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UMA CONVERSA FRANCA .............................................................................

3
SOBRE O NOSSO GRUPO DO WHATSAPP ....................................................... 3
SOBRE A SUA ENTREVISTA PÓS-APROVAÇÃO ................................................ 3
SOBRE O SEU CONCURSO (OU O QUE SABEMOS ATÉ AGORA) .......................... 3
SOBRE O NOSSO CURSO ................................................................................................... 5
8 ÉTICA PROFISSIONAL. .............................................................................. 5

12
CÓDIGO DE ÉTICA: RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05 ................................................................. 5

5:
:1
1.4 LAUDOS, PARECERES E RELATÓRIOS PSICOLÓGICOS, ESTUDO DE CASO,

15
INFORMAÇÃO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA. ................................................. 16

0
02
INFORME PSICOLÓGICO .................................................................................................. 16

/2
12
ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 16

6/
QUESTÕES ............................................................................................... 18

-1
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS .................................................. 31

om
.c
1 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E PSICODIAGNÓSTICO. 1.1 FUNDAMENTOS E

ok
ETAPAS DA MEDIDA PSICOLÓGICA. 1.2 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO. 1.2.1

tlo
ou
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO, AVALIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS. .. 57 s@
TESTES VÁLIDOS EM 2019 .............................................................................................. 57
tin

TESTES DESFAVORÁVEIS................................................................................................. 58
ar
m

CONCEITOS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E PSICODIAGNÓSTICO............................................ 59


io
ab

A CORRENTE MINORITÁRIA: OCAMPO, TRINCA E ARZENO. .................................................... 65


of

PROBLEMAS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E NO PSICODIAGNÓSTICO ....................................... 70


ai
-c

FUNDAMENTOS E ETAPAS DA MEDIDA PSICOLÓGICA. ............................................................ 72


2
-2

PLANO DE AVALIAÇÃO E BATERIA DE TESTES ....................................................................... 72


41

SATEPSI .................................................................................................................... 72
.8
81

ADMINISTRAÇÃO DOS TESTES NA APLICAÇÃO ..................................................................... 73


.6

FASES DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA.................................................................................. 76


39
-0

DEFINIÇÃO DE TESTE PSICOLÓGICO ................................................................................. 77


s

TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS ..................................................................................... 78


tin
ar

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: CRITÉRIOS DE SELEÇÃO, AVALIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS


M

RESULTADOS. ............................................................................................................... 84
a
uz

PADRONIZAÇÃO E NORMATIZAÇÃO ................................................................................... 85


So

FIDEDIGNIDADE ............................................................................................................. 87
de

VALIDADE..................................................................................................................... 87
o
bi

A OPINIÃO DE PASQUALI SOBRE O CONCEITO DE VALIDADE ................................................... 91


o

TIPOS DE TESTES .......................................................................................................... 93


ai
C

DISTORÇÕES E CUIDADOS NA APLICAÇÃO DOS TESTES ........................................................ 94


TESTES DE APTIDÃO COGNITIVA. ...................................................................................... 96
ESTUDO DOS TESTES PSICOLÓGICOS ................................................................................ 96
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE OS TESTES PSICOLÓGICOS ................................................. 118
HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO.
PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. .............................................................. 119
PREFÁCIO .................................................................................................................. 119

1
CONCEITUAÇÃO DE PSICODIAGNÓSTICO NA ATUALIDADE (CAPÍTULO I, KRUG, TRENTINI E
BANDEIRA) HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO.
PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016.................................................................................... 119
PSICODIAGNÓSTICO: FORMAÇÃO, CUIDADOS ÉTICOS, AVALIAÇÃO DE DEMANDA E ESTABELECIMENTO
DE OBJETIVOS. HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.

12
PSICODIAGNÓSTICO. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. ..................................................... 121

5:
O PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO (RIGONI E SÁ) .............................................................. 122

:1
15
HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO. PORTO

0
02
ALEGRE: ARTMED, 2016. ............................................................................................. 122

/2
ENTREVISTA PSICOLÓGICA NO PSICODIAGNÓSTICO (CAP. 5, SERAFINI) HUTZ, C.S.; BANDEIRA,

12
6/
D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. 124

-1
A ENTREVISTA DE ANAMNESE (CAP. 6, SILVA E BANDEIRA).................................................. 125

om
ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS E DAS TÉCNICAS NO PSICODIAGNÓSTICO (CAP. 7, TRENTINI,

.c
ok
BANDEIRA E KRUG)...................................................................................................... 126

tlo
ENTREVISTA LÚDICA DIAGNÓSTICA (CAP. 8, TRENTINI, BANDEIRA E KRUG) ........................... 126
ou
s@
O EXAME DO ESTADO MENTAL (CAP. 9, OSÓRIO) ............................................................. 126
tin

PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO (CAP. 15, BARBIERI E HECK) ........................................ 127


ar

1.3 TÉCNICAS DE ENTREVISTA. ................................................................ 128


m
io

CONCEITOS INICIAIS .................................................................................................... 128


ab

BREVES CONTRIBUIÇÕES HISTÓRICAS ............................................................................ 131


of
ai

TIPOS DE ENTREVISTAS PSICOLÓGICAS ........................................................................... 131


-c

Quanto ao número de entrevistados....................................................................131


2
-2
41

Quanto ao Beneficiário .........................................................................................132


.8

Quanto a presencialidade.....................................................................................132
81
.6

Quanto ao número de entrevistados e entrevistadores......................................133


39

Quanto a abertura da entrevista..........................................................................133


-0

Quanto a diretividade da entrevista ....................................................................134


s
tin

Quanto a estruturação da entrevista ...................................................................135


ar
M

O QUE CHIAVENATO DIZ SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DAS ENTREVISTAS.................................... 137


a
uz

Resumo do Professor Alyson Barros .....................................................................137


So

OBJETIVOS DA ENTREVISTA .......................................................................................... 139


de

ENTREVISTA DIAGNÓSTICA E DE PSICODIAGNÓSTICO ......................................................... 140


o
bi

ETAPAS DAS ENTREVISTAS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..................................................... 142


RAPPORT, TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA ...................................................... 143


o
ai

TÉCNICAS DE ENTREVISTA ............................................................................................ 145


C

CONTEÚDO EXTRA PARA A BANCA CESPE/CEBRASPE ................................. 147


PESQUISA: CARACTERIZAÇÃO DOS DELINEAMENTOS DA PESQUISA QUANTITATIVA E QUALITATIVA
APLICADOS À SAÚDE. .................................................................................................... 147
PESQUISA-AÇÃO E PESQUISA-PARTICIPATIVA ................................................................... 166
QUESTÕES ............................................................................................. 167
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS ................................................ 181

| 2
Uma conversa franca

Como é bom estar aqui com vocês! Galera da Procuradoria Geral do


Distrito Federal, hoje começa o nosso curso. Nessa primeira aula iremos entrar
direto em nosso material. Assistam ao vídeo sobre o nosso concurso e o vídeo

12
falando sobre a futura carreira de vocês!

5:
:1
O presente curso intensivo e Pós-EDITAL será voltado para o concurso do

15
PGDF para o cargo de psicólogo.

0
02
Queremos em nosso curso os alunos honestos e guerreiros. Precisamos de bons

/2
12
profissionais e boas pessoas no serviço público. Dedique-se ao nosso curso assim como

6/
sei que você irá se dedicar ao seu novo trabalho em breve. =]

-1
om
.c
Sobre o nosso grupo do WhatsApp

ok
tlo
Não é obrigatório, mas recomendo muuuuuito! Se você não está, fale com o

ou
Batman. O que ocorre no grupo do WhatsApp, fica no grupo do WhatsApp. Ele já está
s@
bombando!
tin
ar
m
io

Sobre a sua entrevista pós-aprovação


ab
of

Não é obrigatório, mas também recomendo muuuuuito! =]


ai
-c
2

Sobre o seu concurso (ou o que sabemos até agora)


-2
41
.8

Edital: https://www.cebraspe.org.br/concursos/pg_df_19
81

PSICÓLOGO
.6
39

Vagas: 1 vaga + CR
-0

Remuneração Inicial: R$ 7.320,00


s
tin

Cargo 11: Analista Jurídico - Especialidade: Psicologia


ar

Banca: CESPE/CEBRASPE
M
a

Horas semanais: 40 horas


uz
So

Inscrições: 3 de fevereiro até 20 de fevereiro de 2020


de

Prova: 22/03/2020
o

Provas:
bi

(P1) 50 PONTOS
o
ai

Língua Portuguesa
C

Conhecimentos sobre o DF + Legislação


(P2) 70 PONTOS
Psicologia
(P3) 40 PONTOS
Psicologia
Sim... só isso!

NÃO TEM PROVA DE TÍTULOS. O MELHOR VENCE!!!

| 3
O QUE DIZ O EDITAL
REMUNERAÇÃO: R$ 7.320,00
JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
CARGO 11: ANALISTA JURÍDICO - ESPECIALIDADE: PSICOLOGIA

12
REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação

5:
em bacharelado ou licenciatura plena em Psicologia, fornecido por instituição de

:1
15
ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no órgão de classe.

0
02
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ATIVIDADES: planejar, coordenar, supervisionar, avaliar

/2
e executar atividades que demandem conhecimentos especializados em Psicologia

12
6/
Organizacional; atuar na área de gestão de pessoas. A descrição detalhada das

-1
atividades consta da Portaria Conjunta no 13/2018 - SEPLAG/PGDF.

om
Vagas: 1

.c
ok
tlo
DAS PROVAS OBJETIVAS
ou
s@
As provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, valerão 120,00 pontos
tin

e abrangerão os objetos de avaliação constantes do item 15 deste edital.


ar

Cada prova objetiva será constituída de itens para julgamento, agrupados por
m
io

comandos que deverão ser respeitados. O julgamento de cada item será CERTO ou
ab

ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere o item. Haverá, na folha de
of
ai

respostas, para cada item, dois campos de marcação: o campo designado com o
-c

código C, que deverá ser preenchido pelo candidato caso julgue o item CERTO, e o
2
-2
41

campo designado com o código E, que deverá ser preenchido pelo candidato caso
.8

julgue o item ERRADO.


81
.6

P1. Conhecimentos Básicos – 50 questões


39

P2. Conhecimentos Específicos – 70 questões


-0

P3. Discursivas
s
tin

11 DA PROVA DISCURSIVA
ar
M

11.1 A prova discursiva valerá 40,00 pontos e consistirá da redação de texto


a
uz

dissertativo, de até 30 linhas, a respeito de temas relacionados a


So

conhecimentos específicos de cada especialidade.


de
o
bi

Se liga aí: 30 pessoas terão a prova discursiva de psicologia corrigida. Ao total,


teremos 11 aprovados. Há uma vaga oficial, 10 pessoas ficarão em stand-by ao


o
ai

longo da vigência do concurso (2 anos + 2 anos).


C

As provas objetivas e a prova discursiva para os cargos de Analista Jurídico


terão a duração de 4 horas e 30 minutos e serão aplicadas na data provável de 22
de março de 2020, no turno da manhã.
Inscrições: 3 de fevereiro até 20 de fevereiro.

| 4
Sobre o nosso curso
Carga Horária Total do Curso: 20 horas/aula (40 blocos de 25 minutos
cada).
Início da liberação das aulas gravadas e escritas: 20/12/2019
Certificado ao final do curso: Sim (após 80% de visualização do conteúdo).

12
Preço do certificado: Gratuito.

5:
:1
Professor: Alyson Barros

15
O curso será ministrado através de videoaulas e pdfs.

0
02
/2
12
Mais informações em nosso vídeo 00!

6/
Vamos começar!

-1
om
.c
ok
8 Ética profissional.

tlo
ou
Vamos estudar, obviamente, o código de ética. Esse assunto é bem básico e
s@
se você já domina o assunto, pule para as questões, de verdade.
tin
ar
m

Código de Ética: Resolução CFP Nº 010/05


io
ab
of
ai
-c

Vamos direito ao Código de Ética dos Psicólogos. Recomendo várias


2

leituras atenciosas e muito marcador de texto. Esse tópico está presente em quase
-2
41

100% dos concursos de psicologia. Sublinharei os pontos principais do texto e


.8

colocarei minhas anotações em vermelho.


81
.6
39

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO (Resolução CFP n° 10/2005)


-0
s

Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca


tin

atender demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela


ar
M

existência de normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional


a
uz

com seus pares e com a sociedade como um todo.


So

Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto


de

às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade,


o
bi

procura fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de


modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas consequências


o
ai
C

no exercício profissional. A missão primordial de um código de ética profissional


não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro
de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão
de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.
O código de ética prevê todas as situações em que deverá ser
aplicado? Não. Por isso constitui-se como princípios que
fundamentarão a conduta profissional.

| 5
Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de
sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se
em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus
direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais como
os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-culturais, que

12
refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma profissão, um código

5:
de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável no tempo.

:1
15
As sociedades mudam, as profissões transformam-se e isso exige, também, uma

0
02
reflexão contínua sobre o próprio código de ética que nos orienta.

/2
Dois pontos importantes: todo código de ética é determinado

12
6/
historicamente e o nosso foi influenciado pela Declaração

-1
Universal dos Direitos Humanos.

om
A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo no

.c
ok
Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e ao

tlo
estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e profissional.
ou
s@
Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade, sentida pela categoria
tin

e suas entidades representativas, de atender à evolução do contexto institucional-


ar

legal do país, marcadamente a partir da promulgação da denominada Constituição


m
io

Cidadã, em 1988, e das legislações dela decorrentes.


ab

Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi


of
ai

construído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão,


-c

suas responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania. O processo


2
-2
41

ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação direta dos
.8

psicólogos e aberto à sociedade.


81
.6

Ô drama do CFP, essa é dispensável.


39

Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais


-0

de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas


s
tin

pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:


ar
M

Eis a lista dos pressupostos que nortearam a construção do nosso


a
uz

código de ética que todo candidato deve saber.


So

a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem


de

orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades


o
bi

profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas


demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.


o
ai

b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções


C

relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que
estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários
dos seus serviços.
c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a
crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes
multiprofissionais.

| 6
d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em
suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se
restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a
expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as

12
responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação

5:
e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e

:1
15
ampliação do significado social da profissão.

0
02
Vou destacar as utopias os objetivos:

/2
a) delinear para a sociedade as responsabilidades e

12
6/
deveres do psicólogo

-1
b) oferecer diretrizes para a sua formação

om
c) balizar os julgamentos das suas ações

.c
ok
d) contribuir para o fortalecimento e ampliação do

tlo
significado social da profissão
ou
s@
tin

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
ar

I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da


m
io

dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que


ab

embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.


of
ai

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das


-c

pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de


2
-2
41

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.


.8

Atente para a expressão “contribuirá para a eliminação”.


81
.6

III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e


39

historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.


-0

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento


s
tin

profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo


ar
M

científico de conhecimento e de prática.


a
uz

V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população


So

às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões


de

éticos da profissão.
o
bi

VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade,

rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.


o
ai

Aqui não tem escolha, em situações que o psicólogo presencie a


C

degradação da psicologia, deve agir obrigatoriamente.


VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os
impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se
de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.
Uma dica: decore o VII. Cai na literalidade na maioria das bancas
em que trabalhei,

| 7
DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO
Agora começa a parte boa!
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;
b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as

12
quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;

5:
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho

:1
15
dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios,

0
02
conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência

/2
psicológica, na ética e na legislação profissional;

12
6/
A legislação profissional inclui não só a elaborada para os

-1
profissionais de psicologia como a existente para o contexto de

om
trabalho do psicólogo (Exemplo, Código de Ética do Poder

.c
ok
Executivo para psicólogos servidores do poder executivo).

tlo
d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de
ou
emergência, sem visar benefício pessoal;
s@
tin

O que isso realmente significa na prática? Significa que o psicólogo


ar

deve se apresentar para o trabalho em situações de calamidade


m
io

pública ou de emergência, mesmo que seja sem remuneração.


ab

Esse preceito está de acordo com o humanismo da Declaração


of
ai

Universal dos Direitos Humanos.


-c

e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do


2
-2
41

usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;


.8

Nada de preços ou condições exorbitantes.


81
.6

f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,


39

informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo


-0

profissional;
s
tin

Esse “a quem de direito” é o usuário do serviço e/ou seu


ar
M

responsável.
a
uz

g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de


So

serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a


de

tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;


o
bi

h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a


partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que


o
ai

solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;


C

i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda


e forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas
conforme os princípios deste Código;
j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito,
consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes,
salvo impedimento por motivo relevante;

| 8
k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos
justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu
inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à
continuidade do trabalho;
l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou

12
irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou

5:
da legislação profissional.

:1
15
0
02
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:

/2
O Artigo 1° e o 2° devem ser relidos até a exaustão. Apesar de

12
6/
parecerem longos, são de “bom senso” da prática profissional e

-1
fáceis de serem identificados em qualquer prova.

om
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem

.c
ok
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;

tlo
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas,
ou
s@
de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício
tin

de suas funções profissionais;


ar

c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas


m
io

psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de


ab

violência;
of
ai

d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam


-c

o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade


2
-2
41

profissional;
.8

e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou


81
.6

contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços


39

profissionais;
-0

f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento


s
tin

psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam


ar
M

regulamentados ou reconhecidos pela profissão;


a
uz

g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica;


So

h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas


de

psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;


o
bi

i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;


j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo


o
ai

com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do


C

serviço prestado;
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos
pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;
l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício
próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual
mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;

| 9
m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que
possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações privilegiadas;
n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;
o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens

12
outras de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como

5:
intermediar transações financeiras;

:1
15
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de

0
02
serviços;

/2
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados

12
6/
de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor

-1
pessoas, grupos ou organizações.

om
Mas Alyson, não podemos realizar diagnóstico? Isso é culpa do tal

.c
ok
do Ato Médico? Não. Veja bem, não podemos realizar diagnóstico

tlo
que exponha pessoas, grupos ou organizações.
ou
s@
tin

Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma


ar

organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas


m
io

nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código.


ab

Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a


of
ai

prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.


-c
2
-2
41

Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:


.8

a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições


81
.6

do usuário ou beneficiário;
39

b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o


-0

comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser


s
tin

realizado;
ar
M

c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do


a
uz

valor acordado.
So
de

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que:


o
bi

a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;


b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos


o
ai

serviços atingidos pela mesma.


C

Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:


a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados
demandas que extrapolem seu campo de atuação;
b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço
prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,
assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

| 10
Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que
estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:
Olho no lance! Essas 4 condições são vitais para o seu concurso!
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;

12
Não é a pedido do paciente se o serviço ainda estiver em curso.

5:
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,

:1
15
quando dará imediata ciência ao profissional;

0
02
Ocorre a intervenção, mas o psicólogo que intervir deve dar

/2
imediata ciência ao profissional anterior de sua atuação. Sendo

12
6/
assim, ele não pede autorização, mas comunica a atuação.

-1
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da

om
interrupção voluntária e definitiva do serviço;

.c
ok
Quando informado pelo paciente ou por psicólogo anterior que o

tlo
vínculo de atendimento não existe mais.
ou
s@
d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte
tin

da metodologia adotada.
ar
m
io

Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou


ab

interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus


of
ai

responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente:


-c

Ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o atendimento de


2
-2
41

criança, adolescente ou interdito. Isso não significa que seja


.8

necessariamente um dos pais. Pode ser a avó ou, como expresso


81
.6

no parágrafo seguinte, o Juiz da Infância e Adolescência, por


39

exemplo.
-0

§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser


s
tin

efetuado e comunicado às autoridades competentes;


ar
M

§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem


a
uz

necessários para garantir a proteção integral do atendido.


So
de

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por


o
bi

meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a


que tenha acesso no exercício profissional.


o
ai
C

Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes


do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código,
excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de
sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o
psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.

| 11
Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar
informações, considerando o previsto neste Código.
E comunicará apenas o necessário.

Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional,

12
o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos

5:
objetivos do trabalho.

:1
15
Novamente, comunicará apenas o necessário.

0
02
/2
Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser

12
6/
comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem

-1
medidas em seu benefício.

om
Novamente, comunicará apenas o necessário.

.c
ok
tlo
Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática
ou
s@
psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente,
tin

devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.


ar
m
io

Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos,


ab

ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.


of
ai

§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar


-c

todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior


2
-2
41

utilização pelo psicólogo substituto.


.8

§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável


81
.6

informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos


39

arquivos confidenciais.
-0
s
tin

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas


ar
M

para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:


a
uz

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela


So

divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,


de

organizações e comunidades envolvidas;


o
bi

b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante


consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em


o
ai

legislação específica e respeitando os princípios deste Código; [desconheço


C

legislação que preveja essas exceções].


c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo
interesse manifesto destes;
d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados
das pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o
desejarem.

| 12
Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar,
orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas
neste Código.

Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a

12
leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício

5:
ilegal da profissão.

:1
15
0
02
Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará

/2
para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das

12
6/
atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

-1
om
Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer

.c
ok
meios, individual ou coletivamente:

tlo
a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;
ou
s@
b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;
tin

c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas


ar

e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;


m
io

d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;


ab

e) Não fará previsão taxativa de resultados;


of
ai

f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;


-c

g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras


2
-2
41

categorias profissionais;
.8

h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.


81
.6
39

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


-0
s
tin

Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração


ar
M

disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos


a
uz

legais ou regimentais:
So

a) Advertência;
de

b) Multa;
o
bi

c) Censura pública;

d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad


o
ai

referendum do Conselho Federal de Psicologia;


C

e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de


Psicologia.

Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão


resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia.

| 13
Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência quanto
aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código.

Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de


Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais

12
de Psicologia.

5:
:1
15
0
02
Leu todo o nosso código de ética? Leia de novo. O que tenho para te falar

/2
não é animador: decore o código de ética. Você precisa saber das definições aqui

12
6/
utilizadas. O código é pequeno, mesmo assim, devo fazer algumas considerações

-1
esquematizadas para você não mais esquecer.

om
Pontos Principais

.c
ok
tlo
ou
Deveres Fundamentais s@
tin

• Atuar naquilo que é capacitado, com qualidade e seguindo princípios


ar

fundamentais;
m
io

• Atuar em situações de calamidade pública


ab

• Fornecer informações (transmitindo somente o que for necessário para a


of
ai

tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário);


-c

• Encaminhar quando necessário


2
-2

• Representar contra exercício ilegal ou irregular da profissão, transgressões


41

a princípios e diretrizes deste Código ou da legislação profissional.


.8
81
.6

Vedações
39
-0

• Praticar atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração,


s
tin

violência, crueldade ou opressão;


ar

• Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de


M
a

orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício


uz

de suas funções profissionais; Induzir qualquer pessoa ou organização a


So

recorrer a seus serviços;


de

• Ser cúmplice do exercício ilegal da profissão e de psicólogos com práticas


o
bi

não reconhecidas;

• Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica ou


o
ai

interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas


C

psicológicas;
• Estabelecer vínculos que prejudiquem a qualidade do trabalho (seja no
atendimento ou na avaliação) ou visar benefício próprio.

“Visar benefício próprio”. Quando a questão vier referindo-se ao nosso


código, observe se a situação apresentada sustenta algum caso que vise benefício
próprio (prolongamento das sessões, empréstimos pessoais, estipular o preço após

| 14
o início dos trabalhos, porcentagem recebida por encaminhamento, etc.). Caso isso
ocorra, ficará fácil identificar o erro inferido.
Para garantir que o psicólogo vá seguir os preceitos éticos explicitados, a
garantia que o próprio Código Oferece é a capacidade que nós temos de recusar-
nos a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.

12
Além disso, podemos intervir no trabalho de outros profissionais nas

5:
seguintes situações:

:1
15
a) A pedido do outro profissional responsável pelo serviço;

0
02
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário;

/2
c) Quando o trabalho do outro profissional estiver encerrado;

12
6/
d) Quando for a metodologia adotada.

-1
Outro ponto importante é que, no atendimento de crianças, adolescentes

om
ou interditos, ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o atendimento. De

.c
ok
que forma ocorre essa autorização? Bom, a legislação vigente não fala nada

tlo
específico sobre isso, e, como você deve saber, a autorização verbal acaba sendo
ou
suficiente.
s@
tin

O psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo apenas na situação em


ar

que busque o menor prejuízo. E, mesmo assim, deverá apenas prestar as


m
io

informações estritamente necessárias (isso vale para a quase totalidade dos


ab

processos de comunicação oficiais do psicólogo).


of
ai

O que fazer com os arquivos confidenciais? Essa é fácil, atente para os dois
-c

casos: em caso de demissão ou exoneração do psicólogo, seu material deve ser


2
-2
41

passado para quem o vier a substituir ou deve lacrar o material para posterior
.8

utilização; em caso de extinção do serviço de psicologia, o psicólogo informará a


81
.6

extinção ao Conselho Regional de Psicologia, que ficará responsável pela


39

destinação do material.
-0

Na hora de fazer propaganda, o psicólogo deve informar seu nome


s
tin

completo, número de registro e CRP. Além disso:


ar
M

a) Poderá divulgar qualificação profissional e qualificações,


a
uz

atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam


So

reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;


de

b) Não poderá divulgar o preço, divulgar expectativa de resultados


o
bi

(de forma taxativa), se promover em detrimento de outros


profissionais e nem fará sensacionalismo sobre sua atividade


o
ai

profissional.
C

E, por fim, a lista das penalidades aplicadas:


a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad
referendum do Conselho Federal de Psicologia;

| 15
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia.
Observe que o código de ética não estipula os casos em que as penalidades
são aplicáveis. Isso ocorre por meio de outras legislações, julgados,
posicionamentos e pelo julgamento através de comissão de ética para cada caso

12
apresentado.

5:
:1
15
0
02
1.4 Laudos, pareceres e relatórios psicológicos, estudo de

/2
12
caso, informação e avaliação psicológica.

6/
-1
om
Futuros aprovados na PGDF, essa matéria é básica para qualquer concurso

.c
ok
de psicologia. Vamos adentrar em algumas definições gerais para depois

tlo
adentrarmos na resolução que você vai estudar em outro curso nosso.

ou
Primeira coisa, nossa banca é a CESPE, mesmo assim, não há diferença de
s@
documentos para o contexto do trânsito para o judiciário ou até organizacional. Em
tin
ar

TODO caso seguimos a Resolução CFP nº 6 de 2019.


m
io

Antes de falar sobre ela, dois caroços de informação.


ab
of
ai

Informe Psicológico
-c
2

O informe psicológico é a comunicação documentada do serviço do


-2
41

psicólogo sobre algo avaliado. Nesse sentido, decorrente da forma como o termo é
.8

utilizado em língua portuguesa, podemos dizer que os informes são o laudo e o


81
.6

relatório psicológico.
39
-0
s

Estudo de Caso
tin
ar

Coisa besta demais... Simples mesmo. Estudo de caso é a análise de um


M
a

caso descrito. Nem documento é.


uz

Um dos principais autores que versa sobre estudos de caso é YIN (1989).
So

Esse autor define que "o estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga um
de
o

fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, quando a fronteira


bi

entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente e onde múltiplas fontes


o

de evidência são utilizadas". Esta definição, apresentada como uma "definição mais
ai
C

técnica", nos ajuda, segundo ele, a compreender e distinguir o método do estudo


de caso de outras estratégias de pesquisa como o método histórico e a entrevista
em profundidade, o método experimental e o survey.
Fundamentalmente, podemos entender o método de estudo de caso como
um tipo de análise qualitativa (apesar de não descartar vieses quantitativos). Pode
ser feito com um sujeito ou com vários, e em algumas abordagens psicológicas
apresenta maior representatividade que em outras. Na análise experimental do
comportamento, por exemplo, admite-se que com o controle metodológico e a

| 16
produção de resultados no estudo de caso, a hipótese pode ser generalizável para
outros casos (mesmo quando o experimento comportamental foi feito apenas com
um sujeito).
Ainda segundo YIN (1989), o estudo de caso possui quatro funções:
1. Explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são muito

12
complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias

5:
experimentais;

:1
15
2. Descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu;

0
02
3. Fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção

/2
realizada; e

12
6/
4. Explorar aquelas situações onde as intervenções avaliadas não

-1
possuam resultados claros e específicos.

om
.c
ok
Para evitar que alguns problemas se desenvolvam no decorrer do

tlo
levantamento do estudo de caso, recomenda-se:
ou
1.
s@
Desenvolver um plano de pesquisa que considere estes perigos ou
tin

críticas. Por exemplo, com relação ao sentimento de certeza, pode-se usar um


ar

padrão de amostra apropriado pois, " sabendo que sua amostra é boa, ele tem uma
m
io

base racional para fazer estimativas sobre o universo do qual ela é retirada"
ab

2. Ao se fazer generalizações, da mesma maneira que nas


of
ai

generalizações a partir de experimentos, fazê-las em relação às proposições


-c

teóricas e não para populações ou universos


2
-2
41

3. Planejar a utilização, tanto quanto possível, da "...técnica do código


.8

qualitativo para traços e fatores individuais que são passíveis de tais classificações.
81
.6

Se usar categorias como 'egoísta' ou 'ajustado' ... desenvolverá um conjunto de


39

instruções para decidir se um determinado caso está dentro da categoria e estas


-0

instruções devem ser escritas de maneira que outros cientistas possam repeti-las".
s
tin

Estes autores recomendam que, por segurança, as classificações feitas sejam


ar
M

analisadas por um conjunto de colaboradores que atuarão como "juízes da


a
uz

fidedignidade mesmo das classificações mais simples".


So

4. Evitar narrações longas e relatórios extensos uma vez que relatórios


de

deste tipo desencorajam a leitura e a análise do estudo do caso.


o
bi

5. Proceder seleção e treinamento criteriosos dos investigadores e


assistentes para assegurar o domínio das habilidades necessárias à realização de


o
ai

Estudo de Caso.
C

Meus queridos, futuros aprovados no concurso do PGDF, procurem esse


curso grátis no Psicologia Nova:

| 17
12
5:
:1
15
0
02
/2
Ele vai tratar da Resolução CFP nº 6 de 2019 e foi disponibilizado de graça

12
6/
em nosso site.

-1
om
.c
ok
tlo
ou
Questões s@
tin
ar

1. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


m
io

Assinale a opção que apresenta princípio fundamental do Código de Ética


ab

Profissional do Psicólogo.
of
ai

A promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas, porém sem impactar a


-c

coletividade
2
-2

B prática profissional digna e fundamentada nos preceitos religiosos e espirituais


41
.8

seguidos pelo paciente


81

C neutralidade profissional, ainda que com negligenciamento da realidade social,


.6
39

econômica e cultural do paciente


-0

D atuação responsável, com aprimoramento contínuo do profissional


s
tin

E prevenção da prática de automedicação por meio da restrição de acesso ao


ar
M

conhecimento da ciência psicológica por público leigo


a
uz
So

2. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


de

Assinale a opção em que se apresenta uma penalidade para infrações disciplinares


o
bi

decorrentes de transgressões dos preceitos do Código de Ética Profissional do


Psicólogo.
o
ai

A censura individual
C

B suspensão do exercício profissional por até sessenta dias


C repreensão aplicada por escrito
D advertência
E demissão

3. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


Com base nas disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale a
opção correta.

| 18
A O código de ética vigente reflete a necessidade sentida pela categoria de atender
aos interesses sociais da população.
B Um dos princípios fundamentais da categoria preconiza que o psicólogo deve
desconsiderar as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas
relações sobre as suas atividades profissionais.

12
C É vedado ao psicólogo emprestar a leigos instrumentos ou técnicas psicológicas

5:
que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.

:1
15
D O psicólogo poderá emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-

0
02
científica quando estes puderem interferir positivamente nos objetos do serviço

/2
prestado.

12
6/
E É vedado ao psicólogo promover publicamente seus serviços, por quaisquer

-1
meios, de modo individual ou coletivo.

om
.c
ok
4. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015

tlo
Ainda a propósito do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale
ou
a opção correta.
s@
tin

A No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, devem ser


ar

comunicadas ao responsável todas as informações colhidas para que sejam


m
io

promovidas medidas em benefício daqueles.


ab

B O referido código poderá ser alterado pelos conselhos regionais de psicologia, por
of
ai

iniciativa própria ou da categoria, desde que ouvido o CFP.


-c

C As dúvidas na observância desse código e os casos omissos serão resolvidos pelo


2
-2
41

CFP, ouvindo-se os conselhos regionais de psicologia.


.8

D O psicólogo que interromper seu trabalho por extinção do serviço de Psicologia


81
.6

deverá destruir completamente seus arquivos confidenciais.


39

E Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar e orientar os


-0

estudantes acerca dos princípios e das normas contidas nesse código, assim como
s
tin

exigir deles a observância desses princípios.


ar
M
a
uz

5. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


So

Com relação à ética profissional do psicólogo, julgue os itens que se seguem.


de

O psicólogo organizacional deverá respeitar o sigilo profissional, podendo


o
bi

decidir pela quebra desse sigilo em situações de conflito com os princípios


fundamentais do seu código de ética profissional, baseando sua decisão na busca do


o
ai

menor prejuízo, exceto nos casos previstos em lei.


C

6. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


A transgressão dos preceitos contidos no código de ética profissional do
psicólogo, considerada infração disciplinar, inclui as seguintes penalidades:
advertência verbal, advertência por escrito, censura ética, suspensão do exercício
profissional por até vinte dias e cassação do exercício profissional.

| 19
7. CESPE – DPF – Psicologia – 2014
Considerando o código de ética que rege a profissão e a atuação do psicólogo,
julgue os itens subsecutivos.
Em se tratando de paciente que esteja envolvido em casos de perícia judicial, o
profissional/psicólogo poderá atuar como perito, mesmo que tenha atendido,

12
individual e clinicamente, em momento anterior, o referido paciente.

5:
:1
15
8. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

0
02
Na prestação de serviços psicológicos, é vedado ao psicólogo fornecer, a

/2
qualquer pessoa, informações a respeito dos objetivos de suas intervenções.

12
6/
-1
9. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

om
No que tange aos resultados das intervenções psicológicas realizadas, o

.c
ok
profissional deverá informar, a quem de direito, apenas aqueles que são necessários

tlo
para a tomada de decisões, preservando o usuário e(ou) o beneficiário.
ou
s@
tin

10. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


ar

Em caso de greves ou paralisações da categoria profissional, o psicólogo dispõe


m
io

do direito de interromper todas as atividades concernentes à prestação de serviços


ab

psicológicos.
of
ai
-c

11. CESPE - 2010 - MS – Psicólogo


2
-2
41

Considerando os aspectos clínicos e a ética da atuação profissional do


.8

psicólogo, julgue os próximos itens.


81
.6

Considerando que homossexuais sofrem discriminação social e que isso


39

pode implicar baixa autoestima, isolamento social e outras dificuldades


-0

emocionais, um psicólogo bem treinado pode propor um programa de


s
tin

sensibilização heterossexual para reverter a condição de um paciente cujo


ar
M

sofrimento psíquico seja avaliado pelo profissional como decorrente da orientação


a
uz

sexual.
So

( ) Certo ( ) Errado
de
o
bi

12. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


Acerca da postura ética do psicólogo, julgue os itens subseqüentes.


o
ai

O cumprimento do Código de Ética Profissional do Psicólogo garante uma


C

postura ética por parte do profissional.


( ) Certo ( ) Errado

13. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


No exercício profissional, o psicólogo deve agir com base em suas
convicções pessoais, guiado por seus valores e princípios, construídos ao longo de
sua formação pessoal e profissional.

| 20
( ) Certo ( ) Errado

14. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


A postura ética do psicólogo consiste na observância dos princípios
elencados pela bioética que servem a todos, ou seja, princípios que não priorizem

12
crenças ou valores pessoais.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
0
02
15. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008

/2
O psicólogo vinculado a uma instituição deve considerar os princípios e as

12
6/
regras da instituição a que esteja vinculado, porém deve privilegiar a pessoa

-1
atendida, respeitando-a acima da instituição que os emprega.

om
( ) Certo ( ) Errado

.c
ok
tlo
16. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008
ou
s@
Diante da moral vigente, que não serve mais como referencial de
tin

orientação, é postura ética do psicólogo tornar absolutos os princípios, regras e


ar

normas de seu código profissional.


m
io

( ) Certo ( ) Errado
ab
of
ai

17. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


-c

Rita, com 83 anos de idade, com doença pulmonar crônica, chegou ao


2
-2
41

vigésimo dia de internação, período em que passou por vários tipos de exames, dos
.8

mais simples aos mais invasivos. Ainda sem um diagnóstico preciso que explicasse
81
.6

a intensificação dos sintomas de fadiga extrema, seria necessário prosseguir os


39

exames. Há seis meses, o irmão de Rita, após duas semanas de internação no


-0

mesmo hospital, faleceu. A lembrança desse irmão, que sempre foi muito próximo
s
tin

a ela, ainda está muito viva. “Foi como se tivesse sido ontem”, diz ela, cujo maior
ar
M

desejo é voltar para sua casa, já não mais suportando a permanência naquele
a
uz

hospital, apesar de todo apoio que recebe dos filhos e da equipe médica.
So

A partir do caso hipotético acima, julgue os itens a seguir, acerca da


de

intervenção ética do psicólogo junto à pessoa doente.


o
bi

18. Em uma avaliação psicológica eticamente fundamentada, deve-se atentar


para o limiar entre fazer todo o possível para o bem-estar de Rita na situação
o
ai

em que se encontra e fazer apenas o que é possível, apenas aquilo que lhe
C

beneficie verdadeiramente, evitando o que lhe é muito danoso, como, por


exemplo, o excesso de exames invasivos.
( ) Certo ( ) Errado

19. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


A psicologia e a ética juntas contribuem para uma digna vivência da morte,
ou seja, para que esta não seja reduzida simplesmente a um processo biológico que

| 21
permita morrer sem dor. O amparo a Rita, cujos dados são compatíveis com a
condição de paciente terminal, bem como à sua família, é importante para auxiliar
na tomada de consciência do que está implicado no processo de morrer.
( ) Certo ( ) Errado

12
20. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008

5:
É ético considerar a saúde e o bem-estar do paciente como primordiais, o

:1
15
que implica a suposição legal de que, para preservar a vida, os cuidados médicos e

0
02
psicológicos necessitam da permissão do paciente, respeitando o princípio da não-

/2
maleficência, conferindo a Rita a independência de vontade e ação e a informação

12
6/
sobre o tratamento e suas implicações.

-1
( ) Certo ( ) Errado

om
.c
ok
21. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010

tlo
Quanto à ética profissional no psicodiagnóstico, julgue os itens
ou
subsequentes.
s@
tin

Em termos gerais, o Código de Ética profissional é uma teorização acerca


ar

das condutas a serem adotadas pelo psicólogo que se propõe a agir corretamente
m
io

durante o psicodiagnóstico.
ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai
-c

22. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


2
-2
41

O Código de Ética orienta o psicólogo, respaldando-o, no que se refere ao


.8

conhecimento da área e ao diagnóstico do sujeito por ele atendido, propiciando um


81
.6

tratamento homogêneo àqueles que necessitam de apoio psicológico.


39

( ) Certo ( ) Errado
-0
s
tin

23. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


ar
M

O Código de Ética adverte o psicólogo quanto à necessidade de considerar,


a
uz

no momento do diagnóstico, os aspectos sociais na etiologia dos transtornos


So

psíquicos, como o sexo e a situação socioeconômica, que podem gerar variações


de

diagnósticas.
o
bi

( ) Certo ( ) Errado

o
ai

24. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


C

Uma exigência ideal do ponto de vista ético, mas que dificilmente é


colocada em prática, é a atualização profissional em relação ao conhecimento
científico, assim como a familiarização com as técnicas e suas respectivas
potencialidades e limites interpretativos no psicodiagnóstico.
( ) Certo ( ) Errado

25. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

| 22
A respeito da ética e pesquisa em saúde, julgue os itens a seguir.
O Código de Nuremberg (1947) e a Declaração Universal dos Direitos do
Homem (1948) mudaram a história das relações entre pesquisadores e os
participantes de pesquisa introduzindo normas que consagraram os direitos
individuais e a autonomia. Esses instrumentos tratam, fundamentalmente, dos

12
abusos da pesquisa científica.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
0
02
26. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

/2
O progresso das ciências biomédicas proporcionou à bioética um fértil

12
6/
campo de indagações e fez surgir dilemas que não são mais apenas relativos ao

-1
direito de transmitir vida e(ou) de suprimi-la, mas que tocam o direito de remodelá-

om
la e de produzir novos seres vivos.

.c
ok
( ) Certo ( ) Errado

tlo
ou
27. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010
s@
tin

A prática analítica e normativa da bioética tem se embasado em quatro


ar

princípios: a autonomia, que é a escolha livre e intencional de agentes cognitiva e


m
io

moralmente competentes; a não-maleficência, que é a valorização de atos que


ab

proporcione algum bem a terceiros; a beneficência para evitar danos injustificados


of
ai

a terceiros; e a justiça para proporcionar benefícios, riscos e custos equitativos entre


-c

os envolvidos.
2
-2
41

( ) Certo ( ) Errado
.8
81
.6

28. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


39

É eticamente legítimo o fato de o homem tentar controlar e direcionar os


-0

processos e as funções de sua biologia, pois isso faz parte do sentido do possível
s
tin

inscrito na dialética da autonomia humana, que inclui justamente a adaptabilidade


ar
M

de sua primeira natureza a seus projetos tipicamente humanos, isto é, consecutivos


a
uz

de sua natureza técnico-cultural.


So

( ) Certo ( ) Errado
de
o
bi

29. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


É possível apontar duas grandes correntes teóricas de tomada de decisão


o
ai

ética: a corrente teleológica, denominada ética das intenções, que é um ato


C

avaliado eticamente por seus resultados, pelo alcance dos objetivos da ação
empreendida, e a corrente da ética das consequências, isto é, se o homem é um ser
racional, suas decisões devem ser racionais, portanto, são universais.
( ) Certo ( ) Errado

30. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

| 23
Uma criança, cinco anos de idade, internada em hospital para tratamento
de leucemia mieloblástica aguda, apresenta quadro de anemia intensa. A equipe
médica prescreve transfusão sanguínea, mas os pais recusam tal procedimento.
Com base nesse caso clínico, julgue os itens que se seguem.
A criança ainda está desenvolvendo as condições necessárias para agir

12
autonomamente e, portanto, tem autonomia reduzida.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
0
02
31. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

/2
Mesmo existindo conflitos de valores ou de princípios paternos com a

12
6/
equipe de saúde, o pátrio poder não poderá ser confrontado ética e legalmente nos

-1
tribunais.

om
( ) Certo ( ) Errado

.c
ok
tlo
32. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011
ou
s@
Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens
tin

subsequentes.
ar

É dever do psicólogo transmitir, a quem de direito, somente os resultados


m
io

necessários para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário,


ab

decorrentes da prestação de serviços psicológicos.


of
ai

( ) Certo ( ) Errado
-c
2
-2
41

33. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


.8

É vedado ao psicólogo apresentar, em meios de comunicação, resultados


81
.6

de serviços psicológicos que possam expor pessoas, grupos ou organizações.


39

( ) Certo ( ) Errado
-0
s
tin

34. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


ar
M

Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deve manter consigo


a
uz

laudos, relatórios e todo material relativo aos serviços prestados, sendo-lhe vedado
So

passar esses documentos a seu substituto, visto que este não será o psicólogo
de

responsável pelo sigilo dessas informações, que cabe apenas ao psicólogo que as
o
bi

coletou.

( ) Certo ( ) Errado
o
ai
C

35. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


O Código de Ética prevê o direito de greve. No caso de a greve ter como
objetivo melhores condições de trabalho da categoria, é permitida a não
comunicação antecipada da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços.
( ) Certo ( ) Errado

36. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011

| 24
Caso um psicólogo observe que outro profissional de psicologia esteja
prestando serviço que acarrete risco ao usuário, esse psicólogo deve levar o caso ao
conselho da categoria, não devendo, em nenhuma hipótese, interferir diretamente
nos serviços alheios.
( ) Certo ( ) Errado

12
5:
37. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011

:1
15
O psicólogo que atue em uma equipe multiprofissional deve, ao elaborar

0
02
documentos, registrar todas as informações a respeito do usuário ou beneficiário

/2
por ele obtidas. Essas informações devem ser compartilhadas com a equipe, a qual,

12
6/
como o próprio psicólogo, é também responsável pelo seu sigilo.

-1
( ) Certo ( ) Errado

om
.c
ok
38. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –

tlo
2011
ou
s@
De acordo com o código de ética profissional que rege a profissão de
tin

psicólogo, julgue o item abaixo.


ar

Um psicólogo não pode receber de paciente empréstimo ou doação — além


m
io

de seus honorários —, salvo quando o paciente o faz de livre e espontânea vontade.


ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai
-c

39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


2
-2
41

A respeito da atuação do psicólogo no campo institucional e da ética nas


.8

relações humanas, julgue os itens subsecutivos.


81
.6

De acordo com a perspectiva da moral e dos direitos humanos, as decisões


39

morais são baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade.


-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin
ar
M

40. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


a
uz

Segundo a abordagem individualista da ética no trabalho, os


So

comportamentos morais produzem um bem maior para um número maior de


de

pessoas.
o
bi

( ) Certo ( ) Errado

o
ai

41. CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – Área de Psicologia - 2010


C

A respeito do papel profissional, das atribuições e das competências do


psicólogo organizacional, julgue os itens subsequentes.
O psicólogo organizacional deve preservar o sigilo profissional e o respeito
à intimidade dos trabalhadores que atende, inclusive quando requisitado a depor
em juízo, na hipótese de eventual reclamação trabalhista contra o empregador na
justiça do trabalho.
( ) Certo ( ) Errado

| 25
42. CESPE – DEPEN - 2013
Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens
seguintes.
No exercício de sua profissão, o psicólogo pode ser responsabilizado

12
individual ou coletivamente por suas ações e pelas consequências advindas dessas

5:
ações.

:1
15
( ) Certo ( ) Errado

0
02
/2
43. CESPE – DEPEN - 2013

12
6/
O conjunto fixo e normativo da atuação e das técnicas que regem a práxis do

-1
psicólogo, conforme especificado no código de ética, é pautado nas

om
responsabilidades e no compromisso que o profissional tem consigo mesmo e com

.c
ok
a sociedade.

tlo
( ) Certo ( ) Errado
ou
s@
tin

44. CESPE – DEPEN - 2013


ar

O código de ética estabelece um conjunto de padrões e condutas esperadas no


m
io

que tange à prática profissional, exigindo sempre uma reflexão crítica e contínua do
ab

exercício da profissão pelo psicólogo.


of
ai

( ) Certo ( ) Errado
-c
2
-2
41

45. CESPE – DEPEN - 2013


.8

A normatização de técnicas é um objetivo fundamental do código de ética


81
.6

profissional advindo da necessidade de assegurar práticas éticas pautadas nos


39

direitos fundamentais do indivíduo.


-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin
ar
M

46. CESPE – DEPEN - 2013


a
uz

O código de ética considera valores e demandas sociais, sendo norteado por


So

padrões éticos que garantem vínculos adequados entre os profissionais e entre o


de

profissional e a sociedade de modo geral.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado

o
ai

47. CESPE – DEPEN - 2013


C

O Código de Ética do Profissional do Psicólogo prevê exceções para a quebra de


sigilo profissional, devendo o profissional embasar sua decisão para mantê-lo na
busca do maior benefício para as partes envolvidas.
( ) Certo ( ) Errado

48. CESPE – DEPEN - 2013

| 26
A missão fundamental de um código de ética profissional é normatizar a
natureza técnica do trabalho, assegurando, assim, um padrão de conduta dos
profissionais que fortaleça o reconhecimento social da categoria.
( ) Certo ( ) Errado

12
49. CESPE – DEPEN - 2013

5:
O Código de Ética Profissional do Psicólogo aproxima-se mais de um

:1
15
instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo

0
02
psicólogo.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
6/
-1
50. CESPE – DEPEN - 2013

om
João Gregório, graduado em psicologia há um ano, tem afinidade com a

.c
ok
psicologia clínica e planeja iniciar uma pós-graduação lato sensu nessa área de

tlo
conhecimento. Seu cartão pessoal apresenta as seguintes informações: “João
ou
s@
Gregório Matias Júnior; psicólogo clínico; atendimento a famílias e casais; faça uma
tin

visita; apenas R$ 30,00 a sessão; conflitos? depressão? pânico? Ligue já e marque


ar

sua consulta; telefone de contato 30XX513”.


m
io

Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens a


ab

seguir, acerca da promoção pública dos serviços de psicologia.


of
ai

O cartão pessoal referido deixa evidente qual o público-alvo de João. Esse é


-c

um aspecto relevante, pois, de acordo com o código de ética, deve-se propor


2
-2
41

apenas atividades privativas do psicólogo.


.8

( ) Certo ( ) Errado
81
.6
39

51. CESPE – DEPEN - 2013


-0

Na promoção pública de serviços de psicologia, é vedado ao psicólogo utilizar o


s
tin

preço da sessão como forma de propaganda.


ar
M

( ) Certo ( ) Errado
a
uz
So

52. O cartão pessoal de João atende aos requisitos previstos no código de ética
de

do profissional de psicologia, visto que as informações disponibilizadas por


o
bi

João divulgam práticas reconhecidas e regulamentadas pela profissão.


( ) Certo ( ) Errado
o
ai
C

53. CESPE – DEPEN - 2013


De acordo com o código de ética, é facultado ao profissional prestar
informações, no cartão pessoal, quanto ao registro no conselho ou órgão de classe.
( ) Certo ( ) Errado

54. CESPE – DEPEN - 2013

| 27
O cartão de João está em conformidade com o padrão especificado no código
de ética, pois apresenta os títulos e as qualificações de João.
( ) Certo ( ) Errado

55. CESPE – SESA – EC - 2013

12
Assinale a opção correta referente ao Código de Ética Profissional dos

5:
Psicólogos.

:1
15
A) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional

0
02
dos Psicólogos a promoção de saúde e de qualidade de vida dos indivíduos e das

/2
coletividades, devendo o psicólogo ser neutro em quaisquer formas de violência e

12
6/
de discriminação.

-1
B) O profissional da psicologia deverá atuar com responsabilidade social e

om
econômica, estando a par dos contextos históricos e sociais. Cabe ao profissional

.c
ok
ainda a análise crítica das realidades social, cultural e individual na tomada de

tlo
decisão.
ou
s@
C) O psicólogo deverá atuar com responsabilidade no desenvolvimento da
tin

psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.


ar

D) O profissional da psicologia deverá promover a universalização do acesso da


m
io

população às informações e aos serviços, não cabendo sua contribuição no que


ab

tange ao conhecimento das especificidades da ciência psicológica.


of
ai

E) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional


-c

dos Psicólogos o trabalho fundamentado no respeito e na promoção da liberdade,


2
-2
41

da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores


.8

que embasam o artigo 5° da Constituição Federal.


81
.6
39

56. CESPE – Telebrás – 2013


-0

Acerca da ética do psicólogo organizacional, julgue os itens de 106 a 110.


s
tin

Ao ingressar em determinada organização, o psicólogo deve compatibilizar


ar
M

princípios e regras da ética profissional com missão, filosofia, políticas, normas e


a
uz

práticas da empresa em que atua.


So

( ) Certo ( ) Errado
de
o
bi

57. CESPE – Telebrás – 2013


O psicólogo deve estar capacitado pessoal, teórica e tecnicamente para assumir


o
ai

suas responsabilidades profissionais.


C

( ) Certo ( ) Errado

58. CESPE – Telebrás – 2013


O compartilhamento de informações relevantes com profissionais que não
sejam psicólogos, mas atuem na gestão da organização, é dever do psicólogo no
exercício do trabalho.
( ) Certo ( ) Errado

| 28
59. CESPE – Telebrás – 2013
A censura pública é a penalidade que pode ser aplicada ao profissional
psicólogo que disseminar a base científica que fundamenta a profissão.
( ) Certo ( ) Errado

12
5:
60. CESPE – Telebrás – 2013

:1
15
O psicólogo é impedido de intervir na prestação de serviços psicológicos que

0
02
estejam sendo efetuados por outro profissional, mesmo que este profissional aja

/2
contra a ética profissional.

12
6/
( ) Certo ( ) Errado

-1
om
61. CESPE – UNIPAMPA – 2013

.c
ok
Considerando a atuação de um psicólogo em equipe multidisciplinar de

tlo
saúde de um órgão público e as normas éticas e de rotina que devem ser seguidas
ou
s@
pelos profissionais que trabalham nesse mesmo órgão, julgue os itens
tin

subsequentes.
ar

Caso o psicólogo seja requisitado a depor em juízo, deverá conduzir seu


m
io

depoimento estritamente de acordo com as normas éticas institucionais.


ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai
-c

62. CESPE – UNIPAMPA – 2013


2
-2
41

Ao testemunhar que um colega da mesma equipe, de outra especialidade, age


.8

de modo negligente e discriminativo em relação a um paciente em atendimento, o


81
.6

psicólogo não deve se manifestar sobre o ocorrido e dedicar-se à execução de suas


39

atividades, a não ser que a denúncia desse tipo de fato esteja prevista nas normas
-0

éticas do órgão.
s
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar
M
a
uz

63. CESPE – UNIPAMPA – 2013


So

O psicólogo não deve disponibilizar para outros profissionais da equipe de


de

saúde, que não sejam também psicólogos, quaisquer informações obtidas por ele
o
bi

sobre o paciente.

( ) Certo ( ) Errado
o
ai
C

64. CESPE – UNIPAMPA – 2013


Ao reconhecer limitações pessoais para progredir no atendimento a um
paciente, havendo na equipe um colega com chances reconhecidas de evoluir com
o trabalho, o psicólogo deve fazer o encaminhamento a esse colega sem juntar
informações sobre o atendimento já realizado, de modo que o novo atendimento
possa ser iniciado isento de influências ou opiniões.
( ) Certo ( ) Errado

| 29
65. CESPE – UNIPAMPA – 2013
Ao receber um paciente encaminhado por um colega de outra área, que solicitou
urgência no atendimento, é facultado ao psicólogo oferecer ao paciente a
possibilidade de atendimento

12
em um serviço particular onde esse psicólogo também atua, com o objetivo de que

5:
o atendimento seja mais rápido.

:1
15
( ) Certo ( ) Errado

0
02
/2
12
6/
66. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014

-1
Uma jovem de vinte e três anos de idade, filha primogênita, em

om
acompanhamento psicológico desde os nove anos de idade, em virtude de

.c
ok
passividade exacerbada nos relacionamentos interpessoais, mostrou-se, no início

tlo
do tratamento, ansiosa e com dependência significativa de sua mãe. Ao longo do
ou
s@
seu desenvolvimento, apresentou outras queixas, tais como alteração repentina de
tin

humor, agressividade, insegurança e angústia. As manifestações clínicas mais


ar

recentes relatadas pela jovem foram dificuldade na tomada de decisões e na


m
io

iniciação de projetos pessoais, sentimentos de desamparo ao estar sozinha e


ab

preocupação exacerbada com a possibilidade de deixar de receber cuidado e apoio


of
ai

das pessoas que considera em seu rol de amizade.


-c

Considerando o caso clínico apresentado, julgue os itens a seguir, à luz do


2
-2
41

disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo e das abordagens teóricas da


.8

psicologia.
81
.6

Nesse caso, para iniciar o tratamento, quando a jovem era ainda criança, o
39

psicólogo necessitou de autorização de ambos os responsáveis — pai e mãe —, dada


-0

a previsão desta determinação no Código de Ética Profissional do Psicólogo.


s
tin
ar
M

67. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


a
uz

Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de


So

qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão


de

de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de


o
bi

assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que

o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações
o
ai

prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos,


C

inclusive na presença da equipe de trabalho.


Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,
acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo
organizacional.
O psicólogo que atendeu o funcionário deve considerar as relações de poder
existentes no ambiente organizacional e se posicionar de forma crítica, conforme

| 30
os princípios do código de ética profissional, mesmo que estes sejam contrários aos
interesses da empresa.

68. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de

12
qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão

5:
de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de

:1
15
assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que

0
02
o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações

/2
prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos,

12
6/
inclusive na presença da equipe de trabalho.

-1
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,

om
acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo

.c
ok
organizacional.

tlo
Caso o psicólogo seja demitido ou transferido do seu posto de trabalho, ele
ou
s@
deverá repassar todo o material ao psicólogo substituto, porém, não havendo outro
tin

profissional habilitado para substituí-lo, deverá encaminhar todos os arquivos


ar

lacrados à direção da empresa.


m
io
ab
of
ai
-c
2
-2
41

Questões Comentadas e Gabaritadas


.8
81
.6
39
-0

1. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


s

Assinale a opção que apresenta princípio fundamental do Código de Ética


tin
ar

Profissional do Psicólogo.
M

A promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas, porém sem impactar a


a
uz

coletividade
So

B prática profissional digna e fundamentada nos preceitos religiosos e espirituais


de

seguidos pelo paciente


o
bi

C neutralidade profissional, ainda que com negligenciamento da realidade social,


o

econômica e cultural do paciente


ai
C

D atuação responsável, com aprimoramento contínuo do profissional


E prevenção da prática de automedicação por meio da restrição de acesso ao
conhecimento da ciência psicológica por público leigo
Gabarito: D
Comentários: Tem que ser princípio fundamental! Somente a letra D atende ao
pedido.

2. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015

| 31
Assinale a opção em que se apresenta uma penalidade para infrações disciplinares
decorrentes de transgressões dos preceitos do Código de Ética Profissional do
Psicólogo.
A censura individual
B suspensão do exercício profissional por até sessenta dias

12
C repreensão aplicada por escrito

5:
D advertência

:1
15
E demissão

0
02
Gabarito: D

/2
Comentários: A única penalidade real presente no nosso código de ética é a da letra

12
6/
D.

-1
om
3. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015

.c
ok
Com base nas disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale a

tlo
opção correta.
ou
s@
A O código de ética vigente reflete a necessidade sentida pela categoria de atender
tin

aos interesses sociais da população.


ar

B Um dos princípios fundamentais da categoria preconiza que o psicólogo deve


m
io

desconsiderar as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas


ab

relações sobre as suas atividades profissionais.


of
ai

C É vedado ao psicólogo emprestar a leigos instrumentos ou técnicas psicológicas


-c

que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.


2
-2
41

D O psicólogo poderá emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-


.8

científica quando estes puderem interferir positivamente nos objetos do serviço


81
.6

prestado.
39

E É vedado ao psicólogo promover publicamente seus serviços, por quaisquer


-0

meios, de modo individual ou coletivo.


s
tin

Gabarito: C
ar
M

Comentários: O CEP atende às necessidades da categoria. O psicólogo deve


a
uz

considerar as relações de poder nos contextos em que atua. Não pode emitir
So

documentos sem fundamentação. Pode promover publicamente os seus serviços,


de

desde que respeite as normas do Código de Ética.


o
bi

4. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


o
ai

Ainda a propósito do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale


C

a opção correta.
A No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, devem ser
comunicadas ao responsável todas as informações colhidas para que sejam
promovidas medidas em benefício daqueles.
B O referido código poderá ser alterado pelos conselhos regionais de psicologia, por
iniciativa própria ou da categoria, desde que ouvido o CFP.
C As dúvidas na observância desse código e os casos omissos serão resolvidos pelo

| 32
CFP, ouvindo-se os conselhos regionais de psicologia.
D O psicólogo que interromper seu trabalho por extinção do serviço de Psicologia
deverá destruir completamente seus arquivos confidenciais.
E Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar e orientar os
estudantes acerca dos princípios e das normas contidas nesse código, assim como

12
exigir deles a observância desses princípios.

5:
Gabarito: E

:1
15
Comentários: Sempre comunicará apenas o necessário. O CEP é alterado pelo CFP,

0
02
ouvidos os CRPs. As dúvidas são resolvidas pelo CRP. Em caso de interrupção, deve

/2
guardar os documentos ou encaminhar ao CRP, caso o serviço seja descontinuado.

12
6/
-1
5. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

om
Com relação à ética profissional do psicólogo, julgue os itens que se seguem.

.c
ok
O psicólogo organizacional deverá respeitar o sigilo profissional, podendo

tlo
decidir pela quebra desse sigilo em situações de conflito com os princípios
ou
s@
fundamentais do seu código de ética profissional, baseando sua decisão na busca do
tin

menor prejuízo, exceto nos casos previstos em lei.


ar

Gabarito: C
m
io

Comentários: JUSTIFICATIVA – O Código de Ética Profissional do Psicólogo


ab

estabelece: “Art. 9° – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de


of
ai

proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou


-c

organizações a que se tenha acesso no exercício profissional. Art. 10 – Nas situações


2
-2
41

em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9° e


.8

as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos


81
.6

previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua
39

decisão na busca do menor prejuízo.”


-0
s
tin

6. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


ar
M

A transgressão dos preceitos contidos no código de ética profissional do


a
uz

psicólogo, considerada infração disciplinar, inclui as seguintes penalidades:


So

advertência verbal, advertência por escrito, censura ética, suspensão do exercício


de

profissional por até vinte dias e cassação do exercício profissional.


o
bi

Gabarito: E

Comentários: JUSTIFICATIVA – O Código de Ética Profissional do Psicólogo


o
ai

estabelece: “Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem


C

infração disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos


dispositivos legais ou regimentais:
a) Advertência; b) Multa; c) Censura pública; d) Suspensão do exercício profissional,
por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia; e)
Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de
Psicologia”.

| 33
7. CESPE – DPF – Psicologia – 2014
Considerando o código de ética que rege a profissão e a atuação do psicólogo,
julgue os itens subsecutivos.
Em se tratando de paciente que esteja envolvido em casos de perícia judicial, o
profissional/psicólogo poderá atuar como perito, mesmo que tenha atendido,

12
individual e clinicamente, em momento anterior, o referido paciente.

5:
Gabarito: E

:1
15
Comentários: JUSTIFICATIVA – O profissional psicólogo que atua enquanto perito

0
02
em casos judiciais deve zelar pela neutralidade, evitando situações que possam

/2
comprometer a fidelidade de dados e de informações colhidas ao longo do processo.

12
6/
-1
8. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

om
Na prestação de serviços psicológicos, é vedado ao psicólogo fornecer, a

.c
ok
qualquer pessoa, informações a respeito dos objetivos de suas intervenções.

tlo
Gabarito: E
ou
s@
Comentários: JUSTIFICATIVA – O fornecimento de informações, a quem de direito,
tin

sobre o caso ou os objetivos das intervenções constitui um dever fundamental do


ar

profissional, quando da prestação de serviços psicológicos.


m
io
ab

9. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


of
ai

No que tange aos resultados das intervenções psicológicas realizadas, o


-c

profissional deverá informar, a quem de direito, apenas aqueles que são necessários
2
-2
41

para a tomada de decisões, preservando o usuário e(ou) o beneficiário.


.8

Gabarito: C
81
.6

Comentários: JUSTIFICATIVA – Cabe ao psicólogo a comunicação dos resultados, a


39

quem de direito, apenas daquelas informações necessárias a tomada de decisões,


-0

preservando-se o usuário e/ou beneficiário.


s
tin
ar
M

10. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


a
uz

Em caso de greves ou paralisações da categoria profissional, o psicólogo dispõe


So

do direito de interromper todas as atividades concernentes à prestação de serviços


de

psicológicos.
o
bi

Gabarito: E

Comentários: JUSTIFICATIVA – Em caso de greve ou paralisações, o profissional


o
ai

poderá interromper todas as atividades concernentes à prestação de serviços


C

psicológicos, exceto as atividades de emergência.

11. CESPE - 2010 - MS – Psicólogo


Considerando os aspectos clínicos e a ética da atuação profissional do
psicólogo, julgue os próximos itens.
Considerando que homossexuais sofrem discriminação social e que isso
pode implicar baixa autoestima, isolamento social e outras dificuldades

| 34
emocionais, um psicólogo bem treinado pode propor um programa de
sensibilização heterossexual para reverter a condição de um paciente cujo
sofrimento psíquico seja avaliado pelo profissional como decorrente da orientação
sexual.
( ) Certo ( ) Errado

12
Gabarito: E

5:
Comentários: Não é mais possível, e admissível, esse tipo de conduta por

:1
15
psicólogos.

0
02
/2
12. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008

12
6/
Acerca da postura ética do psicólogo, julgue os itens subseqüentes.

-1
O cumprimento do Código de Ética Profissional do Psicólogo garante uma

om
postura ética por parte do profissional.

.c
ok
( ) Certo ( ) Errado

tlo
Gabarito: E
ou
s@
Comentários: Questão clássica. Não garante. Na verdade, nada conhecido até hoje
tin

pela humanidade garante qualquer comportamento ético.


ar
m
io

13. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


ab

No exercício profissional, o psicólogo deve agir com base em suas


of
ai

convicções pessoais, guiado por seus valores e princípios, construídos ao longo de


-c

sua formação pessoal e profissional.


2
-2
41

( ) Certo ( ) Errado
.8

Gabarito: E
81
.6

Comentários: Essa é de nível fácil e o candidato deve acertar obrigatoriamente. Se


39

o psicólogo age por convicções pessoais, não há de se falar em um conjunto comum


-0

de princípios de conduta.
s
tin
ar
M

14. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


a
uz

A postura ética do psicólogo consiste na observância dos princípios


So

elencados pela bioética que servem a todos, ou seja, princípios que não priorizem
de

crenças ou valores pessoais.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: E
o
ai

Comentários: Veja bem. Observar os princípios elencados para a bioética não


C

garante uma postura ética. Mesmo porque a bioética está inserida em contextos
onde ainda não existem consensos definitivos e universais. Questão com duplo erro.

15. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


O psicólogo vinculado a uma instituição deve considerar os princípios e as
regras da instituição a que esteja vinculado, porém deve privilegiar a pessoa
atendida, respeitando-a acima da instituição que os emprega.

| 35
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Na verdade, o psicólogo não deve privilegiar nem a instituição nem a
pessoa atendida. Seu compromisso é com o Código de Ética, sendo coerente com a
verdade.

12
5:
16. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008

:1
15
Diante da moral vigente, que não serve mais como referencial de

0
02
orientação, é postura ética do psicólogo tornar absolutos os princípios, regras e

/2
normas de seu código profissional.

12
6/
( ) Certo ( ) Errado

-1
Gabarito: E

om
Comentários: Nenhum princípio ali descrito deve ser tomado por absoluto pois

.c
ok
pode constituir ofensa a outros pontos do código de ética. Tome cuidado com

tlo
palavras como “sempre”, “nunca”, “absoluto”, etc.
ou
s@
tin
ar

17. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


m
io

Rita, com 83 anos de idade, com doença pulmonar crônica, chegou ao


ab

vigésimo dia de internação, período em que passou por vários tipos de exames, dos
of
ai

mais simples aos mais invasivos. Ainda sem um diagnóstico preciso que explicasse
-c

a intensificação dos sintomas de fadiga extrema, seria necessário prosseguir os


2
-2
41

exames. Há seis meses, o irmão de Rita, após duas semanas de internação no


.8

mesmo hospital, faleceu. A lembrança desse irmão, que sempre foi muito próximo
81
.6

a ela, ainda está muito viva. “Foi como se tivesse sido ontem”, diz ela, cujo maior
39

desejo é voltar para sua casa, já não mais suportando a permanência naquele
-0

hospital, apesar de todo apoio que recebe dos filhos e da equipe médica.
s
tin

A partir do caso hipotético acima, julgue os itens a seguir, acerca da


ar
M

intervenção ética do psicólogo junto à pessoa doente.


a
uz

18. Em uma avaliação psicológica eticamente fundamentada, deve-se atentar


So

para o limiar entre fazer todo o possível para o bem-estar de Rita na situação
de

em que se encontra e fazer apenas o que é possível, apenas aquilo que lhe
o
bi

beneficie verdadeiramente, evitando o que lhe é muito danoso, como, por


exemplo, o excesso de exames invasivos.


o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

Gabarito: C
Comentários: Assertiva correta. Coloquei essa questão aqui para destacar a
necessidade que os psicólogos tem de saber contextualizar suas atuações e buscar,
em situações como essa, o menor dano possível (menor prejuízo).

19. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008

| 36
A psicologia e a ética juntas contribuem para uma digna vivência da morte,
ou seja, para que esta não seja reduzida simplesmente a um processo biológico que
permita morrer sem dor. O amparo a Rita, cujos dados são compatíveis com a
condição de paciente terminal, bem como à sua família, é importante para auxiliar
na tomada de consciência do que está implicado no processo de morrer.

12
( ) Certo ( ) Errado

5:
Gabarito: E

:1
15
Comentários: O texto dessa questão não permite concluir que Rita é uma paciente

0
02
terminal. Cuidado!

/2
12
6/
20. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008

-1
É ético considerar a saúde e o bem-estar do paciente como primordiais, o

om
que implica a suposição legal de que, para preservar a vida, os cuidados médicos e

.c
ok
psicológicos necessitam da permissão do paciente, respeitando o princípio da não-

tlo
maleficência, conferindo a Rita a independência de vontade e ação e a informação
ou
sobre o tratamento e suas implicações.
s@
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar

Gabarito: E
m
io

Comentários: Legalmente falando, independente do que o paciente quiser, o


ab

médico é obrigado a preservar a vida do mesmo, independente de seu estado de


of
ai

consciência ou concordância. Claro que a isso se seguem inúmeras discussões


-c

bioéticas, mas para a sua prova saiba que nem tudo que os médicos fazem, ou nós
2
-2
41

fazemos, necessita de autorização. Cito casos simples que vivenciamos na


.8

psicologia: denunciar um pai por abuso infantil ou denunciar um paciente que


81
.6

anuncia que irá assassinar alguém. Nos dois casos não se faz necessário a permissão
39

do contratante para que o psicólogo tome as providências necessárias.


-0
s
tin
ar
M

21. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


a
uz

Quanto à ética profissional no psicodiagnóstico, julgue os itens


So

subsequentes.
de

Em termos gerais, o Código de Ética profissional é uma teorização acerca


o
bi

das condutas a serem adotadas pelo psicólogo que se propõe a agir corretamente

durante o psicodiagnóstico.
o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

Gabarito: E
Comentários: O Código de Ética não fala das condutas a serem adotadas no
psicodiagnóstico, mas de um conjunto de orientações que devem ser respeitadas
para buscar um comportamento ético.

22. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010

| 37
O Código de Ética orienta o psicólogo, respaldando-o, no que se refere ao
conhecimento da área e ao diagnóstico do sujeito por ele atendido, propiciando um
tratamento homogêneo àqueles que necessitam de apoio psicológico.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

12
Comentários: Tratamento homogêneo? É necessário fornecer um tratamento

5:
personalizado para cada situação. Além disso, o Código de Ética prescreve

:1
15
orientações de conduta e não respalda o conhecimento e o diagnóstico do

0
02
psicólogo. O CESPE, com menor frequência que outras bancas, apresenta assertivas

/2
com duplos erros. Aproveite para ganhar ponto nessas, pois acabam sendo de nível

12
6/
fácil.

-1
om
23. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010

.c
ok
O Código de Ética adverte o psicólogo quanto à necessidade de considerar,

tlo
no momento do diagnóstico, os aspectos sociais na etiologia dos transtornos
ou
s@
psíquicos, como o sexo e a situação socioeconômica, que podem gerar variações
tin

diagnósticas.
ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io

Gabarito: C
ab

Comentários: Este não é um princípio expresso do nosso Código de Ética. Por isso
of
ai

aprenda a interpretar o que está explícito nos princípios fundamentais: III. O


-c

psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente


2
-2
41

a realidade política, econômica, social e cultural.


.8
81
.6
39

24. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


-0

Uma exigência ideal do ponto de vista ético, mas que dificilmente é


s
tin

colocada em prática, é a atualização profissional em relação ao conhecimento


ar
M

científico, assim como a familiarização com as técnicas e suas respectivas


a
uz

potencialidades e limites interpretativos no psicodiagnóstico.


So

( ) Certo ( ) Errado
de

Gabarito: E
o
bi

Comentários: Exigência ideal nada. Olha o que o nosso código de ética fala em seus

princípios fundamentais: IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do


o
ai

contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da


C

Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.

25. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


A respeito da ética e pesquisa em saúde, julgue os itens a seguir.
O Código de Nuremberg (1947) e a Declaração Universal dos Direitos do
Homem (1948) mudaram a história das relações entre pesquisadores e os
participantes de pesquisa introduzindo normas que consagraram os direitos

| 38
individuais e a autonomia. Esses instrumentos tratam, fundamentalmente, dos
abusos da pesquisa científica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: O Código de Nuremberg é um conjunto de princípios éticos que

12
regem a pesquisa com seres humanos, sendo considerado como uma das

5:
consequências dos Processos de Guerra de Nuremberg, ocorridos no fim da

:1
15
Segunda Guerra Mundial. São 10 princípios bem simples:

0
02
1. O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente

/2
essencial. Isso significa que a pessoa envolvida deve ser legalmente

12
6/
capacitada para dar o seu consentimento; tal pessoa deve exercer o seu

-1
direito livre de escolha, sem intervenção de qualquer desses elementos:

om
força, fraude, mentira, coação, astúcia ou outra forma de restrição ou

.c
ok
coerção posterior; e deve ter conhecimento e compreensão suficientes do

tlo
assunto em questão para tomar sua decisão. Esse último aspecto requer
ou
s@
que sejam explicadas à pessoa a natureza, duração e propósito do
tin

experimento; os métodos que o conduzirão; as incoveniências e riscos


ar

esperados; os eventuais efeitos que o experimento possa ter sobre a


m
io

saúde do participante. O dever e a responsabilidade de garantir a


ab

qualidade do consentimento recaem sobre o pesquisador que inicia,


of
ai

dirige ou gerencia o experimento. São deveres e responsabilidades que


-c

não podem ser delegados a outrem impunemente.


2
-2
41

2. O experimento deve ser tal que produza resultados vantajosos para a


.8

sociedade, os quais não possam ser buscados por outros métodos de


81
.6

estudo, e não devem ser feitos casuística e desnecessariamente.


39

3. O experimento deve ser baseado em resultados de experimentação


-0

animal e no conhecimento da evolução da doença ou outros problemas


s
tin

em estudo, e os resultados conhecidos previamente devem justificar a


ar
M

experimentação.
a
uz

4. O experimento deve ser conduzido de maneira a evitar todo o


So

sofrimento e danos desnecessários, físicos ou mentais.


de

5. Nenhum experimento deve ser conduzido quando existirem razões


o
bi

para acreditar numa possível morte ou invalidez permanente; exceto,


talvez, no caso de o próprio médico pesquisador se submeter ao


o
ai

experimento.
C

6. O grau de risco aceitável deve ser limitado pela importância


humanitária do problema que o pesquisador se propõe resolver.
7. Devem ser tomados cuidados especiais para proteger o participante
do experimento de qualquer possibilidade, mesmo remota, de dano,
invalidez ou morte.
8. O experimento deve ser conduzido apenas por pessoas
cientificamente qualificadas. Deve ser exigido o maior grau possível de

| 39
cuidado e habilidade, em todos os estágios, daqueles que conduzem e
gerenciam o experimento.
9. Durante o curso do experimento, o participante deve ter plena
liberdade de se retirar, caso ele sinta que há possibilidade de algum dano
com a sua continuidade.

12
10. Durante o curso do experimento, o pesquisador deve estar

5:
preparado para suspender os procedimentos em qualquer estágio, se ele

:1
15
tiver razoáveis motivos para acreditar que a continuação do experimento

0
02
causará provável dano, invalidez ou morte para o participante.

/2
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, por sua vez, buscou

12
6/
definir as bases de uma futura paz (na época a 2°GM tinha terminado e a

-1
Guerra Fria estava nos seus primórdios). Seu objetivo principal foi definir

om
conceitos gerais de proteção aos direitos humanos e a busca de

.c
ok
negociações sobre conflitos internacionais, objetivando evitar guerras e

tlo
promover a paz e a democracia e fortaleça os Direitos Humanos.
ou
s@
tin

26. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


ar

O progresso das ciências biomédicas proporcionou à bioética um fértil


m
io

campo de indagações e fez surgir dilemas que não são mais apenas relativos ao
ab

direito de transmitir vida e(ou) de suprimi-la, mas que tocam o direito de remodelá-
of
ai

la e de produzir novos seres vivos.


-c

( ) Certo ( ) Errado
2
-2
41

Gabarito: C
.8

Comentários: Que assunto está sendo falado aqui? Clonagem. Dificilmente isso irá
81
.6

cair na sua prova, mas você deve saber o que é bioética: A Bioética é uma ética
39

aplicada, chamada também de “ética prática”, que visa “dar conta” dos conflitos e
-0

controvérsias morais implicados pelas práticas no âmbito das Ciências da Vida e da


s
tin

Saúde do ponto de vista de algum sistema de valores (chamado também de “ética”)


ar
M

(Schramm e Braz, 2012). É uma área que envolve várias disciplinas e que atua sobre
a
uz

questões onde não existe um consenso.


So

Essa visão articulada atua, na área da saúde, em questões como: aborto,


de

fertilização in vitro, eutanásia, clonagem, transgênicos, etc. Além disso, atua na


o
bi

responsabilização moral dos pesquisadores e dos profissionais dessa área. A


intenção é de estabelecer padrões universais, estabelecidos após a discussão


o
ai

criteriosa dos assuntos abordados, para uma sociedade mais justa e promotora do
C

bem estar social. A ciência não é vista como um ente isolado ou acima da
humanidade. Ao contrário, a ciência e a atuação profissional devem ser nortados
sempre por um bem maior.
Referência: Schramm, Fermin Roland e Braz, Marlene, Introdução à Bioética.
http://www.ghente.org/bioetica/ acessado em fevereiro de 2012.

| 40
27. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010
A prática analítica e normativa da bioética tem se embasado em quatro
princípios: a autonomia, que é a escolha livre e intencional de agentes cognitiva e
moralmente competentes; a não-maleficência, que é a valorização de atos que
proporcione algum bem a terceiros; a beneficência para evitar danos injustificados

12
a terceiros; e a justiça para proporcionar benefícios, riscos e custos equitativos entre

5:
os envolvidos.

:1
15
( ) Certo ( ) Errado

0
02
Gabarito: E

/2
Comentários: Notou que os conceitos estão trocados? Vamos corrigir: a prática

12
6/
analítica e normativa da bioética tem se embasado em quatro princípios:

-1
a) autonomia: escolha livre e intencional de agentes cognitiva e

om
moralmente competentes;

.c
ok
b) não-maleficência: evitar danos injustificados a terceiros;

tlo
c) beneficência: que é a valorização de atos que proporcione algum bem a
ou
terceiros;
s@
tin

d) justiça: proporcionar benefícios, riscos e custos equitativos entre os


ar

envolvidos.
m
io

Um excelente tratado mais aprofundado sobre esses princípios pode ser


ab

encontrado aqui:
of
ai

http://www.silviamota.com.br/enciclopediabiobio/artigosbiobio/principios
-c

dabioetica.htm
2
-2
41
.8

28. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


81
.6

É eticamente legítimo o fato de o homem tentar controlar e direcionar os


39

processos e as funções de sua biologia, pois isso faz parte do sentido do possível
-0

inscrito na dialética da autonomia humana, que inclui justamente a adaptabilidade


s
tin

de sua primeira natureza a seus projetos tipicamente humanos, isto é, consecutivos


ar
M

de sua natureza técnico-cultural.


a
uz

( ) Certo ( ) Errado
So

Gabarito: C
de

Comentários: Esse é justamente o princípio da autonomia descrito na questão


o
bi

anterior.

o
ai

29. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


C

É possível apontar duas grandes correntes teóricas de tomada de decisão


ética: a corrente teleológica, denominada ética das intenções, que é um ato
avaliado eticamente por seus resultados, pelo alcance dos objetivos da ação
empreendida, e a corrente da ética das consequências, isto é, se o homem é um ser
racional, suas decisões devem ser racionais, portanto, são universais.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

| 41
Comentários: Questão nível Jedi. O CESPE não sabe brincar algumas vezes.
“A tomada de decisão ética tem duas correntes: a Teleológica e a
Deontológica. Na Teleológica ou ética das consequências ou dos resultados, o alvo
é avaliado eticamente pelos resultados da ação, a partir de um paradigma na busca
do maior bem-estar ao maior número de pessoas, (decisão com mais benefícios); a

12
corrente Deontológica, ou ética das intenções ou deveres, que buscam nas ações

5:
racionais derivadas de princípios universais que devem ser aplicadas em todo o

:1
15
tempo e lugar, obedecendo a um imperativo categórico, ou seja, não admite

0
02
exceções, e “trata cada indivíduo sempre como um fim em si mesmo, não somente

/2
como um meio”.

12
6/
Referência: Fortes PAC. Ética e saúde: questões éticas, deontológicas e

-1
legais, tomada de decisões, autonomia e direitos do paciente, estudo de casos. São

om
Paulo: Ed. Pedagógica e Universitária; 1998.

.c
ok
Caso queira saber mais, recomendo que compre o livro:

tlo
http://www.disal.com.br/detalhes/index.asp?A1=475811184599&A2=C&codigo=10
ou
6940.3
s@
tin
ar

30. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


m
io

Uma criança, cinco anos de idade, internada em hospital para tratamento


ab

de leucemia mieloblástica aguda, apresenta quadro de anemia intensa. A equipe


of
ai

médica prescreve transfusão sanguínea, mas os pais recusam tal procedimento.


-c

Com base nesse caso clínico, julgue os itens que se seguem.


2
-2
41

A criança ainda está desenvolvendo as condições necessárias para agir


.8

autonomamente e, portanto, tem autonomia reduzida.


81
.6

( ) Certo ( ) Errado
39

Gabarito: C
-0

Comentários: A criança ainda é incapaz (psicologicamente e juridicamente) de


s
tin

assumir total responsabilidade por suas escolhas. Alternativa correta.


ar
M
a
uz

31. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


So

Mesmo existindo conflitos de valores ou de princípios paternos com a


de

equipe de saúde, o pátrio poder não poderá ser confrontado ética e legalmente nos
o
bi

tribunais.

( ) Certo ( ) Errado
o
ai

Gabarito: E
C

Comentários: Não só o pátrio poder pode ser questionado como, legalmente, deve.
Em raríssimos casos a justiça brasileira tem manifestado a liberdade de convicção
religiosa como excusa à obrigação paternal de cuidar do filho.

32. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens
subsequentes.

| 42
É dever do psicólogo transmitir, a quem de direito, somente os resultados
necessários para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário,
decorrentes da prestação de serviços psicológicos.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C

12
Comentários: Assertiva Correta:

5:
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:

:1
15
...

0
02
g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de

/2
serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a

12
6/
tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário.

-1
om
33. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011

.c
ok
É vedado ao psicólogo apresentar, em meios de comunicação, resultados

tlo
de serviços psicológicos que possam expor pessoas, grupos ou organizações.
ou
( ) Certo ( ) Errado
s@
tin

Gabarito: C
ar

Comentários: Assertiva correta.


m
io

Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:


ab

...
of
ai

q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de


-c

serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas,


2
-2
41

grupos ou organizações.
.8
81
.6
39

34. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


-0

Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deve manter consigo


s
tin

laudos, relatórios e todo material relativo aos serviços prestados, sendo-lhe vedado
ar
M

passar esses documentos a seu substituto, visto que este não será o psicólogo
a
uz

responsável pelo sigilo dessas informações, que cabe apenas ao psicólogo que as
So

coletou.
de

( ) Certo ( ) Errado
o
bi

Gabarito: E

Comentários: Percebe como as questões sobre ética profissional são fáceis? Eles
o
ai

costumam pegar, na maioria das vezes, conceitos do nosso código de ética para
C

estressarem o assunto. A maioria das questões serão respondidas com uma


simples, mas atenta, leitura do código:
Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer
motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.
§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar
todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para
posterior utilização pelo psicólogo substituto.

| 43
§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável
informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a
destinação dos arquivos confidenciais.

35. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011

12
O Código de Ética prevê o direito de greve. No caso de a greve ter como

5:
objetivo melhores condições de trabalho da categoria, é permitida a não

:1
15
comunicação antecipada da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços.

0
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
Gabarito: E

12
6/
Comentários: Você acertou essa. Não foi?

-1
Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá

om
que:

.c
ok
a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;

tlo
b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos
ou
serviços atingidos pela mesma.
s@
tin
ar

36. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


m
io

Caso um psicólogo observe que outro profissional de psicologia esteja


ab

prestando serviço que acarrete risco ao usuário, esse psicólogo deve levar o caso ao
of
ai

conselho da categoria, não devendo, em nenhuma hipótese, interferir diretamente


-c

nos serviços alheios.


2
-2
41

( ) Certo ( ) Errado
.8

Gabarito: E
81
.6

Comentários: Essa foi fácil! Vejas as hipóteses abaixo.


39

Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos


-0

que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes


s
tin

situações:
ar
M

a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;


a
uz

b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,


So

quando dará imediata ciência ao profissional;


de

c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da


o
bi

interrupção voluntária e definitiva do serviço;


d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte


o
ai

da metodologia adotada.
C

37. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


O psicólogo que atue em uma equipe multiprofissional deve, ao elaborar
documentos, registrar todas as informações a respeito do usuário ou beneficiário
por ele obtidas. Essas informações devem ser compartilhadas com a equipe, a qual,
como o próprio psicólogo, é também responsável pelo seu sigilo.
( ) Certo ( ) Errado

| 44
Gabarito: E
Comentários: É comum encontrarmos questões falando do sigilo profissional com
relação a equipes multiprofissionais. Vamos destrinchar os principais artigos do
atual código com relação a esse tema para que você não erre mais:
Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:

12
...

5:
b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço

:1
15
prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,

0
02
assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

/2
12
6/
Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos

-1
que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:

om
...

.c
ok
d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte

tlo
da metodologia adotada.
ou
s@
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de
tin

proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou


ar

organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.


m
io

Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe


ab

multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o


of
ai

cumprimento dos objetivos do trabalho.


-c

Ficou claro o erro? Vamos reescrever a assertiva:


2
-2
41

O psicólogo que atue em uma equipe multiprofissional deve, ao elaborar


.8

documentos, registrar (todas as informações) apenas as informações


81
.6

necessárias a respeito do usuário ou beneficiário por ele obtidas. Essas


39

informações devem ser compartilhadas com a equipe, a qual, como o


-0

próprio psicólogo, é também responsável pelo seu sigilo.


s
tin
ar
M
a
uz

38. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –


So

2011
de

De acordo com o código de ética profissional que rege a profissão de


o
bi

psicólogo, julgue o item abaixo.


Um psicólogo não pode receber de paciente empréstimo ou doação — além


o
ai

de seus honorários —, salvo quando o paciente o faz de livre e espontânea vontade.


C

( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Mesmo que o paciente empreste ou doe algo ao psicólogo, estará
configurado uma falta ética. Confira o código: Art. 2º – Ao psicólogo é vedado: ... o)
Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras de
qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como intermediar
transações financeiras;

| 45
39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011
A respeito da atuação do psicólogo no campo institucional e da ética nas
relações humanas, julgue os itens subsecutivos.
De acordo com a perspectiva da moral e dos direitos humanos, as decisões

12
morais são baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
Gabarito: E

0
02
Comentários: Parece que é fácil responder esse tipo de questão, não é verdade?

/2
Mas não se engane e atente para algumas diferenças. Essa aplicação de ética no

12
6/
trabalho (uma ética aplicada) é mais bem estudada na administração do que na

-1
psicologia. Por isso sugiro (sempre que o edital colocar o conceito ético de forma

om
mais abrangente que o Código de Ética) abarcar o estudo através dos conceitos de

.c
ok
ética administrativa.

tlo
Existem quatro abordagens principais para a tomada de uma decisão ética
ou
s@
e cada uma dessas abordagens tem pressupostos básicos do que é considerado
tin

ético nas decisões humanas.


ar

a) Abordagem utilitária - os comportamentos morais produzem um


m
io

bem maior para um numero maior.


ab

b) Abordagem individualista - as ações morais quando elas


of
ai

promovem os melhores interesses no longo prazo do individuo, o que


-c

basicamente leva a um bem maior.


2
-2
41

c) Abordagem da moral e dos direitos - as decisões morais são aquelas


.8

que melhor mantém os direitos das pessoas afetados por elas.


81
.6

d) Abordagem da justiça - as decisões morais precisam ser baseadas


39

nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade.


-0

Vamos reescrever a assertiva do modo certo?


s
tin

“De acordo com a perspectiva da (moral e dos direitos humanos) justiça, as


ar
M

decisões morais são baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade.”


a
uz
So

40. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


de

Segundo a abordagem individualista da ética no trabalho, os


o
bi

comportamentos morais produzem um bem maior para um número maior de


pessoas.
o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

Gabarito: E
Comentários: Como vimos na questão anterior, a descrição não corresponde à
abordagem individualista. A assertiva ficaria correta assim: “Segundo a abordagem
(individualista) utilitária da ética no trabalho, os comportamentos morais
produzem um bem maior para um número maior de pessoas.”

| 46
41. CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – Área de Psicologia - 2010
A respeito do papel profissional, das atribuições e das competências do
psicólogo organizacional, julgue os itens subsequentes.
O psicólogo organizacional deve preservar o sigilo profissional e o respeito
à intimidade dos trabalhadores que atende, inclusive quando requisitado a depor

12
em juízo, na hipótese de eventual reclamação trabalhista contra o empregador na

5:
justiça do trabalho.

:1
15
( ) Certo ( ) Errado

0
02
Gabarito: E

/2
Comentários: O certo seria: o psicólogo organizacional deve preservar o sigilo

12
6/
profissional e o respeito à intimidade dos trabalhadores que atende, NO ENTANTO,

-1
PORDERÁ QUEBRAR O SIGILO quando requisitado a depor em juízo, na hipótese de

om
eventual reclamação trabalhista contra o empregador na justiça do trabalho. [nesse

.c
ok
caso, comunicará apenas o essencial e buscará o menor prejuízo do trabalhador]

tlo
ou
42. CESPE – DEPEN - 2013
s@
tin

Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens


ar

seguintes.
m
io

No exercício de sua profissão, o psicólogo pode ser responsabilizado


ab

individual ou coletivamente por suas ações e pelas consequências advindas dessas


of
ai

ações.
-c

( ) Certo ( ) Errado
2
-2
41

Gabarito: C
.8

Comentários: De acordo com o nosso Código de Ética1, logo em sua introdução,


81
.6

temos a seguinte descrição: “Um Código de Ética profissional, ao estabelecer


39

padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria


-0

profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada


s
tin

indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e


ar
M

coletivamente, por ações e suas consequências no exercício profissional”.


a
uz
So

43. CESPE – DEPEN - 2013


de

O conjunto fixo e normativo da atuação e das técnicas que regem a práxis do


o
bi

psicólogo, conforme especificado no código de ética, é pautado nas


responsabilidades e no compromisso que o profissional tem consigo mesmo e com


o
ai

a sociedade.
C

( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: O nosso Código de Ética não é um conjunto fixo e normativo da
atuação e das técnicas. O próprio Código afirma em seu preâmbulo: “Este Código
de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de
reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo”.

1
Resolução CFP n° 10/2005

| 47
44. CESPE – DEPEN - 2013
O código de ética estabelece um conjunto de padrões e condutas esperadas no
que tange à prática profissional, exigindo sempre uma reflexão crítica e contínua do
exercício da profissão pelo psicólogo.

12
( ) Certo ( ) Errado

5:
Gabarito: C

:1
15
Comentários: Essa concepção está correta e decorre diretamente do Inciso III da lei

0
02
que aprova nosso Código de Ética: “O psicólogo atuará com responsabilidade

/2
social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e

12
6/
cultural”.

-1
om
45. CESPE – DEPEN - 2013

.c
ok
A normatização de técnicas é um objetivo fundamental do código de ética

tlo
profissional advindo da necessidade de assegurar práticas éticas pautadas nos
ou
direitos fundamentais do indivíduo.
s@
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar

Gabarito: E
m
io

Comentários: A normatização das técnicas não é o escopo do nosso Código de


ab

Ética. Além disso, não há lei que trate especificamente de tal normatização de
of
ai

técnicas. O que encontramos, na atualidade, é um conjunto de princípios da


-c

atuação do profissional psicólogo espalhados por diferentes resoluções. Essa


2
-2
41

concepção é coerente com a postura do Conselho Federal de Psicologia de não


.8

limitar técnicas psicológicas, mas de garantir que elas tenham um padrão mínimo
81
.6

de qualidade em sua aplicação profissional.


39
-0

46. CESPE – DEPEN - 2013


s
tin

O código de ética considera valores e demandas sociais, sendo norteado por


ar
M

padrões éticos que garantem vínculos adequados entre os profissionais e entre o


a
uz

profissional e a sociedade de modo geral.


So

( ) Certo ( ) Errado
de

Gabarito: C
o
bi

Comentários: Na primeira alínea introdutória de nosso Código de Ética,


encontramos essa definição: “a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes


o
ai

eixos que devem orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as


C

entidades profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e


estas demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional”.

47. CESPE – DEPEN - 2013


O Código de Ética do Profissional do Psicólogo prevê exceções para a quebra de
sigilo profissional, devendo o profissional embasar sua decisão para mantê-lo na
busca do maior benefício para as partes envolvidas.

| 48
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Temos aqui um conjunto de artigos que nos ajudam a entender o erro
dessa assertiva. Em verdade, apesar de termos o dever de respeitarmos o sigilo,
como diz o Art. 9º de nossa Resolução CFP n° 10/2005, logo em seguida, no art. 10, a

12
própria resolução fala que, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo

5:
poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor

:1
15
prejuízo. Seu parágrafo único fala que em caso de quebra do sigilo previsto no caput

0
02
deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente

/2
necessárias. O que tudo isso significa? Significa que o psicólogo pode decidir pela

12
6/
quebra do sigilo profissional e que deve restringir-se as informações estritamente

-1
necessárias e pautado pelo princípio do menor prejuízo, e não aquelas que gerem o

om
maior benefício para as partes envolvidas. Essa distinção, apesar de parecer

.c
ok
semelhante, é fundamental para qualquer concurso.

tlo
ou
48. CESPE – DEPEN - 2013
s@
tin

A missão fundamental de um código de ética profissional é normatizar a


ar

natureza técnica do trabalho, assegurando, assim, um padrão de conduta dos


m
io

profissionais que fortaleça o reconhecimento social da categoria.


ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai

Gabarito: E
-c

Comentários: Os Códigos de Ética devem priorizar a descrição de princípios


2
-2
41

profissionais e não manuais de aplicação de procedimentos e técnicas. Essa


.8

perspectiva visa assegurar a postura profissional ética do trabalhador. Nosso


81
.6

Código de Ética, por exemplo, fala que: “Este Código de Ética pautou-se pelo
39

princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um


-0

conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo”.


s
tin
ar
M

49. CESPE – DEPEN - 2013


a
uz

O Código de Ética Profissional do Psicólogo aproxima-se mais de um


So

instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo


de

psicólogo.
o
bi

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: C
o
ai

Comentários: Essa é uma assertiva correta e que foi elaborada com preguiçosa pela
C

banca. Assim como comentamos na questão passada, o nosso Código de Ética diz:
“Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um
instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo
psicólogo”.

50. CESPE – DEPEN - 2013

| 49
João Gregório, graduado em psicologia há um ano, tem afinidade com a
psicologia clínica e planeja iniciar uma pós-graduação lato sensu nessa área de
conhecimento. Seu cartão pessoal apresenta as seguintes informações: “João
Gregório Matias Júnior; psicólogo clínico; atendimento a famílias e casais; faça uma
visita; apenas R$ 30,00 a sessão; conflitos? depressão? pânico? Ligue já e marque

12
sua consulta; telefone de contato 30XX513”.

5:
Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens a

:1
15
seguir, acerca da promoção pública dos serviços de psicologia.

0
02
O cartão pessoal referido deixa evidente qual o público-alvo de João. Esse é

/2
um aspecto relevante, pois, de acordo com o código de ética, deve-se propor

12
6/
apenas atividades privativas do psicólogo.

-1
( ) Certo ( ) Errado

om
Gabarito: E

.c
ok
Comentários: Essa divulgação do pretenso público-alvo está em desacordo com o

tlo
art. 20 do nosso Código de Ética. Por esse artigo, apesar de ficarmos em dúvida se
ou
s@
podemos ou não divulgar o nosso público de atendimento, temos a certeza, pela
tin

literalidade da lei, que não podemos propor atividades privativas de outras


ar

profissões (o que é diferente de propormos apenas atividades privativas de nossa


m
io

profissão).
ab

Considerando que esse artigo será a base das questões a seguir, opto por
of
ai

apresenta-lo em sua integralidade. Veja:


-c

“Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer


2
-2
41

meios, individual ou coletivamente:


.8

a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;


81
.6

b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;


39

c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas


-0

e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;


s
tin

d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;


ar
M

e) Não fará previsão taxativa de resultados;


a
uz

f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;


So

g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras


de

categorias profissionais;
o
bi

h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais”.



o
ai

51. CESPE – DEPEN - 2013


C

Na promoção pública de serviços de psicologia, é vedado ao psicólogo utilizar o


preço da sessão como forma de propaganda.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Correto, vide alínea “d” do Art. 20 do nosso Código de Ética.

| 50
52. O cartão pessoal de João atende aos requisitos previstos no código de ética
do profissional de psicologia, visto que as informações disponibilizadas por
João divulgam práticas reconhecidas e regulamentadas pela profissão.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

12
Comentários: O cartão de João está longe de atender ao recomendado pela

5:
Resolução CFP n° 10/2005. Além de termos o erro de descrever o preço, de não

:1
15
informar o seu CRP, é sensacionalista na divulgação de seus serviços (vide alínea

0
02
“h”da Resolução CFP n° 10/2005).

/2
12
6/
53. CESPE – DEPEN - 2013

-1
De acordo com o código de ética, é facultado ao profissional prestar

om
informações, no cartão pessoal, quanto ao registro no conselho ou órgão de classe.

.c
ok
( ) Certo ( ) Errado

tlo
Gabarito: E
ou
s@
Comentários: A apresentação do número de registro no CRP é obrigatória. Vide
tin

alínea “a” da Resolução CFP n° 10/2005.


ar
m
io

54. CESPE – DEPEN - 2013


ab

O cartão de João está em conformidade com o padrão especificado no código


of
ai

de ética, pois apresenta os títulos e as qualificações de João.


-c

( ) Certo ( ) Errado
2
-2
41

Gabarito: E
.8

Comentários: Está em forte desconformidade com o determinado pela Resolução


81
.6

CFP n° 10/2005. Não apresenta número de registro CRP, é sensacionalista e divulga


39

preço.
-0
s
tin

55. CESPE – SESA – EC - 2013


ar
M

Assinale a opção correta referente ao Código de Ética Profissional dos


a
uz

Psicólogos.
So

A) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional


de

dos Psicólogos a promoção de saúde e de qualidade de vida dos indivíduos e das


o
bi

coletividades, devendo o psicólogo ser neutro em quaisquer formas de violência e


de discriminação.
o
ai

B) O profissional da psicologia deverá atuar com responsabilidade social e


C

econômica, estando a par dos contextos históricos e sociais. Cabe ao profissional


ainda a análise crítica das realidades social, cultural e individual na tomada de
decisão.
C) O psicólogo deverá atuar com responsabilidade no desenvolvimento da
psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.

| 51
D) O profissional da psicologia deverá promover a universalização do acesso da
população às informações e aos serviços, não cabendo sua contribuição no que
tange ao conhecimento das especificidades da ciência psicológica.
E) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional
dos Psicólogos o trabalho fundamentado no respeito e na promoção da liberdade,

12
da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores

5:
que embasam o artigo 5° da Constituição Federal.

:1
15
Gabarito: C

0
02
Comentários: Questão fácil e que pode ser respondida apenas com a parte inicial

/2
da Resolução CFP 10/2005, Dos Princípios Fundamentais. Os erros são os seguintes:

12
6/
A) Ele não será neutro! Pelo inciso II dos Princípios Fundamenais, ele contribuirá

-1
para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração,

om
violência, crueldade e opressão.

.c
ok
B) Segundo o inciso III, o psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando

tlo
crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural. Assim,
ou
s@
não podemos falar que ele atuará com responsabilidade econômica.
tin

C) Correto! Segundo o Inciso IV, o psicólogo atuará com responsabilidade, por meio
ar

do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da


m
io

Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.


ab

D) Negativo, segundo o inciso V, o psicólogo contribuirá para promover a


of
ai

universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da


-c

ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.


2
-2
41

E) Segundo o inciso I, o psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção


.8

da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado


81
.6

nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nada de
39

falar em 5˚ artigo da Constituição Federal.


-0
s
tin

56. CESPE – Telebrás – 2013


ar
M

Acerca da ética do psicólogo organizacional, julgue os itens de 106 a 110.


a
uz

Ao ingressar em determinada organização, o psicólogo deve compatibilizar


So

princípios e regras da ética profissional com missão, filosofia, políticas, normas e


de

práticas da empresa em que atua.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: C
o
ai

Comentários: Correta. Segundo o Art. 3º de nossa Resolução CFP n° 10/2005: “O


C

psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma organização,


considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes
e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código”.

57. CESPE – Telebrás – 2013


O psicólogo deve estar capacitado pessoal, teórica e tecnicamente para assumir
suas responsabilidades profissionais.

| 52
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: É dever fundamental do psicólogo, segundo a alínea “b” do Art. 1º de
nossa Resolução CFP n° 10/2005, assumir responsabilidades profissionais somente
por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente.

12
5:
58. CESPE – Telebrás – 2013

:1
15
O compartilhamento de informações relevantes com profissionais que não

0
02
sejam psicólogos, mas atuem na gestão da organização, é dever do psicólogo no

/2
exercício do trabalho.

12
6/
( ) Certo ( ) Errado

-1
Gabarito: E

om
Comentários: O Psicólogo não tem qualquer obrigação de compartilhar

.c
ok
informações relevantes, decorrentes de sua atividade profissional com

tlo
profissionais não relacionados ao caso em atendimento (o que caracterizaria uma
ou
s@
equipe multiprofissional). Assim, o erro da assertiva é afirmar que podemos
tin

compartilhar tais informações com profissionais de fora da equipe


ar

multiprofissional, como é o caso dos que atuam na gestão da organização.


m
io

Se fosse o caso de equipe multiprofissional, segundo o art. 6º de nossa


ab

Resolução CFP n° 10/2005, em sua alínea “b”, poderíamos dizer que o psicólogo, no
of
ai

relacionamento com profissionais não psicólogos compartilhará somente


-c

informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter


2
-2
41

confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as


.8

receber, de preservar o sigilo.


81
.6
39

59. CESPE – Telebrás – 2013


-0

A censura pública é a penalidade que pode ser aplicada ao profissional


s
tin

psicólogo que disseminar a base científica que fundamenta a profissão.


ar
M

( ) Certo ( ) Errado
a
uz

Gabarito: E
So

Comentários: Não há no nosso Código de Ética, a descrição dos casos em que as


de

penalidades deverão ser aplicadas.


o
bi

60. CESPE – Telebrás – 2013


o
ai

O psicólogo é impedido de intervir na prestação de serviços psicológicos que


C

estejam sendo efetuados por outro profissional, mesmo que este profissional aja
contra a ética profissional.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Segundo o art. 7º do nosso Código de Ética, em sua alínea “b”, o
psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo
efetuados por outro profissional, em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou

| 53
usuário do serviço, quando dará imediata ciência ao profissional. Assim, existe uma
brecha na legislação que nos permite agir na prestação de serviços psicológicos que
estejam sendo efetuados por outro profissional que caracteriza-se como falta ética
e, ao mesmo tempo, represente emergência ou risco ao beneficiário.
Apenas para relembrar, podemos intervir no trabalho de outros profissionais

12
nos seguintes casos:

5:
e) A pedido do outro profissional responsável pelo serviço;

:1
15
f) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário;

0
02
g) Quando o trabalho do outro profissional estiver encerrado;

/2
h) Quando for a metodologia adotada.

12
6/
-1
61. CESPE – UNIPAMPA – 2013

om
Considerando a atuação de um psicólogo em equipe multidisciplinar de

.c
ok
saúde de um órgão público e as normas éticas e de rotina que devem ser seguidas

tlo
pelos profissionais que trabalham nesse mesmo órgão, julgue os itens
ou
subsequentes.
s@
tin

Caso o psicólogo seja requisitado a depor em juízo, deverá conduzir seu


ar

depoimento estritamente de acordo com as normas éticas institucionais.


m
io

( ) Certo ( ) Errado
ab

Gabarito: E
of
ai

Comentários: O erro está no final da assertiva. O psicólogo deve conduzir seu


-c

depoimento de acordo com as normas éticas PROFISSIONAIS.


2
-2
41
.8

62. CESPE – UNIPAMPA – 2013


81
.6

Ao testemunhar que um colega da mesma equipe, de outra especialidade, age


39

de modo negligente e discriminativo em relação a um paciente em atendimento, o


-0

psicólogo não deve se manifestar sobre o ocorrido e dedicar-se à execução de suas


s
tin

atividades, a não ser que a denúncia desse tipo de fato esteja prevista nas normas
ar
M

éticas do órgão.
a
uz

( ) Certo ( ) Errado
So

Gabarito: E
de

Comentários: Segundo a alínea “e”, do art. 2, é vedado ao psicólogo ser conivente


o
bi

com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais


praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais. Assim, ele não


o
ai

pode ser conivente com tal tipo de situação.


C

Além disso, o psicólogo pode intervir nessa situação aviltante ao nosso


Código de Ética. Isso é o que diz a alínea “b” do art. 7º: “O psicólogo poderá intervir
na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro
profissional [...] Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do
serviço, quando dará imediata ciência ao profissional”.

63. CESPE – UNIPAMPA – 2013

| 54
O psicólogo não deve disponibilizar para outros profissionais da equipe de
saúde, que não sejam também psicólogos, quaisquer informações obtidas por ele
sobre o paciente.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

12
Comentários: Essa vedação não existe. Segundo a alínea “b” do Art. 6º de nosso

5:
Código de Ética: O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos

:1
15
compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado,

0
02
resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a

/2
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

12
6/
-1
64. CESPE – UNIPAMPA – 2013

om
Ao reconhecer limitações pessoais para progredir no atendimento a um

.c
ok
paciente, havendo na equipe um colega com chances reconhecidas de evoluir com

tlo
o trabalho, o psicólogo deve fazer o encaminhamento a esse colega sem juntar
ou
s@
informações sobre o atendimento já realizado, de modo que o novo atendimento
tin

possa ser iniciado isento de influências ou opiniões.


ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io

Gabarito: E
ab

Comentários: Ele deve passar as informações necessárias ao futuro profissional


of
ai

para o prosseguimento dos serviços. Isso é o que diz a alínea “k” do art. 1 da nossa
-c

resolução: “Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos


2
-2
41

justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu


.8

inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à


81
.6

continuidade do trabalho”.
39
-0

65. CESPE – UNIPAMPA – 2013


s
tin

Ao receber um paciente encaminhado por um colega de outra área, que solicitou


ar
M

urgência no atendimento, é facultado ao psicólogo oferecer ao paciente a


a
uz

possibilidade de atendimento
So

em um serviço particular onde esse psicólogo também atua, com o objetivo de que
de

o atendimento seja mais rápido.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: E
o
ai

Comentários: Ao psicólogo é vedado, segundo a alínea “l” do art. 2º da Resolução


C

CFP nº 10/2005: “Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando


benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual
mantenha qualquer tipo de vínculo profissional”.

66. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014

| 55
Uma jovem de vinte e três anos de idade, filha primogênita, em
acompanhamento psicológico desde os nove anos de idade, em virtude de
passividade exacerbada nos relacionamentos interpessoais, mostrou-se, no início
do tratamento, ansiosa e com dependência significativa de sua mãe. Ao longo do
seu desenvolvimento, apresentou outras queixas, tais como alteração repentina de

12
humor, agressividade, insegurança e angústia. As manifestações clínicas mais

5:
recentes relatadas pela jovem foram dificuldade na tomada de decisões e na

:1
15
iniciação de projetos pessoais, sentimentos de desamparo ao estar sozinha e

0
02
preocupação exacerbada com a possibilidade de deixar de receber cuidado e apoio

/2
das pessoas que considera em seu rol de amizade.

12
6/
Considerando o caso clínico apresentado, julgue os itens a seguir, à luz do

-1
disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo e das abordagens teóricas da

om
psicologia.

.c
ok
53 Nesse caso, para iniciar o tratamento, quando a jovem era ainda criança, o

tlo
psicólogo necessitou de autorização de ambos os responsáveis — pai e mãe —, dada
ou
s@
a previsão desta determinação no Código de Ética Profissional do Psicólogo.
tin

Gabarito: E
ar

Comentários: Necessita de autorização de um dos pais apenas.


m
io
ab

67. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


of
ai

Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de


-c

qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão


2
-2
41

de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de


.8

assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que
81
.6

o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações
39

prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos,


-0

inclusive na presença da equipe de trabalho.


s
tin

Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,


ar
M

acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo


a
uz

organizacional.
So

O psicólogo que atendeu o funcionário deve considerar as relações de poder


de

existentes no ambiente organizacional e se posicionar de forma crítica, conforme


o
bi

os princípios do código de ética profissional, mesmo que estes sejam contrários aos

interesses da empresa.
o
ai

Gabarito: C
C

Comentários: Eu avisei que esse inciso cai na literalidade! Veja o que diz o CEP:
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua
e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais,
posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais
princípios deste Código.

68. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014

| 56
Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de
qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão
de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de
assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que
o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações

12
prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos,

5:
inclusive na presença da equipe de trabalho.

:1
15
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,

0
02
acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo

/2
organizacional.

12
6/
Caso o psicólogo seja demitido ou transferido do seu posto de trabalho, ele

-1
deverá repassar todo o material ao psicólogo substituto, porém, não havendo outro

om
profissional habilitado para substituí-lo, deverá encaminhar todos os arquivos

.c
ok
lacrados à direção da empresa.

tlo
Gabarito: E
ou
Comentários: Os arquivos devem ser encaminhados ao CRP.
s@
tin
ar
m
io
ab
of
ai
-c

1 Avaliação psicológica e psicodiagnóstico. 1.1


2
-2
41

Fundamentos e etapas da medida psicológica. 1.2


.8
81

Instrumentos de avaliação. 1.2.1 Critérios de seleção,


.6
39
-0

avaliação e interpretação dos resultados.


s
tin
ar
M
a

Testes Válidos em 2019


uz
So

As Pirâmides Coloridas de Pfister


de

Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - 4ª edição (WISC-IV)


o
bi

Teste Wisconsin de Classificação de Cartas


Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST)


o
ai

Teste Wisconsin de Classificação de Cartas - versão para idosos


C

Escala de Inteligência Wechsler para Adultos (WAIS III)


Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI)
O Rorschach - Teoria e Desempenho (Sistema Klopfer)
Rorschach - Sistema Compreensivo Favorável
Rorschach - Sistema da Escola Francesa (1. O Psicodiagnóstico de Rorschach em
Adultos: Atlas, Normas e Reflexões. 2. A Prática do Rorschach)
Rorschach - Sistema de Avaliação por Desempenho

| 57
Rorschach Clínico
O teste de zulliger no sistema compreensivo - forma individual (ZSC )
Z-Teste Coletivo e Individual Técnica de Zulliger
Teste de Zulliger no sistema Escola de Paris: forma individual
O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade

12
Psicodiagnóstico Miocinético (PMK)

5:
Casa - Árvore- Pessoa - Técnica Projetiva de Desenho (HTP)

:1
15
Teste de Apercepção Infantil - Figuras de Animais (CAT-A)

0
02
Teste de Apercepção Infantil - Figuras Humanas (CAT-H)

/2
Teste de Apercepção Temática (TAT)

12
6/
Matrizes Avançadas de Raven

-1
Matrizes Progressivas Avançadas de Raven

om
Matrizes Progressivas Coloridas de Raven-CPM

.c
ok
Myers-Briggs Type Indicator -Inventário de Tipos Psicológicos (MBTI)

tlo
Inventário de Depressão de Beck (BDI-II)
ou
Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5)
s@
tin

Bateria Fatorial de Personalidade (bfp)


ar

Inventário de Personalidade NEO Revisado (NEO PI-R )


m
io

Inventário Dimensional Clínico da Personalidade 2 e Inventário Dimensional Clínico


ab

da Personalidade versão triagem (IDCP-2 )


of
ai

Inventário dos Seis Fatores de Personalidade (IFP-6)


-c

Inventário Fatorial de Personalidade (IFP-II) Favorável


2
-2
41

Inventário Fatorial de Personalidade Revisado - Versão Reduzida (IFP-R)


.8

Inventário Hogan de Personalidade (HPI)


81
.6

Inventário Reduzido dos Cinco Fatores de Personalidade (ICFP-R)


39

Inventário de Habilidades Sociais 2 (IHS 2 Del Prette)


-0

Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC)


s
tin

Inventário de Habilidades Sociais Para Adolescentes (IHSA-Del-Prette)


ar
M

Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento e Competência


a
uz

Acadêmica para Crianças (SSRS)


So

Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF)


de

Entrevista Familiar Estruturada (EFE)


o
bi

o
ai

Testes Desfavoráveis
C

16 PF - quinta edição
BFM-5 Bateria de Funções Mentais para Motoristas - Testes de Memória de Placas
(BFM-5) [Temos os BFMs 1, 2, 3 e 4, mas não o 5]
Manual Prático de Avaliação do HTP (Casa-Árvore-Pessoa) e Família [Temos o Casa
- Árvore- Pessoa - Técnica Projetiva de Desenho (HTP)]
Teste Palográfico [Temos O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade]

| 58
Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - Terceira Edição (WISC-III) [Temos o
WISC-IV]
Escala de Maturidade Mental Colúmbia (CMMS) [Temos a CMMS-3]
Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo (EFN)
Escalas Beck: Inventário de Depressão Beck (BDI), Inventário de Ansiedade Beck

12
(BAI), Escala de Desesperança Beck (BHS), Escala de Ideação Suicida Beck (BSI)

5:
[Temos o BDI-II apenas]

:1
15
Escalas de Personalidade de Comrey (CPS)

0
02
Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette) [Temos o IHS-2]

/2
Matrizes Progressivas de Raven - Escala Geral - Séries A, B, C, D e E [Temos o teste

12
6/
Matrizes Progressivas de Raven]

-1
Teste das Fábulas

om
Z- Teste (Teste Zulliger) – Freitas

.c
ok
Z-Teste (Técnica de Zulliger)

tlo
ou
s@
Conceitos de Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico
tin
ar
m

Podemos dizer, segundo a corrente majoritária, que a avaliação psicológica


io
ab

é mais global e que não possui limitações temporais, enquanto que o


of

psicodiagnóstico é um processo limitado no tempo e que tem sua base nos testes
ai
-c

psicológicos. Os dois processos de investigação podem usar entrevistas e testes


2

psicológicos.
-2
41
.8
81

Avaliação Psicológica Psicodiagnóstico


.6

Temporalidade Não limitado no tempo Limitado no tempo


39
-0

Foco Global Específico


s

Testes Psicológicos Pode Utilizar Utiliza


tin
ar

Entrevista Utiliza Utiliza


M

Tabela 1: semelhanças e diferenças entre a avaliação psicológica e o


a
uz

psicodiagnóstico.
So
de
o

Quando falamos que a avaliação psicológica não é limitada no tempo,


bi

estamos nos referindo ao fato desta não poder ser feita, em hipótese alguma, em
o

momento único. O psicodiagnóstico, ao contrário, pode ser feito em apenas um


ai
C

encontro ou em uma sucessão de encontros. Sobre os procedimentos utilizados na


avaliação psicológica, destacamos que qualquer procedimento para levantamento
de dados (técnicas, entrevistas, instrumentos, observação, etc.) pode ser utilizado,
desde que não seja isolado. Por outro lado, não é possível fazer psicodiagnóstico
sem a utilização de testes. Nesse caso, podemos utilizar outras formas de levantar
dados (como entrevistas), mas a ênfase nos testes é obrigatória.
A Avaliação Psicológica, em si, refere-se à coleta e interpretação de
informações psicológicas, resultantes de um conjunto de procedimentos confiáveis

| 59
que permitam ao Psicólogo avaliar o comportamento. Desse modo, a avaliação visa
abarcar um estudo individual acerca das diferenças de indivíduos de um mesmo
grupo, ou de potencialidades e características individuais ou grupais
(comportamento, afeto, cognição, memória, organização e funcionamento do
psiquismo, etc.).

12
Decorrente dessas definições, podemos listar as seguintes funções de uma

5:
avaliação psicológica:

:1
15
1. Levantar condições psicológicas de um ou mais indivíduos em

0
02
determinada ocasião, para diagnosticar a sua situação no presente e

/2
conhecer a sua posição dentro do universo a que pertence;

12
6/
2. Fornecer bases objetivas e confiáveis para selecionar candidatos a

-1
cursos, funções, encargos e cargos, avaliar desempenhos, promover,

om
treinar e desenvolver funcionários e dar orientação educacional e

.c
ok
vocacional a educandos;

tlo
3. Contribuir (com informações seguras e amplas) para o

ou
s@
autoconhecimento – noção indispensável à orientação do
tin

autodesenvolvimento e ao seu controle;


ar

4. Promover dados fidedignos e prognósticos sobre pessoas; e,


m
io

5. Dar fundamentos confiáveis para comparações entre grupos.


ab
of
ai

Outra propriedade da avaliação psicológica é que esta pode subsidiar atestados


-c

e laudos/relatórios, enquanto que o psicodiagnóstico não. Veja o que a Resolução


2
-2
41

CFP n°7 de 2003 fala sobre isso:


.8

II - MODALIDADES DE DOCUMENTOS
81
.6

1. Declaração *
39

2. Atestado psicológico
-0

3. Relatório / laudo psicológico


s
tin

4. Parecer psicológico *
ar
M

* A Declaração e o Parecer psicológico não são


a
uz

documentos decorrentes da avaliação Psicológica,


So

embora muitas vezes apareçam desta forma. Por


de

isso consideramos importante constarem deste


o
bi

manual afim de que sejam diferenciados.


Fonte: Resolução CFP n°7 de 2003.


o
ai

Confira o que a Resolução CFP n°7 de 2003 fala:


C

3 – RELATÓRIO PSICOLÓGICO
3.1. Conceito e finalidade do relatório ou laudo
psicológico
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação
descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e
suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais,
pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo

| 60
DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e
analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas,
dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico,
intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-
filosófico e científico adotado pelo psicólogo.

12
A finalidade do relatório psicológico será a de

5:
apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo

:1
15
processo da avaliação psicológica, relatando sobre o

0
02
encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o

/2
prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de

12
6/
projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de

-1
acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer

om
somente as informações necessárias relacionadas à demanda,

.c
ok
solicitação ou petição.

tlo
Fonte: Resolução CFP n°7 de 2003
ou
s@
tin

Considerando a referida Resolução, e que o relatório/laudo decorre da


ar

avaliação psicológica, podemos dizer que esse processo deve ser subsidiado em
m
io

dados colhidos e analisados, à luz de:


ab

a) um instrumental técnico
of
ai

a. entrevistas;
-c

b. dinâmicas;
2
-2
41

c. testes psicológicos;
.8

d. observação;
81
.6

e. exame psíquico;
39

f. intervenção verbal.
-0

b) referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo


s
tin
ar
M

Atenção: Se levarmos a essa discussão o termo “psicodiagnóstico” na acepção de


a
uz

Ocampo, teremos uma conceituação diversa. Para Ocampo o psicodiagnóstico tem


So

o mesmo sentido que a avaliação psicológica. Ela, em conjunto com outros autores,
de

constitui a corrente minoritária na conceituação de avaliação psicológica e


o
bi

psicodiagnóstico.

o
ai

Já que estamos falando dessa resolução, veja o que ela fala sobre Avaliação
C

Psicológica em si:
Art. 3º - Toda e qualquer comunicação por escrito
decorrente de avaliação psicológica deverá seguir as
diretrizes descritas neste manual.
...
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

| 61
A avaliação psicológica é entendida como o
processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e
interpretação de informações a respeito dos fenômenos
psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo
com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias

12
psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos.

5:
Os resultados das avaliações devem considerar e

:1
15
analisar os condicionantes históricos e sociais e seus

0
02
efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como

/2
instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo,

12
6/
mas na modificação desses condicionantes que operam

-1
desde a formulação da demanda até a conclusão do

om
processo de avaliação psicológica.

.c
ok
...

tlo
2.2. Princípios Técnicos
ou
s@
O processo de avaliação psicológica deve
tin

considerar que os objetos deste procedimento (as


ar

questões de ordem psicológica) têm determinações


m
io

históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo os


ab

mesmas elementos constitutivos no processo de


of
ai

subjetivação.
-c

...
2
-2
41

Os psicólogos, ao produzirem documentos


.8

escritos, devem se basear exclusivamente nos


81
.6

instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações,


39

dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se


-0

configuram como métodos e técnicas psicológicas para a


s
tin

coleta de dados, estudos e interpretações de informações


ar
M

a respeito da pessoa ou grupo atendidos, bem como sobre


a
uz

outros materiais e grupo atendidos e sobre outros


So

materiais e documentos produzidos anteriormente e


de

pertinentes à matéria em questão. Esses instrumentais


o
bi

técnicos devem obedecer às condições mínimas requeridas


de qualidade e de uso, devendo ser adequados ao que se


o
ai

propõem a investigar.
C

Fonte: Resolução CFP n°7 de 2003

Existem, ainda, quatro elementos essenciais configuram o campo da


Avaliação Psicológica:
a) Objeto - Fenômenos ou processos psicológicos;
b) Objetivo visado - Diagnosticar, compreender, avaliar a ocorrência
de determinadas condutas;

| 62
c) Campo Teórico - Sistema conceitual, estado da arte do
conhecimento;
d) Método - Condições através da qual é possível conhecer a forma
de acesso ao que se pretende explorar.
Destaco que, apesar de a avaliação psicológica ter diferenças em relação ao

12
psicodiagnóstico, temos semelhanças. Os dois processos são de investigação e

5:
configuram-se como uma situação com papéis bem definidos e com um contrato

:1
15
no qual um paciente se submete a um psicólogo que, por sua vez, se compromete a

0
02
atender as demandas dentro de suas possibilidades.

/2
Sabemos que o psicodiagnóstico é um processo investigativo limitado no

12
6/
tempo e que a avaliação psicológica não pode ser realizada em momento único.

-1
Sabemos que o psicodiagnóstico deve, obrigatoriamente, ser feito com a utilização

om
de testes psicológicos enquanto que a avaliação psicológica não precisa,

.c
ok
necessariamente, ser feita a partir desses testes. O nó górdio está no entendimento

tlo
que o psicodiagnóstico é um tipo de avaliação psicológica.
ou
s@
Agora, vamos nos aprofundar um pouco mais na compreensão do que
tin

exatamente é o psicodiagnóstico. Segundo Cunha (2000), psicodiagnóstico é um


ar

processo científico, limitado no tempo, no qual se realiza uma avaliação


m
io

psicológica, por meio de testagem. A utilização da bateria de testes propicia o


ab

levantamento de dados que devem ser interligados com o histórico do paciente.


of
ai

A obtenção do histórico é realizada com base no plano de avaliação, pré-


-c

estabelecido através de perguntas ou hipóteses iniciais, que auxiliam na definição


2
-2
41

dos instrumentos e momento adequado para sua aplicação. Com isso, permite-se
.8

a identificação e avaliação de aspectos específicos, assim como a elaboração da


81
.6

melhor forma de intervenção para o paciente testado.


39

Sendo assim, percebe-se que o mesmo é científico, pois é derivado de um


-0

levantamento prévio de hipóteses, confirmadas ou não por passos


s
tin

predeterminados e com objetivos específicos. O psicodiagnóstico é realizado numa


ar
M

sala (ou consultório) onde o psicólogo recebe os encaminhamentos de outros


a
uz

(profissionais da saúde, comunidade escolar, poder judiciário) ou atende demandas


So

individuais que procuram diretamente esse tipo de trabalho científico.


de

Destacamos, novamente, que o psicodiagnóstico é um procedimento


o
bi

científico que necessariamente utiliza testes psicológicos, diferente da avaliação


psicológica na qual o psicólogo pode ou não utilizar esses instrumentos.


o
ai

Ainda segundo Cunha, o psicodiagnóstico pode atender a várias funções.


C

Essas funções também são relativas à avaliação psicológica e, assim como as fases
que descreveremos posteriormente, podem ser entendidas como características
das duas ferramentas de trabalho (psicodiagnóstico e avaliação psicológica).
Vejamos:

Objetivos de uma avaliação psicológica clínica

| 63
Objetivos Especificações
Avaliação É determinado o nível de funcionamento da personalidade.
compreensiva São examinadas as funções do ego, em especial a de insight,
condições do sistema de defesa, para facilitar a indicação de
recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos.

12
Entendimento Ultrapassa o objetivo da avaliação compreensiva por

5:
dinâmico ou pressupor um nível mais elevado de inferência clínica com

:1
15
Psicodinâmico abordagens teóricas. O diagnóstico psicodinâmico se

0
02
caracteriza pela busca dos fatores causais do transtorno

/2
mental, em oposição ao diagnóstico nosológico, que pretende

12
6/
ser descritivo. Dentre os fatores causais estão conflitos que

-1
dificilmente chegam até a consciência e que determinam o

om
funcionamento da estrutura psíquica do paciente

.c
ok
Prevenção Procura investigar problemas precocemente, avaliar riscos,

tlo
fazer uma estimativa de forças e franquezas do ego, de sua
ou
s@
capacidade para enfrentar situações novas, difíceis e
tin

estressantes
ar

Prognóstico Busca determinar o provável curso do caso


m
io

Perícia forense Fornece subsídios para questões relacionadas com


ab
of

"insanidade", competência para o exercício das funções de


ai
-c

cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem


2

se associar com infrações de lei, etc.


-2
41

Fonte: Cunha (2000).


.8
81
.6

Resumidamente, Cunha circunscreve o psicodiagnóstico ao contexto


39
-0

clínico, restringindo-se a uma das muitas práticas possíveis de avaliação


s

psicológica, e tendo como um dos possíveis objetivos a identificação de


tin
ar

psicopatologias existentes no indivíduo. Nesse ponto, tem-se uma perspectiva de


M

estudar o sujeito a partir de possíveis sinais e sintomas, forças e fraquezas, por ele
a
uz

apresentados, que compreendidos em conjunto, levariam à identificação de um


So

quadro de morbidade ou sofrimento psíquico.


de

Retomando as discussões sobre as diferenças entre a avaliação psicológica


o
bi

e o psicodiagnóstico, qual dos dois processos tende a sofrer maior influência das

abordagens psicoterapêuticas? A resposta é simples: a avaliação psicológica.


o
ai
C

Apesar dos dois processos serem científicos, trabalharem com hipóteses e a


comprovação ou refutação destas, e dos dois processos possuírem algum nível de
viés das escolas psicológicas, é a avaliação psicológica que possui um grau maior
de organização de seus processos a partir das teorias e técnicas psicoterápicas. Isso
é facilmente comprovado quando percebemos, por exemplo, a diferença da
avaliação da personalidade dentro de um contexto psicodinâmico e em um
contexto comportamental.

| 64
A corrente minoritária: Ocampo, Trinca e Arzeno.
Antes de adentrarmos no tópico seguinte, é necessário fazer uma

12
observação fundamental e que gera muita confusão aos que estudam para

5:
:1
concursos. Os conceitos e diferenciações que aqui trabalho estão orientados para

15
concurso e existe uma exceção ao pensamento majoritário. É a visão de Ocampo

0
02
sobre Psicodiagnóstico.

/2
12
Essa visão tem sido pouco cobrada nos últimos anos, mas mesmo assim você

6/
deve ter ciência para não errar na hora da prova. O modo como Ocampo, Trinca e

-1
Arzeno trabalham o Psicodiagnóstico o aproxima da avaliação psicológica. Deixa de

om
ser a simples aplicação, correção e integração dos dados provenientes de testagens

.c
ok
psicológicas para uma postura de "diagnóstico compreensivo" do fenômeno. Esse

tlo
ou
modelo compreensivo propõe uma visão totalizadora no entendimento do
s@
indivíduo. É uma compreensão psicológica globalizada do paciente, utilizando-se
tin

de todos os materiais que forem necessários para se chegar a essa compreensão:


ar
m

entrevistas, testes, e técnicas psicológicas, contatos com outros profissionais


io
ab

ligados ao caso, visita à escola, exames médicos, sem privilegiar nenhum deles. A
of

aplicação de testes, que é obrigatória para o Conselho Federal de Psicologia e para


ai
-c

a corrente majoritária, não é obrigatória nesse tipo de psicodiagnóstico de acordo


2

com essa corrente. Desse modo, essa concepção de psicodiagnóstico torna-se


-2
41

sinônimo de avaliação psicológica. O único ponto que ainda reside é que ainda
.8
81

tratamos o psicodiagnóstico como um processo limitado no tempo.


.6

Para Ocampo o paciente sempre chega ao psicólogo com uma queixa ou


39
-0

sofrimento referente a um problema do qual ele não sabe como resolver. Do outro
s

lado, encontra-se o psicólogo, considerado pelo paciente como detentor de, um


tin
ar

conhecimento técnico capaz de decifrá-lo e tendo a solução de seu problema.


M

Dentro desta relação bi pessoal, considera-se, também, toda a compreensão da


a
uz

dinâmica de relações estabelecidas entre o paciente e seus familiares.


So

Ocampo prossegue e afirma que a meta principal do processo


de

psicodiagnóstico é a compreensão da personalidade do paciente; envolvendo


o
bi

aspectos passados, presentes (diagnóstico) e futuros (prognóstico) de seu estar no



o

mundo. Para tanto, são utilizadas certas técnicas (entrevistas semi-dirigidas,


ai
C

técnicas projetivas, entrevista de devolução), e atingindo uma compreensão mais


global e completa do caso, o psicólogo pode elaborar um laudo psicológico.
Esse processo psicodiagnóstico é constituído por quatro etapas, segundo
Ocampo:
Primeiro Momento: um contato com o paciente por meio de
entrevistas iniciais.
Segundo Momento: aplicação de algumas técnicas
psicológicas (testes, técnicas projetivas).

| 65
Terceiro Momento: encerramento do processo por meio de
entrevista de devolução ao paciente e/ou seus pais.
Quarto Momento: elaboração de um informe psicológico
endereçado ao profissional que encaminhou o paciente ao
psicólogo acompanha esta última fase.

12
5:
Para Arzeno 2 , no entanto, temos cinco momentos identificáveis no

:1
15
psicodiagnóstico:

0
02
1 - O primeiro passo ocorre desde o momento em que

/2
o consultante faz a solicitação da consulta até o encontro

12
6/
pessoal com o profissional.

-1
2 - O segundo passo ocorre na ou nas primeiras

om
entrevistas nas quais tenta-se esclarecer o motivo latente e o

.c
ok
motivo manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que a

tlo
pessoa que consulta mostra (e seus pais ou o resto da família),
ou
s@
a fantasia de doença, cura e análise que cada um traz e a
tin

construção da história do indivíduo e da família em questão.


ar

3 - O terceiro momento é o que dedicamos a refletir sobre o


m
io

material colhido e sobre as hipóteses iniciais para planejar


ab

os passos a serem seguidos e os instrumentos diagnósticos a


of
ai

serem utilizados: hora lúdica, entrevistas familiares, testes


-c

gráficos, verbais, lúdicos etc.


2
-2
41

4 - O quarto momento consiste na realização da


.8

estratégia diagnóstica planejada que pode sofrer


81
.6

modificações durante o percurso de acordo com a


39

necessidade.
-0

5 - O quinto momento é aquele dedicado ao estudo do


s
tin

material colhido para obter um quadro mais claro possível


ar
M

sobre o caso em questão.


a
uz
So

Para finalizar este ponto, é interessante destacarmos dois:


de

O psicodiagnóstico segundo Ocampo e Arzeno


o
bi

Ocampo et al. (2005) e Arzeno (2003) sistematizaram o procedimento do


psicodiagnóstico dentro do referencial psicanalítico, desenvolvendo uma


o
ai

concepção ampla e enriquecedora, que valoriza a entrevista clínica (em vez da


C

tradicional anamnese descritiva), a relação transferencial/contratransferencial e a


devolução, ao final do processo.
Para essas autoras, o psicodiagnóstico é uma prática clínica bem delimitada,
com objetivo, tempo e papéis definidos, diferenciada do processo analítico. É

2
Fonte: Maria Esther Garcia Arzeno. Psicodiagnóstico Clínico: novas
Contribuições.

| 66
realizado sempre com o objetivo de obter uma compreensão profunda e completa
da personalidade do paciente (ou do grupo familiar), incluindo elementos
constitutivos, patológicos e adaptativos. Abrange aspectos presentes (diagnóstico
atual) e futuros (prognóstico), sendo indicado para esclarecimento do diagnóstico,
encaminhamento e/ou tratamento. Utiliza, como principais instrumentos, a

12
entrevista clínica, a aplicação de testes e técnicas projetivas, a entrevista devolutiva

5:
e a elaboração do laudo (quando solicitado). Como em todo procedimento clínico,

:1
15
tem um cuidado especial com o enquadre: no início do processo, definem-se o

0
02
objetivo; os papéis de cada um (psicólogo, paciente, pais e/ou família); a duração

/2
(em média quatro ou cinco sessões, que podem ser ampliadas ou reduzidas, de

12
6/
acordo com a necessidade); local, horário e tempo das entrevistas; honorários e

-1
forma de pagamento.

om
Para Ocampo et al. (2005), o psicodiagnóstico é um processo que envolve

.c
ok
quatro etapas. A primeira vai do contato inicial à primeira entrevista com o

tlo
paciente; a segunda é a fase de aplicação dos testes e técnicas projetivas; a terceira
ou
s@
é o encerramento do processo, com a devolução oral ao paciente (e/ou aos pais); e
tin

a quarta consiste na elaboração do informe escrito (laudo) para o solicitante.


ar

Arzeno (2003) detalha essas etapas em sete passos. O primeiro passo inclui
m
io

desde a solicitação da consulta pelo cliente até o primeiro encontro pessoal com o
ab

profissional. Nessa fase, é importante observar como é feito o contato inicial, quais
of
ai

as primeiras impressões etc. O segundo passo envolve a realização das primeiras


-c

entrevistas, quando se busca identificar o motivo latente e manifesto da consulta,


2
-2
41

as ansiedades e defesas que o paciente, pais e/ou família apresentam, as


.8

expectativas e fantasias de doença e de cura que trazem. É importante observar


81
.6

como o paciente se coloca, o que é priorizado no relato, que tipo de relação


39

estabelece com o psicólogo (e entre si, no caso do casal e/ou família), para
-0

identificar os aspectos transferenciais e contratransferenciais, bem como as


s
tin

resistências e a capacidade de elaboração e mudança. O terceiro passo é o


ar
M

momento de reflexão sobre o material colhido e análise das hipóteses iniciais, para
a
uz

planejamento dos passos seguintes e escolha dos instrumentos diagnósticos a


So

serem empregados. O quarto passo é o momento da realização da estratégia


de

diagnóstica planejada – entrevistas e aplicação dos testes e técnicas selecionadas,


o
bi

de acordo com o caso. Em geral, age-se conforme o planejado, mas, se houver


necessidade, podem-se introduzir modificações, durante o processo. O quinto


o
ai

passo é o momento da análise e integração dos dados levantados. É o estudo


C

conjunto do material apreendido nas entrevistas, nos testes e na história clínica,


para obter uma compreensão global do caso. Essa fase exige do profissional
domínio teórico-metodológico e grande capacidade analítica, a fim de identificar as
recorrências e convergências entre os dados, assim como os aspectos mais
relevantes dentro do material, que possibilitam uma compreensão ampla da
personalidade do indivíduo e/ou da dinâmica familiar e do casal. O sexto passo é o
momento da devolução da informação, que pode ser feita em uma ou mais

| 67
entrevistas. Geralmente, é realizada de forma separada – uma com o indivíduo que
foi trazido como protagonista principal da consulta, e outra com os pais e o restante
da família. Freqüentemente, durante a entrevista devolutiva, surgem novos
elementos, os quais ajudam a validar as conclusões ou esclarecer os pontos
obscuros. O último passo envolve a elaboração do laudo psicológico com as

12
conclusões diagnósticas e prognósticas, incluindo as recomendações terapêuticas

5:
adequadas ao caso. A elaboração do laudo é um aspecto importante do processo,

:1
15
pois, quando malfeito, pode prejudicar o paciente, em vez de ajudá-lo.

0
02
O modelo compreensivo

/2
O processo diagnóstico do tipo compreensivo, desenvolvido por Trinca

12
6/
(1984a), é outro modelo muito difundido entre os profissionais brasileiros, que

-1
trabalham com avaliação psicológica na abordagem psicanalítica. Ele também

om
busca uma visão totalizadora e integradora da personalidade, por meio de uma

.c
ok
compreensão abrangente das dinâmicas psíquicas, intrafamiliares e socioculturais.

tlo
Para isso, utiliza referenciais múltiplos – além da psicanálise, a análise é
ou
s@
complementada com outros referenciais teóricos (teorias do desenvolvimento e
tin

maturação e da família). Tem ainda, como características importantes, a


ar

valorização do pensamento clínico e uma maior flexibilidade, na estruturação do


m
io

processo.
ab

O modelo compreensivo se estrutura de acordo com o contexto. O uso ou


of
ai

não de testes psicológicos ou de outros procedimentos clínicos de investigação da


-c

personalidade fica na dependência do pensamento clínico empregado (TRINCA,


2
-2
41

1983). Na interpretação dos dados, o pensamento clínico funciona como um


.8

princípio organizador, define critérios, procedimentos e esquemas de raciocínio,


81
.6

para integração dos dados e análise. Ele é influenciado não só pela teoria, mas,
39

também, pela experiência clínica do profissional, pelo contexto e pelas


-0

personalidades do cliente e do psicólogo. Para Trinca (1984b, p. 32):


s
tin

embora as teorias sejam fatores importantes no background do profissional, é mister


ar
M

que sua atividade clínica seja empreendida com o mínimo de interferência de suas
a
uz

teorias sobre sua capacidade de observar e captar os fatos relevantes.


So

O modelo fenomenológico
de

O psicodiagnóstico fenomenológico (ANCONA-LOPEZ, 1995; CUPERTINO,


o
bi

1995; YEHIA, 1995) introduz algumas mudanças significativas no modelo proposto


por Ocampo et al. (2005) e Arzeno (2003). Dentre suas inovações, destacam-se
o
ai

quatro características principais: 1. considera o processo psicodiagnóstico uma


C

prática interventiva: diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e


complementares; 2. propõe que a devolução seja feita durante o processo e não ao
final; 3. enfatiza o sentido da experiência dos envolvidos no processo; e 4. redefine
a relação paciente-psicólogo em termos de poder, papéis e realização de tarefas.
No modelo fenomenológico, o cliente é um parceiro ativo e envolvido no
trabalho de compreensão e eventual encaminhamento posterior. O psicólogo se
afasta do lugar de técnico ou especialista detentor do saber e estabelece com o

| 68
paciente uma relação de cooperação, em que a capacidade de ambas as partes, de
observarem, aprenderem e compreenderem, constitui a base indispensável ao
trabalho. Psicólogo e paciente se envolvem, a partir de pontos de vista diferentes,
mas igualmente importantes, na tarefa de construir os sentidos da existência de um
deles – o cliente (YEHIA, 1995).

12
Fonte: Araujo, 2007.

5:
:1
15
0
02
Os 7 Fatores que Devem Ser Considerados

/2
12
1. Quem Formula a Solicitação
Se a consulta chegar diretamente a nós podemos

6/
agir com inteira liberdade e selecionar os testes conforme as hipóteses provisórias

-1
surgidas na primeira entrevista e com base na história clínica do paciente.
Se a

om
solicitação for feita por outro profissional, é imprescindível pedir-lhe que seja

.c
ok
absolutamente claro no que se refere ao motivo da solicitação de psicodiagnóstico,

tlo
de forma a selecionar a bateria mais adequada. O teste que foi solicitado não deve
ou
s@
ser excluído da bateria de testes a ser aplicada.
tin

2. Idade Cronológica do Consultante
Uma caixa de brinquedos será imprescindível


ar
m

se a consulta for para uma criança. Na entrevista familiar também será incluída a
io
ab

caixa de brinquedos se houver crianças ou púberes.
Quanto à administração dos


of

testes não tenho encontrado diferenças substanciais em relação aos adultos.


ai
-c

3. O Nível Sociocultural do Paciente e o Seu Grupo Étnico
Quanto a este aspecto,


2
-2

a seleção de uma bateria de testes deve levar em consideração o seguinte:
Que a


41

instrução dada ao sujeito seja perfeitamente entendida. Isso ocorre com uma
.8
81

maioria estatística do grupo de idêntico nível sociocultural e pertencente ao mesmo


.6

grupo étnico.
Que a conduta através da qual esperamos a resposta à instrução


39
-0

dada seja a habitual para o sujeito comum pertencente a esse grupo. 
 Que o
s

material usado como estímulo seja também o habitual para a maioria.


tin
ar

4. Casos com Deficiência Sensorial ou Comunicativa
A experiência clínica e a hora


M

de jogo tornam-se muito importante e os testes que vierem a ser aplicados são mais
a
uz

do que nunca um meio complementar.
Os testes com histórias relatadas podem


So

ser transformados em histórias escritas pelo próprio sujeito se as suas dificuldades


de
o

são com a fala. Até o Rorschach pode ser respondido por escrito.
Tratando-se de
bi

um cego pode-se usar, por exemplo, o teste de frases incompletas, os Questionários


o

de Personalidade ou o Questionário Desiderativo.
Existe uma versão do Raven,


ai
C

para crianças pequenas, de blocos com sistemas de encaixe.


5. O Momento Vital
O momento ideal deve ser o de um momento evolutivo no qual
o indivíduo possa estabelecer pelo menos um mínimo de "rapport" com o psicólogo
e em que ele consiga também se ligar na tarefa que a bateria projetiva lhe propõe.
São mais complicados em momentos de resistência e em momentos evolutivos nos
quais necessariamente a capacidade libidinal do sujeito estará voltada para si
mesma (introversão) porque o Ego está enfrentando situações atuais complicadas.
É contra-indicado realizar um psicodiagnóstico quando o sujeito estiver

| 69
atravessando uma séria crise evolutiva ou existencial. Nesses casos, somente após
um período de tratamento seria válido realizar o psicodiagnóstico.
6. Contexto Espaço-Temporal no qual se realiza
Em nossos consultórios e em condições normais: Faço uma primeira entrevista com
os pais, logo recebo o paciente para uma entrevista livre (hora de jogo se for uma

12
criança). Após uns trinta minutos começo com os testes gráficos. Na entrevista

5:
seguinte aplico o Rorschach, deixando para uma terceira o Bender. Se for

:1
15
necessário aplicar o WISC ou Wechsler, os divido entre as três entrevistas

0
02
individuais. Finalmente realizo a entrevista familiar. Tudo depende do caso. No final

/2
faço a entrevista de devolução para os pais, para o filho e, às vezes, para toda a

12
6/
família. Dificilmente isso tudo levará mais de seis entrevistas.

-1
Em instituições: Escolho um Desenho Livre, Duas Pessoas, Desiderativo e

om
Rorschach. Em crianças, o Rorschach raramente leva mais de dez minutos. Nos mais

.c
ok
velhos ele pode ser aplicado em quinze ou vinte minutos usando a técnica de limitar

tlo
ao máximo de três respostas por lâmina. Costumo usar também o teste "Z" de
ou
s@
Zulliger, semelhante ao Rorschach mas com três lâminas, que é possível aplicar em
tin

dez minutos com adolescentes e adultos. Nessas condições de trabalho é também


ar

necessário limitar o tempo dos testes gráficos.


m
io

Com crianças bastam vinte minutos de hora de jogo e outros tantos para Desenho
ab

Livre, H.T.P. e Rorschach. Tudo depende do motivo de consulta. E o psicólogo que


of
ai

possuir uma grande experiência clínica e profundos conhecimentos poderá


-c

trabalhar com baterias menores.


2
-2
41

7. Elementos da Personalidade a Investigar
Não coloco no inicio da bateria aquele


.8

teste que considero o mais importante, para não ser sujeito à desconfiança lógica
81
.6

por parte do paciente, o aplico em uma segunda entrevista. Também não o deixo
39

para o final, quando o paciente já poderá estar cansado de responder a tantas


-0

instruções.
s
tin

Organicidade: H.T.P. Cromático, Rorschach e Bender.


ar
M

Oligofrenia e oligotimia em crianças: teste de figura humana. É recomendável


a
uz

alternar subtestes verbais com os de execução para torná-Ios mais amenos. Em


So

adolescente ou adulto: Wechsler, Rorschach, Raven para adultos, junto a outros


de

testes gráficos para verificar se consegue ou não ver o clichê.


o
bi

Neurose ou psicose: bateria completa de testes projetivos incluindo a escala de


execução do Wechsler.
o
ai

Perigo de atuações (adição a drogas, homossexualismo; condutas antissociais,


C

abortos, etc.): bateria completa de testes projetivos. Sendo muito importante deter-
se nas associações verbais (que estimularemos ao máximo) nos inquéritos do
Rorschach
Fonte: Arzeno, Psicodiagnóstico Clínico.

Problemas na avaliação psicológica e no psicodiagnóstico

| 70
Aqui é salutar recorrer a um trecho de artigo para elucidar corretamente essa
discussão:
[…]
No entanto, não parece ser possível estabelecer uma concordância entre a
comunidade psicológica, no que diz respeito aos métodos e às técnicas utilizadas,

12
assim como ao tempo previsto para a realização da avaliação, e aos

5:
procedimentos, pois considerando que a Psicologia é uma ciência em que muitas

:1
15
orientações teóricas e leituras de homem são possíveis, e considerando ainda,

0
02
que há dentro da psicologia uma grande variedade de contextos de atuação do

/2
psicólogo, o que exige dele diferentes posturas de acordo com as necessidades

12
6/
específicas, certamente diferentes processos avaliativos são necessários. É

-1
compreensível que, de tal subdivisão, decorram diferentes estilos e posturas

om
profissionais e essas diferenças podem trazer contribuições para a área, à medida

.c
ok
que estimulam reflexões, discussões e críticas; acredita-se, desta forma, que o

tlo
resultado disto seja positivo e gere o desenvolvimento.
ou
s@
Muitos são os estudos e as pesquisas que geram discussões a respeito da
tin

Avaliação Psicológica. Azevedo, Almeida, Pasquali e Veiga (1996) apontam que o


ar

baixo teor científico dos instrumentos padronizados vem sendo veementemente


m
io

denunciado. Esses autores discutem que o fato de estudos na área estarem sendo
ab

realizados revela uma melhor reputação da investigação psicológica e do uso de


of
ai

instrumentos padronizados. Apontam também para os últimos estudos que


-c

partem do princípio de que a avaliação psicológica é indispensável, e procuram


2
-2
41

destacar a melhora da qualidade dos instrumentos padronizados.


.8

[…]
81
.6

Para eles, não haveria problemas se instrumentos novos fossem lançados


39

no mercado, se fossem criados instrumentos que abordassem diferentes tipos de


-0

construtos, se as amostras utilizadas para a padronização dos instrumentos


s
tin

fossem brasileiras, se fossem realizadas mais pesquisas sobre validade e


ar
M

fidedignidade, se as instruções fossem melhor estruturadas, se os manuais


a
uz

fossem completos, se houvesse instrumentos para avaliar diferentes realidades


So

sócio-culturais, ou ainda, se o custo do material não fosse tão alto.


de

Tais exigências dos sujeitos não parecem exageradas, já que muitos autores
o
bi

têm falado sobre isso, como por exemplo, Wechsler (1999) que sugeriu um Guia

de Procedimentos Éticos para a Avaliação Psicológica, em que consta: "Ao


o
ai

selecionar um teste psicológico, o psicólogo deve:


C

(...) considerar as características psicométricas do instrumento


a ser utilizado, tais como sensibilidade, validade, precisão e
existência de normas específicas ou gerais para a população
brasileira, (...) verificar se o manual do teste possui informações
necessárias para aplicação, correção e interpretação dos
resultados do mesmo" (p. 136).
Ainda em relação aos problemas graves, os psicólogos justificam também

| 71
que esses problemas não estariam ocorrendo se os testes não fossem aplicados
indevida, indiscriminada e mecanicamente; por pessoal não qualificado, sem
critérios; com instruções erradas; se não houvesse erro de avaliação;
supervalorização do quantitativo; interpretação generalizada e o uso de um único
instrumento como resultado definitivo.

12
Fonte: NORONHA, Ana Paula Porto. Os problemas mais graves e mais freqüentes no

5:
uso dos testes psicológicos. Psicol. Reflex. Crit.[online]. 2002, vol.15, n.1 [cited 2014-

:1
15
01-25], pp. 135-142 . Available from:

0
02
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

/2
79722002000100015&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-

12
6/
7972. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722002000100015.

-1
om
.c
ok
Fundamentos e etapas da medida psicológica.

tlo
ou
s@
Quais os fundamentos e etapas da medida psicológica? Os fundamentos são
tin

os conceitos básicos da avaliação psicológica e as etapas são a sucessão de


ar
m

processos definidos que levam à conclusão da avaliação psicológica ou


io
ab

psicodiagnóstico.
of
ai
-c

Plano de avaliação e bateria de testes


2
-2
41

Segundo Cunha (2000), esta é uma expressão usada para designar um


.8
81

conjunto de testes ou de técnicas que podem variar entre dois e cinco ou mais
.6
39

instrumentos, que são incluídos no processo psicodiagnóstico para fornecer


-0

subsídios que permitam confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais, atendendo o


s
tin

objetivo da avaliação. A bateria de testes é utilizada principalmente por duas


ar

razões:
M
a

1. Por se considerar que nenhum teste sozinho conseguiria fazer uma


uz
So

avaliação abrangente da pessoa como um todo.


de

2. Por se acreditar que o uso de diferentes testes envolve a tentativa de uma


o

validação inter-testes dos dados obtidos, diminuindo assim a margem de erro e


bi

provendo um fundamento mais embasado para se chegar a inferências clínicas.


o
ai
C

SATEPSI
O Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (Satepsi) do Conselho
Federal de Psicologia, iniciado em 2001 (Resolução CFP nº 002/2003), consiste em
um sistema de certificação de instrumentos de avaliação psicológica para uso
profissional, que avalia e qualifica os instrumentos em apto ou inapto para uso, a

| 72
partir da verificação objetiva de um conjunto de requisitos técnicos mínimos
(fundamentação teórica, precisão, validade e normatização) definidos pela área.
Essa resolução surgiu, entre outros motivos, pela observação da grande
quantidade de processos éticos envolvendo a avaliação psicológica. Ao mesmo
tempo, notava-se que grande parte dos testes publicados que até então eram

12
frequentemente usados na prática profissional não possuíam estudos que

5:
comprovassem sua eficiência como técnica de avaliação. Grave isso: só podemos

:1
15
utilizar os testes psicológicos listados como favoráveis no Satepsi. Mas Alyson,

0
02
podemos utilizar os outros? Podemos sim, mas não são considerados científicos e,

/2
logo, não são reconhecidos como válidos (seria como dizer: não perca seu tempo

12
6/
usando um teste não reconhecido). Relembrando a Resolução CFP n.º 002/2003:

-1
om
Art. 10 - Será considerado teste psicológico em condições de

.c
ok
uso, seja ele comercializado ou disponibilizado por outros

tlo
meios, aquele que, após receber Parecer da Comissão
ou
s@
Consultiva em Avaliação Psicológica, for aprovado pelo CFP.3
tin
ar
m
io

Administração dos Testes na Aplicação


ab
of
ai
-c

Alguns outros pontos devem ser observados na aplicação dos testes. Não
2

tenho a pretensão de escrever melhor que alguns autores. Por isso transcrevo
-2
41

literalmente um trecho que acho fundamental:


.8
81
.6
39

Os procedimentos na aplicação dos testes têm como objetivo garantir a sua


-0

validade, porque, mesmo dada a sua condição técnica e científica, um teste pode
s
tin

produzir resultados inválidos se for mal aplicado. Assim, deve seguir a risca as
ar

instruções e recomendações que explicitam os seus manuais. Sem, entretanto,


M
a

como dizem Alchieri & Cruz (2003), assumir uma postura estereotipada e rígida.
uz
So

Como se espera saber o nível de aptidão ou as preferências do testando, este deve


de

se sentir na sua melhor forma para agir de acordo com as suas habilidades, e não
o

sob a interferência de distratores ambientais. No processo de aplicação levam-se


bi

em consideração alguns aspectos indispensáveis para a realização satisfatória


o
ai

dessa atividade: Qualidade do ambiente físico; Qualidade do ambiente psicológico;


C

e Material de testagem.
1 - A Qualidade do Ambiente Físico
Todas as estruturas do ambiente físico devem colocar o testando em
favorável disposição de reação. De forma que é preciso considerar as condições do
local de trabalho: cadeira, mesa, espaço físico; Atmosféricas: iluminação,
temperatura, higiene; De silêncio: isolamento acústico.

3
Esse artigo já caiu em concurso. Fica a dica.

| 73
2 - A Qualidade do Ambiente Psicológico
O psicólogo deve atenuar o nível de ansiedade do(s) examinando(s) a um
mínimo possível através do rapport, bem como:
a) Verificar se o(s) examinando(s) apresenta(m) alguma dificuldade de saúde
e/ou impedimentos relacionados (Alchieri & Cruz, 2003);

12
b) Esclarecer o(s) examinado(s) de modo que ele(s) compreenda(m)

5:
exatamente as tarefas a serem executadas;

:1
15
c) Memorizar as instruções e ministrá-las em voz alta e pausada, de uma

0
02
única vez, e igual para todos (qualquer mudança implica em alteração ou invalidade

/2
dos resultados).

12
6/
3 - Material de Testagem

-1
Todo material que será utilizado no processo de aplicação deve constar em

om
quantidade a mais do número de candidato ou examinando: Quando se trata de

.c
ok
material reutilizável verificar se está em perfeito estado (ALCHIERI & CRUZ, 2003);

tlo
Cadernos de exercício; Folhas de resposta; Papel ofício A4 e lápis específicos
ou
s@
conforme o teste (para o H.T.P - teste da casa/árvore/pessoa -, por exemplo, exige-
tin

se o grafite no 2).
ar
m
io

Questões Relacionadas ao Aplicador ou Examinador


ab

1 - Das Condições Técnicas do Aplicador


of
ai

Segundo Anastásia e Ordena (2000), muitas das questões sobre o rigor e o


-c

valor da avaliação psicológica passam pela atuação do psicólogo que a realiza,


2
-2
41

assim sendo, exige-se dele que apresente tais condições mínimas:


.8

a) Conhecimento atualizado da literatura e de pesquisas disponíveis sobre o


81
.6

comportamento humano e sobre o instrumental psicológico;


39

b) Treinamento específico para o uso dos instrumentos;


-0

c) Domínio sobre os critérios estabelecidos para avaliar e interpretar


s
tin

resultados obtidos;
ar
M

d) Capacidade para considerar os resultados obtidos à luz das informações


a
uz

mais amplas sobre o indivíduo, contextualizando-os;


So

e) Seguir as orientações existentes sobre organizações dos laudos finais e,


de

acima de tudo, garantir princípios éticos quanto ao sigilo e à proteção ao(s)


o
bi

indivíduo(s) avaliado(s) (apud Pacheco, 2005).


2 - Modo de Atuação do Aplicador


o
ai

O aplicador ou examinador também deve ter cuidados com os itens


C

seguintes:
a) Não aceitar pressão quanto ao emprego de determinados instrumentos a
fim de reduzir os custos para empresa ou escola, que interfiram na qualidade do
trabalho (Alchieri & Cruz, 2003);
b) Fazer prevalecer o princípio da isonomia, que consiste em tratar a todos
do mesmo modo (remarcar um teste para um candidato, por exemplo, é dar
tratamento diferenciado, o que infringe este princípio legal);

| 74
c) Não responder as questões dos examinandos com maiores detalhes do
que os permitidos pelo manual (Alchieri & Cruz, 2003). Ou seja, as dúvidas sobre
todas as questões devem ser esclarecidas sem que o aplicador dê indicativo de
resposta (este item é mais delicado quando se trata de criança ou pessoa com
cuidados especiais);

12
d) Usar um vocabulário apropriado (sem: gíria, jargão psicológico, palavras

5:
chulas ou rebuscadas); procurar ter equilíbrio emocional; e evitar interrupções

:1
15
durante a testagem;

0
02
e) Evitar a familiarização do público com os conteúdos dos testes, o que

/2
perderia sua característica avaliativa; assegurar que os testes são utilizados por

12
6/
examinador qualificado; controlar a comercialização dos testes psicológicos;

-1
considerar as condições em que foram realizados os testes, quando for apurar e

om
interpretar seus resultados;

.c
ok
f) A aparência, nesse tipo de atividade, o aplicador não é livre para usar

tlo
qualquer roupa, uma vez que esta variável interfere nos resultados. Recomendam-
ou
s@
se roupas limpas e adequadas, ou seja, formais, discretas, nunca “chamativas” ou
tin

sensuais; e o uso moderado de perfume. Tem pessoas muito sensíveis à odores, que
ar

podem se sentir incomodadas ao lado ou na mesma sala com a fragrância muito


m
io

forte de uma outra. Se for uma grávida o incômodo pode ser ainda mais acentuado.
ab

3 - Controle dos Vieses do Aplicador


of
ai

A postura do aplicador pode afetar o processo. Pesquisas conclusivas dão


-c

conta de sua grande interferência nos resultados. O psicólogo é um ser humano com
2
-2
41

seus problemas, etc., como os demais, mas também é um técnico, e por isto mesmo
.8

deve está consciente desta influência, para procurar minimizá-la. Espera-se que
81
.6

tenha adquirido habilidades próprias da profissão, das quais faça uso em situação
39

de testagem, a exemplo, do autoconhecimento mais elaborado que lhe permita


-0

conhecer melhor as suas aptidões e limitações. Para ser psicólogo, Calligaris (2004)
s
tin

diz que não é necessário ser “normais” nem é preciso estarmos curados de nossas
ar
M

neuroses, mas seria bem-vindo que a gente não se tomasse pelo ouro do mundo
a
uz

(p.92). Ou seja, entre outros, a arrogância, parece mais comprometedora em


So

quaisquer dos processos desse exercício profissional.


de
o
bi

Questões Específicas que Dizem Respeito ao(s) Examinado(s) ou Testando(s)


1 - Os Direitos dos Testandos


o
ai

No Brasil, a atuação do psicólogo na testagem é considerada uma atividade


C

pericial. Por lei, os peritos devem prestar serviço de qualidade à sociedade, e esta
qualidade pode ser cobrada judicialmente. Isto é, o psicólogo responde até
criminalmente por sua conduta na área dos testes psicológicos. Os direitos do
testando, de modo geral, são norteados pelos comitês de ética em Psicologia e
pelas normas para Testagem Educacional e Psicológica da American Psychological
Association (APA), nos seguintes aspectos:

| 75
a) Consentimento dos testandos ou seus representantes legais, antes da
realização da testagem. As exceções a esta regra são: Testagem por determinação
legal (perícia) ou governamental (testagem nacional); Testagem como parte de
atividades escolares regulares; Testagem de seleção, em que a participação implica
consentimento;

12
b) Testagem em escolares e aconselhamento, os sujeitos têm o direito a

5:
explicações em linguagem que eles compreendam sobre os resultados que os testes

:1
15
irão produzir e das recomendações que deles decorram;

0
02
c)Testagem em escolas, clínicas, quando os escores são utilizados para

/2
tomar decisões que afetam os testandos, estes ou seus representantes legais têm o

12
6/
direito de conhecer seu escore e sua interpretação.

-1
2 - Sigilo e Divulgação dos Resultados

om
O candidato (empresa), paciente (clínica), orientando (clínica e escola) que

.c
ok
submetem aos testes tem o direito a toda e qualquer informação que desejar; O

tlo
solicitante da testagem, dono da empresa, no caso da seleção ou juiz, no caso
ou
s@
pericial (mas, as informações serão estritamente relacionadas ao motivo da
tin

solicitação). O sigilo e a segurança dos resultados dos testes devem seguir as


ar

normas seguintes:
m
io

a) Os arquivos devem ser seguros, de modo que ninguém possa ter acesso a
ab

um dado sem a autorização do profissional responsável;


of
ai

b) O código de ética do psicólogo diz: É dever do psicólogo respeitar o sigilo


-c

profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das


2
-2
41

pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional (Art.


.8

9º, 2005, p.13).


81
.6

Fonte: http://www.algosobre.com.br/psicologia/os-testes-psicologicos-e-as-suas-
39

praticas.html
-0
s
tin
ar
M
a
uz

Fases da Avaliação Psicológica


So
de
o

E quanto as fases da avaliação psicológica? Cunha facilita nossas vidas e


bi

descreve as etapas do Processo de Avaliação Psicológica ou Psicodiagnóstico


o
ai

- 1º momento: realização da(s) primeira(s) entrevista(s) para


C

levantamento e esclarecimento dos motivos (manifesto e latente) da


consulta, as ansiedades, defesas, fantasias e a construção da história
do indivíduo e da família em questão. Nesta etapa ocorre a definição
das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame. (demanda, hipóteses)
- 2º momento: reflexão sobre material coletado na etapa anterior e
sobre as hipóteses iniciais a fim de planejar e selecionar os
instrumentos a serem utilizados na avaliação. Em alguns casos se
mostram de suma importância as entrevistas, incluindo os membros

| 76
mais implicados na patologia do paciente e/ou grupo familiar.
(seleção de escopo e de testes)
- 3º momento: realização da estratégia diagnóstica planejada. Na
avaliação, de um modo geral, não é obrigatório (apesar de bastante
indicado) o uso de testes psicológicos. Nessa fase ocorre o

12
levantamento quantitativo e qualitativo dos dados. É relevante

5:
salientar que não deve haver um modelo rígido de psicodiagnóstico

:1
15
ou de avaliação psicológica, uma vez que cada caso é único,

0
02
demonstrando necessidades únicas, sendo estas sanadas com

/2
instrumentos próprios para elas. (aplicação de testes e/ou técnicas)

12
6/
- 4º momento: estudo do material coletado. Nesta etapa faz-se a

-1
integração dos dados e informações, buscando recorrências e

om
convergências dentro do material, encontrar o significado de pontos

.c
ok
obscuros, correlacionar os instrumentos entre si e com as histórias

tlo
obtidas no primeiro momento, formulando inferências por estas
ou
s@
relações tendo como ponto de partida as hipóteses iniciais e os
tin

objetivos da avaliação. (consolidação das informações)


ar

- 5º momento: entrevista de devolução. Nela ocorre a comunicação


m
io

dos resultados obtidos, as orientações a respeito do caso e o


ab

encerramento do processo. Ela pode ocorrer somente uma vez, ou


of
ai

diversas vezes, uma vez que, geralmente, faz-se uma devolutiva de


-c

forma separada para o paciente (em primeiro lugar) e outra para os


2
-2
41

pais e o restante da família. Quando o paciente é um grupo familiar,


.8

a devolutiva e as conclusões são transmitidas a todos. (devolução das


81
.6

informações)
39

Podemos simplificar essas cinco etapas em três, de acordo com as


-0

entrevistas realizadas:
s
tin

a) Entrevista Inicial: É a primeira entrevista de um processo de


ar
M

psicodiagnóstico. Semidirigida, durante a qual o sujeito fica livre para


a
uz

expor seus problemas.


So

b) Entrevistas Subsequentes: busca a obtenção de mais dados com


de

riqueza de detalhes.
o
bi

c) Entrevista de Devolução ou Devolutiva: No término do


psicodiagnóstico, o técnico tem algo a dizer ao entrevistado em


o
ai

relação ao que fundamenta a indicação. Deve-se evitar o uso de


C

jargão técnico (expressões própria da ciência circulante entre os


profissionais da área, em outras palavras “gíria profissional”), e
iniciar por sintoma ligado diretamente à queixa principal; A entrevista
de devolução deve encerrar com a indicação terapêutica.

Definição de Teste Psicológico

| 77
Segundo a Resolução CFP n.º 002/2003:
Art. 1º - Os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou
mensuração de características psicológicas, constituindo-se um
método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo, em
decorrência do que dispõe o § 1°do Art. 13 da Lei n° 4.119/62.

12
Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput deste artigo, os

5:
testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de observação e

:1
15
registro de amostras de comportamentos e respostas de indivíduos

0
02
com o objetivo de descrever e/ou mensurar características e

/2
processos psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas

12
6/
emoção/afeto, cognição/inteligência, motivação, personalidade,

-1
psicomotricidade, atenção, memória, percepção, dentre outras, nas

om
suas mais diversas formas de expressão, segundo padrões definidos

.c
ok
pela construção dos instrumentos.

tlo
ou
s@
Tipos de testes Psicológicos
tin
ar
m

Quais são as técnicas de investigação psicológica? São todas as técnicas


io
ab

utilizadas pelo psicólogo que não são testes psicológicos. Por testes psicológicos
of

devemos entender tanto os testes psicométricos quanto os projetivos.


ai
-c

Para facilitar, podemos listar da seguinte forma:


2

Métodos e Técnicas Testes Psicológicos


-2
41

Entrevista (todos os tipos): anamnese, Testes Impressionistas (projetivos ou


.8
81

devolutiva, inicial, triagem, com a gráficos)


.6

criança, com a mãe, com os pais, com a Testes Psicométricos


39
-0

família, etc.
s

Visita à escola, ao trabalho, etc.


tin
ar

Hora do jogo
M

Desenho livre da família, de uma


a
uz

história, etc.
So

Jogo da memória
de

Observação
o
bi

Pesquisa documental, etc.


o

Em uma antiga questão de concurso encontramos a melhor distinção entre as


ai
C

classificações:
CESPE – TCU – Psicólogo – 2011
Os testes psicométricos baseiam-se na teoria da medida e,
especificamente na psicometria, fazem uso de números para
descrever os fenômenos psicológicos, ao passo que os testes
impressionistas (projetivos e expressivos), ainda que se utilizem de
números, fundamentam-se na descrição linguística.
A assertiva está correta e devemos entender a mesma da seguinte forma:

| 78
Testes Psicológicos

Testes Psicométricos Testes Impressionistas

12
Testes Expressivos Testes Projetivos

5:
:1
15
Testes Gráficos

0
02
/2
12
A melhor maneira de entender e classificar os testes é a partir da forma como

6/
-1
ele produz os próprios resultados. Temos, portanto, três formas gerais de testes

om
psicológicos: os testes psicométricos, os testes projetivos e os testes gráficos.

.c
Observe que os testes projetivos e os expressivos são “tipos” de testes

ok
tlo
impressionistas.

ou
Vamos começar! s@
Os testes psicométricos são escalas ou inventários, de resposta previamente
tin
ar

determinada e que podem apresentar resultados, mesmo quando apenas uma


m

subescala é a aplicada. As normas gerais utilizadas são quantitativas, o resultado é


io
ab

um número ou medida. Grupos de itens podem ser avaliados separadamente. Os


of
ai

testes psicométricos têm um caráter científico, se baseiam na teoria da medida e,


-c

mais especificamente, na psicometria. Utilizam números para descrever os


2
-2

fenômenos psicológicos, assim, são considerados objetivos. É o caso, por exemplo,


41

das Escalas Weschler, do IHS, do IFP, dos Inventários Beck, etc.


.8
81

Os testes projetivos, diferentemente dos testes psicométricos, são


.6
39

caracterizados por estímulos ambíguos, ou seja, estímulos que podem eliciar


-0

diferentes tipos de respostas em diferentes pessoas. Esse tipo de teste é usado


s
tin

apenas para a avaliação da personalidade. Suas normas de correção são


ar

qualitativas, ou seja, são testes menos objetivos. Apesar disso, apresentam fatores
M
a

ainda quantitativos (quando contamos a frequência de respostas, por exemplo). O


uz
So

resultado se expressa através de uma tipologia. Além disso, o diagnóstico não pode
de

ser dado apenas por uma prancha, mas pela avaliação global dos resultados de
o

todo o teste (pois trabalham com tipologias). É a constância de certas


bi

características avaliadas no teste como um todo que dará a relativa certeza de um


o
ai

diagnóstico (ex.: testes de personalidade em geral). Não se confundem com os


C

testes gráficos, pois o avaliado não expressa-se graficamente para a produção da


projeção. Esses testes manifestam conteúdos latentes através da conduta
manifesta. Seguem, em regra, a fase de aplicação seguida de inquérito. São
exemplos de testes projetivos o Rorschach, Zulliger, TAT e CAT-A.
Por fim, os testes gráficos, também conhecidos como expressivos, são
caracterizados pela participação motora do avaliado na produção de informações
para a avaliação. Esses testes adquirem um papel central dentro do
psicodiagnóstico porque detectam níveis profundos de integração e estruturação e

| 79
apoiam-se no fato de que o desenho surge, na evolução, como expressão da
necessidade infantil de recriação dos objetos internos e do mundo interno, sentido
profundo que conserva na vida primeva (infantil). São exemplos de testes gráficos
o HTP, PMK e Palográfico.

12
O que são os testes impressionistas

5:
A diferença fundamental entre estes dois tipos de testes, é que os

:1
15
testes psicométrico se baseiam na teoria da medida, em que usava

0
02
números (estatística) para descrever os fenômenos psicológicos, já os

/2
testes impressionista, podem, mas não se fundamentam nos

12
6/
números ou na teoria da medida. Exemplo de teste psicométrico,

-1
como o de Inteligência (QI), assim como testes de atitudes. Já os

om
testes impressionistas ou projetivos, são como desenho de um casa

.c
ok
ou figura humana. Os testes psicométrico são maximamente

tlo
padronizados em suas tarefas e em sua interpretação, em que o
ou
s@
aplicador deve chegar a resultados. Já os impressionistas
tin

apresentam tarefas não-estruturadas, sendo a decodificação e


ar

interpretação dependentes em grande parte do aplicador, pode gerar


m
io

resultados e interpretação até contrastantes. Por isso os testes


ab

psicométrico preferem utilizar técnicas de resposta do tipo escolha


of
ai

forçada, não gerando ambigüidades, já os testes impressionistas


-c

requerem livres dos sujeitos, tornando a apuração mais ambígua e


2
-2
41

sujeita aos vieses de interpretação. Os testes psicométrico aparecem


.8

menos riscos do que os testes impressionistas. O psicométrista prima


81
.6

pela objetividade, por tarefas são padronizadas, a correção ou


39

apuração das respostas é mecânica, já o impressionista trabalha com


-0

a subjetividade, por tarefas que são pouco ou nada estruturadas, a


s
tin

apuração das respostas deixam margem para interpretações


ar
M

subjetivas. Portanto, o Teste Psicométrico (fotógrafo, medida,


a
uz

padronização, pobreza, produto, objetividade) x Teste


So

Impressionista (artista, descrição, não-padronização, riqueza,


de

processo, subjetividade).
o
bi

PASQUALI, L. Testes Psicológicos: conceitos, história, tipos e usos.


Em: PASQUALI, L. Técnicas de Exame Psicológico – TEP: manual. São


o
ai

Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. Cap. 1


C

O que são os testes expressivos:


Para Mira y López (MIRA, 1987) as técnicas expressivas
apresentam uma singularidade bem específica. Elas abrangem todas
aquelas técnicas onde as expressões da personalidade poderiam ser
registradas através de meios audiovisuais, incluindo além das

| 80
técnicas grafológicas e miocinéticas,
fonográficas, fisiognomônicas, assim como todos os registros
feitos com filme e fotografias, além daquelas técnicas que registram
reações de natureza fisiológica (cutâneas, respiratórias, circulatórias,
metabólicas, eletroencefalográficas). Segundo este autor, estas

12
técnicas permitiriam a exploração da personalidade, mas nelas o

5:
sujeito não se projetaria. As pessoas concentram-se em si mesmas;

:1
15
elas se comportam como podem, com suas reações habituais, que

0
02
independem de uma vontade consciente. São técnicas que não

/2
utilizam a linguagem falada, e onde o sujeito não pode intervir no

12
6/
resultados porque este escapa ao seu controle consciente.

-1
Já Anderson e Anderson (1967), em seu livro Técnicas

om
Projetivas do Diagnóstico Psicológico, outro manual clássico sobre

.c
ok
testes de personalidade, no capítulo sobre as técnicas expressivas, só

tlo
inclui os estudos da grafologia, dos movimentos corporais e
ou
s@
expressões fisionômicas. Testes como o PMK, o HTP, o MAPS, o teste
tin

do Mosaico, e as técnicas que compreendem narrativas e


ar

acabamentos serão todos agrupados sob a classificação Outros


m
io

Métodos Projetivos.
ab

Anastasi (1967) e Anzieu (1978) distinguem os métodos


of
ai

expressivos por sua qualidade de catarse. Anzieu (1978) dá um lugar


-c

de destaque às técnicas expressivas, quando atribui ao desenho uma


2
-2
41

das origens dos métodos projetivos. Porém, também não dedica


.8

qualquer capítulo especial para eles.


81
.6

Com Anastasi (1967) as técnicas expressivas acabam


39

sendo absorvidas como uma das categorias dos testes projetivos. Ela
-0

cita entre os principais tipos desta categoria expressiva, as técnicas


s
tin

do desenho e de pintura, as atividades de brinquedo, e o psicodrama.


ar
M

Estes métodos serviriam como recursos diagnósticos e terapêuticos.


a
uz

Através da oportunidade de auto-expressão oferecidas por eles, o


So

sujeito não apenas revelaria suas dificuldades, como também


de

conseguiria se libertar delas.


o
bi

[...]

Anzieu (1978) tentou esclarecer a diferença entre


o
ai

expressão e projeção. Em relação ao desenho, ao considerar seu uso


C

enquanto puramente terapêutico ou catártico, lembra que com este


objetivo, o desenho não se configura como um teste. Isto porque um
teste vai sempre supor uma situação padronizada, acompanhada por
uma intenção de avaliação. Como técnicas expressivas que podem
expressar a personalidade, o desenho livre, o relato livre e o jogo
dramático improvisado, bastante utilizados em procedimentos
psicoterapêuticos. Para melhor esclarecer seu ponto de vista, ele

| 81
acaba recorrendo a uma distinção feita anteriormente por Bellak e
Symonds, que achamos interessante reproduzir aqui. Para estes
autores existiriam três tipos de testes:
1] Técnicas expressivas - onde o sujeito fica inteiramente
livre, não apenas em relação às instruções como também em relação

12
ao material proposto. Porém, ao adotar esta posição, algumas

5:
técnicas expressivas ficam sem localização, já que para algumas

:1
15
técnicas expressivas existem regras objetivas. Em relação aos

0
02
desenhos do tipo HTP, Desenho do Animal, Desenho da Escola, certos

/2
critérios são padronizados: as instruções são as mesmas, a folha

12
6/
ofício é padrão, assim como o lápis número dois, configurando um

-1
mínimo de objetividade no material. É preciso lembrar

om
que adaptação, expressão e projeção estão sempre presentes

.c
ok
quando as técnicas expressivas se referem aos desenhos. Em termos

tlo
do comportamento adaptativo, vai ser preciso considerar se frente à
ou
s@
solicitação da tarefa o sujeito reagiu de forma adequada, além de
tin

verificar a adequação aos padrões de idade, sexo, grupo cultural, etc.


ar

Em relação ao comportamento puramente expressivo, é preciso


m
io

analisar o estilo particular que se prende à produção do sujeito.


ab

Finalmente, em termos projetivos, vai ser necessário verificar os


of
ai

conteúdos simbólicos atribuídos aos desenhos. Estas abordagens


-c

são complementares, e precisam ser analisadas com cuidado.


2
-2
41

2] Testes Projetivos - onde as respostas são livres, porém o material é


.8

definido e padronizado. A definição aqui não se aplica ao conteúdo, e


81
.6

sim ao material que é utilizado. O conteúdo deve ser vago, ambíguo


39

e pouco estruturado. Quanto mais indefinido for o conteúdo de uma


-0

imagem ou de uma mancha, mais certeza pode-se ter quanto à


s
tin

qualidade projetiva do material obtido. Para tornar mais claro esta


ar
M

definição relacionada a uma indefinição, podemos pensar no


a
uz

Rorschach, onde o material utilizado é bem definido: são pranchas


So

com as mesmas manchas, põem onde as próprias manchas são


de

bastante indefinidas. Outro exemplo pode ser visto no Teste de


o
bi

Apercepção Tridimensional de Doris Twitchell Allen (apud (BELL,


1978), uma espécie de Rorschach em terceira dimensão, e que se


o
ai

constitui de formas geométricas vagas e pouco estruturadas, com as


C

quais o sujeito deve construir uma situação e uma estória. Anzieu


(1978) vai subdividir os testes projetivos em temáticos e estruturais.
Entretanto, vale a pena lembrar que os desenhos também poderiam
ser posicionados dentro desta categoria, já que oferecem uma
excelente oportunidade para a projeção de sentimentos sobre os
quais o sujeito não tem um conhecimento direto, e “não quer ou não
pode revelar, isto é, aspectos mais profundos e inconscientes; isso

| 82
porque, sendo um meio menos usual de comunicação do que a
linguagem, tem um conteúdo simbólico menos reconhecido” (VAN
KOLCK, 1981, p.2).
3] Testes Psicométricos - onde só existe uma resposta correta, e onde o
material requer uma precisão rigorosa.

12
Finalizando, as técnicas expressivas oferecem inúmeras

5:
variações. Enquanto técnicas gráficas, os desenhos podem ser

:1
15
organizados de acordo com a maior ou menor liberdade dos temas

0
02
propostos. Baseando-nos nesta exposição que fizemos, vamos

/2
sugerir uma fusão dos princípios de organização de alguns autores.

12
6/
Sugerimos o agrupamento destas técnicas gráficas em quatro

-1
categorias, obedecendo ao princípio de liberdade que se prendem

om
aos temas e tarefas.

.c
ok
1] Tarefas altamente estruturadas, e que vão ser avaliadas

tlo
de acordo com o grau de adaptação maior ou menor em relação ao
ou
s@
modelo proposto. Referem-se aos testes em que se propõe que o
tin

sujeito procure reproduzir algumas figuras. Nesta categoria estariam


ar

incluídos os Testes de Bender (CLAWSON, 1989), as Figuras


m
io

Complexas de Rey (1942/1999), o próprio PMK de Mira y Lopéz


ab

(1962/1987) ou o teste Palográfico de Minicucci (1991), ou o teste de


of
ai

Vetter (GAYRAL, 1977) construído em 1939, e que consiste na cópia de


-c

figuras geométricas elementares (quadrados, triângulos, linhas


2
-2
41

ordenadas em forma de escada, ângulos retos, etc.)


.8

2] Tarefas com estruturação intermediária, onde é pedido


81
.6

que o sujeito complemente alguns sinais iniciais (que podem ser


39

pontos, linhas ou curvas). Nessa categoria inclui-se o teste de


-0

Wartegg, ou mesmo a técnica do Rabisco de Winnicott (1984). Tendo


s
tin

em vista a preocupação de Winnicott (1984) que não gostaria de ver


ar
M

sua técnica transformada em um método projetivo estruturado e


a
uz

com regras bem estabelecidas, é importante lembrar o quanto ele


So

enfatizava a necessidade de flexibilidade. Nesta técnica, a liberdade


de

de escolha está sempre em primeiro lugar, sendo a criança livre para


o
bi

escolher conversar, cantar, brincar ou desenhar (MAZZOLINI, 2007).


Gayral (1977) fala de um outro técnica intermediária, construída por


o
ai

Horn e Hellersberg, e que apresenta 12 quadros com uma


C

estimulação pictórica rica, exigindo que criação de desenhos


complexos.
3] O terceiro grupo envolve o desenho de temas
determinados. E aqui é possível localizar as inúmeras técnicas
gráficas, como o Teste da Figura Humana (MACHOVER, l974), o Teste
da Árvore (KOCH, 1949/1962); o Teste HTP (BUCK, 2003) que pede o
desenho de uma Casa-Árvore-Pessoa, o Desenho da Família de

| 83
Corman (1969), o Desenho do Interior do Corpo, de Desenho do
Interior do Corpo (TAIT & ASCHER, 1955), o Desenho do Animal de
Levy & Levy (1969), o teste da Mandala de Dias (1996), o Desenho do
Professor de Klepsch (1984), o teste de Fay (GAYRAL, 1977), onde é
pedido o desenho de uma mulher passeando na rua, num dia de

12
chuva. São inúmeras as derivações destas técnicas gráficas.

5:
4] Por último, algumas técnicas se diferenciam porque

:1
15
propõe ao sujeito um tema indeterminado, tal como os Desenhos

0
02
Livres, ou o Finger-Paint. Aqui se localizam melhor o Teste das

/2
Garatujas na versão de Meurisse (GAYRAL, 1977), ou tal como foi

12
6/
idealizado por Corman (1971). “Estes desenhos livres e atemáticos

-1
oferecem uma ampla margem de liberdade para a criação livre,

om
utilizando como estímulo elementos que têm mais de um

.c
ok
significado”. (GAYRAL, 1977: 72-73). Sem a intermediação de qualquer

tlo
indicação, esta produção espontânea pode expressar vivencias e
ou
conteúdos emocionais bastante reveladoras.
s@
tin
ar
m
io

Fonte: Conceito de Expressão e Testes Expressivos. Elza Rocha Pinto. Disponível


ab
of

em: http://psyerp.blogspot.com.br/2013/07/o-conceito-de-expressao.html
ai
-c
2
-2
41

Instrumentos de avaliação: critérios de seleção, avaliação e


.8
81

interpretação dos resultados.


.6
39
-0

Existem “n” tipos de instrumentos de avaliação que podemos utilizar para


s
tin

mensurar nossas hipóteses de psicólogos. Para Cronbach (apud PASQUALI, 2001),


ar

um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e


M
a

descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas. Um teste


uz
So

psicológico é fundamentalmente uma mensuração objetiva e padronizada de uma


de

amostra de comportamento. Uma verificação ou projeção futura dos potenciais do


o

sujeito. A finalidade de um teste consiste em medir as diferenças existentes, quanto


bi

a determinada característica, entre diversos sujeitos, ou então o comportamento


o
ai

do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões – diferença inter e intra – individual,


C

respectivamente.
Sabemos que na escolha dos testes, devemos atentar para alguns pontos
importantes que listo, didaticamente, a seguir:
1- Estar contemplado na lista do Satespsi
a. Ser Fidedigno
b. Ser válido
2- O teste deve ser capaz de mensurar o que o examinador se
propõe a examinar

| 84
3- A aplicação deve ser realizada em um ambiente e que não
interfira na validade e fidedignidade do teste.
4- O examinador deve ser capaz de interpretar seus dados
satisfatoriamente e de devolver essas informações de
forma adequada.

12
Vamos fazer um estudo um pouco mais aprofundado desses conceitos. Mas,

5:
antes, devemos diferenciar os conceitos de padronização, normatização e amostra

:1
15
de padronização.

0
02
/2
Padronização e Normatização

12
6/
-1
Vamos começar com um quadro com definições simplificadas sobre os

om
termos.

.c
ok
tlo
ou
Conceito Sinônimos Definição s@
Validade - Capacidade do teste medir realmente o
tin

que pretende medir


ar
m

Fidedignidade Confiabilidade, capacidade dos resultados serem


io
ab

precisão e reproduzidos dados às mesmas condições


of

reprodutibilidade
ai
-c

Padronização4 - Uniformidade na aplicação dos testes


2
-2

Normatização -
5
Escores utilizados para a correção dos
41

resultados
.8
81

Amostra de - Identifica as amostras de estudo para


.6
39

Padronização validar os testes. Quanto maior o “erro de


-0

amostragem” menos útil é o teste. Por isso,


s

a amostra de padronização deve ser ampla


tin
ar

e representativa da população
M

considerada, tanto no aspecto


a
uz

quantitativo como qualitativo.


So
de
o

A grande maioria dos autores entende que os conceitos de padronização e


bi

normatização são diferentes, mas relacionados. Autores como Cronbach (1996) ,


o

Alchiere e Cruz (2003) e Pasquali (2003, 2010) diferenciam Padronização e


ai
C

Normatização da seguinte forma:


Padronização: é a uniformidade na aplicação dos testes (material,
ambiente, aplicador, instruções de aplicação, correção, etc.) e o
processo de estabelecer procedimentos padronizados e valores

4
Em resumo: é a aplicação padronizada (aplicação do teste psicológico).
5
Em resumo: é a correção padronizada.

| 85
normativos para a comparação e a avaliação do desempenho dos
indivíduos ou grupos.
Normatização: é a uniformidade na interpretação dos escores dos
testes segundo tabelas, percentis, escore z, etc. As normas fornecem
valores padrão por meio da equivalência dos escores brutos obtidos

12
no teste, com alguma forma de escore derivado.

5:
:1
15
Cuidado com a definição de Anne Anastasi (1977). A autora entende que

0
02
“padronização” contém o conceito de “normatização”. Para a autora a

/2
padronização é alcançada quando existe a uniformidade dos procedimentos no uso

12
6/
de um teste, desde os cuidados a serem tomados na aplicação do teste, ou seja

-1
uniformidade das condições de testagem até os parâmetros ou critérios para a

om
interpretação dos resultados dos sujeitos submetidos à testagem.

.c
ok
Urbina (2007), na esteira de Anastasi, entende que toda “padronização”

tlo
contém o conceito de “normatização”. A padronização é a uniformidade dos
ou
s@
procedimentos, desde a aplicação até a correção e interpretação dos resultados,
tin

englobando o local em que o teste é administrado, circunstancias de


ar

administração, examinador, ou seja tudo que pode afetar os resultados,


m
io

objetivando tornar tão uniforme quanto possível todas as variáveis que estão sob
ab

controle do examinador. Urbina não fala de normatização, mas coloca a sua


of
ai

definição dentro do conceito de padronização, ao dizer que a padronização


-c

funciona a partir do uso de padrões para a avaliação dos resultados. Os padrões são
2
-2
41

normas derivadas de um grupo de indivíduos representativo de uma população,


.8

denominados amostra normativa ou amostra de padronização.


81
.6

Portando, para Anastasi e Urbina não há uma diferença dos conceitos


39

padronização e normatização. Mas, vamos deixar um ponto muito claro. Caso


-0

peçam as autoras, utilize os dois conceitos como sinônimos, senão, siga


s
tin

diferenciando os dois tópicos.


ar
M

A padronização envolve:
a
uz

a) Material de testagem
So

b) Qualidade do teste (ele tem de ser válido e preciso)


de

c) Pertinência do teste à demanda


o
bi

d) Adequação do teste ao sujeito avaliado (nível intelectual,


escolaridade, etc.)
o
ai

e) Apresentação e condições do material


C

f) Ambiente de testagem
g) Condições Psicológicas do examinador e do avaliado
h) Rapport
i) Tempo e duração de aplicação
j) Habilidade do aplicador
k) Respeito à lei de aplicação do teste psicológico
l) Sigilo e divulgação dos resultados

| 86
A normatização envolve:
a) Padrões para interpretar um resultado
b) Normas gerais, estatísticas descritivas e escore padrão
c) Normas de desenvolvimento e normas intragrupo
a. As normas de desenvolvimento tem relação com as faixas

12
etárias e a idade mental. Pode incluir nível de escolaridade

5:
b. As normas intragrupo são aplicadas para a identificação

:1
15
da posição do sujeito dentro do seu grupo (exemplo: nível

0
02
de inteligência de um aluno dentro de sua sala de aula).

/2
12
6/
Fidedignidade

-1
om
O termo Fidedignidade (sinônimo de confiabilidade e de precisão) está

.c
ok
relacionado com a capacidade dos resultados serem reproduzidos dados às

tlo
ou
mesmas condições (princípio da reprodutibilidade). Como os resultados das
s@
repetidas aplicações do teste foram consistentes, pode-se afirmar que o teste
tin

apresenta boa fidedignidade. Fidedignidade ou confiabilidade refere à capacidade


ar
m

dos resultados serem reproduzidos dadas as mesmas condições, ou seja: na mesma


io
ab

amostra o mesmo teste apresenta o mesmo resultado.


of

A medição é formada por três elementos:


ai
-c

a) A medida verdadeira
2

b) O erro amostral (relacionado com o tamanho da amostra)


-2
41

c) O erro não amostral ou sistemático (relacionado com as respostas


.8
81

em branco do entrevistado)
.6

A medição da confiabilidade pode ser feita a partir dos seguintes critérios:


39
-0

a) Medida de estabilidade (confiabilidade por teste-reteste) –


s

estabilidade temporal
tin
ar

b) Método de formas alternativas ou paralelas


M

c) Método de metades Partidas (Split-half)


a
uz

d) Coeficiente Alfa de Cronbach e Coeficiente KR-20


So
de
o
bi

Validade

o
ai
C

A Validade de um teste significa a capacidade que esse teste tem em medir


aquilo que ele se propõe, ou seja, um determinado constructo teórico. Em outras
palavras, o seu resultado deve se relacionar significativamente com a expressão do
comportamento que quer ser mensurado. Existem várias classificações de validade
na literatura:
Classificação I
Validade Interna: condições de aplicação do instrumento

| 87
Validade Externa: condições de generalização (representatividade
da amostra e a correspondência entre os respondentes e a unidade de
análise).
Classificação II6
a) Validade Aparente: enfoca a forma do instrumento e o vocabulário

12
utilizado. É a menos satisfatória das validades, pois avalia somente

5:
se há consistência teórica no instrumento utilizado (relação entre

:1
15
teoria adotada e instrumento). Pode ser avaliada por um conjunto de

0
02
juízes, é uma avaliação subjetiva. (relação teoria-teste)

/2
b) Validade de Conteúdo (evidências relacionadas ao conteúdo):

12
6/
verifica se o instrumento é capaz de representar o que se deseja

-1
medir. Um instrumento de medição deve conter todos os itens de

om
domínio do conteúdo das variáveis que se pretende medir. A área do

.c
ok
conteúdo deve ser sistematicamente analisada a fim de analisar que

tlo
todos os aspectos fundamentais sejam expressos (em proporções
ou
s@
corretas). Esse conteúdo deve ser descrito antes da elaboração do
tin

instrumento. Pode ser entendido como Validade de Traço (busca da


ar

coerência interna de cada medida e a consistência sob os diferentes


m
io

enunciados). (relação itens-escopo pretendido)


ab

c) Validade de Constructo: elo entre o nível conceitual e o operacional.


of
ai

É dado pela medida em que a definição operacional (constructo) de


-c

um conceito reflete de fato seu verdadeiro significado. Aqui existe um


2
-2
41

marco teórico que deve estar consistente com outros instrumentos


.8

da área. Pode ser realizada pela correlação entre testes.


81
.6

(comparação com outros testes)


39

d) Validade de Critério: é o delineamento das evidências relacionadas


-0

a um critério. Ocorre a comparação com algum critério externo. Este


s
tin

critério é um padrão com o qual se julga a validade de um


ar
M

instrumento. Se o critério se fica no presente temos a Validade


a
uz

Convergente (correlação ao mesmo tempo). Se o critério se fixa no


So

futuro, temos a Validade Preditiva (validade para predizer no futuro


de

os desempenhos individuais). Essa validade preditiva é estabelecida


o
bi

através de correlações dos resultados do teste com subsequente


medida do critério. Dentro da validade de critério ainda existe a


o
ai

Validade Discriminante, que refere-se a capacidade do instrumento


C

não fornecer dados estranhos ao que se propõe medir. A Validade


Empírica (ou Nomológica) é a comparação entre os resultados de um
instrumento com um critério exterior. Quando o instrumento
consegue distinguir indivíduos sabidamente diferentes, estamos
diante da Validade Simultânea.

6
Compilação do Professor Alyson Barros que recomendo que use para concurso.

| 88
e) Validade Total: é obtida pela soma das validade de conteúdo, de
critério e de constructo. Quanto maior esse desempenho, mais
estamos medindo àquilo proposto.
Classificação III7
1) Validade de construto (construct validity): o teste mede um atributo

12
ou qualidade que não é “operacionalmente definido”; (Cronbach &

5:
Meehl, 1955).

:1
15
2) Validade de conteúdo (content validity): o teste cons- titui uma

0
02
amostra representativa de um universo de conteúdo (Cronbach &

/2
Meehl, 1955; Haynes, Richard, & Kubany, 1995), além de ser relevante

12
6/
(Messick, 1989).

-1
3) Validade de critério (criterion-oriented validity): o teste prediz um

om
critério externo (Cronbach & Meehl, 1955).

.c
ok
4) Validade preditiva (predictive validity): variedade da validade de

tlo
critério, em que este é medido tempora- riamente depois de obtidos
ou
os dados do teste (Cronbach & Meehl, 1955).
s@
tin

5) Validade concorrente (concorrent validity): variedade da validade


ar

de critério, em que este é medido simultaneamen- te à coleta dos


m
io

dados do teste (Cronbach & Meehl, 1955).


ab

6) Validade aparente (face validity): consiste em se ter “peritos”


of
ai

revendo os conteúdos de um teste para ver se eles são apropriados


-c

“em sua cara” (Mosier, 1947, 1951).


2
-2
41

7) Validade generalizável (validity generalization): a informação dos


.8

escores do teste deve ser generalizável sobre populações e tempo


81
.6

(Mosier, 1947, 1951; Messick, 1989).


39

8) Validade discriminante (discriminant validity): um teste tem


-0

validade discriminante se mostrar correlação nula com um teste que


s
tin

mede um traço independente de persona- lidade (Campbell & Fiske,


ar
M

1959).
a
uz

9) Validade convergente (convergent validity): um teste


So

tem validade convergente se mostrar correlação alta


de

com um teste que mede um traço de personalidade


o
bi

teoricamente rela- cionado ao que o teste mede


(Campbell & Fiske, 1959);


o
ai

10) Validade incremental (incremental validity): a questão de se uma


C

medida particular aporta poder explicativo sobre e além de outra

7
ATENÇÃO: Essa terceira nos é apresentada por Pasquali, em seu artigo alidade dos
“Testes Psicológicos: Será Possível Reencontrar o Caminho?”. Psicologia: Teoria e
Pesquisa. 2007, Vol. 23 n. especial, pp. 099-107. Essa classificação é gigante,
recomendo que concentre-se na classificação anterior. Porém, essa orientação não
descartará a leitura atenta!

| 89
media para predizer um critério relevante (Bryant, 2000).
11) Validade fatorial (factorial validity): um tipo de validade de
construto em que testes são submetidos à análise fatorial para
verificar se possuem variância comum (caso em que se diz que estão
cobrindo o mesmo construto) (Guilford, 1946).

12
12) Validade lógica (logical validity): um teste julgado válido por

5:
peritos (Cronbach, 1949).

:1
15
13) Validade empírica (empirical validity): Cronbach (1949).

0
02
14) Validade conseqüencial (consequential validity): os aspectos

/2
sociais dos escores dos testes devem ser levados em conta (Messick,

12
6/
1989).

-1
15) Validade intrínseca (Intrinsic validity): Gulliksen (1950).

om
16) Validade substantiva (Substantive validity): validade baseada em

.c
ok
bases racionais ou teóricas (Messick, 1989).

tlo
17) Validade estrutural (structural validity): as respostas devem ser
ou
s@
internamente consistentes sobre diferentes partes do teste (Messick,
tin

1989).
ar

18) Validade externa (external validity): os escores do teste devem se


m
io

correlacionar com outras medidas ou variáveis de fundo (Messick,


ab

1989) ou a medida pode ser generaliza- da através de várias situações


of
ai

(Emory, 1985; Lönnqvist & Hannula, s/d ).


-c

19) Validade interna (internal validity): são as validades de critério, de


2
-2
41

conteúdo e de construto (Emory, 1985; Lönn- qvist & Hannula, s/d ).


.8

20) Validade de hipótese (hypothesis validity): uma medi- da tem


81
.6

validade de hipótese se, em relação a outras variáveis, ela “se


39

comporta” como dela se espera (Weber, 1990).


-0

21) Validade indireta (indirect validity): o mesmo que validade de


s
tin

hipótese (Janis, 1965).


ar
M

22) Validade posditiva (posdictive validity): o oposto de validade


a
uz

preditiva (Haynes & cols., 1995).


So

23) Validade curricular (curricular validity): constitui uma extensão da


de

validade de conteúdo e consiste em verificar o aumento da


o
bi

aprendizagem (se se descobre que há aumento de aprendizagem em


dois testes com validade de conteúdo, então se verifica validade


o
ai

curricular).
C

24) Validade diferencial (differential validity): validade de uma bateria


de testes avaliada pela capacidade de predizer diferenças no
desempenho em dois ou mais critérios.
25) Validade cruzada (cross validity): confirmar a vali- dade dos
resultados a partir de um novo exame com estudo empírico feito com
uma segunda amostra independente.
26) Validade de grupos mistos (mixed-group validity): duas amostras

| 90
com formatos diferentes no traço ou diferen-
tes probabilidades em expressar dado comportamento são
comparadas.
27) Validade múltipla (multiple validity): um teste tem validade
múltipla quando estiver atrelado a uma amostra vasta de critérios.

12
28) Validade ecológica (ecologial validity): o quanto um instrumento

5:
psicológico mede fatores espaciais, temporais e situacionais do

:1
15
campo de aplicação.

0
02
29) Validade sintética (synthetic validity): validade de teste complexo

/2
ou de uma bateria de testes baseada no fato de que vários fatores

12
6/
foram representados num único escore composto.

-1
30) Validade condicional (conditional validity): a validade do teste

om
depende do uso que dele se faz.

.c
ok
31) Validade incondicional (unconditional validity): a validade do teste

tlo
depende do construto sendo medido e não do uso que dele se faz.
ou
32) ?
s@
tin

Como disse o próprio Pasquali nessa classificação “Você está convidado a


ar

acrescentar outros tipos de valida- de, se quiser utilizar sua criatividade ou sobrar
m
io

espaço! Quer dizer: parece que perdemos o rumo! Isso, porque se reduziu a validade
ab

de um instrumento de medida a um julgamento sobre as condições de obtenção de


of
ai

uma dada medida (o escore no teste), a utilidade e os usos que se fazem ou se


-c

podem fazer da mesma. Ela já não é mais um parâmetro objetivo de instrumento.


2
-2
41

Assim, validade significa tudo o que diz respeito aos testes psicológicos e,
.8

conseqüentemente, não explica mais nada”.


81
.6
39
-0
s
tin
ar
M

A opinião de Pasquali sobre o conceito de Validade


a
uz
So

Para Pasquali, no livro Psicometria, o entendimento da Validade de testes


de

psicológicos ainda não é algo passível de consenso. No entanto ele apresenta, no


o
bi

seu ponto de vista, a divisão da validade da seguinte forma8:



o
ai

I. VALIDADE DE CONSTRUCTO
C

Sinônimos: conceito, intrínseca, fatorial e aparente.


Conceito: mensuração de um atributo ou qualidade, o qual não tenha sido
definido operacionalmente (Cronbach e Meheel).
Mensuração:

8
Dica do Professor: Recomendo que preste bastante atenção às técnicas estatísticas
para cada tipo de validade!

| 91
1. Análise de representação comportamental do construto (avalia
critérios internos ao teste)
Análise da Consistência Interna
Correlação interna dos itens
Análise Fatorial

12
Quantidade de itens mínimos para produzir resultados

5:
2. Análise por hipótese (avalia critérios externos ao teste)

:1
15
Validação convergente-discriminante

0
02
Correlação com outros testes

/2
3. Curva de informação de TRI

12
6/
4. Falsete estatístico do erro da TCT

-1
Erro de estimação

om
.c
ok
II. VALIDADE DE CRITÉRIO

tlo
Conceito: Eficácia em predizer um desempenho específico de um sujeito.
ou
Tipos:
s@
tin

Validade preditiva
ar

Validação concorrente – critério de validação é coletado após


m
io

a aplicação do teste
ab

Validade concorrente
of
ai

Validação concorrente – critério de validação é coletado


-c

simultaneamente.
2
-2
41
.8

III. VALIDADE DE CONTEÚDO


81
.6

Conceito: Capacidade em descrever comportamentos específicos.


39

Método:
-0

(1) definição do conteúdo


s
tin

(2) explicitação dos processos psicológicos (os objetivos) a serem


ar
M

avaliados
a
uz

(3) determinação da proporção relativa de representação no tópico


So

de cada tópico do conteúdo.


de

Mensuração:
o
bi

Mensuração é praticamente garantida pela técnica de construção do teste:


1. Definição do domínio cognitivo


o
ai

2. Definição do universo do conteúdo


C

3. Definição da representatividade de conteúdo


4. Elaboração da tabela de especificação
5. Construção do teste
6. Análise teórica dos itens
7. Análise empírica dos itens

| 92
Tipos de testes
Para classificarmos os testes que queremos usar, precisamos usar critérios.
Segundo a literatura, podemos usar os seguintes:
a) Segundo o método utilizado:

12
a. Psicométricos – as normas gerais utilizadas são quantitativas, o

5:
:1
resultado é um número ou medida. Grupos de itens podem ser

15
avaliados separadamente. Os testes psicométricos têm um

0
02
caráter científico, se baseiam na teoria da medida e, mais

/2
12
especificamente, na psicometria. Utilizam números para

6/
descrever os fenômenos psicológicos, assim, são considerados

-1
objetivos.

om
b. Projetivos - normas são qualitativas, ou seja, são testes menos

.c
ok
objetivos. O resultado se expressa através de uma tipologia. Por

tlo
ou
terem uma avaliação qualitativa, evidentemente que seus
s@
elementos (itens de teste) não podem ser medidos em separado.
tin

E a constância de certas características avaliadas no teste como


ar
m

um todo que dará a relativa certeza de um diagnóstico (ex.: testes


io
ab

de personalidade em geral). Os testes projetivos caracterizam-se


of

pela ambigüidade do material (geralmente imagens ou borrões


ai
-c

de tinta) que é apresentado ao sujeito cuja personalidade está


2

sendo avaliada. O CAT (Children Apperception Test) é uma versão


-2
41

do TAT para crianças, onde os seres humanos são substituídos


.8
81

por animais.
.6

b) Segundo a Finalidade:
39
-0

a. Testes de Velocidade ou Rapidez: Os testes puros de velocidade


s

medem a rapidez de raciocínio ou execução de determinada


tin
ar

tarefa. Caracterizam-se pelo tempo certo de administração e pelo


M

fato de serem homogêneos, isto é, medirem o mesmo fatos


a
uz

comum em todos os itens muito fáceis para se ter como variável


So

apenas a rapidez de execução. (relativa constância de


de

dificuldade)
o
bi

b. Testes de Potência ou Nível: Os testes puros de potência são



o

aqueles que medem, não a rapidez da execução, mas a qualidade


ai
C

da mesma. Avaliam a potencialidade do indivíduo em relação a


alguma característica. Os itens apresentam-se em dificuldade
crescente – teste heterogêneo- e isso toma mais tempo para a sua
realização. Não se pode dizer que o tempo é ilimitado, pois isso
implicaria ter-se que estar à disposição do testando.
c) Segundo a Influência do Examinador
a. Pessoais: o administrador gerencia o rapport. Em princípio, todos
os testes presenciais são pessoais – o que varia é o grau de

| 93
influência. Os testes projetivos, em maior grau, e os testes
psicométricos, em menor grau, são exemplos disso.
b. Impessoais: geralmente são os testes auto-administrados
d) Segundo o Modo de Administração:
a. Individuais

12
b. Coletivos

5:
c. auto-administrados

:1
15
e) Segundo o Atributo Medido

0
02
a. De rendimento.

/2
b. Aproveitamento ou realização: servem para medir o grau de

12
6/
eficiência na realização de uma tarefa aprendida. O objetivo é

-1
medir, objetivamente, o conhecimento que o indivíduo adquiriu

om
sobre algo, em relação ao seu grupo.

.c
ok
c. Aptidão (ou habilidade): têm como objetivo avaliar a

tlo
capacidade com que uma pessoa pode adquirir novo
ou
s@
conhecimento relacionado com uma determinada habilidade ou
tin

competência específica. Medem o “potencial ” do indivíduo para


ar

aprender ou realizar uma tarefa. Uma forma de subdivisão desses


m
io

testes é: testes de aptidão específica; testes de aptidão especial.


ab

Os testes de aptidão geral (Fator g) medem inteligência como um


of
ai

todo; dão a medida geral da esfera intelectiva. São os testes que


-c

se referem, ao mesmo tempo, a diferentes aspectos da atividade


2
-2
41

inteligente. Como exemplo desses instrumentos, temos o INV, o


.8

Barcelona, o Dominó, etc. Os testes que medem o Fator G


81
.6

dividem-se em testes ou escalas que avaliam o desenvolvimento


39

mental, ou seja, a inteligência em seu aspecto evolutivo e testes


-0

de capacidade mental que mensuram a função intelectiva já


s
tin

desenvolvida.
ar
M

d. Personalidade: Os testes de personalidade medem as


a
uz

características de personalidade propriamente ditas, que não se


So

referem aos aspectos cognitivos da conduta. Ex.: estabilidade


de

emocional, atitude, interesse, sociabilidade, etc.


o
bi

o
ai

Distorções e Cuidados na Aplicação dos Testes


C

Vamos nos concentrar, por enquanto, nos cuidados (e distorções) que o


examinador deve ter no processo de aplicação e correção dos instrumentos
psicológicos.

| 94
C
ai
o

bi
o
de
So
uz
a
M
ar
tin
s
-0
39
.6
81
.8
41
-2
2
-c
ai
of
ab
io
m
ar
tin
s@
ou
tlo
ok
.c
om
-1
6/
12
/2
02
0
15
:1

| 95
5:
12
Testes de aptidão cognitiva.
As principais capacidades cognitivas (ou aptidões cognitivas) são:
inteligência, atenção/foco, percepção, memória e linguagem. Porém, podemos ter
outras aptidões cognitivas, como planejamento, execução de tarefas, raciocínio,
lógica, estratégias, tomada de decisões e resolução de problemas.

12
5:
:1
15
Estudo dos testes psicológicos

0
02
/2
12
Iremos, a seguir, nos deter nos principais testes psicológicos utilizados em

6/
-1
nosso país. Esse estudo não exclui a necessidade do contato com o material original

om
e sua aplicação para a adequada habilidade em aplicar o mesmo.

.c
ok
tlo
TESTES PSICOMÉTRICOS

ou
s@
Escala Colúmbia de Maturidade Intelectual (CMMS 3 – Columbia Mental Maturity
tin

Scale)
ar
m
io
ab

Escala utilizada na avaliação da capacidade de raciocínio geral de crianças


of
ai

normais e também de crianças que tenham qualquer problema de comunicação,


-c

audição, linguagem ou motor. É considerada, atualmente, um dos melhores


2
-2

instrumentos para avaliar crianças em idade pré-escolar (CUNHA, 2000). O teste se


41

caracteriza por ser individual, rápido, de fácil aplicação, que fornece uma estimativa
.8
81

da aptidão geral de raciocínio de crianças, a partir da idade de 3 anos e 6 meses até


.6
39

10 anos. Possui 92 itens de classificação de figuras e desenhos que são dispostos em


-0

uma série de 8 escalas ou níveis que se sobrepõe.


s
tin

Observação importante: embora considerado uma medida de raciocínio


ar

geral ou de maturidade mental, por suas autoras, ele tem sido mais indicado como
M
a

teste de triagem intelectual, para selecionar crianças a serem submetidas a uma


uz
So

avaliação intelectual completa.


de
o
bi

WAIS – III (aplicado de 16 a 89 anos)


o

Ele compreende 14 subtestes, sendo aplicados de forma alternada (subteste


ai
C

de execução em seguida o verbal), iniciando pelo subteste de execução Completar


Figuras, mas, dependendo do objetivo da avaliação, a aplicação de todos não é
necessária. Para o cálculo do QI total, por exemplo, são necessários 11 subtestes
(CUNHA, 2000). Os testes suplementares e opcionais não entram no cômputo do QI
total:
a) Subtestes Verbais: Vocabulário, Semelhanças, Aritmética, Dígitos,
Informação, Compreensão e Sequência de Números e Letras (suplementar);

| 96
b) Subtestes de Execução: Completar Figuras, Códigos, Cubos, Raciocínio
Mental, Arranjo de Figuras, Procurar Símbolos (suplementar) e Armar
Objetos (opcional);
O que cada Índice Fatorial reflete e os subtestes referentes a cada um deles
são:

12
a) Compreensão Verbal: subtestes – Vocabulário, Informação e Semelhanças;

5:
evidencia o conhecimento verbal adquirido e o processo mental necessário

:1
15
para responder às questões, que seria a capacidade de compreensão

0
02
(raciocínio verbal).

/2
b) Organização Perceptual: formado pelos subtestes Cubos, Completar

12
6/
Figuras e Raciocínio Matricial; mede o raciocínio não-verbal, raciocínio

-1
fluido, atenção para detalhes e integração viso-motora.

om
c) Memória de Trabalho: obtido pelos subtestes Aritmética, Dígitos e

.c
ok
Sequência de Números e Letras; está relacionado à capacidade de atentar-

tlo
se para a informação, mantê-la brevemente e processá-la na memória para,
ou
em seguida, emitir uma resposta.
s@
tin

d) Velocidade de Processamento: subtestes componentes – Códigos e


ar

Procurar Símbolos; refere-se à resistência à distrabilidade, mede os


m
io

processos relacionados à atenção, memória e concentração para processar,


ab

rapidamente, a informação visual.


of
ai
-c

Inventário Fatorial de Personalidade – R (IFR versão reduzida)


2
-2
41

Atenção: o IFP-R está válido. Esse é o IFR-Reduzido.


.8

O IFP da Casa do Psicólogo que ainda não aparece como válido (apenas
81
.6

seu estudo de atualização)


39

O IFP-R é um teste de personalidade composto de 141 afirmações e usado


-0

exclusivamente pelo LabPAM/CESPE. Trata-se de uma adaptação do IFP que é


s
tin

utilizado em concursos não realizados pelo CESPE, com quase todas as perguntas
ar
M

iguais, mudando basicamente a tabela de percentil, que como nos demais testes
a
uz

elaborados ou adaptados pelo LabPAM/CESPE (ICFP-R, EdAAI, Rathus), o IFP-R


So

exige respostas tendendo a extremos na maioria dos fatores para se obter


de

adequação. Isto se deve à amostragem usada para elaborar as tabelas de percentil


o
bi

especificamente em situações de seleção, que nestes casos as pessoas tendem


majoritariamente a induzirem as respostas para o modo mais adequado possível.


o
ai

Eis os fatores avaliados:


C

Assistência: Prestar auxílio e proteção às pessoas. (altruísmo)


Intracepção: Capacidade de analisar, especular, formular, generalizar / refere-
se ao indivíduo que racionaliza excessivamente suas emoções.
Afago: necessidade de proteção, carinho e mimo.
Deferência: Acatar e respeitar decisões de superiores.
Afiliação: Capacidade de associar-se a outra pessoa e permanecer leal a ela.

| 97
Dominância: Capacidade de controlar o ambiente e influenciar o
comportamento alheio, através de persuasão. Diz respeito ao sujeito que
manipula e manda nos outros, que se mete em confusão e brigas e que gosta de
ser o centro das atenções.
Desempenho: Capacidade de superar obstáculos e as próprias fraquezas, ser

12
bom trabalhador.

5:
Exibição: Refere-se a pessoas que gostam de falar de si mesmas.

:1
15
Agressão: Usar a força para se opor.

0
02
Ordem: Capacidade de organização, equilíbrio, precisão.

/2
Persistência: Perseverança ao realizar algo difícil, superando a si mesmo.

12
6/
Mudança: Capacidade de mudar diante de circunstâncias

-1
Autonomia: Capacidade de se governar por leis próprias; ser independente e

om
agir segundo o impulso.

.c
ok
Escalas de controle:

tlo
Validação: Consiste em frases óbvias, beirando a idiotice, que servem
ou
s@
para testar se o candidato entendeu o teste, se está lendo-o ou se esta
tin

o respondendo às cegas (chutando tudo). Uma pontuação alta nessa


ar

característica pode anular o teste do candidato e,


m
io

consequentemente, eliminá-lo, além de por em dúvida sua


ab

inteligência.
of
ai

Desejabilidade social: Consiste em frases sobre coisas erradas que


-c

todos fazem ou já fizerem pelo menos uma vez na vida, mas que não
2
-2
41

são agradáveis de confessar (especialmente na hora de lutar por um


.8

emprego). A finalidade dessa escala é verificar se o candidato está


81
.6

respondendo o que ele acha ser a melhor resposta, em vez de


39

responder o que ele realmente pensa ou é. Em outras palavras, ela


-0

serve para ver se o candidato está tentando se passar por “bom


s
tin

moço”.
ar
M

Atenção: Protocolos com escore acima de 30 na Escala de Validade e escore


a
uz

acima de 70 na Escala Desejabilidade Social não devem ser considerados válidos,


So

uma vez que o sujeito pode ter respondido sem a devida seriedade, indicando
de

manipulação das respostas.


o
bi

Escala de Identificação dos itens:


o
ai

7 - Totalmente característico
C

6- Muito característico
5- Característico
4- Indiferente
3- Pouco característico
2- Muito pouco característico
1- Nada característico

| 98
Quem quiser conhecer mais, eis um link que não indico (entre por conta
própria):
http://users1.ml.mindenkilapja.hu/users/huisph/uploads/ifpr.pdf
Também não indico:
http://users1.ml.mindenkilapja.hu/users/huisph/uploads/k2_versao1.1.pdf

12
5:
:1
15
Escalas Beck

0
02
Muita atenção nesse tópico. As Escalas Beck são constituídas por quatro

/2
escalas/inventários9:

12
6/
O Inventário de Depressão (BDI)

-1
O Inventário de Ansiedade (BAI)

om
A Escala de Desesperança (BHS)

.c
ok
A Escala de Ideação Suicida (BSI)

tlo
Essas escalas foram desenvolvidas por Aaron Beck e seus colegas no Center
ou
s@
for Cognitive Therapy (CCT), na Universidade da Filadélfia. Apesar de Beck ser
tin

considerado o pai da Terapia Cognitiva, seus inventários não representam a visão


ar

cognitiva, mas a visão nosológica geral de classificação e diagnóstico da depressão,


m
io

ansiedade, desesperança e ideação suicida. Assim, as escalas Beck não são de


ab

origem cognitivista. Ficou claro 10 ? Cognitivistas usam, behavioristas usam,


of
ai

rogerianos usam, psiquiatras... Bom, apesar das Beck ser um psiquiatra e as escalas
-c

serem patentemente autoaplicáveis e de estúpida fácil correção, para fins de


2
-2
41

concurso, apenas psicólogos podem aplicar essas escalas no Brasil.


.8

Somente a Escala Beck de Depressão II está válida no Brasil atualmente.


81
.6
39
-0
s
tin
ar
M
a
uz

Testes/Técnicas Projetivos(as)
So
de

Segundo Silva (2008), os testes projetivos requerem respostas livres; sua


o
bi

apuração é ambígua, sujeita aos vieses de interpretação do avaliador. O psicólogo


trabalha com tarefas pouco ou nada estruturadas, a apuração das respostas deixa
o
ai

margem para interpretações subjetivas do próprio avaliador, e os resultados são


C

totalmente dependentes da sua percepção, dos seus critérios de entendimento e


bom senso.
Os testes e metodologias cujas metodologias são projetivas são aqueles
cujas normas são qualitativas, ou seja, são testes menos objetivos. O resultado se
expressa por meio de uma tipologia. Por terem uma avaliação qualitativa, seus
9
Entenda Escala e Inventário como sinônimos.
10
As escalas não refletem qualquer teoria em particular.

| 99
elementos (itens de teste) não podem ser medidos em separado. A constância de
determinadas características avaliadas no teste, como um todo, que dará a relativa
certeza de um diagnóstico (exemplo: testes de personalidade em geral) (ESTÁCIO,
2008).

12
Teste de Apercepção Temática (TAT)

5:
Primeiramente, “apercepção” significa a visão integrada do todo. Não deixe

:1
15
o “a” da palavra te enganar.

0
02
É um teste de personalidade que pode ser aplicado a partir dos 14 anos. É

/2
individual. O teste pretende revelar impulsos, emoções e sentimentos conflituosos

12
6/
de sujeitos de ambos os sexos com idade variante entre 14 e 40 anos. Seu valor está

-1
presente principalmente no fato de tornar visíveis tendências subjacentes inibidas

om
que o sujeito não deseja aceitar ou que não tem condições de admitir por serem

.c
ok
inconscientes. Tais relatos se fazem a partir de pranchas que são apresentadas aos

tlo
sujeitos. No total são 30 pranchas com gravuras e 1 em branco. Destas, 11 são
ou
s@
aplicadas ambos os sexos e todas as idades. Sendo assim, geralmente são aplicadas
tin

em cada sujeito uma média de 20 pranchas (11 universais e 9 selecionadas


ar

conforme sexo e faixa etária), podendo ser utilizadas duas sessões para aplicação.
m
io

Henry A. Murray, criador do TAT afirma que o primeiro passo na análise de


ab

uma história é a identificação do herói da história. Após essa etapa, identificam-se


of
ai

os motivos/tendências subjacentes ao enredo, o estado interior do herói, o exame


-c

das pressões ambientais e o desfecho da história.


2
-2
41

- Identificação do herói da história: representa a pessoa ou papel


.8

com quem o sujeito se identifica. As relações que se estabelecem


81
.6

entre o herói e outros personagens podem refletir atitudes


39

conscientes ou inconscientes do sujeito frente a estes, ou revelar o


-0

papel que estes desempenham na vida do sujeito (frustração,


s
tin

estimulação etc.). É importante que se identifique os traços e as


ar
M

tendências dos heróis (superioridade, inferioridade, extroversão,


a
uz

introversão), bem como atitudes frente à autoridade (submissão,


So

medo, agressão, dependência, gratidão etc.).


de

- Reconhecimento de seus motivos, tendências e necessidades:


o
bi

são identificados na conduta do herói, como ações de iniciativa em


relação a pessoas, objetos, situações; ou reação do herói às ações de


o
ai

outras pessoas. Exemplos: realização, aquisição, aventura,


C

curiosidade, construção, passividade, agressão, autonomia etc.


- Exploração dos estados interiores do herói: procura-se avaliar os
afetos que se manifestam e em que direção e forma são conduzidos.
Também se deve analisar como surgem, como se resolvem e qual a
intensidade dos conflitos.
- Exame das pressões ambientais: identificar e avaliar as pressões
que o herói percebe como vindas do ambiente e os efeitos destas. As

| 100
pressões podem facilitar ou impedir a satisfação da necessidade,
representando, assim, a forma como o sujeito vê ou interpreta seu
meio.
- Desfecho da história: indica como o herói resolve suas dificuldades,
conflitos e como trabalha suas necessidades internas e enfrenta as

12
pressões do ambiente. A partir do desfecho pode-se identificar o êxito

5:
ou fracasso na resolução das dificuldades, observando a proporção

:1
15
entre os finais felizes e infelizes, otimistas e pessimistas, mágicos e

0
02
realistas ou os convencionais. Examina-se também se o herói

/2
demonstra insights das suas dificuldades, se consegue chegar a

12
6/
conclusões sobre estas. Além disso, permite avaliar a adequação ou

-1
não à realidade, fornecendo alguns dados para a formulação

om
terapêutica.

.c
ok
Fonte: Freitas, 2000.

tlo
Veja duas lâminas do TAT.
ou
s@
tin
ar
m
io
ab
of
ai
-c
2
-2
41
.8
81
.6
39
-0
s
tin

CAT-A
ar

O Children Apperception Test - Animais é um teste projetivo infantil


M
a

indicado para avaliar o estágio de desenvolvimento infantil, a necessidade de


uz
So

intervenção terapêutica e o acompanhamento da evolução do processo


de

terapêutico. É um teste de personalidade que, ao contrário do TAT, utiliza cartões


o

com temas de animais.


bi

É o único teste infantil de personalidade válido na atualidade!


o
ai
C

Wartegg (desfavorável)

Teste/Técnica de Zulliger
Criado por Hans Zulliger em 1942, em função da necessidade de selecionar
um alto contingente de soldados para o exército suíço, em curto espaço de tempo.
Apesar de ser parecido com o Rorschach, não é uma versão reduzida do mesmo.
Sua aplicação pode ser tanto individual quanto grupal. É o único teste
projetivo de aplicação coletiva. De forma muito parecida com o Rorschach, o

| 101
Zulliger segue 4 etapas em sua aplicação individual: 1) rapport, 2) instruções, 3),
aplicação propriamente dita; 4) inquérito ou investigação.
No inquérito o psicólogo deve procurar saber onde o examinando situou as
respostas nas manchas do Cartão. Assim, o examinador, com a orientação do
examinado, identifica os conteúdos verbalizados e verifica a qualidade das

12
respostas.

5:
:1
15
O Zulliger avalia a personalidade humana (entre outras coisas), e constitui-

0
02
se de três pranchas:

/2
Prancha I - Aspectos primitivos da personalidade

12
6/
Prancha II - Afetividade/Emoções

-1
Prancha III - Relacionamento

om
Sua aplicação pode ser individual ou coletiva, para toda e qualquer finalidade

.c
ok
(psicodiagnóstico, avaliação da personalidade, seleção de pessoal, avaliação de

tlo
desempenho, etc.). A interpretação integrada das três pranchas propicia uma visão
ou
s@
muito aprofundada da personalidade humana, seja em sua estrutura ou em sua
tin

dinâmica, especialmente em relação aos seus aspectos afetivo-emocionais, bem


ar

como em termos de intelectualidade, pensamento, objetivos de vida, sociabilidade,


m
io

relacionamento interpessoal, etc.


ab

A seguir apresento uma sistematização/simplificação do capítulo 24 do livro


of
ai

Psicodiagnóstico V, que trata da correção do Zulliger (Sistema Klopfer):


-c

Tanto o Rorschach como o Z-Teste apresentam categorias, tais como


2
-2
41

número de respostas, respostas globais (G), detalhe comum (D), forma precisa (F+),
.8

movimento humano (M), movimento animal (FM), altamente quantificáveis, e que,


81
.6

consequentemente, possibilitam estudos comparativos e correlacionais em


39

elevado padrão estatístico. O capítulo prossegue com o método Klopfer para a


-0

correção do Z-teste (que é a mesma coisa que Teste Zulliger).


s
tin

Avaliamos:
ar
M

a) Localização
a
uz

b) Determinantes
So

a. Forma
de

b. Movimento
o
bi

c. Cor

d. textura e conteúdo.
o
ai

c) Conteúdos
C

Localizaç Significado Geral


ão Localizações que expressam como a pessoa usa sua inteligência
Localizaç Nome Significado
ão

| 102
(G) Figura a percepção de síntese, senso de organização,
identificada capacidade de planejamento e capacidade de
na imagem abstração do sujeito
global
(D) Figura a capacidade de discriminação perceptiva dos dados

12
identificada da realidade e o senso de objetividade. Pode indicar o

5:
em detalhes uso da inteligência voltada para o concreto e

:1
15
comuns pragmático

0
02
(Dd) Figura capacidade de análise e senso de observação

/2
identificada

12
6/
em detalhes

-1
incomuns

om
(S) Figura interferência da ansiedade situacional

.c
ok
identificada

tlo
em espaço
ou
s@
em branco
tin

Curiosidades:
ar

- Pessoas com propensão ao uso da fuga e da fantasia apresentam percentual


m
io

de globais elevado.
ab
of

- Um índice de globais inferior à média conduz à hipótese de pessoa pouco


ai
-c

inteligente, com a capacidade de síntese prejudicada e com falta de visão de


2

conjunto da realidade.
-2
41

- Deficientes mentais têm dificuldades para se organizar ante as manchas,


.8

caindo num processo de repetição, na perseverarão de globais com o


81
.6

mesmo conteúdo.
39

- Pessoas com quadro obsessivo de personalidade manifestam elevado


-0

percentual de D e Dd combinado com elevado número de respostas,


s
tin

enquanto defesas obsessivas de personalidade se caracterizam pelo


ar
M

elevado percentual de Dd, mas com o número de respostas considerado


a
uz

normal.
So
de

Determin Significado Geral


o
bi

antes: São a expressão do modo como o examinando estabelece a relação


Forma entre o mundo externo através das manchas e o seu mundo interno.
o
ai
C

Forma: conteúdo percebido de modo particularizado, singularizado


pelo examinando, tendo sido este levado simplesmente pela forma
Forma Nome Significado
(F+) Respostas de O F+ indica respostas comuns e com formas simples.
forma de boa Significados do somatório Forma (F+, F– e F±). O
qualidade somatório F num protocolo é indicativo consistente de
(F-) Respostas de o examinando perceber as coisas com objetividade,
forma de má com adequado senso lógico; é a expressão da

| 103
qualidade ou capacidade para perceber as coisas como elas se
confusas apresentam na realidade e sem interferência
(F±) Respostas prejudicial ou distorcida das emoções; é a expressão
imprecisas racional e intelectual do controle geral adequado que
a pessoa tem sobre seus dinamismos psíquicos (como

12
instintos, reações afetivo-emocionais e impulsivas). O

5:
resultado final é o F%.

:1
15
0
02
Curiosidades:

/2
Quando ocorrem muitas respostas F, temos a indicação de controle

12
-

6/
demasiado de repressão dos afetos e emoções, com prejuízo na

-1
espontaneidade. Quando temos poucas respostas F, temos pobreza

om
intelectual e/ou pouco senso de responsabilidade.

.c
ok
- A diminuição de F+% com correspondente aumento de F±% acontece mais

tlo
comumente em pessoas com perturbação afetiva e emocional, sem,
ou
s@
contudo, se tratar de psicose; isso ocorre mais em neurose de ansiedade e
tin

neurose de histeria. Já, por outro lado, a diminuição de F+% com


ar

correspondente aumento de F-% é comum de acontecer em caso de psicose


m
io

ou de neurose depressiva.
ab
of
ai
-c
2

Determin Significado Geral


-2
41

antes: Movimento: interpretações determinadas pela percepção da forma e


.8

Movimen acrescidas de sensações cinestésicas


81
.6

to
39

Movimen Nome Significado


-0

to
s
tin

M+ movimento Espera-se como normal um índice de 1 a 2 M num


ar
M

de boa protocolo, na forma coletiva, e um mínimo de 2 M, na


a
uz

qualidade aplicação individual. Índice elevado de M, mais do que


So

M- movimento três em aplicação coletiva, pode significar inteligência


de

secundário altamente criativa ou propensão da pessoa testada a


o
bi

ou de não reações ou defesas de tipo maníaco. A ausência de M é


boa frequente, ainda, em casos de deficiência mental, de


o
ai

esquizofrenia simples com estereotipia de


C

qualidade
M± Movimento pensamento.
impreciso Respostas com conteúdo humano em ação são do tipo
(não sabe movimento de boa qualidade (M+) e indicam boas
dizer se há condições intelectuais e imaginação criadora, ao
movimento) passo que as de tipo M– são mais comuns em casos de
pessoas inibidas, ansiosas e de relacionamento
interpessoal receoso e tenso.

| 104
FM Movimento válvula de escape aos impulsos libidinais e como uma
animal precária tolerância à frustração. Elevado índice de FM
pode significar imaturidade e infantilismo, e quando
combinado com F% baixo, com ausência de M e de FC,
é sinal de impulsividade descontrolada. Quando o

12
índice de FM é alto, combinado com CF+C > FC e F%

5:
baixo, pode-se levantar a hipótese de compulsividade

:1
15
do sujeito testado.

0
02
Fm Forma Movimento não causado por humanos ou animais, mas

/2
inanimada com forma definida em movimento (exemplo: um

12
6/
definida com avião subindo)

-1
movimento

om
mF Forma Movimento não causado por humanos ou animais e

.c
ok
inanimada imprecisão do que está em movimento (exemplo: algo

tlo
INdefinida parecido com um avião)
ou
s@
com
tin

movimento
ar

m Ações de Conteúdos abstratos, sem forma e difusos em


m
io

conteúdos movimento. É indicativo de conflito intrapsíquico, em


ab
of

abstratos consequência de tensões vivenciadas pelo


ai
-c

examinando entre o esquema de valores formado e


2

presente no seu mundo interno, e o esquema de


-2
41

valores socioculturais que o mundo externo, em


.8

transformações, está lhe apresentando.


81
.6
39

Curiosidades:
-0

- O somatório de movimento inanimado (Fm+ mF+ m) indica a presença de


s
tin

conflitos internos com os quais a pessoa está encontrando dificuldades para


ar
M

conviver.
a
uz

- A presença de o m (puro), sem o mínimo indicativo de forma, expressa


So

forças e tensões internas sentidas como hostis e que o sujeito não consegue
de

controlar.
o
bi

Determin Significado Geral


antes: Cor Cromática: avalia reações emocionais de aproximação e/ou fuga


o
ai
C

Cor
Cor Nome Significado
(FC) Forma e cor Identifica a capacidade de a pessoa receber e retribuir
afeto adequadamente, investir afeto nas demais e de
se permitir ser objeto de afetos dos outros, também
adequadamente. As condições afetivo-emocionais são
tanto mais maduras quanto mais autênticas e de boa
qualidade sejam as respostas de forma e cor.

| 105
(CF) Cor e forma Forma imprecisa identificada através da cor (o
examinado não consegue precisar o formato). . Indica
tendências a excitabilidade emocional, escapes
agressivos e a atitudes sem o adequado controle
(C) Cor Pura Cor identificada sem forma alguma definida (exemplo:

12
muitas cores bonitas, sangue, fumaça, etc). É uma

5:
projeção de reações emocionais livres e o examinador

:1
15
deve ficar atento à capacidade de controle emocional

0
02
do examinado.

/2
(Cdesc) Cor descrita Identificação pura da cor (exemplo: vermelho). Indica

12
6/
limitação da inteligência.

-1
(Cn) Cor nomeada Identificação de várias cores pelo nome. Indica

om
ou comprometimento emocional.

.c
ok
enumerada

tlo
ou
s@
tin
ar

Determin Significado Geral


m
io

antes: Textura: avalia a necessidade de contato


ab
of

Textura
ai
-c

Textura Nome Significado


2

(Fc, cF, c) Textura (é o A textura é uma forma tátil de expressão das condições
-2
41

“c” afetivas da pessoa, quer buscando o afeto em alguém


.8
81

minúsculo) ou em alguma coisa, quer investindo o afeto em outras


.6

pessoas, situações e objetos. Aquelas que são capazes


39
-0

de atitudes adequadas (com a devida percepção de


s

limites), na dinamiza- ção dessa busca ou de


tin
ar

investimento, apresentam, na técnica, o Fc


M

proporcionalmente igual ou maior que cF+c. Por outro


a
uz

lado, as que não o fazem adequadamente (sem a


So

devida percepção de limites) têm Fc menor que cF+c.


de
o
bi

Determin Significado Geral



o

antes: Cor acromática: instabilidade emocional


ai
C

Cor
acromáti
ca
Textura Nome Significado
(FC’, C’F e Cor Indica a tendência da pessoa evitar estímulos que lhe
C’) acromática () possam mobilizar reações emocionais e sentimentos
para o mundo exterior. Expressam depressão como
traço de personalidade e não apenas reações

| 106
depressivas transitórias.

Determin Significado Geral


antes: Sombreado e perspectiva: avalia a necessidade de contato e meios de
Sombrea adaptação ou ajustamento, quando enfrenta uma situação, que lhe

12
do e aumenta o nível de ansiedade e, consequentemente, lhe mobiliza

5:
perspecti

:1
sentimentos de insegurança, de temor ou medo.

15
va

0
02
Nome Significado

/2
(Fk, kF e Sombreado São conteúdos vistos em transparências, imagens

12
6/
k) radiológico e fotográficas, radiológicas ou radiográficas. Revelam

-1
perspectiva sentimentos desagradáveis da pessoa, vividos

om
intensamente ante situações novas e desconhecidas a

.c
ok
serem superadas por ela, e, consequentemente,

tlo
representa a ansiedade situacional. A proporção Fk >
ou
s@
k+kF indica que o examinado consegue controlar a
tin

ansiedade situacional pela intelectualização; porém,


ar

se dispõe de poucas condições para controle da


m
io

ansiedade, apresenta a proporção invertida, Fk < k+kF.


ab
of

(FK, KF e Sombreado Diferente do anterior, a forma ou elemento vago é


ai
-c

K) perspectiva tridimensional. A reação adaptativa ou o mecanismo


2

utilizado para tolerar a ansiedade é mais adequado e,


-2
41

por certo, sadio. FK > KF+K indica que a pessoa usa a


.8

introspecção, partindo de auto-avaliação como


81
.6

processo adaptativo para tolerar a ansiedade.


39
-0
s
tin
ar

Conteúd Significado Geral


M

os Pessoas flexíveis no modo de perceber e avaliar as coisas dão de três


a
uz

ou mais categorias de conteúdos; já aquelas que produzem menos de


So

três tendem a ser estereotipadas e inflexíveis, até mesmo na própria


de

conduta.
o
bi

Conteúd Nome Significado



o

os
ai
C

H+Hd conteúdos Significa adequada capacidade de relacionamento


humanos com as pessoas. Considera-se como normal num
protocolo, de pessoa adulta, o percentual dentro da
faixa dos 15 a 25 do total de respostas.
(H) e (Hd) Conteúdo Os conteúdos humanos com características de
humano animais, de monstro, podem indicar relacionamento
descaracteriz interpessoal receoso, cauteloso e controlador.
ado

| 107
(A +Ad) Conteúdo Alto nível de A indica pobreza sociocultural.
animal
(Anat) Respostas Supervalorização da inteligência para tolerar a
com ansiedade, tensão e sentimentos de frustração,
conteúdo ressalvado quando se tratar de profissional da área

12
anatômico médica, que, por prática funcional.

5:
:1
15
0
02
/2
12
6/
Teste/Técnica de Rorschach

-1
Talvez seja a mais famosa das técnicas de avaliação psicológica. O teste de é

om
uma técnica de avaliação psicológica através de pictogramas (também é conhecido

.c
ok
como método de auto-expressão). Apesar de ser vulgarmente conhecido como

tlo
teste psicológico, ressalto que é uma técnica e não um teste em si. Define-se por
ou
s@
técnica o conjunto de procedimentos (orientados, mas não padronizados) que
tin

necessitam da subjetividade do avaliador na mensuração dos resultados. Assim,


ar

não é um teste de correção objetiva.


m
io

Essa técnica foi desenvolvida pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach e


ab
of

consiste em dar respostas sobre com o que se parecem as dez pranchas com
ai

manchas de tinta simétricas. A partir das respostas, procura-se obter um quadro


-c
2

amplo da dinâmica psicológica do indivíduo. O Rorschach baseia-se na


-2
41

chamada hipótese projetiva. De acordo com essa hipótese, a pessoa a ser testada,
.8

ao procurar organizar uma informação ambígua (ou seja, sem um significado claro,
81
.6

como as pranchas do teste de Rorschach), projeta aspectos de sua própria


39

personalidade.
-0

Para Mangabeira (2011)11:


s
tin

Para Rorschach, a simetria é fundamental para o sucesso do teste, pois


ar
M

estimula a interpretação do borrão como uma só cena, equaliza o ponto de partida


a
uz

dessa interpretação para todos os pacientes e confere às figuras “ritmo” que,


So

embora necessário, tem a desvantagem de estereotipar e agir sobre as


de

interpretações. Objetiva-se forçar o examinando a não ver apenas “manchas” sem


o
bi

significado, mas visualizar algo a mais.


A aplicação do teste é simples: o médico pergunta “o que poderia ser isto?”


o
ai
C

e o paciente recebe as pranchas em suas mãos, podendo movimentá-las à vontade,


em qualquer direção, devendo, apenas, mantê-las a distância de, no máximo, um
braço. Ele tem liberdade para falar à vontade sobre os borrões, sobre o que eles
poderiam ser: a partir do que for visto, a prova teria a capacidade de examinar,
separadamente, diferentes componentes da inteligência do paciente.

11
Mangabeira, Clark. Morcegos e borboletas: indagações semióticas sobre o Teste de
Rorschach. Estudos Semióticos, vol. 7, nº 2 (p. 34–43).

| 108
Os examinandos creem que a prova situa-se no âmbito de um teste de
imaginação. Contudo, argumenta Rorschach (1967), a interpretação de formas
fortuitas está no contexto da percepção e das ideias. A imaginação é um fator que,
estimulada ou não pelo médico, agirá nos indivíduos imaginativos, enquanto os
pobres dessa função não a usarão. Entretanto, os resultados de ambos poderão ser

12
comparados, pois, como está se testando as percepções, o conceito que lhes dá

5:
base é que estas têm origem na impressão que os borrões passam, ao mesmo

:1
15
tempo em que se ligam a sensações antigas de experiências anteriores.

0
02
Desse modo, haveria três processos interrelacionados na percepção:

/2
sensação, evocação e associação. A percepção seria “uma assimilação associativa

12
6/
de engramas disponíveis (imagens recordação) a com- plexos de sensações

-1
recentes” (Rorschach, 1967, p.17), e o teste, como percepção, avaliaria exatamente

om
a assimilação desses dois níveis, caracterizada pelo autor como um amplo trabalho

.c
ok
intrapsíquico que dá àquela percepção seu caráter interpretativo.

tlo
Rorschach (1967) delimita um nível ou zona de normalidade quanto à
ou
s@
interpretação: nos seus termos, os doentes mentais orgânicos, os débeis, maníacos,
tin

dentre outros, além de alguns indivíduos por ele considerados normais ou


ar

acometidos por estados ou momentos afetivos diversos, não interpretam as


m
io

imagens, mas as definem. Não há, nestes casos, interpretação propriamente dita –
ab

visto que esta depende da assimilação intrapsíquica entre as sensações atuais


of
ai

provocadas pela figura e um conjunto de antigas –, mas simples percepções:


-c

enquanto a primeira envolve a consciência do trabalho de assimilação, a segunda,


2
-2
41

não tem consciência do mesmo.


.8

[…]
81
.6

A primeira indagação a ser registrada é sobre o número de respostas, a


39

quantidade de recusas de pranchas e o tempo de duração entre a exibição da figura


-0

e a fala do paciente. A segunda, se a resposta foi determinada pela forma, sensação


s
tin

de movimento e/ou cor das imagens. Em terceiro, se o borrão foi interpretado como
ar
M

um todo ou em partes e, neste caso, quais partes. E, por último, o conteúdo, o que
a
uz

efetivamente foi visto, o que, como o autor já delineou, apenas prevalece como
So

parte do ponto de vista formal.


de

O número de respostas não interfere muito, para o autor, no processo de


o
bi

associação, pois dependeria mais do estado afetivo. O importante a ser registrado


é o padrão da interpretação e sua decomposição nos fatores forma, cor, movimento


o
ai

e generalidade do que foi visto, a partir dos quais o resultado do protocolo será
C

dado. A maioria dos indivíduos, Rorschach (1967) afirma, privilegia a forma dos
borrões, seja a dele como um todo, seja a de um detalhe seu. Idealmente, o
examinando escolhe do seu conjunto de imagens-evocações aquela que mais se
aproxima do que está vendo na figura e os associa. Esse tipo de resposta é
denominado resposta-forma (F) e, por ser a maioria e para evitar conjecturas
subjetivas do examinador, o autor montou, estatisticamente, a partir do protocolo
de cem indivíduos normais, uma zona de normalidade – tal qual a zona já citada da

| 109
interpretação – com base no número das formas que aparecem com mais
frequência, classificadas como F+. Como o teste foi construído para permitir a
avaliação da inteligência, um dos seus componentes é a acuidade da visão de
formas a qual, num contexto superficial, é atrapalhada por distúrbios eufóricos e
facilitada por perturbações depressivas.

12
Se as interpretações forem determinadas tanto pela percepção da forma do

5:
borrão, quanto por uma sensação de movimento do mesmo, trata-se de outra

:1
15
categoria, as respostas-movimento (K), as quais o paciente está condicionando por

0
02
uma cinestesia. A descrição de uma forma com uma associação posterior de

/2
movimento não é do tipo K: o movimento deve necessariamente ser sentido, como,

12
6/
por exemplo, a resposta “dois anjos batendo asas”, que difere do tipo “um pato que

-1
cai na água”. A primeira é do tipo K, enquanto a segunda é do tipo F. Na primeira, o

om
borrão foi efetivamente, segundo Rorschach (1967), definido pela forma e pelo

.c
ok
movimento, a segunda elucida apenas a forma da figura à qual foi, posteriormente,

tlo
adicionado um movimento. A diferença para se classificar corretamente a
ou
s@
interpretação é pautar-se por aquilo que teve participação primária na sua
tin

determinação e, em caso de dúvida, deve-se compará-la com respostas


ar

seguramente do tipo K.
m
io

As respostas-cor são aquelas cuja determinação sofre influência das cores


ab

da prancha. São de três tipos: se a interpretação foi determinada primariamente


of
ai

pela forma e co-determinada pela cor, deve ser anotada como resposta forma-cor
-c

(FC); no caso da cor ser o elemento principal de percepção pelo paciente, embora a
2
-2
41

forma não fique negligenciada, trata-se de uma res- posta cor-forma (CF) –
.8

conforme o exemplo dado por Rorschach (1967), “um ramalhete de flores”,


81
.6

enquanto uma resposta apreendida a partir do vermelho do borrão –; quando a


39

interpretação pauta-se apenas na cor, são respostas primárias de cor (C), como no
-0

caso de “o céu”.
s
tin

O modo de apreensão das imagens divide-se em: respostas-globais (G), se o


ar
M

borrão for interpretado como um todo; respostas-detalhe (D), quando versam sobre
a
uz

partes da figuras; e repostas de pequeno-detalhe (Dd), com interpretações das


So

menores partes da prancha. Há, ainda, outra classificação: as G primárias são as


de

respostas que levaram em consideração a figura como um todo abarcando o maior


o
bi

número possível de detalhes; as G confabulatórias partem de um detalhe para


chegar ao todo, mas compreendem a totalidade da figura; nas G sucessivo-


o
ai

combinatórias percebe-se, em primeiro lugar, alguns detalhes que, posteriormente,


C

são correlacionados. Ademais, as respostas de formas intermediárias I (DbI) são


aquelas que apreenderam o espaço em branco existente no borrão, e as de pequeno
detalhe oligofrênico (Do) se referem a partes do corpo humano em figuras que
outros indivíduos viram imagens humanas inteiras. Destaca-se, ainda, que a
sucessão de respostas consideradas normais é a que segue a ordem G–D–Dd, com
variações de quantidade de cada uma delas, como veremos.
Fonte: Mangabeira, Clark. Morcegos e borboletas: indagações semióticas sobre o

| 110
Teste de Rorschach. Estudos Semióticos, vol. 7, nº 2 (p. 34–43).

As pranchas do teste, desenvolvidas por Rorschach, são sempre as mesmas.


No entanto, para a codificação e a interpretação das informações, diferentes
sistemas são utilizados. Para o Satepsi, os seguintes modos de correção foram

12
aceitos:

5:
I - O Rorschach: Teoria e Desempenho (Sistema Klopfer); O Rorschach: Teoria e

:1
15
Desempenho II (Sistema Klopfer)

0
02
II - Rorschach - Sistema da Escola Francesa ( 1. O Psicodiagnóstico de Rorschach em

/2
Adultos: Atlas, Normas e Reflexões. 2. A Prática do Rorschach)

12
6/
III - Rorschach Sistema Compreensivo (Manual de Classificação e Manual de

-1
Interpretação)

om
IV - Rorschach Clínico

.c
ok
Uma versão “tosca” do Rorschach pode ser vista aqui:

tlo
http://theinkblot.com/
ou
s@
Veja as lâminas do Rorschach
tin
ar
m
io
ab
of
ai
-c
2
-2
41
.8
81
.6
39
-0
s
tin
ar
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai
C

| 111
C
ai
o

bi
o
de
So
uz
a
M
ar
tin
s

Testes Psicomotores
-0
39
.6
81
.8
41
-2
2
-c
ai
of
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io
m
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tin
s@
ou
tlo
ok
.c
om
-1
6/
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/2
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0
15
:1

| 112
5:
12
Teste da Casa, Árvore e Pessoa (HTP)
A única versão aprovada é a de John N. Buck. Seu livro (HTP: manual e guia
de interpretação). Segundo o manual:

12
5:
:1
15
0
02
/2
12
6/
-1
om
A aplicação é simples, são entregues ao indivíduo três folhas em branco, um

.c
ok
lápis e uma borracha, solicitando que ele desenhe uma casa, uma árvore e uma

tlo
pessoa. Propõe-se que seja entregue uma folha de cada vez, sendo que, para o
ou
s@
desenho da casa, a folha seja entregue na posição horizontal e para os outros dois
tin

desenhos, seja na posição vertical. A fase gráfica de cada desenho precede a uma
ar

fase verbal, sugerindo que o indivíduo fale sobre cada um dos desenhos, utilizando-
m
io

se de um material estruturado com questionamentos específicos para este fim.


ab
of

Além disso, deve-se anotar as reações verbais e não-verbais do sujeito durante a


ai
-c

aplicação. É curioso ressaltar que Ao desenho da árvore e da pessoa permitem


2

investigar o que se costuma chamar de autoimagem e autoconceito ou diferentes


-2
41

aspectos do self. De modo geral, conforme o autor acima, pensa-se na casa como o
.8

lar e as suas implicações, subentendendo o clima da vida doméstica e as inter-


81
.6

relações familiares, tanto na época atual como na infância. Quanto mais o sujeito
39

estiver comprometido, mais existe a possibilidade de projeções de relações mais


-0

regressivas.
s
tin
ar
M

PMK (voltou do mortos e está válido atualmente)


a
uz

O psicodiagnóstico miocinético (PMK) é um teste de expressão gráfica que


So

revela, segundo o princípio da dissociação miocinética, as tendências de reações


de

temperamentais e caracterológicas do indivíduo, associadas aos lados dominado e


o
bi

dominante do cérebro, respectivamente.


O Psicodiagnóstico Miocinético (PMK) foi criado pelo Prof. Emílio Mira y


o
ai
C

López em Londres. O seu teste passou a ser amplamente divulgado até ser
reconhecida como uma das principais técnicas psicológicas para a avaliação e
compreensão da personalidade. Ele nos dá uma visão bastante clara e diferenciada
da personalidade humana, sua estrutura e dinâmica, mostrando como a pessoa é
em sua essência e como ela reage em contato com o meio ambiente: Tônus vital
(elação e depressão), Agressividade (hetero e auto), Reação vivencial (extra e
intratensão), Emotividade, Dimensão tensional (excitabilidade e inibição),
Predomínio tensional (impulsividade e rigidez/controle).

| 113
Podemos dizer que:
O PMK, portanto, "é uma técnica expressiva para avaliar os vários aspectos
da personalidade" (Van Kolck, 1975, p. 377) [...]
A base teórica desse teste pode ser resumida em três pontos principais:
1º) Teoria Motriz da Consciência ao postular que toda intenção ou propósito de

12
reação é acompanhado de uma modificação do tônus postural, também chamado

5:
de "princípio de sinesia";

:1
15
2º) Princípio da dessimetria corporal motora ou Princípio da dissociação miocinética

0
02
que postula a existência de diferenças entre os dois hemisférios cerebrais (metade

/2
dominada - genotípica - e a metade dominante - fenotípica). "Mira adotou uma

12
6/
hipótese própria da Psicologia Morfológica: nas pessoas destras da nossa

-1
civilização, as expressões motoras da metade direita (ou seja, dominante) do corpo

om
revelam, tendências atuais ou caracterológicas do indivíduo enquanto que os da

.c
ok
outra metade manifestam tendências instintivas ou temperamentais" (Anzieu,

tlo
1979, p. 225).
ou
s@
3º) Princípio da Miocinese no espaço: Refere-se à concepção de que o espaço
tin

psíquico não é neutro. O PMK, por meio dos movimentos nas três direções do
ar

espaço, sagital, horizontal e vertical, permite determinar o tônus postural e


m
io

atitudinal, indicando o propósito da ação dominante no sujeito com o sentido do


ab

espaço considerado. Logo, essas direções "fornecem dados sobre o 'esqueleto


of
ai

caracterológico' do sujeito" (Van Kolck, 1975, p. 377).


-c

População a que se destina


2
-2
41

Destina-se a indivíduos com mais de 9 anos de idade, com qualquer nível de


.8

escolaridade. Entretanto, dada à natureza da tarefa, é mais eficiente a partir da


81
.6

adolescência.
39

Descrição
-0

Composto de seis folhas (tamanho 31,5 X 26 cm), nas quais já se encontram


s
tin

impressos os diferentes traçados a serem executados, ora com a mão dominante,


ar
M

ora com a mão não dominante, ou com ambas ao mesmo tempo apresentam-se ao
a
uz

examinando; as sete tarefas: os lineogramas, os ziguezagues, as escadas e os


So

círculos, as cadeias e os Us. Para a aplicação é necessária uma mesa especial,


de

possibilitando que a pessoa sentada execute os traçados nos planos sagital,


o
bi

horizontal e vertical, com os braços posicionados bem acima, sem apoiá-los na


mesa. O material específico do teste compõe-se ainda de um anteparo manual, de


o
ai

dois cartões especiais, quatro lápis pretos, lápis azuis e um vermelho e borracha. O
C

movimento é iniciado com controle visual do examinando, depois é escondida sua


visão, utilizando-se o anteparo e, é solicitado ao sujeito, que continue o traçado.
Para o levantamento quantitativo, há necessidade de um conjunto de máscaras
criadas por Alice Galland Mira.
Administração

| 114
A aplicação é individual, devendo ser feita em duas sessões, com intervalo
aproximado de oito dias. No caso de aplicação em uma só vez, utiliza-se a forma
reduzida do teste. O reteste pode ser feito um mês depois.
Avaliação e interpretação
Para a avaliação de cada subteste, utiliza-se a respectiva máscara,

12
sobrepondo-a ao traçado do modelo de cada folha, verificando-se os desvios

5:
primários e secundários, tanto da mão direita como da esquerda. Os dados são

:1
15
anotados nas próprias folhas do teste e são transpostos para a folha de registro a

0
02
fim de que se proceda a interpretação global. Essa interpretação é feita em termos

/2
dos dados qualitativos, assim como de outros dados qualitativos, tais como:

12
6/
qualidade e tipo do traçado até aspectos específicos de realização de cada subteste.

-1
Indicações

om
Avaliação de aspectos da personalidade em diagnóstico clínico, orientação

.c
ok
vocacional e seleção para determinadas ocupações, uma vez que o

tlo
PMK é praticamente o único teste que pode ser usado como medida entre a
ou
s@
personalidade e tônus muscular, donde decorre sua utilidade para a identificação
tin

de desajustamentos espaço-motores em funções de segurança. Além disso, sua


ar

natureza não-verbal torna sua aplicação mais fácil e produtiva do que a do


m
io

Rorschach (seleção de motoristas, condutores de veículos, triagem de alcoólatras,


ab

etc). (Anzieu, 1979, p. 225).


of
ai

Enfoque objetivo do PMK para o diagnóstico de comprometimento orgânico:


-c

segundo Alice G. Mira (1987), existem várias contribuições valiosas sobre o PMK no
2
-2
41

campo da neurologia e menciona que o autor do teste, Mira y López, observa que
.8

em se tratando de casos orgânicos com perturbações mentais, as características


81
.6

qualitativas do teste são surpreendentes, pois permitem, pela análise dos


39

resultados, confirmar o distúrbio neurológico correspondente. Segundo a referida


-0

autora, Mira y López sustenta ainda que:


s
tin

como característica miocinética primordial nos diversos quadros neurológicos, há


ar
M

uma aparência geral de organicidade, isto é, um aspecto de alteração orgânica


a
uz

revelada pela pressão tosca, rude e desalinhada, geralmente acompanhada por


So

tremores e caracterizada por uma dificuldade de realização das formas complexas,


de

notando-se alterações, aglutinações e desorganizações até a capacidade de realizá-


o
bi

las. (Mira, 1987, p. 151).


Fonte: CHUEIRI, Mary Stela Ferreira. Estudo comparativo entre os testes


o
ai

psicológicos Bender e PMK no levantamento de indicadores de seqüelas


C

neurológicas causadas por alcoolismo. Psic [online]. 2004, vol.5, n.2 [citado 2017-
08-17], pp. 26-35 . Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-
73142004000200005&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1676-7314.

| 115
Ele é aplicado com a ajuda de uma mesa especial (que custa o seu Rim
esquerdo) e um anteparo. A mesa é móvel e pode ser colocada tanto na vertical para
a aplicação do teste quanto na horizontal:

12
5:
:1
15
0
02
/2
12
6/
-1
om
Segundo a Vetor Editora:

.c
A aplicação do Teste PMK é individual, em indivíduos com idades

ok
entre 18 e 70 anos de qualquer nível de escolaridade. A correção do

tlo
ou
Teste PMK pode ser feita manualmente ou pelo sistema de correção
s@
informatizada do Teste PMK - SKIM.
tin

No Brasil usamos 6 folhas de aplicação.


ar
m

A própria Vetor Editora nos apresenta o nome de cada folha.


io
ab

A Coleção do Teste PMK é composta por [...] Teste PMK -


of

Lineogramas, [...]Teste PMK - Zigue-Zague, [...] Teste PMK -


ai
-c

Escadas/Círculos, [...] Teste PMK - Cadeias, [...] Teste PMK - Paralelas


2
-2

Egocípetas, [...] Teste PMK - Paralelas Egocífugas, [...]


41

Quais as instruções para cada folha? Vejamos:


.8
81

Folha 1: “Lineogramas” (agressividade; tônus vital, tensão e emotividade)


.6

Inicia-se pela mão dominante (horizontal de dentro para fora e sagital de


39
-0

baixo para cim a) três ciclos com a pessoa vendo e mais dez c om os olhos tapados
s

primeiramente com mesa deitada (na sagital). Depois de terminar as quatro


tin
ar

primeiras linhas coloca -se a mesa na vertical e inicia-se as linhas verticais pela mão
M

dominante, da mesma maneira três ciclos vistos e dez com os olhos tapados.
a
uz

Folha 2: “Zigue-e-zague” (agressividade e estrutura da personalidade)


So

Os movimentos são feitos com as duas mãos simultaneamente, primeiro


de
o

com o zigue -e-zague egocífugo (de baixo para cima), após o egocípeto (de cima
bi

para baixo), sempre com a mesa na sagital. O testando vê os três primeiros “ zigues”
o

se tudo estiver certo tampa -lhe os olhos e somente para quando o mesmo atingir a
ai
C

segunda linha com as duas mãos.


Folha 3: “Escadas” (Tônus Vital e estrutura da personalidade)
O teste é feito com a mesa na vertical. Primeiramente com a mão dominante,
o testando deve fazer primeiramente como no exemplo, quando conseguir
completar três escadas vendo tampa-lhe a visão para que continue. Ao chegar ao
topo da folha o psicólogo diz desce e o mesmo começa a fazer o movimento de
descida na outra metade da folha, tendo que chegar ao meio da folha (mesmo nível
do início). Inverte-se a folha para que inicie com a mão dominada.

| 116
Folha 4: “Cadeias” (agressividade, tensão, estrutura da personalidade e contato
com o meio)
A folha é usada na sagital. Inicia-se com a mão dominante (cadeias
egocífugas e egocípetas respectivamente). O testando, com m ão direita deve fazer
os círculos no sentido horário, com a mão esquerda o sentido anti-horário. O

12
testando deve conseguir chegar até o início da cadeia adjacente (fazendo ego cífuga

5:
terminar no começo do desenho da egocípeta e vice-e-versa).

:1
15
Folha 5: “paralelas egocífugas e Us verticais” (agressividade, tensão, contato

0
02
com o meio, tônus vital e emotividade)

/2
As paralelas são feitas com a mesa na sagital e o s Us na vertical. Inicia-se

12
6/
com a paralela da mão dominante, os traço são feitos de dentro para fora . O

-1
testando vê os primeiros três riscos depois lhe é tampada a visão, terminando com

om
os traços chegarem até o fim da coluna. Os Us são contados a partir do terceiro ciclo

.c
ok
(olhos abertos) terminando no décimo terceiro (olhos fechados) traços começando

tlo
de dentro para fora.
ou
s@
Folha 6: “paralelas egocípetas e Us sagitais” (agressividade, tensão, contato com
tin

o meio)
ar

Toda a folha é feita com a mesa na sagital. Iniciam-se com a paralela da mão
m
io

dominante, traços de dentro para fora. O testando vê os primeiros três riscos ,


ab

depois lhe é tampada a visão, terminando com os traços chegarem até o fim da
of
ai

coluna. Os Us são contados a partir do terceiro ciclo (olhos abertos) terminando no


-c

décimo terceiro (olhos fechados) traços começando de dentro para fora.


2
-2
41
.8
81
.6

Teste Palográfico
39
-0

O teste Palográfico foi idealizado e elaborado pelo Prof. Salvador Escala


s
tin

Milá, do Instituto Psicotécnico de Barcelona, na Espanha. É uma técnica projetiva


ar
M

de movimento expressivo e, como tal, apresenta semelhanças como o P.M.K, do


a
uz

professor Mira Y Lopes e outros testes.


So

O teste palográfico (PLG), pode ser entendido como a avaliação da


de

personalidade com base na expressão gráfica. A folha de papel representa o mundo


o
bi

no qual o indivíduo se coloca afetivamente e a maneira pela qual ele se relaciona


com o meio externo, através dos traçados.


o
ai

Ao escrever, projetamos sobre o papel formas simbólicas, vivas em nós, que


C

expressam nossa vida interior, ou seja, modificamos as formas tradicionais ou


caligráficas, de acordo com as ideias conscientes e as imagens inconscientes que
determinam a nossa personalidade.
A folha de papel representa, portanto, o mundo onde evoluímos, e cada
movimento escritural é simbólico de nosso comportamento nesse mundo.
Podemos concluir, então, que todos os movimentos, todos os gestos humanos

| 117
estão carregados de significado e concorrem à expressão da personalidade como
um todo.
Sim, a Vetor tem um sistema de correção informatizada (para a nossa
alegria!). Chama-se SKIP - Sistema de Correção Informatizada do Palográfico.
Sua versão para a testagem da personalidade encontra-se favorável no site

12
do SATEPSI.

5:
:1
15
Teste Bender

0
02
/2
Esqueçam o que aprenderam na faculdade!

12
6/
O teste Bender é:

-1
um teste visomotor, um teste de inteligência e, ao mesmo tempo, um

om
teste expressivo.

.c
ok
O Teste Gestáltico de Bender (TGB) foi criado por Lauretta Bender, em 1938,

tlo
com o objetivo de fornecer um índice de maturação percepto-motora obtido por
ou
meio de princípios de organização gestálticos.
s@
tin

O Bender possibilita tanto uma exploração nomotética como idiográfica do


ar

indivíduo. Ele é indicado e foi validade para a mensuração da inteligência de


m
io

crianças de 4 a 12 anos, mas pode ser aplicado a adolescentes e adultos, com idade
ab

mental correspondente.
of
ai

Esse teste é não-verbal de inteligência (ou maturidade intelectual) e é


-c

composto por nove cartões medindo 14,9 cm de comprimento por 10,1 cm de


2
-2
41

altura, cada um deles. Consiste de cartelas em cor branca, compostas por figuras
.8

diferenciadas que estão desenhadas em cor preta. São estímulos formados por
81
.6

linhas contínuas ou pontos, curvas sinuosas ou ângulos.


39

Como é a aplicação? O aplicador exibe uma das 9 figuras do teste a uma


-0

criança para copiá-las em uma folha em branco.


s
tin

Bender não propôs qualquer forma de correção para as respostas, mas


ar
M

categorizou, em forma de quadro, as respostas mais frequentes para cada faixa


a
uz

etária. E concluiu em seus estudos que o sujeito reage ao estímulo dado pelo ato
So

motor conforme suas possibilidades maturativas. Podem ser aplicadas a partir dos
de

4 anos de idade, com crianças, adolescentes e adultos, dependendo da edição


o
bi

escolhida.

Koppitz dizia que no Bender a reprodução das figuras é determinada por


o
ai

princípios biológicos e sensório-motores, que variam em razão do desenvolvimento


C

e nível maturacional do indivíduo, assim como de seu estado patológico funcional


e organicamente induzido.

Considerações finais sobre os testes psicológicos

| 118
Para encerrarmos esse tópico, devo tecer alguns comentários adicionais. Os
testes projetivos requerem respostas livres; sua apuração é ambígua, sujeita aos
vieses de interpretação do avaliador. Suas normas de correção são qualitativas e o
resultado se expressa por meio de uma tipologia. Por conta disso, seus elementos
(itens de teste) não podem ser medidos em separado. E ai vai uma observação

12
importantíssima:

5:
Não existem testes projetivos de inteligência!

:1
15
0
02
Os testes de inteligência são testes de aptidão e geralmente são

/2
psicométricos. Mas Alyson, o Bender é um teste projetivo que avalia a inteligência,

12
6/
não é? Não!!! O Bender é um teste gráfico EXPRESSIVO (ou visomotor/psicomotor)

-1
de inteligência, não é projetivo. Muito cuidado com isso!

om
Além disso, um dos principais problemas dos testes de inteligência é que

.c
ok
esses testes podem apresentar vieses culturais tendendo a favorecer pessoas com

tlo
nível socioeconômico mais elevado. E como calculamos o Q.I. de uma pessoa?
ou
Vejamos o seguinte exemplo:
s@
tin

Uma criança com um Q.I. igual a 100 deve ter uma idade mental igual a sua
ar

idade cronológica. Isto porque o coeficiente de inteligência (QI) é igual à idade


m
io

mental (IM) dividido pela idade cronológica (IC) e multiplicado por 100. Assim
ab

!"
of

temos: QI= !# x 100. Se o QI é igual a 100 então a IM é igual à IC.


ai
-c
2
-2
41

HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.


.8
81

Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.


.6
39
-0
s
tin

Preencha este PDF a partir do seu vídeo no PSICOLOGIA NOVA


ar

Atenção: vale a pena ter esse livro!!!


M
a
uz
So

Prefácio
de

É a continuidade do livro Psicodiagnóstico-V!!!


o
bi

o

Conceituação de Psicodiagnóstico na atualidade (Capítulo I,


ai
C

Krug, Trentini e Bandeira) HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.;


TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. Psicodiagnóstico. Porto Alegre:
Artmed, 2016.

Sinônimos para Psicodiagnóstico


Avaliação Diagnóstico

| 119
Psicoavaliação
Testagem
Ocampo e Arzeno
Psicodiagnóstico
processo psicodiagnóstico inclui aplicação de testes e técnicas

12
projetivas

5:
prática avaliativa de psicanalistas em suas primeiras consultas

:1
15
possibilidade do uso de entrevistas livres ou totalmente abertas, algo

0
02
não viável no psicodiagnóstico devido à limitação do tempo

/2
Trinca

12
6/
Psicodiagnóstico

-1
Pode ou não usar testes

om
Krug

.c
ok
Psicodiagnóstico

tlo
Usa testes
ou
CFP
s@
tin

Avaliação psicológica
ar

Processo amplo
m
io

Integração de informações provenientes de diversas fontes


ab

Métodos possíveis
of
ai

testes, entrevistas, observações e análise de documentos,


-c

Testagem psicológica
2
-2
41

principal fonte de informação


.8

testes psicológicos de diferentes tipos


81
.6

Krug, Trentini e Bandeira (Livro: Psicodiagnóstico)


39

Psicodiagnóstico
-0

Não usa teste obrigatoriamente


s
tin

Procedimento científico
ar
M

Investigação
a
uz

Intervenção Clínica
So

Limitado no tempo
de

Emprega técnica e/ou testes


o
bi

Gera uma ou mais indicações terapêuticas e


encaminhamentos.
o
ai

É uma Intervenção
C

É uma investigação
Possui orientação teórica para a compreensão da situação
avaliada
não existe a possibilidade de o psicólogo trabalhar sem uma teoria de base, uma
vez que os fenômenos são observados e analisados à luz de pressupostos teóricos,
em um processo interativo.

| 120
Visão antiga de psicodiagnóstico
Ocorre somente com aplicação de testes
Visão positivista
Visão atual do conceito de psicodiagnóstico

12
Abrange qualquer tipo de avaliação psicológica de caráter clínico que se

5:
apoie em uma teoria psicológica de base e que adote uma ou mais técnicas

:1
15
(observação, entrevista, testes projetivos, testes psicométricos, etc.)

0
02
reconhecidas pela ciência psicológica.

/2
Não é realizado em avaliativas em contextos jurídicos ou organizacionais

12
6/
Por apresentar variáveis como a simulação e a dissimulação

-1
conscientes.

om
Não se limita a uma avaliação de sinais e sintomas

.c
ok
Não busca apenas um diagnóstico nosológico

tlo
Não é a simples aplicação de testes
ou
s@
É um procedimento complexo, interventivo, baseado na coleta de múltiplas
tin

informações, que possibilite a elaboração de uma hipótese diagnóstica


ar

alicerçada em uma compreensão teórica.


m
io
ab
of
ai
-c
2
-2
41
.8

Psicodiagnóstico: formação, cuidados éticos, avaliação de


81
.6

demanda e estabelecimento de objetivos. HUTZ, C.S.;


39
-0

BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.


s
tin

Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.


ar
M
a
uz
So

Pontos principais sobre o psicodiagnóstico


de

A graduação nem sempre é suficiente para realizar avaliação psicológica


o

É preciso ter uma boa pergunta de partida


bi

Imprescinde de hipóteses
o

Objetivos do psicodiagnóstico (p. 25):


ai
C

São dados pela avaliação da demanda


Objetivos (Cunha)
a) a classificação simples;
b) a descrição;
c) a classificação nosológica;
d) o diagnóstico diferencial;
e) a avaliação compreensiva;
e) o entendimento dinâmico;

| 121
f) a prevenção;
g) o prognóstico; e
h) a perícia forense.
Polêmica
Os autores não enquadram aqui a perícia forense

12
5:
O processo psicodiagnóstico (Rigoni e Sá)

:1
15
HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.

0
02
Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.

/2
12
6/
-1
Finalidades (Arzeno)

om
1. Investigação diagnóstica

.c
ok
tem como objetivo explicar o que acontece além do que o avaliando

tlo
consegue expressar de forma consciente – e isso não significa rotulá-lo.
ou
2. Avaliação do tratamento:
s@
tin

visa avaliar o andamento do tratamento. Seria o “reteste”, no qual se


ar

aplica novamente a mesma bateria de testes usados na primeira ocasião ou


m
io

uma bateria equivalente.


ab

3. Como meio de comunicação


of
ai

procura facilitar a comunicação e, em consequência, a tomada de


-c

insight.
2
-2
41

4. Na investigação
.8

com o intuito de criar novos instrumentos de exploração da


81
.6

personalidade e, também, de planejar a investigação para o estudo de uma


39

determinada patologia, etc.


-0

Outras Finalidades (Rigoni e Sá)


s
tin

pode ser terapêutico


ar
M

Outra perspectiva para o Psicodiagnóstico (Rigoni e Sá)


a
uz

A escuta e o olhar clínico são superiores à aplicação de testes


So

Etapas (Ocampo)
de

A primeira principia no contato inicial, estendendo-se até a primeira


o
bi

entrevista com o avaliando;


A segunda consiste na aplicação de testes e técnicas psicológicas;


o
ai

A terceira diz respeito à conclusão do processo, com a devolução oral ao


C

avaliando (e/ou aos pais); e


A última refere-se à elaboração do informe escrito (laudo/relatório) para o
solicitante e para o avaliando (e/ou aos pais).
Etapas (Rigoni e Sá)
1. Determinar os motivos da consulta e/ou do encaminhamento e levantar
dados sobre a história pessoal (dados de natureza psicológica, social,
médica, profissional, escolar).

| 122
2. Definir as hipóteses e os objetivos do processo de avaliação. Estabelecer
o contrato de trabalho (com o examinando e/ou responsável).
3. Estruturar um plano de avaliação (selecionar instrumentos e/ou técnicas
psicológicas).
4. Administrar as estratégias e os instrumentos de avaliação.

12
5. Corrigir ou levantar, qualitativa e quantitativamente, as estratégias e os

5:
instrumentos de avaliação.

:1
15
6. Integrar os dados colhidos, relacionados com as hipóteses iniciais e com

0
02
os objetivos da avaliação.

/2
7. Formular as conclusões, definindo potencialidades e vulnerabilidades.

12
6/
8. Comunicar os resultados por meio de entrevista de devolução e de um

-1
laudo/relatório psicológico. Encerrar o processo de avaliação.

om
Os Primeiros Momentos (Rigoni e Sá)

.c
ok
Embasa o plano de ação

tlo
No motivo de consulta deve-se discriminar entre o motivo manifesto e
ou
motivo latente
s@
tin

Assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido para a


ar

avaliação
m
io

A primeira entrevista com crianças precisa ser feita com os pais ou


ab

responsáveis
of
ai

Com adolescentes, a primeira entrevista poderá ser realizada com os


-c

pais/responsáveis ou com o próprio adolescente, dependendo de seu caso e/ou


2
-2
41

idade.
.8

É possível entrevistar membros da família implicados na demanda


81
.6

Contrato de Trabalho (pode sofrer alterações)


39

papéis de cada parte


-0

a questão de sigilo e privacidade


s
tin

o número aproximado de encontros, incluindo-se as primeiras


ar
M

entrevistas
a
uz

a bateria de testes que será utilizada, se necessário


So

as entrevistas de devolução
de

a forma como serão pagos os honorários


o
bi

Ordem de aplicação da bateria de testes


Do menos ansiogênico para o mais ansiogênico


o
ai

Recomendação: começar pelos testes gráficos


C

Devolução
Forma sistemática
é a entrevista mais habitual, que tem como objetivo a devolução dos
resultados e a entrega do laudo.
Forma assistemática
Paciente exageradamente ansioso e/ou com risco de suicídio
Devolução das informações por etapas (pequenos feedbacks)

| 123
Entrevista de devolução
Recomendação
1. Abordar primeiro aspectos mais sadios, adaptativos e/ou
preservados da dinâmica de funcionamento do avaliando
2. comunicar aspectos que requerem maior cuidado E sugerir

12
encaminhamentos apropriados.

5:
:1
15
0
02
/2
Entrevista psicológica no psicodiagnóstico (Cap. 5, Serafini)

12
6/
HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.

-1
om
Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.

.c
ok
tlo
ou
Psicodiagnóstico s@
Tipo de avaliação psicológica desenvolvida no âmbito clínico
tin

Etapas da Entrevista Inicial


ar
m

1ª Etapa
io
ab

Paciente encaminhado para avaliação


of

Contato com a fonte de encaminhamento para levantamento de


ai
-c

informações
2

2ª Etapa
-2
41

Paciente Adulto
.8
81

Próprio paciente
.6

Paciente Adolescente
39
-0

Pode ser realizada com o próprio paciente


s

Seguida pela entrevista com os pais


tin
ar

Paciente Criança
M

Realizada inicialmente com os pais


a
uz

Seguida da entrevista com a criança


So

3ª Etapa
de

Entrevista com outras fontes de informação


o
bi

Ocorre sempre com autorização do paciente ou de responsáveis



o

Definições
ai
C

Entrevista livre
é mais aberta
podendo partir de uma pergunta mais generalista e seguir sendo
construída ao longo do seu desenvolvimento
deve ter algum tipo de direcionamento por parte do avaliador
Para Ocampo e Arzeno
a entrevista inicial se caracterizaria como uma entrevista
semidirigida.

| 124
o paciente é quem constrói a forma como as
informações serão trazidas.
Entrevistas semiestruturadas
contam com perguntas pré- formuladas
o avaliador segue um roteiro de questões

12
novas perguntas podem emergir a partir das respostas dadas pelo

5:
paciente ou familiar.

:1
15
Entrevistas estruturadas

0
02
limita o avaliador

/2
seguem um roteiro bastante rígido

12
6/
não inserimos questões novas

-1
não há possibilidade de respostas diferentes

om
Diferenças entre as modalidades de entrevista de livre estruturação,

.c
ok
semiestruturada e estruturada

tlo
Livre estruturação
ou
Aberta. Não existem perguntas pré-formuladas.
s@
tin

O paciente é livre p ara trazer as informações que achar pertinentes na


ar

ordem que desejar.


m
io

O avaliador deve ter em mente os temas a ser abordados, pois, em alguns


ab

momentos, ele deverá direcionar a entrevista.


of
ai

Bastante utilizada no psicodiagnóstico


-c

Semiestruturada
2
-2
41

Flexível. Existe um roteiro com algumas perguntas predeterminadas.


.8

O paciente responde às questões de acordo com a ordem trazida pelo


81
.6

avaliador, mas suas respostas podem gerar novos questionamentos.


39

O avaliador deve ir além das questões pré-elaboradas. Novas questões


-0

podem emergir a partir das respostas do paciente.


s
tin

Bastante utilizada no psicodiagnóstico


ar
M

Estruturada
a
uz

Rígida. As perguntas são pré-formuladas, assim com as alternativas de


So

resposta.
de

Não há espaço para respostas diferentes das opções pré-formuladas.


o
bi

Deve seguir o roteiro de forma fiel. Novas questões não serão acrescentadas

e as já existentes não podem ser modificadas.


o
ai

Menos utilizada no psicodiagnóstico


C

A entrevista de anamnese (Cap. 6, Silva e Bandeira)


Anamnese
é um tipo de entrevista realizada para investigar a história do examinando,

| 125
ou seja, os aspectos de sua vida considerados relevantes para o entendimento da
queixa.
Geralmente é feita em forma de entrevista semiestruturada
Necessita de rapport adequado com o informante

12
5:
Escolha dos instrumentos e das técnicas no psicodiagnóstico

:1
15
(Cap. 7, Trentini, Bandeira e Krug)

0
02
Fatores que determinam a escolha dos testes

/2
12
Hipóteses

6/
-1
Conhecimento sobre desenvolvimento humano

om
Conhecimento sobre psicopatologia

.c
Orientações para a ordem de aplicação dos testes

ok
tlo
Instrumentos mais simples em detrimento dos mais complexos

ou
Instrumentos menos ansiogênicos s@
Testes projetivos
tin

Aplicamos primeiro para que não sejam “contaminados” pelos


ar
m

outros
io
ab
of
ai
-c
2
-2

Entrevista lúdica diagnóstica (Cap. 8, Trentini, Bandeira e


41
.8

Krug)
81
.6

Entrevista clínica realizada com crianças em um contexto psicodiagnóstico


39
-0

Sinônimo de entrevista lúdica diagnóstica


s

É um procedimento técnico utilizado a fim de conhecer e compreender a


tin
ar

realidade da criança em processo de avaliação.


M

Pode ser feita em vários encontros


a
uz

É uma entrevista inicial


So

refere-se à primeira etapa diagnóstica


de

Diferença em relação a entrevista lúdica terapêutica


o
bi

tem começo, desenvolvimento e fim em si mesmo



o

opera como uma unidade que deve ser interpretada como tal
ai
C

O Exame do Estado Mental (Cap. 9, Osório)


Definição do EEM
avaliação acurada e sistemática de sintomas objetivos e subjetivos dos
transtornos mentais, das crises vitais e condições dos transtornos similares e das
condições clínicas de outra natureza
seus dados são obtidos em entrevistas abertas ou semiestruturadas.
Avalia tanto aspectos patológicos quanto sadios

| 126
Focado no presente
Mas considera os últimos 30 dias
Não deve ser confundido com o Mini-Exame do Estado Mental
Modelos teóricos e suas repercussões no EEM
modelo descritivo-fenomenológico (Kraepelin, Schneider e Jaspers)

12
neurobiológico (Andreasen e Kandel)

5:
psicanalíticos (Freud, Hartmann, Erikson, Kohut, Klein, Winnicott e outros)

:1
15
cognitivo-comportamental (behaviorismo, teorias da aprendizagem,

0
02
psicologia cognitiva);

/2
interpessoal (psicobiologia e teorias do apego/separação)

12
6/
culturalistas ou neofreudianos (Sullivan e Horney)

-1
sistêmico familiar (cibernética, teoria dos sistemas, teoria da comunicação)

om
existencial-humanista (Maslow e Rogers);

.c
ok
modelo social (Hollingshead e Redlich nos Estados Unidos; Thomas Main e

tlo
Maxwell Jones na Inglaterra; Ulysses Pernambucano, no Brasil)
ou
s@
tin

Síndromes, transtornos e Doenças mentais


ar

Primeiro passo
m
io

Diagnóstico sindrômico
ab

Levantamento de Sinais e Sintomas


of
ai
-c

Psicodiagnóstico Interventivo (Cap. 15, Barbieri e Heck)


2
-2
41

É uma forma de avaliação psicológica, subordinada ao pensamento clínico


.8
81

Busca a apreensão da dinâmica intrapsíquica, compreensão da problemática do


.6

indivíduo e intervenção nos aspectos emergentes, relevantes e/ou determinantes


39
-0

dos desajustamentos responsáveis por seu sofrimento psíquico e que, ao mesmo


s

tempo, e por isso, permite uma intervenção eficaz.


tin
ar

Produz efeitos terapêuticos


M

Geralmente é de base psicanalítica


a
uz

É considerado o herdeiro do psicodiagnóstico compreensivo


So

Busca obter uma compreensão ampla e integrada do indivíduo, levando em


de

conta as dinâmicas intrapsíquicas, intrafamiliares e socioculturais de acordo com o


o
bi

seu nível desenvolvimental.



o

Seu objetivo é alcançado por meio do contato emocional empático com o


ai
C

paciente (Trinca, 1984).


Priorização de técnicas de associação livre
Isso não impede a utilização de instrumentos padronizados, como as escalas
psicométricas
Aberastury
no primeiro contato com a criança
são levantadas as fantasias inconscientes de enfermidade e de cura.

| 127
1.3 Técnicas de entrevista.

A entrevista não consiste em "aplicar"


instruções, mas em investigar a
personalidade do entrevistado, ao

12
mesmo tempo que nossas teorias e

5:
:1
instrumentos de trabalho.

15
Bleger

0
02
/2
12
6/
Teremos, a seguir, aqui um verdadeiro tratado sobre a entrevista

-1
psicológica. Fundamentalmente, qualquer candidato, para qualquer banca e

om
.c
qualquer concurso deve saber não só o que é entrevista psicológica e as suas

ok
características, mas onde ela é aplicada, quais as suas possibilidades e as técnicas

tlo
ou
de entrevista. s@
Assim, tentarei organizar da forma mais objetiva possível esse tópico.
tin
ar
m

Conceitos Iniciais
io
ab
of
ai
-c

Não vejo melhor maneira de começar esse conteúdo do que citar uma das
2

mais brilhantes e claras passagens que me deparei na organização dos conteúdos


-2
41

de hoje:
.8

A entrevista é a técnica que permite o acesso às representações mais


81
.6

pessoais dos sujeitos: história, conflitos, representações, crenças, sonhos, fantasmas,


39

acontecimentos vividos, etc. É um instrumento insubstituível no domínio das ciências


-0
s

humanas e ainda no domínio da Psicologia, em que há que tentar compreender a


tin

origem de diferentes psicopatologias. Com efeito, só o paciente nos pode dizer “onde”
ar
M

e “como” sofre; há portanto, que escutá-lo. Descrevemos a entrevista segundo os


a
uz

vários modelos teóricos vigentes, e é unânime entre todas as correntes, que a


So

entrevista é uma “conversa” profunda entre duas pessoas num contexto especifico. A
de

eficácia de qualquer tratamento ou procedimento psicológico está diretamente


o
bi

relacionada com a qualidade da entrevista. Sugerimos um modelo de entrevista e na


última parte do presente estudo, enfatizamos os fenómenos do campo relacional que


o
ai
C

se processam durante qualquer tipo de entrevista. A entrevista é uma técnica sui


generis, que nos permite aceder ao mundo privado de outro ser humano. A entrevista
é o meio pela qual o entrevistador tenta perceber e sentir o Outro.
Fonte: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0031.PDF

Como você percebeu, conceituar entrevista psicológica é um processo


fácil. A entrevista psicológica é um processo bidirecional (interação entre duas ou

| 128
mais pessoas), com o propósito previamente fixado no qual uma delas procura
saber o que acontece com a outra, o entrevistado.
Entrevista à Processo bidirecional de comunicação, com propósito definido, onde
o entrevistador levanta dados acerca do entrevistado.

12
Desse modo, a entrevista é uma técnica de investigação científica em

5:
psicologia, sendo um instrumento fundamental do método clínico, mas que não se

:1
15
restringe a esse. Podemos dizer que a entrevista é um método de avaliação

0
02
psicológica que se assemelha ao método científico, aonde o entrevistador vai

/2
formulando uma série de hipóteses com o desenrolar da entrevista. Os objetivos da

12
6/
entrevista podem ser: 1) reconstituir a história do sujeito (anamnese); 2) sondar

-1
seus conhecimentos (argüição oral); 3) avaliar suas aptidões para uma

om
aprendizagem (orientação) ou um emprego (seleção); 4) contribuir para o

.c
ok
psicodiagnóstico e indicação do tratamento de pessoas com distúrbios psicológicos

tlo
(entrevista inicial ou preliminar).
ou
s@
E o que falam os outros autores? Fundamentalmente, a entrevista é
tin

definida como uma técnica de levantamento de dados que pode ser aplicada nas
ar

mais diferentes áreas da psicologia. Em algumas raras exceções, seu objetivo maior
m
io

é a condução de um caso, como na perspectiva rogeriana por exemplo. Sua


ab

aplicabilidade ultrapassa o campo clínico, e atinge tanto a psicologia


of
ai

organizacional, quanto a psicologia forense, escolar, dos esportes, infantil, social,


-c

neuropsicologia, psicopedagogia, etc. Dependendo da área, teremos


2
-2
41

características próprias.
.8

Mas, o que é realmente a entrevista psicológica? Vejamos brevemente


81
.6

quatro grandes definições do que é a entrevista psicológica.


39

Para Bleger (1998) "[A Entrevista psicológica] consiste em uma relação humana na
-0

qual um dos integrantes deve procurar saber o que está acontecendo e deve atuar
s
tin

segundo esse conhecimento".


ar
M

No livro Psicodiagnóstico V (Cunha, 2003) temos que a entrevista


a
uz

psicológica é um processo bidirecional de interação, entre duas ou mais pessoas


So

com o propósito previamente fixado no qual uma delas, o entrevistador, procura


de

saber o que acontece com a outra, o entrevistado, procurando agir conforme esse
o
bi

conhecimento.

Para o Manual de Avaliação Psicológica, editado pelo Conselho Federal de


o
ai

Psicologia 812, a entrevista é uma técnica de investigação científica em psicologia,


C

sendo um instrumento fundamental do método clínico. (...) Compreende o


desenvolvimento de uma relação entre o entrevistado e o entrevistador,
relacionada com o significado da comunicação. Revela dados introspectivos (a
informação do entrevistado sobre os seus sentimentos e experiências), bem como
o comportamento verbal e não-verbal do entrevistador e do entrevistado.

12
Disponível em: http://crppr.org.br/download/165.pdf

| 129
Por fim, Gil (1999) compreende a entrevista como uma forma de diálogo
assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta
como fonte de informação.
Complementando as definições anteriores, podemos dizer que a entrevista
psicológica é um processo de comunicação, estabelecido por uma conversação, e

12
que atende a propósitos definidos anteriormente ao contato entre entrevistador e

5:
entrevistado. Ela serve, fundamentalmente, para levantar dados para o

:1
15
entrevistador e, mais especificamente no caso clínico, pode servir para deixar claro

0
02
algumas informações para o próprio entrevistado.

/2
Conceitos fáceis, correto? Nem tanto. Precisamos aprofundar bastante

12
6/
para entendermos as nuances da entrevista em cada tipo de contexto, formato ou

-1
objetivo antes de entendermos as técnicas de entrevista. Sigamos com a matéria.

om
Apesar da fácil conceituação, devemos diferenciar a entrevista psicológica

.c
ok
da anamnese, da conversa comum e da consulta. A consulta é entendida como uma

tlo
mera assistência técnica de profissionais. A entrevista possui uma orientação, é
ou
s@
conduzida por um profissional (o que já difere da conversa comum) e é arquitetada
tin

dialeticamente (o que difere da consulta strictu sensu). Além disso, é uma


ar

construção da realidade através do discurso e não uma identificação objetiva de


m
io

conceitos e itens. No contexto de contato com o paciente, não consegue aflorar a


ab

totalidade do repertório de sua personalidade. Uma diferenciação entre entrevista


of
ai

psicológica e a anamnese é o fato de que na entrevista a atenção está centrada no


-c

não-dito nas contradições do discurso do entrevistado, ao passo que na anamnese


2
-2
41

o que importa são as informações que o paciente fornece independentemente dos


.8

padrões inconscientes que as deflagram. Assim, na entrevista, os fenômenos do


81
.6

inconsciente devem ser avaliados enquanto que na anamnese apenas o que é


39

manifesto é útil.
-0
s
tin

Essas dissociações e contradições, são


ar
M

inerentes à condição humana, e a entrevista


a
uz

oferece condições para que as mesmas sejam


So

refletidas e trabalhadas.
de

Bleger
o
bi

A diferença básica entre entrevista e qualquer


o
ai

outro tipo de relação interpessoal (como a


C

anamnese) é que a regra fundamental da


entrevista, sob este aspecto é de procurar
fazer com que o campo seja configurado
especialmente pelas variáveis que
dependam do entrevistado. Como regra
fundamental da entrevista, o entrevistador
deve procurar fazer com que o campo seja

| 130
configurado especialmente pelas variáveis que dependam do entrevistado (Bleger
orienta que as variáveis do entrevistador sejam as mínimas possíveis para facilitar
a observação dos fenômenos psíquicos).
Veremos os conceitos de Bleger com mais propriedade no decorrer da aula.

12
Breves Contribuições Históricas

5:
:1
15
A utilização do termo “entrevista psicológica” é recente, porém, em função

0
02
de seu significado, podemos identificá-la muito antes do surgimento da própria

/2
12
psicologia enquanto ciência.

6/
Já encontramos a entrevista psicológica desde o início do século XIX,

-1
dentro de um modelo médico, a partir dos estudos de Kraeplin. Essa estratégia de

om
levantamento de dados já era utilizada para detalhar as informações dos pacientes

.c
ok
e para identificar síndromes e patologias da época. As psicanalistas Anna Freud e

tlo
ou
Melanie Klein ajudaram a mudar o foco da entrevista psicológica para o campo das
s@
transferências e das defesas do pacientes, sem enfatizar as classificações
tin

diagnósticas.
ar
m

Sullivan adicionou á entrevista psicológica a necessidade de consideração


io
ab

do contexto social na fala do entrevistado. Rogers, através da sua abordagem de


of

Aconselhamento Psicológico, centrou a compreensão dos dados da entrevista a


ai
-c

partir do referencial do entrevistado13.


2
-2
41
.8
81

Tipos de Entrevistas Psicológicas


.6
39
-0

Classificar os tipos de entrevistas psicológicas não é uma tarefa simples.


s
tin

Seja pela grande quantidade de classificações existentes, seja pela dificuldade de


ar

convergência entre alguns raros autores. No entanto, a seguir apresento um


M
a

apanhado geral que é bastante útil para concursos. É um levantamento feito não só
uz
So

a partir da teoria disponível na área, mas das bancas que cobram esse tipo de
de

assunto.
o

Vejamos, então, as classificações dos tipos de entrevistas.


bi

o
ai
C

Quanto ao número de entrevistados


1. Individual
2. Grupal

13
Essa era uma das bases da aceitação incondicional.

| 131
Quanto ao Beneficiário14
1. Em benefício do entrevistado 15 : é a entrevista solicitada pelo próprio
entrevistado, como exemplos temos a entrevista clínica para
aconselhamento, consulta psicológica ou psiquiátrica)
2. Em favor dos resultados: é a entrevista que objetiva levantar informações

12
de interesse do psicólogo, como exemplos temos as pesquisas, enquetes,

5:
sondagens de opinião, estudos de mercado, pesquisas científicas, etc.

:1
15
3. Em benefício de terceiros: é a entrevista que não parte da iniciativa nem

0
02
do psicólogo nem do entrevistado, mas de um terceiro interessado nas

/2
informações, como por exemplo as entrevistas para a obtenção da CNH, as

12
6/
que ocorrem nos processos de seleção, por solicitação médica, empregador

-1
ou professor.

om
.c
ok
tlo
Quanto a presencialidade
ou
s@
tin

Para Gil (1999), as entrevistas podem se dá em duas modalidades: face a


ar

face e por Telefone. Eu acrescento, ainda, a entrevista mediada por computador,


m
io

pois em 1999 ele jamais poderia imaginar essa revolução.


ab

1. Entrevista face a face: é a entrevista tradicional


of
ai

2. Por telefone: desenvolvido nas últimas décadas. O custo é mais baixo e era
-c

mais aplicada para contextos de seleção. Apesar de Gil acreditar na


2
-2
41

viabilidade de tal procedimento, esse método perdeu um grande espaço para


.8

as entrevistas mediadas por computadores e desconheço quem ainda a use.


81
.6

Se ainda funcionar, apresentará como limitações a possibilidade de


39

interrupção da entrevista16, a impossibilidade de descrever as características


-0

comportamentais e não-verbais do entrevistado ou as circunstâncias em que


s
tin

se realizou a entrevista.
ar
M

3. Mediadas por computadores: podem ser síncronas ou assíncronas 17 e


a
uz

geralmente são baseadas tanto na transmissão de áudio quanto de vídeo. São


So

entrevistas mais comuns em processos de seleção, análise do trabalho e em


de

contextos educativos. Possui a facilidade no agendamento das entrevistas,


o
bi

maior aceitação dos entrevistados, possibilidade de entrevistas em escala18.



o
ai
C

14
Conceito de Bleger
15
Dos três tipos de entrevista apresentados, é a única automotivada por parte do
entrevistado.
16
Pois provavelmente a TIM vai derrubar a sua ligação. Rs.
17
As entrevistas síncronas são aquelas em que o contato entre o entrevistado e o
entrevistador ocorre ao mesmo tempo, enquanto que a assíncrona ocorre em tempos
diferentes e não permite, assim, a interação ao vivo.
18
É possível realizar mais entrevistas que nos métodos anteriores.

| 132
Como limitações das mediadas por computador, temos as mesmas
dificuldades que as mediadas por telefone.

Quanto ao número de entrevistados e entrevistadores

12
1. Um entrevistador e um entrevistado19.

5:
2. Um entrevistador e vários entrevistados (entrevista em grupo)20.

:1
15
3. Vários entrevistadores e um entrevistado21.

0
02
4. Vários entrevistadores e vários entrevistados simultaneamente22.

/2
12
6/
-1
Quanto a abertura da entrevista

om
.c
ok
A variável “abertura” reflete o modo como o entrevistador conduz as

tlo
perguntas para respostas específicas ou não.
ou
s@
1. Entrevista Aberta: Esse tipo de entrevista busca obter respostas livres,
tin

independente de termos um roteiro a ser seguido ou não. Assim, podemos ter


ar

entrevistas abertas que partam tanto de perguntas e pautas determinadas23


m
io

para alcançarmos respostas livres quanto podemos ter entrevistas abertas


ab

com perguntas e pautas livres. O que importa, sempre, é que as respostas


of
ai

sejam livres. Desse modo, a entrevista abrange mais do que o que foi definido
-c

anteriormente. Outra observação importante é que nesse tipo de entrevista,


2
-2
41

o entrevistado tem a oportunidade de responder com suas palavras e do seu


.8

modo o que está sendo pedido, assim como o entrevistador por organizar a
81
.6

entrevista de acordo com o desenrolar da própria entrevista. Além disso, esse


39

tipo de entrevista ajuda a investigar a personalidade do entrevistado de forma


-0

mais ampla.
s
tin

2. Entrevista Fechada: as perguntas, a pauta e as respostas são fixas.


ar
M

Permite a melhor compreensão sistemática para a comparação entre os


a
uz

entrevistados ou a comparação com padrões de referencia nosológicos, por


So

exemplo. Esse tipo de entrevista tem, necessariamente, perguntas, pautas e


de

respostas definidas. A entrevista não abrange mais do que foi definido


o
bi

anteriormente.

o
ai
C

19
Modelo mais comum e característico da prática clínica.
20
Modelo menos comum, porém, possível em processos de seleção de pessoas.
21
Modelo menos comum, porém, possível em seleção de pessoas.
22
Citei apenas para não deixar em branco. É uma bagunça! Não sei onde isso se
aplica.
23
Podemos ter entrevistas abertas com a utilização de roteiros padronizados, por exemplo. Nesse
caso, as perguntas e a ordem de apresentação das perguntas são preestabelecidas, e o
entrevistador pode repetir, pedir esclarecimentos ou parafrasear a pergunta se a resposta não for
adequada ao que se perguntou.

| 133
Observe que as entrevistas abertas têm como vantagem o aumento da
profundidade dos dados colhidos e são ideais para a exploração de informações,
sendo utilizada, por exemplo, no inquérito do Rorschach, na anamnese, no
levantamento de histórias de vida, exploração de casos individuais e nos grupos
focais. Por outro lado, reduzem a possibilidade de comparação entre

12
entrevistados24.

5:
:1
15
0
02
Quanto a diretividade da entrevista

/2
12
6/
O compromisso com as respostas é dado pela forma como conduzimos a

-1
entrevista. Assim, temos a entrevista diretiva (ou dirigida), a entrevista não-diretiva

om
(ou não-dirigida) e a entrevista semi-diretiva (ou semi-dirigida).

.c
ok
1. Entrevista diretiva: temos respostas específicas que devemos

tlo
necessariamente alcançar. Por isso, conduzimos a entrevista de modo a
ou
s@
abordar integralmente a pauta solicitada, mesmo que fora de ordem, por
tin

perguntas previamente determinadas ou não25.


ar

2. Entrevista semi-diretiva (ou semi-dirigida): temos um intermédio entre


m
io

a diretividade e não-diretividade da entrevista. As perguntas podem ser


ab

determinadas previamente ou não, assim como a pauta e as respostas


of
ai

desejadas. Em outras palavras, apesar do entrevistador possuir um roteiro


-c

básico de perguntas e de pontos que devem ser abordados, pode incluir novas
2
-2
41

questões e novos conteúdos para investigação.


.8

3. Entrevista não-diretiva: as respostas são livres e as perguntas e pauta são


81
.6

desenvolvidas ao longo da entrevista. Desse modo, outros assuntos podem


39

ser explorados ao longo do contato do entrevistador com o entrevistado.


-0

Vejamos um quadro que clarifica as diferenças quanto a diretividade das


s
tin

entrevistas diretiva e não-diretiva.


ar
M

Quanto a Diretividade
a
uz

Entrevista diretiva Entrevista não-diretiva


So

É a entrevista que determina o tipo de É a entrevista totalmente livre e que


de

resposta desejada, mas não especifica não especifica nem as questões e nem
o
bi

necessariamente as questões, ou seja, as respostas requeridas. É também


deixa as perguntas a critério do denominada entrevista exploratória,


o
ai

entrevistador. É aplicada para informal ou não-estruturada. Trata-se


C

24
Não é impossível comparar os resultados de entrevistas abertas, porém, dá muuuito
mais trabalho.
25
Alguns autores falam que toda entrevista diretiva possui apenas questões fechadas
(determinadas). Manifesto minha discordância conceitual em função do foco ser nas
respostas. Assim, é possível termos entrevistas diretivas com perguntas previamente
determinadas ou não.

| 134
conhecer certos conceitos pessoais dos de uma entrevista cuja sequência e
entrevistado e que demandam certa orientação fica a critério de cada
liberdade para que o entrevistador entrevistador, que caminha dentro da
possa captá-los adequadamente. linha de menor resistência ou da
extensão de assuntos, sem se

12
preocupar com sequência ou roteiro,

5:
mas com o nível e profundidade que a

:1
15
entrevista pode alcançar.

0
02
Assim, no caso da entrevista diretiva, o entrevistador precisa saber

/2
formular as questões de acordo com o andamento da entrevista para obter o tipo

12
6/
de resposta ou informação requerida. A entrevista diretiva é, essencialmente, uma

-1
entrevista de resultados. Na entrevista não-diretiva, o entrevistador corre o risco

om
de esquecer ou omitir alguns assuntos ou informações. Essa entrevista não-diretiva

.c
ok
é uma técnica criticada pela sua baixa consistência devido ao fato de não se basear

tlo
em um roteiro ou itinerário previamente estabelecido.
ou
s@
tin
ar

Quanto a estruturação da entrevista


m
io
ab
of

A estruturação da entrevista diz respeito a definição das perguntas, das


ai

respostas e de pauta, ou, ainda, a rigorosidade dessa pauta. Para fins de concurso,
-c
2

adotaremos a seguinte definição:


-2
41

1. Entrevista estruturada: as perguntas são definidas previamente, não há


.8

possibilidade de novas perguntas ao longo da entrevista. A pauta abordada e


81
.6

as respostas também são previamente definidas.


39

2. Entrevista semi-estruturada: apresenta um conjunto de questões


-0

previamente definidas que são utilizadas ao longo da entrevista e que geram,


s
tin

no decorrer da investigação, novas hipóteses e novas perguntas. A pauta


ar
M

inicial é determinada, mas pode mudar ao longo da entrevista. As respostas


a
uz

são livres. Assim, o entrevistador tem a liberdade tanto de conduzir a


So

entrevista por outros caminhos quanto para compelir o entrevistado a voltar


de

ao roteiro inicial.
o
bi

3. Entrevista não-estruturada: é aquela em que o entrevistador não segue


uma pauta estruturada, ou, ainda, que a constrói ao longo da entrevista.


o
ai

Assim, temos:
C

Estruturação da Entrevista Psicológica


Entrevista livre ou não Entrevista Semi- Entrevista Estruturada
estruturada estruturada ou
Semidirigida
É o tipo menos Apresenta certo grau de Desenvolve-se a partir de
estruturado, e só se estruturação, já que se uma relação fixa de

| 135
distingue da simples guia por uma relação de perguntas, cuja ordem e
conversação porque tem pontos de interesses que redação permanecem
como objetivo básico a o entrevistador vai invariável para todos os
coleta de dados. O que se explorando ao longo do entrevistados, que
pretende é a obtenção de seu curso. As pautas geralmente são em

12
uma visão geral do devem ser ordenadas e grande número.

5:
problema pesquisado, guardar certa relação Possibilita o tratamento

:1
15
bem como a entre si. O entrevistador quantitativo dos dados

0
02
identificação de alguns faz poucas perguntas com qualidade.

/2
aspectos da diretas e deixa o

12
6/
personalidade do entrevistado falar

-1
entrevistado. livremente à medida que

om
se refere às pautas

.c
ok
assimiladas. Quando

tlo
este, por ventura, se
ou
afasta, o entrevistador
s@
tin

intervém de maneira
ar

sutil, para preservar a


m
io

espontaneidade da
ab

entrevista.
of
ai
-c
2

Sobre a entrevista semi-estruturada26, temos:


-2
41

Para Triviños (1987, p. 146) a entrevista semi-estruturada tem como


.8

característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses


81
.6

que se relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a


39

novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos informantes. O foco principal
-0

seria colocado pelo investigador-entrevistador. Complementa o autor,


s
tin

afirmando que a entrevista semi-estruturada “[...] favorece não só a descrição dos


ar
M

fenômenos sociais, mas também sua explicação e a compreensão de sua


a
uz

totalidade [...]” além de manter a presença consciente e atuante do pesquisador


So

no processo de coleta de informações (TRIVIÑOS, 1987, p. 152).


de

Para Manzini (1990/1991, p. 154), a entrevista semi-estruturada está


o
bi

focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com


perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às


o
ai

circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista


C

pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão
condicionadas a uma padronização de alternativas.

26
Fonte: Manzini, Eduardo José. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros.
Departamento de Educação Especial, Programa de Pós Graduação em Educação, Unesp, Marília.
Disponível em: http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf

| 136
O que Chiavenato diz sobre a estruturação das entrevistas
Segundo Chiavenato (Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos
humanos nas organizações, 2014, 4ª Edição):
Entrevista totalmente padronizada: é a entrevista estruturada e com um roteiro

12
preestabelecido. O entrevistador faz perguntas padronizadas e previamente

5:
:1
elaboradas no sentido de obter respostas definidas. Por isso, perde profundidade

15
e flexibilidade e torna-se limitada. Pode assumir várias formas, como escolha

0
02
simples (verdadeiro-falso, sim-não, agrada-desagrada), escolha múltipla, etc.

/2
12
Apresenta a vantagem de oferecer um roteiro ao entrevistador que não precisa se

6/
preocupar quanto à sequência dos assuntos a serem pesquisados junto ao

-1
candidato, pois a entrevista já está programada de antemão. É o tipo de

om
entrevista planejada e organizada para ultrapassar limitações dos

.c
ok
entrevistadores.

tlo
ou
Entrevista padronizada apenas nas perguntas: é a entrevista com perguntas
s@
previamente elaboradas, mas que permitem resposta aberta, ou seja, resposta
tin

livre por parte do candidato. O entrevistador se baseia em uma


ar
m

listagem (checklist) de assuntos a questionar e colhe as respostas ou as


io
ab

informações do candidato.
of

Entrevista diretiva: é a entrevista que determina o tipo de resposta desejada,


ai
-c

mas não especifica as questões, ou seja, deixa as perguntas a critério do


2

entrevistador. É aplicada para conhecer certos conceitos pessoais dos candidatos e


-2
41

que demandam certa liberdade para que o entrevistador possa captá-los


.8
81

adequadamente. O entrevistador precisa saber formular as questões de acordo


.6

com o andamento da entrevista para obter o tipo de resposta ou informação


39
-0

requerida. A entrevista diretiva é uma entrevista de resultados.


s

Entrevista não diretiva: é a entrevista totalmente livre, que não especifica nem
tin
ar

as questões nem as respostas requeridas. É também denominada entrevista


M

exploratória, informal ou não estruturada. Sua sequência e orientação ficam a


a
uz

critério do entrevistador, que caminha em uma linha de menor resistência ou da


So

extensão de assuntos, sem se preocupar com um roteiro, mas com o nível de


de

profundidade a ser alcançado. O entrevistador corre o risco de esquecer ou omitir


o
bi

assuntos ou informações importantes. É uma técnica criticada pela baixa



o

consistência pelo fato de não se basear em um roteiro ou itinerário previamente


ai
C

estabelecido.

Resumo do Professor Alyson Barros

Como foi possível perceber, é fundamental que façamos uma diferenciação


entre os tipos de entrevistas que acabamos de classificar quanto a sua diretividade,

| 137
estruturação e abertura. Pois esse é um assunto que cai em metade das questões
que versam sobre entrevista psicológica.
Criei um modelo comparativo para auxiliar o candidato na diferenciação
dos tipos de entrevistas que estudamos. Não é um modelo baseado na vida real,
mas em todas as questões sobre entrevistas psicológicas até aqui cobrados em

12
todas as bancas e nos últimos 5 anos. Por isso, deu um trabalho danado!

5:
Separei, então, as seguintes variáveis: perguntas, pauta e respostas. Eis a

:1
15
definição de cada uma dessas variáveis:

0
02
Perguntas: podem ser previamente determinadas ou

/2
não. Além disso, dentro da entrevista psicológica,

12
6/
podemos ter situações onde as perguntas podem ser

-1
determinadas previamente e novas perguntas são criadas

om
ao longo da entrevista.

.c
ok
Pauta: é o conjunto de conteúdos que deve ser abordado.

tlo
Em outras palavras, é o roteiro a ser seguido. Podemos ter
ou
s@
uma pauta pré-determinada, com questões previamente
tin

determinadas ou não, e uma pauta livre.


ar

Respostas: podem ser pré-determinadas ou não. Quando


m
io

é determinada, temos um conjunto possível de respostas


ab

categorizáveis, quando não é determinada, o


of
ai

entrevistado é livre para organizar a resposta como julgar


-c

necessário.
2
-2
41
.8

Da combinação dessas variáveis e da abertura, diretividade e estruturação


81
.6

da entrevista, podemos constituir a seguinte tabela27:


39
-0
s
tin
ar
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai
C

27
A tabela é meramente ilustrativa e representa uma consolidação do que
estudamos até aqui sobre o referido assunto. Não é isenta de erros,
especialmente quanto aparecer algum autor mundialmente desconhecido que
subverta essa ordem.

| 138
12
5:
:1
15
0
02
/2
12
6/
-1
om
.c
ok
tlo
ou
s@
tin
ar
m
io
ab
of
ai
-c
2
-2
41

Os itens grifados em amarelo são os que representam as principais


.8
81

diferenças dentro de cada grupo.


.6

Quando os itens “perguntas determinadas” e “perguntas livres” estiverem


39
-0

simultaneamente marcados, indicará que o entrevistador pode começar com um


s

roteiro prévio de perguntas e depois adicionar as que julgue necessárias, assim


tin
ar

como também poderá usar ou apenas perguntas determinadas ou apenas


M

perguntas livres.
a
uz

No caso da entrevista semi-estruturada e da entrevista semi-diretiva,


So

temos um detalhe que as diferenciam, por exemplo, da entrevista aberta e da


de

entrevista diretiva. As questões são previamente determinadas, porém, no curso da


o
bi

entrevista, novas questões podem surgir.


Por fim, temos algumas importantes conclusões a partir do nosso estudo.


o
ai
C

Toda entrevista não diretiva é não estruturada e toda entrevista fechada é


estruturada.

Objetivos da Entrevista
Quais são os objetivos das entrevistas psicológicas? Cunha responde isso
em seu livro Psicodiagnóstico V:

| 139
Objetivos da Entrevista Psicológica (Cunha)
Diagnóstico Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do
paciente, bem como as indicações terapêuticas
adequadas. Assim, faz-se necessário uma coleta de

12
dados sobre a história do paciente e sua motivação para

5:
o tratamento. Quase sempre, a entrevista diagnóstica é

:1
15
parte de um processo mais amplo de avaliação clínica

0
02
que inclui testagem psicológica.

/2
Psicoterapia Procura colocar em prática estratégia de intervenção

12
6/
psicológica nas diversas abordagens para acompanhar o

-1
paciente, esclarecer suas dificuldades, tentando ajudá-

om
lo à solucionar seus problemas.

.c
ok
De Encaminhamento Serve para encaminhar o entrevistado após uma breve

tlo
triagem. Logo no início da entrevista, deve ficar claro
ou
s@
para o entrevistado, que a mesma tem como objetivo
tin

indicar seu tratamento, e que este não será conduzido


ar

pelo entrevistador.
m
io

De Seleção É um tipo de entrevista de cunho profissional e objetiva


ab
of

levantar informações pertinentes do candidato à vaga.


ai
-c

Pode focar tanto informações quanto o histórico do


2

candidato quanto traços de personalidade e


-2
41

competências (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes).


.8

De Desligamento Identifica os benefícios do tratamento por ocasião da


81
.6

alta do paciente, examina junto com ele os planos da


39

pós-alta ou a necessidade de trabalhar algum problema


-0
s

ainda pendente. Na esfera organizacional, pode servir


tin

para levantar informações sobre o motivo do


ar
M

desligamento.
a
uz

De Pesquisa Investiga temas em áreas das mais diversas ciências,


So

somente se realiza a partir da assinatura do entrevistado


de

ou paciente, do documento: Termo de Consentimento


o
bi

Livre e Esclarecido (Resolução CNS n˚ 196/96), no qual


estará explícita a garantia ao sigilo das suas informações


o
ai
C

e identificação, e liberdade de continuar ou não no


processo.

Entrevista Diagnóstica e de Psicodiagnóstico

| 140
É parte, na maioria das vezes, de um processo amplo de avaliação que
inclui testagem psicológica. Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do
paciente, bem como as indicações terapêuticas adequadas. Podem ser sindrômicas
ou dinâmicas. O primeiro visa à descrição de sinais (como, por exemplo: baixa
autoestima, sentimentos de culpa) e sintomas (humor deprimido, ideação suicida)

12
para a classificação de um quadro ou síndrome (Transtorno Depressivo Maior). O

5:
diagnóstico psicodinâmico visa à descrição e à compreensão da experiência ou do

:1
15
modo particular de funcionamento do sujeito, tendo em vista uma abordagem

0
02
teórica.

/2
Sobre a entrevista psicológica nesse contexto, é válido ressaltar:

12
6/
Entrevistas diagnósticas e outros procedimentos clínicos de avaliação

-1
psicológica

om
O psicodiagnóstico, realizado segundo os modelos anteriormente

.c
ok
descritos, apesar de continuar sendo uma importante estratégia de avaliação

tlo
psicológica, fundamental na formação e atuação profissional dos psicólogos, tem
ou
s@
sido, nos últimos anos, objeto de muitas críticas, especialmente pelo uso, muitas
tin

vezes desnecessário, de uma extensa bateria de testes psicológicos, pelo longo


ar

tempo gasto no processo e, também, pelo uso indevido de laudos, freqüentemente


m
io

mal elaborados (ROSA, 1995). Tais críticas não anulam a importância e a indicação
ab
of

do psicodiagnóstico, principalmente em situações específicas que exigem um


ai

estudo mais aprofundado para um diagnóstico diferencial. Mas, freqüentemente, se


-c
2

o profissional possui experiência clínica e um bom domínio teórico e técnico, é


-2
41

possível utilizar procedimentos de avaliação mais simplificados, que exploram com


.8

criatividade e profundidade os recursos da entrevista clínica diagnóstica.


81
.6

Atualmente, no nosso meio psicológico acadêmico e profissional, alguns


39

profissionais de formação psicanalista rejeitam radicalmente o uso de qualquer


-0

teste ou técnica de investigação da personalidade. No trabalho diagnóstico,


s
tin

utilizam apenas a entrevista psicanalítica nos moldes realizados por Freud (1969a),
ar
M

Lacan (apud QUINET, 1991) e Mannoni (2004), conforme destaca Priszkulnik (1998).
a
uz

Mas a prática mais comum, principalmente com crianças, introduz na


So

entrevista diagnóstica técnicas menos estruturadas, como o “jogo do rabisco” de


de

Winnicott (2005a); ou o brincar de forma livre e espontânea, como propõe


o
bi

Aberastury (1992), na “hora do jogo”; ou ainda o desenhar e contar estórias,


conforme Trinca (1997) no Procedimento de “Desenhos-Estórias”.


o
ai

Tradicionalmente usadas dentro do processo do psicodiagnóstico, essas


C

técnicas são, hoje, freqüentemente empregadas de forma mais flexível. Como


aponta Trinca (1997), a flexibilização do uso de técnicas auxiliares, na entrevista
clínica, consolida uma nova maneira de realizar o diagnóstico psicológico como um
procedimento predominantemente clínico.
Fonte: Araujo, 2007.

| 141
Etapas das entrevistas na Avaliação Psicológica
Creio que seja interessante tecer alguns comentários sobre o a as etapas
da entrevista psicológica dentro do processo de diagnóstico na avaliação
psicológica. Cunha facilitou nossas vidas e descreveu as etapas do Processo de

12
Avaliação Psicológica ou Psicodiagnóstico

5:
:1
- 1º momento: realização da(s) primeira(s) entrevista(s) para levantamento e

15
esclarecimento dos motivos (manifesto e latente) da consulta, as ansiedades,

0
02
defesas, fantasias e a construção da história do indivíduo e da família em questão.

/2
12
Nesta etapa ocorre a definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame.

6/
(demanda, hipóteses)

-1
- 2º momento: reflexão sobre material coletado na etapa anterior e sobre as

om
.c
hipóteses iniciais a fim de planejar e selecionar os instrumentos a serem utilizados

ok
na avaliação. Em alguns casos se mostram de suma importância as entrevistas,

tlo
ou
incluindo os membros mais implicados na patologia do paciente e/ou grupo
s@
familiar. (seleção de escopo e de testes)
tin

- 3º momento: realização da estratégia diagnóstica planejada. Na avaliação, de um


ar
m

modo geral, não é obrigatório (apesar de bastante indicado) o uso de testes


io
ab

psicológicos. Nessa fase ocorre o levantamento quantitativo e qualitativo dos


of

dados. É relevante salientar que não deve haver um modelo rígido de


ai
-c

psicodiagnóstico ou de avaliação psicológica, uma vez que cada caso é único,


2
-2

demonstrando necessidades únicas, sendo estas sanadas com instrumentos


41

próprios para elas. (aplicação de testes e/ou técnicas)


.8
81

- 4º momento: estudo do material coletado. Nesta etapa faz-se a integração dos


.6

dados e informações, buscando recorrências e convergências dentro do material,


39
-0

encontrar o significado de pontos obscuros, correlacionar os instrumentos entre si


s

e com as histórias obtidas no primeiro momento, formulando inferências por estas


tin
ar

relações tendo como ponto de partida as hipóteses iniciais e os objetivos da


M

avaliação.
a
uz

- 5º momento: entrevista de devolução. Nela ocorre a comunicação dos resultados


So

obtidos, as orientações a respeito do caso e o encerramento do processo. Ela pode


de

ocorrer somente uma vez, ou diversas vezes, uma vez que, geralmente, faz-se uma
o
bi

devolutiva de forma separada para o paciente (em primeiro lugar) e outra para os
o

pais e o restante da família. Quando o paciente é um grupo familiar, a devolutiva e


ai
C

as conclusões são transmitidas a todos.


Simplificadamente, quanto a sequência das entrevistas de avaliação
diagnóstica, temos:
a) Entrevista Inicial: É a primeira entrevista de um processo de psicodiagnóstico.
Semidirigida, durante a qual o sujeito fica livre para expor seus problemas.
b) Entrevistas Subseqüentes: busca a obtenção de mais dados com riqueza de
detalhes

| 142
c) Entrevista de Devolução ou Devolutiva: No término do psicodiagnóstico, o
técnico tem algo a dizer ao entrevistado em relação ao que fundamenta a
indicação. Deve-se evitar o uso de jargão técnico (expressões própria da ciência
circulante entre os profissionais da área, em outras palavras “gíria profissional”),
e iniciar por sintoma ligado diretamente à queixa principal; A entrevista de

12
devolução deve encerrar com a indicação terapêutica.

5:
:1
15
0
02
Rapport, transferência e contratransferência

/2
12
6/
Falta-nos entender os papéis desempenhados no processo de entrevista

-1
psicológica. Os papéis, em conjunto com variáveis relacionais, dão o tom da

om
entrevista. Chamo de variáveis relacionais o rapport, as técnicas utilizadas, a

.c
ok
habilidade do entrevistador e entrevistado para elaborarem a comunicação, a

tlo
ou
transferência e a contratransferência. s@
O rapport é o entrelaçamento de papéis desempenhados
tin

(entrevistador/entrevistado, avaliador/avaliado) onde os dois se harmonizam para


ar
m

uma tarefa comum. Ele deve ocorrer tanto na psicoterapia quanto na entrevista
io
ab

psicológica e na avaliação psicológica. Esse conceito reflete a confiança e a


of

motivação que o sujeito passivo da relação deposita no processo. É sinônimo de


ai
-c

confiança no processo e em quem conduz o processo.


2

A transferência e a contratransferência são fenômenos que estão presentes


-2
41

em toda relação interpessoal. A transferência advém do entrevistado, que atribui


.8
81

papéis ao entrevistador e se comporta em função desses papéis por ele atribuídos.


.6

Um conceito fundamental dentro da transferência é o de repetição. Para Freud, a


39
-0

transferência é apenas um fragmento da repetição e que a repetição é uma


s

transferência do passado esquecido para todos os aspectos da situação atual.


tin
ar

Assim, é um processo de reatribuição de conteúdos latentes e inconscientes. Os


M

desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos, num certo tipo de


a
uz

relação estabelecida, eminentemente, no quadro da relação analítica. Destaco que


So

a transferência é caracterizada, ainda, pela repetição de protótipos infantis vividos


de

com um sentimento de atualidade acentuada.


o
bi

O processo de transferência é unânime em quase todas as perspectivas



o

teóricas que trabalham com a entrevista, porém é da psicanálise que vem as


ai
C

maiores contribuições. Nela, a transferência é reconhecida como o terreno em que


se dá a problemática de um tratamento, pois é a sua instalação, as suas
modalidades, a sua interpretação e a sua resolução que as caracteriza. Destaco que
desde o início, a transferência é a arma mais forte da resistência.
É importante distinguirmos duas classificações dessa transferência.
Freud tem o intuito de demonstrar o quanto as forças da natureza estão
presentes através da transferência e que também o analista deve estar atento para
saber exatamente com o que está lidando, utilizando a transferência erótica para

| 143
uma maior compreensão do paciente. Nesse mesmo trabalho, o autor classificou a
transferência em positiva e negativa. A transferência positiva se refere, então, a
todas as pulsões e derivados relativos à libido, especialmente os sentimentos de
afeto e carinho, incluindo os desejos eróticos, desde que tenham sido sublimados
sob a forma de amor não-sexual e não persistam como um vínculo erotizado. Por

12
outro lado, a transferência negativa se refere à existência de pulsões agressivas com

5:
seus inúmeros derivados, como inveja, ciúmes, voracidade, destrutividade e

:1
15
sentimentos eróticos intensos.

0
02
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rprs/v27n2/v27n2a09.pdf

/2
12
6/
A contratransferência, por sua vez, advém do entrevistador e se

-1
caracteriza por reações que se originam do campo psicológico em que se estrutura

om
a entrevista. É um grande feedback do processo conduzido e, pela perspectiva

.c
ok
psicanalítica, as emoções vividas pelo analista são consideradas reativas às do

tlo
paciente, vinculando-se, portanto, ao passado deste último, e não dizendo respeito
ou
s@
diretamente à pessoa do analista.
tin

Para Bleger, as variáveis do entrevistador devem ser controladas


ar

(constantes) para que ocorra uma melhor observação. Assim, em situações de


m
io

contratransferência, o entrevistador deve procurar entender seu desconforto no


ab
of

contexto da entrevista, da pessoa do entrevistado e de sua própria pessoa.


ai

Ainda segundo Bleger:


-c
2

Numa entrevista podem ocorrer a transferência e a contratransferência, a


-2
41

primeira por parte do paciente e a última por parte do entrevistador. Na


.8

transferência o paciente se comporta como se estivesse em uma situação repetida


81
.6

interagindo com alguém conhecido (alguma figura importante do passado) e na


39

contratransferência ocorre o mesmo, só que seguindo do entrevistador para o


-0
s

paciente e como forma de reação à transferência.


tin
ar

Para esse autor, a transferência e a contratransferência ocorrem em todas


M

as relações, mas, no caso da entrevista, a contratransferência deve,


a
uz

necessariamente, ser vigiada para que o entrevistador não ultrapasse uma


So

intensidade que possa prejudicar o aproveitamento da entrevista.


de

Atenção: o entrevistador deve evitar os efeitos da contratransferência.


o
bi

Entendido esses conceitos fica claro que o psicólogo possui o papel de


investigador, de coordenador do processo de auto exposição do


o
ai
C

paciente/candidato. O psicólogo é, então, o profissional permeado pelos seus


conhecimentos teóricos e práticos (e permeado pelo ethos da profissão) que irá
conduzir o entrevistado a outro patamar de conhecimento. Em suma, é o papel do
entrevistador é o de facilitar o desvelamento e a expressão da construção da
realidade do entrevistado. Via de regra, então, o entrevistado possui um papel
passivo na condução da entrevista, mas ativo na construção da forma como vai
responder às conduções dadas pelo entrevistador.

| 144
Técnicas de Entrevista
Tudo claro até aqui? Vamos estudar, então, as técnicas de entrevista:
Sua orientação filosófica geralmente determina quais delas eles utilizarão

12
mais e o grau de ênfase atribuído a determinada técnica, mas em verdade, tais

5:
:1
técnicas todas são a base do processo de entrevista.

15
Essas técnicas incluem o questionamento direto, a reflexão, a reexposição

0
02
(paráfrase: colocar em palavras que possibilitem uma melhor compreensão), o

/2
12
esclarecimento, a confrontação, a auto-revelação, o silêncio, a explicação, a

6/
“reframing” (restruturação cognitiva), a interpretação e o humor.

-1
om
Questionamento: Esta é a técnica mais freqüentemente empregada pelos

.c
entrevistadores clínicos. O questionamento pode ser tanto direto como em

ok
aberto.

tlo
ou
Reflexão: Essa técnica requer que o entrevistador tenha habilidade de
s@
reproduzir o material cognitivo ou emocional do paciente, de modo a mostrar-
tin

lhe que seus sentimentos ou declarações foram compreendidas. O emprego


ar
m

excessivo da reflexão em uma entrevista é contraproducente, porque muitas


io
ab

áreas importantes são deixadas de lado.


of

Reexposição (Paráfrase): A reexposição simplesmente coloca em outras


ai
-c

palavras, de maneira mais clara e articulada, o que o paciente diz. A


2
-2

reexposição é em geral empregada para facilitar a compreensão e para


41

esclarecer, enquanto a reflexão e utilizada como uma intervenção


.8
81

terapêutica.
.6
39

Clarificação: A clarificação geralmente se faz pela utilização de alguma das


-0

outras técnicas (questionamento, paráfrase ou reexposição), mas o seu


s

propósito é auxiliar o paciente a compreender o que é dito na entrevista.


tin
ar

Confrontação: A confrontação é a técnica através da qual o terapeuta aponta


M

discrepâncias entre o que é observado e o que é falado. Às vezes ela é


a
uz

empregada quando o paciente diz alguma coisa diferente daquilo que o


So

terapeuta está percebendo dele. A confrontação é freqüentemente utilizada


de
o

com drogados e outros pacientes com transtornos de caráter, a fim de


bi

desfazer suas negações e defesas rígidas. Ela em geral produz o efeito de


o

aumentar a ansiedade e desencadear a negação e a evitação que ela buscava


ai
C

atingir.
A confrontação pode ser construtiva ou destrutiva, quando mal utilizada ela
pode ser maléfica; deve ser utilizada por terapeutas experientes.
Auto-revelação: Através desta técnica, o terapeuta transmite ao paciente
suas experiências pessoais ou sentimentos. A auto-revelação por parte do
terapeuta facilita a auto-revelação do paciente. Porém, esta técnica deve ser
empregada com moderação porque pode provocar uma falsa expectativa no

| 145
paciente. O terapeuta precisa ser criterioso ao determinar quais informações
devem ser reveladas, bem como seu possível efeito no paciente.
Silêncio: O silêncio pode ser uma técnica de entrevista e um artifício
terapêutico que proporciona ao paciente uma oportunidade de processar e
compreender o que foi dito, encaminhando a entrevista, assim, em direção

12
positiva. O paciente deve compreender o motivo do silêncio porque

5:
geralmente visa facilitar a introspecção ou permite ao paciente reassimilar

:1
15
suas emoções depois de liberá-las.

0
02
Exploração: Através desta técnica é possível a investigação de áreas da vida

/2
do paciente que requerem um exame mais profundo. Também pode ser

12
6/
empregada para determinar o grau de insight do paciente, e o quanto ele

-1
precisa ser pressionado para que possa experienciar um dado sentimento. Os

om
terapeutas não devem ter medo de explorar certas áreas, mesmo que elas

.c
ok
possam ser encaradas como delicadas.

tlo
Reframing (Reestruturação cognitiva): Esta técnica faz com que o paciente
ou
s@
e o terapeuta reafirmem suas crenças, atitudes ou sentimentos de maneira
tin

mais realista, proporcionando uma perspectiva nova de uma situação e


ar

servindo para desfazer afirmações negativas. Esta técnica pode levar a


m
io

mudanças no comportamento e embora seja eficaz, ele não dispensa a prática


ab

e o desenvolvimento das habilidades do terapeuta, de modo que pode


of
ai

alcançar sua eficácia total.


-c

Interpretação: Através desta técnica, o terapeuta oferece informações de um


2
-2
41

modo que permite ao paciente explorar seu comportamento e compreender


.8

sua motivação. Esta técnica é a mais difícil de ser alcançada, porque implica
81
.6

no domínio amplo da teoria da personalidade e motivação, acompanhada de


39

experiências supervisionada.
-0

A maioria dos terapeutas, usa a interpretação de uma forma ou outra. Alguns


s
tin

confiam nela muito mais do que nas demais e os pacientes podem


ar
M

simplesmente aceitar as afirmações do terapeuta, acreditando em sua


a
uz

experiência, sabedoria e autoridade. Por esta razão, devemos ser criteriosos e


So

cuidadosos ao fornecer interpretações.


de

Humor: A compreensão do papel do humor na avaliação clínica é recente.


o
bi

Porém, o humor pode reduzir a ansiedade, facilitar o movimento terapêutico


e enriquecer a entrevista. Uma confiança excessiva nesta abordagem dará ao


o
ai

paciente a impressão de que o terapeuta não está levando a sério a entrevista.


C

Portanto, o humor deve ser empregado moderadamente com o propósito


básico de beneficiar o paciente.
Fonte: Silva, sd.
Devo salientar, que existe, ainda, a técnica de deflexão. Essa técnica,
comumente utilizada nas entrevistas de seleção de pessoal, consiste na mudança
de uma linha de pensamento/atuação para seguir outra. É o desvio do caminho

| 146
normal, não busca medir reação do candidato, mas tornar objetivo a condução da
entrevista.

Conteúdo EXTRA para a banca CESPE/CEBRASPE

12
5:
:1
15
Pesquisa: caracterização dos delineamentos da pesquisa

0
02
/2
quantitativa e qualitativa aplicados à saúde.

12
6/
-1
Se por um lado temos as pesquisas quantitativas focadas em números, por

om
outro temos as pesquisas qualitativas orientadas para a apreensão dos fenômenos.

.c
ok
As abordagens quantitativistas de pesquisa enfatizam o significado dos fenômenos

tlo
estudados. Mas, quais são as principais formas de avaliação quantitativa? E
ou
s@
qualitativa? Quando aplicar uma ou outra? Para abordarmos esse assunto com
tin

mais qualidade (em breve quantidade), é interessante recorrermos a dois pequenos


ar

trechos de texto que são verdadeiras obras de arte:


m
io

Diferenciações entre a Pesquisa Qualitativa e a Pesquisa Quantitativa


ab
of

Ao revisar a literatura sobre a pesquisa qualitativa, o que chama atenção


ai
-c

imediata é o fato de que, freqüentemente, a pesquisa qualitativa não está sendo


2

definida por si só, mas em contraponto a pesquisa quantitativa. Apresentaremos


-2
41

alguns destes contrastes e comparações. Para organizar as diferenças e


.8

similaridades entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa, consideramos:


81
.6

a) características da pesquisa qualitativa; b) postura do pesquisador; c) estratégias


39

de coleta de dados; d) estudo de caso; e) papel do sujeito e f) aplicabilidade e uso


-0
s

dos resultados da pesquisa.


tin

Características da pesquisa qualitativa


ar
M

A clássica afirmação de Dilthey "explicamos a natureza, compreendemos a vida


a
uz

mental" (citado por Hofstätter, 1957, p. 315) pode ser vista como o ponto de partida
So

para as diferenças entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa. A primazia


de

do "compreender a vida mental" reaparece em todas as discussões sobre a


o
bi

natureza da pesquisa qualitativa. Qual, então, a natureza da pesquisa qualitativa?


Quais alguns dos pressupostos desta abordagem?


o
ai
C

Flick, von Kardorff e Steinke (2000), apresentam quatro bases teóricas: a) a


realidade social é vista como construção e atribuição social de significados; b) a
ênfase no caráter processual e na reflexão; c) as condições "objetivas"5 de vida
tornam-se relevantes por meio de significados subjetivos; d) o caráter comunicativo
da realidade social permite que o refazer do processo de construção das realidades
sociais torne-se ponto de partida da pesquisa. Subseqüentemente, estes autores
"traduzem" estas bases teóricas em 12 características da pesquisa qualitativa.
Mayring (2002), por outro lado, apresenta 13 alicerces da pesquisa qualitativa.

| 147
Agregando estes dois conjuntos, chegamos a cinco grupos de atributos da pesquisa
qualitativa: a) características gerais; b) coleta de dados; c) objeto de estudo; d)
interpretação dos resultados; e) generalização.
Características gerais
Seguindo o pensamento de Dilthey citado acima, Flick e cols. (2000) apontam a

12
primazia da compreensão como princípio do conhecimento, que prefere estudar

5:
relações complexas ao invés de explicá-las por meio do isolamento de variáveis.

:1
15
Uma segunda característica geral é a construção da realidade. A pesquisa é

0
02
percebida como um ato subjetivo de construção. Os autores afirmam que

/2
a descoberta e a construção de teorias são objetos de estudo desta abordagem. Um

12
6/
quarto aspecto geral da pesquisa qualitativa, conforme estes autores, é que apesar

-1
da crescente importância de material visual, a pesquisa qualitativa é uma ciência

om
baseada em textos, ou seja, a coleta de dados produz textos que nas diferentes

.c
ok
técnicas analíticas são interpretados hermeneuticamente.

tlo
Cabe alertar ao leitor que a primeira destas quatro características pode ser
ou
s@
considerada um contraponto artificial. Dificilmente um pesquisador adjetivado
tin

como quantitativo exclui o interesse em compreender as relações complexas. O que


ar

tal pesquisador defende é que a maneira de chegar a tal compreensão é por meio
m
io

de explicações ou compreensões das relações entre variáveis. Segundo, sem


ab

dúvida, pode-se conceber as múltiplas atividades que compõem o processo de


of
ai

pesquisa como um ato social de construção de conhecimento. A questão não


-c

respondida, porém é, "qual a correspondência entre o conhecimento socialmente


2
-2
41

construído e a realidade alheia?" – supondo, obviamente, que ela exista


.8

independentemente do pesquisador. A descoberta e a construção de teorias


81
.6

simplesmente constituem o cerne de qualquer ciência. Uma preferência por


39

material textual é uma legitima opção de procedimento, desde que não se


-0

contraponha aos princípios elencados no próximo parágrafo.


s
tin

Coleta de dados
ar
M

Tanto Mayring (2002) quanto Flick e cols. (2000) consideram o estudo de caso como
a
uz

o ponto de partida ou elemento essencial da pesquisa qualitativa. Em ambas as


So

publicações ressaltam-se o princípio da abertura. Tal postura vai além da


de

formulação de perguntas abertas. Nas palavras de Mayring (p. 28), "nem


o
bi

estruturações teóricas e hipóteses, nem procedimentos metodológicos devem impedir


a visão de aspectos essenciais do objeto [de pesquisa]". Ao mesmo tempo, enfatiza,


o
ai

que "apesar da abertura exigida, os métodos são sujeitos a um controle contínuo (...)
C

Os passos da pesquisa precisam ser explicitados, ser documentados e seguir regras


fundamentadas" (p. 29). O princípio da abertura se traduz para Flick e cols. (2000)
no fato da pesquisa qualitativa ser caracterizada por um espectro de métodos e
técnicas, adaptados ao caso específico, ao invés de um método padronizado único.
Ressaltam, assim, que o método deve se adequar ao objeto de estudo.
Pode-se argumentar que não somente o controle metodológico, mas também as
demais características mencionadas acima, aplicam-se a qualquer tipo de pesquisa.

| 148
A questão subjacente que se coloca é a seguinte: a partir de que momento do
processo de pesquisa vai-se de um caso específico, deixando-se portas abertas para
agregar dados não esperados, não se restringindo a um único método padronizado?
Ao conceber o processo de pesquisa como um mosaico que descreve um fenômeno
complexo a ser compreendido é fácil entender que as peças individuais

12
representem um espectro de métodos e técnicas, que precisam estar abertas a

5:
novas idéias, perguntas e dados. Ao mesmo tempo, a diversidade nas peças deste

:1
15
mosaico inclui perguntas fechadas e abertas, implica em passos predeterminados

0
02
e abertos, utiliza procedimentos qualitativos e quantitativos.

/2
Objeto de estudo

12
6/
Para Mayring (2002) a ênfase na totalidade do indivíduo como objeto de estudo é

-1
essencial para a pesquisa qualitativa, i.é, o princípio da Gestalt. Além do mais, a

om
concepção do objeto de estudo qualitativo sempre é visto na sua historicidade, no

.c
ok
que diz respeito ao processo desenvolvimental do indivíduo e no contexto dentro

tlo
do qual o indivíduo se formou. Tanto Mayring quanto Flick e cols. (2000) sublinham
ou
s@
que o ponto de partida de um estudo seja centrado num problema, pois a
tin

diferenciação entre pesquisa básica e aplicada não é frutífera. Flick e cols.


ar

salientam, ainda, que as perspectivas de todos os participantes da pesquisa são


m
io

relevantes e não apenas a do pesquisador.


ab

A questão do objeto de estudo na pesquisa qualitativa nos leva de volta às


of
ai

controvérsias entre a posição da Gestalt e dos experimentalistas. A afirmação "o


-c

todo é maior do que a soma das suas partes" não significa que não possa ser
2
-2
41

conveniente, concentrar-se "apenas" numa parte do processo da pesquisa.


.8

Interpretação dos resultados


81
.6

Tanto Mayring (2002) quanto Flick e cols. (2000) apontam acontecimentos e


39

conhecimentos cotidianos como elementos da interpretação de dados. Os


-0

acontecimentos no âmbito do processo de pesquisa não são desvinculados da vida


s
tin

fora do mesmo. Isto leva, ainda, a contextualidade como fio condutor de qualquer
ar
M

análise em contraste com uma abstração nos resultados para que sejam facilmente
a
uz

generalizáveis. Implica, ainda, num processo de reflexão contínua sobre o seu


So

comportamento enquanto pesquisador e, finalmente, numa interação


de

dinâmica entre este e seu objeto de estudo.


o
bi

Uma distinção mais acentuada entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa


quantitativa diz respeito à interação dinâmica entre o pesquisador e o objeto de


o
ai

estudo. No caso da pesquisa quantitativa, dificilmente se escuta o participante após


C

a coleta de dados. Uma inclusão de acontecimentos e conhecimentos cotidianos na


interpretação de dados depende, no caso da pesquisa quantitativa, da audiência e
do meio de divulgação. Ao mesmo tempo em que um nível maior de abstração pode
impedir a inclusão do cotidiano, qualquer passo na direção de uma aplicação de
resultados necessariamente inclui o dia-a-dia. O mesmo se aplica para a questão do
contexto. A reflexão contínua, obviamente, não é específica da pesquisa qualitativa;
deve acontecer em qualquer pesquisa científica.

| 149
Generalização de resultados
A generalização de resultados da pesquisa qualitativa passa por quatro dimensões.
Mayring (2002) introduz o conceito da generalização argumentativa. À medida que
os achados na pesquisa qualitativa se apóiem em estudo de caso, estes dependem
de uma argumentação explícita apontando quais generalizações seriam factíveis

12
para circunstâncias específicas. No caso da pesquisa quantitativa, uma amostra

5:
representativa asseguraria a possibilidade de uma generalização dos resultados.

:1
15
Relaciona-se a isto a ênfase no processo indutivo, partindo de elementos individuais

0
02
para chegar a hipóteses e generalizações. Entretanto, este processo deve

/2
seguir regras, que não são uniformes, mas específicas a cada circunstância. Desta

12
6/
maneira, é de suma importância que as regras sejam explicitadas para permitir uma

-1
eventual generalização. Finalmente, Mayring não exclui a quantificação, mas

om
enfatiza que a função importante da abordagem qualitativa é a de permitir uma

.c
ok
quantificação com propósito. Desta maneira, poder-se-ia chegar a generalizações

tlo
mais consubstanciadas.
ou
Postura pessoal do pesquisador
s@
tin

Uma primeira distinção entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa


ar

refere-se ao fato de que na pesquisa qualitativa há aceitação explícita da influência


m
io

de crenças e valores sobre a teoria, sobre a escolha de tópicos de pesquisa, sobre o


ab

método e sobre a interpretação de resultados. Já na pesquisa quantitativa, crenças


of
ai

e valores pessoais não são consideradas fontes de influência no processo


-c

científicas. Será mesmo? Considerando que um tema importante da psicologia


2
-2
41

social é o estudo de atitudes, crenças e valores, a questão não é se valores


.8

influenciam comportamentos e estados subjetivos, inclusive os valores do cientista.


81
.6

O que se coloca é como lidar com esta influência no contexto da pesquisa – seja ela
39

qualitativa ou quantitativa.
-0

Além da influência de valores no processo de pesquisa, há de se constatar um


s
tin

envolvimento emocional do pesquisador com o seu tema de investigação. A


ar
M

aceitação de tal envolvimento caracterizaria a pesquisa qualitativa. Já a intenção


a
uz

de controlá-lo, ou sua negação, caracterizariam a pesquisa quantitativa. Da mesma


So

maneira que os valores fazem parte da vida humana, o estudo das emoções é
de

assunto importante da psicologia clínica e da personalidade, razão pela qual, mais


o
bi

uma vez, volta-se à questão mais relevante: como lidar com esta influência no

contexto da pesquisa?
o
ai

Estratégias de coleta de dados


C

Uma resposta ao problema de como lidar com os valores e o envolvimento


emocional do pesquisador com o seu objeto é por meio do controle das variáveis do
estudo. O contraponto feito entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa é
o de estudar um determinado fenômeno no seu contexto natural versus estudá-lo
no laboratório. A primeira estratégia – da pesquisa qualitativa – implica em relativa
falta de controle de variáveis estranhas ou, ainda, a constatação de que não existem
variáveis interferentes e irrelevantes. Todas as variáveis do contexto são

| 150
consideradas como importantes. Na segunda estratégia – da pesquisa quantitativa
– tenta-se obter um controle máximo sobre o contexto, inclusive produzindo
ambientes artificiais com o objetivo de reduzir ou eliminar a interferência de
variáveis interferentes e irrelevantes. Entre as variáveis irrelevantes e
potencialmente interferentes, incluem-se tanto atributos do pesquisador, por

12
exemplo, seus valores, quanto variáveis contextuais ou atributos do objeto de

5:
estudo que "não interessam" naquele momento da pesquisa.

:1
15
Antes de tudo, consideramos essa classificação de variáveis em relevantes e

0
02
interferentes uma questão estratégica no processo de pesquisa. Em princípio,

/2
qualquer variável pode explicar uma parte, mesmo que infinitésima, da

12
6/
variabilidade do fenômeno sob estudo. Entretanto, existem variáveis que por razões

-1
teóricos e/ou de experiência prévia são mais promissoras do que outras. Além do

om
mais, por razões práticas, há de se limitar as variáveis estudadas num mesmo

.c
ok
tempo a um número manejável, seja em termos de recursos – de tempo e dinheiro

tlo
– por parte do pesquisador, seja da disponibilidade dos participantes da pesquisa.
ou
s@
Desta maneira, limitar o número de variáveis estudadas numa determinada
tin

pesquisa não implica que as demais variáveis sejam necessariamente consideradas


ar

improcedentes – uma boa pesquisa sempre está aberta ao surgimento de novas


m
io

variáveis e a explicações alternativas do cenário considerado no início da


ab

investigação. O fato de se levar em conta mais explicitamente os valores e os demais


of
ai

atributos do pesquisador requer, por parte da pesquisa qualitativa, maior


-c

detalhamento dos pressupostos teóricos subjacentes, bem como do contexto da


2
-2
41

pesquisa. Por outro lado, a estandardização dos procedimentos na pesquisa


.8

quantitativa pode indicar avanço no estabelecimento de um maior grau de


81
.6

intersubjetividade entre pesquisadores que usam um determinado procedimento.


39

Estudo de caso
-0

O chamado paradoxo da psicologia coloca em confronto o estudo aprofundado de


s
tin

um evento individual, objeto de interesse da Psicologia por excelência com a


ar
M

necessidade do estabelecimento de parâmetros para os atributos destes eventos.


a
uz

Por exemplo, médias constituem parâmetros para descrever eventos individuais,


So

mas, tais parâmetros são obtidos somente em estudos que ignoram a


de

individualidade dos eventos. Assim, ao descrever a individualidade de uma pessoa


o
bi

como agradável, está implícita a resposta à pergunta "em termos de que


referencial?" Este referencial pode ser qualitativo: "mais agradável do que fulano"
o
ai

ou pode ser quantitativo: "sete pontos numa escala de 0 a 10". Seja como for, tais
C

parâmetros referenciais somente são obtidos por meio de investigações mais


complexas do que de estudos de caso. Observa-se, assim, que abordagens
qualitativas, que tendem a serem associadas a estudos de caso, dependem de
estudos quantitativos, que visem gerar resultados generalizáveis, i.é, parâmetros.
Desta maneira dilui-se a controvérsia entre o estudo de caso, i.é, uma investigação
aprofundada de uma instância de algum fenômeno, e o estudo envolvendo um
número estatisticamente significativo de instâncias de um mesmo fenômeno, a

| 151
partir do qual seria possível generalizar para outras instâncias. Além do mais, num
estudo de caso é possível utilizar tanto procedimentos qualitativos quanto
quantitativos.
Papel do sujeito
Mencionou-se, acima, a questão do envolvimento emocional e valorativo do

12
pesquisador com a temática do seu estudo. Deve-se indagar, também, sobre o grau

5:
de passividade dos participantes de uma pesquisa. Até que ponto os sujeitos de um

:1
15
estudo são envolvidos na concepção, realização e interpretação de resultados de

0
02
uma pesquisa? A associação feita é de que um participante ativo supõe uma

/2
pesquisa qualitativa, já um participante passivo, é "sujeito" de uma pesquisa

12
6/
quantitativa. Embora a pesquisa-ação seja uma abordagem que permite um papel

-1
mais ativo do participante, há de se ressaltar que no desenvolvimento original da

om
pesquisa-ação por parte de Lewin (1982), qualquer abordagem – observacional,

.c
ok
experimental, survey, qualitativa, quantitativa – poderia ser utilizada, como

tlo
demonstrado por Sommer e Amick (1984/2003). Voltaremos à questão da pesquisa-
ou
ação e pesquisa participante, mais adiante.
s@
tin

Aplicabilidade e uso da pesquisa


ar

Existe uma longa controvérsia sobre o valor relativo da natureza da ciência básica
m
io

versus aplicada. A argumentação compreende desde "pesquisa sem aplicação é um


ab

desperdício" até "gerar conhecimento é um fim em si, qualquer utilidade é


of
ai

secundária" (Günther, 1986). Por alguma razão pouco clara, a posição da primazia
-c

da pesquisa aplicada é associada à pesquisa qualitativa e da pesquisa básica à


2
-2
41

pesquisa quantitativa. Esta associação pode estar relacionada ao processo de


.8

"tradução" da questão inicialmente qualitativa em estratégias de coleta de dados


81
.6

quantitativos e à (re)tradução dos resultados quantitativos para uma resposta


39

qualitativa.
-0

Subjacente à discussão em torno da pesquisa básica versus pesquisa aplicada está


s
tin

a questão da finalidade do conhecimento. Uma postura ativista, conforme a qual a


ar
M

finalidade da ciência seria a de ajudar as pessoas (participantes da pesquisa) a obter


a
uz

autodeterminação seria mais característica da pesquisa qualitativa. Por outro lado,


So

a ciência que "somente" contribui para com o avanço do conhecimento aplicável a


de

todas as pessoas – podendo ou não manter o status quo – seria postulado pela
o
bi

pesquisa quantitativa. Não surpreende que essa associação seja mais contestada

pelos cientistas naturais, vide, por exemplo, a palestra do físico Res Jost (1970/1995)
o
ai

sobre o conto de fada da torre de marfim.


C

Sem dúvida, o próprio fato de existirem estas associações indica que pesquisas, de
qualquer natureza, não são atividades desvinculadas das características do
pesquisador, nem do contexto sociocultural dentro do qual são realizadas. Por
outro lado, temos sérias dúvidas quanto à procedência das respectivas associações
com a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa. A postura do pesquisador
diante do seu objeto de estudo pode levar a estratégias de pesquisa diferentes, mas
não significa que um, ou outro, atribua maior valor ao contexto sociocultural da

| 152
pesquisa. O ato de se abordar indivíduos para que participem em pesquisa
demonstra o reconhecimento da sua expertise. Da mesma maneira que é difícil
defender a participação de todos os participantes de uma pesquisa em todas as
fases da mesma (por exemplo, crianças de cinco anos sendo observadas
num playground), o pesquisador deve solicitar e utilizar os comentários dos seus

12
sujeitos sobre a sua pesquisa. O fato de considerar a distinção entre pesquisa

5:
aplicada versus básica pouca vantajosa no contexto do avanço do conhecimento,

:1
15
torna uma eventual associação destas duas vertentes a pesquisa qualitativa e a

0
02
pesquisa quantitativa, respectivamente, ainda menos relevante. Em resumo, os

/2
pontos listados acima constituem (devem constituir) preocupações de qualquer

12
6/
pesquisador.

-1
om
Pesquisa Qualitativa: Delineamento, Coleta, Transcrição e Análise de Dados

.c
ok
No início deste artigo, apontamos três aproximações básicas para compreender o

tlo
comportamento e os estados subjetivos na psicologia: a) observar o
ou
s@
comportamento que ocorre naturalmente no âmbito real; b) criar situações
tin

artificiais e observar o comportamento diante de tarefas definidas para essas


ar

situações; e c) perguntar às pessoas sobre o seu comportamento e seus estados


m
io

subjetivos. Diante da exposição sobre os pressupostos da pesquisa qualitativa fica


ab

a pergunta, onde e como técnicas qualitativas específicas se enquadram nesta


of
ai

divisão tripartite? Conforme já afirmado, são características da pesquisa qualitativa


-c

sua grande flexibilidade e adaptabilidade. Ao invés de utilizar instrumentos e


2
-2
41

procedimentos padronizados, a pesquisa qualitativa considera cada problema


.8

objeto de uma pesquisa específica para a qual são necessários instrumentos e


81
.6

procedimentos específicos. Tal postura requer, portanto, maior cuidado na


39

descrição de todos os passos da pesquisa: a) delineamento, b) coleta de dados, c)


-0

transcrição e d) preparação dos mesmos para sua análise específica. Inspirado em


s
tin

Mayring (2002), que organizou seu livro introdutório desta maneira, trataremos de
ar
M

cada um destes quatro passos para o contexto da pesquisa qualitativa de maneira


a
uz

separada. Julgamos esta separação útil, uma vez que existem muitas combinações
So

entre os diferentes delineamentos, maneiras de coletar, transcrever e analisar os


de

dados. Freqüentemente, manuais da pesquisa qualitativa apresentam coleta e


o
bi

análise de dados interligados (por exemplo, Camic, Rhodes & Yardley, 2003; Denzin

& Lincoln, 1994). Mesmo que se considere tal junção interessante, já que mostra a
o
ai

integração entre coleta e análise, tal procedimento tende a ocultar as demais


C

possibilidades de combinar elementos destas técnicas de pesquisa.


Delineamentos da pesquisa qualitativa
Mayring (2002) apresenta seis delineamentos da pesquisa qualitativa: estudo de
caso, análise de documentos, pesquisa-ação, pesquisa de campo, experimento
qualitativo e avaliação qualitativa. Para qualquer pesquisador acostumado a
trabalhar quantitativamente fica evidente que nenhum destes delineamentos é
necessariamente qualitativo.

| 153
Estudo de caso
No contexto de um estudo de caso, delimitado como a coleta e análise de dados
sobre um exemplo individual para definir um fenômeno mais amplo (Vogt, 1993)
podem-se coletar e analisar tanto dados quantitativos quanto qualitativos. Além
disto, é concebível observar comportamento no seu contexto natural, criar

12
experimentos que utilizem o sujeito como seu próprio controle (Campbell & Stanley,

5:
1963; Ibrahim, 1979), bem como realizar entrevistas, aplicar questionários ou

:1
15
administrar testes.

0
02
Análise de documento

/2
A análise de documentos é a variante mais antiga para realizar pesquisa,

12
6/
especialmente no que diz respeito à revisão de literatura. Além de procedimentos

-1
tradicionais de leitura e resumo de idéias, é possível extrair e sumarizar resultados

om
por meio de meta-análise (e.g., Rosenthal, 1984). A utilização de documentos como

.c
ok
fonte sistemática de dados foi iniciada por Leopold von Ranke, o pai da história

tlo
científica na primeira parte do século XIX (Grafton, 1997). Desde então,
ou
s@
desenvolveram-se tanto técnicas mais quantitativas quanto qualitativas para lidar
tin

com fontes secundárias e documentais. Dependendo da natureza dos documentos


ar

existem as mais diferentes maneiras de encará-los, desde relatos verbais e


m
io

respostas a perguntas de pesquisadores futuros, até segmentos de texto


ab

selecionados como "sujeitos" entre um corpo lingüístico grande, por meio de


of
ai

procedimentos de amostragem.
-c

Pesquisa-ação
2
-2
41

Não somente no Brasil a pesquisa-ação foi incorporada ao campo da pesquisa


.8

qualitativa (vide Thiollent, 1985). Num texto que propõe dar uma breve introdução
81
.6

à pesquisa-ação, Newman (2000) sequer faz referência a Lewin, embora a


39

perspectiva original da pesquisa-ação tenha sido a de realizar investigações que


-0

contribuam, ao mesmo tempo, para o avanço científico e à transformação social


s
tin

(Lewin, 1982). Conforme apontado por Sommer (1977) e Sommer e Amick


ar
M

(1984/2003), a pesquisa-ação independe da técnica, podendo ser utilizada com


a
uz

experimento, observação ou survey. Observa-se, ainda, uma junção entre a


So

pesquisa-ação e a pesquisa participante (videBrandão, 1985, 1987).


de

Pesquisa de campo
o
bi

Esta abordagem engloba, desde a década de 1930, uma ampla variedade de


delineamentos desde a sua introdução ao contexto acadêmico por Jahoda,


o
ai

Lazarsfeld e Zeisel (1933). Este estudo é especialmente interessante do ponto de


C

vista do método da pesquisa qualitativa, ao mesmo tempo em que se constitui


como exemplo de triangulação, i.é, uma integração de diferentes abordagens e
técnicas – qualitativas e quantitativas – num mesmo estudo. O manual de métodos
em antropologia cultural (Naroll & Cohen, 1970) inclui a secção "processo de
pesquisa de campo" envolvendo desde métodos quantitativos experimentais (e.g.,
Sechrest, 1970) até procedimentos qualitativos clínicos (Edgerton, 1970). Amplitude

| 154
semelhante de técnicas pode ser encontrada na obra de Werner e Schoepfle (1987),
bem como em outros livros sobre pesquisa de campo.
Experimento qualitativo e avaliação qualitativa
O fato de qualificar experimento e avaliação com o adjetivo "qualitativo" reforça a
constatação de que estes procedimentos, além da interpretação tradicional da

12
pesquisa quantitativa, podem incluir uma abordagem qualitativa.

5:
Em suma, nenhum dos seis delineamentos metodológicos comentados acima

:1
15
constitui seara qualitativa ou quantitativa. Num próximo passo, analisaremos

0
02
elementos do processo de pesquisa – coleta, transcrição e análise de dados –

/2
utilizados na pesquisa qualitativa.

12
6/
Coleta de dados na pesquisa qualitativa

-1
Para o contexto da pesquisa qualitativa, as três maneiras de coleta de dados

om
apontadas por Kish (1987) – observação, experimento e survey – podem ser

.c
ok
reagrupadas como coleta de dados visuais e verbais. Independente dos

tlo
delineamentos elencados acima, diferentes técnicas de coleta de dados visuais e
ou
s@
verbais podem ser utilizadas. Diante dos objetivos deste artigo, constatamos um
tin

grande número de procedimentos em diversos livros da área. Flick (1995) diferencia


ar

entre quatro tipos de entrevistas: a) focalizada, b) semi-estandardizada, c) centrada


m
io

num problema e d) centrada no contexto (e.g., com especialistas ou etnógrafos).


ab

Além do mais, aponta três tipos de relatos: a) entrevista narrativa, b) entrevista


of
ai

episódica e c) contos. Descreve, ainda, três tipos de procedimentos grupais: a)


-c

entrevista em grupo, b) discussão em grupo e c) narrativa em grupo. No que diz


2
-2
41

respeito aos procedimentos visuais, Flick menciona a) observação, b) observação


.8

participante, c) etnografia, d) fotografia e e) análise de filmes. Mayring (2002)


81
.6

descreve quatro maneiras de levantar dados no contexto da pesquisa qualitativa:


39

a) dados verbais por meio de entrevista centrada num problema, b) entrevista


-0

narrativa, c) grupo de discussão e d) dados visuais por meio da observação


s
tin

participante.
ar
M

Seguem-se algumas referências em Português e Inglês que tratam de maneiras de


a
uz

coleta de dados com maior detalhe:


So

Dados verbais:
de

- Entrevista de maneira geral: Banister, Burman, Parker,


o
bi

- Taylor e Tindall (1994); Fontana e Frey (1994);


- Entrevista centrada no problema: Schorn (2000);


o
ai

- Entrevista episódica: Flick (2002);


C

- Entrevistas individuais e grupais: Gaskell (2002);


- Entrevista narrativa: Dick (2000), Jovchelovitch e Bauer (2002);
- Entrevista por telefone: Burke e Miller (2001).
Dados visuais:
- Uso de vídeo, filme e fotografias: Loizos (2002), Ratcliff (2003), Neiva-Silva e Koller
(2002);
- Observações: Adler e Adler (1994), Banister e cols. (1994).

| 155
Transcrição de dados na pesquisa qualitativa
Não apenas na pesquisa qualitativa, o passo entre a coleta de dados e a sua análise
parece ser o mais ignorado na literatura. Especialmente na pesquisa qualitativa,
este passo é de suma importância diante da grande variabilidade nas maneiras de
coletar dados e da sua não-estandardização. Mayring (2002) diferencia entre a)

12
meios de representação de dados, b) transcrição de dados propriamente dita e c)

5:
construção de sistemas descritivos.

:1
15
Representação de dados

0
02
Os meios de representação de dados de qualquer pesquisa são intimamente ligados

/2
às técnicas de coleta dos mesmos. Isto é mais evidente no caso de escolher meios

12
6/
visuais: o próprio ato de fotografar ou filmar um determinado evento já inclui a

-1
"transcrição" de uma idéia em uma representação, no caso visual. As imagens já se

om
encontram concatenadas.

.c
ok
Transcrição de dados

tlo
A transcrição de material verbal pode tomar as mais variadas formas. A maneira
ou
s@
mais detalhada é a transcrição literal de uma entrevista gravada com a inclusão de
tin

sinais indicando entonações, sotaques, regionalismo e "erros" de fala. É a


ar

transcrição mais completa, mais informativa e, também, a mais cara em termos de


m
io

tempo e de dinheiro. Existe a transcrição comentada, não necessariamente


ab

mutuamente excludente da anterior, na qual se registra explicitamente hesitações


of
ai

na fala além das expressões faciais e corporais que acompanham as verbalizações


-c

da pessoa. Registros filmados ajudam, consideravelmente, na preparação deste


2
-2
41

tipo de transcrição. Outra forma de transcrição consiste no protocolo resumido, se


.8

bem que este já implique num processamento da informação dentro de algum


81
.6

esquema interpretativo já existente. Os protocolos seletivos, apropriados no caso


39

de muito material, não somente supõem um esquema interpretativo subjacente,


-0

mas necessitam ainda mais do que as outras formas, de transcrição e de regras


s
tin

explícitas para a seleção do material.


ar
M

Construção de sistemas descritivos


a
uz

Se o meio de representação de dados forma o elo com a técnica da coleta de dados,


So

a construção de sistemas descritivos a partir da transcrição faz o elo com a


de

interpretação dos dados. Embora a pesquisa qualitativa seja mais indutiva do que
o
bi

dedutiva, não há como afirmar que a construção de um sistema descritivo seja


totalmente livre de perspectivas, valores e emoções de quem prepara um sistema


o
ai

de categorização de eventos. Diante das considerações acima sobre a postura do


C

pesquisador e as estratégias de coleta de dados, uma descrição detalhada dos


procedimentos da coleta, da transcrição e da análise de dados é essencial.
A grounded theory é um exemplo do quanto à transcrição e a interpretação estão
entrelaçadas (Glaser & Strauss, 1967).
Análise de dados na pesquisa qualitativa
A variedade de técnicas de análise de dados corresponde à variedade de coleta,
embora não exista uma relação direta entre as duas. Mayring (2002) menciona sete

| 156
maneiras de analisar dados qualitativos: a) grounded theory, b) análise
fenomenológica, c) paráfrase social-hermenêutica, d) análise de conteúdo
qualitativa, e) hermenêutica objetiva, f) interpretação psicanalítica de textos e g)
análise tipológica. No livro de Bauer e Gaskell (2000/2002) há oito capítulos
apresentando enfoques analíticos para texto, imagem e som. À medida que os

12
recortes de cunho metodológico-analíticos variam, Camic e cols. (2003) e Denzin e

5:
Lincoln (1994) apresentam vários capítulos sobre análise de dados qualitativos.

:1
15
Soma-se a esta diversidade o uso cada vez mais intenso de recursos computacionais

0
02
na área; no Anexo são apresentadas algumas referências e links para páginas de

/2
programas.

12
6/
-1
Critérios de Qualidade de Pesquisa

om
O que constitui "pesquisa bem feita", confiável, merecedora de ser tornada

.c
ok
pública para contribuir para o manancial de conhecimento sobre um determinado

tlo
assunto? Lienert (1989) diferencia entre critérios principais e critérios secundários.
ou
s@
Entre os primeiros, constam objetividade, fidedignidade e validade. Entre os
tin

segundos, constam utilidade, economia de esforço, normatização e


ar

comparabilidade. Seria difícil, se não impossível, verificar a base científica de uma


m
io

pesquisa por meio de estudos adicionais se a mesma não satisfaz a estes critérios.
ab

Até que ponto estes – ou outros – critérios se aplicam à pesquisa qualitativa?


of
ai

Steinke (2000) aponta três posturas quanto à aplicabilidade de critérios de


-c

qualidade à pesquisa qualitativa. Uma primeira posição rejeita critérios de


2
-2
41

qualidade. O freqüentemente citado argumento de Feyerabend (1976), segundo o


.8

qual "qualquer coisa" vale, parece-nos confortável, entretanto mal compreendido.


81
.6

Diante da multiplicidade de problemas a serem estudados, deve-se adaptar o


39

método à pergunta. Neste sentido, qualquer método que "dê conta do recado" vale.
-0

Tal estratégia, porém, não exime o pesquisador de mostrar até que ponto há uma
s
tin

correspondência entre o método escolhido e a pergunta e, muito menos, da


ar
M

indagação sobre a qualidade dos resultados. Raciocínio semelhante aplica-se ao


a
uz

argumento sócio-construtivista contra uma avaliação da pesquisa qualitativa:


So

conhecimento e avaliação são parte do processo de criação de conhecimento,


de

resultado de construção social e, portanto, dependente do contexto e dos atores,


o
bi

não constituindo uma realidade à parte. Mesmo assim, há de se reconhecer que


parte inerente do processo social da construção de conhecimento é o julgamento


o
ai

dos atores (pesquisadores) em aceitar, ou não, a posição subjetiva do outro.


C

Uma segunda posição argumenta em favor de critérios específicos da


pesquisa qualitativa, questionando a aplicabilidade de critérios de qualidade
utilizados na pesquisa quantitativa. Partindo da natureza sui generis da pesquisa
qualitativa, podem ser utilizados vários critérios específicos (Steinke, 2000):
a validação comunicativaimplica numa checagem com o participante da pesquisa,
no sentido de perguntar se o pesquisador o entendeu corretamente. Na validação
da situação de entrevista verifica-se até que ponto foi possível estabelecer uma

| 157
relação de confiança entre pesquisador e entrevistado. A triangulação implica na
utilização de abordagens múltiplas para evitar distorções em função de um
método, uma teoria ou um pesquisador.
A terceira posição tenta adaptar critérios da pesquisa quantitativa para
determinar a qualidade da pesquisa qualitativa. Miles e Huberman (1994)

12
apresentam uma série de critérios que constituem tais adaptações. Grunenberg

5:
(2001) foi além, ao realizar uma meta-análise de pesquisas qualitativas das áreas da

:1
15
educação e das ciências sociais com o objetivo de verificar a qualidade da pesquisa

0
02
qualitativa. O resultado desta análise foi a criação de uma lista de critérios de

/2
qualidade.

12
6/
Agregando as considerações de Grunenberg (2001), Mayring (2002), Miles e

-1
Huberman (1994), bem como as de Steinke (2000), apresentamos os seguintes

om
critérios – formulados em termos de perguntas – para uma análise de até que ponto

.c
ok
uma pesquisa qualitativa pode ser considerada de boa qualidade.

tlo
- As perguntas da pesquisa são claramente formuladas?
ou
s@
- O delineamento da pesquisa é consistente com o objetivo e as perguntas?
tin

- Os paradigmas e os construtos analíticos foram bem explicitados?


ar

- A posição teórica e as expectativas do pesquisador foram explicitadas?


m
io

- Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos metodológicos?


ab

- Os procedimentos metodológicos são bem documentados?


of
ai

- Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos analíticos?


-c

- Os procedimentos analíticos são bem documentados?


2
-2
41

- Os dados foram coletados em todos os contextos, tempos e pessoas sugeridos pelo


.8

delineamento?
81
.6

- O detalhamento da análise leva em conta resultados não-esperados e contrários


39

ao esperado?
-0

- A discussão dos resultados leva em conta possíveis alternativas de interpretação?


s
tin

- Os resultados são – ou não – congruentes com as expectativas teóricas?


ar
M

- Explicitou-se a teoria que pode ser derivada dos dados e utilizada em outros
a
uz

contextos?
So

- Os resultados são acessíveis, tanto para a comunidade acadêmica quanto para os


de

usuários no campo?
o
bi

- Os resultados estimulam ações – básicas e aplicadas – futuras?


Consistente com os princípios tanto da pesquisa qualitativa quanto da


o
ai

pesquisa quantitativa (i.e., validade), estes critérios podem alcançar algum nível
C

numa gradação qualitativa, mas não valor numérico. Há de se lembrar que, sem
tais critérios, não existe diálogo entre resultados de pesquisa – sejam estes de
natureza qualitativa ou quantitativa. Sem diálogo entre os resultados, não há como
se chegar a uma compreensão – no sentido de Dilthey – da natureza do ser humano.
O capitulo Making good sense: Drawing and verifying conclusions do livro de
Miles e Huberman (1994) apresenta uma análise mais detalhada da qualidade das
pesquisas qualitativas. Igualmente interessante é a discussão na revista on-line

| 158
"Forum: Qualitative Social Research" sobre a questão da qualidade. Esta discussão
foi iniciada por Reichertz em 2000 e seguida, em cada número subseqüente da
revista, de réplicas e tréplicas (em ordem de publicação: Breuer, 2000; Huber, 2001;
Kiener & Schanne, 2001; Breuer & Reichertz, 2002; Lauken, 2002; Fahrenberg, 2003;
Rost, 2003; Breuer, 2003).

12
5:
A Escolha entre a Pesquisa Qualitativa e a Pesquisa Quantitativa

:1
15
Inicialmente, devemos admitir que não concordamos com a dicotomia de

0
02
Dilthey quando afirmou "explicamos a natureza, compreendemos a vida mental".

/2
O ser humano e, portanto, sua vida mental faz parte da natureza; desta maneira,

12
6/
encontra-se em constante interface com a natureza. Conseqüentemente, a ciência

-1
do ser humano e da sua vida mental consiste em um esforço concomitante de

om
explicar e compreender. Mais enfaticamente, explicação e compreensão dependem

.c
ok
uma da outra, são impossíveis uma sem a outra.

tlo
Para o processo de investigação científica, tal perspectiva implica que o
ou
s@
pesquisador, enquanto consumidor de pesquisa, na fase da revisão de literatura,
tin

não se deve restringir a resultados frutos de uma determinada abordagem,


ar

ignorando ou, até, vilificando as demais, muitas vezes por falta de conhecimento.
m
io

Enquanto participante do processo de construção de conhecimento,


ab

idealmente, o pesquisador não deveria escolher entre um método ou outro, mas


of
ai

utilizar as várias abordagens, qualitativas e quantitativas que se adequam à sua


-c

questão de pesquisa. Do ponto de vista prático existem razões de ordens diversas


2
-2
41

que podem induzir um pesquisador a escolher uma abordagem, ou outra.


.8

Assim como é difícil ser fluente em mais de uma cultura e língua, é


81
.6

igualmente difícil aproximar-se de um tema de pesquisa a partir de paradigmas


39

distintos. Turato (2004) alerta para uma "lamentável indiferença à real não-
-0

harmonia dos paradigmas" (p. 22), argumentando contra abordagens que


s
tin

combinam métodos qualitativos e quantitativos. Nós ressaltamos, entretanto, que


ar
M

uma abordagem mista não necessariamente implica numa algaravia metodológica.


a
uz

Um primeiro argumento em favor de um determinado método está implícito


So

no princípio da abertura (veja subitem Coleta de dados), na escolha de um método


de

adequado para a pergunta que está sendo estudada. À medida que perguntas de
o
bi

pesquisa freqüentemente são multifacetadas, comportam mais de um método.


Assim, uma segunda consideração, obviamente, é a da competência específica do


o
ai

pesquisador. Cabe ressaltar que tal competência deve incluir a sabedoria quando
C

for apropriado, de não realizar uma pesquisa por extrapolar determinadas


habilidades, ao invés de modificar a pergunta em função da sua competência.
Considerações mais objetivas incluem recursos disponíveis: quanto tempo
existe para realizar a pesquisa e preparar o relatório com os resultados? Que
incentivos estão disponíveis para contratar colaboradores e assistentes de
pesquisa? Quais os recursos materiais (gravadores, máquinas fotográficas,
filmadoras, computadores) existentes? Qual o acesso à população a ser estudada?

| 159
Em suma, a questão não é colocar a pesquisa qualitativa versus a pesquisa
quantitativa, não é decidir-se pela pesquisa qualitativa ou pela pesquisa
quantitativa. A questão tem implicações de natureza prática, empírica e técnica.
Considerando os recursos materiais, temporais e pessoais disponíveis para lidar
com uma determinada pergunta científica, coloca-se para o pesquisador e para a

12
sua equipe a tarefa de encontrar e usar a abordagem teórico-metodológica que

5:
permita, num mínimo de tempo, chegar a um resultado que melhor contribua para

:1
15
a compreensão do fenômeno e para o avanço do bem-estar social.

0
02
Fonte: GUNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta

/2
é a questão?. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília , v. 22, n. 2, p. 201-209, Aug. 2006

12
6/
. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

-1
37722006000200010&lng=en&nrm=iso>. access

om
on 28 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722006000200010.

.c
ok
E...

tlo
ou
s@
tin

AS CARACTERÍSTICAS DOS MÉTODOS QUALITATIVOS1


ar

Primeiramente, o interesse do pesquisador volta-se para a busca do significado das


m
io

coisas, porque este tem um papel organizador nos seres humanos. O que as
ab
of

"coisas" (fenômenos, manifestações, ocorrências, fatos, eventos, vivências, idéias,


ai
-c

sentimentos, assuntos) representam, dá molde à vida das pessoas. Num outro nível,
2

os significados que as "coisas" ganham, passam também a ser partilhados


-2
41

culturalmente e assim organizam o grupo social em torno destas representações e


.8

simbolismos. Nos settings da saúde em particular, conhecer as significações dos


81
.6

fenômenos do processo saúde-doença é essencial para realizar as seguintes coisas:


39

melhorar a qualidade da relação profissional-paciente-família-instituição;


-0
s

promover maior adesão de pacientes e da população frente a tratamentos


tin

ministrados individualmente e de medidas implementadas coletivamente;


ar
M

entender mais profundamente certos sentimentos, idéias e comportamentos dos


a
uz

doentes, assim como de seus familiares e mesmo da equipe profissional de saúde.


So

Segunda propriedade do método: o ambiente natural do sujeito é inequivocamente


de

o campo onde ocorrerá a observação sem o controle de variáveis. Terceiro ponto: o


o
bi

pesquisador é o próprio instrumento de pesquisa, usando diretamente seus órgãos


do sentido para apreender os objetos em estudo, espelhando-os então em sua


o
ai
C

consciência onde se tornam fenomenologicamente representados para serem


interpretados. Quarto atributo: o método tem maior força no rigor da validade
(validity) dos dados coletados, já que a observação dos sujeitos, por ser acurada, e
sua escuta em entrevista, por ser em profundidade, tendem a levar o pesquisador
bem próximo da essência da questão em estudo. Quinta característica: se
a generalização não é a dos resultados (matematicamente) obtidos, pois não se
pauta em quantificações das ocorrências ou estabelecimento de relações causa-
efeito, ela se torna possível a partir dos pressupostos iniciais revistos, ou melhor,

| 160
dos conceitos construídos ou conhecimentos originais produzidos. Caberá ao leitor
e consumidor da pesquisa usá-los para examinar sua plausibilidade e utilidade para
entender casos e settings novos.
Com finalidade didática, é relevante traçar os perfis comparativos entre as
características das metodologias quáli e quânti aplicadas ao campo da saúde.

12
Na Tabela 1, o leitor contemplará os níveis conceituais de ambas as metodologias,

5:
iniciando por qual atitude científica se deve ter quando utilizado um ou outro

:1
15
método. Vê-se também a força maior de cada método (reliability versus validity),

0
02
assim como qual deveria ser o real recorte do objetoeleito para investigação em uma

/2
e outra estratégia metodológica; e finalmente, identificar as dessemelhanças

12
6/
quanto ao desenho do projeto e aos tipos de instrumentos usuais para cada

-1
pesquisa. Ponto crítico é mostrar as distinções existentes na técnica de

om
amostragem e o perfil da amostra de sujeitos. A análise dos dados mostra que são

.c
ok
diferentes os caminhos de lapidação daquilo que foi coletado em ambos os

tlo
métodos. Por fim, há de se clarear o que são as conclusões, de fato, de um e de outro
ou
método, com o conseqüente trabalho de desfazer os nós quanto
s@
tin

à generalização realmente possível e pretendida pelo método quantitativo e pelo


ar

qualitativo.
m
io
ab
of
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-c
2
-2
41
.8
81
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M
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C

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C
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ok
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om
-1
6/
12
/2
02
0
15
:1

| 162
5:
12
Essa importante tábua de dissimilitudes mostra que os métodos têm identidades
próprias, do momento em que seus autores levantam as perguntas (hipóteses de
trabalho) até quando redigem seus relatórios finais de pesquisa. A complexidade de
cada empreitada e, sobretudo, as construções epistemológicas autônomas
desautorizam grande parte das pesquisas, que se auto-intitulam como "quanti-

12
quali", a continuar apresentando-se ao meio acadêmico por meio deste presumido

5:
modelo misto. Na realidade, muitos dos trabalhos assim denominados são apenas

:1
15
de construção quantitativa, já que encaixar simples citações literais de falas de

0
02
sujeitos, que responderam a questionários previamente padronizados, não

/2
configura legitimamente a existência de uma reivindicada simultaneidade com

12
6/
pesquisa qualitativa.

-1
Encerrando o presente artigo, advêm as Tabelas 2 e 3, aspirando codificar,

om
respectivamente, os construtos mais comuns usados nas pesquisas qualitativas e

.c
ok
quantitativas. Em apreciação panorâmica e comparativa de ambos os quadros, é

tlo
esperado que o leitor se aproprie da capacidade de distinguir os enquadres da
ou
s@
saúde a que se reservam ambos os métodos. Na coluna da direita, ao explicitar
tin

como cada concepção se constitui, foram empregadas definições bem


ar

estabelecidas na literatura da epidemiologia e/ou bem tipificadas como descritores


m
io

nas ciências da saúde.


ab
of
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41
.8
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M
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| 164
5:
12
C
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ou
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ok
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om
-1
6/
12
/2
02
0
15
:1

| 165
5:
12
Fonte: TURATO, Egberto Ribeiro. Métodos qualitativos e quantitativos na área da
saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa.Rev. Saúde Pública, São
Paulo , v. 39, n. 3, p. 507-514, June 2005 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102005000300025&lng=en&nrm=iso>. access

12
on 28 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102005000300025.

5:
:1
15
0
02
/2
12
6/
-1
om
.c
ok
Pesquisa-ação e Pesquisa-participativa

tlo
ou
s@
São dois tipos de pesquisa parecidas, mas que apresentam várias diferenças
tin

em sua metodologia. Vejamos:


ar
m
io
ab

Pesquisa-participativa Pesquisa-ação
of

Criada por Paulo Freire (ou cientistas Origem nos trabalhos de Kurt-Lewin,
ai
-c

norte-americanos e europeus pós pesquisas experimentais de


2
-2

interessados em intervir no Terceiro campo.


41

Mundo).
.8
81

Modelo qualitativo de pesquisa Modelo qualitativo de pesquisa


.6
39

Aproxima o pesquisador e o objeto de É conduzido pelos pesquisadores, com


-0

sua pesquisa de trabalho social. É a ajuda da comunidade.


s
tin

conduzida pelos pesquisadores e a


ar

comunidade.
M
a

Busca resolver problemas de interesse Objetiva promover mudanças sociais,


uz
So

coletivo. Busca a mudança social do onde os pesquisadores reúnem dados,


de

grupo social em sua comunidade. comprovações ou observações para


o

denunciar situações de injustiças,


bi

equívocos ou danos ambientais e


o

apresentar propostas de mudanças.


ai
C

É um tipo de pesquisa educacional Apresenta direção, sentido e


voltada para a ação intencionalidade da transformação
social claramente definidos.
Geralmente não possui um É um processo da pesquisa, geralmente
planejamento ou um projeto anterior à estruturado, onde seus membros
prática, onde a conclusão e os efeitos investigam de forma conjunta e
são primeiramente vistos na prática, sistematizada um dado ou uma
entretanto os mesmos objetivos só situação cujo objetivo é resolver um

| 166
serão alcançados com sucesso se determinado problema, ou tomar
houver esse empenhos dos consciência, ou ainda produzir
participantes. conhecimentos, sob um conjunto de
ética aceito mutuamente

12
5:
Debulhar: http://www.scielo.br/pdf/psoc/v17n3/a03v17n3.pdf

:1
15
0
02
/2
12
6/
-1
om
.c
ok
Questões

tlo
ou
s@
1. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016
tin

No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se


ar
m

segue.
io
ab

A comunicação dos resultados, enquanto etapa do processo psicodiagnóstico, é


of

uma fonte de informação que permite sintetizar o caso e emitir o diagnóstico.


ai
-c

( ) Certo ( ) Errado
2
-2
41

2. CESPE - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2018


.8
81

Julgue o item subsecutivo, concernente à entrevista psicológica.


.6

A entrevista inicial é fundamental para o diagnóstico e o tratamento em saúde


39
-0

mental.
s

( ) Certo ( ) Errado
tin
ar
M

3. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016


a
uz

No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se


So

segue.
de
o

Conteúdos transferenciais e contratransferenciais devem ser evitados na entrevista


bi

de devolução, haja vista a objetividade do processo psicodiagnóstico.


o

( ) Certo ( ) Errado
ai
C

4. CESPE - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Psicologia -


2013
Julgue o item seguinte, a respeito de laudos e instrumentos de avaliação
psicológica.
Um teste psicológico fidedigno é aquele que mensura de fato a variável que se
propõe a mensurar.
( ) Certo ( ) Errado

| 167
5. CESPE -AC - Psicólogo - 2006
Assinale a opção que não constitui um teste projetivo para avaliação psicológica.
A Machover
B Wartegg

12
C Zulliger

5:
D Wechsler

:1
15
0
02
6. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015

/2
Os testes psicológicos utilizados no processo de seleção de pessoas

12
6/
demonstram maior eficácia se comparados a outras técnicas, como entrevistas

-1
ou técnicas de simulação, pois esses testes são considerados prospectivos e

om
precisos, além de focalizarem as aptidões dos candidatos.

.c
ok
tlo
7. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015
ou
s@
Testes psicológicos, entrevistas e técnicas de simulação são exemplos de técnicas
tin

de seleção de pessoas.
ar
m
io

8. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015


ab

O psicólogo responsável pelo processo seletivo de uma empresa, ao se afastar de


of
ai

suas funções, por motivos de saúde, deverá cuidar para que o material proveniente
-c

de testes psicológicos possa ser utilizado pelo psicólogo que vier a substituí-lo.
2
-2
41
.8

9. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015


81
.6

Os instrumentos e as técnicas da avaliação psicológica utilizados nos processos de


39

seleção de pessoas devem estar acessíveis ao gestor de recursos humanos, pois,


-0

ainda que este não seja psicólogo, o material de trabalho pertence à organização.
s
tin
ar
M

10. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017


a
uz

No que se refere a avaliação e testagem psicológica, julgue os seguintes itens.


So

I Fidedignidade ou padronização refere-se ao sistema de interpretação dos escores


de

obtidos em um teste.
o
bi

II A validade de um teste reside na sua capacidade de medir aquilo que se propõe a


avaliar.
o
ai

III A precisão é uma característica necessária e suficiente para garantir a validade


C

de um instrumento.
Assinale a opção correta.
A Apenas o item I está certo.
B Apenas o item II está certo.
C Apenas o item III está certo.
D Apenas os itens I e II estão certos.
E Apenas os itens II e III estão certos

| 168
11. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017
No que tange ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens a seguir.
I Devido à ausência de padronização, as técnicas psicológicas são insuficientes para
fundamentar conclusões de um processo psicodiagnóstico.

12
II Para ser considerado válido, um processo psicodiagnóstico pode fundamentar-se

5:
tanto em resultados advindos da aplicação de testes psicológicos quanto em

:1
15
técnicas psicológicas.

0
02
III As características do psicólogo responsável pela avaliação devem ser dissociadas

/2
da escolha dos instrumentos a serem utilizados no processo.

12
6/
IV Observações e pesquisa documental são exemplos de técnicas psicológicas.

-1
Estão certos apenas os itens

om
A I e II.

.c
ok
B I e III.

tlo
C II e III.
ou
D II e IV.
s@
tin

E III e IV.
ar
m
io

12. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017


ab

Em se tratando de instrumentos de avaliação em saúde mental, as escalas de


of
ai

avaliação permitem
-c

A definição do prognóstico de uma doença, mas perdem funcionalidade no


2
-2
41

rastreamento de indivíduos que necessitem de tratamento específico.


.8

B a estimação da frequência dos sintomas, mas não têm função alguma na


81
.6

determinação da gravidade de uma doença.


39

C a qualificação de características psíquicas, mas não comportamentais.


-0

D a determinação de diagnósticos clínicos.


s
tin

E a avaliação das características clínicas de uma doença ou mesmo a determinação


ar
M

do nível necessário de cuidado.


a
uz
So

13. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


de

Com relação à avaliação psicológica, ao psicodiagnóstico e à atuação do psicólogo,


o
bi

julgue os próximos itens.


No processo avaliativo, o psicólogo pode fazer uso de métodos com enfoques


o
ai

quantitativos e qualitativos.
C

14. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


A classificação do caso e a previsão do seu curso possível podem constituir alguns
dos objetivos do psicodiagnóstico.

15. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

| 169
O psicodiagnóstico é um processo científico de avaliação psicológica que tem por
objetivos clínicos prioritários a identificação do funcionamento psicológico e o
estabelecimento dos critérios diagnósticos.

16. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

12
A estratégia de avaliação realizada no paciente pode estar vinculada à abordagem

5:
teórica do psicólogo que realizará a investigação.

:1
15
0
02
17. CESPE - TRT 8ª Região - 2013

/2
Assinale a opção correta no que se refere à avaliação psicológica de acordo com a

12
6/
ética profissional.

-1
A) Do ponto de vista ético, a avaliação psicológica deve ser desenvolvida à parte de

om
qualquer pesquisa, ou seja, os processos são excludentes.

.c
ok
B) A avaliação psicológica deve ater-se ao diagnóstico do avaliado, pois a produção

tlo
de resultados em relação ao avaliado, ainda que em seu benefício, fere a ética
ou
profissional.
s@
tin

C) Por estar amparado em instrumentos e técnicas psicológicos apropriados, tais


ar

como testes e entrevistas, o resultado da avaliação psicológica está isento do risco


m
io

de maleficência.
ab

D) Na avaliação psicológica, prioriza-se a aplicação de instrumentos e técnicas


of
ai

específicos, portanto o fato de o psicólogo não ser especialista na área em que a


-c

avaliação deve ser feita não o torna inapto a efetuar a avaliação psicológica.
2
-2
41

E) A avaliação psicológica, conjunto de procedimentos realizados para a produção


.8

de um diagnóstico, não deve envolver predição sobre comportamentos, prática


81
.6

que, por denotar julgamento do avaliador, fere a ética profissional.


39
-0

18. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


s
tin

Durante o psicodiagnóstico, o psicólogo deve reconhecer que a


ar
M

socialização das mulheres, que as conduz a assumir a responsabilidade pela vida


a
uz

socioafetiva da família, pode estar na origem de suas dificuldades de expressar


So

raiva ou descontentamento.
de

( ) Certo ( ) Errado
o
bi

19. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


o
ai

O psicólogo, durante o psicodiagnóstico, por tratar da vida psíquica do ser


C

humano, deve verificar se o paciente possui recursos psíquicos para abordar suas
questões mais difíceis ou se ele está necessitando de psicofármacos.
( ) Certo ( ) Errado

20. CESPE - MPU – 2013


No que se refere à psicometria, julgue os itens a seguir.
O coeficiente Alfa de Cronbach mede a independência entre os itens de um teste.

| 170
( ) Certo ( ) Errado

21. CESPE - MPU – 2013


Várias escalas de medida psicológica classificam-se como aditivas.
( ) Certo ( ) Errado

12
5:
22. CESPE - MPU – 2013

:1
15
Na seleção dos itens que comporão uma escala, são considerados o construto

0
02
teórico e o objeto da medição.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
6/
-1
23. CESPE - MPU – 2013

om
Testes produzidos no exterior podem, depois de traduzidos, ser aplicados no Brasil,

.c
ok
independentemente de validação.

tlo
( ) Certo ( ) Errado
ou
s@
tin

24. CESPE - MPU – 2013


ar

Emprega-se a técnica estatística denominada análise fatorial na verificação de


m
io

validade de conteúdo.
ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai
-c

25. CESPE - MPU – 2013


2
-2
41

Nos testes psicométricos, a validade e a fidedignidade de medidas aplicam-se


.8

apenas a instrumentos quantitativos.


81
.6

( ) Certo ( ) Errado
39
-0

26. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


s
tin

Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)


ar
M

estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões


a
uz

técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.


So

Os testes psicométricos baseiam-se na teoria da medida e, especificamente na


de

psicometria, fazem uso de números para descrever os fenômenos psicológicos, ao


o
bi

passo que os testes impressionistas (projetivos e expressivos), ainda que se utilizem


de números, fundamentam-se na descrição linguística.


o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

27. CESPE - DEPEN – 2013


Com relação aos fundamentos e às etapas da medida psicológica e aos
instrumentos de avaliação, julgue os itens que se seguem.
Quando aplicados à avaliação diagnóstica, os termos validade e fidedignidade são
sinônimos.
( ) Certo ( ) Errado

| 171
28. CESPE - DEPEN – 2013
No que tange à amostra de padronização, a amostra grande é representativa do tipo
de sujeito para o qual o teste foi planejado. Assim sendo, advém desse tipo de
amostra o estabelecimento de normas e critérios de aplicabilidade do teste.

12
( ) Certo ( ) Errado

5:
:1
15
29. CESPE - DEPEN – 2013

0
02
A uniformização das condições de aplicação e o estabelecimento de normas gerais

/2
são aspectos relevantes dos processos de padronização de testes psicológicos.

12
6/
( ) Certo ( ) Errado

-1
om
30. CESPE - DEPEN – 2013

.c
ok
O teste psicológico, que é uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de

tlo
comportamento, é uma etapa necessária e fundamental da avaliação diagnóstica.
ou
( ) Certo ( ) Errado
s@
tin
ar

31. CESPE - CNJ -2013


m
io

O psicodiagnóstico requer a utilização de uma bateria de testes projetivos e de


ab

inteligência, que permitam ao profissional ter a noção geral do funcionamento e da


of
ai

personalidade do indivíduo avaliado.


-c

( ) Certo ( ) Errado
2
-2
41
.8

32. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


81
.6

Considerando os fundamentos da psicometria, assinale a opção correta.


39

A) No início dos estudos psicométricos, Galton foi o responsável pelo


-0

desenvolvimento das medidas das diferenças individuais e da avaliação de


s
tin

desempenho acadêmico.
ar
M

B) A análise fatorial múltipla embasou as pesquisas da denominada era dos testes


a
uz

de inteligência, que marcou os anos iniciais do século XX.


So

C) A psicometria origina-se da orientação mentalista (baseada em processos


de

mentais) e da orientação clínica.


o
bi

D) O teste de inteligência de Binet foi fundamental para o desenvolvimento da


psicometria devido ao seu caráter primoroso de quantificação.


o
ai

E) A psicometria reuniu, de início, psicólogos com preocupações psicopedagógicas


C

e clínicas e os de orientação estatística.

33. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


No que se refere ao psicodiagnóstico, assinale a opção correta.
A) O psicodiagnóstico corresponde a uma avaliação psicológica com propósitos
clínicos, que abrange todos os modelos de avaliação psicológica individual.
B) O psicodiagnóstico e seus respectivos testes derivam da psicologia experimental.

| 172
C) O fato de o resultado de um psicodiagnóstico nem sempre satisfazer às
necessidades da fonte de solicitação deve-se, geralmente, à dificuldade de precisão
das informações que se pretende solicitar.
D) Em se tratando de psicodiagnóstico infantil, para não comprometer o vínculo de
confiança entre a criança e o terapeuta, recomenda-se que a entrevista com os pais

12
seja realizada na presença da criança.

5:
E) Os pais não devem conversar com a criança com antecedência, somente no

:1
15
primeiro encontro com o psicólogo, sobre o motivo da ida ao psicólogo, pois isso

0
02
aumentaria suas defesas inconscientes.

/2
12
6/
34. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

-1
Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)

om
estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões

.c
ok
técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.

tlo
As inúmeras ferramentas usadas em avaliação psicológica prestam-se apenas
ou
s@
à aplicação de testes que ajudam o psicólogo a traçar um perfil mais preciso dos
tin

profissionais em processos seletivos.


ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io
ab

35. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


of
ai

Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia(CFP)


-c

estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões


2
-2
41

técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.


.8

Na mensuração dos resultados, os testes psicométricos requerem tanto


81
.6

habilidades analíticas quanto habilidades inferenciais do psicólogo.


39

( ) Certo ( ) Errado
-0
s
tin

36. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011 (Atualizada)


ar
M

Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)


a
uz

estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões


So

técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.


de

Relatórios e laudos psicológicos são formas de comunicar os resultados de uma


o
bi

avaliação psicológica a outros profissionais da área de saúde.


( ) Certo ( ) Errado
o
ai
C

37. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Em relação ao psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.
O objetivo do psicodiagnóstico é a compreensão mais completa possível da
personalidade do paciente ou do grupo familiar.
( ) Certo ( ) Errado

38. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

| 173
Em relação ao psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.
O psicodiagnóstico, forma específica de avaliação psicológica, é um processo
científico limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos, em nível
individual ou não.
( ) Certo ( ) Errado

12
5:
39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

:1
15
O Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos foi instituído pelo CFP, em 2003,

0
02
como uma das ações permanentes para qualificar os métodos e as técnicas

/2
empregados no processo de avaliação psicológica. Essa medida foi considerada um

12
6/
avanço na qualidade dos instrumentos utilizados nessa avaliação e na construção

-1
de políticas comprometidas com o rigor científico e ético.

om
Considerando tais orientações, julgue o próximo item, a respeito dos testes

.c
ok
psicológicos.

tlo
Cabe unicamente ao psicólogo a escolha da metodologia a ser empregada na
ou
s@
avaliação psicológica, mas a seleção das estratégias adequadas a cada contexto e
tin

demanda deverá ser da responsabilidade de um grupo de profissionais, com


ar

formação na área de saúde, entre os quais haja pelo menos um que já tenha
m
io

aplicado tais estratégias.


ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai
-c

40. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –


2
-2
41

2011
.8

A respeito de medida psicológica, julgue os próximos itens.


81
.6

Os testes psicológicos referentes a construtos propõem-se a avaliar o nível dos


39

comportamentos, os conceitos psicológicos ou os processos psíquicos.


-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin
ar
M

41. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


a
uz

No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


So

Os objetivos do psicodiagnóstico dependem das hipóteses ou perguntas


de

iniciais apresentadas no encaminhamento.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado

o
ai

42. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


C

No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


Em razão de muitos testes estarem sob processo de validação, devem-se
utilizar diversos testes no psicodiagnóstico.
( ) Certo ( ) Errado

43. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.

| 174
Por meio dos dados obtidos no psicodiagnóstico, podem-se embasar os
objetivos do prognóstico e da prevenção.
( ) Certo ( ) Errado

44. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

12
No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

5:
O PMK, que consiste na análise de traços e desenhos (linhas, círculos, zigue-

:1
15
zagues, retas paralelas) feitos com lápis, é considerado o único teste adequado para

0
02
a avaliação da personalidade de psicólogos.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
6/
-1
45. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

om
No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

.c
ok
A fidedignidade de um teste psicológico diz respeito à sua coerência

tlo
sistemática, precisão e estabilidade.
ou
( ) Certo ( ) Errado
s@
tin
ar
m
io

46. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


ab

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


of
ai

O teste de apercepção temática (TAT), de Henry Murray, concentra-se na


-c

dinâmica das relações interpessoais e atualmente consiste em uma série de 31


2
-2
41

quadros que retratam situações sociais e relações interpessoais.


.8

( ) Certo ( ) Errado
81
.6
39

47. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


-0

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


s
tin

As letras H, T e P que compõem a sigla que identifica o teste projetivo referem-


ar
M

se, respectivamente, a house, tree e personality.


a
uz

( ) Certo ( ) Errado
So
de

48. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


o
bi

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


O teste de Zulliger, constituído por três pranchas —prancha I, relativa a


o
ai

aspectos primitivos da personalidade, como ansiedade e disforia; prancha II,


C

referente a afetividade/emoções; prancha III, relativa a relacionamento —,é um


teste de Rorschach abreviado.
( ) Certo ( ) Errado

49. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

| 175
O teste de Rorschach, método de estudo da personalidade fundamentado na
análise de respostas a estímulos não estruturados, serve de base para a observação
dos fenômenos psíquicos complexos relacionados com os processos de percepção,
associação, projeção, e também de comunicação e expressão verbal.
( ) Certo ( ) Errado

12
5:
50. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

:1
15
No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

0
02
Os testes psicológicos, além de serem confiáveis, são padronizados e atendem

/2
a requisitos de fidedignidade e validade.

12
6/
( ) Certo ( ) Errado

-1
om
51. CESPE - DPU - Psicólogo – 2010

.c
ok
No que concerne à avaliação psicológica, o conceito de validade

tlo
A refere-se somente ao contexto clínico.
ou
s@
B refere-se ao alcance com que o teste mensura aquilo que se propõe a medir.
tin

C não se aplica aos testes projetivos, já que não são padronizados.


ar

D não se refere aos testes.


m
io

E não se refere necessariamente aos testes válidos, pois estão relacionados a


ab

alguma teoria da psicologia.


of
ai
-c

52. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016


2
-2
41

No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se


.8

segue.
81
.6

O parecer psicológico é o documento a ser elaborado ao final da avaliação


39

psicológica.
-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin
ar
M

53. CESPE - MPU - Analista - Psicologia – 2013


a
uz

Julgue o item subsequente, referente às técnicas de entrevista em


So

psicodiagnóstico.
de

Por meio da entrevista clínica, é possível ao profissional verificar características


o
bi

indicadas pelos instrumentos padronizados.


( ) Certo ( ) Errado
o
ai
C

54. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Caso clínico 9A1AAA
Uma criança de seis anos de idade foi levada pela mãe para avaliação
psicológica por apresentar enurese noturna, ansiedade, compulsão alimentar,
insônia, baixo rendimento escolar e medo de pássaros, de acordo com o relato
materno. O pai da criança não quis acompanhá-las na consulta porque se

| 176
posicionou contra a intervenção psicológica.
Na escolha da técnica de entrevista adequada para a anamnese da paciente
do caso clínico 9A1AAA, o psicólogo deve evitar a entrevista
A de livre estruturação, pois crianças tendem a omitir informações quando os pais
estão presentes. 


12
B estruturada, devido a sua baixa aplicabilidade clínica, já que não considera

5:
suficientemente as demandas do paciente. 


:1
15
C semiestruturada, porque ela dificulta a aplicação de testes psicológicos,

0
02
procedimento ideal para o caso em questão. 


/2
D de triagem, devido à tenra idade da paciente. 


12
6/
E de triagem, por ser irrelevante para a decisão acerca 
 da intervenção a ser

-1
adotada no caso. 


om
.c
ok
55. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014

tlo
Acerca da entrevista clínica (EC), julgue os itens seguintes.
ou
s@
Na perspectiva da psicanálise, os mecanismos da transferência são responsáveis pelos
tin

laços sociais estabelecidos entre psicólogo e paciente durante a EC.


ar
m
io

56. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


ab
of

De acordo com a abordagem psicodinâmica, a formação reativa é um mecanismo


ai
-c

de defesa que pode surgir em relações psicoterapêuticas, por exemplo, durante a


2

realização de uma EC.


-2
41
.8

57. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


81
.6

A técnica psicológica mais apropriada para o atendimento de pacientes com


39

transtornos depressivos é a EC.


-0
s
tin

58. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


ar
M

A EC não se aplica ao diagnóstico diferencial de pacientes com transtornos fóbicos e


a
uz

transtornos do estresse pós-traumático, já que esses diferentes transtornos podem


So

derivar um do outro.
de
o
bi

59. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


Nas instituições penitenciárias, o psicólogo deve, prioritariamente, utilizar a EC


o
ai
C

como estratégia de intervenção para prevenir psicopatologias sociais.

60. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


Recomenda-se que as entrevistas clínicas sejam associadas aos testes projetivos
para identificar de modo mais preciso as estruturas clínicas prevalentes nos
pacientes.

61. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014

| 177
Na EC, o psicólogo deve identificar a tensão entre as necessidades e os desejos do
paciente para, além de interpretar corretamente seus sintomas, realizar o
encaminhamento adequado.

62. CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista - Psicologia - Específicos

12
Com relação ao processo de psicodiagnóstico e às técnicas projetivas, julgue os

5:
itens a seguir.

:1
15
A linguagem corporal do paciente, mesmo que manifestada exageradamente

0
02
durante a entrevista inicial — como, por exemplo, quando ele pisca repetidamente

/2
na abordagem de assunto —, deve ser desprezado pelo psicólogo na avaliação, a

12
6/
qual deve basear-se unicamente nos dados obtidos por meio de testes.

-1
( ) Certo ( ) Errado

om
.c
ok
63. CESPE - MPU – 2013

tlo
Por meio da entrevista clínica, é possível ao profissional verificar características
ou
indicadas pelos instrumentos padronizados.
s@
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar
m
io

64. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


ab

Em relação à entrevista clínica, assinale a opção correta.


of
ai

A) O resultado da entrevista está relacionado tanto à experiência e à habilidade do


-c

entrevistador na tarefa de entrevistar quanto ao seu domínio da técnica de


2
-2
41

entrevista.
.8

B) O treinamento adequado de um entrevistador obedece a um protocolo que


81
.6

garante a verificação de todos os aspectos e detalhes importantes da entrevista.


39

C) Sendo o beneficiado direto da entrevista clínica as pessoas entrevistadas, não se


-0

recomenda a utilização dessa técnica de avaliação quando estiverem envolvidos


s
tin

interesses múltiplos, a exemplo da realização de entrevista a pedido de uma


ar
M

empresa.
a
uz

D) O objetivo dessa entrevista é descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais


So

ou sistêmicos do indivíduo, casal ou família, sendo o tempo delimitado conforme o


de

sujeito a ser avaliado.


o
bi

E) Havendo dificuldades no levantamento de informações, o avaliador deve


interromper a entrevista para não ocorrer distorções ou influências na avaliação.


o
ai
C

65. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


Na entrevista lúdica,
A) é aconselhável que não haja interpretação.
B) a criança se expressa nas seguintes modalidades de brinquedo: autoesfera,
microesfera e macroesfera.
C) a existência de transferência positiva entre a criança e o psicoterapeuta é
essencial para o sucesso do procedimento.

| 178
D) somente nos encontros finais do acompanhamento, quando o psicoterapeuta
questiona a criança a respeito das histórias surgidas no ato de brincar, a criança
será capaz de estruturar a
representação de seus conflitos, defesas e fantasias.
E) o terapeuta não estabelece contrato psicoterápico com as crianças, apenas com

12
os pais.

5:
:1
15
66. CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista - Psicologia - Específicos

0
02
Com relação ao processo de psicodiagnóstico e às técnicas projetivas, julgue os

/2
itens a seguir.

12
6/
A entrevista inicial, que consiste na coleta de todos os dados do paciente, deve ser

-1
livre, de forma a se garantir a fidedignidade dos dados coletados. Isso significa que

om
o paciente é quem deve guiá-la, conforme sua queixa ou o motivo que o levou ao

.c
ok
psicodiagnóstico.

tlo
( ) Certo ( ) Errado
ou
s@
tin

67. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


ar

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


m
io

Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a criança, a
ab

fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.


of
ai

( ) Certo ( ) Errado
-c
2
-2
41

68. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


.8

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


81
.6

Na entrevista lúdica, a criança expressa seus sentimentos no brincar (com


39

brinquedos disponibilizados pelo psicólogo) e também por meio de suas palavras.


-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin
ar
M

69. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


a
uz

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


So

Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a


de

criança, a fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado

o
ai

70. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


C

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


A entrevista clínica é um dos componentes do processo de avaliação
psicológica de um sujeito.
( ) Certo ( ) Errado

71. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos

| 179
Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens
seguintes.
Na entrevista clínica, requere-se delimitação temporal, de modo que se
programe seu início e fim.
( ) Certo ( ) Errado

12
5:
72. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

:1
15
Julgue o item a seguir

0
02
Na entrevista, o psicólogo deve reconhecer as defesas e os modos de

/2
estruturação e explicitá-los para o sujeito, especialmente quando as defesas atuem

12
6/
diretamente na relação com o entrevistador (transferência).

-1
( ) Certo ( ) Errado

om
.c
ok
tlo
73. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011
ou
Julgue o item a seguir
s@
tin

A entrevista devolutiva tem como único objetivo averiguar a atitude da


ar

pessoa em relação à avaliação e às recomendações, ao seu desejo de segui-las ou


m
io

de recusá-las.
ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai
-c
2
-2
41

74. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


.8

Julgue o item a seguir


81
.6

Incluem-se entre os objetivos da entrevista psicológica a investigação, o


39

diagnóstico e a orientação.
-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin
ar
M

75. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


a
uz

Julgue o item a seguir


So

Independentemente do objetivo a que se propõe, o psicólogo pode


de

utilizar a entrevista livre para complementar o processo de avaliação psicológica.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado

o
ai

76. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –


C

2011
Julgue os itens seguintes, relativos a técnicas de entrevista.
A entrevista motivacional é de longa duração, razão pela qual deve ser
realizada em várias entrevistas sucessivas.
( ) Certo ( ) Errado

| 180
77. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –
2011
Julgue os itens seguintes, relativos a técnicas de entrevista.
Na entrevista de devolução — entrevista final posterior a aplicação do
último teste —, o psicólogo faz uma comunicação verbal ao paciente, mas não a

12
seus pais.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
0
02
/2
Questões comentadas e gabaritadas

12
6/
-1
1. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016

om
.c
No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se

ok
segue.

tlo
ou
A comunicação dos resultados, enquanto etapa do processo psicodiagnóstico, é
s@
uma fonte de informação que permite sintetizar o caso e emitir o diagnóstico.
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar
m

Gabarito: Certo
io
ab

Comentários: A comunicação dos resultados permite organizar as informações e


of

até alinhar os entendimentos entre avaliador e a pessoa que recebe a devolutiva.


ai
-c
2
-2

2. CESPE - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2018


41

Julgue o item subsecutivo, concernente à entrevista psicológica.


.8
81

A entrevista inicial é fundamental para o diagnóstico e o tratamento em saúde


.6

mental.
39
-0

( ) Certo ( ) Errado
s

Gabarito: Certo
tin
ar

Comentários: Ela é o instrumento mais potente de qualquer processo de avaliação


M

psicológica.
a
uz
So

3. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016


de

No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se


o
bi

segue.
o

Conteúdos transferenciais e contratransferenciais devem ser evitados na entrevista


ai
C

de devolução, haja vista a objetividade do processo psicodiagnóstico.


( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: Errado
Comentários: Esses conteúdos irão ocorrer e devem ser gerenciados. Não significa,
em hipótese alguma, que devam ser evitados!

4. CESPE - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Psicologia -


2013

| 181
Julgue o item seguinte, a respeito de laudos e instrumentos de avaliação
psicológica.
Um teste psicológico fidedigno é aquele que mensura de fato a variável que se
propõe a mensurar.
( ) Certo ( ) Errado

12
Gabarito: Errado

5:
Comentários: Nunca confunda uma coisa com a outra. Validade é diferente de

:1
15
fidedignidade.

0
02
Conceito Sinônimos Definição

/2
Validade - Capacidade do teste medir realmente o

12
6/
que pretende medir

-1
Fidedignidade Confiabilidade, capacidade dos resultados serem

om
precisão e reproduzidos dados às mesmas condições

.c
ok
reprodutibilidade

tlo
Padronização28 - Uniformidade na aplicação dos testes
ou
s@
Normatização -
29
Escores utilizados para a correção dos
tin

resultados
ar

Amostra de - Identifica as amostras de estudo para


m
io

Padronização validar os testes. Quanto maior o “erro de


ab
of

amostragem” menos útil é o teste. Por


ai
-c

isso, a amostra de padronização deve ser


2

ampla e representativa da população


-2
41

considerada, tanto no aspecto


.8

quantitativo como qualitativo.


81
.6
39
-0
s

5. CESPE -AC - Psicólogo - 2006


tin
ar

Assinale a opção que não constitui um teste projetivo para avaliação psicológica.
M

A Machover
a
uz

B Wartegg
So

C Zulliger
de

D Wechsler
o
bi

Gabarito: D

Comentários: Obviamente que as escalas Wechsler não são projetivas. Mas, aqui
o
ai
C

cabem mais algumas informações.


O teste da figura humana de Machover é projetivo, mas creio que nunca foi validado
no Brasil. O Wartegg é projetivo, mas está desfavorável. O Zulliger é projetivo e está
favorável atualmente:
O teste de zulliger no sistema compreensivo - forma individual (ZSC )

28
Em resumo: é a aplicação padronizada (aplicação do teste psicológico).
29
Em resumo: é a correção padronizada.

| 182
Teste de Zulliger no sistema Escola de Paris: forma individual
Z-Teste Coletivo e Individual Técnica de Zulliger
As escalas Wechsler (que não são projetivas) favoráveis são as seguintes:
Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - 4ª edição (WISC-IV)
Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI)

12
Escala de Inteligência Wechsler para Adultos (WAIS III)

5:
:1
15
6. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015

0
02
Os testes psicológicos utilizados no processo de seleção de pessoas

/2
demonstram maior eficácia se comparados a outras técnicas, como entrevistas

12
6/
ou técnicas de simulação, pois esses testes são considerados prospectivos e

-1
precisos, além de focalizarem as aptidões dos candidatos.

om
Gabarito: E

.c
ok
Comentários: Veja que a questão não está falando de validade ou

tlo
fidedignidade. a questão fala de eficácia. o que vem a ser eficácia? É a utilidade
ou
s@
dele. sim, é um conceito genérico e sem relevância (e o melhor que posso dar
tin

sem que façamos confusão com validade e fidedignidade). O teste é mais eficaz
ar

que a entrevista ou as técnicas de simulação? Eu não tenho como afirmar isso!


m
io
ab
of
ai

7. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015


-c

Testes psicológicos, entrevistas e técnicas de simulação são exemplos de técnicas


2
-2
41

de seleção de pessoas.
.8

Gabarito: C
81
.6

Comentários: Sim, são ferramentas utilizadas na seleção de pessoas.


39
-0

8. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015


s
tin

O psicólogo responsável pelo processo seletivo de uma empresa, ao se afastar de


ar
M

suas funções, por motivos de saúde, deverá cuidar para que o material proveniente
a
uz

de testes psicológicos possa ser utilizado pelo psicólogo que vier a substituí-lo.
So

Gabarito: C
de

Comentários: Sim, isso é coerente com o nosso código de ética! Naquela parte em
o
bi

que é falado sobre a extinção do serviço e a substituição do profissional.



o
ai

9. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015


C

Os instrumentos e as técnicas da avaliação psicológica utilizados nos processos de


seleção de pessoas devem estar acessíveis ao gestor de recursos humanos, pois,
ainda que este não seja psicólogo, o material de trabalho pertence à organização.
Gabarito: E
Comentários: Tem de estar acessíveis ao psicólogo, e ainda assim ao que estiver
ligado ao trabalho em questão. Olha a questão do sigilo ai.

| 183
10. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017
No que se refere a avaliação e testagem psicológica, julgue os seguintes itens.
I Fidedignidade ou padronização refere-se ao sistema de interpretação dos escores
obtidos em um teste.
II A validade de um teste reside na sua capacidade de medir aquilo que se propõe a

12
avaliar.

5:
III A precisão é uma característica necessária e suficiente para garantir a validade

:1
15
de um instrumento.

0
02
Assinale a opção correta.

/2
A Apenas o item I está certo.

12
6/
B Apenas o item II está certo.

-1
C Apenas o item III está certo.

om
D Apenas os itens I e II estão certos.

.c
ok
E Apenas os itens II e III estão certos

tlo
Gabarito: B
ou
Comentários: Vejamos cada assertiva:
s@
tin

I Fidedignidade ou padronização refere-se ao sistema de interpretação dos escores


ar

obtidos em um teste. CORREÇÃO: Fidedignidade é uma coisa, padronização é


m
io

outra. Além disso, o sistema de interpretação dos escores obtidos é chamado de


ab

Normatização.
of
ai

II A validade de um teste reside na sua capacidade de medir aquilo que se propõe a


-c

avaliar. DEFINIÇÃO CORRETA


2
-2
41

III A precisão é uma característica necessária e suficiente para garantir a validade


.8

de um instrumento. CORREÇÃO: A precisão é sinônimo de fidedignidade.


81
.6

Para que não haja mais confusão, vejamos um quadro que elaborei para a banca
39

CESPE:
-0

Conceito Sinônimos Definição


s
tin

Validade - Capacidade do teste medir realmente o


ar
M

que pretende medir


a
uz

Fidedignidade Confiabilidade, capacidade dos resultados serem


So

precisão e reproduzidos dados às mesmas condições


de

reprodutibilidade
o
bi

Padronização30 - Uniformidade na aplicação dos testes


Normatização -31
Escores utilizados para a correção dos
o
ai

resultados
C

Amostra de - Identifica as amostras de estudo para


Padronização validar os testes. Quanto maior o “erro de
amostragem” menos útil é o teste. Por
isso, a amostra de padronização deve ser

30
Em resumo: é a aplicação padronizada (aplicação do teste psicológico).
31
Em resumo: é a correção padronizada.

| 184
ampla e representativa da população
considerada, tanto no aspecto
quantitativo como qualitativo.

12
11. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017

5:
No que tange ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens a seguir.

:1
15
I Devido à ausência de padronização, as técnicas psicológicas são insuficientes para

0
02
fundamentar conclusões de um processo psicodiagnóstico.

/2
II Para ser considerado válido, um processo psicodiagnóstico pode fundamentar-se

12
6/
tanto em resultados advindos da aplicação de testes psicológicos quanto em

-1
técnicas psicológicas.

om
III As características do psicólogo responsável pela avaliação devem ser dissociadas

.c
ok
da escolha dos instrumentos a serem utilizados no processo.

tlo
IV Observações e pesquisa documental são exemplos de técnicas psicológicas.
ou
s@
Estão certos apenas os itens
tin

A I e II.
ar

B I e III.
m
io

C II e III.
ab
of

D II e IV.
ai

E III e IV.
-c
2

Gabarito: D
-2
41

Comentários: Diferenciar métodos de técnicas nunca foi uma tarefa fácil no âmbito
.8

da psicologia, especialmente para concurso público. Gostaria que, a partir desse


81
.6

momento, você considerasse métodos de investigação em psicologia como


39

sinônimo de técnicas de investigação psicológica.


-0

Quais são as técnicas de investigação psicológica? São todas as técnicas


s
tin

utilizadas pelo psicólogo que não são testes psicológicos. Por testes psicológicos
ar
M

devemos entender tanto os testes psicométricos quanto os projetivos.


a
uz

Para facilitar, podemos listar da seguinte forma:


So

Métodos e Técnicas Testes Psicológicos


de

Entrevista (todos os tipos): anamnese, Testes Impressionistas (projetivos ou


o
bi

devolutiva, inicial, triagem, com a gráficos)


criança, com a mãe, com os pais, com a Testes Psicométricos


o
ai

família, etc.
C

Visita à escola, ao trabalho, etc.


Hora do jogo
Desenho livre da família, de uma
história, etc.
Jogo da memória
Observação
Pesquisa documental, etc.

| 185
Como é possível perceber, as técnicas psicológicas podem ou não ter um
mínimo de padronização e são suficientes para embasar o processo diagnóstico.
(Assertiva I errada).
Por fim, as características do psicólogo devem ser levadas em conta. Sua

12
experiência com o teste projetivo de Rorschach, por exemplo, determinará se o

5:
teste será utilizado ou não.

:1
15
0
02
12. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017

/2
Em se tratando de instrumentos de avaliação em saúde mental, as escalas de

12
6/
avaliação permitem

-1
A definição do prognóstico de uma doença, mas perdem funcionalidade no

om
rastreamento de indivíduos que necessitem de tratamento específico.

.c
ok
B a estimação da frequência dos sintomas, mas não têm função alguma na

tlo
determinação da gravidade de uma doença.
ou
s@
C a qualificação de características psíquicas, mas não comportamentais.
tin

D a determinação de diagnósticos clínicos.


ar

E a avaliação das características clínicas de uma doença ou mesmo a determinação


m
io

do nível necessário de cuidado.


ab

Gabarito: E
of
ai

Comentários: As escalas de avaliação utilizadas em saúde mental são instrumentos


-c

padronizados e estruturados que permitem a comparação com um critério a ser


2
-2
41

estudado. Essas escalas determinam o nível de comprometimento de um avaliado


.8

com o padrão adotado (gravidade do critério), além de poderem medir as


81
.6

características clínicas, o impacto na qualidade de vida e outros aspectos


39

relevantes da sintomatologia e do sujeito. As escalas são os melhores instrumentos


-0

para rastreio, permitem prever um prognóstico provável, ajudam a estimar a


s
tin

frequência de sintomas e a qualificação de características psíquicas e


ar
M

comportamentais. No entanto, essas escalas não podem determinar diagnósticos


a
uz

clínicos isoladamente. O verbete “determinar” macula o princípio investigativo de


So

pluralidade de métodos para o alcance do diagnóstico.


de

Curiosidade: a Psicometria clássica entende por aquilo que supostamente deve


o
bi

medir como sendo o critério32.



o
ai
C

13. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Com relação à avaliação psicológica, ao psicodiagnóstico e à atuação do psicólogo,
julgue os próximos itens.

32
PASQUALI, Luiz. Psicometria. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2009, vol.43, n.spe [cited 2017-12-10],
pp.992-999. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342009000500002&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0080-6234. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-
62342009000500002.

| 186
No processo avaliativo, o psicólogo pode fazer uso de métodos com enfoques
quantitativos e qualitativos.
Gabarito: C
Comentários: JUSTIFICATIVA – Conforme literatura consagrada na área, o
psicólogo responsável pela avaliação poderá utilizar métodos com enfoque

12
qualitativos e quantitativos no processo psicodiagnóstico, a fim de avaliar a

5:
fidedignidade dos subsídios que suas estratégias lhe fornecem.

:1
15
0
02
14. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

/2
A classificação do caso e a previsão do seu curso possível podem constituir alguns

12
6/
dos objetivos do psicodiagnóstico.

-1
Gabarito: C

om
Comentários: JUSTIFICATIVA – O psicodiagnóstico é um processo científico que

.c
ok
utiliza técnicas e testes psicológicos a fim de compreender problemas à luz de

tlo
pressupostos teóricos, identificar e avaliar questões específicas, classificando o
ou
caso ou mesmo prevendo o seu curso possível.
s@
tin
ar

15. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


m
io

O psicodiagnóstico é um processo científico de avaliação psicológica que tem por


ab

objetivos clínicos prioritários a identificação do funcionamento psicológico e o


of
ai

estabelecimento dos critérios diagnósticos.


-c

Gabarito: E
2
-2
41

Comentários: JUSTIFICATIVA – Conforme literatura consagrada na área, o


.8

psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica que almeja identificar as forças e as


81
.6

fraquezas do funcionamento psicológico, não havendo prioridade para a


39

classificação psiquiátrica ou mesmo para a existência de uma psicopatologia. Os


-0

critérios para diagnósticos não são estabelecidos nessa avaliação.


s
tin
ar
M

16. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


a
uz

A estratégia de avaliação realizada no paciente pode estar vinculada à abordagem


So

teórica do psicólogo que realizará a investigação.


de

Gabarito: C
o
bi

Comentários: JUSTIFICATIVA – As estratégias de avaliação compreendem a


variedade de enfoques teóricos e recursos disponíveis ao psicólogo no processo de


o
ai

avaliação. Dessa maneira, tais avaliações podem estar articuladas ao enfoque teórico
C

adotado pelo profissional que realizará a investigação.

17. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


Assinale a opção correta no que se refere à avaliação psicológica de acordo com a
ética profissional.

| 187
A) Do ponto de vista ético, a avaliação psicológica deve ser desenvolvida à parte de
qualquer pesquisa, ou seja, os processos são excludentes.
B) A avaliação psicológica deve ater-se ao diagnóstico do avaliado, pois a produção
de resultados em relação ao avaliado, ainda que em seu benefício, fere a ética
profissional.

12
C) Por estar amparado em instrumentos e técnicas psicológicos apropriados, tais

5:
como testes e entrevistas, o resultado da avaliação psicológica está isento do risco

:1
15
de maleficência.

0
02
D) Na avaliação psicológica, prioriza-se a aplicação de instrumentos e técnicas

/2
específicos, portanto o fato de o psicólogo não ser especialista na área em que a

12
6/
avaliação deve ser feita não o torna inapto a efetuar a avaliação psicológica.

-1
E) A avaliação psicológica, conjunto de procedimentos realizados para a produção

om
de um diagnóstico, não deve envolver predição sobre comportamentos, prática

.c
ok
que, por denotar julgamento do avaliador, fere a ética profissional.

tlo
Gabarito: Anulada.
ou
s@
Comentários: Não temos questão correta. Segundo a banca, que tinha dado a “E”
tin

como correta, o trabalho de avaliação psicológica envolve também a predição de


ar

comportamentos futuros, respeitando assim a ética profissional. Por isso, opta-se


m
io

pela anulação da questão.


ab
of
ai

18. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


-c

Durante o psicodiagnóstico, o psicólogo deve reconhecer que a


2
-2
41

socialização das mulheres, que as conduz a assumir a responsabilidade pela vida


.8

socioafetiva da família, pode estar na origem de suas dificuldades de expressar


81
.6

raiva ou descontentamento.
39

( ) Certo ( ) Errado
-0

Gabarito: C
s
tin

Comentários: Assertiva correta e questão polêmica. Deixe-me traduzir para que as


ar
M

mais feministas fiquem com raiva da banca: “Durante o psicodiagnóstico, o


a
uz

psicólogo deve reconhecer que as diferenças de papéis dos gêneros e as possíveis


So

repercussões desses papéis na origem das dificuldades de expressar raiva ou


de

descontentamento.”
o
bi

19. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


o
ai

O psicólogo, durante o psicodiagnóstico, por tratar da vida psíquica do ser


C

humano, deve verificar se o paciente possui recursos psíquicos para abordar suas
questões mais difíceis ou se ele está necessitando de psicofármacos.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Perfeita colocação. Adiciono que na entrevista inicial (seja de
psicodiagnóstico, de psicoterapia ou de triagem) é necessário avaliar os aspectos

| 188
psíquicos (ou egóicos – como preferir) e sua capacidade de prosseguir com o
processo.

20. CESPE - MPU – 2013


No que se refere à psicometria, julgue os itens a seguir.

12
O coeficiente Alfa de Cronbach mede a independência entre os itens de um teste.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
Gabarito: E

0
02
Comentários: É justamente o contrário! Para Pasquali 33 , os coeficientes de alfa

/2
visam verificar a consistência interna do teste através da análise da consistência

12
6/
interna dos itens, isto é, verificando a congruência que cada item do teste tem com

-1
o restante dos itens do mesmo teste. O alfa (ou Alpha) de Cronbach é o mais

om
conhecido para tal propósito. Ele proporciona uma medida de de fidedignidade

.c
ok
(confiabilidade) e, por isso, oferece um resultado estetístico da capacidade dos

tlo
resultados serem reproduzidos dados às mesmas condições (princípio da
ou
reprodutibilidade).
s@
tin

Vamos aprofundar um pouco. Segundo Maroco e Teresa (2006)34 A fiabilidade de


ar

uma medida refere a capacidade desta ser consistente. Se um instrumento de


m
io

medida dá sempre os mesmos resultados (dados) quando aplicado a alvos


ab

estruturalmente iguais, podemos confiar no significado da medida e dizer que a


of
ai

medida é fiável. Dizemo-lo porém com maior ou menor grau de certeza porque toda
-c

a medida é sujeita a erro. Assim a fiabilidade que podemos observar nos nossos
2
-2
41

dados é uma estimativa, e não um “dado”. [...] “Erro” é a variabilidade observada


.8

no processo de mensuração de um mesmo objecto. Ausência de erro é


81
.6

“consistência”. Consistência é assim o termo fundamental para definir o conceito


39

de fiabilidade.
-0
s
tin

Atenção: A medição da confiabilidade pode ser feita a partir dos seguintes critérios:
ar
M

e) Medida de estabilidade (confiabilidade por teste-reteste) – estabilidade


a
uz

temporal
So

f) Método de formas alternativas ou paralelas


de

g) Método de metades Partidas (Split-half)


o
bi

h) Coeficiente Alfa de Cronbach e Coeficiente KR-20



o
ai
C

21. CESPE - MPU – 2013

33
Pasquali, Luiz. Psicometria: teoria dos testes na Psicologia e na Educação.
Editora Vozes. 2003.
34
Maroco, João. Garcia-Marques, Teresa. Qual a fiabilidade do alfa de
Cronbach? Questões antigas e soluções modernas? Laboratório de Psicologia,
4(1): 65-90. 2006.

| 189
Várias escalas de medida psicológica classificam-se como aditivas.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Escalas aditivas são aquelas que possuem itens correlacionados uns
com outros. Segundo Cunha (Psicodiagnóstico V), a maioria das escala de medidas

12
em ciências do comportamento são escalas aditivas, obtidas a partir da soma de

5:
vários itens selecionados. A construção de escalas aditivas é normalmente feita a

:1
15
partir de marcos teóricos estabelecidos e de resultados empíricos de pesquisas já

0
02
realizados ou adaptadas de outros países para o contexto local.

/2
Lembro de uma questão da FCC que tratava exatamente do mesmo assunto.

12
6/
FCC - 2012 - MPE-PE - Analista Ministerial - Psicologia

-1
Em psicodiagnóstico, na avaliação psicométrica, ocorre que a maioria das escalas

om
de medida em ciências do comportamento são escalas aditivas, isto é, são obtidas

.c
ok
a partir da soma de vários itens selecionados como indicadores do constructo

tlo
teórico em relação ao qual há interesse em
ou
a) medir.
s@
tin

b) acirrar.
ar

c) modificar.
m
io

d) suprimir.
ab

e) desqualificar.
of
ai

Gabarito: A
-c
2
-2
41

22. CESPE - MPU – 2013


.8

Na seleção dos itens que comporão uma escala, são considerados o construto
81
.6

teórico e o objeto da medição.


39

( ) Certo ( ) Errado
-0

Gabarito: C
s
tin

Comentários: Correto! Além de muitas outras coisas, são indispensáveis o


ar
M

constructo teórico e a definição do objeto da medição, ambos avaliados pela


a
uz

validade de constructo.
So
de

23. CESPE - MPU – 2013


o
bi

Testes produzidos no exterior podem, depois de traduzidos, ser aplicados no Brasil,


independentemente de validação.
o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

Gabarito: E
Comentários: Testes produzidos no exterior devem ser validados para a população
nacional. Exemplo: BDI-II Inventário de Depressão de Beck. E ainda assim temos
erros, como o caso da figura que falta uma chaminé no teste do WISC-III.

24. CESPE - MPU – 2013

| 190
Emprega-se a técnica estatística denominada análise fatorial na verificação de
validade de conteúdo.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Na verdade, é útil para a validade de constructo e não a validade de

12
conteúdo. Para Cunha, a validade de conteúdo não é determinada

5:
estatisticamente, não é expressa por um coeficiente de correlação, mas sim resulta

:1
15
do julgamento de diferentes juízes ou pessoas de reconhecido saber na área da

0
02
atitude ou traço que está sendo medido (página 163 do Psicodiagnóstico V).

/2
12
6/
25. CESPE - MPU – 2013

-1
Nos testes psicométricos, a validade e a fidedignidade de medidas aplicam-se

om
apenas a instrumentos quantitativos.

.c
ok
( ) Certo ( ) Errado

tlo
Gabarito: E
ou
s@
Comentários: Essa foi a mais obscura questão da prova. Quanto a testes
tin

quantitativos tudo bem, mas qual o erro da questão? Tenho três hipóteses para
ar

justificar a manutenção do gabarito Errado pelo CESPE:


m
io

Hipótese 1: A grande questão é, a assertiva especifica em que campo de atuação


ab

devemos entender que a validade e a fidedignidade aplicam-se apenas a


of
ai

instrumentos quantitativos? Sim, no campo dos testes psicométricos! Assim, nesse


-c

campo, necessariamente, temos apenas testes quantitativos, correto? Errado. Essa


2
-2
41

assertiva serve para mostrar que o CESPE utiliza, provavelmente, a seguinte


.8

definição de classificação de testes (quanto ao método):


81
.6

a) Psicométricos (Regra: normas quantitativas, resultado número ou medida,


39

itens objetivos que podem ser mensurados independentemente):


-0

§ testes de inteligência
s
tin

§ técnicas expressivo-gráficas psicométricas (exceção: um teste


ar
M

qualitativo corrigido por normas quantitativas E qualitativas)


a
uz

§ inventários de personalidade
So

§ inventário de traços ou estados afetivos


de

§ inventários de sintomas específicos


o
bi

§ Escala de maturidade Viso-Motora.


b) Projetivos (normas qualitativa, resultados menos quantitativos, resultado


o
ai

expresso através de uma tipologia, itens não podem ser medidos separadamente).
C

No campo das técnicas expressivo-gráficas (ou impressionistas), temos, por


exemplo, a aplicação dos conceitos de validade e de fidedignidade em testes
qualitativos, como a validade de conteúdo, avaliada por especialistas, ou a
fidedignidade, avaliada por teste-reteste. Esses testes psicométricos (conhecidos
também como testes impressionistas) ainda que utilizem números, se fundamentam
na descrição linguística.
Hipótese 2: O CESPE usou o termo “testes psicométricos” de forma ampla e

| 191
generalizante (o que seria um crime cometido pela Banca).
Hipótese 3: existe alguma classificação muito secreta do mundo da psicometria e
que nem Pasquali, nem Alchieri e nem Cunha conhecem!
Conclusão: Acredito fortemente na viabilidade da primeira hipótese, apesar de
contrariar em parte a próxima questão.

12
5:
26. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

:1
15
Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)

0
02
estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões

/2
técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.

12
6/
Os testes psicométricos baseiam-se na teoria da medida e, especificamente na

-1
psicometria, fazem uso de números para descrever os fenômenos psicológicos, ao

om
passo que os testes impressionistas (projetivos e expressivos), ainda que se utilizem

.c
ok
de números, fundamentam-se na descrição linguística.

tlo
( ) Certo ( ) Errado
ou
Gabarito: C
s@
tin

Comentários: Isso! Anote essa diferenciação entre testes psicométricos e testes


ar

impressionistas (projetivos e expressivos).


m
io

1- Testes psicométricos
ab

2- Testes impressionistas projetivos


of
ai

3- Testes impressionistas expressivos


-c

Veja que nessa questão o CESPE considerou que os testes expressivos são uma
2
-2
41

categoria a parte dos testes psicométricos.


.8
81
.6

27. CESPE - DEPEN – 2013


39

Com relação aos fundamentos e às etapas da medida psicológica e aos


-0

instrumentos de avaliação, julgue os itens que se seguem.


s
tin

Quando aplicados à avaliação diagnóstica, os termos validade e fidedignidade são


ar
M

sinônimos.
a
uz

( ) Certo ( ) Errado
So

Gabarito: E
de

Comentários: Nossa. Aluno nosso não erra essa. Validade e fidedignidade são
o
bi

conceitos diferentes.

o
ai

28. CESPE - DEPEN – 2013


C

No que tange à amostra de padronização, a amostra grande é representativa do tipo


de sujeito para o qual o teste foi planejado. Assim sendo, advém desse tipo de
amostra o estabelecimento de normas e critérios de aplicabilidade do teste.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: A padronização é o processo de estabelecimento de normas,
standarts que servirão de critério para a comparação após atestarmos a validade e

| 192
fidedignidade do teste. Além disso, em um grupo social que pretendemos estudar,
grande amostras são, obviamente, mais representativas que pequenas amostras.

29. CESPE - DEPEN – 2013


A uniformização das condições de aplicação e o estabelecimento de normas gerais

12
são aspectos relevantes dos processos de padronização de testes psicológicos.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
Gabarito: C

0
02
Comentários: A uniformização das condições de aplicação e a definição de normas

/2
gerais de aplicação e correção são condições essenciais tanto para os estudos de

12
6/
padronização de testes psicológicos, quanto para os de validade e de fidedignidade.

-1
om
.c
ok
30. CESPE - DEPEN – 2013

tlo
O teste psicológico, que é uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de
ou
s@
comportamento, é uma etapa necessária e fundamental da avaliação diagnóstica.
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar

Gabarito: E
m
io

Comentários: Como sabemos, o teste psicológico pode estar contido, ou não, na


ab

avaliação psicológica. Legalmente, ele é obrigatório no psicodiagnóstico.


of
ai
-c
2
-2
41

31. CESPE - CNJ -2013


.8

O psicodiagnóstico requer a utilização de uma bateria de testes projetivos e de


81
.6

inteligência, que permitam ao profissional ter a noção geral do funcionamento e da


39

personalidade do indivíduo avaliado.


-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin

Gabarito: E
ar
M

Comentários: O psicodiagnóstico, como proferido por Cunha, requer uma bateria


a
uz

de testes, mas que não necessariamente serão projetivos e de inteligência.


So

Podemos ter testes expressivos, por exemplo.


de
o
bi

32. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


o
ai

Considerando os fundamentos da psicometria, assinale a opção correta.


C

A) No início dos estudos psicométricos, Galton foi o responsável pelo


desenvolvimento das medidas das diferenças individuais e da avaliação de
desempenho acadêmico.
B) A análise fatorial múltipla embasou as pesquisas da denominada era dos testes
de inteligência, que marcou os anos iniciais do século XX.
C) A psicometria origina-se da orientação mentalista (baseada em processos
mentais) e da orientação clínica.

| 193
D) O teste de inteligência de Binet foi fundamental para o desenvolvimento da
psicometria devido ao seu caráter primoroso de quantificação.
E) A psicometria reuniu, de início, psicólogos com preocupações psicopedagógicas
e clínicas e os de orientação estatística.
Gabarito: E

12
Comentários: Vejamos os erros e acertos de cada uma:

5:
A) No início dos estudos psicométricos, Galton foi o responsável pelo

:1
15
desenvolvimento das medidas das diferenças individuais e da avaliação de

0
02
desempenho acadêmico.

/2
Na verdade, esse foi Binet e não Galton.

12
6/
B) A análise fatorial múltipla embasou as pesquisas da denominada era dos testes

-1
de inteligência, que marcou os anos iniciais do século XX.

om
A era da análise fatorial é posterior a dos testes de inteligência (lembre-se de

.c
ok
Spearman). Na década da análise fatorial, havia a inclusão de fatores colturais e

tlo
sociais, contrariando a ideia de fator geral que era característica da era dos testes
ou
de Inteligência.
s@
tin

C) A psicometria origina-se da orientação mentalista (baseada em processos


ar

mentais) e da orientação clínica.


m
io

Na verdade, sua orientação inicial foi claramente comportamentalista e fora do


ab

contexto clínico. Começou a ganhar corpo, por exemplo, no contexto acadêmico,


of
ai

clínica e, na primeira Guerra Mundial, militar.


-c

D) O teste de inteligência de Binet foi fundamental para o desenvolvimento da


2
-2
41

psicometria devido ao seu caráter primoroso de quantificação.


.8

Na verdade, como veremos a seguir, sua ênfase foi mais no critério avaliado do que
81
.6

nas estatísticas do teste. Apesar de usar métodos quantitativos, não foi essa a sua
39

bandeira (pois Binet criticava justamente isso em seus antecessores).


-0

E) A psicometria reuniu, de início, psicólogos com preocupações psicopedagógicas


s
tin

e clínicas e os de orientação estatística.


ar
M

Correto!
a
uz
So

Sobre a história (resumida) da avaliação psicológica, recomendo a seguinte


de

classificação apresentada por Pasquali35:


o
bi

A Década de Galton: 1880. Para Francis Galton (biólogo inglês) à avaliação das

aptidões humanas se dava por meio da medida sensorial, através da capacidade de


o
ai

discriminação do tato e dos sons. Galton (apud ANASTASI, 1977) entendia que,
C

A única informação que nos atinge, vinda dos acontecimentos externos, passa,
aparentemente pelo caminho de nossos sentidos. Quanto maior o discernimento

35
PASQUALI, L (Org.) Técnicas de exame psicológico – TEP. Manual. Vol. I:
Fundamentos das técnicas psicológicas. São Paulo: Casa do Psicólogo / CFP,
2001.

| 194
que os sentidos tenham de diferentes, maior o campo em que podem agir no nosso
julgamento de inteligência (p.8).
A contribuição de Galton para psicometria ocorreu em três áreas: Criação de testes
antropométricos para medida de discriminação sensorial (barras para medir a
percepção de comprimento); Apito para percepção de altura do tom; Criação de

12
escalas de atitudes (escala de pontos, questionários e associação livre2);

5:
Desenvolvimento e simplificação de métodos estatísticos (método da análise

:1
15
quantitativa dos dados coletados).

0
02
A Década de Cattell: 1890. Influenciado por Galton, James M. Cattell (psicólogo

/2
americano) desenvolveu medidas das diferenças individuais, o que resultou na

12
6/
criação da terminologia Mental Test (teste mental). Elaborou em Leipzig sua tese

-1
sobre diferenças no Tempo de Reação. Este consiste em registrar os minutos

om
decorridos entre a apresentação de um estímulo ou ordem para começar a tarefa,

.c
ok
e a primeira resposta emitida pelo examinando. Cattell seguiu as ideias de Galton,

tlo
dando ênfase às medidas sensoriais, porque elas permitiam uma maior precisão.
ou
s@
A Década de Binet: 1900. Seus interesses se voltavam para avaliação das aptidões
tin

mais nas áreas acadêmica e da saúde. Alfred Binet e Henri fizeram uma série de
ar

crítica aos testes até então utilizadas, afirmando que eram medidas exclusivamente
m
io

sensoriais que, embora permitisse maior precisão, não tinham relação importante
ab

com as funções intelectuais. Seu conteúdo intelectual fazia somente referências às


of
ai

habilidades muito específicas de memorizar, calcular, quando deveriam se ater às


-c

funções mais amplas como memória, imaginação, compreensão, etc. Em 1905,


2
-2
41

Binet e Simon desenvolveram o primeiro teste com 30 itens (dispostos em ordem


.8

crescente de dificuldade) com o objetivo de avaliar as mais variadas funções como


81
.6

julgamento, compreensão e raciocínio, para detectar o nível de inteligência ou


39

retardo mental de adultos e crianças das escolas de Paris. Estes testes de conteúdo
-0

cognitivo atendiam a funções mais amplas, e foram bem aceitos, principalmente


s
tin

nos EUA, a partir da sua tradução por Terman (1916), nascendo, assim, a era dos
ar
M

testes com base no Q.I. (idealizado por W. Stern).


a
uz

Q.I. = 100 (IM/IC)3


So

O período de 1910-1930, é considerado a era dos testes de inteligência sob as


de

influências: Do segundo teste de Binet e Simon (1909); Do artigo de Spearman sobre


o
bi

o fator G (1909); Da revisão do teste de Binet para os EUA (Terman, 1916); e do


impacto da primeira guerra mundial com a necessidade de seleção rápida e


o
ai

eficiente, de contingente para as forças armadas.


C

A Década da Análise Fatorial: 1930. Por volta de 1920, diminuiu o entusiasmo pelos
testes de inteligência, sobretudo por se demonstrar dependentes da cultura onde
foram criados, o que contrariava a ideia de fator geral universal de Spearman. Kelley
quebrou a tradição de Spearman em 1928, e foi seguido, na Inglaterra, por Thomson
(1939) e Burt (1941), e nos EUA, por Thurstone.
A Era da Sistematização: 1940-1980. Esta época é marcada por duas tendências
opostas: Os trabalhos de síntese e os de crítica. Em 1954, Guilford reedita

| 195
Psychometric Methods e tenta sistematizar a teoria clássica, e Torgerson (1958) a
teoria sobre a medida escolar. Além disso, Cattell e Warburton (1967) procuraram
sintetizar os dados de medida em personalidade, e Guilford (1967) a teoria sobre a
inteligência. Entre os trabalhos da crítica, destaca-se Stevens (1946), que levantou
o problema das escalas de medidas.

12
Divulgou-se também a primeira crítica à teoria clássica dos testes na obra de Lord e

5:
Novick (1968, Statistical Theory of Mental Tests Scores), que iniciou o

:1
15
desenvolvimento de uma teoria alternativa, a do traço latente, que se junta à teoria

0
02
moderna de Psicometria, e a Teoria de Resposta ao Item - TRI. Outra tendência

/2
crítica para superar as dificuldades da Psicometria clássica foi iniciada pela

12
6/
Psicologia Cognitiva de Sternberg e Detterman (1979), Sternberg e Weil (1980), com

-1
seu modelo, procedimentos e pesquisas sobre os componentes cognitivos, na área

om
da inteligência.

.c
ok
A Era da Psicometria Moderna (Teoria de Resposta ao Item - TRI): 1980. Talvez

tlo
chamar a era atual de TRI seja inadequada, porque: a) Esta teoria embora seja o
ou
s@
modelo no Primeiro Mundo, ainda não resolveu todos seus problemas
tin

fundamentais para se tornar um modelo definitivo de psicometria e, b) Ela não veio


ar

para substituir toda a psicometria clássica, mas, apenas partes dela. Porém, é o que
m
io

há de mais novo nesse campo.


ab
of
ai

33. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


-c

No que se refere ao psicodiagnóstico, assinale a opção correta.


2
-2
41

A) O psicodiagnóstico corresponde a uma avaliação psicológica com propósitos


.8

clínicos, que abrange todos os modelos de avaliação psicológica individual.


81
.6

B) O psicodiagnóstico e seus respectivos testes derivam da psicologia experimental.


39

C) O fato de o resultado de um psicodiagnóstico nem sempre satisfazer às


-0

necessidades da fonte de solicitação deve-se, geralmente, à dificuldade de precisão


s
tin

das informações que se pretende solicitar.


ar
M

D) Em se tratando de psicodiagnóstico infantil, para não comprometer o vínculo de


a
uz

confiança entre a criança e o terapeuta, recomenda-se que a entrevista com os pais


So

seja realizada na presença da criança.


de

E) Os pais não devem conversar com a criança com antecedência, somente no


o
bi

primeiro encontro com o psicólogo, sobre o motivo da ida ao psicólogo, pois isso

aumentaria suas defesas inconscientes.


o
ai

Gabarito: C
C

Comentários: O psicodiagnóstico não abrange todos os modelos de avaliação


psicológica individual (o modelo ecológico, por exemplo, é uma avaliação
psicológica que não pode ser executado pelo psicodiagnóstico). Os testes utilizados
no psicodiagnóstico derivam das mais diversas abordagens da psicologia, e não
apenas na base experimental. Um erro possível, mas comum, é o da definição clara
da demanda ou da hipótese de teste. Isso pode comprometer a satisfação do
solicitante. Ocampo sugere que a entrevista clínica para o psicodiagnóstico seja

| 196
feita com os pais diante da criança, para não romper o vínculo de confiança do
infante com o psicólogo. Arzeno, por sua vez, indica que a criança receba
orientações antes de ir para a primeira sessão de psicodiagnóstico, para não ser
pega de surpresa.

12
34. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

5:
Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)

:1
15
estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões

0
02
técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.

/2
As inúmeras ferramentas usadas em avaliação psicológica prestam-se apenas

12
6/
à aplicação de testes que ajudam o psicólogo a traçar um perfil mais preciso dos

-1
profissionais em processos seletivos.

om
( ) Certo ( ) Errado

.c
ok
Gabarito: E

tlo
Comentários: E desde quando só servem para auxiliar o processo seletivo?
ou
Assertiva errada.
s@
tin
ar

35. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


m
io

Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia(CFP)


ab

estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões


of
ai

técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.


-c

Na mensuração dos resultados, os testes psicométricos requerem tanto


2
-2
41

habilidades analíticas quanto habilidades inferenciais do psicólogo.


.8

( ) Certo ( ) Errado
81
.6

Gabarito: E
39

Comentários: Nos testes “impressionistas” essas habilidades são requeridas. No


-0

caso de testes psicométricos, basta passar o crivo e fazer a avaliação quantitativa


s
tin

para encontrar o resultado. Não é preciso uma interpretação ou análise


ar
M

aprofundada, basta identificar pontuações em uma escala.


a
uz
So
de

36. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011 (Atualizada)


o
bi

Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)


estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões


o
ai

técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.


C

Relatórios e laudos psicológicos são formas de comunicar os resultados de uma


avaliação psicológica a outros profissionais da área de saúde.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Assertiva errada à luz da atual RESOLUÇÃO CFP N.º 6/2019. O laudo
decorre, o relatório não!

| 197
Art. 11 - O relatório psicológico consiste em um documento que, por meio de uma
exposição escrita, descritiva e circunstanciada, considera os condicionantes
históricos e sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida, podendo também ter
caráter informativo. Visa a comunicar a atuação profissional da(o) psicóloga(o) em
diferentes processos de trabalho já desenvolvidos ou em desenvolvimento,

12
podendo gerar orientações, recomendações, encaminhamentos e intervenções

5:
pertinentes à situação descrita no documento, não tendo como finalidade produzir

:1
15
diagnóstico psicológico.

0
02
/2
Art. 13 - O laudo psicológico é o resultado de um processo de avaliação

12
6/
psicológica, com finalidade de subsidiar decisões relacionadas ao contexto em que

-1
surgiu a demanda. Apresenta informações técnicas e científicas dos fenômenos

om
psicológicos, considerando os condicionantes históricos e sociais da pessoa, grupo

.c
ok
ou instituição atendida.

tlo
ou
37. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011
s@
tin

Em relação ao psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


ar

O objetivo do psicodiagnóstico é a compreensão mais completa possível da


m
io

personalidade do paciente ou do grupo familiar.


ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai

Gabarito: C
-c

Comentários: Aprenderemos uma coisa aqui. Quando o edital der sinais de


2
-2
41

familiaridade com a psicanálise, considere Ocampo no estudo do psicodiagnóstico.


.8

Ela fala, na página 11 de “O Processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas”:


81
.6

Investigação psicológica deve conseguir uma descrição e compreensão da


39

personalidade do paciente.
-0
s
tin

38. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


ar
M

Em relação ao psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


a
uz

O psicodiagnóstico, forma específica de avaliação psicológica, é um processo


So

científico limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos, em nível


de

individual ou não.
o
bi

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: C
o
ai

Comentários: Ok, perceba que o CESPE caracteriza bem o psicodiagnóstico dentro


C

da Avaliação Psicológica.

39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


O Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos foi instituído pelo CFP, em 2003,
como uma das ações permanentes para qualificar os métodos e as técnicas
empregados no processo de avaliação psicológica. Essa medida foi considerada um

| 198
avanço na qualidade dos instrumentos utilizados nessa avaliação e na construção
de políticas comprometidas com o rigor científico e ético.
Considerando tais orientações, julgue o próximo item, a respeito dos testes
psicológicos.
Cabe unicamente ao psicólogo a escolha da metodologia a ser empregada na

12
avaliação psicológica, mas a seleção das estratégias adequadas a cada contexto e

5:
demanda deverá ser da responsabilidade de um grupo de profissionais, com

:1
15
formação na área de saúde, entre os quais haja pelo menos um que já tenha

0
02
aplicado tais estratégias.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
6/
Gabarito: E

-1
Comentários: O psicólogo é responsável, sempre, pela escolha das estratégias de

om
sua atuação. Independente de estar em grupo de profissionais ou não ou de ter

.c
ok
experiência ou não.

tlo
ou
s@
40. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –
tin

2011
ar

A respeito de medida psicológica, julgue os próximos itens.


m
io

Os testes psicológicos referentes a construtos propõem-se a avaliar o nível dos


ab

comportamentos, os conceitos psicológicos ou os processos psíquicos.


of
ai

( ) Certo ( ) Errado
-c

Gabarito: C
2
-2
41

Comentários: Correto. Essa é a definição de Validade de Constructo. Essa validade


.8

pode ser definida como o elo entre o nível conceitual e o operacional. É dado pela
81
.6

medida em que a definição operacional (constructo) de um conceito reflete de fato


39

seu verdadeiro significado. Aqui existe um marco teórico que deve estar consistente
-0

com outros instrumentos da área. Pode ser realizada pela correlação entre testes.
s
tin

(comparação com outros testes). Assertiva correta.


ar
M
a
uz
So

41. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


de

No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


o
bi

Os objetivos do psicodiagnóstico dependem das hipóteses ou perguntas


iniciais apresentadas no encaminhamento.


o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

Gabarito: C
Comentários: Correto. Destaco ainda que a definição desses objetivos ocorre já nos
primeiros contatos para o levantamento da demanda. Assertiva correta.
Relembremos os momentos do psicodiagnóstico:
- 1º momento: realização da(s) primeira(s) entrevista(s) para levantamento e
esclarecimento dos motivos (manifesto e latente) da consulta, as ansiedades,
defesas, fantasias e a construção da história do indivíduo e da família em questão.

| 199
Nesta etapa ocorre a definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame.
(demanda, hipóteses)
- 2º momento: reflexão sobre material coletado na etapa anterior e sobre as
hipóteses iniciais a fim de planejar e selecionar os instrumentos a serem utilizados
na avaliação. Em alguns casos se mostram de suma importância as entrevistas,

12
incluindo os membros mais implicados na patologia do paciente e/ou grupo

5:
familiar. (seleção de escopo e de testes)

:1
15
- 3º momento: realização da estratégia diagnóstica planejada. Na avaliação, de um

0
02
modo geral, não é obrigatório (apesar de bastante indicado) o uso de testes

/2
psicológicos. Nessa fase ocorre o levantamento quantitativo e qualitativo dos

12
6/
dados. É relevante salientar que não deve haver um modelo rígido de

-1
psicodiagnóstico ou de avaliação psicológica, uma vez que cada caso é único,

om
demonstrando necessidades únicas, sendo estas sanadas com instrumentos

.c
ok
próprios para elas. (aplicação de testes e/ou técnicas)

tlo
- 4º momento: estudo do material coletado. Nesta etapa faz-se a integração dos
ou
s@
dados e informações, buscando recorrências e convergências dentro do material,
tin

encontrar o significado de pontos obscuros, correlacionar os instrumentos entre si


ar

e com as histórias obtidas no primeiro momento, formulando inferências por estas


m
io

relações tendo como ponto de partida as hipóteses iniciais e os objetivos da


ab

avaliação. (consolidação das informações)


of
ai

- 5º momento: entrevista de devolução. Nela ocorre a comunicação dos resultados


-c

obtidos, as orientações a respeito do caso e o encerramento do processo. Ela pode


2
-2
41

ocorrer somente uma vez, ou diversas vezes, uma vez que, geralmente, faz-se uma
.8

devolutiva de forma separada para o paciente (em primeiro lugar) e outra para os
81
.6

pais e o restante da família. Quando o paciente é um grupo familiar, a devolutiva e


39

as conclusões são transmitidas a todos. (devolução das informações)


-0
s
tin
ar
M

42. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


a
uz

No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


So

Em razão de muitos testes estarem sob processo de validação, devem-se


de

utilizar diversos testes no psicodiagnóstico.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: E
o
ai

Comentários: Opa, devemos utilizar apenas os validados constantes no SATEPSI.


C

Assertiva errada.

43. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.
Por meio dos dados obtidos no psicodiagnóstico, podem-se embasar os
objetivos do prognóstico e da prevenção.

| 200
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Correto! Segundo cunha, temos:
• Classificação simples;
• Classificação descritiva;

12
• Classificação nosológica;

5:
• Diagnóstico diferencial;

:1
15
• Avaliação compreensiva;

0
02
• Entendimento dinâmico;

/2
• Prevenção;

12
6/
• Prognóstico;

-1
• Perícia forense.

om
.c
ok
tlo
Objetivos do Psicodiagnóstico e da avaliação psicológica clínica
ou
Objetivos Especificações
s@
tin

Classificação Simples classificação do desempenho do examinando em


ar

simples relação a um determinado padrão, como por exemplo, em uma


m
io

avaliação intelectual
ab
of

Descrição Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de


ai
-c

resultados, identificando forças e franquezas e descrevendo o


2

desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits


-2
41

neuropsicológicos
.8

Classificação Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência


81
.6

nosológica critérios de diagnósticos do DSM-IV ou CID 10


39

Diagnóstico São investigadas irregularidades ou inconsistências de um


-0

diferencial quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas,


s
tin

níveis de funcionamento ou natureza da patologia


ar
M

Avaliação Tem como objetivo determinar o nível de funcionamento da


a
uz

compreensiva personalidade. São examinadas as funções do ego, em especial


So

a de insight, condições do sistema de defesa, para facilitar a


de

indicação de recursos terapêuticos bem como estimar o


o
bi

progresso ou os resultados desse tratamento.


Entendimento Ultrapassa o objetivo da avaliação compreensiva por


o
ai

dinâmico ou pressupor um nível mais elevado de inferência clínica com


C

Psicodinâmico abordagens teóricas. O diagnóstico psicodinâmico se


caracteriza pela busca dos fatores causais do transtorno
mental, em oposição ao diagnóstico nosológico, que pretende
ser descritivo. Dentre os fatores causais estão conflitos que
dificilmente chegam até a consciência e que determinam o
funcionamento da estrutura psíquica do paciente

| 201
Prevenção Procura investigar problemas precocemente, avaliar riscos,
fazer uma estimativa de forças e franquezas do ego, de sua
capacidade para enfrentar situações novas, df difíceis e
estressantes
Prognóstico Busca determinar o provável curso do caso

12
Perícia forense Fornece subsídios para questões relacionadas com

5:
"insanidade", competência para o exercício das funções de

:1
15
cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem

0
02
se associar com infrações de lei, etc.

/2
12
6/
-1
om
44. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

.c
ok
No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

tlo
O PMK, que consiste na análise de traços e desenhos (linhas, círculos, zigue-
ou
s@
zagues, retas paralelas) feitos com lápis, é considerado o único teste adequado para
tin

a avaliação da personalidade de psicólogos.


ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io

Gabarito: E
ab
of

Comentários: No site do CFP temos uma lista enorme de testes de personalidade.


ai
-c

Rorscharch, Zulliger, IFP, etc.


2
-2
41
.8

45. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


81
.6

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


39

A fidedignidade de um teste psicológico diz respeito à sua coerência


-0

sistemática, precisão e estabilidade.


s
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar
M

Gabarito: C
a
uz

Comentários: Isso, correto. Não confunda fidedignidade com validade!


So

O termo Fidedignidade (sinônimo de confiabilidade) está relacionado com a


de

capacidade dos resultados serem reproduzidos dados às mesmas condições


o
bi

(princípio da reprodutibilidade). Como os resultados das repetidas aplicações do


teste foram consistentes, pode-se afirmar que o teste apresenta boa fidedignidade.
o
ai

Fidedignidade ou confiabilidade refere à capacidade dos resultados serem


C

reproduzidos dadas as mesmas condições, ou seja: na mesma amostra o mesmo


teste apresenta o mesmo resultado.
A Validade de um teste, por sua vez, significa a capacidade que esse teste tem em
medir aquilo que ele se propõe, ou seja, um determinado constructo teórico.

46. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

| 202
No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.
O teste de apercepção temática (TAT), de Henry Murray, concentra-se na
dinâmica das relações interpessoais e atualmente consiste em uma série de 31
quadros que retratam situações sociais e relações interpessoais.
( ) Certo ( ) Errado

12
Gabarito: C

5:
Comentários: Perfeito. São 31 quadros (sendo que 1 é totalmente branco) que

:1
15
apresentam situações humanas habituais. O TAT é uma técnica projetiva que

0
02
consiste em apresentar uma série de pranchas selecionadas previamente pelo

/2
examinador ao sujeito, que deverá contar uma história sobre cada uma delas. As

12
6/
narrativas obtidas revelam frequentemente componentes importantes da

-1
personalidade, decorrentes de duas tendências psicológicas: a tendência de

om
interpretar uma situação humana ambígua baseando-se nas suas experiências

.c
ok
passadas e em seus anseios atuais, e a outra tendência, a de utilizar o acervo de

tlo
suas experiências e expressar sentimentos e necessidades (conscientes e
ou
s@
inconscientes). Recomendo: http://www.fae.br/cur_psicologia/literaturas/TAT.pdf
tin
ar
m
io

47. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


ab

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


of
ai

As letras H, T e P que compõem a sigla que identifica o teste projetivo referem-


-c

se, respectivamente, a house, tree e personality.


2
-2
41

( ) Certo ( ) Errado
.8

Gabarito: E
81
.6

Comentários: A CESPE é brincalhona. Mandou essa para todo mundo acertar.


39

House Tree e Person (não é personality). Assertiva errada.


-0
s
tin
ar
M

48. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


a
uz

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


So

O teste de Zulliger, constituído por três pranchas —prancha I, relativa a


de

aspectos primitivos da personalidade, como ansiedade e disforia; prancha II,


o
bi

referente a afetividade/emoções; prancha III, relativa a relacionamento —,é um


teste de Rorschach abreviado.


o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

Gabarito: E
Comentários: Não é um teste de Rorschach abreviado, não é um teste de Rorschach
abreviado, não é um teste de Rorschach abreviado! Pronto, falei.

49. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

| 203
O teste de Rorschach, método de estudo da personalidade fundamentado na
análise de respostas a estímulos não estruturados, serve de base para a observação
dos fenômenos psíquicos complexos relacionados com os processos de percepção,
associação, projeção, e também de comunicação e expressão verbal.
( ) Certo ( ) Errado

12
Gabarito: C

5:
Comentários: Perfeita definição do teste (ou técnica) de Rorschach

:1
15
0
02
/2
50. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

12
6/
No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

-1
Os testes psicológicos, além de serem confiáveis, são padronizados e atendem

om
a requisitos de fidedignidade e validade.

.c
ok
( ) Certo ( ) Errado

tlo
Gabarito: C
ou
s@
Comentários: Sim, depois do crivo do CFP, pressupõe-se que todo teste psicológico
tin

atual seja válido, padronizado e fidedigno.


ar
m
io
ab

51. CESPE - DPU - Psicólogo – 2010


of
ai

No que concerne à avaliação psicológica, o conceito de validade


-c

A refere-se somente ao contexto clínico.


2
-2
41

B refere-se ao alcance com que o teste mensura aquilo que se propõe a medir.
.8

C não se aplica aos testes projetivos, já que não são padronizados.


81
.6

D não se refere aos testes.


39

E não se refere necessariamente aos testes válidos, pois estão relacionados a


-0

alguma teoria da psicologia.


s
tin

Gabarito: B
ar
M

Comentários: Nossa... Essa foi muito fraca. Nem para botar alguma alternativa com
a
uz

o conceito de fidedignidade para confundir o candidato eles colocaram.


So
de

52. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016


o
bi

No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se


segue.
o
ai

O parecer psicológico é o documento a ser elaborado ao final da avaliação


C

psicológica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: Errado
Comentários: O laudo (Resolução CFP n 6 de 2019) é o documento elaborado ao
final da avaliação psicológica.

53. CESPE - MPU - Analista - Psicologia – 2013

| 204
Julgue o item subsequente, referente às técnicas de entrevista em
psicodiagnóstico.
Por meio da entrevista clínica, é possível ao profissional verificar características
indicadas pelos instrumentos padronizados.
( ) Certo ( ) Errado

12
Gabarito: Certo

5:
Comentários: A entrevista vai além dos dados colhidos pelos testes. Ocampo

:1
15
orienta, e a banca concorda, que deve ser semiestruturada. Ela serve tanto para

0
02
identificar a expressão do que foi colhido nos testes quanto para direcionar para a

/2
necessidade de novas aplicações.

12
6/
-1
54. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

om
Caso clínico 9A1AAA

.c
ok
Uma criança de seis anos de idade foi levada pela mãe para avaliação

tlo
psicológica por apresentar enurese noturna, ansiedade, compulsão alimentar,
ou
s@
insônia, baixo rendimento escolar e medo de pássaros, de acordo com o relato
tin

materno. O pai da criança não quis acompanhá-las na consulta porque se


ar

posicionou contra a intervenção psicológica.


m
io

Na escolha da técnica de entrevista adequada para a anamnese da paciente


ab

do caso clínico 9A1AAA, o psicólogo deve evitar a entrevista


of
ai

A de livre estruturação, pois crianças tendem a omitir informações quando os pais


-c
2

estão presentes. 

-2
41

B estruturada, devido a sua baixa aplicabilidade clínica, já que não considera


.8

suficientemente as demandas do paciente. 



81
.6

C semiestruturada, porque ela dificulta a aplicação de testes psicológicos,


39

procedimento ideal para o caso em questão. 



-0

D de triagem, devido à tenra idade da paciente. 



s
tin

E de triagem, por ser irrelevante para a decisão acerca 
 da intervenção a ser


ar
M

adotada no caso. 

a
uz

Gabarito: B
So

Comentários: Na entrevista estruturada, além de nós não conseguirmos alcançar


de

conteúdos qualitativamente mais relevantes que permitam diferenciar cada caso,


o
bi

não é possível aprofundar assuntos que desperta mais a atenção do examinador.


Além disso, considerando que na entrevista estruturada a ordem das perguntas não
o
ai
C

varia, é possível que haja o aumento de ansiedade por parte do entrevistado


justamente por não podermos começar com perguntas mais simples ou amplas.

55. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


Acerca da entrevista clínica (EC), julgue os itens seguintes.
Na perspectiva da psicanálise, os mecanismos da transferência são responsáveis pelos
laços sociais estabelecidos entre psicólogo e paciente durante a EC.
Gabarito: E

| 205
Comentários: Os mecanismos de transferência não constituem, não formam, os laços
sociais. Também não podemos afirmar que os laços sociais na entrevista clínica são
formados pela soma da transferência com a contratransferência. Laços sociais são
vinculações sociais entre o terapeuta e o paciente e incluem o papel social de cada um
na relação. A transferência e a contratransferência são efeitos dentro dessa relação.

12
5:
56. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014

:1
15
De acordo com a abordagem psicodinâmica, a formação reativa é um mecanismo

0
02
de defesa que pode surgir em relações psicoterapêuticas, por exemplo, durante a

/2
realização de uma EC.

12
6/
Gabarito: C

-1
Comentários: Sim, a formação reativa pode surgir dentro da entrevista clínica. Esse

om
mecanismo de defesa ocorre quando o paciente expressa um sentimento ou vontade

.c
ok
diametralmente oposto ao que verdadeiramente tem inconscientemente.

tlo
ou
57. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014
s@
tin

A técnica psicológica mais apropriada para o atendimento de pacientes com


ar

transtornos depressivos é a EC.


m
io

Gabarito: E
ab

Comentários: A entrevista clínica é uma das técnicas, mas não a principal para tratar
of
ai

pacientes depressivos.
-c
2
-2
41

58. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


.8

A EC não se aplica ao diagnóstico diferencial de pacientes com transtornos fóbicos e


81
.6

transtornos do estresse pós-traumático, já que esses diferentes transtornos podem


39

derivar um do outro.
-0

Gabarito: C
s
tin

Comentários: Sim, a banca considerou como correta e eu considero como errada.


ar
M

Aliás, acredito em erro duplo. A EC pode ajudar nesse tipo de diagnóstico diferencial,
a
uz

e muito bem, e um transtorno não deriva do outro!!!


So
de

59. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


o
bi

Nas instituições penitenciárias, o psicólogo deve, prioritariamente, utilizar a EC


como estratégia de intervenção para prevenir psicopatologias sociais.


o
ai

Gabarito: E
C

Comentários: Prioritariamente? Não né. E serve para prevenir psicopatologias


sociais? Desconheço essa função.

60. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


Recomenda-se que as entrevistas clínicas sejam associadas aos testes projetivos
para identificar de modo mais preciso as estruturas clínicas prevalentes nos
pacientes.

| 206
Gabarito: C
Comentários: O que está descrito na assertiva é o ideal para a avaliação psicológica.

61. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


Na EC, o psicólogo deve identificar a tensão entre as necessidades e os desejos do

12
paciente para, além de interpretar corretamente seus sintomas, realizar o

5:
encaminhamento adequado.

:1
15
Gabarito: C

0
02
Comentários: Em outras palavras, o psicólogo deve identificar o manifesto e o latente

/2
na demanda do paciente.

12
6/
-1
62. CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista - Psicologia - Específicos

om
Com relação ao processo de psicodiagnóstico e às técnicas projetivas, julgue os

.c
ok
itens a seguir.

tlo
A linguagem corporal do paciente, mesmo que manifestada exageradamente
ou
s@
durante a entrevista inicial — como, por exemplo, quando ele pisca repetidamente
tin

na abordagem de assunto —, deve ser desprezado pelo psicólogo na avaliação, a


ar

qual deve basear-se unicamente nos dados obtidos por meio de testes.
m
io

( ) Certo ( ) Errado
ab

Gabarito: E
of
ai

Comentários: o comportamento não-verbal é uma fonte de informações tão vasta


-c

quanto o que é manifestado verbalmente. Assertiva errada.


2
-2
41
.8

63. CESPE - MPU – 2013


81
.6

Por meio da entrevista clínica, é possível ao profissional verificar características


39

indicadas pelos instrumentos padronizados.


-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin

Gabarito: C
ar
M

Comentários: Isso mesmo. Com a entrevista clínica podemos, por exemplo,


a
uz

contemplar escalas e questionários que indicarão classificações ou até


So

diagnósticos.
de
o
bi

64. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


Em relação à entrevista clínica, assinale a opção correta.


o
ai

A) O resultado da entrevista está relacionado tanto à experiência e à habilidade do


C

entrevistador na tarefa de entrevistar quanto ao seu domínio da técnica de


entrevista.
B) O treinamento adequado de um entrevistador obedece a um protocolo que
garante a verificação de todos os aspectos e detalhes importantes da entrevista.
C) Sendo o beneficiado direto da entrevista clínica as pessoas entrevistadas, não se
recomenda a utilização dessa técnica de avaliação quando estiverem envolvidos

| 207
interesses múltiplos, a exemplo da realização de entrevista a pedido de uma
empresa.
D) O objetivo dessa entrevista é descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais
ou sistêmicos do indivíduo, casal ou família, sendo o tempo delimitado conforme o
sujeito a ser avaliado.

12
E) Havendo dificuldades no levantamento de informações, o avaliador deve

5:
interromper a entrevista para não ocorrer distorções ou influências na avaliação.

:1
15
Comentários: A

0
02
Gabarito: A capacidade de conduzir a entrevista está relacionada as competências

/2
previamente aprendidas pelo entrevistador quanto a sua capacidade em colocar

12
6/
em prática tais competências. No entanto, obedecer a um protocolo não garante

-1
que todos os aspectos importantes de uma entrevista sejam sempre satisfeitos,

om
além disso, como beneficiários da entrevista clínica, podemos ter tanto o

.c
ok
entrevistado quanto seus familiares ou o profissional solicitante. O tempo é

tlo
delimitado de acordo com o problema a ser estudado e não de acordo com o sujeito
ou
s@
atendido. Havendo dificuldades no levantamento de informações, o entrevistador
tin

deve utilizar outras técnicas para alcançar seus objetivos, nada de interromper a
ar

entrevista.
m
io
ab

65. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


of
ai

Na entrevista lúdica,
-c

A) é aconselhável que não haja interpretação.


2
-2
41

B) a criança se expressa nas seguintes modalidades de brinquedo: autoesfera,


.8

microesfera e macroesfera.
81
.6

C) a existência de transferência positiva entre a criança e o psicoterapeuta é


39

essencial para o sucesso do procedimento.


-0

D) somente nos encontros finais do acompanhamento, quando o psicoterapeuta


s
tin

questiona a criança a respeito das histórias surgidas no ato de brincar, a criança


ar
M

será capaz de estruturar a


a
uz

representação de seus conflitos, defesas e fantasias.


So

E) o terapeuta não estabelece contrato psicoterápico com as crianças, apenas com


de

os pais.
o
bi

Gabarito: A

Comentários: Quem ousa falar isso? Aberastury. No capítulo 9 do livro


o
ai

Psicodiagnóstico 5, temos:
C

Na entrevista lúdica, Aberastury (1978) considera também conveniente não


interpretar, já que ainda não temos como saber se a criança será tratada ou não
e, em caso de encaminhamento, qual a técnica mais adequada para aplicar.
Então, é muito delicado arriscar uma interpretação, porque podem se romper as
defesas, cuja fragilidade ou rigidez ainda não conhecemos, e, como
conseqüência, despertar muita ansiedade e/ou culpa, bem como alimentar
fantasias de que seus impulsos podem atacar ou destruir a relação com o

| 208
psicólogo, sentimentos estes que ficariam sem resolver, se a decisão for a de não
acompanhar psicoterapicamente a criança.

66. CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista - Psicologia - Específicos


Com relação ao processo de psicodiagnóstico e às técnicas projetivas, julgue os

12
itens a seguir.

5:
A entrevista inicial, que consiste na coleta de todos os dados do paciente, deve ser

:1
15
livre, de forma a se garantir a fidedignidade dos dados coletados. Isso significa que

0
02
o paciente é quem deve guiá-la, conforme sua queixa ou o motivo que o levou ao

/2
psicodiagnóstico.

12
6/
( ) Certo ( ) Errado

-1
Gabarito: E

om
Comentários: A entrevista inicial deve ser dirigida pelo entrevistador, com o

.c
ok
objetivo de formular hipóteses!

tlo
ou
s@
67. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos
tin

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


ar

Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a criança, a
m
io

fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.


ab
of

( ) Certo ( ) Errado
ai

Gabarito: E
-c
2

Comentários: Pode sim. O objetivo da entrevista lúdica é justamente levantar


-2
41

dados junto a criança.


.8
81
.6

68. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


39

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


-0

Na entrevista lúdica, a criança expressa seus sentimentos no brincar (com


s
tin

brinquedos disponibilizados pelo psicólogo) e também por meio de suas palavras.


ar
M

( ) Certo ( ) Errado
a
uz

Gabarito: E
So

Comentários: Vamos por partes. O que é a entrevista lúdica? É o tipo de entrevista


de

feita com crianças e que pode ser estruturada ou não. Geralmente esse tipo de
o
bi

entrevista deixa a criança livre para mexer e/ou brincar com os materiais. O

terapeuta realiza de forma gradual questões que tenham relação com o brinquedo
o
ai

e/ou brincar do momento, ao mesmo tempo em que realiza questões referentes à


C

problemática em questão. Mas como, então, essa assertiva está errada?


Muito provavelmente o erro está no fato de que na entrevista lúdica, pelo
menos para fins de concurso e para a postura adotada por Klein, Freud e
Aberastury, nem sempre o brincar e o conversar eliciarão transferência e, mesmo
assim, nem sempre teremos a exposição de sentimentos. Lembre-se que para
Aberastury, na entrevista lúdica não temos a intepretação das transferências.

| 209
Essa foi a única explicação que consegui para justificar o erro da assertiva.
Porém, não estou convencido e acredito que o CESPE errou em não anular ou
alterar o gabarito. Enfim... sigamos com a banca.

12
69. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos

5:
Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.

:1
15
Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a

0
02
criança, a fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
6/
Gabarito: E

-1
Comentários: Como explicamos anteriormente, a entrevista lúdica pode ser

om
estruturada ou não estruturada. Além disso, destaco que pode ser dirigida ou não

.c
ok
pelo psicólogo. Quando ela é estruturada, necessariamente ela é dirigida! Assertiva

tlo
errada.
ou
s@
tin
ar

70. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


m
io

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


ab

A entrevista clínica é um dos componentes do processo de avaliação


of
ai

psicológica de um sujeito.
-c

( ) Certo ( ) Errado
2
-2
41

Gabarito: C
.8

Comentários: Correto! Bleger fala que a entrevista é uma técnica de investigação


81
.6

científica em psicologia, sendo um instrumento fundamental do método clínico.


39
-0
s
tin
ar
M

71. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


a
uz

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens


So

seguintes.
de

Na entrevista clínica, requere-se delimitação temporal, de modo que se


o
bi

programe seu início e fim.


( ) Certo ( ) Errado
o
ai

Gabarito: C
C

Comentários: Com relação à entrevista clínica, podemos afirmar que ela comporta
diferentes fases. Os autores concordam com a existência de uma fase de
introdução, uma de exploração, uma de teste de hipótese e, finalmente, uma fase
de feedback (devolução da informação). Além disso, como é referido na assertiva,
existe uma programação de tempo de duração da entrevista. Assertiva correta.

| 210
72. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011
Julgue o item a seguir
Na entrevista, o psicólogo deve reconhecer as defesas e os modos de
estruturação e explicitá-los para o sujeito, especialmente quando as defesas atuem
diretamente na relação com o entrevistador (transferência).

12
( ) Certo ( ) Errado

5:
Gabarito: E

:1
15
Comentários: Tudo bem que é interessante reconhecer defesas e modos de

0
02
estruturação da personalidade, assim como os processos transferenciais, mas não

/2
é indicado explicitá-los.

12
6/
-1
om
73. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

.c
ok
Julgue o item a seguir

tlo
A entrevista devolutiva tem como único objetivo averiguar a atitude da
ou
s@
pessoa em relação à avaliação e às recomendações, ao seu desejo de segui-las ou
tin

de recusá-las.
ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io

Gabarito: E
ab

Comentários:
of
ai

Errada. A entrevista devolutiva visa devolver aos pacientes e solicitantes,


-c

o resultado da avaliação realizada. Deve ser clara e objetiva, orientando-os para


2
-2
41

procedimentos futuros.
.8
81
.6
39

74. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


-0

Julgue o item a seguir


s
tin

Incluem-se entre os objetivos da entrevista psicológica a investigação, o


ar
M

diagnóstico e a orientação.
a
uz

( ) Certo ( ) Errado
So

Gabarito: C
de

Comentários: Veja as modalidades/objetivos para as entrevistas


o
bi

psicológicas:

a) Diagnóstica Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do paciente, bem como


o
ai

as indicações terapêuticas adequadas. Assim, faz-se necessário uma


C

coleta de dados sobre a história do paciente e sua motivação para o


tratamento. Quase sempre, a entrevista diagnóstica é parte de um
processo mais amplo de avaliação clínica que inclui testagem
psicológica. É parte, na maioria das vezes, de um processo amplo de
avaliação que inclui testagem psicológica. Podem ser sindrômicas ou
dinâmicas. O primeiro visa à descrição de sinais (como, por exemplo:
baixa autoestima, sentimentos de culpa) e sintomas (humor

| 211
deprimido, ideação suicida) para a classificação de um quadro ou
síndrome (Transtorno Depressivo Maior). O diagnóstico
psicodinâmico visa à descrição e à compreensão da experiência ou do
modo particular de funcionamento do sujeito, tendo em vista uma
abordagem teórica.

12
b) Psicoterápica Procura colocar em prática estratégia de intervenção psicológica nas

5:
:1
diversas abordagens para acompanhar o paciente, esclarecer suas

15
dificuldades, tentando ajudá-lo à solucionar seus problemas;

0
02
c) De Logo no início da entrevista, deve ficar claro para o entrevistado, que

/2
Encaminhamento a mesma tem como objetivo indicar seu tratamento, e que este não

12
6/
será conduzido pelo entrevistador. (triagem)

-1
d) De Seleção O entrevistador deve ter um conhecimento prévio do currículo do

om
entrevistado, do perfil do cargo, deve fazer uma sondagem sobre as

.c
ok
informações que o candidato tem a respeito da empresa, e destacar

tlo
os aspectos mais significativos do examinando em relação à vaga
ou
s@
pleiteada, etc.;
tin

e) De Identifica os benefícios do tratamento por ocasião da alta do


ar
m

Desligamento paciente, examina junto com ele os planos da pós-alta ou a


io
ab

necessidade de trabalhar algum problema ainda pendente.


of

f) De Pesquisa Investiga temas em áreas das mais diversas ciências, somente se


ai
-c

realiza a partir da assinatura do entrevistado ou paciente, do


2
-2

documento: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Resolução


41

CNS no 196/96), no qual estará explícita a garantia ao sigilo das suas


.8
81

informações e identificação, e liberdade de continuar ou não no


.6

processo.
39
-0
s
tin
ar
M

75. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


a
uz

Julgue o item a seguir


So

Independentemente do objetivo a que se propõe, o psicólogo pode


de

utilizar a entrevista livre para complementar o processo de avaliação psicológica.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado
o

Gabarito: E
ai
C

Comentários: Independente nada. Assertiva errada. Quando a entrevista é


estritamente estruturada, por exemplo, admite-se apenas que o psicólogo siga o
roteiro.

76. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –


2011
Julgue os itens seguintes, relativos a técnicas de entrevista.

| 212
A entrevista motivacional é de longa duração, razão pela qual deve ser
realizada em várias entrevistas sucessivas.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: A entrevista motivacional busca fazer com que o entrevistado supere

12
ambivalências e adote uma postura com relação à sua problemática (se

5:
responsabilize). É uma técnica da ACP (Rogers) e costuma ser indicado em casos de

:1
15
dependência de substâncias. Não só pode ser de longa duração e realizada em

0
02
várias entrevistas como também pode, preferencialmente, ser realizada em uma

/2
única entrevista. Assertiva errada.

12
6/
-1
om
77. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –

.c
ok
2011

tlo
Julgue os itens seguintes, relativos a técnicas de entrevista.
ou
s@
Na entrevista de devolução — entrevista final posterior a aplicação do
tin

último teste —, o psicólogo faz uma comunicação verbal ao paciente, mas não a
ar

seus pais.
m
io

( ) Certo ( ) Errado
ab

Gabarito: Anulada
of
ai

Comentários: Segundo a CESPE: A redação do item está incompleta, motivo pelo


-c

qual se opta pela anulação do item.


2
-2
41
.8
81
.6

Bons estudos! =]
39

Professor Alyson Barros


-0
s
tin
ar
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai
C

| 213

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