em sua aplicação individual: 1) rapport, 2) instruções, 3),


aplicação propriamente dita; 4) inquérito ou investigação.
No inquérito o psicólogo deve procurar saber onde o examinando situou as
respostas nas manchas do Cartão. Assim, o examinador, com a orientação do
examinado, identifica os conteúdos verbalizados e verifica a qualidade das
respostas.

51
O Zulliger avalia a personalidade humana (entre outras coisas), e constitui-

7:
:1
se de três pranchas:

14
Prancha I - Aspectos primitivos da personalidade

2
02
Prancha II - Afetividade/Emoções

/2
Prancha III - Relacionamento

03
4/
Sua aplicação pode ser individual ou coletiva, para toda e qualquer finalidade

-0
(psicodiagnóstico, avaliação da personalidade, seleção de pessoal, avaliação de

om
desempenho, etc.). A interpretação integrada das três pranchas propicia uma visão

l.c
ai
muito aprofundada da personalidade humana, seja em sua estrutura ou em sua

tm
dinâmica, especialmente em relação aos seus aspectos afetivo-emocionais, bem

ho
n@
como em termos de intelectualidade, pensamento, objetivos de vida, sociabilidade,
yo
relacionamento interpessoal, etc.
na

A seguir apresento uma sistematização/simplificação do capítulo 24 do livro


be
lla

Psicodiagnóstico V, que trata da correção do Zulliger (Sistema Klopfer):


rie

Tanto o Rorschach como o Z-Teste apresentam categorias, tais como


ab

número de respostas, respostas globais (G), detalhe comum (D), forma precisa (F+),
-g

movimento humano (M), movimento animal (FM), altamente quantificáveis, e que,


2
-7
02

consequentemente, possibilitam estudos comparativos e correlacionais em


.1

elevado padrão estatístico. O capítulo prossegue com o método Klopfer para a


76
.6

correção do Z-teste (que é a mesma coisa que Teste Zulliger).


22

Avaliamos:
-9

a) Localização
do
ru

b) Determinantes
se

a. Forma
s
ia

b. Movimento
r
fa

c. Cor
n
yo

d. textura e conteúdo.
na
be

c) Conteúdos
lla
ie

Localizaç Significado Geral


br
ga

ão Localizações que expressam como a pessoa usa sua inteligência


Localizaç Nome Significado
ão
(G) Figura a percepção de síntese, senso de organização,
identificada capacidade de planejamento e capacidade de
na imagem abstração do sujeito
global

| 53
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

(D) Figura a capacidade de discriminação perceptiva dos dados


identificada da realidade e o senso de objetividade. Pode indicar o
em detalhes uso da inteligência voltada para o concreto e
comuns pragmático
(Dd) Figura capacidade de análise e senso de observação
identificada
em detalhes

51
incomuns

7:
:1
(S) Figura interferência da ansiedade situacional

14
identificada

2
02
em espaço

/2
03
em branco

4/
Curiosidades:

-0
- Pessoas com propensão ao uso da fuga e da fantasia apresentam percentual

om
de globais elevado.

l.c
ai
- Um índice de globais inferior à média conduz à hipótese de pessoa pouco

tm
ho
inteligente, com a capacidade de síntese prejudicada e com falta de visão de
conjunto da realidade. n@
yo
- Deficientes mentais têm dificuldades para se organizar ante as manchas,
na

caindo num processo de repetição, na perseverarão de globais com o


be
lla

mesmo conteúdo.
rie

- Pessoas com quadro obsessivo de personalidade manifestam elevado


ab
-g

percentual de D e Dd combinado com elevado número de respostas,


2

enquanto defesas obsessivas de personalidade se caracterizam pelo


-7
02

elevado percentual de Dd, mas com o número de respostas considerado


.1

normal.
76
.6
22

Determin Significado Geral


-9

antes: São a expressão do modo como o examinando estabelece a relação


do
ru

Forma entre o mundo externo através das manchas e o seu mundo interno.
se

Forma: conteúdo percebido de modo particularizado, singularizado


s
ia

pelo examinando, tendo sido este levado simplesmente pela forma


r
fa
n

Forma Nome Significado


yo
na

(F+) Respostas de O F+ indica respostas comuns e com formas simples.


be

forma de boa Significados do somatório Forma (F+, F– e F±). O


lla

qualidade somatório F num protocolo é indicativo consistente de


ie
br

(F-) Respostas de o examinando perceber as coisas com objetividade,


ga

forma de má com adequado senso lógico; é a expressão da


qualidade ou capacidade para perceber as coisas como elas se
confusas apresentam na realidade e sem interferência
(F±) Respostas prejudicial ou distorcida das emoções; é a expressão
imprecisas racional e intelectual do controle geral adequado que
a pessoa tem sobre seus dinamismos psíquicos (como

| 54
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Aula 02

instintos, reações afetivo-emocionais e impulsivas). O


resultado final é o F%.

Curiosidades:
- Quando ocorrem muitas respostas F, temos a indicação de controle
demasiado de repressão dos afetos e emoções, com prejuízo na
espontaneidade. Quando temos poucas respostas F, temos pobreza

51
intelectual e/ou pouco senso de responsabilidade.

7:
:1
- A diminuição de F+% com correspondente aumento de F±% acontece mais

14
comumente em pessoas com perturbação afetiva e emocional, sem,

2
02
contudo, se tratar de psicose; isso ocorre mais em neurose de ansiedade e

/2
03
neurose de histeria. Já, por outro lado, a diminuição de F+% com

4/
correspondente aumento de F-% é comum de acontecer em caso de psicose

-0
ou de neurose depressiva.

om
l.c
ai
tm
ho
Determin Significado Geral
antes: n@
Movimento: interpretações determinadas pela percepção da forma e
yo
Movimen acrescidas de sensações cinestésicas
na

to
be
lla

Movimen Nome Significado


rie

to
ab
-g

M+ movimento Espera-se como normal um índice de 1 a 2 M num


2

de boa protocolo, na forma coletiva, e um mínimo de 2 M, na


-7
02

qualidade aplicação individual. Índice elevado de M, mais do que


.1

M- movimento três em aplicação coletiva, pode significar inteligência


76
.6

secundário altamente criativa ou propensão da pessoa testada a


22

ou de não reações ou defesas de tipo maníaco. A ausência de M é


-9

boa frequente, ainda, em casos de deficiência mental, de


do
ru

qualidade esquizofrenia simples com estereotipia de


se

M± Movimento pensamento.
s
ia

Respostas com conteúdo humano em ação são do tipo


r

impreciso
fa

movimento de boa qualidade (M+) e indicam boas


n

(não sabe
yo

dizer se há condições intelectuais e imaginação criadora, ao


na
be

movimento) passo que as de tipo M– são mais comuns em casos de


lla

pessoas inibidas, ansiosas e de relacionamento


ie
br

interpessoal receoso e tenso.


ga

FM Movimento válvula de escape aos impulsos libidinais e como uma


animal precária tolerância à frustração. Elevado índice de FM
pode significar imaturidade e infantilismo, e quando
combinado com F% baixo, com ausência de M e de FC,
é sinal de impulsividade descontrolada. Quando o
índice de FM é alto, combinado com CF+C > FC e F%
baixo, pode-se levantar a hipótese de compulsividade

| 55
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Aula 02

do sujeito testado.
Fm Forma Movimento não causado por humanos ou animais, mas
inanimada com forma definida em movimento (exemplo: um
definida com avião subindo)
movimento
mF Forma Movimento não causado por humanos ou animais e
inanimada imprecisão do que está em movimento (exemplo: algo

51
INdefinida parecido com um avião)

7:
:1
com

14
movimento

2
02
m Ações de Conteúdos abstratos, sem forma e difusos em

/2
03
conteúdos movimento. É indicativo de conflito intrapsíquico, em

4/
abstratos consequência de tensões vivenciadas pelo

-0
examinando entre o esquema de valores formado e

om
presente no seu mundo interno, e o esquema de

l.c
ai
valores socioculturais que o mundo externo, em

tm
ho
transformações, está lhe apresentando.
n@
yo
Curiosidades:
na

- O somatório de movimento inanimado (Fm+ mF+ m) indica a presença de


be
lla

conflitos internos com os quais a pessoa está encontrando dificuldades para


rie

conviver.
ab
-g

- A presença de o m (puro), sem o mínimo indicativo de forma, expressa


2

forças e tensões internas sentidas como hostis e que o sujeito não consegue
-7
02

controlar.
.1

Determin Significado Geral


76
.6

antes: Cor Cromática: avalia reações emocionais de aproximação e/ou fuga


22

Cor
-9
do

Cor Nome Significado


ru

(FC) Forma e cor Identifica a capacidade de a pessoa receber e retribuir


se

afeto adequadamente, investir afeto nas demais e de


s
ia
r

se permitir ser objeto de afetos dos outros, também


fa
n

adequadamente. As condições afetivo-emocionais são


yo
na

tanto mais maduras quanto mais autênticas e de boa


be

qualidade sejam as respostas de forma e cor.


lla

(CF) Cor e forma Forma imprecisa identificada através da cor (o


ie
br

examinado não consegue precisar o formato). . Indica


ga

tendências a excitabilidade emocional, escapes


agressivos e a atitudes sem o adequado controle
(C) Cor Pura Cor identificada sem forma alguma definida (exemplo:
muitas cores bonitas, sangue, fumaça, etc). É uma
projeção de reações emocionais livres e o examinador
deve ficar atento à capacidade de controle emocional
do examinado.

| 56
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Aula 02

(Cdesc) Cor descritaIdentificação pura da cor (exemplo: vermelho). Indica


limitação da inteligência.
(Cn) Cor nomeada Identificação de várias cores pelo nome. Indica
ou comprometimento emocional.
enumerada

51
7:
:1
Determin Significado Geral

14
antes: Textura: avalia a necessidade de contato

2
02
Textura

/2
03
Textura Nome Significado

4/
(Fc, cF, c) Textura (é o A textura é uma forma tátil de expressão das condições

-0
“c” afetivas da pessoa, quer buscando o afeto em alguém

om
l.c
minúsculo) ou em alguma coisa, quer investindo o afeto em outras

ai
pessoas, situações e objetos. Aquelas que são capazes

tm
ho
de atitudes adequadas (com a devida percepção de
n@
limites), na dinamiza- ção dessa busca ou de
yo
investimento, apresentam, na técnica, o Fc
na

proporcionalmente igual ou maior que cF+c. Por outro


be
lla

lado, as que não o fazem adequadamente (sem a


rie

devida percepção de limites) têm Fc menor que cF+c.


ab
-g
2

Determin Significado Geral


-7
02

antes: Cor acromática: instabilidade emocional


.1
76

Cor
.6

acromáti
22

ca
-9
do

Textura Nome Significado


ru

(FC’, C’F e Cor Indica a tendência da pessoa evitar estímulos que lhe
se

C’) acromática () possam mobilizar reações emocionais e sentimentos


s
ia
r

para o mundo exterior. Expressam depressão como


fa
n

traço de personalidade e não apenas reações


yo
na

depressivas transitórias.
be
lla

Determin Significado Geral


ie
br

antes: Sombreado e perspectiva: avalia a necessidade de contato e meios de


ga

Sombrea adaptação ou ajustamento, quando enfrenta uma situação, que lhe


do e aumenta o nível de ansiedade e, consequentemente, lhe mobiliza
perspecti sentimentos de insegurança, de temor ou medo.
va
Nome Significado

| 57
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Aula 02

(Fk, kF e Sombreado São conteúdos vistos em transparências, imagens


k) radiológico e fotográficas, radiológicas ou radiográficas. Revelam
perspectiva sentimentos desagradáveis da pessoa, vividos
intensamente ante situações novas e desconhecidas a
serem superadas por ela, e, consequentemente,
representa a ansiedade situacional. A proporção Fk >
k+kF indica que o examinado consegue controlar a

51
ansiedade situacional pela intelectualização; porém,

7:
:1
se dispõe de poucas condições para controle da

14
ansiedade, apresenta a proporção invertida, Fk < k+kF.

2
02
(FK, KF e Sombreado Diferente do anterior, a forma ou elemento vago é

/2
03
K) perspectiva tridimensional. A reação adaptativa ou o mecanismo

4/
utilizado para tolerar a ansiedade é mais adequado e,

-0
por certo, sadio. FK > KF+K indica que a pessoa usa a

om
introspecção, partindo de auto-avaliação como

l.c
ai
processo adaptativo para tolerar a ansiedade.

tm
ho
n@
yo
Conteúd Significado Geral
na

os Pessoas flexíveis no modo de perceber e avaliar as coisas dão de três


be
lla

ou mais categorias de conteúdos; já aquelas que produzem menos de


rie

três tendem a ser estereotipadas e inflexíveis, até mesmo na própria


ab
-g

conduta.
2

Conteúd Nome Significado


-7
02

os
.1

H+Hd conteúdos Significa adequada capacidade de relacionamento


76
.6

humanos com as pessoas. Considera-se como normal num


22

protocolo, de pessoa adulta, o percentual dentro da


-9
do

faixa dos 15 a 25 do total de respostas.


ru

(H) e (Hd) Conteúdo Os conteúdos humanos com características de


se

humano animais, de monstro, podem indicar relacionamento


s
ia
r

descaracteriz interpessoal receoso, cauteloso e controlador.


fa
n

ado
yo
na

(A +Ad) Conteúdo Alto nível de A indica pobreza sociocultural.


be

animal
lla

(Anat) Respostas Supervalorização da inteligência para tolerar a


ie
br

com ansiedade, tensão e sentimentos de frustração,


ga

conteúdo ressalvado quando se tratar de profissional da área


anatômico médica, que, por prática funcional.

Teste/Técnica de Rorschach

| 58
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Professor Alyson Barros
Aula 02

Talvez seja a mais famosa das técnicas de avaliação psicológica. O teste de é


uma técnica de avaliação psicológica através de pictogramas (também é conhecido
como método de auto-expressão). Apesar de ser vulgarmente conhecido como
teste psicológico, ressalto que é uma técnica e não um teste em si. Define-se por
técnica o conjunto de procedimentos (orientados, mas não padronizados) que
necessitam da subjetividade do avaliador na mensuração dos resultados. Assim,
não é um teste de correção objetiva.

51
Essa técnica foi desenvolvida pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach e

7:
:1
consiste em dar respostas sobre com o que se parecem as dez pranchas com

14
manchas de tinta simétricas. A partir das respostas, procura-se obter um quadro

2
02
amplo da dinâmica psicológica do indivíduo. O Rorschach baseia-se na

/2
chamada hipótese projetiva. De acordo com essa hipótese, a pessoa a ser testada,

03
4/
ao procurar organizar uma informação ambígua (ou seja, sem um significado claro,

-0
como as pranchas do teste de Rorschach), projeta aspectos de sua própria

om
personalidade.

l.c
ai
Para Mangabeira (2011)13:

tm
ho
Para Rorschach, a simetria é fundamental para o sucesso do teste, pois
n@
estimula a interpretação do borrão como uma só cena, equaliza o ponto de partida
yo
dessa interpretação para todos os pacientes e confere às figuras “ritmo” que,
na

embora necessário, tem a desvantagem de estereotipar e agir sobre as


be
lla

interpretações. Objetiva-se forçar o examinando a não ver apenas “manchas” sem


rie

significado, mas visualizar algo a mais.


ab
-g

A aplicação do teste é simples: o médico pergunta “o que poderia ser isto?”


2

e o paciente recebe as pranchas em suas mãos, podendo movimentá-las à vontade,


-7
02

em qualquer direção, devendo, apenas, mantê-las a distância de, no máximo, um


.1

braço. Ele tem liberdade para falar à vontade sobre os borrões, sobre o que eles
76
.6

poderiam ser: a partir do que for visto, a prova teria a capacidade de examinar,
22

separadamente, diferentes componentes da inteligência do paciente.


-9

Os examinandos creem que a prova situa-se no âmbito de um teste de


do
ru

imaginação. Contudo, argumenta Rorschach (1967), a interpretação de formas


se

fortuitas está no contexto da percepção e das ideias. A imaginação é um fator que,


s
ia

estimulada ou não pelo médico, agirá nos indivíduos imaginativos, enquanto os


r
fa

pobres dessa função não a usarão. Entretanto, os resultados de ambos poderão ser
n
yo

comparados, pois, como está se testando as percepções, o conceito que lhes dá


na
be

base é que estas têm origem na impressão que os borrões passam, ao mesmo
lla

tempo em que se ligam a sensações antigas de experiências anteriores.


ie
br

Desse modo, haveria três processos interrelacionados na percepção:


ga

sensação, evocação e associação. A percepção seria “uma assimilação associativa


de engramas disponíveis (imagens recordação) a com- plexos de sensações
recentes” (Rorschach, 1967, p.17), e o teste, como percepção, avaliaria exatamente
a assimilação desses dois níveis, caracterizada pelo autor como um amplo trabalho
intrapsíquico que dá àquela percepção seu caráter interpretativo.

Mangabeira, Clark. Morcegos e borboletas: indagações semióticas sobre o Teste


13

de Rorschach. Estudos Semióticos, vol. 7, nº 2 (p. 34–43).

| 59
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Rorschach (1967) delimita um nível ou zona de normalidade quanto à


interpretação: nos seus termos, os doentes mentais orgânicos, os débeis, maníacos,
dentre outros, além de alguns indivíduos por ele considerados normais ou
acometidos por estados ou momentos afetivos diversos, não interpretam as
imagens, mas as definem. Não há, nestes casos, interpretação propriamente dita –
visto que esta depende da assimilação intrapsíquica entre as sensações atuais
provocadas pela figura e um conjunto de antigas –, mas simples percepções:

51
enquanto a primeira envolve a consciência do trabalho de assimilação, a segunda,

7:
:1
não tem consciência do mesmo.

14
[…]

2
02
A primeira indagação a ser registrada é sobre o número de respostas, a

/2
quantidade de recusas de pranchas e o tempo de duração entre a exibição da figura

03
4/
e a fala do paciente. A segunda, se a resposta foi determinada pela forma, sensação

-0
de movimento e/ou cor das imagens. Em terceiro, se o borrão foi interpretado como

om
um todo ou em partes e, neste caso, quais partes. E, por último, o conteúdo, o que

l.c
ai
efetivamente foi visto, o que, como o autor já delineou, apenas prevalece como

tm
parte do ponto de vista formal.

ho
n@
O número de respostas não interfere muito, para o autor, no processo de
yo
associação, pois dependeria mais do estado afetivo. O importante a ser registrado
na

é o padrão da interpretação e sua decomposição nos fatores forma, cor, movimento


be
lla

e generalidade do que foi visto, a partir dos quais o resultado do protocolo será
rie

dado. A maioria dos indivíduos, Rorschach (1967) afirma, privilegia a forma dos
ab

borrões, seja a dele como um todo, seja a de um detalhe seu. Idealmente, o


-g

examinando escolhe do seu conjunto de imagens-evocações aquela que mais se


2
-7
02

aproxima do que está vendo na figura e os associa. Esse tipo de resposta é


.1

denominado resposta-forma (F) e, por ser a maioria e para evitar conjecturas


76
.6

subjetivas do examinador, o autor montou, estatisticamente, a partir do protocolo


22

de cem indivíduos normais, uma zona de normalidade – tal qual a zona já citada da
-9

interpretação – com base no número das formas que aparecem com mais
do
ru

frequência, classificadas como F+. Como o teste foi construído para permitir a
se

avaliação da inteligência, um dos seus componentes é a acuidade da visão de


s
ia

formas a qual, num contexto superficial, é atrapalhada por distúrbios eufóricos e


r
fa

facilitada por perturbações depressivas.


n
yo

Se as interpretações forem determinadas tanto pela percepção da forma do


na
be

borrão, quanto por uma sensação de movimento do mesmo, trata-se de outra


lla

categoria, as respostas-movimento (K), as quais o paciente está condicionando por


ie

uma cinestesia. A descrição de uma forma com uma associação posterior de


br
ga

movimento não é do tipo K: o movimento deve necessariamente ser sentido, como,


por exemplo, a resposta “dois anjos batendo asas”, que difere do tipo “um pato que
cai na água”. A primeira é do tipo K, enquanto a segunda é do tipo F. Na primeira, o
borrão foi efetivamente, segundo Rorschach (1967), definido pela forma e pelo
movimento, a segunda elucida apenas a forma da figura à qual foi, posteriormente,
adicionado um movimento. A diferença para se classificar corretamente a
interpretação é pautar-se por aquilo que teve participação primária na sua
determinação e, em caso de dúvida, deve-se compará-la com respostas

| 60
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Aula 02

seguramente do tipo K.
As respostas-cor são aquelas cuja determinação sofre influência das cores
da prancha. São de três tipos: se a interpretação foi determinada primariamente
pela forma e co-determinada pela cor, deve ser anotada como resposta forma-cor
(FC); no caso da cor ser o elemento principal de percepção pelo paciente, embora a
forma não fique negligenciada, trata-se de uma res- posta cor-forma (CF) –
conforme o exemplo dado por Rorschach (1967), “um ramalhete de flores”,

51
enquanto uma resposta apreendida a partir do vermelho do borrão –; quando a

7:
:1
interpretação pauta-se apenas na cor, são respostas primárias de cor (C), como no

14
caso de “o céu”.

2
02
O modo de apreensão das imagens divide-se em: respostas-globais (G), se o

/2
borrão for interpretado como um todo; respostas-detalhe (D), quando versam sobre

03
4/
partes da figuras; e repostas de pequeno-detalhe (Dd), com interpretações das

-0
menores partes da prancha. Há, ainda, outra classificação: as G primárias são as

om
respostas que levaram em consideração a figura como um todo abarcando o maior

l.c
ai
número possível de detalhes; as G confabulatórias partem de um detalhe para

tm
chegar ao todo, mas compreendem a totalidade da figura; nas G sucessivo-

ho
n@
combinatórias percebe-se, em primeiro lugar, alguns detalhes que, posteriormente,
yo
são correlacionados. Ademais, as respostas de formas intermediárias I (DbI) são
na

aquelas que apreenderam o espaço em branco existente no borrão, e as de pequeno


be
lla

detalhe oligofrênico (Do) se referem a partes do corpo humano em figuras que


rie

outros indivíduos viram imagens humanas inteiras. Destaca-se, ainda, que a


ab

sucessão de respostas consideradas normais é a que segue a ordem G–D–Dd, com


-g

variações de quantidade de cada uma delas, como veremos.


2
-7
02

Fonte: Mangabeira, Clark. Morcegos e borboletas: indagações semióticas sobre o


.1

Teste de Rorschach. Estudos Semióticos, vol. 7, nº 2 (p. 34–43).


76
.6
22

As pranchas do teste, desenvolvidas por Rorschach, são sempre as mesmas.


-9

No entanto, para a codificação e a interpretação das informações, diferentes


do
ru

sistemas são utilizados. Para o Satepsi, os seguintes modos de correção foram


se

aceitos:
s
ia

I - O Rorschach: Teoria e Desempenho (Sistema Klopfer); O Rorschach: Teoria e


r
fa

Desempenho II (Sistema Klopfer)


n
yo

II - Rorschach - Sistema da Escola Francesa ( 1. O Psicodiagnóstico de Rorschach em


na
be

Adultos: Atlas, Normas e Reflexões. 2. A Prática do Rorschach)


lla

III - Rorschach Sistema Compreensivo (Manual de Classificação e Manual de


ie
br

Interpretação)
ga

IV - Rorschach Clínico
Uma versão “tosca” do Rorschach pode ser vista aqui:
http://theinkblot.com/
Veja as lâminas do Rorschach

| 61
ga
br
ie
lla
be
na
yo
n
fa
ria
s
se
ru
Aula 02

do
-9
22
.6
76
.1
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2
-g
ab
rie
lla
be
na
Psicologia para a SEMSA Manaus

yo
n@
ho
tm
ai
l.c
om
-0
4/
03
/2
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2
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/2
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om
l.c
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tm
Testes Psicomotores

ho
n@
yo
na
be

Teste da Casa, Árvore e Pessoa (HTP)


lla

A única versão aprovada é a de John N. Buck. Seu livro (HTP: manual e guia
rie
ab

de interpretação). Segundo o manual:


-g
2
-7
02
.1
76
.6
22
-9
do
ru
se
s
ia
r
fa

A aplicação é simples, são entregues ao indivíduo três folhas em branco, um


n
yo

lápis e uma borracha, solicitando que ele desenhe uma casa, uma árvore e uma
na

pessoa. Propõe-se que seja entregue uma folha de cada vez, sendo que, para o
be

desenho da casa, a folha seja entregue na posição horizontal e para os outros dois
lla
ie

desenhos, seja na posição vertical. A fase gráfica de cada desenho precede a uma
br

fase verbal, sugerindo que o indivíduo fale sobre cada um dos desenhos,
ga

utilizando-se de um material estruturado com questionamentos específicos para


este fim. Além disso, deve-se anotar as reações verbais e não-verbais do sujeito
durante a aplicação. É curioso ressaltar que Ao desenho da árvore e da pessoa
permitem investigar o que se costuma chamar de autoimagem e autoconceito ou
diferentes aspectos do self. De modo geral, conforme o autor acima, pensa-se na
casa como o lar e as suas implicações, subentendendo o clima da vida doméstica e
as inter-relações familiares, tanto na época atual como na infância. Quanto mais o

| 63
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

sujeito estiver comprometido, mais existe a possibilidade de projeções de relações


mais regressivas.

PMK (voltou do mortos e está válido atualmente)


O psicodiagnóstico miocinético (PMK) é um teste de expressão gráfica que
revela, segundo o princípio da dissociação miocinética, as tendências de reações
temperamentais e caracterológicas do indivíduo, associadas aos lados dominado e

51
dominante do cérebro, respectivamente.

7:
:1
O Psicodiagnóstico Miocinético (PMK) foi criado pelo Prof. Emílio Mira y

14
López em Londres. O seu teste passou a ser amplamente divulgado até ser

2
02
reconhecida como uma das principais técnicas psicológicas para a avaliação e

/2
compreensão da personalidade. Ele nos dá uma visão bastante clara e diferenciada

03
4/
da personalidade humana, sua estrutura e dinâmica, mostrando como a pessoa é

-0
em sua essência e como ela reage em contato com o meio ambiente: Tônus vital

om
(elação e depressão), Agressividade (hetero e auto), Reação vivencial (extra e

l.c
ai
intratensão), Emotividade, Dimensão tensional (excitabilidade e inibição),

tm
Predomínio tensional (impulsividade e rigidez/controle).

ho
Podemos dizer que: n@
yo
O PMK, portanto, "é uma técnica expressiva para avaliar os vários aspectos
na

da personalidade" (Van Kolck, 1975, p. 377) [...]


be
lla

A base teórica desse teste pode ser resumida em três pontos principais:
rie

1º) Teoria Motriz da Consciência ao postular que toda intenção ou propósito de


ab

reação é acompanhado de uma modificação do tônus postural, também chamado


-g

de "princípio de sinesia";
2
-7
02

2º) Princípio da dessimetria corporal motora ou Princípio da dissociação miocinética


.1

que postula a existência de diferenças entre os dois hemisférios cerebrais (metade


76
.6

dominada - genotípica - e a metade dominante - fenotípica). "Mira adotou uma


22

hipótese própria da Psicologia Morfológica: nas pessoas destras da nossa


-9

civilização, as expressões motoras da metade direita (ou seja, dominante) do corpo


do
ru

revelam, tendências atuais ou caracterológicas do indivíduo enquanto que os da


se

outra metade manifestam tendências instintivas ou temperamentais" (Anzieu,


s
ia

1979, p. 225).
r
fa

3º) Princípio da Miocinese no espaço: Refere-se à concepção de que o espaço


n
yo

psíquico não é neutro. O PMK, por meio dos movimentos nas três direções do
na
be

espaço, sagital, horizontal e vertical, permite determinar o tônus postural e


lla

atitudinal, indicando o propósito da ação dominante no sujeito com o sentido do


ie

espaço considerado. Logo, essas direções "fornecem dados sobre o 'esqueleto


br
ga

caracterológico' do sujeito" (Van Kolck, 1975, p. 377).


População a que se destina
Destina-se a indivíduos com mais de 9 anos de idade, com qualquer nível de
escolaridade. Entretanto, dada à natureza da tarefa, é mais eficiente a partir da
adolescência.
Descrição
Composto de seis folhas (tamanho 31,5 X 26 cm), nas quais já se encontram
impressos os diferentes traçados a serem executados, ora com a mão dominante,

| 64
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

ora com a mão não dominante, ou com ambas ao mesmo tempo apresentam-se ao
examinando; as sete tarefas: os lineogramas, os ziguezagues, as escadas e os
círculos, as cadeias e os Us. Para a aplicação é necessária uma mesa especial,
possibilitando que a pessoa sentada execute os traçados nos planos sagital,
horizontal e vertical, com os braços posicionados bem acima, sem apoiá-los na
mesa. O material específico do teste compõe-se ainda de um anteparo manual, de
dois cartões especiais, quatro lápis pretos, lápis azuis e um vermelho e borracha. O

51
movimento é iniciado com controle visual do examinando, depois é escondida sua

7:
:1
visão, utilizando-se o anteparo e, é solicitado ao sujeito, que continue o traçado.

14
Para o levantamento quantitativo, há necessidade de um conjunto de máscaras

2
02
criadas por Alice Galland Mira.

/2
Administração

03
4/
A aplicação é individual, devendo ser feita em duas sessões, com intervalo

-0
aproximado de oito dias. No caso de aplicação em uma só vez, utiliza-se a forma

om
reduzida do teste. O reteste pode ser feito um mês depois.

l.c
ai
Avaliação e interpretação

tm
Para a avaliação de cada subteste, utiliza-se a respectiva máscara,

ho
n@
sobrepondo-a ao traçado do modelo de cada folha, verificando-se os desvios
yo
primários e secundários, tanto da mão direita como da esquerda. Os dados são
na

anotados nas próprias folhas do teste e são transpostos para a folha de registro a
be
lla

fim de que se proceda a interpretação global. Essa interpretação é feita em termos


rie

dos dados qualitativos, assim como de outros dados qualitativos, tais como:
ab

qualidade e tipo do traçado até aspectos específicos de realização de cada subteste.


-g

Indicações
2
-7
02

Avaliação de aspectos da personalidade em diagnóstico clínico, orientação


.1

vocacional e seleção para determinadas ocupações, uma vez que o


76
.6

PMK é praticamente o único teste que pode ser usado como medida entre a
22

personalidade e tônus muscular, donde decorre sua utilidade para a identificação


-9

de desajustamentos espaço-motores em funções de segurança. Além disso, sua


do
ru

natureza não-verbal torna sua aplicação mais fácil e produtiva do que a do


se

Rorschach (seleção de motoristas, condutores de veículos, triagem de alcoólatras,


s
ia

etc). (Anzieu, 1979, p. 225).


r
fa

Enfoque objetivo do PMK para o diagnóstico de comprometimento orgânico:


n
yo

segundo Alice G. Mira (1987), existem várias contribuições valiosas sobre o PMK no
na
be

campo da neurologia e menciona que o autor do teste, Mira y López, observa que
lla

em se tratando de casos orgânicos com perturbações mentais, as características


ie

qualitativas do teste são surpreendentes, pois permitem, pela análise dos


br
ga

resultados, confirmar o distúrbio neurológico correspondente. Segundo a referida


autora, Mira y López sustenta ainda que:
como característica miocinética primordial nos diversos quadros neurológicos, há
uma aparência geral de organicidade, isto é, um aspecto de alteração orgânica
revelada pela pressão tosca, rude e desalinhada, geralmente acompanhada por
tremores e caracterizada por uma dificuldade de realização das formas complexas,
notando-se alterações, aglutinações e desorganizações até a capacidade de realizá-
las. (Mira, 1987, p. 151).

| 65
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Aula 02

Fonte: CHUEIRI, Mary Stela Ferreira. Estudo comparativo entre os testes


psicológicos Bender e PMK no levantamento de indicadores de seqüelas
neurológicas causadas por alcoolismo. Psic [online]. 2004, vol.5, n.2 [citado 2017-
08-17], pp. 26-35 . Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-
73142004000200005&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1676-7314.

51
Ele é aplicado com a ajuda de uma mesa especial (que custa o seu Rim

7:
:1
esquerdo) e um anteparo. A mesa é móvel e pode ser colocada tanto na vertical para

14
a aplicação do teste quanto na horizontal:

2
02
/2
03
4/
-0
om
l.c
ai
tm
ho
n@
yo
na

Segundo a Vetor Editora:


be

A aplicação do Teste PMK é individual, em indivíduos com idades


lla

entre 18 e 70 anos de qualquer nível de escolaridade. A correção do


rie
ab

Teste PMK pode ser feita manualmente ou pelo sistema de correção


-g

informatizada do Teste PMK - SKIM.


2
-7

No Brasil usamos 6 folhas de aplicação.


02

A própria Vetor Editora nos apresenta o nome de cada folha.


.1
76

A Coleção do Teste PMK é composta por [...] Teste PMK -


.6

Lineogramas, [...]Teste PMK - Zigue-Zague, [...] Teste PMK -


22
-9

Escadas/Círculos, [...] Teste PMK - Cadeias, [...] Teste PMK - Paralelas


do

Egocípetas, [...] Teste PMK - Paralelas Egocífugas, [...]


ru

Quais as instruções para cada folha? Vejamos:


se
s

Folha 1: “Lineogramas” (agressividade; tônus vital, tensão e emotividade)


ia
r
fa

Inicia-se pela mão dominante (horizontal de dentro para fora e sagital de


n

baixo para cim a) três ciclos com a pessoa vendo e mais dez c om os olhos tapados
yo
na

primeiramente com mesa deitada (na sagital). Depois de terminar as quatro


be

primeiras linhas coloca -se a mesa na vertical e inicia-se as linhas verticais pela mão
lla

dominante, da mesma maneira três ciclos vistos e dez com os olhos tapados.
ie
br

Folha 2: “Zigue-e-zague” (agressividade e estrutura da personalidade)


ga

Os movimentos são feitos com as duas mãos simultaneamente, primeiro


com o zigue -e-zague egocífugo (de baixo para cima), após o egocípeto (de cima
para baixo), sempre com a mesa na sagital. O testando vê os três primeiros “ zigues”
se tudo estiver certo tampa -lhe os olhos e somente para quando o mesmo atingir a
segunda linha com as duas mãos.
Folha 3: “Escadas” (Tônus Vital e estrutura da personalidade)

| 66
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Aula 02

O teste é feito com a mesa na vertical. Primeiramente com a mão dominante,


o testando deve fazer primeiramente como no exemplo, quando conseguir
completar três escadas vendo tampa-lhe a visão para que continue. Ao chegar ao
topo da folha o psicólogo diz desce e o mesmo começa a fazer o movimento de
descida na outra metade da folha, tendo que chegar ao meio da folha (mesmo nível
do início). Inverte-se a folha para que inicie com a mão dominada.
Folha 4: “Cadeias” (agressividade, tensão, estrutura da personalidade e contato

51
com o meio)

7:
:1
A folha é usada na sagital. Inicia-se com a mão dominante (cadeias

14
egocífugas e egocípetas respectivamente). O testando, com m ão direita deve fazer

2
02
os círculos no sentido horário, com a mão esquerda o sentido anti-horário. O

/2
testando deve conseguir chegar até o início da cadeia adjacente (fazendo ego cífuga

03
4/
terminar no começo do desenho da egocípeta e vice-e-versa).

-0
Folha 5: “paralelas egocífugas e Us verticais” (agressividade, tensão, contato

om
com o meio, tônus vital e emotividade)

l.c
ai
As paralelas são feitas com a mesa na sagital e o s Us na vertical. Inicia-se

tm
com a paralela da mão dominante, os traço são feitos de dentro para fora . O

ho
n@
testando vê os primeiros três riscos depois lhe é tampada a visão, terminando com
yo
os traços chegarem até o fim da coluna. Os Us são contados a partir do terceiro ciclo
na

(olhos abertos) terminando no décimo terceiro (olhos fechados) traços começando


be
lla

de dentro para fora.


rie

Folha 6: “paralelas egocípetas e Us sagitais” (agressividade, tensão, contato com


ab

o meio)
-g

Toda a folha é feita com a mesa na sagital. Iniciam-se com a paralela da mão
2
-7
02

dominante, traços de dentro para fora. O testando vê os primeiros três riscos ,


.1

depois lhe é tampada a visão, terminando com os traços chegarem até o fim da
76
.6

coluna. Os Us são contados a partir do terceiro ciclo (olhos abertos) terminando no


22

décimo terceiro (olhos fechados) traços começando de dentro para fora.


-9
do
ru

Quando falamos de Movimento, podemos ter 3 tipos de respostas:


se

a. Vertical - demonstra elação e depressão


s
ia

b. Horizontal - demonstra intra e extratensão


r
fa

c. Sagital - demonstra hétero e auto-agressão


n
yo
na
be

Caso você queira se aprofundar mais na notação do PMK, podemos


lla

resumidamente dizer que:


ie

Lineogramas verticais:
br
ga

DPv = o desvio primário vertical é indicado na vertical sendo os


valores negativos (-) sinais de depressão, positivos (+) elação.
DSv = o desvio primário vertical é indicado na horizontal sendo seus
valores correspondentes à intensidade da emotividade. Sendo assim
não há emotividade positiva ou negativa, apenas emotividade.
Obs: sempre deve-se atentar à intensidade de cada expressão do
teste para se pensar se está dentro do normal, situação limítrofe ou
patologia.

| 67
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Lineogramas Horizontais:
DPh = o desvio primário horizontal é indicado na horizontal sendo
valores negativos (-) sinais de intratensão, positivos (+) de
extratensão.
DSh = o desvio secundário horizontal é indicado na vertical no
lineograma horizontal sendo os valores negativos (-) sinais de auto-
agressão, e os positivos (+) hetero-agressão.

51
Lineogramas sagitais:

7:
:1
DPs = o desvio primário sagital é indicado na vertical sendo os valores

14
negativos (-) sinais de auto-agressão, positivos (+) hetero-agressão.

2
02
DSs = o desvio secundário sagital é indicado na horizontal sendo

/2
valores neg ativos (-) sinais de intratensão, positivos (+) extratensão.

03
4/
Ainda temos a avaliação do Zigue-Zague:

-0
Zigue-zague:

om
DP’s = desvios primários entre zigues-zagues egocífugo e

l.c
ai
egocípeto corresponde à hetero-auto-agrassividade.

tm
DS’s = desvios secundários, tanto na direção egocífuga como

ho
egocípeta correspnde à extra -intratensão. n@
yo
CL Max: comprimento linear máximo na direção egocífuga e
na

egocípeta co rresponde a excitação-inibição.


be
lla

CL Min: comprimento linear mínimo, em ambas as direções


rie

corresponde à excitação-inibição.
ab

Obs: as diferenças entre CL Max. e CL Min. em ambas as


-g

direções corresponde à impulsividade-rigidez em casos de


2
-7
02

oscilação ou continuidade do traçado de exemplo.


.1

Quanto aos Traços, podemos ter as seguintes interpretações:


76
.6

Traços menores constantes – Inibição


22

Traços maiores constantes – Excitação


-9

Traços que vão diminuindo gradativamente – angústia


do
ru

Traços que aumentam gradativamente – ansiedade


se

Outro ponto importante é que a diferença do comprimento linear –


s
ia

expressão dada pela fórmula CLmax – Clmin - é igual a impulsividade somente


r
fa

quando há oscilação das linhas.


n
yo

Se não houver oscilação no traço, há sinal de rigidez.


na
be

A insegurança pode ser detectada pela presença de ganchos ou pontos no


lla

início dos traços.


ie

Sobre as mãos com mais dominância, devemos identificar dois itens (que
br
ga

podem coincidir ou não):


Constitucional: é a mão dominada também tratada como genótipo
(traços inatos, não modificados pela natureza, dos genes da pessoa)
Reacional: é a mão dominante, também tratada como fenótipo
(traços modificados pela natureza, o meio modificou e construiu
através da experiência de vida)

Instruções de Aplicação

| 68
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Folha 1 “lineogramas”
Instrução: “você vai cobrir esta linha indo e voltando sem tirar o lápis do
papel e sem sair dessa linha. Em um certo momento eu vou tampar a sua
visão e você vai continuar fazendo o mesmo trabalho.”
Mesa na sagital
1° mão dominante:
1- linha horizontal começando sempre de dentro para fora;

51
2- linha sagital começando de baixo para cima;

7:
:1
2° mão dominada:

14
1- linha horizontal começando sempre de dentro para fora;

2
02
2- linha sagital começando de baixo para cima;

/2
Mesa na vertical

03
4/
1° mão dominante: começando de baixo para cima;

-0
2° mão dominada: começando de baixo para cima;

om
Marque o tamanho da ultima linha com o lápis vermelho. Aplique 6 vezes

l.c
ai
com o testando vendo e 20 vezes com sua visão tampada.

tm
ho
Folha 2 “Zigue-e-zague” n@
yo
Instrução: “agora nós vamos trabalhar com as duas mãos. Você vai cobrir
na

este traçado e continuar fazendo o mesmo traçado até ultrapassar essa linha
be
lla

(m ostra a segunda linha de acordo com a direção que estiver fazendo). Você
rie

terá que manter o mesmo tamanho e essa mesma largura todo o teste.”
ab

Subteste feito com a mesa na sagital, 1° o zigue-e-zague egocífugo, 2° o


-g

egocípeto.
2
-7
02

Fazer os três primeiros traçados com o testando vendo – se estiver no


.1

mesmo tamanho e espaço, se não, pedir para parar, apagar o traçado e pedir
76
.6

que faça novamente respeitando o tamanho e espaço do traçado – e tapar a


22

visão no início do quarto.


-9
do
ru

Folha 3 “Escada”
se

Instrução: “você vai cobrir esta escada e continuar fazendo até chegar a esta
s
ia

linha (mostrar a linha no meio da folha). Quando você chegar nesta linha eu
r
fa

vou dizer ‘desça’ e você vai descendo deste lado (mostra o lado oposto ao
n
yo

do modelo).”
na
be

1° mão dominante, terminado girar a folha e iniciar com a mão dominada. O


lla

testando vai fazer as três primeiras escadas vendo, depois tampa-lhe os


ie

olhos, para somente quando ficar (quase) no mesmo nível do exemplo do


br
ga

lado oposto.
Esse teste é todo feito com a mesa na vertical.

Folha 4 “Cadeias”
Instrução: “você vai cobrir este elo e vai continuar traçando outros
entrelaçando até chegar aqui (mostrar o final da cadeia de cima)”
1° mão direita: 1- cadeia egocífuga. 2- cadeia egocípeta.
2° mão esquerda: 1- cadeia egocífuga. 2- cadeia egocípeta.

| 69
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Com a mão direita cadeias no sentido horário, mão esquerda no sentido


anti-horário.

Folha 5 “paralelas egocífugas e us verticais.”


Instrução das paralelas: “ você vai cobrir essa paralela e vai traçar outras do
mesmo tamanho e da mesma largura até chegar aqui (mostrar o final da
coluna) de dentro para fora (mostrar o sentido começando pelo primeiro de

51
exemplo).

7:
:1
Mesa na sagital, 1° mão dominante, 2° mão dominada fazer os três primeiros

14
traços (depois do exemplo) e tapar no início do quarto. Traços sempre de

2
02
dentro para fora.

/2
Instrução dos Us: “você vai cobrir este traçado indo e voltando sem tirar o

03
4/
lápis do papel e sem sair de cima deste traçado”

-0
Mesa na vertical 1° mão dominante depois mão dominada, começando

om
sempre de dentro para fora.

l.c
ai
Sempre marcar o tamanho do ultimo u com o lápis vermelho. Fazer 6 vezes

tm
com o testando vendo e 20 vezes com sua visão tampada.

ho
n@
yo
Folha 6 “paralelas egocípetas e us sagitais”
na

Idem à folha 5.
be
lla
rie

Apesar de ser uma informação desatualizada, vou passar para vocês


ab

(especialmente os que forem resolver uma questão muito especial da FCC de 2012
-g

(TER-CE). Para a banca eram quatro dos critérios quantitativos que deveriam ser
2
-7
02

considerados para efeito de mensuração do PMK: o desvio primário, o desvio


.1

secundário, o tamanho linear e o desvio axial.


76
.6

Desvio Primário: é medido pela diferença entre os dois traçados


22

(com a mão esquerda e com a mão direita). Como os zig zags são
-9

feitos no plano sagital, é uma indicação de agressividade


do
ru

principalmente.
se

Desvio Secundário: também é medido observando os dois traçados.


s
ia

È uma indicação auxiliar para a interpretação dos testes


r
fa

globalmente.
n
yo

Desvio Axial: é o ângulo entre uma linha traçada cortando os zig zags
na
be

feitos e uma linha seguindo o centro dos zig zags modelo. É uma
lla

indicação de equilíbrio e estabilidade.


ie

Tamanho Linear: é o tamanho que cada diagonal do zig zag mede.


br
ga

Tira-se medidas da maior, menor e média das longitudes. Se os


traçados aumentam de tamanho, há indicação de excitabilidade. Se
diminuem, de inibição. Se o aumento da longitude é constante e
progressivo, há indicação de ansiedade. Se a diminuição da
longitude é constante e progressiva, há indicação de angústia.

Teste Palográfico

| 70
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

O teste Palográfico foi idealizado e elaborado pelo Prof. Salvador Escala


Milá, do Instituto Psicotécnico de Barcelona, na Espanha. É uma técnica projetiva
de movimento expressivo e, como tal, apresenta semelhanças como o P.M.K, do
professor Mira Y Lopes e outros testes.
O teste palográfico (PLG), pode ser entendido como a avaliação da
personalidade com base na expressão gráfica. A folha de papel representa o mundo

51
no qual o indivíduo se coloca afetivamente e a maneira pela qual ele se relaciona

7:
:1
com o meio externo, através dos traçados.

14
Ao escrever, projetamos sobre o papel formas simbólicas, vivas em nós, que

2
02
expressam nossa vida interior, ou seja, modificamos as formas tradicionais ou

/2
caligráficas, de acordo com as ideias conscientes e as imagens inconscientes que

03
4/
determinam a nossa personalidade.

-0
A folha de papel representa, portanto, o mundo onde evoluímos, e cada

om
movimento escritural é simbólico de nosso comportamento nesse mundo.

l.c
ai
Podemos concluir, então, que todos os movimentos, todos os gestos humanos

tm
estão carregados de significado e concorrem à expressão da personalidade como

ho
um todo. n@
yo
Quem tiver interesse, pode conhecer o teste aqui:
na

http://www.palografo.com/paloteste/
be
lla

E quem gostar de fofoca (bem quente), acesse:


rie

http://www.palografo.com/paloteste/decisao.aspx
ab

Sim, a Vetor tem um sistema de correção informatizada (para a nossa


-g

alegria!). Chama-se SKIP - Sistema de Correção Informatizada do Palográfico.


2
-7
02

Sua versão para a testagem da personalidade encontra-se favorável no site


.1

do SATEPSI.
76
.6

Direto do submundo da internet, encontrei um pequeno roteiro de correção:


22

1. GERAL
-9

A) O teste deve analisado de forma completa, em todos os seus


do
ru

níveis.
se

B) Deve ser feito todos os cálculos para obtenção da análise. Será


s
ia

utilizada a ficha de correção para os cálculos e anotações.


r
fa

C) O teste Não deve ser riscado ou ter qualquer espécie de


n
yo

marcação. A direção das linhas deve ser medida utilizando régua e


na
be

transferidor.
lla

D) Se o resultado do teste Palográfico for incompatível ao perfil


ie

de policial, este deverá ser analisado e ponderado observando-se os


br
ga

resultados dos demais testes que compõem a bateria.


E) Os resultados da ficha de correção devem ser registrados na
planilha eletrônica que deverá ser impressa e anexa ao teste com a
respectiva folha de correção.
F) Será considerada na correção a Tabela de Escolaridade de
acordo com o nível de escolaridade do candidato.
G) A 1ª parte do teste só será considerada em caso de recurso,
cuja correção será de responsabilidade do técnico competente.

| 71
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

H) Será solicitado ao candidato que o mesmo faça a contagem


dos PALOS, a qual deverá ser conferida pelo avaliador em caso de
discrepâncias significativas.

2. ESPECÍFICO - Todos os pontos de análise devem ser vistos:


A) Produtividade = Quantidade de trabalho, total de Palos
realizados.

51
B) Ritmo (N.O.R) = Variabilidade da produtividade do trabalho

7:
:1
nos diferentes tempos do teste, reproduzindo possíveis flutuações de

14
produtividade.

2
02
NOR = Soma das Diferenças x 100

/2
Total de Palos

03
4/
C) Gráfico de Rendimento = A análise é qualitativa e feita

-0
observando-se o tipo de curva obtida, que indica a regularidade ou

om
irregularidade no ritmo de trabalho e a tendência à fadiga.

l.c
ai
D) Distância entre os Palos = É a distribuição dos Palos por - Centímetro

tm
quadrado – Calculada em dois

ho
n@
sentidos: horizontal (espaçamento entre as linhas) e vertical
yo
(altura dos traços).
na

- Medir do 1o ao último Palo, de cada intervalo, em milímetro a


be
lla

distância entre eles.


rie

- Divide-se este valor pelo Nº de Palos deste intervalo de tempo, assim


ab

encontra-se a média da distância.


-g

- A média de cada intervalo deve ser somada e dividida por 5, o que


2
-7
02

gera a Média Global da distância.


.1

E) Inclinação dos Palos = Medir em cada tempo, o ângulo de maior e


76
.6

menor inclinação do Palo em relação a linha horizontal.


22

F) Tamanho dos Palos = Mede-se em milímetro, de cada intervalo de


-9

tempo, o Maior e o Menor Palo.


do
ru

- Calcula a Média dos maiores tamanhos (somar os valores e dividir por


se

5)
s
ia

- Calcula a Média dos menores tamanhos (somar os valores e dividir por


r
fa

5)
n
yo

- Calcula a Média do Tamanho dos Palos: Somam-se as duas médias (do


na
be

maior e do menor tamanho) e divide-se por 2 .


lla

G) Direção das Linhas ou Alinhamento = usar régua (sem riscar) na


ie

linha reta horizontal,


br
ga

Partindo do primeiro Palo da linha até o último palo da mesma linha,


que é referencial, medir o ângulo.
H) Distância entre Linhas = Mede-se a distância ente o ponto inferior do
primeiro Palo e do último Palo de uma linha até ponto mais alto do Palo
correspondente da linha seguinte.
- Somam-se os valores e divide-se pelo número de intervalo multiplicado
por 2.

| 72
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

I) Margem Esquerda = Mede-se em milímetros a distância da borda


esquerda da folha até o ponto médio do primeiro Palo de cada linha.
Somam-se os valores e divide-se pelo número de linhas.
J) Margem Direita = o mesmo procedimento anterior, não sendo
necessário calcular a última linha.
K) Margem Superior = medir em milímetros a distância da parte
superior do primeiro Palo da primeira linha, até a linha divisória entre a

51
primeira e segunda partes do teste, fazendo-se o mesmo com o último

7:
:1
Palo.

14
L) Analisar com rigor = Pressão e Qualidade do Trabalho /

2
02
Irregularidades do Traçado (Tremor / Ganchos) / Organização ou Ordem,

/2
Emotividade, Depressão e Impulsividade.

03
4/
-0
om
l.c
ai
tm
Teste Bender

ho
n@
yo
Esqueçam o que aprenderam na faculdade!
na

O teste Bender é:
be
lla

um teste visomotor, um teste de inteligência e, ao mesmo tempo, um


rie

teste expressivo.
ab

O Teste Gestáltico de Bender (TGB) foi criado por Lauretta Bender, em 1938,
-g

com o objetivo de fornecer um índice de maturação percepto-motora obtido por


2
-7
02

meio de princípios de organização gestálticos.


.1

O Bender possibilita tanto uma exploração nomotética como idiográfica do


76
.6

indivíduo. Ele é indicado e foi validade para a mensuração da inteligência de


22

crianças de 4 a 12 anos, mas pode ser aplicado a adolescentes e adultos, com idade
-9

mental correspondente.
do
ru

Esse teste é não-verbal de inteligência (ou maturidade intelectual) e é


se

composto por nove cartões medindo 14,9 cm de comprimento por 10,1 cm de


s
ia

altura, cada um deles. Consiste de cartelas em cor branca, compostas por figuras
r
fa

diferenciadas que estão desenhadas em cor preta. São estímulos formados por
n
yo

linhas contínuas ou pontos, curvas sinuosas ou ângulos.


na
be

Como é a aplicação? O aplicador exibe uma das 9 figuras do teste a uma


lla

criança para copiá-las em uma folha em branco.


ie

Bender não propôs qualquer forma de correção para as respostas, mas


br
ga

categorizou, em forma de quadro, as respostas mais frequentes para cada faixa


etária. E concluiu em seus estudos que o sujeito reage ao estímulo dado pelo ato
motor conforme suas possibilidades maturativas. Podem ser aplicadas a partir dos
4 anos de idade, com crianças, adolescentes e adultos, dependendo da edição
escolhida.
Koppitz dizia que no Bender a reprodução das figuras é determinada por
princípios biológicos e sensório-motores, que variam em razão do desenvolvimento

| 73
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

e nível maturacional do indivíduo, assim como de seu estado patológico funcional


e organicamente induzido.

HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.


Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.

51
7:
Preencha este PDF a partir do seu vídeo no PSICOLOGIA NOVA

:1
14
Atenção: vale a pena ter esse livro!!!

2
02
/2
Prefácio

03
4/
É a continuidade do livro Psicodiagnóstico-V!!!

-0
om
l.c
Conceituação de Psicodiagnóstico na atualidade (Capítulo I,

ai
tm
Krug, Trentini e Bandeira) HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.;

ho
TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. Psicodiagnóstico. Porto Alegre: n@
yo

Artmed, 2016.
na
be
lla
rie

Sinônimos para Psicodiagnóstico


ab

Avaliação Diagnóstico
-g

Psicoavaliação
2
-7

Testagem
02
.1

Ocampo e Arzeno
76

Psicodiagnóstico
.6
22

processo psicodiagnóstico inclui aplicação de testes e técnicas


-9

projetivas
do

prática avaliativa de psicanalistas em suas primeiras consultas


ru
se

possibilidade do uso de entrevistas livres ou totalmente abertas, algo


s
ia

não viável no psicodiagnóstico devido à limitação do tempo


r
fa

Trinca
n
yo

Psicodiagnóstico
na

Pode ou não usar testes


be

Krug
lla
ie

Psicodiagnóstico
br
ga

Usa testes
CFP
Avaliação psicológica
Processo amplo
Integração de informações provenientes de diversas fontes
Métodos possíveis
testes, entrevistas, observações e análise de documentos,
Testagem psicológica

| 74
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

principal fonte de informação


testes psicológicos de diferentes tipos
Krug, Trentini e Bandeira (Livro: Psicodiagnóstico)
Psicodiagnóstico
Não usa teste obrigatoriamente
Procedimento científico
Investigação

51
Intervenção Clínica

7:
:1
Limitado no tempo

14
Emprega técnica e/ou testes

2
02
Gera uma ou mais indicações terapêuticas e

/2
encaminhamentos.

03
4/
É uma Intervenção

-0
É uma investigação

om
Possui orientação teórica para a compreensão da situação

l.c
ai
avaliada

tm
não existe a possibilidade de o psicólogo trabalhar sem uma teoria de base, uma

ho
n@
vez que os fenômenos são observados e analisados à luz de pressupostos teóricos,
yo
em um processo interativo.
na
be
lla
rie

Visão antiga de psicodiagnóstico


ab

Ocorre somente com aplicação de testes


-g

Visão positivista
2
-7
02

Visão atual do conceito de psicodiagnóstico


.1

Abrange qualquer tipo de avaliação psicológica de caráter clínico que se


76
.6

apoie em uma teoria psicológica de base e que adote uma ou mais técnicas
22

(observação, entrevista, testes projetivos, testes psicométricos, etc.)


-9

reconhecidas pela ciência psicológica.


do
ru

Não é realizado em avaliativas em contextos jurídicos ou organizacionais


se

Por apresentar variáveis como a simulação e a dissimulação


s
ia

conscientes.
r
fa

Não se limita a uma avaliação de sinais e sintomas


n
yo

Não busca apenas um diagnóstico nosológico


na
be

Não é a simples aplicação de testes


lla

É um procedimento complexo, interventivo, baseado na coleta de múltiplas


ie

informações, que possibilite a elaboração de uma hipótese diagnóstica


br
ga

alicerçada em uma compreensão teórica.

| 75
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Psicodiagnóstico: formação, cuidados éticos, avaliação de


demanda e estabelecimento de objetivos. HUTZ, C.S.;
BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.
Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.

51
Pontos principais sobre o psicodiagnóstico

7:
A graduação nem sempre é suficiente para realizar avaliação psicológica

:1
14
É preciso ter uma boa pergunta de partida

2
Imprescinde de hipóteses

02
/2
Objetivos do psicodiagnóstico (p. 25):

03
São dados pela avaliação da demanda

4/
-0
Objetivos (Cunha)

om
a) a classificação simples;

l.c
b) a descrição;

ai
tm
c) a classificação nosológica;

ho
d) o diagnóstico diferencial;
e) a avaliação compreensiva;
n@
yo
na

e) o entendimento dinâmico;
be

f) a prevenção;
lla
rie

g) o prognóstico; e
ab

h) a perícia forense.
-g

Polêmica
2
-7

Os autores não enquadram aqui a perícia forense


02
.1
76

O processo psicodiagnóstico (Rigoni e Sá)


.6
22

HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.


-9
do

Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.


ru
se
s

Finalidades (Arzeno)
ia
r
fa

1. Investigação diagnóstica
n
yo

tem como objetivo explicar o que acontece além do que o avaliando


na

consegue expressar de forma consciente – e isso não significa rotulá-lo.


be

2. Avaliação do tratamento:
lla
ie

visa avaliar o andamento do tratamento. Seria o “reteste”, no qual se


br
ga

aplica novamente a mesma bateria de testes usados na primeira ocasião ou


uma bateria equivalente.
3. Como meio de comunicação
procura facilitar a comunicação e, em consequência, a tomada de
insight.
4. Na investigação
com o intuito de criar novos instrumentos de exploração da
personalidade e, também, de planejar a investigação para o estudo de uma

| 76
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

determinada patologia, etc.


Outras Finalidades (Rigoni e Sá)
pode ser terapêutico
Outra perspectiva para o Psicodiagnóstico (Rigoni e Sá)
A escuta e o olhar clínico são superiores à aplicação de testes
Etapas (Ocampo)
A primeira principia no contato inicial, estendendo-se até a primeira

51
entrevista com o avaliando;

7:
:1
A segunda consiste na aplicação de testes e técnicas psicológicas;

14
A terceira diz respeito à conclusão do processo, com a devolução oral ao

2
02
avaliando (e/ou aos pais); e

/2
A última refere-se à elaboração do informe escrito (laudo/relatório) para o

03
4/
solicitante e para o avaliando (e/ou aos pais).

-0
Etapas (Rigoni e Sá)

om
1. Determinar os motivos da consulta e/ou do encaminhamento e levantar

l.c
ai
dados sobre a história pessoal (dados de natureza psicológica, social,

tm
médica, profissional, escolar).

ho
n@
2. Definir as hipóteses e os objetivos do processo de avaliação. Estabelecer
yo
o contrato de trabalho (com o examinando e/ou responsável).
na

3. Estruturar um plano de avaliação (selecionar instrumentos e/ou técnicas


be
lla

psicológicas).
rie

4. Administrar as estratégias e os instrumentos de avaliação.


ab

5. Corrigir ou levantar, qualitativa e quantitativamente, as estratégias e os


-g

instrumentos de avaliação.
2
-7
02

6. Integrar os dados colhidos, relacionados com as hipóteses iniciais e com


.1

os objetivos da avaliação.
76
.6

7. Formular as conclusões, definindo potencialidades e vulnerabilidades.


22

8. Comunicar os resultados por meio de entrevista de devolução e de um


-9

laudo/relatório psicológico. Encerrar o processo de avaliação.


do
ru

Os Primeiros Momentos (Rigoni e Sá)


se

Embasa o plano de ação


s
ia

No motivo de consulta deve-se discriminar entre o motivo manifesto e


r
fa

motivo latente
n
yo

Assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido para a


na
be

avaliação
lla

A primeira entrevista com crianças precisa ser feita com os pais ou


ie

responsáveis
br
ga

Com adolescentes, a primeira entrevista poderá ser realizada com os


pais/responsáveis ou com o próprio adolescente, dependendo de seu caso e/ou
idade.
É possível entrevistar membros da família implicados na demanda
Contrato de Trabalho (pode sofrer alterações)
papéis de cada parte
a questão de sigilo e privacidade
o número aproximado de encontros, incluindo-se as primeiras

| 77
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

entrevistas
a bateria de testes que será utilizada, se necessário
as entrevistas de devolução
a forma como serão pagos os honorários
Ordem de aplicação da bateria de testes
Do menos ansiogênico para o mais ansiogênico
Recomendação: começar pelos testes gráficos

51
Devolução

7:
:1
Forma sistemática

14
é a entrevista mais habitual, que tem como objetivo a devolução dos

2
02
resultados e a entrega do laudo.

/2
Forma assistemática

03
4/
Paciente exageradamente ansioso e/ou com risco de suicídio

-0
Devolução das informações por etapas (pequenos feedbacks)

om
Entrevista de devolução

l.c
ai
Recomendação

tm
1. Abordar primeiro aspectos mais sadios, adaptativos e/ou

ho
preservados da dinâmica de funcionamento do avaliando n@
yo
2. comunicar aspectos que requerem maior cuidado E sugerir
na

encaminhamentos apropriados.
be
lla
rie
ab
-g

Entrevista psicológica no psicodiagnóstico (Cap. 5, Serafini)


2
-7
02

HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.


.1
76

Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.


.6
22
-9
do

Psicodiagnóstico
ru

Tipo de avaliação psicológica desenvolvida no âmbito clínico


se

Etapas da Entrevista Inicial


s
ia
r

1ª Etapa
fa
n

Paciente encaminhado para avaliação


yo
na

Contato com a fonte de encaminhamento para levantamento de


be

informações
lla

2ª Etapa
ie
br

Paciente Adulto
ga

Próprio paciente
Paciente Adolescente
Pode ser realizada com o próprio paciente
Seguida pela entrevista com os pais
Paciente Criança
Realizada inicialmente com os pais
Seguida da entrevista com a criança

| 78
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

3ª Etapa
Entrevista com outras fontes de informação
Ocorre sempre com autorização do paciente ou de responsáveis
Definições
Entrevista livre
é mais aberta
podendo partir de uma pergunta mais generalista e seguir sendo

51
construída ao longo do seu desenvolvimento

7:
:1
deve ter algum tipo de direcionamento por parte do avaliador

14
Para Ocampo e Arzeno

2
02
a entrevista inicial se caracterizaria como uma entrevista

/2
semidirigida.

03
4/
o paciente é quem constrói a forma como as

-0
informações serão trazidas.

om
Entrevistas semiestruturadas

l.c
ai
contam com perguntas pré- formuladas

tm
o avaliador segue um roteiro de questões

ho
n@
novas perguntas podem emergir a partir das respostas dadas pelo
yo
paciente ou familiar.
na

Entrevistas estruturadas
be
lla

limita o avaliador
rie

seguem um roteiro bastante rígido


ab

não inserimos questões novas


-g

não há possibilidade de respostas diferentes


2
-7
02

Diferenças entre as modalidades de entrevista de livre estruturação,


.1

semiestruturada e estruturada
76
.6

Livre estruturação
22

Aberta. Não existem perguntas pré-formuladas.


-9

O paciente é livre p ara trazer as informações que achar pertinentes na


do
ru

ordem que desejar.


se

O avaliador deve ter em mente os temas a ser abordados, pois, em alguns


s
ia

momentos, ele deverá direcionar a entrevista.


r
fa

Bastante utilizada no psicodiagnóstico


n
yo

Semiestruturada
na
be

Flexível. Existe um roteiro com algumas perguntas predeterminadas.


lla

O paciente responde às questões de acordo com a ordem trazida pelo


ie

avaliador, mas suas respostas podem gerar novos questionamentos.


br
ga

O avaliador deve ir além das questões pré-elaboradas. Novas questões


podem emergir a partir das respostas do paciente.
Bastante utilizada no psicodiagnóstico
Estruturada
Rígida. As perguntas são pré-formuladas, assim com as alternativas de
resposta.
Não há espaço para respostas diferentes das opções pré-formuladas.
Deve seguir o roteiro de forma fiel. Novas questões não serão acrescentadas

| 79
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Professor Alyson Barros
Aula 02

e as já existentes não podem ser modificadas.


Menos utilizada no psicodiagnóstico

A entrevista de anamnese (Cap. 6, Silva e Bandeira)

51
Anamnese

7:
:1
é um tipo de entrevista realizada para investigar a história do examinando,

14
ou seja, os aspectos de sua vida considerados relevantes para o entendimento da

2
02
queixa.

/2
03
Geralmente é feita em forma de entrevista semiestruturada

4/
-0
Necessita de rapport adequado com o informante

om
l.c
ai
tm
Escolha dos instrumentos e das técnicas no psicodiagnóstico

ho
(Cap. 7, Trentini, Bandeira e Krug) yo
n@
Fatores que determinam a escolha dos testes
na

Hipóteses
be
lla

Conhecimento sobre desenvolvimento humano


rie

Conhecimento sobre psicopatologia


ab

Orientações para a ordem de aplicação dos testes


-g

Instrumentos mais simples em detrimento dos mais complexos


2
-7
02

Instrumentos menos ansiogênicos


.1

Testes projetivos
76
.6

Aplicamos primeiro para que não sejam “contaminados” pelos


22

outros
-9
do
ru
se
s
ia

Entrevista lúdica diagnóstica (Cap. 8, Trentini, Bandeira e


r
fa
n

Krug)
yo
na

Entrevista clínica realizada com crianças em um contexto psicodiagnóstico


be

Sinônimo de entrevista lúdica diagnóstica


lla
ie

É um procedimento técnico utilizado a fim de conhecer e compreender a


br
ga

realidade da criança em processo de avaliação.


Pode ser feita em vários encontros
É uma entrevista inicial
refere-se à primeira etapa diagnóstica
Diferença em relação a entrevista lúdica terapêutica
tem começo, desenvolvimento e fim em si mesmo
opera como uma unidade que deve ser interpretada como tal

| 80
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Aula 02

O Exame do Estado Mental (Cap. 9, Osório)


Definição do EEM
avaliação acurada e sistemática de sintomas objetivos e subjetivos dos transtornos mentais,
das crises vitais e condições dos transtornos similares e das condições clínicas de outra natureza
seus dados são obtidos em entrevistas abertas ou semiestruturadas.
Avalia tanto aspectos patológicos quanto sadios
Focado no presente
Mas considera os últimos 30 dias

51
Não deve ser confundido com o Mini-Exame do Estado Mental

7:
:1
Modelos teóricos e suas repercussões no EEM

14
modelo descritivo-fenomenológico (Kraepelin, Schneider e Jaspers)

2
02
neurobiológico (Andreasen e Kandel)

/2
psicanalíticos (Freud, Hartmann, Erikson, Kohut, Klein, Winnicott e outros)

03
cognitivo-comportamental (behaviorismo, teorias da aprendizagem, psicologia cognitiva);

4/
-0
interpessoal (psicobiologia e teorias do apego/separação)
culturalistas ou neofreudianos (Sullivan e Horney)

om
sistêmico familiar (cibernética, teoria dos sistemas, teoria da comunicação)

l.c
ai
existencial-humanista (Maslow e Rogers);

tm
modelo social (Hollingshead e Redlich nos Estados Unidos; Thomas Main e Maxwell Jones na

ho
Inglaterra; Ulysses Pernambucano, no Brasil)
n@
yo
Síndromes, transtornos e Doenças mentais
na

Primeiro passo
be
lla

Diagnóstico sindrômico
rie

Levantamento de Sinais e Sintomas


ab
-g
2
-7

Psicodiagnóstico Interventivo (Cap. 15, Barbieri e Heck)


02
.1

É uma forma de avaliação psicológica, subordinada ao pensamento clínico


76

Busca a apreensão da dinâmica intrapsíquica, compreensão da problemática do


.6
22

indivíduo e intervenção nos aspectos emergentes, relevantes e/ou determinantes


-9

dos desajustamentos responsáveis por seu sofrimento psíquico e que, ao mesmo


do

tempo, e por isso, permite uma intervenção eficaz.


ru
se

Produz efeitos terapêuticos


s
ia

Geralmente é de base psicanalítica


r
fa

É considerado o herdeiro do psicodiagnóstico compreensivo


n
yo

Busca obter uma compreensão ampla e integrada do indivíduo, levando em


na

conta as dinâmicas intrapsíquicas, intrafamiliares e socioculturais de acordo com o


be

seu nível desenvolvimental.


lla
ie

Seu objetivo é alcançado por meio do contato emocional empático com o


br
ga

paciente (Trinca, 1984).


Priorização de técnicas de associação livre
Isso não impede a utilização de instrumentos padronizados, como as escalas
psicométricas
Aberastury
no primeiro contato com a criança
são levantadas as fantasias inconscientes de enfermidade e de cura.

| 81
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

A entrevista Psicológica
A entrevista não consiste em "aplicar"
instruções, mas em investigar a
personalidade do entrevistado, ao
mesmo tempo que nossas teorias e

51
instrumentos de trabalho.

7:
:1
Bleger

14
2
02
Teremos, a seguir, aqui um verdadeiro tratado sobre a entrevista

/2
03
psicológica. Fundamentalmente, qualquer candidato, para qualquer banca e

4/
qualquer concurso deve saber não só o que é entrevista psicológica e as suas

-0
características, mas onde ela é aplicada, quais as suas possibilidades e as técnicas

om
l.c
de entrevista.

ai
Assim, tentarei organizar da forma mais objetiva possível esse tópico.

tm
ho
Conceitos Iniciais n@
yo
na
be

Não vejo melhor maneira de começar esse conteúdo do que citar uma das
lla
rie

mais brilhantes e claras passagens que me deparei na organização dos conteúdos


ab

de hoje:
-g

A entrevista é a técnica que permite o acesso às representações mais


2
-7

pessoais dos sujeitos: história, conflitos, representações, crenças, sonhos, fantasmas,


02
.1

acontecimentos vividos, etc. É um instrumento insubstituível no domínio das ciências


76

humanas e ainda no domínio da Psicologia, em que há que tentar compreender a


.6
22

origem de diferentes psicopatologias. Com efeito, só o paciente nos pode dizer “onde”
-9

e “como” sofre; há portanto, que escutá-lo. Descrevemos a entrevista segundo os


do

vários modelos teóricos vigentes, e é unânime entre todas as correntes, que a


ru
se

entrevista é uma “conversa” profunda entre duas pessoas num contexto especifico. A
s
ia

eficácia de qualquer tratamento ou procedimento psicológico está diretamente


r
fa

relacionada com a qualidade da entrevista. Sugerimos um modelo de entrevista e na


n
yo

última parte do presente estudo, enfatizamos os fenómenos do campo relacional que


na

se processam durante qualquer tipo de entrevista. A entrevista é uma técnica sui


be
lla

generis, que nos permite aceder ao mundo privado de outro ser humano. A entrevista
ie

é o meio pela qual o entrevistador tenta perceber e sentir o Outro.


br
ga

Fonte: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0031.PDF

Como você percebeu, conceituar entrevista psicológica é um processo


fácil. A entrevista psicológica é um processo bidirecional (interação entre duas ou
mais pessoas), com o propósito previamente fixado no qual uma delas procura
saber o que acontece com a outra, o entrevistado.
Entrevista à Processo bidirecional de comunicação, com propósito definido, onde
o entrevistador levanta dados acerca do entrevistado.

| 82
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

Desse modo, a entrevista é uma técnica de investigação científica em


psicologia, sendo um instrumento fundamental do método clínico, mas que não se
restringe a esse. Podemos dizer que a entrevista é um método de avaliação
psicológica que se assemelha ao método científico, onde o entrevistador vai
formulando uma série de hipóteses com o desenrolar da entrevista. Os objetivos da
entrevista podem ser: 1) reconstituir a história do sujeito (anamnese); 2) sondar

51
seus conhecimentos (arguição oral); 3) avaliar suas aptidões para uma

7:
:1
aprendizagem (orientação) ou um emprego (seleção); 4) contribuir para o

14
psicodiagnóstico e indicação do tratamento de pessoas com distúrbios psicológicos

2
02
(entrevista inicial ou preliminar).

/2
E o que falam os outros autores? Fundamentalmente, a entrevista é

03
4/
definida como uma técnica de levantamento de dados que pode ser aplicada nas

-0
mais diferentes áreas da psicologia. Em algumas raras exceções, seu objetivo maior

om
é a condução de um caso, como na perspectiva rogeriana por exemplo. Sua

l.c
ai
aplicabilidade ultrapassa o campo clínico, e atinge tanto a psicologia

tm
organizacional, quanto a psicologia forense, escolar, dos esportes, infantil, social,

ho
neuropsicologia, psicopedagogia, etc. Dependendo da área, teremosn@
yo
características próprias.
na

Mas, o que é realmente a entrevista psicológica? Vejamos brevemente


be
lla

quatro grandes definições do que é a entrevista psicológica.


rie

Para Bleger (1998) "[A Entrevista psicológica] consiste em uma relação


ab

humana na qual um dos integrantes deve procurar saber o que está acontecendo e
-g

deve atuar segundo esse conhecimento".


2
-7
02

No livro Psicodiagnóstico V (Cunha, 2003) temos que a entrevista


.1

psicológica é um processo bidirecional de interação, entre duas ou mais pessoas


76
.6

com o propósito previamente fixado no qual uma delas, o entrevistador, procura


22

saber o que acontece com a outra, o entrevistado, procurando agir conforme esse
-9

conhecimento.
do
ru

Para o Manual de Avaliação Psicológica, editado pelo Conselho Federal de


se

Psicologia 814, a entrevista é uma técnica de investigação científica em psicologia,


s
ia

sendo um instrumento fundamental do método clínico. (...) Compreende o


r
fa

desenvolvimento de uma relação entre o entrevistado e o entrevistador,


n
yo

relacionada com o significado da comunicação. Revela dados introspectivos (a


na
be

informação do entrevistado sobre os seus sentimentos e experiências), bem como


lla

o comportamento verbal e não-verbal do entrevistador e do entrevistado.


ie

Por fim, Gil (1999) compreende a entrevista como uma forma de diálogo
br
ga

assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta
como fonte de informação.
Complementando as definições anteriores, podemos dizer que a entrevista
psicológica é um processo de comunicação, estabelecido por uma conversação, e
que atende a propósitos definidos anteriormente ao contato entre entrevistador e
entrevistado. Ela serve, fundamentalmente, para levantar dados para o

14
Disponível em: http://crppr.org.br/download/165.pdf

| 83
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Aula 02

entrevistador e, mais especificamente no caso clínico, pode servir para deixar claro
algumas informações para o próprio entrevistado.
Conceitos fáceis, correto? Nem tanto. Precisamos aprofundar bastante
para entendermos as nuances da entrevista em cada tipo de contexto, formato ou
objetivo antes de entendermos as técnicas de entrevista. Sigamos com a matéria.
Apesar da fácil conceituação, devemos diferenciar a entrevista psicológica
da anamnese, da conversa comum e da consulta. A consulta é entendida como uma

51
mera assistência técnica de profissionais. A entrevista possui uma orientação, é

7:
:1
conduzida por um profissional (o que já difere da conversa comum) e é arquitetada

14
dialeticamente (o que difere da consulta strictu sensu). Além disso, é uma

2
02
construção da realidade através do discurso e não uma identificação objetiva de

/2
conceitos e itens. No contexto de contato com o paciente, não consegue aflorar a

03
4/
totalidade do repertório de sua personalidade. Uma diferenciação entre entrevista

-0
psicológica e a anamnese é o fato de que na entrevista a atenção está centrada no

om
não-dito nas contradições do discurso do entrevistado, ao passo que na anamnese

l.c
ai
o que importa são as informações que o paciente fornece independentemente dos

tm
padrões inconscientes que as deflagram. Assim, na entrevista, os fenômenos do

ho
n@
inconsciente devem ser avaliados, enquanto que na anamnese apenas o que é
yo
manifesto é útil.
na
be
lla
rie

Breves Contribuições Históricas


ab
-g
2

A utilização do termo “entrevista psicológica” é recente, porém, em função


-7
02

de seu significado, podemos identificá-la muito antes do surgimento da própria


.1
76

psicologia enquanto ciência.


.6

Já encontramos a entrevista psicológica desde o início do século XIX,


22
-9

dentro de um modelo médico, a partir dos estudos de Kraeplin. Essa estratégia de


do

levantamento de dados já era utilizada para detalhar as informações dos pacientes


ru

e para identificar síndromes e patologias da época. As psicanalistas Anna Freud e


se

Melanie Klein ajudaram a mudar o foco da entrevista psicológica para o campo das
s
ia
r

transferências e das defesas dos pacientes, sem enfatizar as classificações


fa
n

diagnósticas.
yo
na

Sullivan adicionou á entrevista psicológica a necessidade de consideração


be

do contexto social na fala do entrevistado. Rogers, através da sua abordagem de


lla

Aconselhamento Psicológico, centrou a compreensão dos dados da entrevista a


ie
br

partir do referencial do entrevistado15.


ga

15
Essa era uma das bases da aceitação incondicional.

| 84
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

Métodos
Segundo Ribeiro (1988), a realização da entrevista psicológica segue diferentes
enfoques:

a) Psicométrico – O entrevistador faz uso constante de uma série de instrumentos:


testes, pesquisas, controle estatístico, etc., predeterminados, enquanto
dispositivos para a aquisição de conhecimentos sobre o entrevistado. Nessa

51
situação, dificilmente o entrevistador conseguirá aprofundar a relação, o encontro

7:
:1
permanece mais em nível formal e informativo do que espontâneo, criativo e

14
transformador. Isto não quer dizer que seja menos válida ou mais superficial;

2
02
/2
03
b) Psicodinâmico – A relação poderá ser mais aprofundada devido ao fato do

4/
entrevistador contar com maior disponibilidade de tempo para questionar o

-0
entrevistado, e conduzir a situação de maneira “menos estruturada”. Sua atenção

om
l.c
não está no aqui e no agora, ela atende a uma dinâmica de causa-efeito na qual

ai
submensagens poderão dificultar a comunicação;

tm
ho
n@
c) Antropológico – Abrange a relação ambiente-organismo na compreensão da
yo
comunicação. Qualquer dado será considerado, mas, nem sempre, é possível dizer
na

em que momento ele está e onde será utilizado. Esse tipo de entrevista parece mais
be
lla

complexo, assim sendo, exige mais prática do entrevistador para analisar as


rie

informações.
ab
-g
2
-7
02
.1

Tipos de Entrevistas Psicológicas


76
.6
22
-9

Classificar os tipos de entrevistas psicológicas não é uma tarefa simples.


do

Seja pela grande quantidade de classificações existentes, seja pela dificuldade de


ru

convergência entre alguns raros autores. No entanto, a seguir apresento um


se

apanhado geral que é bastante útil para concursos. É um levantamento feito não só
s
ia
r

a partir da teoria disponível na área, mas das bancas que cobram esse tipo de
fa
n

assunto.
yo
na
be

Vejamos, então, as classificações dos tipos de entrevistas.


lla
ie
br
ga

Quanto ao número de entrevistados


1. Individual
2. Grupal

| 85
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Aula 02

Quanto ao Beneficiário16
1. Em benefício do entrevistado 17 : é a entrevista solicitada pelo próprio
entrevistado, como exemplos temos a entrevista clínica para
aconselhamento, consulta psicológica ou psiquiátrica)
2. Em favor dos resultados: é a entrevista que objetiva levantar informações
de interesse do psicólogo, como exemplos temos as pesquisas, enquetes,
sondagens de opinião, estudos de mercado, pesquisas científicas, etc.

51
3. Em benefício de terceiros: é a entrevista que não parte da iniciativa nem

7:
:1
do psicólogo nem do entrevistado, mas de um terceiro interessado nas

14
informações, como por exemplo as entrevistas para a obtenção da CNH, as

2
02
que ocorrem nos processos de seleção, por solicitação médica, empregador

/2
03
ou professor.

4/
-0
Quanto a presencialidade

om
l.c
Para Gil (1999), as entrevistas podem se dá em duas modalidades: face a

ai
face e por Telefone. Eu acrescento, ainda, a entrevista mediada por computador,

tm
ho
pois em 1999 ele jamais poderia imaginar essa revolução.
1. Entrevista face a face: é a entrevista tradicional n@
yo
2. Por telefone: desenvolvido nas últimas décadas. O custo é mais baixo e era
na

mais aplicada para contextos de seleção. Apesar de Gil acreditar na


be
lla

viabilidade de tal procedimento, esse método perdeu um grande espaço para


rie

as entrevistas mediadas por computadores e desconheço quem ainda a use.


ab
-g

Se ainda funcionar, apresentará como limitações a possibilidade de


2

interrupção da entrevista18, a impossibilidade de descrever as características


-7
02

comportamentais e não-verbais do entrevistado ou as circunstâncias em que


.1

se realizou a entrevista.
76
.6

3. Mediadas por computadores: podem ser síncronas ou assíncronas 19 e


22

geralmente são baseadas tanto na transmissão de áudio quanto de vídeo. São


-9

entrevistas mais comuns em processos de seleção, análise do trabalho e em


do
ru

contextos educativos. Possui a facilidade no agendamento das entrevistas,


se

maior aceitação dos entrevistados, possibilidade de entrevistas em escala20.


s
ia

Como limitações das mediadas por computador, temos as mesmas


r
fa

dificuldades que as mediadas por telefone.


n
yo
na
be
lla

Quanto ao número de entrevistados e entrevistadores


ie
br
ga

16
Conceito de Bleger
17
Dos três tipos de entrevista apresentados, é a única automotivada por parte do
entrevistado.
18
Pois provavelmente a TIM vai derrubar a sua ligação. Rs.
19
As entrevistas síncronas são aquelas em que o contato entre o entrevistado e o
entrevistador ocorre ao mesmo tempo, enquanto que a assíncrona ocorre em tempos
diferentes e não permite, assim, a interação ao vivo.
20
É possível realizar mais entrevistas que nos métodos anteriores.

| 86
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

1. Um entrevistador e um entrevistado21.
2. Um entrevistador e vários entrevistados (entrevista em grupo)22.
3. Vários entrevistadores e um entrevistado23.
4. Vários entrevistadores e vários entrevistados simultaneamente24.

Quanto a abertura da entrevista

51
A variável “abertura” reflete o modo como o entrevistador conduz as

7:
:1
perguntas para respostas específicas ou não.

14
1. Entrevista Aberta: Esse tipo de entrevista busca obter respostas livres,

2
02
independente de termos um roteiro a ser seguido ou não. Assim, podemos ter

/2
03
entrevistas abertas que partam tanto de perguntas e pautas determinadas25

4/
para alcançarmos respostas livres quanto podemos ter entrevistas abertas

-0
com perguntas e pautas livres. O que importa, sempre, é que as respostas

om
sejam livres. Desse modo, a entrevista abrange mais do que o que foi definido

l.c
ai
anteriormente. Outra observação importante é que nesse tipo de entrevista,

tm
ho
o entrevistado tem a oportunidade de responder com suas palavras e do seu
n@
modo o que está sendo pedido, assim como o entrevistador por organizar a
yo
entrevista de acordo com o desenrolar da própria entrevista. Além disso, esse
na

tipo de entrevista ajuda a investigar a personalidade do entrevistado de forma


be
lla

mais ampla.
rie

2. Entrevista Fechada: as perguntas, a pauta e as respostas são fixas. Permite


ab
-g

a melhor compreensão sistemática para a comparação entre os entrevistados


2

ou a comparação com padrões de referência nosológicos, por exemplo. Esse


-7
02

tipo de entrevista tem, necessariamente, perguntas, pautas e respostas


.1

definidas. A entrevista não abrange mais do que foi definido anteriormente.


76
.6

Observe que as entrevistas abertas têm como vantagem o aumento da


22

profundidade dos dados colhidos e são ideais para a exploração de informações,


-9

sendo utilizada, por exemplo, no inquérito do Rorschach, na anamnese, no


do
ru

levantamento de histórias de vida, exploração de casos individuais e nos grupos


se

focais. Por outro lado, reduzem a possibilidade de comparação entre


s
ia

entrevistados26.
r
fa
n
yo
na
be
lla

21
ie

Modelo mais comum e característico da prática clínica.


br

22
Modelo menos comum, porém, possível em processos de seleção de pessoas.
ga

23
Modelo menos comum, porém, possível em seleção de pessoas.
24
Citei apenas para não deixar em branco. É uma bagunça! Não sei onde isso se
aplica.
25
Podemos ter entrevistas abertas com a utilização de roteiros padronizados, por exemplo. Nesse
caso, as perguntas e a ordem de apresentação das perguntas são preestabelecidas, e o
entrevistador pode repetir, pedir esclarecimentos ou parafrasear a pergunta se a resposta não for
adequada ao que se perguntou.
26
Não é impossível comparar os resultados de entrevistas abertas, porém, dá muuuito
mais trabalho.

| 87
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

Quanto a diretividade da entrevista


O compromisso com as respostas é dado pela forma como conduzimos a
entrevista. Assim, temos a entrevista diretiva (ou dirigida), a entrevista não-diretiva
(ou não-dirigida) e a entrevista semidireta (ou semi-dirigida).
1. Entrevista diretiva: temos respostas específicas que devemos
necessariamente alcançar. Por isso, conduzimos a entrevista de modo a
abordar integralmente a pauta solicitada, mesmo que fora de ordem, por

51
perguntas previamente determinadas ou não27.

7:
:1
2. Entrevista semidireta (ou semi-dirigida): temos um intermédio entre a

14
diretividade e não-diretividade da entrevista. As perguntas podem ser

2
02
determinadas previamente ou não, assim como a pauta e as respostas

/2
03
desejadas. Em outras palavras, apesar do entrevistador possuir um roteiro

4/
básico de perguntas e de pontos que devem ser abordados, pode incluir novas

-0
questões e novos conteúdos para investigação.

om
3. Entrevista não-diretiva: as respostas são livres e as perguntas e pauta são

l.c
ai
desenvolvidas ao longo da entrevista. Desse modo, outros assuntos podem

tm
ho
ser explorados ao longo do contato do entrevistador com o entrevistado.
n@
Vejamos um quadro que clarifica as diferenças quanto a diretividade das
yo
entrevistas diretiva e não-diretiva.
na

Quanto a Diretividade
be
lla

Entrevista diretiva Entrevista não-diretiva


rie

É a entrevista que determina o tipo de É a entrevista totalmente livre e que


ab
-g

resposta desejada, mas não especifica não especifica nem as questões e nem
2

necessariamente as questões, ou seja, as respostas requeridas. É também


-7
02

deixa as perguntas a critério do denominada entrevista exploratória,


.1

entrevistador. É aplicada para informal ou não-estruturada. Trata-se


76
.6

conhecer certos conceitos pessoais dos de uma entrevista cuja sequência e


22

entrevistado e que demandam certa orientação fica a critério de cada


-9

liberdade para que o entrevistador entrevistador, que caminha dentro da


do
ru

possa captá-los adequadamente. linha de menor resistência ou da


se

extensão de assuntos, sem se


s
ia

preocupar com sequência ou roteiro,


r
fa

mas com o nível e profundidade que a


n
yo

entrevista pode alcançar.


na
be

Assim, no caso da entrevista diretiva, o entrevistador precisa saber


lla

formular as questões de acordo com o andamento da entrevista para obter o tipo


ie
br

de resposta ou informação requerida. A entrevista diretiva é, essencialmente, uma


ga

entrevista de resultados. Na entrevista não-diretiva, o entrevistador corre o risco de


esquecer ou omitir alguns assuntos ou informações. Essa entrevista não-diretiva é

27
Alguns autores falam que toda entrevista diretiva possui apenas questões fechadas
(determinadas). Manifesto minha discordância conceitual em função do foco ser nas
respostas. Assim, é possível termos entrevistas diretivas com perguntas previamente
determinadas ou não.

| 88
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Aula 02

uma técnica criticada pela sua baixa consistência devido ao fato de não se basear
em um roteiro ou itinerário previamente estabelecido.

Quanto a estruturação da entrevista


A estruturação da entrevista diz respeito a definição das perguntas, das
respostas e de pauta, ou, ainda, a rigorosidade dessa pauta. Para fins de concurso,

51
adotaremos a seguinte definição:

7:
:1
1. Entrevista estruturada: as perguntas são definidas previamente, não há

14
possibilidade de novas perguntas ao longo da entrevista. A pauta abordada e

2
02
as respostas também são previamente definidas.

/2
03
2. Entrevista semiestruturada: apresenta um conjunto de questões

4/
previamente definidas que são utilizadas ao longo da entrevista e que geram,

-0
no decorrer da investigação, novas hipóteses e novas perguntas. A pauta

om
inicial é determinada, mas pode mudar ao longo da entrevista. As respostas

l.c
ai
são livres. Assim, o entrevistador tem a liberdade tanto de conduzir a

tm
ho
entrevista por outros caminhos quanto para compelir o entrevistado a voltar
ao roteiro inicial. n@
yo
3. Entrevista não-estruturada: é aquela em que o entrevistador não segue
na

uma pauta estruturada, ou, ainda, que a constrói ao longo da entrevista.


be
lla

Assim, temos:
rie
ab
-g

Estruturação da Entrevista Psicológica


2

Entrevista livre ou não Entrevista Entrevista Estruturada


-7
02

estruturada Semiestruturada ou
.1

Semidirigida
76
.6

É o tipo menos Apresenta certo grau de Desenvolve-se a partir de


22

estruturado, e só se estruturação, já que se uma relação fixa de


-9

distingue da simples guia por uma relação de perguntas, cuja ordem e


do
ru

conversação porque tem pontos de interesses que redação permanecem


se

como objetivo básico a o entrevistador vai invariável para todos os


s
ia

coleta de dados. O que se explorando ao longo do entrevistados, que


r
fa

pretende é a obtenção de seu curso. As pautas geralmente são em


n
yo

uma visão geral do devem ser ordenadas e grande número.


na
be

problema pesquisado, guardar certa relação Possibilita o tratamento


lla

bem como a entre si. O entrevistador quantitativo dos dados


ie
br

identificação de alguns faz poucas perguntas com qualidade.


ga

aspectos da diretas e deixa o


personalidade do entrevistado falar
entrevistado. livremente à medida que
se refere às pautas
assimiladas. Quando
este, por ventura, se
afasta, o entrevistador

| 89
Psicologia para a SEMSA Manaus
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Aula 02

intervém de maneira
sutil, para preservar a
espontaneidade da
entrevista.

Sobre a entrevista semiestruturada28, temos:


Para Triviños (1987, p. 146) a entrevista semiestruturada tem como

51
característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses

7:
:1
que se relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a

14
novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos informantes. O foco principal

2
02
seria colocado pelo investigador-entrevistador. Complementa o autor, afirmando

/2
03
que a entrevista semiestruturada “[...] favorece não só a descrição dos fenômenos

4/
sociais, mas também sua explicação e a compreensão de sua totalidade [...]” além

-0
de manter a presença consciente e atuante do pesquisador no processo de coleta

om
de informações (TRIVIÑOS, 1987, p. 152).

l.c
ai
Para Manzini (1990/1991, p. 154), a entrevista semiestruturada está

tm
ho
focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com
n@
perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às
yo
circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista
na

pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão
be
lla

condicionadas a uma padronização de alternativas.


rie
ab

O que Chiavenato diz sobre a estruturação das entrevistas


-g
2
-7
02

Segundo Chiavenato (Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos


.1
76

humanos nas organizações, 2014, 4ª Edição):


.6

Entrevista totalmente padronizada: é a entrevista estruturada e com um roteiro


22
-9

preestabelecido. O entrevistador faz perguntas padronizadas e previamente


do

elaboradas no sentido de obter respostas definidas. Por isso, perde profundidade


ru

e flexibilidade e torna-se limitada. Pode assumir várias formas, como escolha


se

simples (verdadeiro-falso, sim-não, agrada-desagrada), escolha múltipla, etc.


s
ia
r

Apresenta a vantagem de oferecer um roteiro ao entrevistador que não precisa se


fa
n

preocupar quanto à sequência dos assuntos a serem pesquisados junto ao


yo
na

candidato, pois a entrevista já está programada de antemão. É o tipo de


be

entrevista planejada e organizada para ultrapassar limitações dos


lla

entrevistadores.
ie
br

Entrevista padronizada apenas nas perguntas: é a entrevista com perguntas


ga

previamente elaboradas, mas que permitem resposta aberta, ou seja, resposta


livre por parte do candidato. O entrevistador se baseia em uma
listagem (checklist) de assuntos a questionar e colhe as respostas ou as
informações do candidato.

28
Fonte: Manzini, Eduardo José. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros.
Departamento de Educação Especial, Programa de Pós Graduação em Educação, Unesp, Marília.
Disponível em: http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf

| 90
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Entrevista diretiva: é a entrevista que determina o tipo de resposta desejada,


mas não especifica as questões, ou seja, deixa as perguntas a critério do
entrevistador. É aplicada para conhecer certos conceitos pessoais dos candidatos e
que demandam certa liberdade para que o entrevistador possa captá-los
adequadamente. O entrevistador precisa saber formular as questões de acordo
com o andamento da entrevista para obter o tipo de resposta ou informação
requerida. A entrevista diretiva é uma entrevista de resultados.

51
Entrevista não diretiva: é a entrevista totalmente livre, que não especifica nem

7:
:1
as questões nem as respostas requeridas. É também denominada entrevista

14
exploratória, informal ou não estruturada. Sua sequência e orientação ficam a

2
02
critério do entrevistador, que caminha em uma linha de menor resistência ou da

/2
extensão de assuntos, sem se preocupar com um roteiro, mas com o nível de

03
4/
profundidade a ser alcançado. O entrevistador corre o risco de esquecer ou omitir

-0
assuntos ou informações importantes. É uma técnica criticada pela baixa

om
consistência pelo fato de não se basear em um roteiro ou itinerário previamente

l.c
ai
estabelecido.

tm
ho
n@
yo
Resumo do Professor Alyson Barros
na
be
lla

Como foi possível perceber, é fundamental que façamos uma diferenciação


rie

entre os tipos de entrevistas que acabamos de classificar quanto a sua diretividade,


ab
-g

estruturação e abertura. Pois esse é um assunto que cai em metade das questões
2

que versam sobre entrevista psicológica.


-7
02

Criei um modelo comparativo para auxiliar o candidato na diferenciação


.1

dos tipos de entrevistas que estudamos. Não é um modelo baseado na vida real,
76
.6

mas em todas as questões sobre entrevistas psicológicas até aqui cobrados em


22

todas as bancas e nos últimos 5 anos. Por isso, deu um trabalho danado!
-9

Separei, então, as seguintes variáveis: perguntas, pauta e respostas. Eis a


do
ru

definição de cada uma dessas variáveis:


se

Perguntas: podem ser previamente determinadas ou


s
ia

não. Além disso, dentro da entrevista psicológica,


r
fa

podemos ter situações onde as perguntas podem ser


n
yo

determinadas previamente e novas perguntas são criadas


na
be

ao longo da entrevista.
lla

Pauta: é o conjunto de conteúdos que deve ser abordado.


ie
br

Em outras palavras, é o roteiro a ser seguido. Podemos ter


ga

uma pauta pré-determinada, com questões previamente


determinadas ou não, e uma pauta livre.
Respostas: podem ser pré-determinadas ou não. Quando
é determinada, temos um conjunto possível de respostas
categorizáveis, quando não é determinada, o
entrevistado é livre para organizar a resposta como julgar
necessário.

| 91
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Da combinação dessas variáveis e da abertura, diretividade e estruturação


da entrevista, podemos constituir a seguinte tabela29:

51
7:
:1
14
2
02
/2
03
4/
-0
om
l.c
ai
tm
ho
n@
yo
na
be
lla
rie
ab
-g
2
-7
02
.1
76

Os itens grifados em amarelo são os que representam as principais


.6

diferenças dentro de cada grupo.


22
-9

Quando os itens “perguntas determinadas” e “perguntas livres” estiverem


do

simultaneamente marcados, indicará que o entrevistador pode começar com um


ru

roteiro prévio de perguntas e depois adicionar as que julgue necessárias, assim


se

como também poderá usar ou apenas perguntas determinadas ou apenas


s
ia
r

perguntas livres.
fa
n

No caso da entrevista semi-estruturada e da entrevista semi-diretiva,


yo
na

temos um detalhe que as diferenciam, por exemplo, da entrevista aberta e da


be

entrevista diretiva. As questões são previamente determinadas, porém, no curso da


lla

entrevista, novas questões podem surgir.


ie
br

Por fim, temos algumas importantes conclusões a partir do nosso estudo.


ga

Toda entrevista não diretiva é não estruturada e toda entrevista fechada é


estruturada.

29
A tabela é meramente ilustrativa e representa uma consolidação do que
estudamos até aqui sobre o referido assunto. Não é isenta de erros,
especialmente quanto aparecer algum autor mundialmente desconhecido que
subverta essa ordem.

| 92
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Aula 02

A classificação de Gil
Segundo Gil (1999), as entrevistas podem ser classificadas em: informal,
focalizada, por pautas e estruturada.
a) Entrevista Informal: É o tipo menos estruturado, e só se distingue da
simples conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados. O

51
que se pretende é a obtenção de uma visão geral do problema pesquisado,

7:
:1
bem como a identificação de alguns aspectos da personalidade do

14
entrevistado;

2
02
b) Entrevista Focalizada: É tão livre quanto a informal, todavia, enfoca um

/2
03
tema bem específico. Permite ao entrevistado falar livremente sobre o

4/
-0
assunto, mas quando este se desvia do tema original o entrevistador deve se

om
esforçar para sua retomada;

l.c
c) Entrevista por Pautas: Apresenta certo grau de estruturação, já que se guia

ai
tm
por uma relação de pontos de interesses que o entrevistador vai explorando

ho
ao longo do seu curso. As pautas devem ser ordenadas e guardar certa relação
n@
entre si. O entrevistador faz poucas perguntas diretas e deixa o entrevistado
yo
falar livremente à medida que se refere às pautas assimiladas. Quando este,
na
be

por ventura, se afasta, o entrevistador intervém de maneira sutil, para


lla

preservar a espontaneidade da entrevista;


rie

d) Entrevista Estruturada: Desenvolve-se a partir de uma relação fixa de


ab
-g

perguntas, cuja ordem e redação permanecem invariável para todos os


2

entrevistados, que geralmente são em grande número. Por possibilitar o


-7
02

tratamento quantitativo dos dados, este tipo de entrevista torna-se o mais


.1
76

adequado para o desenvolvimento de levantamentos sociais.


.6

Alyson, essa classificação é ruim. Eu sei, é péssima. Porém, cai em


22
-9

concurso. Uma analogia que podemos fazer a dos ensinamentos de Gil, é a seguinte:
do

Entrevista informal à é a entrevista livre ou não-estruturada


ru
se

Entrevista focalizada à é a entrevista semi estruturada ou semi-


s
ia
r

dirigida
fa
n
yo
na

Entrevista por pautas à é, também, a semi-estruturada ou


be

semi-dirigida
lla
ie
br

Entrevista estruturada à Fechada


ga

| 93
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Aula 02

Enquadre Psicológico
A expressão enquadre psicológico remete ao “contexto” no qual os
fenômenos ocorrem. Assim, o enquadre de um médico é um, o de um deputado é
outro e o nosso é, felizmente, outro. Para alguns autores, o enquadre na entrevista
é a sistematização da entrevista em si e inclui: estabelecimento de horário; previsão
do tempo para o processo; estabelecimento dos honorários; explanação do
referencial teórico e do método a ser utilizado; o tipo da entrevista a ser usada.

51
Como você percebeu, esse enquadre refere-se as variáveis configuradas entre o

7:
:1
entrevistador e o entrevistado.

14
Preparei uma tabela para ficar mais claro os “objetivos/enquadre” da entrevista.

2
02
/2
03
4/
-0
Enquadres da Entrevista Psicológica

om
Entrevista Clínica Entrevista Entrevista Entrevista Lúdica

l.c
Sistêmica Devolutiva

ai
tm
Conjunto de Geralmente é Objetiva Geralmente

ho
processos de utilizada para comunicar o realizada com
técnicas de avaliar casais e sujeito n@
do crianças e em salas
yo
investigação, de famílias resultado da de ludoterapia.
na
be

tempo delimitado, avaliação. Podem ser


lla

dirigido por um Permite ao estruturadas ou não.


rie
ab

entrevistador sujeito expressar Geralmente elas se


-g

treinado, que utiliza pensamentos e iniciam de forma não


2
-7

conhecimentos sentimentos em estruturada,


02

psicológicos, em relação às deixando a criança


.1
76

uma relação conclusões e livre para mexer


.6

profissional, com o recomendações e/ou brincar com os


22
-9

objetivo de do entrevistador. materiais. O


do

descrever e avaliar Deve ser feita de terapeuta realiza de


ru

aspectos pessoais, modo claro e forma gradual


se

relacionais ou pode conter questões que


s
ia
r

sistêmicos feedback sobre o tenham relação com


fa
n

(indivíduo, casal, processo o brinquedo e/ou


yo
na

família, rede social), avaliativo brincar do


be

em um processo que momento, ao


lla

visa a fazer mesmo tempo em


ie
br

recomendações, que realiza questões


ga

encaminhamentos referentes à
ou propor algum problemática em
tipo de intervenção questão. O papel do
em benefício das psicólogo na
pessoas entrevista lúdica é
entrevistadas”. vivenciar uma
experiência nova,

| 94
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

tanto para o
psicólogo quanto
para a criança, em
que refletirá o
estabelecimento de
um vínculo
transferencial breve.

51
Não se deve

7:
:1
interpretar a

14
entrevista lúdica,

2
02
pois não se sabe se a

/2
criança será tratada

03
4/
ou não.

-0
om
l.c
ai
tm
ho
Entrevistas de Diagnóstico n@
yo
na
be

Segundo Marcelo Tavares (Cap. 5 do livro Psicodiagnóstico V), entrevistas


lla

de diagnóstico podem ser sindrômicas ou dinâmicas. O primeiro visa à descrição


rie
ab

de sinais (como, por exemplo: baixa autoestima, sentimentos de culpa) e sintomas


-g

(humor deprimido, ideação suicida) para a classificação em um quadro ou síndrome


2

(Transtorno Depressivo Maior). O diagnóstico psicodinâmico visa à descrição e à


-7
02

compreensão da experiência ou do modo particular de funcionamento do sujeito,


.1
76

tendo em vista uma abordagem teórica. Tanto o diagnóstico sindrômico quanto o


.6

psicodinâmico visam à modificação de um quadro apresentado em benefício do


22
-9

sujeito. Algumas vezes, a característica classificatória do diagnóstico sindrômico


do

parece se contrapor a uma compreensão dinâmica do mesmo; contudo, estas duas


ru

perspectivas devem ser vistas como complementares, operando dentro de uma


se

mesma estratégia de entrevista.


s
ia
r

Como podemos ver, o “objetivo-fim” sindrômico não se contrapõem ao


fa
n

dinâmico.
yo
na
be

Competências do avaliador e a qualidade da relação


lla
ie

Uma entrevista, na prática, antes de poder ser considerada uma técnica,


br
ga

deve ser vista como um contato social entre duas ou mais pessoas. O sucesso da
entrevista dependerá, portanto, de qualidades gerais de um bom contato social,
sobre o qual se apoiam as técnicas clínicas específicas. Desse modo, a execução da
técnica é influenciada pelas habilidades interpessoais do entrevistador. Assim, o
entrevistador deve ser capaz:
1. estar presente, no sentido de estar inteiramente disponível para o outro
naquele momento, e poder ouvi-lo sem a interferência de questões pessoais;

| 95
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Professor Alyson Barros
Aula 02

2. ajudar o paciente a se sentir à vontade e a desenvolver uma aliança de


trabalho;
3. facilitar a expressão dos motivos que levaram a pessoa a ser encaminhada
ou a buscar ajuda;
4. buscar esclarecimentos para colocações vagas e incompletas;
5. gentilmente, confrontar esquivas e contradições;
6. tolerar a ansiedade relacionada aos temas evocados na entrevista;

51
7. reconhecer defesas e modos de estruturação do paciente, especialmente

7:
:1
quando elas atuam diretamente na relação com o entrevistador (transferência);

14
8. compreender seus processos contratransferenciais;

2
02
9. assumir a iniciativa em momentos de impasse;

/2
10. dominar as técnicas que utiliza;

03
4/
-0
om
l.c
ai
Objetivos da Entrevista

tm
ho
n@
Quais são os objetivos das entrevistas psicológicas? Cunha responde isso
yo
em seu livro Psicodiagnóstico V:
na
be
lla

Objetivos da Entrevista Psicológica (Cunha)


rie
ab

Diagnóstico Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do


-g

paciente, bem como as indicações terapêuticas


2
-7

adequadas. Assim, faz-se necessário uma coleta de


02

dados sobre a história do paciente e sua motivação para


.1
76

o tratamento. Quase sempre, a entrevista diagnóstica é


.6

parte de um processo mais amplo de avaliação clínica


22
-9

que inclui testagem psicológica.


do

Psicoterapia Procura colocar em prática estratégia de intervenção


ru

psicológica nas diversas abordagens para acompanhar o


se
s

paciente, esclarecer suas dificuldades, tentando ajudá-


ia
r

lo à solucionar seus problemas.


fa
n

De Encaminhamento Serve para encaminhar o entrevistado após uma breve


yo
na

triagem. Logo no início da entrevista, deve ficar claro


be

para o entrevistado, que a mesma tem como objetivo


lla

indicar seu tratamento, e que este não será conduzido


ie
br

pelo entrevistador.
ga

De Seleção É um tipo de entrevista de cunho profissional e objetiva


levantar informações pertinentes do candidato à vaga.
Pode focar tanto informações quanto o histórico do
candidato quanto traços de personalidade e
competências (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes).
De Desligamento Identifica os benefícios do tratamento por ocasião da
alta do paciente, examina junto com ele os planos da

| 96
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Aula 02

pós-alta ou a necessidade de trabalhar algum problema


ainda pendente. Na esfera organizacional, pode servir
para levantar informações sobre o motivo do
desligamento.
De Pesquisa Investiga temas em áreas das mais diversas ciências,
somente se realiza a partir da assinatura do entrevistado
ou paciente, do documento: Termo de Consentimento

51
Livre e Esclarecido (Resolução CNS n˚ 196/96), no qual

7:
:1
estará explícita a garantia ao sigilo das suas informações

14
e identificação, e liberdade de continuar ou não no

2
02
processo.

/2
03
4/
Assim, podemos esquematizar os principais objetivos das entrevistas no

-0
seguinte mapa mental:

om
l.c
ai
tm
ho
n@
yo
na
be
lla
rie
ab
-g
2
-7
02
.1
76
.6
22
-9
do
ru
se
s
ia
r
fa
n
yo
na
be
lla
ie
br
ga

| 97
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Aula 02

51
7:
:1
14
2
02
/2
03
4/
-0
om
l.c
ai
tm
ho
n@
yo
na
be
lla
rie
ab
-g
2
-7
02
.1
76
.6
22
-9
do
ru
se
s
ia
r
fa
n
yo
na
be
lla
ie
br
ga

Mas, são apenas esses os objetivos das entrevistas psicológicas? Jamais,


coloquei Cunha primeiro pois ela é a maior referencia quando falamos desses
objetivos, porém, elaborei uma lista um pouco mais completa:

Anamnese: tem por objetivo reconstruir a história do sujeito;

| 98
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Aula 02

Orientação: objetiva julgar suas aptidões (capacidades) para uma


aprendizagem;
Arguição Oral: tem por objetivo sondar seus conhecimentos;
Preliminar a uma psicoterapia: objetiva contribuir para o diagnóstico, para
a indicação e para o tratamento de sujeitos que sofrem distúrbios psíquicos
e/ou relacionais;
Aconselhamento Psicológico: ajudar o sujeito a enfrentar uma dificuldade

51
pontual na existência;

7:
:1
Formação: Levar os sujeitos a uma melhor comunicação com outrem;

14
Diagnóstica e de psicodiagnóstico: busca estabelecer o diagnóstico e o

2
02
prognóstico do paciente, bem como as indicações terapêuticas adequadas.

/2
Assim, faz-se necessário uma coleta de dados sobre a história do paciente e

03
4/
sua motivação para o tratamento. Quase sempre, a entrevista diagnóstica é

-0
parte de um processo mais amplo de avaliação clínica que inclui testagem

om
psicológica;

l.c
ai
Psicoterápica: procura colocar em prática estratégia de intervenção

tm
psicológica nas diversas abordagens - rogeriana (C. Rogers), jungiana (C.

ho
n@
Jung), gestalt (F. Perls), bioenergética (A. Lowen), logoterapia (V. Frankl) e
yo
outras -, para acompanhar o paciente, esclarecer suas dificuldades,
na

tentando ajudá-lo à solucionar seus problemas;


be
lla

Encaminhamento: logo no início da entrevista, deve ficar claro para o


rie

entrevistado, que a mesma tem como objetivo indicar seu tratamento, e que
ab

este não será conduzido pelo entrevistador. Devem-se obter informações


-g

suficientes para se fazer uma indicação e, ao mesmo tempo evitar que o


2
-7
02

entrevistado desenvolva um vínculo forte, uma vez que pode dificultar o


.1

processo de encaminhar;
76
.6

Seleção: entrevistador deve ter um conhecimento prévio do currículo do


22

entrevistado, do perfil do cargo, deve fazer uma sondagem sobre as


-9

informações que o candidato tem a respeito da empresa, e destacar os


do
ru

aspectos mais significativos do examinando em relação à vaga pleiteada,


se

etc.;
s
ia

Desligamento: Identifica os benefícios do tratamento por ocasião da alta do


r
fa

paciente, examina junto com ele os planos da pós-alta ou a necessidade de


n
yo

trabalhar algum problema ainda pendente. Essa entrevista também é


na
be

utilizada com o funcionário que está deixando a empresa, e tem como o


lla

objetivo obter um feedback sobre o ambiente de trabalho, para


ie

providenciais intervenções do psicólogo em caso, por exemplo, de alta


br
ga

rotatividade de demissão num determinado setor;


Desligamento terapêutico: o paciente está concluindo um programa de
tratamento e dá o feedback sobre a sua experiência como paciente e a sua
evolução no tratamento;
Sistêmica: geralmente são utilizadas para avaliar casais e famílias;
Entrevista Devolutiva: têm por finalidade comunicar ao sujeito o resultado
da avaliação. É importante, pois permite ao sujeito expressar pensamentos
e sentimentos em relação às conclusões e recomendações do entrevistador;

| 99
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Aula 02

Pesquisa: Investiga temas em áreas das mais diversas ciências, somente se


realiza a partir da assinatura do entrevistado ou paciente, do documento:
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Resolução CNS n˚ 196/96), no
qual estará explícita a garantia ao sigilo das suas informações e
identificação, e liberdade de continuar ou não no processo.
Lúdica: podem ser estruturadas ou não. Geralmente elas se iniciam de forma
não estruturada, deixando a criança livre para mexer e/ou brincar com os

51
materiais. O terapeuta realiza de forma gradual questões que tenham

7:
:1
relação com o brinquedo e/ou brincar do momento, ao mesmo tempo que

14
realiza questões referentes à problemática em questão.

2
02
De estado mental: busca determinar o grau de prejuízo mental associado a

/2
condição clínica interligada. As áreas avaliadas são raciocínio, pensamento,

03
4/
juízo, memória, concentração, fala, audição e percepção.

-0
Triagem: tem como finalidade o encaminhamento do paciente;

om
Motivacional: busca a tomada de consciência e a decisão de aderência ao

l.c
ai
tratamento ou não por parte do paciente.

tm
Clínica: De acordo com Tavares (2000), “A entrevista clínica é um conjunto de

ho
n@
processos de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um
yo
entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma
na

relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais,


be
lla

relacionais ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social), em um


rie

processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum


ab

tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas”.


-g
2
-7
02
.1
76
.6

Entrevista Diagnóstica e de Psicodiagnóstico


22
-9
do

É parte, na maioria das vezes, de um processo amplo de avaliação que


ru

inclui testagem psicológica. Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do


se

paciente, bem como as indicações terapêuticas adequadas. Podem ser sindrômicas


s
ia
r

ou dinâmicas. O primeiro visa à descrição de sinais (como, por exemplo: baixa


fa
n

autoestima, sentimentos de culpa) e sintomas (humor deprimido, ideação suicida)


yo
na

para a classificação de um quadro ou síndrome (Transtorno Depressivo Maior). O


be

diagnóstico psicodinâmico visa à descrição e à compreensão da experiência ou do


lla

modo particular de funcionamento do sujeito, tendo em vista uma abordagem


ie
br

teórica.
ga

Sobre a entrevista psicológica nesse contexto, é válido ressaltar:


Entrevistas diagnósticas e outros procedimentos clínicos de avaliação
psicológica
O psicodiagnóstico, realizado segundo os modelos anteriormente
descritos, apesar de continuar sendo uma importante estratégia de avaliação
psicológica, fundamental na formação e atuação profissional dos psicólogos, tem
sido, nos últimos anos, objeto de muitas críticas, especialmente pelo uso, muitas

| 100
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

vezes desnecessário, de uma extensa bateria de testes psicológicos, pelo longo


tempo gasto no processo e, também, pelo uso indevido de laudos, freqüentemente
mal elaborados (ROSA, 1995). Tais críticas não anulam a importância e a indicação
do psicodiagnóstico, principalmente em situações específicas que exigem um
estudo mais aprofundado para um diagnóstico diferencial. Mas, freqüentemente, se
o profissional possui experiência clínica e um bom domínio teórico e técnico, é
possível utilizar procedimentos de avaliação mais simplificados, que exploram com

51
criatividade e profundidade os recursos da entrevista clínica diagnóstica.

7:
:1
Atualmente, no nosso meio psicológico acadêmico e profissional, alguns

14
profissionais de formação psicanalista rejeitam radicalmente o uso de qualquer

2
02
teste ou técnica de investigação da personalidade. No trabalho diagnóstico,

/2
utilizam apenas a entrevista psicanalítica nos moldes realizados por Freud (1969a),

03
4/
Lacan (apud QUINET, 1991) e Mannoni (2004), conforme destaca Priszkulnik (1998).

-0
Mas a prática mais comum, principalmente com crianças, introduz na

om
entrevista diagnóstica técnicas menos estruturadas, como o “jogo do rabisco” de

l.c
ai
Winnicott (2005a); ou o brincar de forma livre e espontânea, como propõe

tm
Aberastury (1992), na “hora do jogo”; ou ainda o desenhar e contar estórias,

ho
conforme Trinca (1997) no Procedimento de “Desenhos-Estórias”. n@
yo
Tradicionalmente usadas dentro do processo do psicodiagnóstico, essas
na

técnicas são, hoje, freqüentemente empregadas de forma mais flexível. Como


be
lla

aponta Trinca (1997), a flexibilização do uso de técnicas auxiliares, na entrevista


rie

clínica, consolida uma nova maneira de realizar o diagnóstico psicológico como um


ab

procedimento predominantemente clínico.


-g
2

Fonte: Araujo, 2007.


-7
02
.1
76
.6

Etapas das entrevistas na Avaliação Psicológica


22
-9
do

Creio que seja interessante tecer alguns comentários sobre o a as etapas


ru

da entrevista psicológica dentro do processo de diagnóstico na avaliação


se
s

psicológica. Cunha facilitou nossas vidas e descreveu as etapas do Processo de


ia
r

Avaliação Psicológica ou Psicodiagnóstico


fa
n

- 1º momento: realização da(s) primeira(s) entrevista(s) para levantamento e


yo
na

esclarecimento dos motivos (manifesto e latente) da consulta, as ansiedades,


be

defesas, fantasias e a construção da história do indivíduo e da família em questão.


lla

Nesta etapa ocorre a definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame.
ie
br

(demanda, hipóteses)
ga

- 2º momento: reflexão sobre material coletado na etapa anterior e sobre as


hipóteses iniciais a fim de planejar e selecionar os instrumentos a serem utilizados
na avaliação. Em alguns casos se mostram de suma importância as entrevistas,
incluindo os membros mais implicados na patologia do paciente e/ou grupo
familiar. (seleção de escopo e de testes)
- 3º momento: realização da estratégia diagnóstica planejada. Na avaliação, de um
modo geral, não é obrigatório (apesar de bastante indicado) o uso de testes

| 101
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Aula 02

psicológicos. Nessa fase ocorre o levantamento quantitativo e qualitativo dos


dados. É relevante salientar que não deve haver um modelo rígido de
psicodiagnóstico ou de avaliação psicológica, uma vez que cada caso é único,
demonstrando necessidades únicas, sendo estas sanadas com instrumentos
próprios para elas. (aplicação de testes e/ou técnicas)
- 4º momento: estudo do material coletado. Nesta etapa faz-se a integração dos
dados e informações, buscando recorrências e convergências dentro do material,

51
encontrar o significado de pontos obscuros, correlacionar os instrumentos entre si

7:
:1
e com as histórias obtidas no primeiro momento, formulando inferências por estas

14
relações tendo como ponto de partida as hipóteses iniciais e os objetivos da

2
02
avaliação.

/2
- 5º momento: entrevista de devolução. Nela ocorre a comunicação dos resultados

03
4/
obtidos, as orientações a respeito do caso e o encerramento do processo. Ela pode

-0
ocorrer somente uma vez, ou diversas vezes, uma vez que, geralmente, faz-se uma

om
devolutiva de forma separada para o paciente (em primeiro lugar) e outra para os

l.c
ai
pais e o restante da família. Quando o paciente é um grupo familiar, a devolutiva e

tm
as conclusões são transmitidas a todos.

ho
n@
Simplificadamente, quanto a sequência das entrevistas de avaliação
yo
diagnóstica, temos:
na

a) Entrevista Inicial: É a primeira entrevista de um processo de psicodiagnóstico.


be
lla

Semidirigida, durante a qual o sujeito fica livre para expor seus problemas.
rie

b) Entrevistas Subseqüentes: busca a obtenção de mais dados com riqueza de


ab
-g

detalhes
2

c) Entrevista de Devolução ou Devolutiva: No término do psicodiagnóstico, o


-7
02

técnico tem algo a dizer ao entrevistado em relação ao que fundamenta a


.1

indicação. Deve-se evitar o uso de jargão técnico (expressões própria da ciência


76
.6

circulante entre os profissionais da área, em outras palavras “gíria profissional”),


22

e iniciar por sintoma ligado diretamente à queixa principal; A entrevista de


-9

devolução deve encerrar com a indicação terapêutica.


do
ru
se
s
ia

Rapport, transferência e contratransferência


r
fa
n

O rapport oportuniza ao profissional oferecer respaldo


yo
na

informativo fundamental para uma melhor


be

compreensão da dinâmica desse processo, no sentido de


lla

colocar o(s) examinando(s) ou o(s) paciente(s), mais


ie
br

próximo(s) desse momento avaliativo, e o próprio


ga

psicólogo se faz agente de motivação e solicitude.

Falta-nos entender os papéis desempenhados no processo de entrevista


psicológica. Os papéis, em conjunto com variáveis relacionais, dão o tom da
entrevista. Chamo de variáveis relacionais o rapport, as técnicas utilizadas, a
habilidade do entrevistador e entrevistado para elaborarem a comunicação, a
transferência e a contratransferência.

| 102
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Aula 02

O rapport é o entrelaçamento de papéis desempenhados


(entrevistador/entrevistado, avaliador/avaliado) onde os dois se harmonizam para
uma tarefa comum. Ele deve ocorrer tanto na psicoterapia quanto na entrevista
psicológica e na avaliação psicológica. Esse conceito reflete a confiança e a
motivação que o sujeito passivo da relação deposita no processo. É sinônimo de
confiança no processo e em quem conduz o processo.
A transferência e a contratransferência são fenômenos que estão presentes

51
em toda relação interpessoal. A transferência advém do entrevistado, que atribui

7:
:1
papéis ao entrevistador e se comporta em função desses papéis por ele atribuídos.

14
Um conceito fundamental dentro da transferência é o de repetição. Para Freud, a

2
02
transferência é apenas um fragmento da repetição e que a repetição é uma

/2
transferência do passado esquecido para todos os aspectos da situação atual.

03
4/
Assim, é um processo de reatribuição de conteúdos latentes e inconscientes. Os

-0
desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos, num certo tipo de

om
relação estabelecida, eminentemente, no quadro da relação analítica. Destaco que

l.c
ai
a transferência é caracterizada, ainda, pela repetição de protótipos infantis vividos

tm
com um sentimento de atualidade acentuada.

ho
n@
O processo de transferência é unânime em quase todas as perspectivas
yo
teóricas que trabalham com a entrevista, porém é da psicanálise que vem as
na

maiores contribuições. Nela, a transferência é reconhecida como o terreno em que


be
lla

se dá a problemática de um tratamento, pois é a sua instalação, as suas


rie

modalidades, a sua interpretação e a sua resolução que as caracteriza. Destaco que


ab

desde o início, a transferência é a arma mais forte da resistência.


-g

É importante distinguirmos duas classificações dessa transferência.


2
-7
02

Freud tem o intuito de demonstrar o quanto as forças da natureza estão


.1

presentes através da transferência e que também o analista deve estar atento para
76
.6

saber exatamente com o que está lidando, utilizando a transferência erótica para
22

uma maior compreensão do paciente. Nesse mesmo trabalho, o autor classificou a


-9

transferência em positiva e negativa. A transferência positiva se refere, então, a


do
ru

todas as pulsões e derivados relativos à libido, especialmente os sentimentos de


se

afeto e carinho, incluindo os desejos eróticos, desde que tenham sido sublimados
s
ia

sob a forma de amor não-sexual e não persistam como um vínculo erotizado. Por
r
fa

outro lado, a transferência negativa se refere à existência de pulsões agressivas com


n
yo

seus inúmeros derivados, como inveja, ciúmes, voracidade, destrutividade e


na
be

sentimentos eróticos intensos.


lla

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rprs/v27n2/v27n2a09.pdf
ie
br
ga

A contratransferência, por sua vez, advém do entrevistador e se


caracteriza por reações que se originam do campo psicológico em que se estrutura
a entrevista. É um grande feedback do processo conduzido e, pela perspectiva
psicanalítica, as emoções vividas pelo analista são consideradas reativas às do
paciente, vinculando-se, portanto, ao passado deste último, e não dizendo respeito
diretamente à pessoa do analista.

| 103
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Aula 02

Entendido esses conceitos fica claro que o psicólogo possui o papel de


investigador, de coordenador do processo de auto exposição do
paciente/candidato. O psicólogo é, então, o profissional permeado pelos seus
conhecimentos teóricos e práticos (e permeado pelo ethos da profissão) que irá
conduzir o entrevistado a outro patamar de conhecimento. Em suma, é o papel do
entrevistador é o de facilitar o desvelamento e a expressão da construção da
realidade do entrevistado. Via de regra, então, o entrevistado possui um papel

51
passivo na condução da entrevista, mas ativo na construção da forma como vai

7:
:1
responder às conduções dadas pelo entrevistador.

14
2
02
/2
Técnicas de Entrevista

03
4/
-0
om
Tudo claro até aqui? Vamos estudar, então, as técnicas de entrevista:

l.c
Sua orientação filosófica geralmente determina quais delas eles utilizarão

ai
tm
mais e o grau de ênfase atribuído a determinada técnica, mas em verdade, tais

ho
técnicas todas são a base do processo de entrevista.
n@
Essas técnicas incluem o questionamento direto, a reflexão, a reexposição
yo

(paráfrase: colocar em palavras que possibilitem uma melhor compreensão), o


na
be

esclarecimento, a confrontação, a auto-revelação, o silêncio, a explicação, a


lla

“reframing” (restruturação cognitiva), a interpretação e o humor.


rie
ab

Questionamento: Esta é a técnica mais freqüentemente empregada pelos


-g

entrevistadores clínicos. O questionamento pode ser tanto direto como em


2
-7

aberto.
02

Reflexão: Essa técnica requer que o entrevistador tenha habilidade de


.1
76

reproduzir o material cognitivo ou emocional do paciente, de modo a mostrar-


.6

lhe que seus sentimentos ou declarações foram compreendidas. O emprego


22
-9

excessivo da reflexão em uma entrevista é contraproducente, porque muitas


do

áreas importantes são deixadas de lado.


ru
se

Reexposição (Paráfrase): A reexposição simplesmente coloca em outras


s

palavras, de maneira mais clara e articulada, o que o paciente diz. A


ia
r
fa

reexposição é em geral empregada para facilitar a compreensão e para


n

esclarecer, enquanto a reflexão e utilizada como uma intervenção


yo
na

terapêutica.
be

Clarificação: A clarificação geralmente se faz pela utilização de alguma das


lla

outras técnicas (questionamento, paráfrase ou reexposição), mas o seu


ie
br

propósito é auxiliar o paciente a compreender o que é dito na entrevista.


ga

Confrontação: A confrontação é a técnica através da qual o terapeuta aponta


discrepâncias entre o que é observado e o que é falado. Às vezes ela é
empregada quando o paciente diz alguma coisa diferente daquilo que o
terapeuta está percebendo dele. A confrontação é freqüentemente utilizada
com drogados e outros pacientes com transtornos de caráter, a fim de
desfazer suas negações e defesas rígidas. Ela em geral produz o efeito de

| 104
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Aula 02

aumentar a ansiedade e desencadear a negação e a evitação que ela buscava


atingir.
A confrontação pode ser construtiva ou destrutiva, quando mal utilizada ela
pode ser maléfica; deve ser utilizada por terapeutas experientes.
Auto-revelação: Através desta técnica, o terapeuta transmite ao paciente
suas experiências pessoais ou sentimentos. A auto-revelação por parte do
terapeuta facilita a auto-revelação do paciente. Porém, esta técnica deve ser

51
empregada com moderação porque pode provocar uma falsa expectativa no

7:
:1
paciente. O terapeuta precisa ser criterioso ao determinar quais informações

14
devem ser reveladas, bem como seu possível efeito no paciente.

2
02
Silêncio: O silêncio pode ser uma técnica de entrevista e um artifício

/2
terapêutico que proporciona ao paciente uma oportunidade de processar e

03
4/
compreender o que foi dito, encaminhando a entrevista, assim, em direção

-0
positiva. O paciente deve compreender o motivo do silêncio porque

om
geralmente visa facilitar a introspecção ou permite ao paciente reassimilar

l.c
ai
suas emoções depois de liberá-las.

tm
Exploração: Através desta técnica é possível a investigação de áreas da vida

ho
n@
do paciente que requerem um exame mais profundo. Também pode ser
yo
empregada para determinar o grau de insight do paciente, e o quanto ele
na

precisa ser pressionado para que possa experienciar um dado sentimento. Os


be
lla

terapeutas não devem ter medo de explorar certas áreas, mesmo que elas
rie

possam ser encaradas como delicadas.


ab

Reframing (Reestruturação cognitiva): Esta técnica faz com que o paciente


-g

e o terapeuta reafirmem suas crenças, atitudes ou sentimentos de maneira


2
-7
02

mais realista, proporcionando uma perspectiva nova de uma situação e


.1

servindo para desfazer afirmações negativas. Esta técnica pode levar a


76
.6

mudanças no comportamento e embora seja eficaz, ele não dispensa a prática


22

e o desenvolvimento das habilidades do terapeuta, de modo que pode


-9

alcançar sua eficácia total.


do
ru

Interpretação: Através desta técnica, o terapeuta oferece informações de um


se

modo que permite ao paciente explorar seu comportamento e compreender


s
ia

sua motivação. Esta técnica é a mais difícil de ser alcançada, porque implica
r
fa

no domínio amplo da teoria da personalidade e motivação, acompanhada de


n
yo

experiências supervisionada.
na
be

A maioria dos terapeutas, usa a interpretação de uma forma ou outra. Alguns


lla

confiam nela muito mais do que nas demais e os pacientes podem


ie

simplesmente aceitar as afirmações do terapeuta, acreditando em sua


br
ga

experiência, sabedoria e autoridade. Por esta razão, devemos ser criteriosos e


cuidadosos ao fornecer interpretações.
Humor: A compreensão do papel do humor na avaliação clínica é recente.
Porém, o humor pode reduzir a ansiedade, facilitar o movimento terapêutico
e enriquecer a entrevista. Uma confiança excessiva nesta abordagem dará ao
paciente a impressão de que o terapeuta não está levando a sério a entrevista.
Portanto, o humor deve ser empregado moderadamente com o propósito
básico de beneficiar o paciente.

| 105
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Fonte: Silva, sd.


Devo salientar, que existe, ainda, a técnica de deflexão. Essa técnica,
comumente utilizada nas entrevistas de seleção de pessoal, consiste na mudança
de uma linha de pensamento/atuação para seguir outra. É o desvio do caminho
normal, não busca medir reação do candidato, mas tornar objetivo a condução da
entrevista.

51
7:
:1
Abordagens e Perspectivas Teóricas

14
2
02
Entendemos as modalidades, os objetivos e os enquadres, falta-nos

/2
03
entender os papéis desempenhados e os referenciais teóricos adotados. Proponho

4/
-0
uma inversão nesses temas para fins didáticos. A compreensão dos papéis nas

om
entrevistas psicológicas depende, em parte, do referencial teórico adotado. Os

l.c
referenciais, propriamente ditos, variam de acordo com as perspectivas teóricas

ai
tm
adotadas. Vejamos algumas delas:

ho
a) Perspectiva Psicanalítica – Tem como base os pressupostos dos conteúdos
n@
inconscientes. O entrevistador busca avaliar a motivação inconsciente, o
yo

funcionamento psíquico e a organização da personalidade do entrevistado. A


na
be

entrevista é orientada para a psicodinâmica da estrutura intrapsíquica ou das


lla

relações objetais e funcionamento interpessoal;


rie
ab

b) Perspectiva Existencial-humanista – Não procura formular um diagnóstico, e


-g

sim, verificar se o interesse do indivíduo está auto-realizado ou não. Aqui não existe
2
-7

uma técnica específica de entrevista, estas são consideradas pelos existencialistas


02

como manipulação. O entrevistador reflete o que ouve, pergunta com cuidado, e


.1
76

tenta reconhecer os sentimentos do entrevistado;


.6

c) Perspectiva Fenomenológica – Estuda a influência dos pressupostos e dos


22
-9

preconceitos sobre a mente, e que os acionam ao estruturar a experiência e atribuir-


do

lhe um significado. Além de uma atitude aberta e receptiva, é necessário que o


ru

entrevistador atue como observador participante, e que, assim, seja capaz de


se
s

avaliar criticamente, através de sua experiência clínica e conhecimento teórico, o


ia
r

que está ocorrendo na entrevista. A entrevista psicológica de cunho


fa
n

fenomenológico existencial caracteriza-se por ser totalmente aberta, onde o


yo
na

entrevistando tem total autonomia. O processo deve ser relacional, ou seja


be

dialógico, buscando compreender a experiência vivida na perspectiva singular do


lla

sujeito colaborador que a vive, ou a viveu dialógica


ie
br

Fonte: http://www.algosobre.com.br/psicologia/a-entrevista-psicologica-e-suas-
ga

nuancas.html

Saliento que na perspectiva fenomenológica, trabalha-se com a


experiência consciente enquanto que na psicanálise busca-se aceder ao
inconsciente. Um bom texto que retrata essa experiência consciente é o artigo que
está disponível nesse link: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-
65641997000200015&script=sci_arttext. Além disso, a entrevista na perspectiva

| 106
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Aula 02

fenomenológica estuda a influência dos pressupostos e dos preconceitos sobre a


mente e estabelece um referencial de construção do conhecimento humano que dê
sentido à experiência e significado à ação.
Existem contribuições de outras perspectivas teóricas que valem a pena ser
destacadas no nosso estudo. A perspectiva comportamentalista, por exemplo,
busca o levantamento dos fatores relevantes (elementos mantenedores) da
problemática enfocada. Para a perspectiva cognitivista, a entrevista serve como

51
demonstração do processo de raciocínio, atribuição e de distorção da realidade.

7:
:1
Essa corrente acredita que uma parte dos problemas humanos decorre da forma

14
como interpretamos a realidade. A entrevista na psicoterapia breve está destinada

2
02
a cumprir não apenas função diagnóstica e de fixação de contrato, mais que isso,

/2
ela desempenhará um papel terapêutico. Além disso, ela avalia se o paciente tem

03
4/
recursos egóicos adequados para se beneficiar da técnica. Na perspectiva

-0
rogeriana, a entrevista psicológica não utiliza a formulação de perguntas de

om
exploração.

l.c
ai
tm
ho
Competências do avaliador, qualidade da relação, Rogers e a n@
yo

entrevista Dialógica
na
be
lla
rie

Essas definições e orientações dependerão do contexto onde a relação de


ab

entrevista irá ocorrer e o sentido dela. As orientações, por exemplo, para um


-g

contexto de entrevista de seleção serão bem diferentes de uma orientação de


2
-7

entrevista clínica baseada na Abordagem Centrada na Pessoa. O que você deve


02

saber é que o sucesso da entrevista dependerá de qualidades gerais do terapeuta,


.1
76

do interesse do entrevistado e de um bom contato social em que se apoiem técnicas


.6
22

clínicas específicas. Desse modo, a execução da técnica é influenciada pelas


-9

habilidades interpessoais do entrevistador e do entrevistado.


do

Para não deixarmos esse tópico em branco e para complementar, como


ru
se

prometido, o tópico de Abordagens e Perspectivas, estudemos as recomendações


s

de Rogers para a entrevista psicológica e o contexto da entrevista na Gestalt.


ia
r
fa

A entrevista clínica na Abordagem Centrada na Pessoa


n
yo

Carl Rogers foi sem dúvida uma das maiores expressões da Psicologia
na

Humanista. Desenvolveu sua teoria sob a noção central da tendência à atualização,


be

ou seja, a ideia de que as pessoas vão se mover no sentido da saúde, quando as


lla
ie

condições para o crescimento são criadas e restauradas.


br
ga

A psicoterapia Centrada na Pessoa devolve ao homem o poder sobre si


mesmo, recriando, através da relação terapeuta–cliente, as condições
necessárias para a retomada do desenvolvimento e do fortalecimento da
Tendência Atualizante, com abordagens compreensivas baseada no método
fenomenológico. Este tipo de psicoterapia requer o desenvolvimento de
algumas atitudes essenciais ao psicoterapeuta:
• empatia: é perceber como se fosse a outra pessoa. Requer sensibilidade
para perceber o outro tal qual se percebe. Contato interno do

| 107
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Aula 02

psicoterapeuta para ser permeável aos sinais que o cliente lhe passa,
deixando-se “entre parênteses”. Abertura à experiência e capacidade de
sintonia.
• aceitação positiva incondicional: significa considerar, acolher, atentar
para o fluxo da energia que há no cliente e em si mesmo sem julgar. Não é
concordar com tudo que a pessoa faz, mas acolhê-la na sua experiência.
• congruência: é a capacidade de estar totalmente presente e ser

51
autêntico, verdadeiro e honesto na relação. Para isso é importante que o

7:
:1
psicoterapeuta perceba-se, sinta-se na relação e permita-se comunicar ao

14
cliente seus sentimentos, quando pertinentes ao contexto.

2
02
A partir desta visão é indispensável que o psicoterapeuta tenha tais

/2
atitudes e saiba transmiti-las ao cliente, impregnando a estrutura e o conteúdo

03
4/
de suas respostas.

-0
O psicoterapeuta é uma caixa de ressonância e um amplificador da

om
experiência do cliente. Percebe-o como um todo, não julga, não interroga, não

l.c
ai
tranqüiliza nem interpreta. Seu objetivo é acompanhar as descobertas do

tm
cliente na forma como ele as vai experienciando.

ho
n@
A intervenção característica da Terapia Centrada na Pessoa é
yo
conhecida como Resposta Reflexo, consistindo esta em acentuar a
na

comunicação manifesta pelo cliente.


be
lla

Este tipo de intervenção pode parecer simples, mas não é, pois exige
rie

do psicoterapeuta grande habilidade em acompanhar o cliente sem apressá-lo,


ab

ou, então, abandoná-lo. É um exercício de sintonia empática e presença


-g

permanente, com o objetivo de ampliar a consciência.


2
-7
02

As respostas reflexos podem ser:


.1

• Reiteração ou reflexo simples: refere-se apenas ao conteúdo da


76
.6

comunicação, devendo ser feita de forma breve, resumida e não


22

necessariamente com as palavras da pessoa, desde que não se


-9

introduzam elementos novos ao campo. Este tipo de intervenção vai


do
ru

preparando o terreno para que o próprio cliente tome consciência cada


se

vez maior de si. Segundo as palavras de Rogers:


s
ia

O reflexo simples se emprega principalmente quando a atividade do cliente


r
fa

é descritiva, isto é, quando carece de substância emocional ou quando o


n
yo

sentimento está a tal ponto inerente ao conteúdo material que o terapeuta


na
be

demonstre uma atitude investigadora, analítica, contrária às suas


lla

intenções, se procurasse deduzir daí alguma significação implícita (ROGERS


ie

& KINGET, p. 64, 1977).


br
ga

É através da reinteração que se estabelece no campo terapêutico um


clima de segurança emocional, de forma que a pessoa se sente
compreendida e respeitada.
• Reflexo de sentimento: procura apreender o que está implícito ao
discurso, o que está por trás das palavras. O objetivo é a tomada de
consciência dos sentimentos subjacentes na verbalização. “Enquanto o
reflexo simples estabiliza a figura, o reflexo do sentimento a amplia”
(LERNER, p. 79, 1974).

| 108
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Aula 02

• Elucidação: capta e cristaliza certos elementos que não estão fazendo


parte do campo fenomenológico, ou seja, sentimentos e/ou atitudes que
não foram explicitados pelo cliente, mas que estão impregnando o seu
campo perceptual. É um tipo de resposta mais intelectualizada, que parte
de uma dedução do terapeuta, sendo assim mais suscetível de conter
elementos estranhos ao cliente e podendo não ser reconhecida por ele.
Aconselha-se, ao formular tal intervenção, que esta seja acompanhada de

51
expressões como “Deixe-me ver se compreendo...”, “Fale-me se eu

7:
:1
estiver enganado...”, “ Me parece que o que tu estás me dizendo é...”, pois

14
estas asseguram ao cliente que o seu discurso será entendido sob o seu

2
02
ponto de vista, e não sob o do terapeuta.

/2
• Impressão Integrativa: é um tipo de resposta intuitiva, que reflete

03
4/
sentimentos e que visa integrar informações, fragmentos da experiência

-0
do cliente e devolvê-las a ele de forma que o ajude a organizar sua

om
experiência num novo nível de consciência. Esta modalidade de resposta

l.c
ai
foi mencionada por Rogers mais tarde na sua teoria, no que ele

tm
denominou primeiramente de “empatia sensitiva” (ROGERS, 1987);

ho
n@
portanto, não está descrita no rol das intervenções publicadas nos seus
yo
primeiros trabalhos.
na

...
be
lla

A entrevista clínica na abordagem da Gestalt-terapia


rie

...
ab

A entrevista dialógica
-g

Os gestalt terapeutas acreditam que o ser humano tem um impulso


2
-7
02

natural para saúde. Em Gestalt-terapia, o paciente apreende através de seus


.1

sentidos, experimentando-se na relação. É uma psicoterapia abrangente,


76
.6

integrativa e multidimensional, na qual o fundamental é o processo.


22

Todas as entrevistas, individuais, familiares ou grupais, são


-9

fenomenológico existenciais, ou seja, possuem seu foco na análise da


do
ru

experiência imediata e buscam retomar o poder auto-responsável da pessoa


se

sobre si mesma. A cada entrevista, o psicoterapeuta observa cuidadosamente


s
ia

o fenômeno no aqui e agora, como manifestação holística do cliente em um


r
fa

impulso natural para integrar-se. Todo e qualquer sintoma deverá, assim, ser
n
yo

entendido no contexto: holisticamente. Tom de voz, cor da pele, postura


na
be

corporal, incongruências verbais são essenciais na observação do


lla

psicoterapeuta, constituindo, assim, informações da totalidade/organismo do


ie

cliente, o próprio self em contato, ou seja a psicoterapia acontece na fronteira


br
ga

do contato paciente/psicoterapeuta; no diálogo verdadeiro.


O diálogo genuíno explorando o “entre” Eu–Tu é a base da psicoterapia
na abordagem gestáltica. Cura, desta forma, é a restauração da totalidade pela
relação pessoa-a-pessoa, e quaisquer propostas do psicoterapeuta devem
partir do contexto dialógico, incluindo o campo total e suas conexões
figura/fundo. Por exemplo, no caso de um processo saudável, a conexão
figura/fundo ocorre da seguinte maneira: do fundo surgem figuras singulares a
cada pessoa; estas figuras são gestalten abertas que, no contato, no entre, na

| 109
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Aula 02

relação, se fecham e retornam ao fundo integrando-se ao organismo. O


encontro psicoterapeuta/paciente propõe-se restaurar o contato figura/fundo
da pessoa consigo mesma e com o mundo. Portanto as intervenções
terapêuticas serão no sentido de facilitar/ampliar a consciência dos bloqueios
ou interrupções no contato, awareness de si e do outro, através da vivência da
própria relação psicoterápica.
O foco será direcionado ao processo dialógico singular “aqui e agora”,

51
incluindo o passado expresso “aqui” e exigindo respostas únicas para

7:
:1
perguntas únicas, sempre tendo a perspectiva do todo/organismo. Não haverá,

14
desta forma, regras rígidas; no entanto, é essencial a postura dialógica de

2
02
respeito ao outro na sua totalidade e alteridade. A entrevista, o processo, a

/2
abordagem e o objetivo são dialógicos no seu enfoque global.

03
4/
Fonte: Vitola e Semin, sd.

-0
om
l.c
ai
Arzeno e a Entrevista Inicial (Fichamento - Psicodiagnóstico

tm
ho
Clínico: novas contribuições)
n@
yo
na

A melhor autora para trabalhar esse conteúdo é Arzeno (1995). Seguiremos


be

uma breve compilação de sua obra. Segundo a autora, a entrevista inicial é


lla
rie

caracterizada como semidirigida. Nesse caso, o entrevistador intervêm quando o


ab

entrevistado não sabe como começar ou continuar, com perguntas feitas da


-g

maneira mais ampla possível, assinalando bloqueios, contradições ou lacunas nas


2
-7

informações ou indagando acerca da conduta do entrevistado.


02
.1

Em termos de procedimentos de estruturação, recomenda-se começar a


76

entrevista com uma técnica diretiva e em seguida trabalhar com a entrevista livre,
.6
22

para que o paciente possa expor o motivo de sua consulta. No último momento
-9

dessa primeira entrevista, deve-se adotar novamente a técnica diretiva para


do

preencher as lacunas.
ru
se

Para a autora, os critérios gerais utilizados para interpretar a entrevista


s
ia

inicial coincidem com os aplicados para os testes, incluídos aí o tipo de vínculo que
r
fa

o paciente estabelece com o psicólogo, a transferência e a contratransferência, a


n
yo

classe de vínculo nas relações interpessoais, as ansiedades predominantes, as


na

condutas defensivas habituais, os aspectos patológicos e adaptativos, o


be

diagnóstico e o prognóstico.
lla
ie

A autora destaca, ainda, os objetivos da entrevista inicial:


br
ga

a) Perceber a primeira impressão que nos desperta o paciente e ver se ela se


mantém ou muda ao longo da entrevista, e em que sentido. São aspectos
importantes a serem observados sua linguagem corporal, roupas, gestos, modo de
mover-se ou ficar quieto, semblante etc.
b) Considerar o que o paciente verbaliza, como e quando verbaliza e com que ritmo,
comparando com a imagem que transmite ao falar. Avaliar as características da
linguagem: expressão clara ou confusa, preferência por termos imprecisos ou
ambíguos, tom de voz, adequação ou precisão da linguagem. Quanto ao conteúdo

| 110
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Aula 02

das verbalizações, deve-se observar quais os aspectos da vida escolhidos para


começar a falar, os preferenciais, os que provocam bloqueios, ansiedade etc. Aquilo
que se expressa como motivo manifesto da consulta pode manter-se, anular-se,
ampliar-se ou restringir-se durante o resto da primeira entrevista ou do processo e
constitui um dado importante. O paciente inclui em sua verbalização o passado,
presente e futuro, elementos úteis para que o psicólogo aprecie a sua capacidade
de insight com relação a integrar esses três momentos (se boa, indica bom

51
prognóstico). A evocação do passado ou do futuro, por exemplo, pode ser

7:
:1
diagnosticada como uma fuga defensiva do que está acontecendo no presente.

14
c) Estabelecer o grau de coerência ou discrepância entre tudo o que foi verbalizado

2
02
e tudo o que captamos através de sua linguagem não verbal, algo real e menos

/2
controlado que as verbalizações.

03
4/
d) Planejar a bateria mais adequada de testes quanto a quantidade e qualidade dos

-0
testes, seqüência e ritmo de aplicação.

om
e) Estabelecer um bom rapport com o paciente, criando um clima propício à

l.c
ai
aplicação dos testes.

tm
f) Captar o que o paciente nos transfere e o que nos provoca (aspectos

ho
transferenciais e contratransferenciais do vínculo). n@
yo
g) Detectar o vínculo que une os pais do paciente, o vínculo do casal com o filho; o
na

de cada um deles com o filho; deste para com o casal e para com cada um
be
lla

individualmente e do casal com o psicólogo.


rie

h) Avaliar a capacidade atual dos pais de elaborar a situação, assim como aceitar
ab

possíveis mudanças do filho.


-g

Outro ponto importante que deve ser investigado na primeira entrevista é


2
-7
02

o motivo da consulta, que deve ser discriminado entre motivo manifesto e motivo
.1

latente (subjacente ou profundo). Geralmente o motivo real é mais sério e mais


76
.6

relevante do que o invocado em primeiro lugar. O momento e a forma como


22

emergem os aspectos mais doentes fazem parte da dinâmica do caso e deve-se


-9

prestar muita atenção a eles.


do
ru

Recomenda-se especificamente detectar a coincidência ou discrepância


se

entre o motivo manifesto e o motivo latente da consulta, o grau de aceitação, por


s
ia

parte dos pais e do paciente, daquele que se revela ser o ponto de maior urgência,
r
fa

assim como a possibilidade do paciente, e de seus pais, de conseguir um insight.


n
yo

Outro elemento diagnóstico e prognóstico importante é o momento em que o


na
be

paciente toma consciência (se puder) desse motivo mais profundo. Se o faz durante
lla

o processo psicodiagnóstico, o prognóstico é melhor.


ie

Na primeira entrevista é importante registrar o que diz cada um dos pais,


br
ga

como e quando o dizem, o que lembram e como o fazem, o que esquecem, de


maneira a poder reconstruir posteriormente, com a maior fidelidade possível, o
diálogo e os elementos não verbais do encontro. As amnésias são sempre muito
significativas, porque supõem um grande volume de ansiedade que determinou
uma inibição no processo mnêmico.
É útil averiguar, desde o princípio, que fantasias, que concepção de vida,
da saúde e da doença têm os pais e/ou o paciente; o conhecimento desses
esquemas referenciais permite compreender melhor o caso e evitar a emergência

| 111
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Aula 02

de ansiedades confusionais ou persecutórias. Conhecendo estes esquemas,


poderemos entender melhor por que os pais pensaram que o filho está doente,
como deveria estar para que eles o considerassem curado e o que o terapeuta
deveria fazer para consegui-lo.
Arzeno fala que quanto menos experiência tiver e quanto menos
elaborados estiverem seus conflitos pessoais, mais exposto o psicólogo estará ao
mecanismo da contra-identificação projetiva, diminuindo consideravelmente a

51
compreensão do caso e as possibilidades reparatórias de devolução.

7:
:1
A ansiedade desempenha um papel importante, assim como o grau de

14
maturidade alcançado pelos aspectos infantis do psicólogo e dos pais do paciente.

2
02
Se o psicólogo mantém uma submissão infantil em relação aos seus pais internos,

/2
pode permitir-se pouca liberdade de pensamento e ação frente ao casal que o

03
4/
consulta, tendendo a crer no que disserem e aceitar o enquadramento que fixarem,

-0
tornando-se difícil colocar-lhe limites se necessário. Isto significa confundir-se e não

om
tomar distância suficiente para pensar de forma adequada sobre o caso.

l.c
ai
A chamada primeira entrevista consta de uma breve conversa e do início

tm
da aplicação dos testes, devendo ser evitado que se transforme em um relato

ho
n@
detalhado e prolongado sobre a história de vida do paciente, o que tenderia ao
yo
estabelecimento de um vínculo transferencial que muito brevemente será
na

interrompido.
be
lla

Antes da entrevista, por sinal, já podemos encontrar indícios dessas


rie

transferências cruzadas e complicadas, considerando que a via através da qual nos


ab

chega a consulta, a voz , o modo de falar, já provocam certa reação que tem a ver
-g

com a relação transferência-contratransferência.


2
-7
02

Logo de início as perguntas devem ser mínimas, de forma a dar maior


.1

liberdade ao sujeito ou casal de pais. À medida que forem sendo elaboradas


76
.6

hipóteses presuntivas sobre o que estiver ocorrendo, serão necessários


22

comentários e perguntas, explorando-se detalhadamente todas as áreas


-9

relacionadas ao motivo da consulta, considerando-se primeiramente o que foi


do
ru

manifesto primeiramente no início da entrevista (o que está mais próximo da


se

consciência e mais fácil de comunicar). À medida que a entrevista se desenvolve,


s
ia

poderemos perceber se é realmente um sintoma, do ponto de vista clínico, ou está


r
fa

somente encobrindo outros.


n
yo

A sintomatologia descrita por cada um dos interessados no processo de


na
be

estudo psicológico pode diferir enormemente, uma vez que cada parte está
lla

preocupada com um aspecto da problemática, podendo ser a descrição de uma


ie

faceta dos conflitos da criança, ou que cada um tenha se detido a observar o


br
ga

aspecto da conduta do indivíduo que coincide mais com seus próprios conflitos.
A preocupação do paciente, o que ele considera sintoma preocupante,
deveria ser considerado como consciência da doença. A fantasia inconsciente da
doença é aquilo que o sujeito sente sem dar-se conta disso, o que passa por baixo
do nível consciente, e está relacionada com o conceito de fantasia de cura, que
implica aquilo que o sujeito poderia imaginar como a solução de seus problemas.
Tem relação com o sentimento de responsabilidade e compromisso com o sintoma
descrito conscientemente e se refere ao que está mal e à sua causa.

| 112
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Aula 02

Há uma fantasia de doença em cada um dos pais, no paciente e no


profissional que escuta o que é relatado, e estas fantasias nem sempre coincidem,
devendo o terapeuta ficar alerta em relação ao enquadre de sua tarefa e ser muito
cauteloso na entrevista final.
Todo sintoma implica o fracasso ou a ruptura do equilíbrio intrapsíquico
prévio. Apresenta um aspecto fenomenológico, devendo-se perguntar
minuciosamente tudo o que se refere ao mesmo. É dinâmico, mostra e esconde ao

51
mesmo tempo um desejo inconsciente em oposição a uma proibição (conflito

7:
:1
intrapsíquico). Todo sintoma causa um benefício secundário, devendo-se observar

14
as resistência colocadas à sua superação. O sintoma expressa também algo no nível

2
02
familiar, devendo-se explorar o contexto e a história familiar dentro dos quais a

/2
doença surgiu para compreender o não-dito expresso pelo sintoma.

03
4/
O registro do não-verbal é essencial e por isso o psicólogo deve ser um

-0
ouvinte atento a gestos, lapsos, atuações etc., que possuem um valor inestimável,

om
pois não são produto de um discurso planejado, mas de um discurso do

l.c
ai
inconsciente.

tm
Aspectos principais e objetivos gerais a serem atingidos nas entrevistas

ho
n@
iniciais com pais As entrevistas iniciais com pais têm por fim principal situar o
yo
psicólogo no contexto familiar do paciente, devendo ser realizadas de maneira
na

cuidadosa e de modo a não inibir o casal e provocar resistências, uma vez que, de
be
lla

acordo com Mannoni (citado por Arzeno), o sintoma está expressando algo não dito
rie

e’ os pais estão sempre, de certa forma, envolvidos no sintoma apresentado pela


ab

criança. Logo de início as perguntas devem ser mínimas, de forma a dar maior
-g

liberdade ao casal, mas à medida que forem sendo elaboradas hipóteses


2
-7
02

presuntivas sobre o que estiver ocorrendo, serão necessários comentários e


.1

perguntas, explorando-se detalhadamente todas as áreas relacionadas ao motivo


76
.6

da consulta, considerando-se primeiramente o que foi manifesto primeiramente no


22

início da entrevista.
-9

Na primeira entrevista é importante registrar o que diz cada um dos pais,


do
ru

como e quando o dizem, o que lembram e como o fazem, o que esquecem, de


se

maneira a poder reconstruir posteriormente, com a maior fidelidade possível, o


s
ia

diálogo e os elementos não verbais do encontro. As amnésias são sempre muito


r
fa

significativas, porque supõem um grande volume de ansiedade que pode ter


n
yo

determinado uma inibição no processo mnêmico.


na
be

É útil averiguar, desde o princípio, que fantasias, que concepção de vida,


lla

da saúde e da doença têm os pais e/ou o paciente; o conhecimento desses


ie

esquemas referenciais permite compreender melhor o caso e evitar a emergência


br
ga

de ansiedades confusionais ou persecutórias. Conhecendo estes esquemas, será


possível entender melhor por que os pais pensaram que o filho está doente, como
deveria estar para que eles o considerassem curado e o que o terapeuta deveria
fazer para alcançar o que alcançar essa “cura”.
O psicólogo deve se ocupar, desde o primeiro momento, em discriminar
identidades dentro do grupo familiar que o consulta. É muito importante que
estabeleça quais e de que tipo e intensidade são as identificações projetivas que
cada pai faz com o filho e este com eles. Deve estudar, em cada caso, as

| 113
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Aula 02

probabilidades que tem de estabelecer uma aliança terapêutica sadia entre seus
aspectos mais sérios, reparadores e maduros e os dos pais.
Seja com os pais ou com o filho que chegam pela primeira vez, é importante
detectar na primeira entrevista, o nível de angústia e preocupação que provoca o
que está acontecendo com eles. O nível de ansiedade e o modo como reagem o
paciente, os pais ou a família constitui um significativo dado para o diagnóstico e o
prognóstico.

51
Em suma, sendo o primeiro passo do processo diagnóstico, a primeira

7:
:1
entrevista deve reunir elementos que possibilitem a identificação do papel que

14
cada um dos pais desempenha, entre si e com o terapeuta; o papel de cada um com

2
02
o filho; a fantasia de cada um sobre o filho; a fantasia de doença e cura que cada um

/2
tem; a distância entre o motivo manifesto e o latente da consulta; o grau de

03
4/
colaboração ou de resistência com o profissional etc.

-0
Os critérios gerais utilizados para interpretar a entrevista inicial coincidem

om
com os aplicados para os testes, incluídos aí o tipo de vínculo que o paciente

l.c
ai
estabelece com o psicólogo, a transferência e a contratransferência, a classe de

tm
vínculo nas relações interpessoais, as ansiedades predominantes, as condutas

ho
n@
defensivas habituais, os aspectos patológicos e adaptativos, o diagnóstico e o
yo
prognóstico.
na

Fenômenos transferenciais e contratransferenciais nos diferentes


be
lla

momentos de um psicodiagnóstico infantil.


rie

Os pais, o paciente, chegam até o terapeuta cada um com uma expectativa,


ab

provocada pelo primeiro contato telefônico (pelo tom de voz, modo de falar etc.),
-g

que tem a ver com a transferência, podendo esta ser positiva ou negativa e resultar
2
-7
02

em acirramento de resistências ou mesmo em desistência do processo ou, por outro


.1

lado, facilitar o entrosamento psicólogo/paciente/família.


76
.6

Em situação de diagnóstico com crianças, verifica-se na hora do jogo o uso


22

do mecanismo da identificação projetiva, quando as crianças fazem transferências


-9

positivas e negativas para os objetos conforme estes excitem ou aliviem sua


do
ru

ansiedade, sendo esse mecanismo, de acordo com Aberastury, a base de toda sua
se

relação com os objetos originários. Por meio da atividade lúdica a criança expressa
s
ia

seus conflitos e, deste modo, pode-se reconstruir seu passado e elucidar muitos
r
fa

conteúdos não verbalizados.


n
yo

Elementos contratransferenciais significativos podem aparecer também


na
be

no profissional logo de início nas entrevistas com os pais, relacionados


lla

primeiramente à impressão causada por eles no terapeuta, devendo o mesmo


ie

observar constantemente o que sente e as associações que faz à medida que eles
br
ga

relatam a sua versão do problema.


A qualidade do mundo interior do terapeuta, sua relação consigo mesmo,
o nível de conflitos não resolvidos, suas possibilidades reparatórias em relação aos
seus próprios aspectos infantis e a seus pais internos, podem interferir
negativamente no processo diagnóstico, fazendo com que o psicólogo acabe por
identificar-se com os pais, atacando o filho, ou com o filho, atacando os pais,
prejudicando o seu próprio trabalho.

| 114
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Aula 02

As teorias sobre as relações psicólogo-paciente, de modo geral, indicam


que, no decorrer do estudo diagnóstico, seja nas entrevistas, na orientação ou nos
testes, o paciente transfere ao terapeuta conteúdos inconscientes da sua vida
mental infantil, enquanto que o psicólogo é mobilizado em suas fantasias e
angústias primitivas, que podem ser deslocadas para a situação de trabalho.
Quanto menos experiência tiver e quanto menos elaborados estiveram
seus conflitos pessoais, mais exposto o psicólogo estará ao mecanismo da contra-

51
identificação projetiva, a qual pode ser com um dos pais, com ambos como casal ou

7:
:1
com o filho, e diminui de forma acentuada a compreensão do caso e as

14
possibilidades reparatórias de devolução.

2
02
Principais variáveis na estruturação de um enquadre no processo de

/2
diagnóstico infantil. Em situação de diagnóstico infantil, o enquadre vai depender

03
4/
bastante da sensibilidade e cuidados do terapeuta no contrato com os pais do

-0
paciente, já que as principais variáveis a serem mantidas sob controle dependem

om
desses acertos, no caso, local, hora, duração e freqüência das consultas, honorários

l.c
ai
etc. É imprescindível, por exemplo, que os pais e o paciente sejam informados sobre

tm
o processo, suas etapas, alcance e objetivos, assim como o papel de cada um no

ho
n@
desenvolvimento do processo. A imparcialidade do profissional quanto ao sigilo
yo
sobre o material do paciente, é uma condição indispensável para a conquista da
na

confiança do mesmo no terapeuta.


be
lla

A idade do paciente, características particulares, fase evolutiva e grau de


rie

patologia, são alguns dos fatores que vão interferir na seleção e organização do tipo
ab

de enquadre a ser definido, levando em consideração também as características


-g

pessoais e o enfoque teórico predominante do psicólogo.


2
-7
02

O grau de adequação de um enquadre pode ser avaliado por alguns


.1

indicativos como estabilidade, clareza e coerência do contrato, flexibilidade e


76
.6

adaptabilidade com relação às prioridade em cada etapa do processo de


22

diagnóstico.
-9

Mensagens expressas pelo jogo, critérios de observação e papel do


do
ru

examinador na primeira hora do jogo da criança.


se

Conforme Aberastury, ao brincar a criança desloca para o exterior seus


s
ia

medos, angústias e problemas internos, dominando-os por meio da ação, repetindo


r
fa

no brinquedo todas as situações excessivas para seu ego fraco e isto lhe permite,
n
yo

devido ao domínio sobre os objetos externos ao seu alcance, tornar ativo aquilo que
na
be

sofreu passivamente, modificar um final que lhe foi penoso, tolerar papéis e
lla

situações que seriam proibidas na vida real tanto interna quanto externamente e
ie

também repetir situações prazerosas à vontade.


br
ga

O brinquedo possui muitas características dos objetos reais, mas, pelo seu
tamanho, pelo fato de que a criança exerce domínio sobre ele, transforma-se no
instrumento de resolução de situações penosas e difíceis, até traumáticas, que se
engendram na relação com os objetos reais. Sendo substituível, o brinquedo
permite que a criança repita, conforme sua vontade, situações de prazer e dor que
não poderia reproduzir no mundo real. A canalização de afetos e conflitos para
objetos que ela domina e que são substituíveis, cumpre a necessidade de descarga
e de elaboração sem pôr em perigo a relação com seus objetos originários.

| 115
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Aula 02

Através das personificações nos brinquedos, observa-se como o objeto


pode modificar-se, com rapidez, de bom para mau, de aliado para inimigo. Por isto
o brinquedo infantil, quando normal, progride constantemente para identificações
cada vez mais aproximadas da realidade.
De acordo com a autora, a criança que brinca investiga e precisa ter uma
experiência total que deve ser respeitada. Seu mundo é rico, em contínua mudança
e permanente intercâmbio entre fantasia e realidade, não sendo aconselhável que

51
o adulto interfira em sua atividade lúdica, pois isto pode vir a perturbar o

7:
:1
desenvolvimento da experiência decisiva que a criança realiza ao brincar.

14
A observação de horas de brinquedo para o diagnóstico das enfermidades

2
02
indica que, na primeira hora, uma criança mostra não somente a fantasia

/2
inconsciente de sua enfermidade como, em muitos casos, a fantasia inconsciente

03
4/
de sua cura. Ao examinador cabe, portanto, conceder à criança o máximo de

-0
liberdade, procurando evitar interferências em sua atividade lúdica, de forma que

om
possa observar com atenção as relações entre o real e a fantasia que a criança

l.c
ai
estabelece ao brincar, o modo como ela se coloca nesse contexto imaginário, quais

tm
as projeções que provocam ou aumentam a ansiedade ou geram angústia, quais os

ho
n@
conflitos que emergem desse universo etc. Esses dados, correlacionados ao seu
yo
histórico pessoal e familiar, são elementos fundamentais para o diagnóstico e vão
na

constituir a base para o diagnóstico.


be
lla
rie
ab
-g
2
-7
02

BLEGER, J. Temas de Psicologia – Entrevistas e grupos.


.1
76

São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.


.6
22

A entrevista não consiste em "aplicar" instruções, mas


-9

em investigar a personalidade do entrevistado, ao


do

mesmo tempo que nossas teorias e


ru
se

instrumentos de trabalho.
s
ia

Bleger
r
fa
n
yo
na
be
lla
ie

Para Bleger (1998) "[A Entrevista psicológica] consiste


br
ga

em uma relação humana na qual um dos integrantes


deve procurar saber o que está acontecendo e deve
atuar segundo esse conhecimento".

Essas dissociações e contradições, são inerentes à condição humana, e a entrevista


oferece condições para que as mesmas sejam refletidas e trabalhadas.
Bleger

| 116
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Aula 02

POLÊMICA: Circunscrita dessa maneira, a entrevista psicológica é o instrumento


fundamental de trabalho não somente para o psicólogo, como também para outros
profissionais (psiquiatra, assistente social, sociólogo, etc.).

A diferença básica entre entrevista e qualquer outro tipo de relação


interpessoal (como a anamnese) é que a regra fundamental da entrevista, sob este
aspecto é de procurar fazer com que o campo seja configurado especialmente pelas

51
variáveis que dependam do entrevistado. Como regra fundamental da entrevista,

7:
:1
o entrevistador deve procurar fazer com que o campo seja configurado

14
especialmente pelas variáveis que dependam do entrevistado (Bleger orienta que

2
02
as variáveis do entrevistador sejam as mínimas possíveis para facilitar a observação

/2
dos fenômenos psíquicos).

03
4/
Para Bleger, as variáveis do entrevistador devem ser controladas

-0
(constantes) para que ocorra uma melhor observação. Assim, em situações de

om
contratransferência, o entrevistador deve procurar entender seu desconforto no

l.c
ai
contexto da entrevista, da pessoa do entrevistado e de sua própria pessoa.

tm
Ainda segundo Bleger:

ho
n@
yo
Numa entrevista podem ocorrer a transferência e a
na

contratransferência, a primeira por parte do paciente e a última por parte


be

do entrevistador. Na transferência o paciente se comporta como se


lla
rie

estivesse em uma situação repetida interagindo com alguém conhecido


ab

(alguma figura importante do passado) e na contratransferência ocorre o


-g

mesmo, só que seguindo do entrevistador para o paciente e como forma


2

de reação à transferência.
-7
02
.1

Para esse autor, a transferência e a contratransferência ocorrem em todas


76
.6

as relações, mas, no caso da entrevista, a contratransferência deve,


22

necessariamente, ser vigiada para que o entrevistador não ultrapasse uma


-9

intensidade que possa prejudicar o aproveitamento da entrevista.


do
ru

Atenção: o entrevistador deve evitar os efeitos da contratransferência.


se
s
ia

Bleger e a Entrevista Psicológica


r
fa
n

Vamos entender quais os fundamentos da visão blegeriana, mas, antes,


yo
na

vamos por partes. Bleger sistematizou os fundamentos da entrevista psicológica a


be

ponto de se tornar referência obrigatória em todo concurso que trate de entrevista.


lla

Destaco que ele não criou conceito novo ou inovou na arte de entrevistar, apenas
ie
br

sistematizou a teoria e, por isso, você deve entender o modo como ele vê a
ga

entrevista para responder a qualquer questão em seu concurso.


Para esse autor, as bases da entrevista psicológica provêm de quatro áreas:
psicanálise, gestalt, topologia e behaviorismo. Apesar de ser difícil estabelecer
exatamente os limites do ponto exato onde cada uma contribuiu, podemos
sistematizar da seguinte forma:

| 117
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Aula 02

Psicanálise influenciou com o conhecimento da dimensão inconsciente


do comportamento, da transferência e contratransferência,
da resistência e repressão, da projeção e introjeção, etc.
Gestalt reforçou a compreensão da entrevista como um todo no
qual o entrevistador é um de seus integrantes, considerando
o comportamento deste como um dos elementos da
totalidade.

51
Topologia levou a delinear e reconhecer o campo psicológico e suas

7:
:1
leis, assim como o enfoque situacional.

14
Behaviorismo influenciou com a importância da observação do

2
02
comportamento.

/2
03
Tudo isso conduziu, segundo Bleger;

4/
-0
om
“à possibilidade de realizar a entrevista em condições metodológicas mais
restritas, convertendo-a em instrumento científico no qual a "arte da

l.c
ai
entrevista" foi reduzida em função de uma sistematização das variáveis, e é

tm
esta sistematização que possibilita um maior rigor em sua aplicação e em

ho
seus resultados. Pode-se ensinar e aprender a realizar entrevistas sem que
se tenha de depender de um dom ou virtude imponderável. O estudo n@
yo
científico da entrevista (a pesquisa do instrumento) tem reduzido sua
na
be

proporção de arte e incrementado sua operacionalidade e utilização como


lla

técnica científica”.
rie
ab

As ideias principais desse autor sobre a entrevista psicológica são as


-g
2

seguintes:
-7
02

a) A entrevista é diferente da consulta e da anamnese;


.1

b) Ela é um campo;
76
.6

c) É uma relação grupal


22

d) O objetivo é o estudo da personalidade do entrevistado;


-9

e) O observador é participante30;
do
ru

f) Depende da condução do entrevistador;


se

g) É um processo de investigação científica;


s
ia

h) É uma relação de transferência e contratransferência.


r
fa

i) Não é necessário nenhum dom específico para que se façam boas


n
yo

entrevistas (a execução de entrevistas pode ser aprendida se for


na
be

estudada).
lla
ie
br
ga

30
Não existe objetividade ou racionalidade máxima, nem na área da psicologia.
Segundo Bleger: Se o observador está condicionando o fenômeno que observa,
pode-se objetar que, neste caso, não estamos estudando o fenômeno tal como ele é,
mas sim em relação com a nossa presença, e, assim, já não se faz uma observação
em condições naturais. [...]Desta maneira o enfoque ontológico e gnosiológico
coincidem e são a mesma coisa.[...] Cada situação humana é sempre original e
única, portanto a entrevista também o é, porém isso não rege somente os fenômenos
humanos como também os fenômenos da natureza: coisa que Heráclito já sabia.

| 118
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Aula 02

Tais peculiaridades da entrevista nos moldes blegerianos, fazem com que


o psicólogo desempenhe, ao mesmo tempo, os papéis de investigador (cientista) e
de profissional (terapeuta). Esquematicamente temos, então, os seguintes
processos:
Entrevista Psicológica àInvestigação científica (pesquisador)
àInstrumento/técnica (profissional/terapeuta)

51
Além disso, o entrevistador deve estar dissociado: em parte, atuar com

7:
:1
uma identificação projetiva com o entrevistado e, em parte, permanecer fora desta

14
identificação, observando e controlando o que ocorre, de maneira a graduar o

2
02
impacto emocional e a desorganização ansiosa. Ele deve ser um facilitador das

/2
projeções e introjeções para servir de elemento funcional/dinâmico da entrevista.

03
4/
Ao mesmo tempo, essa relação deve ser, como Bleger diz, suficientemente plástica

-0
ou “porosa” para que se possa permanecer nos limites de uma atitude profissional.

om
Uma curiosidade é que Bleger fala que “quanto mais psicopata for o entrevistado,

l.c
ai
maior a possibilidade de que o entrevistador assuma e represente os papéis”.

tm
ho
n@
Os rumos da entrevista são definidos pelo paciente - pressuposto
yo
fundamental para que o próprio paciente conduza aos aspectos mais relevantes de
na

sua personalidade. E, apesar do entrevistador fazer parte do campo da entrevista e


be
lla

exerce influência sobre o entrevistado, não é possível que o objeto de estudo e o


rie

observador se separem, pois não é possível estudar o fenômeno somente como


ab

observador externo. Assim, o que se estuda é o que resulta do fenômeno em relação


-g

com nossa presença, e com a nossa intervenção.


2
-7
02

O entrevistador tem como instrumento de trabalho sua própria


.1

personalidade e como trabalha tendo como objeto de estudo outro homem,


76
.6

encontra-se implicado em ter que examinar e revisar sua própria vida, pois seu
22

modo de ser interfere muito em seu trabalho, interfere na relação que estabelece
-9

com seus interlocutores - de acordo com o tipo de pessoa que o entrevistador é, seu
do
ru

modo de se relacionar com os mais diversos tipos de pessoas pode incorrer em


se

contratransferência. Caso tenha muita dificuldade em fazer uma dissociação e fique


s
ia

ansioso de forma permanente o entrevistador pode evitar realizar entrevistas ou


r
fa

pode se esconder dos pacientes por meio de instrumentos de testagem evitando,


n
yo

assim, o contato pessoal com o entrevistado.


na
be

Atenção: o instrumento de trabalho do entrevistador é a sua própria


lla

personalidade!!! Por isso ele deve ficar atento às suas reações.


ie

Sobre a interpretação durante a entrevista, Bleger fala-nos o seguinte: “Na


br
ga

entrevista diagnóstica, segundo nossa opinião, deve-se interpretar, sobretudo, cada


vez que a comunicação tenda a interromper-se ou distorcer-se. Outro caso muito
freqüente em que temos de intervir é para relacionar aquilo que o próprio
entrevistado esteve comunicando”.

Consulta, anamnese e entrevista

| 119
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Aula 02

Vamos começar com uma diferenciação básica: a entrevista psicológica


não é sinônimo de consulta ou de anamnese. Confira:
Consulta Anamnese Entrevista
A consulta consiste na É a compilação de dados É um dos procedimentos
solicitação da preestabelecidos, de tal de que o técnico ou
assistência técnica ou amplitude e detalhe, que profissional, psicólogo
profissional, que pode permita obter uma síntese ou médico, dispõe para

51
ser prestada ou tanto da situação presente atender a uma consulta.

7:
:1
satisfeita de formas como da história de um Diferentemente da

14
diversas, uma das indivíduo, de sua doença e consulta e da anamnese,

2
02
quais pode ser a de sua saúde. A a entrevista psicológica

/2
03
entrevista. Consulta preocupação e a finalidade objetiva o estudo e a

4/
não é sinônimo de residem na compilação de utilização do

-0
entrevista. dados, e o paciente fica comportamento total

om
reduzido a um mediador do indivíduo em todo o

l.c
ai
entre sua enfermidade, sua curso da relação

tm
ho
vida e seus dados por um estabelecida com o
n@
lado, e o médico por outro. técnico, durante o tempo
yo
Aqui se trabalha com a em que essa relação
na

suposição de que o durar. Aqui se trabalha


be
lla

paciente conhece sua vida e com a ideia que cada ser


rie

está capacitado para humano tem organizada


ab

fornecer dados sobre ela. uma história de sua vida


-g
2

e um esquema de seu
-7
02

presente, e desta história


.1

e deste esquema temos


76
.6

de deduzir o que ele não


22

sabe (emerge pelo


-9

comportamento não-
do
ru

verbal).
se
s
ia

Um ponto importante é que a entrevista permite - ao contrário da


r
fa

anamnese - a consideração de comportamentos não-verbais. Esses


n
yo

comportamentos falam da história de vida do paciente e revelam coincidências ou


na
be

contradições com o que é expresso de modo verbal e consciente. Sobre essas


lla

contradições é interessante salientar que quanto maior for o grupo entrevistado


ie
br

(família, escola, trabalho, etc.), maiores são as chances de encontrarmos


ga

contradições.
Por falar em grupo, podemos afirmar que a entrevista sempre ocorre em
grupo (mesmo que seja só com duas pessoas) e é influenciada pelos elementos
componentes do grupo, pela relação que se estabelece entre as pessoas
participantes, pela personalidade da parte entrevistada e até mesmo pelos gestos
do paciente.

| 120
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Entrevistas abertas e fechadas


Há dois tipos fundamentais de entrevista: aberto e fechado. No tipo aberto
o psicólogo não se limita a fazer perguntas preestabelecidas com uma ordem
também preestabelecida (como ocorre com a anamnese psiquiátrica), mas pode
elaborar suas perguntas e fazer intervenções de acordo com a dinâmica adequada
a cada paciente.
Entrevista Aberta Entrevista Fechada

51
permite que se tenha uma noção mais permite que haja uma comparação

7:
:1
profunda da personalidade do sistemática de dados mais precisa

14
entrevistado. Permite que o

2
02
entrevistado configure o campo da

/2
03
entrevista segundo sua estrutura

4/
psicológica particular (personalidade).

-0
om
“o entrevistador tem ampla liberdade “as perguntas já estão previstas, assim

l.c
para as perguntas ou para suas como a ordem e a maneira de formulá-

ai
tm
intervenções, permitindo-se toda a las, e o entrevistador não pode alterar

ho
flexibilidade necessária em cada caso nenhuma destas disposições”
particular” n@
yo
“a entrevista aberta não se caracteriza “A entrevista fechada é, na realidade,
na
be

essencialmente pela liberdade de um questionário que passa a ter uma


lla

colocar perguntas, por- que, como relação estreita com a entrevista, na


rie
ab

veremos mais adiante, o fundamento medida em que uma manipulação de


-g

da entrevista psicológica não consiste certos princípios e regras facilita e


2

em perguntar, nem no propósito de possibilita a aplicação do


-7
02

recolher dados da história do questionário”


.1
76

entrevistado”
.6

“Considerada dessa maneira, a entrevista aberta possibilita uma


22
-9

investigação mais ampla e profunda da personalidade do entrevistado,


do

embora a entrevista fechada permita uma melhor comparação


ru

sistemática de dados, além de outras vantagens próprias de todo


se

método padronizado”.
s
ia
r
fa

Classificações blegerianas
n
yo
na
be

De outro ponto de vista, considerando o número de participantes,


lla

distingue-se a entrevista em individual e grupal, segundo sejam um ou


ie

mais os entrevistadores e/ou os entrevistados. A realidade é que, em todos


br
ga

os casos, a entrevista é sempre um fenômeno grupal, já que mesmo com


a participação de um só entrevistado sua relação com o entrevistador deve
ser considerada em função da psicologia e da dinâmica de grupo.
Pode-se diferenciar também as entrevistas segundo o beneficiário
do resultado; assim, podemos distinguir: a) a entrevista que se realiza em
beneficio do entrevistado - que é o caso da consulta psicológica ou
psiquiátrica; b) a entrevista cujo objetivo é a pesquisa, na qual importam
os resultados científicos; c) a entrevista que se realiza para um terceiro
(uma instituição). Cada uma delas implica variáveis distintas a serem

| 121
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

levadas em conta, já que modificam ou atuam sobre a atitude do


entrevistador assim como do entrevistado, e sobre o campo total da
entrevista. Uma diferença fundamental é que, excetuando o primeiro tipo
de entrevista, os dois outros requerem que o entrevistador desperte
interesse e participação, que "motive" o entrevistado.

Ainda sobre a entrevista

51
7:
“Em diferentes entrevistas, o entrevistado pode oferecer- nos

:1
14
diferentes histórias ou diferentes esquemas de sua vida atual que

2
manterão, entre si, relação de complementação ou de contradição.

02
As lacunas, dissociações e contradições que indiquei levam

/2
03
alguns pesquisadores a considerar a entre- vista como instrumento não

4/
muito confiável. Sem dúvida, nesses casos, o instrumento não faz mais que

-0
refletir o que corresponde a características do objeto de estudo. As

om
dissociações e contradições que observamos correspondem a

l.c
dissociações e contradições da própria personalidade e, ao refleti-las,

ai
tm
a entrevista permite-nos trabalhar com elas; se elas serão trabalhadas ou

ho
não, irá depender da intensidade da angústia que se pode provocar e da
n@
tolerância do entrevistado a essa angústia. Igual- mente, os conflitos
yo
trazidos pelo entrevistado podem não ser os conflitos fundamentais, assim
na

como as motivações que alega são, geralmente, racionalizações.


be

A simulação perde o valor que tem na anamnese como fator de


lla
rie

perturbação, já que na entrevista a simulação deve ser considerada como


ab

uma parte dissociada da personalidade que o entrevistado não reconhece


-g

totalmente como sua. Pode acontecer que o mesmo entrevistador ou


2
-7

diferentes entrevistadores recolham, em momentos diferentes, partes


02

distintas e ainda contraditórias da mesma personalidade. Os dados não


.1

devem ser avaliados em função de certo ou errado, mas como graus ou


76
.6

fenômenos de dissociação da personalidade. Uma situação típica, e em


22

certa medida inversa à que comento, é a do entrevistado que tem


-9

rigidamente organizada sua história e seu esquema de vida presente,


do

como meio de defesa contra a penetração do entrevistador e ao seu


ru
se

próprio contato com áreas de conflito de sua situação real e de sua


s

personalidade; esse tipo de entrevistado repete a mesma história


ia
r

estereotipada em diferentes entrevistas, seja com o mesmo ou com


fa

diferentes entrevistadores”.
n
yo
na

Sobre a investigação
be
lla
ie

“A chave fundamental da entrevista está na investigação que se


br
ga

realiza durante o seu transcurso. As observações são sempre registradas


em função de hipóteses que o observador vai emitindo. Esclareçamos
melhor o que se quer dizer com isso. Afirma-se, geralmente de maneira
muito formal, que a investigação consta de etapas nítidas e sucessivas que
se escalonam, uma após a outra, na seguinte ordem: primeiro intervém a
observação, depois a hipótese e posteriormente a verificação. O certo,
contudo, é que a observação se realiza sempre em função de certos
pressupostos e que, quando estes são conscientes e utilizados como tais,
a observação se enriquece. Assim, a forma de observar bem é ir

| 122
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Aula 02

formulando hipóteses enquanto se observa, e durante a entrevista


verificar e retificar as hipóteses no momento mesmo em que ocorrem
em função das observações subseqüentes, que por sua vez se
enriquecem com as hipóteses prévias. Observar, pensar e imaginar
coincidem total- mente e formam parte de um só e único processo
dialético. Quem não utiliza a sua fantasia poderá ser um bom verificador
de dados, porém nunca um investigador”.

51
7:
:1
Sobre o enquadramento

14
“Para obter o campo particular de entrevista, devemos contar com

2
02
um enquadramento rígido, que consiste em transformar um conjunto de

/2
03
variáveis em constantes. Dentro deste enquadramento, incluem-se não

4/
apenas a atitude técnica e o papel do entrevistador tal como assinalei,

-0
como também os objetivos, o lugar e o tempo da entrevista. O

om
enquadramento funciona como uma espécie de padronização da

l.c
situação estímulo que oferecemos ao entrevistador, com isso não

ai
tm
pretendemos que esta situação deixe de atuar como estímulo para ele,

ho
mas que deixe de oscilar como variável para o entrevistador. Se o
n@
enquadramento se modifica (por exemplo, porque a entrevista se realiza
yo
em um local diferente), esta modificação deve ser considerada como uma
na

variável sujeita a observação, tanto como o é o entrevistado. Cada


be

entrevista tem um contexto definido (conjunto de constantes e variáveis)


lla
rie

em função do qual ocorrem os emergentes, que só têm sentido em função


ab

de tal contexto.”
-g
2
-7

Sobre o campo
02

A entrevista ocorre em um campo configurado entre os participantes


.1
76

(entrevistador e entrevistado) e se estrutura através de uma relação da qual


.6
22

depende toda a dinâmica. Segundo o próprio Bleger: a diferença básica, neste


-9

sentido, entre entrevista e qualquer outro tipo de relação interpessoal (como a


do

anamnese) é que a regra fundamental da entrevista sob este aspecto é procurar


ru
se

fazer com que o campo seja configurado especialmente (e em seu maior grau)
s

pelas variáveis que dependem do entrevistado.


ia
r
fa

Aqui – na entrevista aberta – o campo é determinado,


n
yo

predominantemente pela personalidade do entrevistado31. Destaco que nenhuma


na
be
lla
ie
br
ga

31
“Embora os fundamentos sejam apresentados um pouco mais adiante, devemos
desde já sublinhar que a liberdade do entrevistador, no caso da entrevista
aberta, reside numa flexibilidade suficiente para permitir, na medida do possível,
que o entrevistado configure o campo da entrevista segundo sua estrutura
psicológica particular, ou - dito de outra maneira - que o campo da entrevista se
configure, o máximo possível, pelas variáveis que dependem da personalidade do
entrevistado”.

| 123
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Aula 02

entrevista é capaz de abarcar toda a personalidade do paciente, mas apenas um


segmento dela32. E aí vai uma pérola de Bleger:

“O entrevistador controla a entrevista, porém quem a dirige é o entrevistado”

Decorrente dessa visão de campo e de direção dada pelo entrevistado,

51
podemos tecer alguns comentários. O entrevistado não deve influenciar a ponto de

7:
limitar ou não estimular a manifestação da personalidade do entrevistado. A

:1
14
relação desse campo de trabalho depende se as perguntas estabelecidas são

2
anteriormente determinadas ou não (aberta ou fechada). O foco está em como o

02
/2
entrevistado se coloca e interage na relação estabelecida e: não se busca

03
completar totalmente dados sobre a vida total do paciente, mas dados

4/
-0
completos sobre o comportamento do paciente durante a entrevista. Bleger

om
(1987) diz que:

l.c
ai
tm
“entrevista psicológica é uma relação, com características particulares,

ho
que se estabelece entre duas ou mais pessoas. O específico ou particular
dessa relação reside em que um dos integrantes é um técnico da n@
yo
psicologia que deve atuar nesse papel, e o outro ou os outros, necessitam
na
be

de sua intervenção técnica. Porém, isso é um ponto fundamental, o


lla

técnico não só utiliza em entrevista seus conhecimentos psicológicos para


rie

aplicá-los ao entrevistado, como também esta aplicação se produz


ab

precisamente através de seu próprio comportamento no decorrer da


-g

entrevista. Para sublinhar o aspecto fundamental da entrevista poder-se-ia


2
-7

dizer, de outra maneira, que ela consiste em uma relação humana na qual
02

um dos integrantes deve procurar saber o que está acontecendo e deve


.1
76

atuar segundo esse conhecimento. A realização dos objetivos possíveis da


.6

entrevista (investigação, diagnóstico, orientação, etc.) depende desse


22

saber e da atuação e acordo com esse saber”


-9
do
ru

A partir do conceito de campo e de interações entre entrevistador e


se

entrevistado, Bleger percebeu, obviamente, que o observador (entrevistador) é


s
ia

também uma variável no processo. Assim, o entrevistado reage à forma como o


r
fa

entrevistador se posiciona e este deve controlar suas circunstâncias para não


n
yo

distorcer o processo.
na
be
lla

32
“Nenhuma situação pode conseguir a emergência da totalidade do repertório de
ie
br

condutas de uma pessoa e, portanto, nenhuma entrevista pode esgotar a


ga

personalidade do paciente, mas somente um segmento dela. A entrevista não


pode substituir nem excluir outros procedi- mentos de investigação da
personalidade, porém eles também não podem prescindir da entrevista. De modo
específico, a entrevista não pode suprir o conhecimento e a investigação de
caráter muito mais extenso e profundo que se obtém, por exemplo, em um
tratamento psicanalítico, o qual, no decorrer de um tempo prolongado, permite a
emergência e a manifestação dos núcleos e segmentos mais diferentes da
personalidade”.

| 124
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Aula 02

O campo da entrevista também não é fixo e sim dinâmico, o que


significa que ele está sujeito a uma permanente mudança e que a
observação se deve estender do campo específico existente em cada
momento à continuidade e sentido destas mudanças. Na realidade poder-
se-ia dizer que a observação da continuidade e da contigüidade das
mudanças é o que permite completar a observação e inferir a estrutura e
o sentido de cada campo; respondendo a esta modalidade do processo

51
real, deve-se dizer que o campo da entrevista cobre a sua totalidade,

7:
:1
embora "cada" campo não seja senão um momento desse campo total e

14
da sua dinâmica (Gestaltung)

2
02
/2
Para finalizarmos esse conceito de campo, é válido salientar que o estudo

03
sistematizado da entrevista deve ser feito a partir de três dimensões:

4/
-0
a) o entrevistador, incluindo sua atitude, sua dissociação

om
instrumental, contratransferência, identificação etc.;

l.c
b) o entrevistado, incluindo-se aqui transferência, estruturas de

ai
tm
comportamento, traços de caráter, ansiedades, defesas etc.;

ho
c) a relação interpessoal, na qual se inclui a interação entre os
n@
participantes, o processo de comunicação (projeção, introjeção,
yo
na

identificação etc.), o problema da ansiedade, etc.


be
lla
rie

No funcionamento da entrevista em si, Bleger recomenda que o


ab

entrevistador deva ser suficientemente ambíguo para permitir o maior


-g

engajamento da personalidade do entrevistado. Essa ambiguidade serve para


2
-7

estimular reflexões e insights do entrevistado e possui alguns limites:


02
.1

a) Em nenhum caso pode sugerir que o entrevistador seja


76

apresentado como um amigo num encontro fortuito;


.6
22

b) O entrevistador também não deve entrar com suas reações nem


-9

com o relato de sua vida, nem entrar em relações comerciais ou de


do

amizade, nem pretender outro benefício da entrevista que não sejam


ru
se

os seus honorários e o seu interesse científico ou profissional.


s
ia

c) Tampouco a entrevista deve ser utilizada como uma gratificação


r
fa

narcisista na qual se representa o mágico com uma demonstração de


n
yo

onipotência.
na

d) A abertura da entrevista também não deve ser ambígua. Não se


be

pode recorrer a frases gerais ou de duplo sentido.


lla
ie
br
ga

NÃO PODE TER AMBIGUIDADE no enquadramento: tempo, lugar e papel técnico


do profissional.
Ou seja, na condução da entrevista pode haver ambiguidade, na
enquadramento (tempo, lugar e papel técnico do profissional) não!

Quanto ao início da sessão é interessante salientar que a entrevista deve


começar por onde começar o entrevistado. Além disso, Bleger recomenda que
quando temos informações sobre o entrevistado fornecidas por outra pessoa,

| 125
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Aula 02

devemos informá-lo, assim como antecipar ao informante, no começo da


entrevista, que esses dados que se referem a terceiros não serão mantidos em
reserva.

Sobre o silêncio
Sobre o silêncio, este é um excelente indicativo do andamento das sessões
e do nível de ansiedade. No entanto, o entrevistador deve diferenciar os tipos de

51
silêncio existentes (apenas citados na obra de Bleger): silêncio paranoide,

7:
:1
depressivo, fóbico, confusional, etc.

14
2
02
Se o silêncio total não é o melhor na entrevista (do ponto de vista

/2
03
do entrevistador), tampouco o é a catarse intensa (do ponto de vista do

4/
entrevistado). Com freqüência aquele que fala muito, na realidade, deixa

-0
de dizer o mais importante, porque a linguagem não é somente um meio

om
de transmitir informação mas também um poderoso meio para evitá-Ia.

l.c
Todos esses são, certamente, dados valiosos, que devem ser considerados

ai
tm
e valoriza- dos. A "descarga" emocional intensa também não é o melhor de

ho
uma entrevista; com isso geralmente o entrevistado consegue depositar
n@
maciçamente sobre o entrevistador e logo se distancia e entra numa
yo
relação persecutória como esta: o confessor transforma-se facilmente em
na

perseguidor.
be
lla
rie
ab

Sobre a ansiedade na entrevista


-g

Um ponto interessante da visão de Bleger sobre a entrevista psicológica é


2
-7

a sua visão da ansiedade na entrevista. Para este autor, a ansiedade deriva de


02
.1

situações não-organizadas, de enfrentamento de situações novas ou adversas.


76

Perceba que para Bleger, até pela veia analítica, as situações adversas
.6
22

representavam estruturas não organizadas, assim, toda ansiedade vem de


-9

situações desorganizadas. Ela é um mecanismo de defesa natural e que constitui


do
ru

um indicador do desenvolvimento de uma entrevista. O entrevistador deve


se

acompanhar tanto a ansiedade que tem quando a que aparece no entrevistado.


s
ia

Além disso, deve-se captar o seu grau/intensidade para identificar quando ela
r
fa

prejudica ou não a relação interpessoal. Bleger não defende que uma boa entrevista
n
yo

seja aquela que é livre de ansiedade, mas aquela em que a ansiedade é manejável
na

para os objetivos da entrevista. Além disso, nesses casos de ansiedade, o


be
lla

entrevistador não deve reduzi-la ou reprimi-la, mas compreender os fatores pelos


ie

quais ela aparece e quando se atua segundo essa compreensão. Isso é investigação
br
ga

científica!

O entrevistado solicita ajuda técnica ou profissional quando sente


ansiedade ou se vê perturbado por mecanismos defensivos diante dela.
Durante a entrevista tanto sua ansiedade como seus mecanismos de
defesa podem aumentar, porque o desconhecido que enfrenta não é
somente a situação externa nova, mas também o perigo daquilo que
desconhece em sua própria personalidade. Se esses fatores não se
apresentam, faz parte da função do entrevistador motivar o entrevistado,

| 126
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Aula 02

conseguir que apareçam em uma certa medida na entrevista. Em alguns


casos, a ansiedade acha-se delegada ou projetada em outra pessoa, que é
quem solicita a entre- vista e manifesta interesse em que ela se realize.
A ansiedade do entrevistador é um dos fatores mais difíceis de
manipular, porque é o motor do interesse na investigação e do interesse
em penetrar no desconheci- do. Toda investigação implica a presença de
ansiedade diante do desconhecido, e o investigador deve ter capa- cidade
para tolerá-Ia e poder instrumentalizá-Ia, sem o que se fecha a

51
possibilidade de uma investigação eficaz; isso ocorre também quando o

7:
:1
investigador se vê oprimido pela ansiedade ou recorre a mecanismos

14
de defesa ante ela (racionalização, formalismo, etc.).

2
02
/2
RECOMENDAÇÃO DE BLEGER: Diante da ansiedade do entrevistado, não se deve

03
recorrer a nenhum procedimento que a dissimule ou reprima, como o apoio direto

4/
-0
ou o conselho. A ansiedade somente deve ser trabalhada quando se compreende os

om
fa- tores pelos quais ela aparece e quando se atua segundo essa compreensão. Se o

l.c
que predomina são os mecanismos de defesa diante dela, a tarefa do entrevistador

ai
tm
é "desarmar" em certa medida estas defesas para que apareça certo grau de

ho
ansiedade, o que será um indicador da possibilidade de atualização dos conflitos.
n@
Toda essa manipulação técnica da ansiedade deve ser feita tendo-se sempre em
yo
na

conta a personalidade do entrevistado e, sobretudo, o beneficio que para ele pode


be

significar a mobilização da ansiedade, de tal forma que, mesmo diante de situações


lla
rie

muito claras, não se deve ser ativo se isso significar oprimir o entrevistado com
ab

conflitos que não poderá tolerar. Isso corresponde a um aspecto muito difícil: o do
-g

denominado timing da entrevista, que é o tempo próprio ou pessoal do


2
-7

entrevistado - que depende do grau e tipo de organização de sua personalidade -


02

para enfrentar seus conflitos e para resolvê-Ios.


.1
76
.6
22

Recomendações para o Entrevistador


-9

O instrumento de trabalho do entrevistador é ele mesmo, sua própria


do

personalidade, que participa inevitavelmente da relação interpessoal, com


ru
se

a agravante de que o objeto que deve estudar é outro ser humano de tal
s

maneira que, ao examinar a vida dos demais, se acha di- retamente


ia
r

implicada a revisão e o exame de sua própria vida, de sua personalidade,


fa
n

conflitos e frustrações.
yo

[...] Na sua atuação, o entrevistador deve estar dissociado: em parte,


na
be

atuar com uma identificação projetiva com o entrevistado e, em parte,


lla

permanecer fora desta identificação, observando e controlando o que


ie

ocorre, de maneira a graduar o impacto emocional e a desorganização


br
ga

ansiosa. Nesse sentido, seria necessário desenvolver estudos tanto sobre


a psicologia e a psicopatologia do psiquiatra e do psicólogo, como sobre
o problema de sua formação profissional e de seu equilíbrio mental”.
Essa dissociação com que o entrevistador trabalha é, por sua vez,
funcional ou dinâmica, no sentido de que projeção e introjeção devem
atuar permanentemente, e deve ser suficientemente plástica ou "porosa"
para que possa permanecer nos limites de uma atitude profissional. Em
sua tarefa, o psicólogo pode oscilar facilmente entre a ansiedade e o

| 127
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Aula 02

bloqueio, sem que isto a perturbe, desde que possa resolver ambos na
medida em que surjam.
Na entrevista, a passagem do normal ao patológico acontece de
modo imperceptível. Uma má dissociação, com ansiedade intensa e
permanente, leva o psicólogo a desenvolver condutas fóbicas ou
obsessivas ante os entrevistados, evitando as entrevistas ou interpondo
instrumentos e testes para evitar o contato pessoal e a ansiedade
conseqüente. A clássica aflição do médico, que tanto se emprega na sátira,

51
é uma permanente fuga fóbica aos doentes. Por outro lado, a defesa

7:
:1
obsessiva manifesta-se em entrevistas estereotipadas nas quais tudo é

14
regrado e previsto, na elaboração rotineira de histórias clínicas, ou seja, o

2
instrumento de trabalho, a entrevista, transforma-se num ritual. Por trás

02
/2
disso está o bloqueio, que faz com que sempre aplique e diga a mesma

03
coisa, sempre ve- ja a mesma coisa, aplique o que sabe e sinta-se seguro.

4/
-0
A pressa em fazer diagnósticos e a compulsão a empregar drogas são
outros dos elementos desta fuga e deste ritual do médico diante do

om
doente. Nisso se desenvolve a alienação do psicólogo e do psiquiatra e a

l.c
ai
alienação do paciente, e toda a estrutura hospitalar e de sanatório passa a

tm
ter o efeito de um fator alienante a mais. Outro perigo é o da projeção dos

ho
próprios conflitos do terapeuta sobre o entrevistado e uma certa
n@
compulsão a centrar seu interesse, sua investigação ou a encontrar per-
yo
turbações justamente na esfera na qual nega que tenha perturbações. A
na
be

rigidez e a projeção levam a encontrar somente o que se busca e se


lla

necessita, e a condicionar o que se encontra tanto como o que não se


rie

encontra. Um exemplo muito ilustrativo de tudo isto, mas bastante


ab

comum, é o caso de um jovem médico que iniciava seu treinamento em


-g

psiquiatria e que, presenciando uma entrevista e o diagnóstico de um caso


2
-7

de fobia, disse que não era isso, que o paciente não tinha nem fobia nem
02

doença, porque ele também a tinha.


.1
76

Se num dado momento a projeção com que o técnico atua é


.6

muito intensa, pode aparecer uma reação fóbica no próprio campo de


22

trabalho. Pelo contrário, se for excessivamente, bloqueada, haverá uma


-9

alienação e não se entenderá o que ocorre.


do
ru

[...]
se

Pode-se, de outra maneira, descrever esta dissociação dizendo


s

que o entrevistador tem de desempenhar os papéis que lhe são


ia
r
fa

fomentados pelo entrevistado, mas sem assumi-Ios totalmente. Se, por


n

exemplo, sentir rejeição, as- sumir o papel seria mostrar e atuar a rejeição,
yo
na

rejeitando efetivamente o entrevistado, seja verbalmente ou com a atitude


be

ou de qualquer outra maneira; desempenhar o papel significa perceber a


lla

rejeição, compreendê-Ia, encontrar os elementos que a motivam, as


ie

motivações do entrevistado para que isso aconteça e utilizar toda esta


br
ga

informação, que agora possui, para esclarecer o problema ou provocar sua


modificação no entrevistado. Quanto mais psicopata for o entrevistado,
maior a possibilidade de que o entrevistador assuma e represente os
papéis. Assumir o papel implicará a ruptura do enquadramento da
entrevista. Fastio, cansaço, sono, irritação, bloqueio, compaixão, carinho,
rejeição, sedução etc. são indícios contratransferenciais que o
entrevistador deve perceber como tais à medida que se produzem, e terá
de resolvê-Ios analisando-os consigo mesmo em função da personalidade

| 128
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

do entrevistado, da sua própria, do contexto e do momento em que


aparecem na comunicação.
O psiquiatra inseguro ou pouco experiente não saberá o que fazer
com todos estes dados, e para não ficar vexado recorrerá, com freqüência,
à receita, interpondo entre ele e seu paciente os medicamentos; nestas
condições a farmacologia torna-se um fator alienante porque fomenta a
magia no paciente e no médico e os dissocia novamente de seus
respectivos conflitos. Algo muito semelhante é o que o psicólogo faz

51
freqüentemente com os testes. Para combater isto é importante - e mesmo

7:
:1
imprescindível- que o psiquiatra e psicólogo não trabalhem isolados, que

14
formem, pelo menos, grupos de estudo e de discussão nos quais o

2
trabalho que se realiza seja re- visto; para cair na estereotipia não há clima

02
/2
melhor do que o do isolamento profissional, porque o isolamento acaba

03
encobrindo as dificuldades com a onipotência.

4/
-0
om
Transferência e contratransferência para Bleger

l.c
ai
Na relação que se estabelece na entrevista, deve-se contar com

tm
ho
dois fenômenos altamente significativos: a transferência e a
n@
contratransferência. A primeira refere-se à atualização, na entrevista, de
yo
sentimentos, atitudes e condutas inconscientes, por parte do entrevistado,
na

que correspondem a modelos que este estabeleceu no curso do


be

desenvolvimento, especialmente na relação interpessoal com seu meio


lla

familiar. Distingue-se a transferência negativa da positiva, porém ambas


rie
ab

coexistem sempre, embora comum predomínio relativo, estável ou


-g

alternante, de uma sobre a outra. Integram a parte irracional ou


2

inconsciente da conduta e constituem aspectos não controlados pelo


-7
02

paciente. Uma outra noção similar acentua, na transferência, as atitudes


.1

afetivas que o entrevistado vivencia ou atualiza em relação ao


76

entrevistador. A observação desses fenômenos coloca-nos em contato


.6
22

com aspectos da conduta e da personalidade do entrevistado que não se


-9

incluem entre os elementos que ele pode referir ou trazer voluntária ou


do

conscientemente, mas que acrescentam uma dimensão importante ao


ru

conhecimento da estrutura de sua personalidade e ao caráter de seus


se

conflitos.
s
ia

Na transferência o entrevistado atribui papéis ao entrevistador e


r
fa

comporta-se em função deles. Em outros termos, transfere situações e


n
yo

modelos para uma realidade presente e desconhecida, e tende a


na

configurá-Ia como situação já conhecida, repetitiva.


be

Com a transferência o entrevistado fornece aspectos irracionais


lla

ou imaturos de sua personalidade, seu grau de dependência, sua


ie
br

onipotência e seu pensamento mágico. É neles que o entrevistador


ga

poderá descobrir aquilo que o entrevistado espera dele, sua fantasia da


entrevista, sua fantasia de ajuda, ou seja, o que acredita que é ser ajudado
e estar são, incluídas as fantasias patológicas de cura, que são, com muita
freqüência, aspirações neuróticas. Poder-se-á igualmente despistar outro
fator importante, que é o da resistência à entrevista ou o de ser ajudado ou
curado, e a intenção de satisfazer desejos frustrados de dependência ou
de proteção.
Na contratransferência incluem-se todos os fenômenos que
aparecem no entrevistador como emergentes do campo psicológico que

| 129
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

se configura na entrevista: são as respostas do entrevistador às


manifestações do entrevistado, o efeito que têm sobre eles. Dependem em
alto grau da história pessoal do entrevistador, porém, se elas aparecem ou
se atualizam em um dado momento da entrevista é porque nesse
momento existem fatores que agem para que isso aconteça. Durante
muito tempo foram considerados como elementos perturbadores da
entrevista, porém progressivamente reconheceu-se que são indefectíveis
e iniludíveis em seu aparecimento, e o entrevistador deve também

51
registrá-Ios como emergentes da situação presente e das reações que o

7:
:1
entrevista- do provoca. Portanto, à observação na entrevista acrescenta-

14
se também a auto-observação.

2
A contratransferência não constitui uma percepção, em sentido

02
/2
rigoroso ou limitado do termo, mas sim um indício de grande significação

03
e valor para orientar o entrevistador no estudo que realiza. No entanto, não

4/
-0
é de fácil manejo e requer uma boa preparação, experiência e um alto grau
de equilíbrio mental, para que possa ser utilizada com alguma validade e

om
eficiência.

l.c
ai
tm
O entrevistado

ho
n@
Destaco, ainda, a conceituação de Entrevistado para Bleger. Para ele, para
yo
que uma pessoa procure uma entrevista, é necessário que tenha chegado a uma
na

certa preocupação ou insight de que algo não está bem, de que algo mudou ou se
be
lla

modificou, ou então perceba suas próprias ansiedades ou temores. Ainda que por
rie

curiosidade, destaco que para Bleger existem os seguintes tipos de entrevistados:


ab
-g

a) aqueles que vêm sozinhos por acreditarem que a consulta é


2

necessária (neurótico)
-7
02

b) aqueles que são trazidos por alguém (é comum serem


.1

parentes) (psicótico)
76
.6

c) aqueles que vêm por que alguém mandou (psicopata)


22
-9

Schilder classificou em cinco grupos os indivíduos que procuram o médico,


do
ru

ou porque estão sofrendo ou fazendo os outros sofrer; são eles: a) os que acorrem
se

por problemas corporais; b) por problemas mentais; c) por falta de êxito; d) por
s
ia

dificuldades na vida diária; e) por queixas de outras pessoas.


r
fa
n
yo

“Nesse sentido, frequentemente uma entrevista tem êxito quando


na
be

consegue esclarecer qual é o verdadeiro problema que está por trás


lla

daquilo que é trazido de modo manifesto”.


ie
br
ga

Sobre a consulta familiar


Temos, entre outros, o caso daquele que vem consultar por um
familiar. Nesse caso, realizamos a entre- vista com o que vem, indagando
sobre sua personalidade e conduta. Com isso, já passamos do entrevistado
ao grupo familiar. Caso o entrevistado seja precedido por um informante,
deve-se comunicar a este que o que ele disser sobre o paciente ser-Ihe-á
comunicado, dizendo isso antes que ele dê qualquer informação. Isto
tenderá a "limpar o campo" e a romper com divisões muito difíceis de
trabalhar posteriormente.

| 130
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Aquele que vem à consulta é sempre um emergente dos


conflitos grupais da família; diferenciamos, além disso, entre o que vem
só e o que vem acompanhado, que representam grupos familiares
diferentes.
O que vem sozinho é o representante de um grupo familiar
esquizóide, em que a comunicação entre seus membros é muito precária:
vivem dispersos ou separa- dos, com um grau acentuado de bloqueio
afetivo. Com freqüência, diante destes, o técnico tende a perguntar- se

51
com quem pode falar, ou a quem informar. Outro grupo familiar, de

7:
:1
caráter oposto a este, é aquele no qual comparecem vários membros à

14
consulta, e o técnico tem necessidade de perguntar quem é o

2
entrevistado ou por quem eles vêm; é o grupo epileptóide, viscoso ou

02
/2
aglutinado, no qual há uma falta ou déficit na personificação de seus

03
membros, com um alto grau de simbiose ou interdependência. Assim

4/
-0
como no caso anterior o doente está isolado e abandonado, neste caso ele
está excessiva- mente rodeado por um cuidado exagerado ou asfixiante.

om
Esses dois tipos polares podem ser encontrados em suas formas

l.c
ai
extremas, ou em formas menos caracterizadas, ou mistas. Outro tipo é o

tm
que vem acompanhado por uma pessoa, familiar ou amigo; é o caso do

ho
fóbico que necessita do acompanhante. O caso dos casais cujos
n@
integrantes se culpam mutuamente de neurose, infidelidade, etc. é outra
yo
situação na qual, como em todas as anteriores, a entrevista se realiza com
na
be

todos os que vieram, procedendo-se como com um grupo diagnóstico que


lla

- como veremos - é sempre, em parte, terapêutico; nesse, o técnico atua


rie

como observador participante, intervindo em momentos de tensão, ou


ab

quando a comunicação é interrompida, ou para assinalar


-g

entrecruzamentos projetivos.
2
-7

Nos grupos que vêm à consulta, o psicólogo não tem por que
02

aceitar o critério da família sobre quem é o doente, mas deve atuar


.1
76

considerando todos os seus membros como implicados e o grupo como


.6

doente. Nesse caso, o estudo do interjogo de papéis e da dinâmica do


22

grupo são os elementos que servirão de orientação para fazer com que
-9

todo o grupo obtenha um insight da situação. O equilíbrio da doença em


do
ru

um grupo familiar é de grande importância. Por exemplo, em um casal em


se

que um é fóbico e o outro seu acompanhante, quando o primeiro


s

apresenta melhora ou se cura, aparece a fobia no segundo. O


ia
r
fa

acompanhante do fóbico é então, também, um fóbico, contudo distribuem


n

os papéis entre o casal.


yo
na

[...]
be

Tudo isso explica em grande parte um fenômeno com o qual se deve


lla

contar na família de um doente: a culpa, elemento que deve ser


ie
br

devidamente levado em conta para valorizá-Io e trabalhá-Io


ga

adequadamente. É muito mais clara no caso da doença mental em crianças


ou em deficientes intelectuais. Isso se relaciona também com o fenômeno
que foi chamado "a criança errada", em que os pais trazem à consulta o
filho mais sadio e, depois de se assegurarem de que o técnico não os culpa
nem acusa, podem falar ou consultar sobre o filho mais doente.

Sobre a Interpretação

| 131
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Uma indicação fundamental para guiar a interpretação é sempre o beneficio


do entrevistado e não a "descarga" de uma ansiedade do entrevistador.

Sobre o “informe psicológico”


“o informe se refere ao estudo da personalidade, que pode ser empregado em
diferentes campos da atividade psicológica, e em cada um deles se deverá ter em
conta e responder especificamente ao objetivo com que tal estudo se efetuou”.

51
7:
:1
EXTRA: A atuação de Bleger na Argentina

14
2
Nossos pressupostos teóricos eram que, quanto mais predominasse o

02
neurotismo, melhor seria o prognóstico em uma terapia de tempo limitado; e que

/2
03
também, quanto maior fosse a flexibilidade, o prognóstico e o benefício de um

4/
-0
tratamento nas condições assinaladas seriam também melhores. O oposto

om
acontece com o psicotismo e a rigidez (ou estereotipia).

l.c
Neurotismo

ai
tm
1) Sintomas neuróticos; presença de conflitos neuróticos e ansiedade

ho
2) Transferência neurótica
3) Contratransferência neurótica n@
yo

4) Manutenção da clivagem
na
be

5) Defesas: fóbicas, histéricas, obsessivas, paranóides. Predomínio de


lla

projeção-introjeção
rie
ab

6) Insight
-g

7) Independência
2
-7

8) Comunicação simbólica
02

9) Identidade, personificação
.1
76

Objetos de identificação não destruídos


.6

Discriminação homo- heterossexual


22
-9

Sonhos
do

10) Amplitude do Ego


ru

11) Ciúmes, rivalidade


se
s

12) Sublimação
ia
r
fa
n

Psicotismo
yo
na

1) Doença orgânica atual. Tensão


be

2) Transferência psicótica. Narcisismo


lla

3) Contratransferência de caráter psicótico


ie
br

4) Clivagem: não conservada ou em perigo de perder-se


ga

5) Defesas: caracteropáticas, hipocondríacas, melancólicas, maníacas,


perversas. Predomínio de identificações projetivas introjetivas
6) Falta de insight
7) Dependência
8) Comunicação pré-verbal
9) Identidade: dispersão, ambigüidade, confusão, onirismo. Sonhos
10) Restrição do Ego

| 132
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

11) Inveja

Obtidos estes indicadores, trabalhou-se com eles, tentando-se diferentes


representações gráficas e numéricas, não se tendo chegado a nenhuma definitiva.

51
EXTRA: Grupos Operativos

7:
:1
O grupo operativo, segundo a definição do inicia- dor do método, Enrique J.

14
Pichon-Riviere, "é um conjunto de pessoas com um objetivo comum" que procuram

2
02
abordar trabalhando como equipe. A estrutura de equipe só se consegue na medida

/2
03
em que opera; grande par- te do trabalho do grupo operativo consiste, em resumo,

4/
-0
no treinamento para trabalhar como equipe. [...] O grupo operativo tem objetivos,

om
problemas, recursos e conflitos que devem ser estudados e considerados pelo

l.c
próprio grupo à medida que vão aparecendo; serão examinados em relação com a

ai
tm
tarefa e em função dos objetivos propostos. [...]

ho
O questionamento do esquema referencial é o método para romper
n@
estereótipos, porém é só ao ser usado que ele pode ser questionado e mudado. A
yo
técnica do grupo operativo deve orientar-se para a participação livre, espontânea,
na
be

de seus integrantes, que assim trarão seus esquemas referenciais e os colocarão à


lla

prova numa realidade mais ampla, fora dos limites da estereotipia, do autismo ou
rie

do narcisismo, tomando consciência deles, com a conseqüente retificação. Por


ab
-g

outro lado, não se trata de obter uma modificação do esquema referencial em um


2

sentido ou modalidade prefixada, nem de conseguir um esquema referencial já


-7
02

completo ou estruturado. A aprendizagem consiste, funda- mentalmente, e de


.1
76

modo ótimo, em obter a possibilidade de uma permanente revisão do esquema


.6

referencial, em função das experiências de cada situação, tanto dentro do grupo


22
-9

como fora dele. Trata-se, portanto, de aprender a manter um esquema referencial


do

plástico e não estereotipa- do como instrumento que se vai continuamente


ru

retificando, criando, modificando e aperfeiçoando.


se
s
ia
r
fa
n
yo
na

Questões
be
lla

1.
ie

FGV – ALBA - 2014


br
ga

A respeito do teste das Matrizes Progressivas de Raven, aplicado em diferentes


situações inclusive as de processos seletivos, analise as afirmativas a seguir.

I. O teste de Raven busca avaliar o fator g.
II. O teste de Raven é um teste verbal.

III. O teste de Raven tem base no referencial teórico de Spearman.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.


| 133
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.



(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

2. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013


Em relação ao teste das Matrizes Progressivas de Raven, utilizado em processos de
seleção e recrutamento, analise as afirmativas a seguir.

51
I. O teste baseia-se no fator g de Spearman e é livre de influências socioculturais.

7:
:1
II. O tempo de realização da escala não deve ultrapassar 30 minutos.


14
III. O teste permite avaliar também a capacidade de exatidão e clareza de raciocínio

2
02
lógico.

/2
03
Assinale:

4/
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

-0
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

om
l.c
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

ai
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

tm
ho
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
n@
yo
3. FGV - MPMS – Psicólogo - 2012
na
be

A respeito da influência de Emílio Mira y Lopez em diferentes áreas da psicologia


lla

brasileira, assinale a afirmativa incorreta.


rie
ab

(A) Mira y Lopez desenvolveu trabalhos que tiveram grande impacto na seleção
-g

profissional.
2
-7

(B) Mira y Lopez teve importante atuação na sistematização dos cursos de


02

graduação em psicologia no Brasil.


.1
76

(C) Mira y Lopez criou a revista Arquivos Brasileiros de Psicologia, quando à frente
.6

do Instituto de Seleção e Orientação Profissional.


22
-9

(D) Mira y Lopez foi o criador do teste PMK.


do

(E) Mira y Lopez teve importante atuação na luta pela 
 regulamentação da


ru

profissão de psicólogo no Brasil.


se
s
ia
r

4.
fa

FGV - MPMS – Psicólogo - 2012


n
yo

Sobre o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II), assinale a afirmativa correta.


na

(A) Não deve ser aplicado a idosos.


be

(B) Só deve ser aplicado em adolescentes a partir de 15 
anos.


lla
ie

(C) Não é auto-aplicável.


br

(D) Costuma ser utilizado em pesquisas na área de saúde.


ga

(E) Não pode ser aplicado coletivamente, em virtude do conteúdo dos itens que
podem fazer o sujeito se sentir pressionado.

5. FGV - MPMS – Psicólogo - 2012


No diagnóstico de crianças com diferentes problemas de aprendizagem, os
manuais sugerem a utilização de instrumentos de avaliação. Entre outros
instrumentos, o WISC III tem sido bastante utilizado.

| 134
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

A esse respeito, assinale a afirmativa correta.


(A) O WISC não deve ser utilizado no caso de avaliação 
neuro-psicológica.
(B) A maioria das escalas do WISC são de execução 
verbal.
(C) As dificuldades de aplicação do WISC podem ser contornadas pela aplicação
coletiva das escalas.
(D) O resultado final do WISC é proporcionado pelos Quocientes de Inteligência
Verbal (QIV) e de Execução (QIE);

51
(E) As formas reduzidas de aplicação, para obtenção de resultados em forma

7:
:1
estimada, estão baseadas no uso de um menor número de subtestes.

14
2
02
6. FGV - MPMS – Psicólogo - 2012

/2
03
O Inventário de Sintomas de stress para Adultos de Lipp - Kit procura avaliar o

4/
impacto do stress sobre os indivíduos. A esse respeito, assinale a afirmativa

-0
incorreta.

om
l.c
(A) O inventário pode ser aplicado a crianças com mais de dez anos apesar de ter

ai
sido formulado para aplicação em adultos.

tm
ho
(B) A construção do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISS) baseou-se
no modelo trifásico desenvolvido por Selye. n@
yo
(C) A fase de quase–exaustão foi detectada durante a padronização do Inventário, o
na

que teve efeitos sobre o Inventário.


be
lla

(D) As doenças como enfarte, úlceras, psoríase ou depressão aparecem, com


rie

frequência, na fase de exaustão.


ab
-g

(E) O Inventário de Sintomas de Stress para Adultos avalia o impacto de sintomas


2

psíquicos e somáticos.
-7
02
.1

7.
76

FGV - AL-MT – Psicologia - 2013


.6

O inventário de depressão de Beck tem sido muito utilizado na prática clínica, seja
22
-9

em pacientes psiquiátricos ou na população em geral. A esse respeito, assinale a


do

afirmativa correta.
ru

(A) O inventário de depressão de Beck é uma escala de autoaplicação composta de


se

25 itens.
s
ia
r

(B) Os itens do inventário de depressão de Beck referem-se a manifestações


fa
n

comportamentais e cognitivas.
yo
na

(C) O trabalho de Beck trouxe importantes contribuições para o desenvolvimento


be

de pesquisas sobre depressão.


lla

(D) O inventário de Beck indica níveis decrescentes de depressão em que as


ie
br

alternativas têm sempre 4 possibilidades de resposta.


ga

(E) O inventário de depressão de Beck tem seu uso limitado à população adulta.

8. FGV - AL-MT – Psicologia - 2013


A Escala Wais III tem sido um apoio para o trabalho de avaliação em diferentes
áreas.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
(A) No Wais-III, a escala verbal inclui 8 subtestes.
(B) A escala de execução inclui 8 subtestes.

| 135
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(C) A padronização do Wais-III no Brasil foi realizada com uma 
 amostra de


conveniência.
(D) O Wais-III não tem sido utilizado entre as baterias 
neuropsicológicas mais
comuns.
(E) A aplicabilidade do Wais-III mostra-se adequada, mesmo em 
 casos de
limitação intelectual muito severa.

51
9. FGV - AL-MT – Psicologia - 2013

7:
:1
Sobre o TAT , teste temático bastante utilizado em processos diagnósticos, assinale

14
a afirmativa correta.

2
02
(A) A escolha das pranchas do TAT não varia segundo o sexo e a idade do

/2
03
examinando.

4/
(B) Das 30 pranchas que compõem o teste, o examinador deve selecionar um total

-0
om
de 15 pranchas. Dez são iguais, sendo chamadas universais, e 5 variam de acordo

l.c
com a problemática do examinando.

ai
(C) Não se costuma utilizar formas abreviadas do TAT.

tm
ho
(D) O herói tem a ver com o personagem central da história com 
 o qual o
examinando se identifica. n@
yo
(E) O TAT é um teste temático baseado no conceito de projeção.
na
be
lla

10. FGV - AL-MT – Psicologia - 2013


rie
ab

Quando é necessário utilizar testes para avaliação de pacientes em maior escala,


-g

um dos fatores de dificuldade é o tempo necessário à sua aplicação. 
 A esse


2
-7

respeito, analise as afirmativas a seguir.


02

I. O tempo necessário para a aplicação de uma bateria pode ter influência negativa
.1
76

sobre os resultados, tanto pela fadiga quanto pela diminuição da motivação e da


.6

atenção.
22
-9

II. As formas abreviadas das escalas, como no caso da forma abreviada do WAIS-III,
do

são alternativas para aplicação do teste completo e seu uso é particularmente


ru

interessante no caso de rastreio de pesquisas.


se
s

III. O método de uso das formas abreviadas consiste na redução do número de


ia
r
fa

escalas.
n

Assinale:

yo
na

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.



be

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.



lla
ie

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.



br

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.


ga

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

11. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


A respeito do método Zulliger, teste bastante utilizado em processos seletivos,
assinale a afirmativa correta.
(A) Nesse método, as determinantes de resposta são forma, movimento e cor.
(B) Nesse método, a aplicação individual inclui as instruções, a aplicação

| 136
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

propriamente dita e o inquérito.


(C) Nesse método, pessoas com menos de quatro respostas com conteúdos
diversificados tendem a ser estereotipadas e inflexíveis.
(D) Nesse método, as respostas de movimento humano estão associadas à
criatividade.
(E) Nesse método, as respostas de cor pura indicam incapacidade de controle
emocional.

51
7:
:1
12. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014

14
Na escolha dos instrumentos psicológicos a serem aplicados, uma série de aspectos

2
02
devem ser considerados:

/2
03
I. o coeficiente de fidedignidade diz respeito a duas mensurações similares de um

4/
mesmo traço, com a utilização desse instrumento ou de instrumentos equivalentes.

-0
II. a validade de um teste diz respeito à possibilidade do teste medir exatamente o

om
l.c
que o teste pretende medir.

ai
III. a fidedignidade pode ser de construto ou de consistência.

tm
ho
Assinale:
(A) se somente o aspecto I estiver correto. n@
yo
(B) se somente o aspecto II estiver correto.
na

(C) se somente o aspecto III estiver correto.


be
lla

(D) se somente os aspectos I e II estiverem corretos.


rie

(E) se todos os aspectos estiverem corretos.


ab
-g
2

13. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


-7
02

A Baterial Fatorial de Personalidade é um instrumento aprovado pelo CPF que


.1
76

avalia a personalidade, sendo utilizado em numerosos contextos.


.6

A esse respeito, assinale a afirmativa correta.


22
-9

(A) A Baterial Fatorial de Personalidade é constituída por 4 dimensões.


do

(B) Um dos pontos importantes da Baterial Fatorial de Personalidade é o fato de ter


ru

sido construída no Brasil.


se

(C) A dimensão de sociabilidade inclui a amabilidade e a confiança nas pessoas.


s
ia
r

(D) A dimensão de realização inclui a competência e o comprometimento.


fa
n

(E) A dimensão de extroversão inclui a comunicação, o dinamismo e as interações


yo
na

sociais.
be
lla

14. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


ie
br

A respeito do teste das Matrizes Progressivas de Raven, aplicado em diferentes


ga

situações inclusive as de processos seletivos, analise as afirmativas a seguir.



I. O teste de Raven busca avaliar o fator g.
II. O teste de Raven é um teste verbal.

III. O teste de Raven tem base no referencial teórico de Spearman.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.


| 137
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.



(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

15. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


O Inventário Fatorial de Personalidade (IVPII) é um instrumento que pode auxiliar
nos processos de recrutamento e seleção, a partir da avaliação dos motivos ou

51
necessidades que determinam o comportamento dos indivíduos. A esse

7:
:1
respeito, assinale a afirmativa correta.


14
(A) O (IVPII) é constituído por 10 itens.


2
02
(B) Os fatores afago e heterossexualidade foram retirados da relação de itens

/2
03
compreendidos no Inventário Fatorial de Personalidade (IVPII).


4/
(C) O fator intracepção diz respeito à tendência a atuarem função de sentimentos

-0
om
ou inclinações difusas.

l.c
(D) O Inventário Fatorial de Personalidade(IVPII) não tem uma padronização para o

ai
tm
Brasil.


ho
(E) Os blocos de apuração de respostas não são diferenciados segundo o sexo do
sujeito. n@
yo
na
be

16. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


lla

A Escala de Ansiedade de Beck é um instrumento aplicado tanto na clínica quanto


rie
ab

em pesquisas.
A respeito da escala de Beck, assinale a afirmativa correta.


-g

(A) Não deve ser aplicada coletivamente.


2
-7

(B) Os resultados dessa escala são transformados em três scores – a ansiedade leve,
02

a ansiedade moderada e a ansiedade severa.


.1
76

(C) Essa escala é contraindicada na hipótese diagnóstica de TOC.


.6

(D) Essa escala é um instrumento de auto-aplicação.


22
-9

(E) O formulário dessa escala é um questionário de múltipla 
escolha com 25 itens.


do
ru
se

17. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


s

A respeito da Escala Weschler de Inteligência para Adultos (WAIS), um dos testes mais
ia
r
fa

utilizados para medir fatores de inteligência, assinale a afirmativa correta.



n
yo

(A) O WAIS não está padronizado para o Brasil.


na

(B) O WAIS é comporto de um QI verbal e de um QI de execução.


be

(C) O QI verbal é composto pelos itens informação, compreensão, aritmética e


lla
ie

semelhanças.

br
ga

(D) O QI de execução é composto pelos itens completar figuras, cubos e armar


objetos.

(E) A análise do WAIS inclui a análise das discrepâncias entre os resultados globais
e os resultados dos sub-testes.

18. VUNESP – Prefeitura de Suzano – Psicólogo – 2019

| 138
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Usualmente, um profissional que está encarregado de realizar uma avaliação


neuropsicológica utiliza como recurso uma bateria neuropsicológica básica. Uma
das características que essa bateria de avaliação neuropsicológica deve ter é a de
(A) permitir a exploração das funções básicas do funcionamento cognitivo,
resultantes da atividade do sistema nervoso central.
(B) ter critérios de avaliação bastante flexíveis, uma vez que nesse tipo de avaliação
a quantificação de resultados não é desejável.

51
(C) utilizar o maior número de materiais, recursos e aparatos possíveis, para dar

7:
:1
conta da complexidade das funções que serão analisadas.

14
(D) apresentar instruções verbais bem detalhadas, para garantir que o desempenho

2
02
atingido nas provas reflita a real possibilidade do indivíduo avaliado.

/2
(E) identificar os fatores socioculturais e educacionais que auxiliam ou

03
4/
comprometem o desempenho das funções cognitivas.

-0
om
19.

l.c
VUNESP – Prefeitura de Suzano – Psicólogo – 2019

ai
Durante a realização do exame do estado mental, um profissional constatou que

tm
ho
uma mulher descreveu eventos extraordinariamente dolorosos de sua vida sem o
n@
mínimo de comoção. Nesse caso, identificou-se, por meio dessa avaliação,
yo
(A) uma desorganização do pensamento.
na

(B) um isolamento do afeto.


be
lla

(C) uma ansiedade antecipatória.


rie

(D) uma labilidade do humor.


ab
-g

(E) um lapso de linguagem.


2
-7
02

20. VUNESP – Prefeitura de Suzano – Psicólogo – 2019


.1
76

Uma psicóloga atua em uma equipe multiprofissional formada por enfermeiros,


.6

médicos, educadores e assistentes sociais. Foi solicitada, pelos profissionais de sua


22
-9

equipe, a elaboração de um laudo psicológico sobre a condição psicológica atual


do

de um paciente por eles atendido, para a reavaliação de seu projeto terapêutico.


ru

Nesse caso,
se

(A) um laudo psicológico deve ser elaborado para atender às demandas de cada um
s
ia
r

dos profissionais da equipe.


fa
n

(B) o laudo psicológico deve ser encaminhado ao coordenador da equipe, para que
yo
na

este garanta o sigilo das informações do documento.


be

(C) o laudo psicológico ou as informações decorrentes da avaliação realizada


lla

podem compor um documento único.


ie
br

(D) o laudo psicológico não pode ser elaborado, porque os dados contidos nesse
ga

documento são para o conhecimento exclusivo de psicólogos.


(E) o laudo psicológico deve conter a descrição da demanda e os dados levantados
no processo, pois as conclusões sobre o material cabem à equipe.

21. VUNESP – Prefeitura de Suzano – Psicólogo – 2019


Para avaliar o potencial de uma criança de dez anos, com relação ao uso e
compreensão da linguagem, um dos testes psicológicos disponíveis é a Weschler

| 139
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Intelligence Scale for Children - WISC IV. O índice que avalia esse aspecto no
instrumento é o de Compreensão Verbal - CV. Os subtestes que compõem o índice
de CV são:
(A) Dígitos, Sequência de Números e Letras e Labirintos.
(B) Arranjo de Figuras, Códigos e Informação.
(C) Raciocínio Matricial, Conceito de Figuras e Procurar Símbolos.
(D) Semelhanças, Compreensão e Vocabulário.

51
(E) Raciocínio com Palavras, Cancelamento e Cubos.

7:
:1
14
22. VUNESP – Prefeitura de Cerquilho – Psicólogo – 2019

2
02
Durante a realização de uma observação lúdica em um processo psicodiagnóstico,

/2
03
conduzido segundo uma abordagem psicanalítica, é

4/
(A) fundamental interpretar os conteúdos trazidos pela criança, para diluir as suas

-0
defesas e permitir a livre expressão dos conflitos que motivaram o diagnóstico.

om
l.c
(B) conveniente poupar a criança de um conhecimento sobre as demandas trazidas

ai
pelos pais para justificar sua avaliação, para que ela possa apresentar suas próprias

tm
ho
queixas.
n@
(C) importante que o psicólogo não interfira, de forma alguma, no jogo elaborado e
yo
conduzido pela criança, mesmo diante de uma solicitação direta.
na

(D) necessário que a criança brinque como desejar, sem que lhe sejam apresentados
be
lla

quaisquer tipos de regras ou informações sobre o espaço e o tempo disponíveis.


rie

(E) dispensável a utilização de uma caixa lúdica exclusiva para cada criança, uma
ab
-g

vez que qualquer brinquedo oferece possibilidades lúdicas projetivas para o


2

diagnóstico.
-7
02
.1

23.
76

VUNESP – Prefeitura de Cerquilho – Psicólogo – 2019


.6

Em relação à etapa devolutiva de um processo psicodiagnóstico, é importante


22
-9

destacar que
do

(A) somente o solicitante do psicodiagnóstico, seja ele quem for, terá acesso a todos
ru

os dados levantados sobre a pessoa avaliada durante o processo de avaliação.


se

(B) uma devolução voltada ao ambiente escolar precisa contemplar,


s
ia
r

necessariamente, todos os dados sobre o histórico de vida da família e da criança


fa
n

avaliada.
yo
na

(C) nem todas as informações resultantes do psicodiagnóstico devem ser


be

comunicadas a todas as pessoas contempladas com a devolução dos dados do


lla

processo.
ie
br

(D) no caso de crianças, adolescentes ou adultos dependentes, as impressões


ga

diagnósticas e a proposta para intervenção só precisam ser apresentadas aos


responsáveis.
(E) as indicações terapêuticas e encaminhamentos feitos pelo profissional que
realizou o psicodiagnóstico devem se limitar à área de atuação psicológica.

24. VUNESP – Prefeitura de Cerquilho – Psicólogo – 2019

| 140
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Durante a realização de um processo psicodiagnóstico com um adolescente, a


entrevista de anamnese
(A) é desnecessária, quando a demanda pelo processo é do próprio adolescente.
(B) precisa, necessariamente, ser realizada com o adolescente, que é a pessoa
avaliada.
(C) é realizada com os pais, pois eles são os únicos que conhecem a história de vida
do jovem.

51
(D) deve ser realizada após a testagem psicológica, para confirmar os dados

7:
:1
levantados.

14
(E) pode ser realizada com o jovem, com os pais, ou com ambos, em momentos

2
02
diferentes.

/2
03
4/
25. VUNESP – Prefeitura de Cerquilho – Psicólogo – 2019

-0
Uma criança do sexo feminino, com seis anos, foi submetida à Técnica de

om
l.c
Apercepção Temática Infantil com figuras de animais. Para a primeira prancha, a

ai
criança apresentou a seguinte história: “Três passarinhos queriam comer a comida

tm
ho
em uma mesa, mas não sabiam pôr no prato(...). Uma galinha chegou e ficou vendo
n@
eles(...) ela ficou parada olhando eles comer. O psicólogo questionou o que
yo
aconteceu a seguir. A criança respondeu: “Ficou olhando eles comer. Começaram a
na

comer e a galinha ficou só olhando”. Do ponto de vista diagnóstico, esse relato indica
be
lla

(A) falta de iniciativa devido à extrema dependência em relação à figura materna.


rie

(B) necessidade acentuada de reconhecimento e atenção por parte da figura


ab
-g

materna.
2

(C) sentimentos de onipotência e autossuficiência, indicando forte integridade


-7
02

egoica.
.1

(D) percepção de falta de apoio do ambiente e tentativa de lidar com os conflitos


76
.6

sozinho.
22

(E) fragmentação psíquica devido à percepção de elementos destrutivos no


-9

ambiente.
do
ru
se

26. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018


s
ia
r

A respeito de avaliação psicológica e dos instrumentos de avaliação, julgue os itens


fa
n

seguintes.
yo
na

Considerando-se os limites da avaliação psicológica e o comportamento humano,


be

resultado de uma complexa teia de dimensões inter-relacionadas que interagem


lla

para produzi-lo, as avaliações psicológicas têm um limite em relação ao que é


ie
br

possível entender e prever, mesmo baseando-se em métodos cientificamente


ga

comprovados.
( ) Certo ( ) Errado

27. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018


Os testes psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de
características psicológicas e psiquiátricas que constituem um método ou técnica
de uso privativo do psicólogo.

| 141
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

( ) Certo ( ) Errado

28. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


Julgue os itens que se seguem, acerca da avaliação psicológica.
A avaliação psicológica e a testagem psicológica são processos similares, pois
consistem na aplicação de testes psicológicos de diferentes tipos para diagnóstico
de características comportamentais.

51
( ) Certo ( ) Errado

7:
:1
14
29. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018

2
02
A escolha de instrumentos ou estratégias mais adequadas para a realização da

/2
03
avaliação psicológica é determinada a partir da coleta de informações por meio, por

4/
-0
exemplo, da aplicação de entrevistas, dinâmicas e observações, as quais são

om
realizadas pelo psicólogo.

l.c
( ) Certo ( ) Errado

ai
tm
ho
30. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018
n@
Os psicólogos aplicam avaliações psicológicas para compreender o funcionamento
yo

psicológico das pessoas e as suas implicações com relação a como elas irão
na
be

desempenhar uma dada atividade, analisando, por exemplo, a qualidade das suas
lla

interações interpessoais.
rie
ab

( ) Certo ( ) Errado
-g
2
-7

31. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


02

Profissionais de diferentes áreas podem atuar com avaliação psicológica, desde que
.1
76

possuam conhecimentos da área de psicometria para julgar as questões de


.6
22

validade, precisão e normas dos testes psicológicos.


-9

( ) Certo ( ) Errado
do
ru
se

32. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


s
ia

Diferentemente da psicoterapia, o psicodiagnóstico prevê a checagem de seus


r
fa

resultados como etapa de validação do corpo de conhecimentos e técnicas


n
yo

aplicados no contexto da avaliação psicológica.


na

( ) Certo ( ) Errado
be
lla
ie

33. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


br
ga

A classificação das características psicológicas e o devido enquadramento do


indivíduo nas taxonomias de psicodiagnóstico permitem a explicação do
comportamento humano sob aspectos gerais, relacionado ao agir social, e
específicos, que diz respeito ao agir privado.
( ) Certo ( ) Errado

34. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018

| 142
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Um dos riscos na atividade de psicodiagnóstico é a fragmentação em dimensões —


biológica, psicológica, sociológica etc. —, o que contribui para a instabilidade, o
reducionismo e a heterogeneidade da prática profissional.
( ) Certo ( ) Errado

35. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019


Em uma instituição pública, foi solicitado aos psicólogos que fizessem a avaliação

51
de um servidor, tendo em vista o alto grau de estresse apresentado por ele, após a

7:
:1
reformulação do método de trabalho ali implantado. De acordo com seus colegas

14
de trabalho, esse servidor estaria apresentando comportamentos estranhos.

2
02
A partir da situação hipotética apresentada, julgue os itens a seguir.

/2
03
É desaconselhável aplicar, no caso desse servidor, testes embasados em métodos

4/
de autoexpressão, que, por facilitarem manipulação de respostas, comprometem a

-0
confiabilidade dos dados obtidos.

om
l.c
( ) Certo ( ) Errado

ai
tm
ho
36. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019
n@
No contexto clínico apresentado, os testes aplicados não perderiam sua
yo
confiabilidade, ainda que o profissional já conhecesse esse paciente e sua dinâmica
na
be

de funcionamento psíquico.
lla

( ) Certo ( ) Errado
rie
ab
-g

37. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019


2
-7

Em uma instituição pública, foi solicitado aos psicólogos que fizessem a avaliação
02

de um servidor, tendo em vista o alto grau de estresse apresentado por ele, após a
.1
76

reformulação do método de trabalho ali implantado. De acordo com seus colegas


.6

de trabalho, esse servidor estaria apresentando comportamentos estranhos.


22
-9

A partir da situação hipotética apresentada, julgue os itens a seguir.


do

No caso relatado, poderia ser aplicada compulsoriamente a avaliação com testes,


ru

na qual se indicam os inventários e as escalas, pois esses testes não são


se
s

manipuláveis pelo paciente, que, nesse contexto, tenderia a responder da forma


ia
r
fa

que imagina ser a mais favorável para si.


n

( ) Certo ( ) Errado
yo
na
be

38. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019


lla
ie

Se fossem aplicados, no caso em comento, os testes de Zulliger, Rorschach e Tat, o


br
ga

avaliado teria menores condições de manipular suas respostas.


( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Todos os testes apresentados são projetivos. Os testes projetivos,
PARA A BANCA CESPE, são menos manipuláveis.

39. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019

| 143
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

É indicado, no caso em apreço, que os psicólogos da instituição escolham testes


psicológicos que estejam inseridos na medida escalar, uma das formas de medida
psicométrica.
( ) Certo ( ) Errado

40. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019


No ambiente institucional (não clínico) referido na situação em tela, é indicada a

51
aplicação de testes projetivos, capazes de acessar apenas os processos ocorridos

7:
:1
no subconsciente.

14
( ) Certo ( ) Errado

2
02
/2
03
41. Consulplan - Juatuba/MG – Psicólogo – 2014

4/
-0
O procedimento de entrevista psicológica consiste em uma importante coleta de

om
informações acerca do indivíduo que busca por algum tipo de assistência

l.c
terapêutica e/ou psicoterápica. Além disso, está contido por elementos de

ai
tm
interação social prévia e também atual dos envolvidos e requer o uso de métodos

ho
específicos para obtenção das referidas informações. Entre os diferentes métodos
n@
do procedimento da entrevista psicológica, em uma entrevista clínica do tipo não
yo
diretiva, geralmente utilizada nas sessões psicoterápicas iniciais, o terapeuta
na
be

deverá
lla

A) planejar cuidadosamente as etapas que serão cumpridas durante cada sessão e


rie

ao longo do atendimento.
ab
-g

B) preencher os silêncios com a proposta de temas não abordados anteriormente e


2

que o entrevistador considere importantes.


-7
02

C) respeitar e acompanhar o ritmo estabelecido pelo cliente, a fim de avaliar as


.1
76

atitudes e dificuldades do cliente diante de cada temática.


.6

D) estimular a integração das motivações inconscientes realmente importantes,


22
-9

pela consciência do cliente, por meio da técnica de associação livre.


do
ru

42. CONSULPLAN – TJMG – Psicólogo Estagiário - 2016


se
s

“A área desenvolvida pela psicologia clínica, denominada ‘psicodiagnóstico’,


ia
r
fa

representa, de fato, um importante meio de auxílio ao diagnóstico psicopatológico.


n

Embora haja contribuições dessa área a quase todos os aspectos da psicopatologia,


yo
na

os testes de personalidade e os rastreamentos (screening) para ‘organicidade’ são


be

os mais utilizados na prática clínica diária. Os testes projetivos ‘abertos’ mais


lla

utilizados são: o teste de Rorschach; o TAT (Teste de Apercepção Temática, de


ie
br

Murray); o Teste de Relações Objetais – TRO de Phillipson; o Teste das Pirâmides, de


ga

Pfister; e o HTP-F (teste de desenho da casa-árvore-pessoa-família), de Buck (2003).


Dependem muito da habilidade, do conhecimento e da experiência interpretativa
do psicólogo clínico que os utiliza.” (Dalgalarrondo, 2000.)
Além da possibilidade do uso de testes, o processo de psicodiagnóstico também
constitui a utilização de entrevistas. Tendo isso em vista, marque V para as
afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O processo de entrevista pode proporcionar maior ou menor grau de liberdade

| 144
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

para o entrevistador na condução da entrevista.



( ) Uma entrevista diretiva ou fechada é programada, requer planejamento, o
seguimento de uma determinada sequência sem que haja alteração das perguntas.

( ) A entrevista aberta ou não diretiva fornece ampla liberdade do entrevistador para
realizar as perguntas e intervenções, possui caráter flexível e permite uma
investigação profunda da personalidade do entrevistado.


51
( ) A possibilidade de o entrevistado escolher o assunto pelo qual iniciará sua fala,

7:
:1
enquanto o entrevistador intervém no sentido de esclarecer pontos obscuros ou

14
confusos e para ampliar as informações é característico de uma entrevista diretiva.

2
02
A sequência está correta em

/2
03
A) V, F, V, F.

4/
B) F, V, F, V.

-0
C) F, V, F, F.

om
D) V, F, V, V.

l.c
ai
tm
ho
43. FUNIVERSA - Ministério Público do Estado de Goiás Procuradoria-
n@
Geral de Justiça Concurso Público – Técnico Em Psicologia – 2010
yo
A entrevista clínica tem-se mostrado um instrumento valioso em processos de
na
be

abuso sexual cometidos contra crianças e adolescentes. Os dados levantados na


lla

entrevista propiciam apoio no acompanhamento em situações legais e judiciais,


rie

bem como um melhor encaminhamento para outros serviços. A escuta dessas


ab
-g

crianças e adolescentes requer que o entrevistador tenha qualidades que são


2

importantes para o oferecimento de uma escuta diferenciada desses sujeitos. Entre


-7
02

essas qualidades, destacam-se


.1
76

(A) envolver-se pessoalmente com o problema da criança, ter


.6

autoconhecimento, propiciar a emergência de fantasia e ser sincero.


22

(B) discernir entre seus problemas e os da criança, ter postura de dúvida em


-9
do

relação ao que é contado e estimular a capacidade criativa da criança.


ru

(C) envolver-se de maneira significativa com a criança, fortalecer o vínculo a


se

partir da indignação da criança e ser honesto.


s
ia
r

(D) discernir entre seus problemas pessoais e os da criança, ter


fa
n

autoconhecimento, ser sincero e honesto, aceitar e compreender a criança e estar


yo
na

seguro de si.
be

(E) estimular a catarse como meio de elaboração do problema, agir com


lla

segurança e tomar o relato da criança como um problema em que deve se envolver


ie
br

pessoalmente.
ga

44. FUNIVERSA – CEB – Psicólogo – 2010


Para os profissionais que atuam no mundo do trabalho, a formação
metodológica é um requisito fundamental de competência profissional. O
planejamento da intervenção e o manejo de instrumentos e procedimentos para
atuação em psicologia organizacional constituem componentes essenciais de
qualificação profissional. Com base nessa temática, assinale a alternativa correta.

| 145
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(A) A entrevista como instrumento de diagnóstico organizacional é uma técnica


de baixa confiabilidade; portanto, é recomendável sua não utilização.
(B) O questionário com questões fechadas é um instrumento fortemente
recomendado para aplicação em grupos restritos de trabalhadores, por exemplo,
quando o “N” não ultrapassa seis pessoas.
(C) A atuação do profissional em gestão de pessoas nas organizações deve ser
pautada mais pelo bom senso e pelo improviso do que por procedimentos

51
criteriosos e de natureza científica, pois cada caso é um caso.

7:
:1
(D) A escolha dos instrumentos adequados para pesquisa em psicologia

14
organizacional não precisa estar subordinada à natureza do problema a ser

2
02
investigado.

/2
(E) As informações coletadas em entrevista devem ser protegidas por sigilo

03
4/
profissional e divulgadas somente com expresso consentimento dos entrevistados.

-0
om
45.

l.c
FUNIVERSA – SEPLAG – Professor de Educação Básica – Psicólogo

ai
– 2010

tm
ho
A entrevista clínica contempla momentos distintos: inicial, intermediário e final. Um
processo característico do momento inicial de entrevista é n@
yo
(A) o encaminhamento para equipe multiprofissional.
na

(B) a indicação diagnóstica posterior à aplicação de teste.


be
lla

(C) a aplicação de testes projetivos.


rie

(D) a devolução diagnóstica.


ab
-g

(E) o estabelecimento do rapport.


2
-7
02

46. FUNIVERSA – SEED/AP – Especialista em Educação – 2012


.1
76

Acerca das técnicas de entrevistas grupais, assinale a alternativa correta.


.6

(A) As entrevistas em grupos são sempre mais indicadas que as individuais, pois
22
-9

permitem uma visão mais plural do que se pretende investigar.


do

(B) O entrevistador deve estar preparado para lidar com possíveis conflitos
ru

entre os entrevistados.
se

(C) Toda entrevista grupal deve ser gravada para ajudar o entrevistador a
s
ia
r

retomar as informações após o seu término.


fa
n

(D) Deve-se sempre eleger um porta-voz do grupo, que irá falar mais que os
yo
na

outros entrevistados.
be

(E) Diferentemente da entrevista individual, nas entrevistas grupais a condução


lla

centra-se nos entrevistados.


ie
br
ga

47. FUNIVERSA – SEED/AP – Especialista em Educação – 2012


Com relação às técnicas de entrevista, assinale a alternativa correta.
(A) A entrevista psicológica, também conhecida por anamnese, implica obter
uma síntese tanto da situação presente quanto da história do indivíduo
entrevistado.
(B) A entrevista psicológica é influenciada unicamente por conhecimentos
provenientes do behaviorismo (comportamentalismo).

| 146
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(C) Uma boa entrevista psicológica deve eliminar a ansiedade por parte de
todos os envolvidos.
(D) A entrevista psicológica deve sempre ser feita individualmente, a fim de
evitar constrangimentos entre entrevistados.
(E) A entrevista é uma técnica de investigação científica fundamental em
intervenções e pesquisas em psicologia.

51
48. Instituto AOCP - EBSERH/HUCAM-UFES – Psicólogo Hospitalar –

7:
:1
2013

14
A Entrevista Psicológica é um instrumento muito utilizado, podendo assumir várias

2
02
finalidades como entrevista de investigação, de diagnóstico e terapêutica. Sobre o

/2
03
desenvolvimento de uma entrevista, assinale a alternativa que apresenta a

4/
sequência correta.

-0
(A) Preparação da entrevista, Rapport, Especificação e Clarificação, Confrontação e

om
l.c
Síntese.

ai
(B) Rapport, Preparação, Confrontação, Diagnóstico.

tm
ho
(C) Rapport, Confrontação, Clarificação, Síntese.
(D) Preparação, Clarificação, Rapport, Confrontação, Diagnóstico.n@
yo
(E) Preparação, Rapport, Confrontação, Clarificação, Síntese.
na
be
lla

49. Instituto AOCP - EBSERH/HU-UFGD
- Psicólogo Hospitalar – 2013


rie
ab

Com relação à Entrevista Psicológica, assinale a 
alternativa correta. 



-g

(A) Sua única finalidade é de investigação. 



2
-7

(B) Não se faz necessário preparar a entrevista, pois ela 
deve ocorrer de forma
02

livre. 

.1
76

(C) É um instrumento que pode ser utilizado em vários 
contextos como hospital e
.6

escola. 

22
-9

(D) A verdadeira Entrevista Psicológica só pode ser do 
tipo não estruturada. 



do

(E) A Entrevista Psicológica só acontece na Psicanálise. 



ru
se
s

50.
ia

Instituto AOCP - EBSERH/HUJM-UFMT 
 - Psicólogo Hospitalar –


r
fa

2013
n
yo

Com relação ao uso da Entrevista Psicológica no contexto hospitalar, assinale a


na

alternativa correta.
be

(A) No contexto hospitalar, a entrevista psicológica é focada nas crises do sujeito ao


lla
ie

longo da vida, desde a infância.


br
ga

(B) A entrevista psicológica é uma técnica de investigação e relacionamento.


(C) É preciso reconhecer os mecanismos transferenciais e contratransferenciais
presentes na relação entrevistador e entrevistado.
(D) As entrevistas podem ser abertas ou fechadas.
(E) A entrevista psicológica em um hospital é utilizada tanto com pacientes
internados quanto com pacientes não internados e de ambulatório.

51. Instituto AOCP - EBSERH/HUSM-UFSM – Psicólogo Hospitalar –

| 147
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

2014
A entrevista psicológica é muito utilizada também na saúde, sendo a entrevista
Inicial um momento crucial para o diagnóstico e o tratamento em saúde mental.
Sobre a postura do psicólogo nas entrevistas, assinale a alternativa correta. 

(A) Não é importante esclarecer ao paciente as questões de sigilo, pois quando ele
se encontra diante do psicólogo, o sigilo e a descrição já estão subentendidos. 

(B) Para um bom resultado no processo terapêutico, apenas o profissional deve

51
trabalhar ativamente. 


7:
:1
(C) O sigilo pode ser rompido no caso de ideias, planos ou atos seriamente auto e

14
heterodestrutivos. 


2
02
(D) A primeira entrevista serve apenas para colher dados de identificação do

/2
03
paciente, como: nome, idade, data de nascimento, naturalidade, procedência,

4/
estado civil etc. 


-0
(E) Durante a(s) primeira(s) entrevista(s), o psicólogo precisa fazer silêncios e

om
pausas prolongados, colaborando para diminuir os níveis de ansiedade do

l.c
ai
paciente. 


tm
ho
52. FGV – Tecnologista em Saúde Pública – FIOCRUZ/2010n@
yo
Assinale a afirmativa que apresenta o conceito psicanalítico de transferência.
na
be

a) A atualização para o sujeito de etapas ultrapassadas do seu desenvolvimento e a


lla

passagem a modos de expressão e de comportamento de nível inferior do ponto de


rie
ab

vista da complexidade, da estruturação e da diferenciação.


-g

b) Um dos modos essenciais do funcionamento dos processos inconscientes que


2

consiste em que uma única representação representa por si só várias cadeias


-7
02

associativas em cuja interseção ela se encontra.


.1
76

c) O processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre determinados


.6

objetos no quadro de um certo tipo de relação estabelecida com eles e,


22
-9

eminentemente, no quadro da relação analítica.


do

d) O conjunto das reações inconscientes do analista relativos à pessoa do


ru

analisando.
se

e) O mecanismo de formação de sintomas que opera na histeria e consiste na


s
ia
r

transposição de um conflito psíquico e numa tentativa de resolvê-lo em termos de


fa
n

sintomas somáticos, motores ou sensitivos.


yo
na
be

53. FGV AL-MT 2013


lla

A entrevista familiar estruturada é um método construído e validado na década


ie
br

de setenta, com o objetivo de levantar questões relativas à dinâmica familiar.
A


ga

esse respeito, analise as afirmativas a seguir.


I. Um dos problemas no uso da entrevista familiar estruturada é a
exigência de um alto grau de verbalização dos sujeitos. 

II. Para a análise do material coletado nas entrevistas, foram 

determinadas 12 categorias de análise. 

III. A entrevista estruturada consiste na proposição de 8 tarefas 
que
devem ser realizadas conjuntamente pelos membros da 
família em

| 148
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

uma sessão. 

Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 

(B) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 

(C) se somente a afirmativa I estiver correta. 

(D) se somente a afirmativa II estiver correta. 

(E) se somente a afirmativa III estiver correta. 


51
7:
:1
54. FGV – FIOCRUZ – 2010

14
O procedimento inicial relativo ao estabelecimento dos horários das sessões

2
02
e sua frequência, à introdução do paciente à regra fundamental da técnica analítica

/2
03
e à definição dos honorários, quando for o caso, é chamado tecnicamente de:

4/
-0
(A) combinações preliminares.

om
(B) contrato terapêutico.


l.c
(C) entrevista preliminar.

ai
tm

(D) consulta inicial.

ho
(E) anamnese diagnóstica.
n@
yo

55.
na

FGV – TJ/AM - 2013


be

Um psicólogo fez o planejamento de um estudo de campo para iniciar um


lla

trabalho com adolescentes, sendo determinada uma mostra de 15 adolescentes do


rie
ab

sexo feminino e 15 adolescentes do sexo masculino. Nesse estudo, foram


-g

planejadas entrevistas iniciais, em que se pedia aos adolescentes que falassem


2
-7

livremente sobre sua experiência com os familiares, escola, amigos, sexualidade,


02

uso de drogas, trabalho, perspectivas futuras e outros temas que julgassem


.1
76

importantes.
.6
22

A esse respeito, assinale a afirmativa correta.


-9

(A) O estudo realizado baseou-se em entrevistas livres.


do

(B) O estudo realizado baseou-se em entrevistas semi-estruturadas.


ru
se

(C) O estudo realizado baseou-se em entrevistas estruturadas.


s

(D) O estudo seguiu um design experimental.


ia
r
fa

(E) O estudo não focou questões importantes para os adolescentes.


n
yo
na

56. FGV – ALBA – 2014


be

Um psicólogo deu início a um processo seletivo, determinando os


lla
ie

conhecimentos, habilidades e aptidões necessárias para o cargo em questão.


br
ga

Posteriormente, selecionou entre os currículos apresentados, aqueles que


atendiam ao perfil desejado, solicitando que os candidatos falassem sobre as
diferentes áreas previamente estabelecidas.
Com base no caso descrito, assinale a opção que indica o método de entrevista
utilizado pelo psicólogo nesse processo seletivo.

(A) Entrevista aberta.

(B) Entrevista por competências.
(C) Entrevista estruturada.


| 149
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(D) Entrevista comportamental.


(E) Entrevista cognitiva.

57. FGV - 2010 - CAERN – Psicólogo


É importante que, no momento da entrevista, o entrevistador esteja em estado
físico e psíquico satisfatório.
A esse respeito, analise as afirmativas abaixo:

51
Preocupações com saúde, família ou trabalho de um dado entrevistador

7:
:1
influenciam seu desempenho na função.

14
PORQUE

2
02
Os componentes psicofisiológicos da percepção têm implicações tanto no

/2
03
comportamento do entrevistador quanto na dinâmica da entrevista.

4/
Com base no texto produzido, é correto afirmar que

-0
a) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.

om
l.c
b) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.

ai
c) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.

tm
ho
d) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
e) as duas afirmações são falsas. n@
yo
na
be
lla
rie
ab
-g

Questões Comentadas e Gabaritadas


2
-7
02

1. FGV – ALBA - 2014


.1
76

A respeito do teste das Matrizes Progressivas de Raven, aplicado em diferentes


.6

situações inclusive as de processos seletivos, analise as afirmativas a seguir.



22
-9

I. O teste de Raven busca avaliar o fator g.


do

II. O teste de Raven é um teste verbal.



ru
se

III. O teste de Raven tem base no referencial teórico de Spearman.


s

Assinale:
ia
r
fa

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.



n
yo

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.



na

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.



be

(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.


lla
ie

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.


br
ga

Gabarito: D
Comentários: O teste de Raven avalia, de fato o Fator G. O Fator G é um fator
quantitativo, comum e presente em todas as funções cognitivas do homem. Raven
chama o Fator G como capacidade de eduzir relações (extrair significado de uma
situação confusa, desenvolver novas compreensões, ir além do que é dado para
perceber o que não é imediatamente óbvio, estabelecer constructos). Nos testes
que medem o Fator G estão envolvidas a percepção, o raciocínio analógico, ou seja,
a edução de relações e a edução de correlatos. Sim, eu falei edução. Vejamos:

| 150
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

O conceito de fator baseia-se no pressuposto lógico de que, se duas capacidades


estão correlacionadas em alguma medida, ambas devem estar na dependência de
um fator comum (que determina a correlação entre elas) e de um fator específico
de cada uma (que determina a diferenciação entre elas). Segundo explica Bernstein
(1961), a correlação entre as capacidades só prova uma relação recíproca e não
necessariamente uma relação causal.
Raven, J., Raven, J. C. e Court (1993) consideram que o fator G é composto da

51
atividade mental edutiva e da reprodutiva:

7:
:1
A atividade mental edutiva envolve a capacidade de extrair um significado de uma

14
situação confusa; desenvolver novas compreensões, ir além do que é dado para

2
02
perceber o que não é imediatamente óbvio; estabelecer constructos (em grande

/2
03
parte não verbais), que facilitam a manipulação de problemas complexos,

4/
envolvendo muitas variáveis mutuamente dependentes. (...) A atividade mental

-0
reprodutiva envolve o domínio, a lembrança e a reprodução de materiais (em

om
grande parte verbal) que formam uma fonte cultural de conhecimentos explícitos,

l.c
ai
verbalizados. (p. G 3).

tm
ho
Spearman concluiu que os testes que medem melhor o fator G são os testes
n@
homogêneos "de raciocínio matemático ou gramatical (de sinônimos, de oposição),
yo
ou de percepção de relações complexas com material visual e, em especial, os de
na

material não verbal, com base em problemas de edução de relações" (Bernstein,


be
lla

1961, p. 17). A partir dessas idéias, Raven construiu o seu teste, que é uma prova
rie

não-verbal, perceptiva e de edução de correlatos.


ab
-g

Fonte: ROSA, Helena Rinaldi. R-2: Teste não-verbal de inteligência para crianças -
2

Pesquisa Piloto com crianças da cidade de São Paulo. Psic [online]. 2003, vol.4, n.2
-7
02

[citado 2015-02-07], pp. 18-25 . Disponível em:


.1

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-
76
.6

73142003000200003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1676-7314.


22

O Raven é um teste verbal e não verbal. Sobre isso:


-9

Para melhor captar a originalidade genética deste fator geral e, assim, evitar
do
ru

influências de elementos culturais e de treinamento, Raven optou por itens de


se

caráter gráfico em vez de verbal para o seu teste, seguindo, nesta elaboração, os
s
ia

princípios da teoria da Gestalt. Assim, todos os itens do teste foram projetados de


r
fa
n

forma que a solução dos mesmos ocorresse dentro da percepção, espacial ou


yo

lógica, de uma configuração (gestalt). A escolha das 36 figuras específicas finais


na
be

para inclusão nas CPM seguiu dois tipos de critérios: critérios teóricos e critérios
lla

psicométricos. Quanto aos critérios teóricos, Raven considerou o seguinte: Cada


ie
br

uma das figuras do Raven Geral representa um problema, cuja solução implica que
ga

o respondente possua um certo nível de desenvolvimento intelectual. Assim, as


figuras seriam escolhidas para as CPM se o problema que elas propunham
apresentasse uma natureza tal que se adequasse à presença, na criança, da
habilidade intelectual requerida para a solução do mesmo. Figuras que
implicassem habilidades ainda não presentes no desenvolvimento da criança (de
cinco a 12 anos) não poderiam entra nas CPM.

| 151
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Fonte: PASQUALI, Luiz; WECHSLER, Solange e BENSUSAN, Edith. Matrizes


Progressivas do Raven Infantil: um estudo de validação para o Brasil. Aval.
psicol. [online]. 2002, vol.1, n.2 [citado 2015-02-07], pp. 95-110 . Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
04712002000200003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 2175-3431 .

2. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013

51
Em relação ao teste das Matrizes Progressivas de Raven, utilizado em processos de

7:
:1
seleção e recrutamento, analise as afirmativas a seguir.

14
I. O teste baseia-se no fator g de Spearman e é livre de influências socioculturais.

2
02
II. O tempo de realização da escala não deve ultrapassar 30 minutos.


/2
03
III. O teste permite avaliar também a capacidade de exatidão e clareza de raciocínio

4/
lógico.

-0
Assinale:

om
l.c
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

ai
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

tm
ho
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. n@
yo
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
na

Gabarito: C
be
lla

Comentários: O Raven é baseado no Fator – G de Spearman, mas não está livre e


rie

fatores sócio culturais! De fato, alguns periódicos trazem a posição da FGV para o
ab
-g

nosso concurso: o Raven sofre BAIXA INFLUÊNCIA cultural. Se está certo ou errado
2

nem discuto, sei que é a posição da FGV (CESPE não entende assim, rs). O tempo
-7
02

médio de aplicação são 30 minutos, mas, perceba, esse não é o limite de tempo!
.1
76
.6

3. FGV - MPMS – Psicólogo - 2012


22
-9

A respeito da influência de Emílio Mira y Lopez em diferentes áreas da psicologia


do

brasileira, assinale a afirmativa incorreta.


ru

(A) Mira y Lopez desenvolveu trabalhos que tiveram grande impacto na seleção
se

profissional.
s
ia
r

(B) Mira y Lopez teve importante atuação na sistematização dos cursos de


fa
n

graduação em psicologia no Brasil.


yo
na

(C) Mira y Lopez criou a revista Arquivos Brasileiros de Psicologia, quando à frente
be

do Instituto de Seleção e Orientação Profissional.


lla

(D) Mira y Lopez foi o criador do teste PMK.


ie
br

(E) Mira y Lopez teve importante atuação na luta pela 
 regulamentação da


ga

profissão de psicólogo no Brasil.


Gabarito: C
Comentários: Essa é para matar. Eu descartaria a A e a D, por serem comuns e
depois iria no uni-duni-tê! Coloquei essa questão para lembrar que Mira y Lopez é o
pai do PMK! E, sim, o PMK voltou dos mortos e está válido desde o ano de 2014.

4. FGV - MPMS – Psicólogo - 2012

| 152
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Sobre o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II), assinale a afirmativa correta.


(A) Não deve ser aplicado a idosos.
(B) Só deve ser aplicado em adolescentes a partir de 15 
anos.
(C) Não é auto-aplicável.
(D) Costuma ser utilizado em pesquisas na área de saúde.
(E) Não pode ser aplicado coletivamente, em virtude do conteúdo dos itens que
podem fazer o sujeito se sentir pressionado.

51
Gabarito: D

7:
:1
Comentários: As escalas Beck estão entre os instrumentos mais utilizados na área

14
da saúde (creio que só percam para o Minimental [que não é teste psicológico]).

2
02
/2
03
5. FGV - MPMS – Psicólogo - 2012

4/
No diagnóstico de crianças com diferentes problemas de aprendizagem, os

-0
manuais sugerem a utilização de instrumentos de avaliação. Entre outros

om
l.c
instrumentos, o WISC III tem sido bastante utilizado.

ai
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

tm
ho
(A) O WISC não deve ser utilizado no caso de avaliação 
neuro-psicológica.
(B) A maioria das escalas do WISC são de execução 
verbal. n@
yo
(C) As dificuldades de aplicação do WISC podem ser contornadas pela aplicação
na
be

coletiva das escalas.


lla

(D) O resultado final do WISC é proporcionado pelos Quocientes de Inteligência


rie

Verbal (QIV) e de Execução (QIE);


ab
-g

(E) As formas reduzidas de aplicação, para obtenção de resultados em forma


2

estimada, estão baseadas no uso de um menor número de subtestes.


-7
02

Gabarito: E
.1
76

Comentários: A obtenção do QI total no Wisc dá-se pela some a de alguns dos


.6

subtestes e não te todos! Lembre-se que não temos escalas de execução verbal, mas
22

escalas verbais e escalas de execução!


-9
do
ru

6. FGV - MPMS – Psicólogo - 2012


se
s

O Inventário de Sintomas de stress para Adultos de Lipp - Kit procura avaliar o


ia
r

impacto do stress sobre os indivíduos. A esse respeito, assinale a afirmativa


fa
n

incorreta.
yo
na

(A) O inventário pode ser aplicado a crianças com mais de dez anos apesar de ter
be

sido formulado para aplicação em adultos.


lla

(B) A construção do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISS) baseou-se


ie
br

no modelo trifásico desenvolvido por Selye.


ga

(C) A fase de quase–exaustão foi detectada durante a padronização do Inventário, o


que teve efeitos sobre o Inventário.
(D) As doenças como enfarte, úlceras, psoríase ou depressão aparecem, com
frequência, na fase de exaustão.
(E) O Inventário de Sintomas de Stress para Adultos avalia o impacto de sintomas
psíquicos e somáticos.
Gabarito: A

| 153
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Comentários: Não conheço o inventário, mas se foi validado para adultos, nada de
aplicar em crianças!

7. FGV - AL-MT – Psicologia - 2013


O inventário de depressão de Beck tem sido muito utilizado na prática clínica, seja
em pacientes psiquiátricos ou na população em geral. A esse respeito, assinale a
afirmativa correta.

51
(A) O inventário de depressão de Beck é uma escala de autoaplicação composta de

7:
:1
25 itens.

14
(B) Os itens do inventário de depressão de Beck referem-se a manifestações

2
02
comportamentais e cognitivas.

/2
03
(C) O trabalho de Beck trouxe importantes contribuições para o desenvolvimento

4/
de pesquisas sobre depressão.

-0
(D) O inventário de Beck indica níveis decrescentes de depressão em que as

om
l.c
alternativas têm sempre 4 possibilidades de resposta.

ai
(E) O inventário de depressão de Beck tem seu uso limitado à população adulta.

tm
ho
Gabarito: C
n@
Comentários: São 21 itens orientados, prioritariamente, para a questão emocional.
yo
É aplicado em adolescentes, adultos e idosos. Ele indica níveis crescentes de
na

depressão.
be
lla
rie

8. FGV - AL-MT – Psicologia - 2013


ab
-g

A Escala Wais III tem sido um apoio para o trabalho de avaliação em diferentes
2

áreas.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.


-7
02

(A) No Wais-III, a escala verbal inclui 8 subtestes.


.1
76

(B) A escala de execução inclui 8 subtestes.


.6

(C) A padronização do Wais-III no Brasil foi realizada com uma 
 amostra de


22
-9

conveniência.
do

(D) O Wais-III não tem sido utilizado entre as baterias 
neuropsicológicas mais
ru

comuns.
se
s

(E) A aplicabilidade do Wais-III mostra-se adequada, mesmo em 
 casos de


ia
r
fa

limitação intelectual muito severa.


n

Gabarito: Anulada
yo
na

Comentários: Não encontrei o motivo da anulação no site da Banca.


be
lla

9.
ie

FGV - AL-MT – Psicologia - 2013


br

Sobre o TAT , teste temático bastante utilizado em processos diagnósticos, assinale


ga

a afirmativa correta.
(A) A escolha das pranchas do TAT não varia segundo o sexo e a idade do
examinando.
(B) Das 30 pranchas que compõem o teste, o examinador deve selecionar um total
de 15 pranchas. Dez são iguais, sendo chamadas universais, e 5 variam de acordo
com a problemática do examinando.
(C) Não se costuma utilizar formas abreviadas do TAT.

| 154
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(D) O herói tem a ver com o personagem central da história com 
 o qual o
examinando se identifica.
(E) O TAT é um teste temático baseado no conceito de projeção.
Gabarito: E
Comentários: O TAT é um teste projetivo. Sua aplicação varia de acordo com o sexo
e a idade do avaliado. É um teste de aplicação individual, com 30 pranchas, 11
universais e 9 que variam de acordo com o avaliado (sexo e idade). Existem as

51
formas completa, abreviada e reduzida de aplicação do TAT (essas formas são

7:
:1
citadas, mas não descritas, no livro Psicodiagnóstico V, página 260). O herói nem

14
sempre é o personagem central da história e nem sempre é alguém com quem o

2
02
examinando se identifica.

/2
03
Mas Alyson, o teste não é atemático? Nunca!!! O nome é Teste de Apercepção

4/
Temática! Além disso, ele mede a percepção! O “A” na frente do verbete

-0
“percepção” não é tem a função negativa de indicar “falta”. Cuidado!

om
l.c
ai
10. FGV - AL-MT – Psicologia - 2013

tm
ho
Quando é necessário utilizar testes para avaliação de pacientes em maior escala,
n@
um dos fatores de dificuldade é o tempo necessário à sua aplicação. 
 A esse
yo
respeito, analise as afirmativas a seguir.
na

I. O tempo necessário para a aplicação de uma bateria pode ter influência negativa
be
lla

sobre os resultados, tanto pela fadiga quanto pela diminuição da motivação e da


rie

atenção.
ab
-g

II. As formas abreviadas das escalas, como no caso da forma abreviada do WAIS-III,
2

são alternativas para aplicação do teste completo e seu uso é particularmente


-7
02

interessante no caso de rastreio de pesquisas.


.1

III. O método de uso das formas abreviadas consiste na redução do número de


76
.6

escalas.
22

Assinale:

-9
do

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.



ru

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.



se

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.



s
ia
r

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.


fa
n

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.


yo
na

Gabarito: D
be

Comentários: Para aplicarmos a forma abreviada, usamos o Wasi (versão


lla

reduzida), que é outro teste!


ie
br
ga

11. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


A respeito do método Zulliger, teste bastante utilizado em processos seletivos,
assinale a afirmativa correta.
(A) Nesse método, as determinantes de resposta são forma, movimento e cor.
(B) Nesse método, a aplicação individual inclui as instruções, a aplicação
propriamente dita e o inquérito.
(C) Nesse método, pessoas com menos de quatro respostas com conteúdos

| 155
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

diversificados tendem a ser estereotipadas e inflexíveis.


(D) Nesse método, as respostas de movimento humano estão associadas à
criatividade.
(E) Nesse método, as respostas de cor pura indicam incapacidade de controle
emocional.
Gabarito: D
Comentários: Atenção! Questão bem elaborada, mas maligna! Veja o nível de

51
profundidade:

7:
:1
A somatória de respostas de movimento humano (M) se correlacionou

14
negativamente com Competência na Especialização (CE). A presença de movimento

2
02
humano implica algum tipo de projeção, e pressupõe uma criação, uma vez que é o

/2
03
único determinante que não existe nas pranchas, ou seja, há uma criação mental de

4/
características que são atribuídas ao campo de estímulo. As respostas de

-0
movimento humano estão relacionadas, entre outras, à imaginação, campo de

om
relacionamentos interpessoais, autoconceito e atividade ideacional deliberada. O

l.c
ai
item avaliado no desempenho pode estar considerando que se está valorizando os

tm
ho
pensamentos concretos e práticos em detrimento daqueles mais fantasiosos e
n@
criativos ao demonstrar competência no exercício das atribuições que são
yo
conferidas ao funcionário, nessa área de especialização, onde talvez a competência
na

prática e técnica contem mais que a imaginação e criatividade.


be
lla

Fonte: FERREIRA, Marcia Eloisa Avona and VILLEMOR-AMARAL, Anna Elisa de. O
rie

teste de Zulliger e avaliação de desempenho.Paidéia (Ribeirão Preto) [online]. 2005,


ab
-g

vol.15, n.32 [cited 2014-10-09], pp. 367-376 . Available from:


2

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
-7
02

863X2005000300006&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0103-


.1

863X. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-863X2005000300006.
76
.6
22

12.
-9

FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


do

Na escolha dos instrumentos psicológicos a serem aplicados, uma série de aspectos


ru

devem ser considerados:


se

I. o coeficiente de fidedignidade diz respeito a duas mensurações similares de um


s
ia
r

mesmo traço, com a utilização desse instrumento ou de instrumentos equivalentes.


fa
n

II. a validade de um teste diz respeito à possibilidade do teste medir exatamente o


yo
na

que o teste pretende medir.


be

III. a fidedignidade pode ser de construto ou de consistência.


lla

Assinale:
ie
br

(A) se somente o aspecto I estiver correto.


ga

(B) se somente o aspecto II estiver correto.


(C) se somente o aspecto III estiver correto.
(D) se somente os aspectos I e II estiverem corretos.
(E) se todos os aspectos estiverem corretos.
Gabarito: D
Comentários: O estudo do construto ou da consistência tem relação com a
validade e não com a fidedignidade.

| 156
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

13. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


A Baterial Fatorial de Personalidade é um instrumento aprovado pelo CPF que
avalia a personalidade, sendo utilizado em numerosos contextos.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
(A) A Baterial Fatorial de Personalidade é constituída por 4 dimensões.
(B) Um dos pontos importantes da Baterial Fatorial de Personalidade é o fato de ter

51
sido construída no Brasil.

7:
:1
(C) A dimensão de sociabilidade inclui a amabilidade e a confiança nas pessoas.

14
(D) A dimensão de realização inclui a competência e o comprometimento.

2
02
(E) A dimensão de extroversão inclui a comunicação, o dinamismo e as interações

/2
03
sociais.

4/
Gabarito: Anulada

-0
Comentários: A FGV é linda quando quer maltratar nas questões. Primeiro que

om
l.c
escreve errado. Não é Baterial, mas Bateria! São 5 dimensões. Foi criada em outros

ai
países e desenvolvida no Brasil. A letras C, D e E estão incompletas.

tm
ho
De acordo com o site que vende o teste (Casa do Psicólogo), a Bateria
n@
Fatorial de Personalidade – BFP é um instrumento psicológico construído para a
yo
avaliação da personalidade a partir do modelo dos Cinco Grandes Fatores (CGF),
na

que inclui as seguintes dimensões: Neuroticismo (N1 –Vulnerabilidade; N2 –


be
lla

Instabilidade emocional; N3 – Passividade / Falta de Energia; N4 – Depressão),


rie

Extroversão (E1 – Comunicação; E2 – Altivez; E3 – Dinamismo; E4 – Interações


ab
-g

Sociais), Socialização (S1 – Amabilidade; S2 – Pró-­sociabilidade; S3 – Confiança


2

nas pessoas), Realização (R1 – Competência; R2 – Ponderação / Prudência; R3 –


-7
02

Empenho / Comprometimento), Abertura (A1 – Abertura a ideias; A2 – Liberalismo;


.1

A3 – Busca por novidades).


76
.6
22

14.
-9

FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


do

A respeito do teste das Matrizes Progressivas de Raven, aplicado em diferentes


ru

situações inclusive as de processos seletivos, analise as afirmativas a seguir.



se

I. O teste de Raven busca avaliar o fator g.


s
ia
r

II. O teste de Raven é um teste verbal.



fa
n

III. O teste de Raven tem base no referencial teórico de Spearman.


yo
na

Assinale:
be

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.



lla

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.



ie
br

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.



ga

(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.


(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: D
Comentários: O Raven é um teste não-verbal.

15. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


O Inventário Fatorial de Personalidade (IVPII) é um instrumento que pode auxiliar

| 157
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

nos processos de recrutamento e seleção, a partir da avaliação dos motivos ou


necessidades que determinam o comportamento dos indivíduos. A esse
respeito, assinale a afirmativa correta.

(A) O (IVPII) é constituído por 10 itens.

(B) Os fatores afago e heterossexualidade foram retirados da relação de itens
compreendidos no Inventário Fatorial de Personalidade (IVPII).

(C) O fator intracepção diz respeito à tendência a atuarem função de sentimentos

51
ou inclinações difusas.

7:
:1
(D) O Inventário Fatorial de Personalidade(IVPII) não tem uma padronização para o

14
Brasil.


2
02
(E) Os blocos de apuração de respostas não são diferenciados segundo o sexo do

/2
03
sujeito.

4/
Gabarito: C

-0
Comentários: O Inventario Fatorial de Personalidade tem ao todo 155 itens; 135

om
correspondentes às 15 variáveis da personalidade e 20 correspondentes às escalas

l.c
ai
de desejabilidade social e validade, indicado para avaliação de características de

tm
ho
personalidade normal.
Eis a descrição dos fatores avaliados: n@
yo
ASSISTÊNCIA (Ass): grandes desejos e sentimentos de piedade, compaixão e
na

ternura, pelos quais o sujeito deseja dar simpatia e gratificar as necessidades de um


be
lla

sujeito indefeso, defendê-lo no apego, dar-lhe suporte emocional e consolo na


rie

tristeza, doença e outros infortúnios.


ab
-g

INTRACEPÇÃO (I) : altos escores é intraceptivo, isto é , ele se deixa conduzir por
2

sentimentos e inclinações difusas; é dominado pela procura da felicidade, pela


-7
02

fantasia e imaginação. Num estágio mais elevado o sujeito procura conceitualizar


.1

os fatos de sua vida interior e fazer julgamentos às vezes sem dar muita atenção aos
76
.6

fatos concretos. Dessa maneira, ele julga os outros por suas reais ou supostas
22

intenções, não tanto pelos atos em si, tomando de imediato uma atitude de afeto
-9

ou rejeição. Adjetivos que o definem : subjetivo, imaginativo, pessoal nos


do
ru

julgamentos, pouco prático, metafísico, parcial em suas opiniões, caloroso e


se

apaixonado, sensitivo, egocêntrico, individualista, dedutivo, intuitivo nas


s
ia

observações, artístico e religioso, idealista e de pensar filosófico penetrante.


r
fa

AFAGO (Af): busca de apoio e proteção. O sujeito espera ter seus desejos satisfeitos
n
yo

por alguma pessoa querida e amiga; deseja ser afagado , apoiado, protegido,
na
be

amado , orientado, perdoado e consolado. Precisa constantemente de alguém que


lla

o entende e proteja . Sofre de sentimentos e ansiedade de abandono, insegurança


ie
br

e desespero.
ga

DEFERÊNCIA (Def) : respeito, admiração e reverência. O desejo de admirar e dar


suporte a um superior; gostam de elogiar e honrar os superiores, bem como imitá-
los e obedecê- los.
AFILIAÇÃO (Afl): dar e receber afeto de amigos. Pessoas caracterizadas pela
confiança, boa vontade e amor. Gostam de se apegar e ser leais aos amigos.
DOMINÂNCIA (Do) : sentimentos de autoconfiança e o desejo de controlar os
outros, influenciar ou dirigir o comportamento deles através de sugestão, sedução,
persuasão ou comando.

| 158
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

DENEGAÇÃO (Den) : indivíduo que se entrega à resignação , abulia. Desejo ou


tendência de se submeter passivamente à força externa ; aceitar desaforo, castigo
e culpa; resignar-se ao destino, admitir inferioridade , erro e fracasso; confessar
erros e desejo de autodestruição, dor, castigo, doença e desgraça.
DESEMPENHO (Des) : ambição e empenho. Desejo de realizar algo difícil, como
dominar, manipular e organizar coisas independentemente e com a maior rapidez
possível, sobressair , vencer obstáculos e manter altos padrões de realização.

51
EXIBIÇÃO (Ex): a vaidade. Desejo de impressionar, ser ouvido e visto. Tal sujeito

7:
:1
gosta de fascinar as pessoas, exercer fascínio e mesmo chocá-las; gosta de

14
dramatizar as coisas para impressionar e entreter.

2
02
AGRESSÃO (Ag): a vaidade, a irritação e o ódio. Esse fator expressa o desejo de

/2
superar com vigor a oposição. Esses sujeitos gostam de lutar, brigar, atacar e

03
4/
injuriar os outros; gostam de fazer oposição, censurar e ridicularizar os outros.

-0
ORDEM (O): tendência de pôr todas as coisas em ordem, manter limpeza,

om
organização, equilíbrio e precisão.

l.c
ai
PERSISTÊNCIA (Pers) : tendência de levar a cabo qualquer trabalho iniciado por

tm
mais difícil que possa parecer. Ele vive obcecado por ver o resultado final de um

ho
n@
trabalho, esquecendo o tempo e o repouso necessário, resultando, em queixas de
yo
pouco tempo, de cansaço e preocupações.
na

MUDANÇA (M): desligar-se de tudo que é rotineiro e fixo. Pessoas que gostam de
be
lla

novidade, aventura, não ter nenhuma ligação permanente em lugares, objetos ou


rie

pessoas. Gostam de coisas novas, novidades, mudar de hábitos, lugares, comidas e


ab

coisas, em geral novas e diferentes.


-g

AUTONOMIA (Aut): sentir-se livre, sair do confinamento, resistir à coerção e à


2
-7
02

oposição. Não gostam de executar tarefas impostas pela autoridade, pois gostam
.1

de agir independente e livremente, seguindo seus impulsos. Desafiam qualquer


76
.6

convenção.
22
-9

16. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


do
ru

A Escala de Ansiedade de Beck é um instrumento aplicado tanto na clínica quanto


se

em pesquisas.
A respeito da escala de Beck, assinale a afirmativa correta.


s
ia

(A) Não deve ser aplicada coletivamente.


r
fa
n

(B) Os resultados dessa escala são transformados em três scores – a ansiedade leve,
yo

a ansiedade moderada e a ansiedade severa.


na
be

(C) Essa escala é contraindicada na hipótese diagnóstica de TOC.


lla

(D) Essa escala é um instrumento de auto-aplicação.


ie
br

(E) O formulário dessa escala é um questionário de múltipla 
escolha com 25 itens.


ga

Gabarito: D
Comentários: Todas as Escalas Beck são autoaplicáveis.

17. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


A respeito da Escala Weschler de Inteligência para Adultos (WAIS), um dos testes mais
utilizados para medir fatores de inteligência, assinale a afirmativa correta.

(A) O WAIS não está padronizado para o Brasil.

| 159
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(B) O WAIS é comporto de um QI verbal e de um QI de execução.


(C) O QI verbal é composto pelos itens informação, compreensão, aritmética e
semelhanças.

(D) O QI de execução é composto pelos itens completar figuras, cubos e armar
objetos.

(E) A análise do WAIS inclui a análise das discrepâncias entre os resultados globais
e os resultados dos sub-testes.

51
Gabarito: E

7:
:1
Comentários: O WAIS está padronizado no Brasil e a “C” e a “D” estão incompletas.

14
O gabarito definitivo dessa questão fala da letra E como correta. Discordo. Não há

2
02
análise de discrepâncias entre os resultados globais e os subtestes, pois o valor

/2
03
global é alcançado justamente com a soma dos resultados dos subtestes!

4/
Porém, a B, apesar do erro de português, está correta!

-0
Veja: A aproximação feita entre as escalas Wechsler e as teorias da

om
inteligência também propõe uma estrutura hierárquica, na qual o escore do QI Total

l.c
ai
avalia o nível geral do funcionamento intelectual. Esse é subdividido em duas

tm
ho
escalas: o QI Verbal, que avalia os processos verbais e de conhecimento adquirido,
n@
tendo uma maior semelhança com o conceito de inteligência cristalizada, e o QI de
yo
Execução, que mede a organização perceptual, capacidade de manipular estímulos
na

visuais com rapidez e velocidade, e outros processos não verbais, assumindo maior
be
lla

proximidade com o conceito de inteligência fluida (Kaufman, 1979, citado por


rie

Nascimento & Figueiredo, 2002).


ab
-g

Fonte: YATES, Denise Balem et al. Apresentação da Escala de Inteligência Wechsler


2

abreviada: (WASI). Aval. psicol. [online]. 2006, vol.5, n.2 [citado 2014-08-16], pp. 227-
-7
02

233 . Disponível em:


.1

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
76
.6

04712006000200012&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 2175-3431 .


22
-9

18.
do

VUNESP – Prefeitura de Suzano – Psicólogo – 2019


ru

Usualmente, um profissional que está encarregado de realizar uma avaliação


se

neuropsicológica utiliza como recurso uma bateria neuropsicológica básica. Uma


s
ia
r

das características que essa bateria de avaliação neuropsicológica deve ter é a de


fa
n

(A) permitir a exploração das funções básicas do funcionamento cognitivo,


yo
na

resultantes da atividade do sistema nervoso central.


be

(B) ter critérios de avaliação bastante flexíveis, uma vez que nesse tipo de avaliação
lla

a quantificação de resultados não é desejável.


ie
br

(C) utilizar o maior número de materiais, recursos e aparatos possíveis, para dar
ga

conta da complexidade das funções que serão analisadas.


(D) apresentar instruções verbais bem detalhadas, para garantir que o desempenho
atingido nas provas reflita a real possibilidade do indivíduo avaliado.
(E) identificar os fatores socioculturais e educacionais que auxiliam ou
comprometem o desempenho das funções cognitivas.
Gabarito: A

| 160
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Comentários: O fundamento de uma bateria neuropsicológica é que ela avalie as


funções cognitivas superiores. A avaliação psicológica estuda a relação dessas
funções como expressão do sistema nervoso central.

19. VUNESP – Prefeitura de Suzano – Psicólogo – 2019


Durante a realização do exame do estado mental, um profissional constatou que
uma mulher descreveu eventos extraordinariamente dolorosos de sua vida sem o

51
mínimo de comoção. Nesse caso, identificou-se, por meio dessa avaliação,

7:
:1
(A) uma desorganização do pensamento.

14
(B) um isolamento do afeto.

2
02
(C) uma ansiedade antecipatória.

/2
03
(D) uma labilidade do humor.

4/
(E) um lapso de linguagem.

-0
Gabarito: B

om
l.c
Comentários: Ela estava demonstrando o que antigamente chamávamos de

ai
embotamento afetivo. Essa frieza consiste na incapacidade de vivenciar um afeto

tm
ho
coerente com os fatos narrados.
n@
yo
20. VUNESP – Prefeitura de Suzano – Psicólogo – 2019
na
be

Uma psicóloga atua em uma equipe multiprofissional formada por enfermeiros,


lla

médicos, educadores e assistentes sociais. Foi solicitada, pelos profissionais de sua


rie

equipe, a elaboração de um laudo psicológico sobre a condição psicológica atual


ab
-g

de um paciente por eles atendido, para a reavaliação de seu projeto terapêutico.


2

Nesse caso,
-7
02

(A) um laudo psicológico deve ser elaborado para atender às demandas de cada um
.1
76

dos profissionais da equipe.


.6

(B) o laudo psicológico deve ser encaminhado ao coordenador da equipe, para que
22
-9

este garanta o sigilo das informações do documento.


do

(C) o laudo psicológico ou as informações decorrentes da avaliação realizada


ru

podem compor um documento único.


se

(D) o laudo psicológico não pode ser elaborado, porque os dados contidos nesse
s
ia
r

documento são para o conhecimento exclusivo de psicólogos.


fa
n

(E) o laudo psicológico deve conter a descrição da demanda e os dados levantados


yo
na

no processo, pois as conclusões sobre o material cabem à equipe.


be

Gabarito: C
lla

Comentários: Coerente com a atual Resolução n 6 de 2019, anterior à prova,


ie
br

teríamos a figura do Relatório Multiprofissional.


ga

21. VUNESP – Prefeitura de Suzano – Psicólogo – 2019


Para avaliar o potencial de uma criança de dez anos, com relação ao uso e
compreensão da linguagem, um dos testes psicológicos disponíveis é a Weschler
Intelligence Scale for Children - WISC IV. O índice que avalia esse aspecto no
instrumento é o de Compreensão Verbal - CV. Os subtestes que compõem o índice
de CV são:

| 161
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(A) Dígitos, Sequência de Números e Letras e Labirintos.


(B) Arranjo de Figuras, Códigos e Informação.
(C) Raciocínio Matricial, Conceito de Figuras e Procurar Símbolos.
(D) Semelhanças, Compreensão e Vocabulário.
(E) Raciocínio com Palavras, Cancelamento e Cubos.
Gabarito: D
Comentários: O ICV avalia a habilidade linguística de expressão verbal e de

51
capacidade de raciocinar com palavras por meio dos subtestes de Vocabulário,

7:
:1
Compreensão, Semelhanças, Raciocínio com Palavras e Informação, sendo os dois

14
últimos suplementares.

2
02
/2
22.

03
VUNESP – Prefeitura de Cerquilho – Psicólogo – 2019

4/
Durante a realização de uma observação lúdica em um processo psicodiagnóstico,

-0
conduzido segundo uma abordagem psicanalítica, é

om
l.c
(A) fundamental interpretar os conteúdos trazidos pela criança, para diluir as suas

ai
defesas e permitir a livre expressão dos conflitos que motivaram o diagnóstico.

tm
ho
(B) conveniente poupar a criança de um conhecimento sobre as demandas trazidas
n@
pelos pais para justificar sua avaliação, para que ela possa apresentar suas próprias
yo
queixas.
na

(C) importante que o psicólogo não interfira, de forma alguma, no jogo elaborado e
be
lla

conduzido pela criança, mesmo diante de uma solicitação direta.


rie

(D) necessário que a criança brinque como desejar, sem que lhe sejam apresentados
ab
-g

quaisquer tipos de regras ou informações sobre o espaço e o tempo disponíveis.


2

(E) dispensável a utilização de uma caixa lúdica exclusiva para cada criança, uma
-7
02

vez que qualquer brinquedo oferece possibilidades lúdicas projetivas para o


.1

diagnóstico.
76
.6

Gabarito: E
22

Comentários: A criança projeta até com um jogo de rabisco, com qualquer


-9

brinquedo. Não precisa de uma caixa lúdica obrigatoriamente. Qual o erro das
do
ru

outras? Interpretar é necessário, mas isso NÃO dilui as defesas da criança ou


se

permite a livre expressão dos conflitos que motivaram o diagnóstico. A criança pode
s
ia

ser informada sobre o motivo de estar sendo avaliada. Mesmo sendo criança, temos
r
fa

o enquadre.
n
yo
na
be

23. VUNESP – Prefeitura de Cerquilho – Psicólogo – 2019


lla

Em relação à etapa devolutiva de um processo psicodiagnóstico, é importante


ie
br

destacar que
ga

(A) somente o solicitante do psicodiagnóstico, seja ele quem for, terá acesso a todos
os dados levantados sobre a pessoa avaliada durante o processo de avaliação.
(B) uma devolução voltada ao ambiente escolar precisa contemplar,
necessariamente, todos os dados sobre o histórico de vida da família e da criança
avaliada.

| 162
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(C) nem todas as informações resultantes do psicodiagnóstico devem ser


comunicadas a todas as pessoas contempladas com a devolução dos dados do
processo.
(D) no caso de crianças, adolescentes ou adultos dependentes, as impressões
diagnósticas e a proposta para intervenção só precisam ser apresentadas aos
responsáveis.
(E) as indicações terapêuticas e encaminhamentos feitos pelo profissional que

51
realizou o psicodiagnóstico devem se limitar à área de atuação psicológica.

7:
:1
Gabarito: C

14
Comentários: Terão acesso ao resultado do psicodiagnóstico os demandantes e os

2
02
legalmente constituídos para tal ato. Além disso, o que é compartilhado está no

/2
laudo. Não são compartilhados todos os dados levantados!

03
4/
-0
24. VUNESP – Prefeitura de Cerquilho – Psicólogo – 2019

om
l.c
Durante a realização de um processo psicodiagnóstico com um adolescente, a

ai
entrevista de anamnese

tm
ho
(A) é desnecessária, quando a demanda pelo processo é do próprio adolescente.
n@
(B) precisa, necessariamente, ser realizada com o adolescente, que é a pessoa
yo
avaliada.
na

(C) é realizada com os pais, pois eles são os únicos que conhecem a história de vida
be
lla

do jovem.
rie

(D) deve ser realizada após a testagem psicológica, para confirmar os dados
ab
-g

levantados.
2

(E) pode ser realizada com o jovem, com os pais, ou com ambos, em momentos
-7
02

diferentes.
.1

Gabarito: E
76
.6

Comentários: A entrevista de anamnese é necessária. É realizada com os


22

responsáveis e/ou com o adolescente (sempre em momentos diferentes). É feita


-9

antes da testagem psicológica.


do
ru
se

25. VUNESP – Prefeitura de Cerquilho – Psicólogo – 2019


s
ia
r

Uma criança do sexo feminino, com seis anos, foi submetida à Técnica de
fa
n

Apercepção Temática Infantil com figuras de animais. Para a primeira prancha, a


yo
na

criança apresentou a seguinte história: “Três passarinhos queriam comer a comida


be

em uma mesa, mas não sabiam pôr no prato(...). Uma galinha chegou e ficou vendo
lla

eles(...) ela ficou parada olhando eles comer. O psicólogo questionou o que
ie
br

aconteceu a seguir. A criança respondeu: “Ficou olhando eles comer. Começaram a


ga

comer e a galinha ficou só olhando”. Do ponto de vista diagnóstico, esse relato indica
(A) falta de iniciativa devido à extrema dependência em relação à figura materna.
(B) necessidade acentuada de reconhecimento e atenção por parte da figura
materna.
(C) sentimentos de onipotência e autossuficiência, indicando forte integridade
egoica.

| 163
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

(D) percepção de falta de apoio do ambiente e tentativa de lidar com os conflitos


sozinho.
(E) fragmentação psíquica devido à percepção de elementos destrutivos no
ambiente.
Gabarito: D
Comentários: A primeira prancha é universal e tem o nome “o menino e o violino”.
Segundo o manual: frequentemente o discurso reflete, ainda, a atitude do indivíduo

51
frente à situação de teste. Por ser o primeiro estímulo a ser apresentado, dá margem

7:
:1
à investigação da capacidade de adaptação do sujeito a uma nova situação.

14
A sensação que a questão passa está próximo da letra D. Um desamparo.

2
02
/2
26.

03
CESPE – STJ – Psicólogo – 2018

4/
A respeito de avaliação psicológica e dos instrumentos de avaliação, julgue os itens

-0
seguintes.

om
l.c
Considerando-se os limites da avaliação psicológica e o comportamento humano,

ai
resultado de uma complexa teia de dimensões inter-relacionadas que interagem

tm
ho
para produzi-lo, as avaliações psicológicas têm um limite em relação ao que é
n@
possível entender e prever, mesmo baseando-se em métodos cientificamente
yo
comprovados.
na

( ) Certo ( ) Errado
be
lla

Gabarito: C
rie

Comentários: O contexto da avaliação psicológica é complexo e inabarcável em sua


ab
-g

integralidade. Ademais, mesmo com toda a ciência que temos, devemos reconhecer
2

o limite em relação ao que é possível entender e prever.


-7
02
.1

27.
76

CESPE – STJ – Psicólogo – 2018


.6

Os testes psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de


22
-9

características psicológicas e psiquiátricas que constituem um método ou técnica


do

de uso privativo do psicólogo.


ru

( ) Certo ( ) Errado
se

Gabarito: E
s
ia
r

Comentários: Avaliação psiquiátrica não. Só psicológica. O correto seria:


fa
n

Os testes psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de


yo
na

características psicológicas e psiquiátricas que constituem um método ou técnica


be

de uso privativo do psicólogo.


lla
ie
br

28. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


ga

Julgue os itens que se seguem, acerca da avaliação psicológica.


A avaliação psicológica e a testagem psicológica são processos similares, pois
consistem na aplicação de testes psicológicos de diferentes tipos para diagnóstico
de características comportamentais.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

| 164
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Comentários: Seja na concepção de Cunha, seja na de Hutz, a avaliação psicológica


e a testagem psicológica são processos reconhecidamente diferentes. Apesar de
Hutz defender que a testagem psicológica pode ser entendida como algo mais
amplo, definitivamente a assertiva limita, numa ou noutra concepção, a avaliação
psicológica ou a testagem psicológica à mera aplicação de bateria de testes.

29. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018

51
A escolha de instrumentos ou estratégias mais adequadas para a realização da

7:
:1
avaliação psicológica é determinada a partir da coleta de informações por meio, por

14
exemplo, da aplicação de entrevistas, dinâmicas e observações, as quais são

2
02
realizadas pelo psicólogo.

/2
03
( ) Certo ( ) Errado

4/
Gabarito: E

-0
Comentários: O que eles estão chamando de coleta de informações (entrevista,

om
l.c
dinâmicas e observações), já fazem parte das “estratégias” para a realização da

ai
avaliação psicológica.

tm
ho
Assim, temos um paradoxo aqui. Não faz sentido usar essas estratégias para
se selecionarem! n@
yo
na

30.
be

CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


lla

Os psicólogos aplicam avaliações psicológicas para compreender o funcionamento


rie

psicológico das pessoas e as suas implicações com relação a como elas irão
ab
-g

desempenhar uma dada atividade, analisando, por exemplo, a qualidade das suas
2

interações interpessoais.
-7
02

( ) Certo ( ) Errado
.1
76

Gabarito: C
.6

Comentários: No campo organizacional essa assertiva procede e no campo clínico


22
-9

também. A função de avaliação do presente e a possível predição estão claras na


do

frase: para compreender o funcionamento psicológico das pessoas e as suas


ru

implicações com relação a como elas irão desempenhar uma dada atividade.
se
s
ia
r

31.
fa

CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


n

Profissionais de diferentes áreas podem atuar com avaliação psicológica, desde que
yo
na

possuam conhecimentos da área de psicometria para julgar as questões de


be

validade, precisão e normas dos testes psicológicos.


lla

( ) Certo ( ) Errado
ie
br

Gabarito: E
ga

Comentários: Desde que sejam psicólogos com CRP ativo.

32. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


Diferentemente da psicoterapia, o psicodiagnóstico prevê a checagem de seus
resultados como etapa de validação do corpo de conhecimentos e técnicas
aplicados no contexto da avaliação psicológica.
( ) Certo ( ) Errado

| 165
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Gabarito: E
Comentários: A psicoterapia e o psicodiagnóstico DEVEM checar seus resultados!

33. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


A classificação das características psicológicas e o devido enquadramento do
indivíduo nas taxonomias de psicodiagnóstico permitem a explicação do
comportamento humano sob aspectos gerais, relacionado ao agir social, e

51
específicos, que diz respeito ao agir privado.

7:
:1
( ) Certo ( ) Errado

14
Gabarito: E

2
02
Comentários: Se estamos classificando, estamos tirando do geral (e inespecífico) e

/2
03
colocando no específico. Não podemos falar, portanto, em classificação aspectos

4/
gerais quando ao agir social, e específicos quanto ao agir privado.

-0
Não confunda aspectos gerais e específicos com agir social e privado.

om
l.c
ai
34.

tm
CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018

ho
Um dos riscos na atividade de psicodiagnóstico é a fragmentação em dimensões —
n@
biológica, psicológica, sociológica etc. —, o que contribui para a instabilidade, o
yo
reducionismo e a heterogeneidade da prática profissional.
na
be

( ) Certo ( ) Errado
lla

Gabarito: C
rie

Comentários: É o risco da cristalização e da estigmatização.


ab
-g
2

35.
-7

CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019


02

Em uma instituição pública, foi solicitado aos psicólogos que fizessem a avaliação
.1
76

de um servidor, tendo em vista o alto grau de estresse apresentado por ele, após a
.6

reformulação do método de trabalho ali implantado. De acordo com seus colegas


22
-9

de trabalho, esse servidor estaria apresentando comportamentos estranhos.


do

A partir da situação hipotética apresentada, julgue os itens a seguir.


ru

É desaconselhável aplicar, no caso desse servidor, testes embasados em métodos


se
s

de autoexpressão, que, por facilitarem manipulação de respostas, comprometem a


ia
r
fa

confiabilidade dos dados obtidos.


n

( ) Certo ( ) Errado
yo
na

Gabarito: E
be

Comentários: Anote o seguinte: todo teste expressivo é um teste de auto-


lla

expressão. Testes expressivos permitem a manipulação física das respostas e isso


ie
br

ajuda no decorrer dos seus processos projetivos. Isso não compromete a


ga

confiabilidade de seus resultados.

36. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019


No contexto clínico apresentado, os testes aplicados não perderiam sua
confiabilidade, ainda que o profissional já conhecesse esse paciente e sua dinâmica
de funcionamento psíquico.
( ) Certo ( ) Errado

| 166
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Gabarito: C
Comentários: A confiabilidade não é influenciada pelo conhecimento prévio desse
paciente e sua dinâmica de funcionamento psíquico.

37. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019


Em uma instituição pública, foi solicitado aos psicólogos que fizessem a avaliação
de um servidor, tendo em vista o alto grau de estresse apresentado por ele, após a

51
reformulação do método de trabalho ali implantado. De acordo com seus colegas

7:
:1
de trabalho, esse servidor estaria apresentando comportamentos estranhos.

14
A partir da situação hipotética apresentada, julgue os itens a seguir.

2
02
No caso relatado, poderia ser aplicada compulsoriamente a avaliação com testes,

/2
03
na qual se indicam os inventários e as escalas, pois esses testes não são

4/
manipuláveis pelo paciente, que, nesse contexto, tenderia a responder da forma

-0
que imagina ser a mais favorável para si.

om
l.c
( ) Certo ( ) Errado

ai
Gabarito: E

tm
ho
Comentários: Não há obrigação de aplicação de inventários e as escalas no caso
n@
aludido. Podemos trabalhar com testes em outros formatos. Esse é o erro.
yo
Cuidado: a palavra “manipuláveis” não tem relação com “manejáveis”, mas como
na

“adulteráveis”.
be
lla

Independente da manipulação ou não, todo teste tem o risco da resposta enviesada


rie

pelo interesse do avaliado.


ab
-g

Os testes projetivos, PARA A BANCA CESPE, são menos manipuláveis.


2
-7
02

38. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019


.1
76

Se fossem aplicados, no caso em comento, os testes de Zulliger, Rorschach e Tat, o


.6

avaliado teria menores condições de manipular suas respostas.


22
-9

( ) Certo ( ) Errado
do

Gabarito: C
ru

Comentários: Todos os testes apresentados são projetivos. Os testes projetivos,


se

PARA A BANCA CESPE, são menos manipuláveis.


s
ia
r
fa
n

39. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019


yo
na

É indicado, no caso em apreço, que os psicólogos da instituição escolham testes


be

psicológicos que estejam inseridos na medida escalar, uma das formas de medida
lla

psicométrica.
ie
br

( ) Certo ( ) Errado
ga

Gabarito: C
Comentários: A medida escalar é dada por instrumentos que gerem resultados
quantitativos e classificáveis, como escalas e inventários. No caso apresentado,
existem boas escalas e inventários para a avaliação do estresse. Um exemplo é a
Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT).

40. CESPE – TJAM – Psicólogo – 2019

| 167
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

No ambiente institucional (não clínico) referido na situação em tela, é indicada a


aplicação de testes projetivos, capazes de acessar apenas os processos ocorridos
no subconsciente.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Os testes projetivos avaliam, por seus fundamentos, processos
inconscientes.

51
Além disso, no ambiente institucional deve-se preferir a utilização de testes não

7:
:1
projetivos.

14
2
02
/2
03
4/
-0
41. Consulplan - Juatuba/MG – Psicólogo – 2014

om
l.c
O procedimento de entrevista psicológica consiste em uma importante coleta de

ai
informações acerca do indivíduo que busca por algum tipo de assistência

tm
ho
terapêutica e/ou psicoterápica. Além disso, está contido por elementos de
n@
interação social prévia e também atual dos envolvidos e requer o uso de métodos
yo
específicos para obtenção das referidas informações. Entre os diferentes métodos
na

do procedimento da entrevista psicológica, em uma entrevista clínica do tipo não


be
lla

diretiva, geralmente utilizada nas sessões psicoterápicas iniciais, o terapeuta


rie

deverá
ab
-g

A) planejar cuidadosamente as etapas que serão cumpridas durante cada sessão e


2

ao longo do atendimento.
-7
02

B) preencher os silêncios com a proposta de temas não abordados anteriormente e


.1

que o entrevistador considere importantes.


76
.6

C) respeitar e acompanhar o ritmo estabelecido pelo cliente, a fim de avaliar as


22

atitudes e dificuldades do cliente diante de cada temática.


-9

D) estimular a integração das motivações inconscientes realmente importantes,


do
ru

pela consciência do cliente, por meio da técnica de associação livre.


se

Gabarito: C
s
ia

Comentários: Se a entrevista é não diretiva, não podemos falar em planejamento,


r
fa

nem de propor temas ou estimular qualquer coisa.


n
yo
na
be

42. CONSULPLAN – TJMG – Psicólogo Estagiário - 2016


lla

“A área desenvolvida pela psicologia clínica, denominada ‘psicodiagnóstico’,


ie
br

representa, de fato, um importante meio de auxílio ao diagnóstico psicopatológico.


ga

Embora haja contribuições dessa área a quase todos os aspectos da psicopatologia,


os testes de personalidade e os rastreamentos (screening) para ‘organicidade’ são
os mais utilizados na prática clínica diária. Os testes projetivos ‘abertos’ mais
utilizados são: o teste de Rorschach; o TAT (Teste de Apercepção Temática, de
Murray); o Teste de Relações Objetais – TRO de Phillipson; o Teste das Pirâmides, de
Pfister; e o HTP-F (teste de desenho da casa-árvore-pessoa-família), de Buck (2003).
Dependem muito da habilidade, do conhecimento e da experiência interpretativa

| 168
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

do psicólogo clínico que os utiliza.” (Dalgalarrondo, 2000.)


Além da possibilidade do uso de testes, o processo de psicodiagnóstico também
constitui a utilização de entrevistas. Tendo isso em vista, marque V para as
afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O processo de entrevista pode proporcionar maior ou menor grau de liberdade
para o entrevistador na condução da entrevista.

( ) Uma entrevista diretiva ou fechada é programada, requer planejamento, o

51
seguimento de uma determinada sequência sem que haja alteração das perguntas.

7:
:1

14
( ) A entrevista aberta ou não diretiva fornece ampla liberdade do entrevistador para

2
02
realizar as perguntas e intervenções, possui caráter flexível e permite uma

/2
03
investigação profunda da personalidade do entrevistado.


4/
( ) A possibilidade de o entrevistado escolher o assunto pelo qual iniciará sua fala,

-0
enquanto o entrevistador intervém no sentido de esclarecer pontos obscuros ou

om
confusos e para ampliar as informações é característico de uma entrevista diretiva.

l.c
ai
A sequência está correta em

tm
ho
A) V, F, V, F.
B) F, V, F, V. n@
yo
C) F, V, F, F.
na

D) V, F, V, V.
be
lla

Gabarito: D
rie

Comentários: A questão trata do assunto entrevista. A primeira assertiva, escrita de


ab
-g

outra forma, nos pergunta: a entrevista pode aumentar ou restringir o grau de


2

liberdade do entrevistador na condução? A resposta é sim! Essa seria a principal


-7
02

diferença, por exemplo, entre a entrevista diretiva e a não diretiva. Agora, dizer que
.1

“Uma entrevista diretiva ou fechada é programada, requer planejamento, o


76
.6

seguimento de uma determinada sequência sem que haja alteração das perguntas”
22

está correto? Primeiro, perceba que a CONSULPLAN – e esse é o primeiro


-9

posicionamento da banca – entende que a entrevista diretiva é a mesma coisa que


do
ru

entrevista fechada, assim como a entrevista aberta é a mesma coisa que entrevista
se

não-diretiva. Segundo, se formos ortodoxos aqui diremos que essa assertiva está
s
ia

errada e a seguinte também! Pois nem toda entrevista diretiva é estruturada e nem
r
fa

toda entrevista não diretiva é não-estruturada, falo isso pois nas duas assertivas
n
yo

temos a correlação com a liberdade em realizar as perguntas. Assim, entramos no


na
be

segundo posicionamento da banca. É grosseiro, mas fundamental para


lla

estatisticamente ter mais chances nas próximas provas: a entrevista diretiva é


ie
br

estruturada e a não-diretiva é não estruturada.


ga

E qual o erro, então, da segunda assertiva? Vamos relembrar nossa aula:


Entrevista diretiva: temos respostas específicas que devemos
necessariamente alcançar. Por isso, conduzimos a entrevista de
modo a abordar integralmente a pauta solicitada, mesmo que fora de
ordem, por perguntas previamente determinadas ou não.
Pois é, esses detalhes irão ajudar na sua aprovação.
Por fim, as assertivas 3 e 4 estão corretas (e coerentes com as nossas hipóteses
de posicionamento da banca).

| 169
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

43. FUNIVERSA - Ministério Público do Estado de Goiás Procuradoria-


Geral de Justiça Concurso Público – Técnico Em Psicologia – 2010
A entrevista clínica tem-se mostrado um instrumento valioso em processos de
abuso sexual cometidos contra crianças e adolescentes. Os dados levantados na
entrevista propiciam apoio no acompanhamento em situações legais e judiciais,
bem como um melhor encaminhamento para outros serviços. A escuta dessas

51
crianças e adolescentes requer que o entrevistador tenha qualidades que são

7:
:1
importantes para o oferecimento de uma escuta diferenciada desses sujeitos. Entre

14
essas qualidades, destacam-se

2
02
(A) envolver-se pessoalmente com o problema da criança, ter

/2
03
autoconhecimento, propiciar a emergência de fantasia e ser sincero.

4/
(B) discernir entre seus problemas e os da criança, ter postura de dúvida em

-0
relação ao que é contado e estimular a capacidade criativa da criança.

om
l.c
(C) envolver-se de maneira significativa com a criança, fortalecer o vínculo a

ai
partir da indignação da criança e ser honesto.

tm
ho
(D) discernir entre seus problemas pessoais e os da criança, ter
n@
autoconhecimento, ser sincero e honesto, aceitar e compreender a criança e estar
yo
seguro de si.
na

(E) estimular a catarse como meio de elaboração do problema, agir com


be
lla

segurança e tomar o relato da criança como um problema em que deve se envolver


rie

pessoalmente.
ab
-g

Gabarito: D
2

Comentários: Sobre isso:


-7
02

Os profissionais devem realizar a entrevista demonstrando serenidade,


.1
76

cordialidade e empatia. Devem considerar diversas hipóteses sobre o que ouvirão


.6

da criança, sem aceitarem de antemão ou tomarem como única verdade válida, a


22

informação anterior à entrevista. É importante não assumir uma postura sugestiva


-9
do

ou indutiva e não reforçar seletivamente a criança, por exemplo, sorrindo apenas


ru

quando faz afirmações que estão em consonância com as suspeitas dos


se

entrevistadores. A atitude de escuta integral é fundamental, ouvindo com atenção


s
ia
r

genuína o que a criança está dizendo, de forma empática, colocando-se no lugar da


fa
n

criança e aproveitando as próprias palavras dela para revelar que a está escutando
yo
na

e entendendo (Duarte & Arboleda, 2005; Garbarino & Scott, 1992).


be

Algumas qualidades do(a) entrevistador(a) destacadas como importantes são:


lla

discernir entre seus problemas pessoais e os da criança, ter auto-conhecimento, ser


ie
br

sincero(a) e honesto(a), aceitar e compreender a criança e estar seguros de si. Outro


ga

requisito importante na entrevista é a capacidade de facilitar a expressão da


criança, não tornando o encontro em um interrogatório, mas conduzindo o diálogo
com liberdade e espontaneidade.
O uso de palavras pertencentes ao vocabulário infantil pode ser necessário,
especialmente para fazer referência às zonas anatômicas ou práticas abusivas. No
entanto, palavras vulgares ou grosseiras devem ser evitadas e podem ser
substituídas por palavras mais amenas de cunho coloquial. Tal substituição terá

| 170
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

também um cunho pedagógico, uma vez que a criança poderá aprender a fazer
referência a sua própria experiência de forma mais articulada. A entrevista exige
método, não é uma interação corriqueira de duas pessoas, deve sempre ser
delimitada por objetivos, para obtenção de dados que contribuam para uma futura
intervenção. A interação desde a primeira entrevista é essencial para a
confiabilidade dos dados obtidos e, principalmente, para que a impressão da
criança em relação aos entrevistadores e à instituição que estes representam seja

51
de confiança (Silvares & Gongora, 1998). Os entrevistadores devem proporcionar

7:
:1
tempo suficiente para que as crianças e adolescentes exponham suas opiniões,

14
anseios e idéias, sem se sentirem ameaçados. Os entrevistados também podem

2
02
fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas (Garbarino & Scott, 1992).

/2
03
Fonte: HABIGZANG, Luísa Fernanda et al. Entrevista clínica com crianças e

4/
adolescentes vítimas de abuso sexual. Estud. psicol. (Natal)[online]. 2008, vol.13, n.3

-0
[cited 2015-09-18], pp. 285-292 . Available from:

om
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

l.c
ai
294X2008000300011&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1678-

tm
ho
4669. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2008000300011.
n@
yo
44. FUNIVERSA – CEB – Psicólogo – 2010
na
be

Para os profissionais que atuam no mundo do trabalho, a formação


lla

metodológica é um requisito fundamental de competência profissional. O


rie

planejamento da intervenção e o manejo de instrumentos e procedimentos para


ab
-g

atuação em psicologia organizacional constituem componentes essenciais de


2

qualificação profissional. Com base nessa temática, assinale a alternativa correta.


-7
02

(A) A entrevista como instrumento de diagnóstico organizacional é uma técnica


.1
76

de baixa confiabilidade; portanto, é recomendável sua não utilização.


.6

(B) O questionário com questões fechadas é um instrumento fortemente


22

recomendado para aplicação em grupos restritos de trabalhadores, por exemplo,


-9
do

quando o “N” não ultrapassa seis pessoas.


ru

(C) A atuação do profissional em gestão de pessoas nas organizações deve ser


se

pautada mais pelo bom senso e pelo improviso do que por procedimentos
s
ia
r

criteriosos e de natureza científica, pois cada caso é um caso.


fa
n

(D) A escolha dos instrumentos adequados para pesquisa em psicologia


yo
na

organizacional não precisa estar subordinada à natureza do problema a ser


be

investigado.
lla

(E) As informações coletadas em entrevista devem ser protegidas por sigilo


ie
br

profissional e divulgadas somente com expresso consentimento dos entrevistados.


ga

Gabarito: E
Comentários: A última assertiva é a única coerente com a nossa prática
profissional.

45. FUNIVERSA – SEPLAG – Professor de Educação Básica – Psicólogo


– 2010

| 171
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

A entrevista clínica contempla momentos distintos: inicial, intermediário e final. Um


processo característico do momento inicial de entrevista é
(A) o encaminhamento para equipe multiprofissional.
(B) a indicação diagnóstica posterior à aplicação de teste.
(C) a aplicação de testes projetivos.
(D) a devolução diagnóstica.
(E) o estabelecimento do rapport.

51
Gabarito: E

7:
:1
Comentários: O primeiro processo desencadeado pela entrevista é o rapport.

14
2
02
46. FUNIVERSA – SEED/AP – Especialista em Educação – 2012

/2
03
Acerca das técnicas de entrevistas grupais, assinale a alternativa correta.

4/
(A) As entrevistas em grupos são sempre mais indicadas que as individuais, pois

-0
permitem uma visão mais plural do que se pretende investigar.

om
l.c
(B) O entrevistador deve estar preparado para lidar com possíveis conflitos

ai
entre os entrevistados.

tm
ho
(C) Toda entrevista grupal deve ser gravada para ajudar o entrevistador a
retomar as informações após o seu término. n@
yo
(D) Deve-se sempre eleger um porta-voz do grupo, que irá falar mais que os
na

outros entrevistados.
be
lla

(E) Diferentemente da entrevista individual, nas entrevistas grupais a condução


rie

centra-se nos entrevistados.


ab
-g

Gabarito: B
2

Comentários: A mais simples é a mais correta. As entrevistas em grupo nem sempre


-7
02

são as mais indicadas, não devem necessariamente ser gravadas, não tem sempre
.1

um porta-voz e, assim como na entrevista individual, centra-se nos entrevistados.


76
.6
22

47.
-9

FUNIVERSA – SEED/AP – Especialista em Educação – 2012


do

Com relação às técnicas de entrevista, assinale a alternativa correta.


ru

(A) A entrevista psicológica, também conhecida por anamnese, implica obter


se

uma síntese tanto da situação presente quanto da história do indivíduo


s
ia
r

entrevistado.
fa
n

(B) A entrevista psicológica é influenciada unicamente por conhecimentos


yo
na

provenientes do behaviorismo (comportamentalismo).


be

(C) Uma boa entrevista psicológica deve eliminar a ansiedade por parte de
lla

todos os envolvidos.
ie
br

(D) A entrevista psicológica deve sempre ser feita individualmente, a fim de


ga

evitar constrangimentos entre entrevistados.


(E) A entrevista é uma técnica de investigação científica fundamental em
intervenções e pesquisas em psicologia.
Gabarito: E
Comentários: Entrevista psicológica não é sinônimo de anamnese! Várias
abordagens influenciam a entrevista psicológica. Pode ser grupal ou individual e
não é possível eliminar toda a ansiedade no processo.

| 172
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

48. Instituto AOCP - EBSERH/HUCAM-UFES – Psicólogo Hospitalar –


2013
A Entrevista Psicológica é um instrumento muito utilizado, podendo assumir várias
finalidades como entrevista de investigação, de diagnóstico e terapêutica. Sobre o
desenvolvimento de uma entrevista, assinale a alternativa que apresenta a

51
7:
sequência correta.

:1
14
(A) Preparação da entrevista, Rapport, Especificação e Clarificação, Confrontação e

2
Síntese.

02
/2
(B) Rapport, Preparação, Confrontação, Diagnóstico.

03
(C) Rapport, Confrontação, Clarificação, Síntese.

4/
-0
(D) Preparação, Clarificação, Rapport, Confrontação, Diagnóstico.

om
(E) Preparação, Rapport, Confrontação, Clarificação, Síntese.

l.c
Gabarito: A

ai
tm
Comentários: Essa questão apresenta uma visão bastante particular do roteiro da

ho
entrevista. É possível responder pelo bom senso? Sim. Mas é sempre melhor
responder pelo domínio do conteúdo. n@
yo

Vejamos:
na
be

3 Desenvolvimento da Entrevista
lla

O desenvolvimento da entrevista é um processo que exige uma serie de passos


rie
ab

desde a elaboração até à interpretação. A seguir apresentam-se algumas indicações


-g

para o desenvolvimento da mesma.


2
-7

3.1 Preparação da Entrevista


02

A principal tarefa na preparação da entrevista é fugir da improvisação e ter


.1
76

claro o que se quer avaliar. Podemos recorrer a guiões de entrevista já elaborados.


.6
22

Para saber que perguntar é necessário possuir bons conhecimentos acerca do/s
-9

problemas que apresenta o cliente. Seria ridículo tentar realizar uma entrevista a
do

um paciente com febre sem ter nenhuma noção de medicina e sem saber o que é a
ru
se

febre. Isto é, não só devemos saber de psicologia como do tema concreto acerca do
s

qual vamos realizar a entrevista: agorafobia, depressão, hipertensão, dor,


ia
r
fa

orientação vocacional, problemas de rendimento escolar, etc.


n
yo

Por outro lado, quanto melhor preparada estiver a entrevista mais partido
na

poderemos obter dela. Tal preparação refere-se ao conhecimento que temos do


be

cliente, o seu problema e a história clínica, escolar, profissional, etc. Esta


lla
ie

informação previa depende em grande medida do local onde nos encontremos a


br

trabalhar.
ga

Convém preparar a entrevista para que tenha uma duração limitada, sem
que isto implique inflexibilidade o rigidez excessiva. Por vezes o psicólogo não
encontra o momento oportuno para finalizar a entrevista, pensar acerca disto
durante a preparação pode ser uma boa estratégia para prever esse momento.
3.2 Fase Inicial
O objectivo desta fase é estabelecer um rapport adequado. Devemos
começar por realizar uma breve apresentação com o intuito de eliminar as falsas

| 173
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

expectativas do cliente, explicando o processo de avaliação e os objectivos que


pretendemos atingir. (Códigos de ética do S.N.P e S.P.P: Art. 21o- O psicólogo deve
informar o cliente dos serviços ou do tipo de assistência a dar-lhe, definindo bem os
sues compromissos a fim de que o cliente possa aceitar ou não os seus serviços,
esclarecendo-o ainda sobre os eventuais prejuízos de uma interrupção da
assistência a prestar; de acordo com a APPORT: Clarificam no início da prestação de
serviços e na medida do possível, a natureza da relação profissional,

51
nomeadamente o seu papel, a natureza do pedido, as partes envolvidas e o uso

7:
:1
provável dos serviços prestados ou informação obtida). Devemos Também clarificar

14
o papel do cliente no processo, o que se espera do mesmo e o papel específico de

2
02
todos os participantes. Também é necessário informar da confidencialidade das

/2
informações fornecidas e do sigilo profissional e explorar as possibilidades de

03
4/
contrastação da informação através de outras fontes de informação (pais,

-0
conjugue, namorados/as...). Devemos ter em conta que a entrevista não se utiliza

om
apenas para recolher informação do cliente, em ocasiões podemos realizar

l.c
ai
entrevistas para recolher informação proporcionada por pessoas próximas dele.

tm
Isto é na maior parte dos casos muito útil mas torna-se imprescindível quando o

ho
n@
cliente não pode proporcionar dados fiáveis (por exemplo no caso de crianças
yo
pequenas, ou em adultos com perturbações graves). Em todo o caso a entrevista
na

realizada às pessoas próximas do sujeito deve servir para contrastar os dados


be
lla

obtidos na entrevista com o mesmo.


rie

Outro factor importante neste momento é o desenvolvimento de um


ab

ambiente adequado que facilite a troca de informação. Nalgumas ocasiões e com


-g

alguns tipos de clientes pode ser útil a celebração de contratos para um maior
2
-7
02

envolvimento no processo.
.1

3.3 Corpo da Entrevista


76
.6

Dentro do corpo da entrevista podemos distinguir três fases:


22

Fase inicial: Trata-se de uma fase aberta e facilitadora, onde o entrevistador realiza
-9

perguntas abertas e o entrevistado responde às perguntas sem ser interrompido.


do
ru

Fase de especificação e clarificação: Nesta fase realizam-se perguntas mais


se

fechadas e directivas.
s
ia

Fase de confrontação e sínteses.


r
fa

Ficar bloqueado ou sem saber que perguntar é um aspecto da entrevista que


n
yo

não é alheio a nenhum psicólogo. No entanto, a diferença entre um psicólogo


na
be

experimentado e outro que não o seja radica na habilidade que um e outro têm para
lla

que não se perceba que isto aconteceu. Devemos, na preparação da entrevista,


ie

preparar recursos por se isto acontece, por exemplo, podemos explorar um tema
br
ga

que até a altura não tenhamos tocado ou simplesmente, finalizar a entrevista. Se


isto for feito com segurança o cliente não irá perceber se o psicólogo finalizou a
entrevista porque recolheu toda a informação relevante ou porque não está em
condições de continuar de forma adequada.
3.4
Finalização da Entrevista
Devemos tomar a decisão de finalizar a entrevista quando:
∗ Tenha finalizado o tempo que tínhamos previsto;


| 174
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

∗ Se observem sinais de cansaço no cliente ou no psicólogo que


possam dificultar a 
tarefa;

∗ Existam dificuldades de qualquer tipo que impeçam a obtenção de
informação.
Nesta fase há algumas tarefas específicas que devem ser realizadas:
∗ Fazer com o entrevistado um resumo da entrevista para garantir
que a informação foi bem compreendida por ambos;


51
∗ Orientar a conversa para o futuro: expectativas de êxito, realização

7:
:1
de tarefas para a próxima entrevista, etc;

14
∗ Finalizar a entrevista de forma positiva (não terminar a entrevista

2
02
de forma abrupta deixando problemas por tratar ou quando o

/2
03
entrevistado manifesta (de forma verbal ou não verbal) estados de

4/
humor negativos.

-0
Fonte: Ros, Antónia Maria Jimenez . A Entrevista Psicológica. UALG – Portugal. Sem

om
l.c
data. Disponível em:

ai
https://nucleogrhco.files.wordpress.com/2009/04/cp0211entrevista.pdf

tm
ho
n@
yo
49. Instituto AOCP - EBSERH/HU-UFGD
- Psicólogo Hospitalar – 2013
na
be

Com relação à Entrevista Psicológica, assinale a 
alternativa correta. 



lla

(A) Sua única finalidade é de investigação. 



rie
ab

(B) Não se faz necessário preparar a entrevista, pois ela 
deve ocorrer de forma
-g

livre. 

2
-7

(C) É um instrumento que pode ser utilizado em vários 
contextos como hospital e
02

escola. 

.1
76

(D) A verdadeira Entrevista Psicológica só pode ser do 
tipo não estruturada. 



.6
22

(E) A Entrevista Psicológica só acontece na Psicanálise. 



-9

Gabarito: C
do

Comentários: A entrevista psicológica possui várias finalidades, deve ser preparada


ru
se

antes de sua realização, pode ser tanto estruturada quanto semi estruturada e não
s

estruturada. E, por fim, acontece em vários contextos e várias abordagens.


ia
r
fa
n
yo

50. Instituto AOCP - EBSERH/HUJM-UFMT 
 - Psicólogo Hospitalar –


na

2013
be

Com relação ao uso da Entrevista Psicológica no contexto hospitalar, assinale a


lla
ie

alternativa correta.
br
ga

(A) No contexto hospitalar, a entrevista psicológica é focada nas crises do sujeito ao


longo da vida, desde a infância.
(B) A entrevista psicológica é uma técnica de investigação e relacionamento.
(C) É preciso reconhecer os mecanismos transferenciais e contratransferenciais
presentes na relação entrevistador e entrevistado.
(D) As entrevistas podem ser abertas ou fechadas.
(E) A entrevista psicológica em um hospital é utilizada tanto com pacientes
internados quanto com pacientes não internados e de ambulatório.

| 175
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Gabarito: A
Comentários: Tenho a convicção que a questão deveria ter escolhido a assertiva
errada. Todas estão corretas, exceto a letra A! No contexto hospitalar a entrevista
psicológica é orientada para o motivo que o levou ao hospital. Assim como na
psicoterapia breve, muito comum nesse contexto, prefere-se reduzir as relações
transferenciais em detrimento do fortalecimento de defesas e do foco no problema
atual. Assim, DISCORDO do comando da questão. As outras 4 assertivas estão

51
corretas!

7:
:1
14
51. Instituto AOCP - EBSERH/HUSM-UFSM – Psicólogo Hospitalar –

2
02
2014

/2
03
A entrevista psicológica é muito utilizada também na saúde, sendo a entrevista

4/
Inicial um momento crucial para o diagnóstico e o tratamento em saúde mental.

-0
Sobre a postura do psicólogo nas entrevistas, assinale a alternativa correta. 


om
l.c
(A) Não é importante esclarecer ao paciente as questões de sigilo, pois quando ele

ai
se encontra diante do psicólogo, o sigilo e a descrição já estão subentendidos. 


tm
ho
(B) Para um bom resultado no processo terapêutico, apenas o profissional deve
trabalhar ativamente. 
 n@
yo
(C) O sigilo pode ser rompido no caso de ideias, planos ou atos seriamente auto e
na
be

heterodestrutivos. 

lla

(D) A primeira entrevista serve apenas para colher dados de identificação do


rie

paciente, como: nome, idade, data de nascimento, naturalidade, procedência,


ab
-g

estado civil etc. 



2

(E) Durante a(s) primeira(s) entrevista(s), o psicólogo precisa fazer silêncios e


-7
02

pausas prolongados, colaborando para diminuir os níveis de ansiedade do


.1
76

paciente. 

.6

Gabarito: C
22
-9

Comentários: Segundo Paulo Dalgalarrondo (Psicopatologia e Semiologia dos


do

Transtornos Mentais):
ru

1. A entrevista e o tratamento ocorrerão com sigilo e discrição. O profissional


se

esclarece ao paciente (e aos familiares, quando necessário) que aquilo que


s
ia
r

for relatado durante as entrevistas não será revelado a ninguém. Caso isso
fa
n

se faça necessário por exigência do próprio tratamento (encaminhamento a


yo
na

um outro profissional, carta à alguma instituição, informação à família para


be

proteger o paciente, etc.), só será feito após consulta e anuência do


lla

entrevistado. O sigilo poderá ser rompido no caso de idéias, planos ou atos


ie
br

seriamente auto ou heterodestrutivos.


ga

2. Em qualquer caso, é preciso res- saltar a necessidade de colaboração


mútua entre o profissional e o paciente. Ambos devem trabalhar ativamente
para que o processo terapêutico tenha bons resultados.

52. FGV – Tecnologista em Saúde Pública – FIOCRUZ/2010


Assinale a afirmativa que apresenta o conceito psicanalítico de transferência.

| 176
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

a) A atualização para o sujeito de etapas ultrapassadas do seu desenvolvimento e a


passagem a modos de expressão e de comportamento de nível inferior do ponto de
vista da complexidade, da estruturação e da diferenciação.
b) Um dos modos essenciais do funcionamento dos processos inconscientes que
consiste em que uma única representação representa por si só várias cadeias
associativas em cuja interseção ela se encontra.
c) O processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre determinados

51
objetos no quadro de um certo tipo de relação estabelecida com eles e,

7:
:1
eminentemente, no quadro da relação analítica.

14
d) O conjunto das reações inconscientes do analista relativos à pessoa do

2
02
analisando.

/2
e) O mecanismo de formação de sintomas que opera na histeria e consiste na

03
4/
transposição de um conflito psíquico e numa tentativa de resolvê-lo em termos de

-0
sintomas somáticos, motores ou sensitivos.

om
Gabarito: C

l.c
ai
Comentários: Essa questão é mais fácil que a anterior. A definição está cristalina na

tm
alternativa C.

ho
n@
yo
na

53. FGV AL-MT 2013


be
lla

A entrevista familiar estruturada é um método construído e validado na década


rie

de setenta, com o objetivo de levantar questões relativas à dinâmica familiar.
A


ab
-g

esse respeito, analise as afirmativas a seguir.


2

I. Um dos problemas no uso da entrevista familiar estruturada é a


-7
02

exigência de um alto grau de verbalização dos sujeitos. 



.1
76

II. Para a análise do material coletado nas entrevistas, foram 



.6

determinadas 12 categorias de análise. 



22
-9

III. A entrevista estruturada consiste na proposição de 8 tarefas 
que


do

devem ser realizadas conjuntamente pelos membros da 
família em


ru

uma sessão. 

se

Assinale:
s
ia
r

(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 



fa
n

(B) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 



yo
na

(C) se somente a afirmativa I estiver correta. 



be

(D) se somente a afirmativa II estiver correta. 



lla
ie

(E) se somente a afirmativa III estiver correta. 



br

Gabarito: Anulada
ga

Comentários: Nenhuma certa, por isso foi anulada. Estudamos esse tipo de
entrevista em aula. Ela é composta de seis tarefas, cinco verbais e uma não-verbal,
das quais duas (tarefas 1 e 4) são propostas à família como grupo e as outras, a cada
membro individualmente.
E não são 12 categorias para análise? Sim, mas devem ser avaliadas essas 12
categorias e o discurso empregado. Por isso a II está errada!

| 177
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

54. FGV – FIOCRUZ – 2010


O procedimento inicial relativo ao estabelecimento dos horários das sessões
e sua frequência, à introdução do paciente à regra fundamental da técnica analítica
e à definição dos honorários, quando for o caso, é chamado tecnicamente de:
(A) combinações preliminares.
(B) contrato terapêutico.


51
(C) entrevista preliminar.

7:
:1

(D) consulta inicial.

14
(E) anamnese diagnóstica.

2
02
Gabarito: B

/2
03
Comentários: Essa é a descrição do contrato terapêutico.

4/
-0
55.

om
FGV – TJ/AM - 2013

l.c
Um psicólogo fez o planejamento de um estudo de campo para iniciar um

ai
tm
trabalho com adolescentes, sendo determinada uma mostra de 15 adolescentes do

ho
sexo feminino e 15 adolescentes do sexo masculino. Nesse estudo, foram
n@
planejadas entrevistas iniciais, em que se pedia aos adolescentes que falassem
yo
livremente sobre sua experiência com os familiares, escola, amigos, sexualidade,
na
be

uso de drogas, trabalho, perspectivas futuras e outros temas que julgassem


lla

importantes.
rie
ab

A esse respeito, assinale a afirmativa correta.


-g

(A) O estudo realizado baseou-se em entrevistas livres.


2
-7

(B) O estudo realizado baseou-se em entrevistas semi-estruturadas.


02

(C) O estudo realizado baseou-se em entrevistas estruturadas.


.1
76

(D) O estudo seguiu um design experimental.


.6

(E) O estudo não focou questões importantes para os adolescentes.


22
-9

Gabarito: B
do

Comentários: Havia um tema (pergunta definida) e respostas abertas, correto?


ru

Então estamos diante de uma entrevista semi-estruturada.


se
s
ia
r

56.
fa

FGV – ALBA – 2014


n
yo

Um psicólogo deu início a um processo seletivo, determinando os


na

conhecimentos, habilidades e aptidões necessárias para o cargo em questão.


be

Posteriormente, selecionou entre os currículos apresentados, aqueles que


lla
ie

atendiam ao perfil desejado, solicitando que os candidatos falassem sobre as


br

diferentes áreas previamente estabelecidas.


ga

Com base no caso descrito, assinale a opção que indica o método de entrevista
utilizado pelo psicólogo nesse processo seletivo.

(A) Entrevista aberta.

(B) Entrevista por competências.
(C) Entrevista estruturada.

(D) Entrevista comportamental.
(E) Entrevista cognitiva.

| 178
Psicologia para a SEMSA Manaus
Professor Alyson Barros
Aula 02

Gabarito: B
Comentários: Estamos diante de uma entrevista semi-estruturada utilizada no
processo de entrevista por competências.

57. FGV - 2010 - CAERN – Psicólogo


É importante que, no momento da entrevista, o entrevistador esteja em estado
físico e psíquico satisfatório.

51
A esse respeito, analise as afirmativas abaixo:

7:
:1
Preocupações com saúde, família ou trabalho de um dado entrevistador

14
influenciam seu desempenho na função.

2
02
PORQUE

/2
03
Os componentes psicofisiológicos da percepção têm implicações tanto no

4/
comportamento do entrevistador quanto na dinâmica da entrevista.

-0
Com base no texto produzido, é correto afirmar que

om
l.c
a) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.

ai
b) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.

tm
ho
c) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
d) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. n@
yo
e) as duas afirmações são falsas.
na

Gabarito: A
be
lla

Comentários: As duas são verdadeiras, a segunda justifica a primeira pois indica o


rie

que intermedeia as preocupações e o desempenho na função: processos


ab
-g

psicofisiológicos. Pessoalmente não gosto desse tipo de questão de dupla assertiva


2

onde devemos avaliar a relação das duas. Um modelo que podemos adotar como
-7
02

matriz de resolução é esse que adotamos nessa questão: veja se pelo intermédio de
.1

uma justificamos a outra.


76
.6
22
-9
do
ru
se
s
ia

Bons estudos, pessoal!


r
fa

alyson@psicologianova.com.br
n
yo
na
be
lla
ie
br
ga

| 179

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