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Professora Gabi Becalli

Psicologia Saúde e Hospitalar

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Psicologia da Saúde &
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Psicologia Hospitalar
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Professora Gabi Becalli

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Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Índice da aula
ÍNDICE DA AULA.................................................................................................................. 2
APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA ............................................................................... 3
PSICOLOGIA HOSPITALAR – SIMONETTI (2016) E OUTRAS REFERÊNCIAS ..... 5
OBJETIVO DA PSICOLOGIA HOSPITALAR ................................................................... 7
FUNCIONAMENTO DA PSICOLOGIA HOSPITALAR ................................................... 8
O DIAGNÓSTICO ................................................................................................................ 9

10
DIAGNÓSTICO REACIONAL: ...................................................................................... 12

2:
DIAGNÓSTICO MÉDICO: ............................................................................................ 19

:4
11
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL: ................................................................................... 20
DIAGNÓSTICO TRANSFERENCIAL: ........................................................................... 23

1
02
ALTA PSICOLÓGICA? ........................................................................................................... 26

/2
O PSICÓLOGO NO PRONTO-SOCORRO................................................................................... 26

12
7/
ATENDIMENTO PSICOLÓGICO NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA ................................... 27

-2
Os desafios e as possibilidades da atuação do psicólogo na unidade de terapia

om
intensiva/adultos - Resumo Comentado .......................................................................... 29

l.c
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE TERMINAL............................................................................... 33

ai
tm
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NOS CONTEXTOS DE SAÚDE E HOSPITALAR .... 36
ho
Roteiro de Avaliação Psicológica no Hospital Geral..................................................... 37
@
m

RESUMO COMENTADO - REFERÊNCIAS TÉCNICAS PARA ATUAÇÃO DE


_i
or

PSICÓLOGAS(OS) NOS SERVIÇOS HOSPITALARES DO SUS ................................. 39


m

BREVE HISTÓRICO ............................................................................................................... 40


la
au

PSICOLOGIA DA SAÚDE E PSICOLOGIA HOSPITALAR .......................................................... 41


-p

ATENÇÃO HOSPITALAR OU TERCIÁRIA ............................................................................... 43


4

INTERFACE ENTRE PSICOLOGIA E ATENÇÃO HOSPITALAR ................................................... 44


-0

ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NOS HOSPITAIS.......................................................................... 46


12
.0

CUIDADOS PALIATIVOS E MORTE ........................................................................................ 52


45
.6

A MORTE E O MORRER ................................................................................................... 53


58

PRIMEIRO ESTÁGIO: NEGAÇÃO E ISOLAMENTO .................................................................. 54


-8

SEGUNDO ESTÁGIO: A RAIVA .............................................................................................. 55


IM

TERCEIRO ESTÁGIO: A BARGANHA ..................................................................................... 55


R

QUARTO ESTÁGIO: A DEPRESSÃO ....................................................................................... 56


O
AM

QUINTO ESTÁGIO: A ACEITAÇÃO ........................................................................................ 56


ES

EUTANÁSIA, DISTANÁSIA E ORTOTANÁSIA............................................................. 56


R

RESOLUÇÃO Nº 41, DE 31 DE OUTUBRO DE 2018 - CUIDADOS PALIATIVOS ............. 59


VA
TA

LUTO ...................................................................................................................................... 62
LUTO E MELANCOLIA – FREUD (1917) ....................................................................... 66
LA
U

PONTOS PRINCIPAIS DO “MANUAL DE PSICOLOGIA CLÍNICA PARA


PA

HOSPITAIS” (ROMANO, 2008) ......................................................................................... 67


ENTREVISTA PSICOLÓGICA E CLÍNICA ................................................................................. 68
Enfoque da linha teórica: ............................................................................................... 68
Forma e estrutura: .......................................................................................................... 69
Objetivos:........................................................................................................................ 69
Roteiro: ........................................................................................................................... 69
PROCESSO DIAGNÓSTICO:.................................................................................................... 69
PACIENTE EM ESTADO CRÍTICO ........................................................................................... 70
A UNIDADE DE EMERGÊNCIA:.............................................................................................. 71
A FAMÍLIA HOSPITALIZADA ................................................................................................ 73

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Psicologia Saúde e Hospitalar

QUESTÕES DE PROVAS - ROMANO: ............................................................................ 74


CÂNCER E PSICO-ONCOLOGIA .................................................................................... 78
ATENÇÃO AO PACIENTE CIRÚRGICO ........................................................................ 82
PSICOLOGIA DA SAÚDE .................................................................................................. 85
PREVENÇÃO E PROMOÇÃO .......................................................................................... 85
PSICOLOGIA DA SAÚDE – STRAUB ............................................................................... 87
Perspectiva Biopsicossocial ........................................................................................... 89
TEORIAS SOBRE O COMPORTAMENTO DE SAÚDE ................................................ 91

10
2:
PSICOSSOMÁTICA............................................................................................................. 94

:4
ESTRESSE: ........................................................................................................................ 98

11
DOR ................................................................................................................................... 102

1
02
PSICOLOGIA DA SAÚDE – SPINK ................................................................................ 103

/2
12
BIOÉTICA ........................................................................................................................... 104

7/
-2
OS PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA ............................................................................................. 105
Beneficência/não maleficência ..................................................................................... 105

om
Autonomia ..................................................................................................................... 105

l.c
ai
Justiça ........................................................................................................................... 106

tm
TRABALHO EM EQUIPE - MULTI, INTER E TRANSDISCIPLINARIDADE........ 106 ho
@
VASCONCELOS (2002): ................................................................................................. 110
m

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE: CONCEITO E TIPOLOGIA (PEDUZZI, 2001): RESUMO


_i
or

COMENTADO ...................................................................................................................... 113


m
la

LISTA DE QUESTÕES ...................................................................................................... 116


au
-p

QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS.......................................................... 161


4
-0

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 248


12
.0
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.6

Apresentação da Professora
58
-8
IM

Olá, seja bem-vindo! Sou a professora Gabi Becalli, professora no Psicologia Nova.
R
O

Em relação a minha formação, fiz especialização em Residência Multiprofissional


AM

em Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente UFES/HUCAM e sou especialista


ES

em Psicologia em Saúde CRP/ES. Além disso, sou pós-graduada em Psicologia


R
VA

Organizacional.
TA
LA

Sou uma apaixonada pela área dos concursos em Psicologia e tenho algumas
U
PA

aprovações interessantes:

- PC/ES - 2019 – 1° lugar para cargo de Psicóloga, com desempenho de 9 questões a


mais que o segundo colocado;
- Marinha CP-T 2018 – 5° lugar geral para Psicóloga – Sendo 1° lugar no desempenho
na prova objetiva;
- Residência Multiprofissional UFES/2016 - 1° lugar geral, dentre todas as formações;
- 1° lugar para Psicóloga na Prefeitura de São Mateus/2015 e na Prefeitura de
Marilândia/2015).

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Psicologia Saúde e Hospitalar

- 3° lugar para Psicóloga na Prefeitura de Vitória/ES/2019, sendo 2° lugar na prova


objetiva.

Estamos aqui para oferecer o melhor curso possível e dar o apoio necessário nesse
difícil, mas gratificante, caminho dos concursos públicos em Psicologia.

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Psicologia Saúde e Hospitalar

PSICOLOGIA HOSPITALAR – Simonetti (2016) e outras


referências
Atenção! Já foi questão de prova!
“Entre 1952 e 1954, Mathilde Neder começou seu trabalho como
colaboradora na Clínica Ortopédica e Traumatológica (atualmente Instituto de
Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da USP - HC, acompanhando

10
psicologicamente crianças submetidas a cirurgias de coluna e suas famílias.

2:
:4
Esse evento marcou o início da Psicologia hospitalar no Brasil.” (Mathilde

11
Neder. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 25, n. 2, p. 332, 2005)

1
02
/2
12
Definição: “Psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos

7/
aspectos psicológicos em torno do adoecimento.” (Simonetti, 2016)

-2
om
l.c
Destaca-se que o objetivo da Psicologia Hospitalar são os aspectos

ai
psicológicos, e não as causas psicológicas. Assim, não se trata de dar ênfase à
tm
ho
equivocada disputa sobre a causação psicogênica versus a causação orgânica das
@
doenças. Afinal, o psíquico também é orgânico, e vice-versa.
m
_i
or
m

A psicologia hospitalar dá ênfase à questão psíquica, mas não desconsidera


la
au

a parte orgânica. Ao invés disso, questiona qual a reação psíquica diante dessa
-p

realidade orgânica, qual a posição do sujeito diante do real da doença.


4
-0
12

A psicologia hospitalar tem como objeto de trabalho não só a dor do


.0
45

paciente, como também a angústia declarada da família, a angústia disfarçada da


.6

equipe de saúde e a angústia comumente negada dos médicos. (Simonetti, 2016)


58
-8
IM

No hospital, o psicólogo realiza o denominado tratamento psicológico. Tal tarefa


R
O

é importante, pois: abre espaço para a subjetividade do sujeito adoentado; influi no


AM

curso da doença; e modifica a vivência que o paciente, os médicos e a família têm


ES

da própria doença.
R
VA
TA

1. ASPECTO PSICOLÓGICO EM TORNO DO ADOECIMENTO: nome dado às


LA

manifestações da subjetividade humana diante da doença. Exemplos: sentimentos,


U
PA

desejos, fala, pensamentos e comportamentos, fantasias e lembranças, conflitos,


entre outras manifestações. Aspectos psicológicos podem aparecer:

1. como causa da doença;


2. como desencadeador do processo patogênico;
3. como agravantes do quadro clínico;
4. como fator de manutenção do adoecimento;
5. como consequência do adoecimento.

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Psicologia Saúde e Hospitalar

- Aspetos psicológicos como causa da doença: É o próprio campo da


psicossomática, que demonstra a influência da mente sobre o corpo. A psicologia
hospitalar e a psicossomática são campos conceituais que não se recobrem de
completamente. A psicologia hospitalar compartilha com a psicossomática o
trabalho de identificar e tratar as causas psíquicas das doenças orgânicas,
entretanto a psicologia hospitalar não se limita a isso.
Assim, a psicologia hospitalar nasceu da psicossomática e da psicanálise,

10
mas vem ampliando o seu campo conceitual e sua prática clínica, criando uma

2:
identidade própria e diferente. (Simonetti, 2016)

:4
11
1
02
A Psicologia hospitalar não trata somente das denominadas doenças

/2
12
psicossomáticas (aquelas com causas psíquicas), mas sim dos aspectos

7/
psicológicos de toda e qualquer doença. “Toda doença apresenta aspectos

-2
psicológicos, toda doença encontra-se repleta de subjetividade, e por isso pode se

om
beneficiar do trabalho da Psicologia Hospitalar.” (Simonetti, 2016)

l.c
ai
tm
ho
- Aspetos psicológicos como desencadeador do processo patogênico: quando
@
uma vivência psicológica, consciente ou não, precipita o início do processo
m
_i

patogênico. Há, então, um fator psicológico desencadeante que age sobre uma
or
m

vulnerabilidade física preexistente. (Simonetti, 2016)


la
au
-p

- Aspetos psicológicos como agravantes do quadro clínico: muitas vezes, a


4

vivência psicológica não está ligada ao início da doença, mas ajuda a piorar o
-0
12

quadro clínico já instalado, ou dificulta o tratamento. Nesse caso, há um fator


.0
45

psicológico agravante. (Simonetti, 2016)


.6
58
-8

- Aspetos psicológicos como consequência do adoecimento: a doença é uma


IM

situação de perdas. Assim, pode-se perder, por exemplo: a saúde, a autonomia, o


R

dinheiro, ou mesmo a própria vida. Todas essas perdas envolvem consequências


O
AM

subjetivas para a pessoa. O sujeito confere sentido ao seu adoecimento. Esse


ES

conjunto de sentidos que a pessoa confere a seu adoecimento constitui, como


R

consequência, o campo dos aspectos psicológicos. (Simonetti, 2016)


VA
TA

- Aspetos psicológicos como fator de manutenção do adoecimento: a doença,


LA
U

entretanto, não é feita só de perdas. Também se ganha: ganha-se mais atenção e


PA

cuidado, pode-se ganhar o direito de não trabalhar, ou até mesmo uma desculpa
para explicar dificuldades existenciais, profissionais ou amorosas. Esses ganhos
secundários da doença mostram como aspectos psicológicos podem atuar como
fatores de manutenção do adoecimento.
(Simonetti, 2016)

DOENÇA = fenômeno complexo; abarca várias dimensões, como biológica,


psicológica e cultural. (Simonetti, 2016)

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Psicologia Saúde e Hospitalar

“A Psicologia Hospitalar tem como objetivo principal a minimização do


sofrimento provocado pela hospitalização. Se outros objetivos forem alcançados
a partir da atuação do psicólogo com o paciente hospitalizado – inerente aos
objetivos da própria psicoterapia antes citados –, trata-se de simples acréscimo ao
processo em si. O psicólogo precisa ter muito claro que sua atuação no contexto
hospitalar não é psicoterápica dentro dos moldes do chamado setting terapêutico.
Como minimização do sofrimento provocado pela hospitalização, também é

10
necessário abranger não apenas a hospitalização em si – em termos específicos da

2:
:4
patologia que eventualmente tenha originado a hospitalização –, mas

11
principalmente as sequelas e decorrências emocionais dessa hospitalização.”

1
02
(Psicologia hospitalar: teoria e prática / Fernanda Alves Rodrigues Trucharte,

/2
12
Rosa Beger Knijnik, Ricardo Werner Sebastiani; Valdemar Augusto Angerami-Camon

7/
(organizador). — São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003)

-2
om
l.c
ai
OBJETIVO DA PSICOLOGIA HOSPITALAR
tm
ho
@
m

Objetivo da Psicologia Hospitalar = Subjetividade.


_i
or
m

A psicologia se interessa em dar voz para a subjetividade do paciente,


la
au

restituindo-o ao lugar de sujeito. A psicologia hospitalar não estabelece uma meta


-p

ideal para o paciente alcançar, mas aciona o processo de elaboração simbólica do


4
-0

adoecimento. O psicólogo ajuda o paciente a fazer a travessia pela experiência do


12
.0

adoecimento, participando desse processo como ouvinte privilegiado, não como


45

guia para determinada meta.


.6
58
-8

Filosofia da Psicologia hospitalar: Medicina e Psicologia possuem objetos,


IM

métodos e propósitos diferentes. A filosofia da medicina é curar doenças e salvar


R
O

vidas; já a filosofia da Psicologia hospitalar é reposicionar o sujeito em relação a sua


AM

doença. A filosofia da psicologia hospitalar não se dá pela cura, mas também não se
ES

dá contra a cura.
R
VA
TA

“Curar sempre que possível, aliviar quase sempre, escutar sempre”


LA
U
PA

- A filosofia da psicologia hospitalar é a filosofia da escuta. Escuta-se não a


doença da pessoa, mas a pessoa que está enredada no meio dessa doença, escuta-
se a subjetividade.

“Quando o discurso médico fracassa em sua pretensão epistemológica de


banir a subjetividade, abrem-se então as portas do hospital para a psicologia entrar,
adentrar e cuidar dessas tais coisas que subvertem a ordem médica, que criam
confusão e perplexidade na cena hospitalar.” (Simonetti, 2016)

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Psicologia Saúde e Hospitalar

A psicologia hospitalar não busca a eliminação imediata do sintoma, já que


pretende escutar o que esse sintoma tem a dizer. Para a psicologia, os sintomas
além de doerem e fazerem sofrer, carregam em si uma dimensão de mensagem. Há
a ideia de que o sujeito fala por meio de seus sintomas, ou mesmo é falado por eles.

(Simonetti, 2016)

10
FUNCIONAMENTO DA PSICOLOGIA HOSPITALAR

2:
:4
11
1
02
A estratégia da Psicologia hospitalar é tratar o adoecimento no registro do

/2
simbólico; até porque, no registro do real, já o trata a medicina.

12
7/
-2
A Psicologia Hospitalar não se interessa pela doença em si, mas pela relação

om
que o sujeito tem com o seu sintoma. O interesse da psicologia hospitalar é pelo

l.c
destino do sintoma, pelo que o paciente faz com sua doença, pelo significado que

ai
tm
confere a essa doença. E a isso só se chega pela linguagem, pela palavra.
ho
@
m

“No hospital há muita gente querendo dizer para o paciente o que ele tem que fazer,
_i
or

querendo dar conselhos, estimulando, mas não há ninguém, além do psicólogo,


m
la

querendo escutar o que ele tem a dizer.” (Simonetti, 2016)


au
-p
4

Com a finalidade de concretizar a estratégia de trabalhar o adoecimento no


-0
12

registro do simbólico, a psicologia hospitalar utiliza duas técnicas: a escuta


.0

analítica e o manejo situacional.


45
.6
58

- Escuta analítica: reúne as intervenções básicas da Psicologia Clínica, como


-8

a escuta, a associação livre, a interpretação, a análise da transferência, entre outras.


IM
R

- Manejo situacional: envolve intervenções ligadas à situação concreta que


O
AM

se forma em torno do adoecimento, por exemplo: controle situacional,


ES

gerenciamento de mudanças, análise institucional, mediação de conflitos,


R

psicologia de ligação, entre outros fatores.


VA
TA
LA

Curiosidade! 😊 De onde vem o termo clínica?


U
PA

Na Grécia antiga, existiam dois tipos de médicos: os que cuidavam dos


cidadãos gregos e os que cuidavam dos escravos. Como os escravos eram
originários de outras nações e não falavam o idioma grego, a comunicação não era
possível. Assim, os médicos apenas os examinavam e medicavam.
Diferentemente disso, os médicos que cuidavam de seus compatriotas
gregos costumavam conversar muito com eles. E, para conversar com pessoas
doentes, é preciso se inclinar um pouco sobre o leito. Assim, eles começaram a ser
conhecidos como os médicos que se inclinavam, do grego inclinare, e com isso

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Psicologia Saúde e Hospitalar

nasceu o atual termo “clínica”. Assim, o psicólogo hospitalar é um clínico!


(Simonetti, 2016)

• Psicologia Hospitalar é o campo de


Definição entendimento e tratamento dos

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aspectos psicológicos em torno do

2:
adoecimento.

:4
11
1
02
• Subjetividade;

/2
Objetivos

12
• Ajudar o sujeito a fazer a travessia da

7/
experiência do adoecimento.

-2
om
l.c
• Curar sempre que possível, aliviar

ai
Filosofia
tm
quase sempre, escutar sempre;
• Além-da-cura. ho
@
m
_i
or

• Tratar do adoecimento no registro do


m

Estratégia simbólico;
la
au

• É pela palavra que o psicólogo realiza


-p

seu trabalho.
4
-0
12
.0

Técnica
45
.6

• Escuta analítica e Manejo situacional.


58
-8
IM
R
O

Paradigma
AM

• O ser humano como um todo.


ES
R
VA
TA
LA

O DIAGNÓSTICO
U
PA

O diagnóstico não é apenas um rótulo, ele orienta o trabalho do psicólogo. Sem o


diagnóstico, o psicólogo pode ficar perdido, sem rumo na imensidão do hospital.
Quatro são os eixos que compõem o diagnóstico:

• Diagnóstico Reacional = modo como o sujeito reage à doença; foco na


posição que a pessoa assume em relação à doença.

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Psicologia Saúde e Hospitalar

• Diagnóstico Médico = sua condição clínica; foco em como é a doença do


ponto de vista orgânico.

• Diagnóstico Situacional = análise das diversas áreas da vida do sujeito;


abre-se para a amplitude de vida da pessoa.

• Diagnóstico Transferencial = estuda as relações que a pessoa estabelece a

10
partir do adoecimento. (Simonetti, 2016)

2:
:4
11
Esses eixos são formas diferentes e complementares de abordar a doença. Além

1
02
disso, esses eixos:

/2
12
7/
- Possuem a vantagem de identificar as situações-alvos para a abordagem

-2
terapêutica;

om
- Organizam, na mente do psicólogo, o material clínico fornecido pelo paciente.

l.c
ai
(Simonetti, 2016)

tm
ho
@
- Diagnosticar: está ligado ao instante de ver, ao tempo de entender e ao
m
_i

momento de intervir.
or
m
la

- A principal razão pela qual os diagnósticos são realizados é que eles


au
-p

facilitam o tratamento. Com um diagnóstico bem feito, a melhor estratégia


4

terapêutica se evidencia. (Simonetti, 2016)


-0
12
.0
45

- Outras razões pelas quais os diagnósticos são feitos são:


.6

• A pesquisa científica; e
58
-8

• A comunicação entre os profissionais.


IM
R

- Diagnóstico na psicologia hospitalar: na medicina, “o diagnóstico é o


O
AM

conhecimento da doença por meio de seus sintomas”. Por outro lado, na Psicologia
ES

Hospitalar “é o conhecimento da situação existencial e subjetiva da pessoa


R

adoentada e sua relação com a doença”. (Simonetti, 2016)


VA
TA
LA

- O diagnóstico na psicologia hospitalar não é expresso em termos de nomes


U

de doenças, mas “por uma descrição abrangente dos processos que influenciam e
PA

são influenciados pela doença. Não oferecemos rótulos, e sim uma visão
panorâmica”. (Simonetti, 2016)

- Diagnóstico é o modo que o psicólogo dispõe para organizar melhor seu


pensamento. Além disso, é uma hipótese de trabalho, NÃO sendo uma verdade
absoluta. Assim, não é necessário descobrir qual a “verdade” de uma doença para
que se possa ajudar o paciente a enfrentar tal situação; o que é preciso é descobrir
a verdade do paciente sobre a doença... isso sim é fundamental. (Simonetti, 2016)

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Psicologia Saúde e Hospitalar

Para trabalhar em psicologia hospitalar é preciso talento e intuição, mas isso não é
suficiente. É preciso se buscar o entendimento racional do processo de
adoecimento e o planejamento consciente das ações terapêuticas. (Simonetti,
2016)

- Houve uma retomada da importância do diagnóstico. É nesse contexto de


revalorização clínica e científica no diagnóstico, que a psicologia hospitalar visa se

10
inserir. (Simonetti, 2016)

2:
:4
11
- Destaca-se que a separação entre o diagnóstico e a terapêutica é somente

1
02
didática. Isso porque, na prática, o próprio ato de colher dados de um sujeito,

/2
12
objetivando a formulação de um diagnóstico, é também uma intervenção com

7/
efeito terapêutico, ou seja, o diagnóstico já é um tratamento.

-2
Por exemplo, quando o psicólogo entrevista um paciente pela primeira vez,

om
procurando diagnosticar sua forma de reação perante a doença, ao mesmo tempo,

l.c
ai
já está oferecendo ao paciente uma escuta e permitindo o sujeito elaborar sua

tm
doença por meio da fala. (Simonetti, 2016) ho
@
m
_i

- Cuidado! Para Simonetti (2016), diagnóstico em Psicologia Hospitalar é


or
m

diferente de Psicodiagnóstico.
la
au
-p

- Psicodiagnóstico é “um procedimento estruturado por meio de testes


4

psicológicos que visam a determinar a posição do sujeito em determinadas escalas


-0
12

de inteligência ou em outra função psíquica”. (Simonetti, 2016)


.0
45
.6

- Por outro lado, o diagnóstico em psicologia hospitalar não se vale de testes.


58
-8

Seu instrumento é o olho clínico do psicólogo. De acordo com Simonetti (2016),


IM

atualmente, o psicodiagnóstico não tem aplicação em psicologia hospitalar.


R

(Simonetti, 2016)
O
AM
ES

Para Simonetti (2016), o Psicodiagnóstico, necessariamente, faz uso de


R

testes psicológicos. Mas, em se tratando desse tema, é importante lembrar


VA
TA

posicionamentos diferentes de outros teóricos.


LA
U

Importante lembrar! 😊
PA

Psicodiagnóstico “é um tipo de Avaliação Psicológica com propósitos


clínicos”. O Psicodiagnóstico objetiva identificar forças e fraquezas no
funcionamento psicológico, com foco na existência ou não de uma
psicopatologia. Além disso, é “um processo científico, limitado no tempo, que
utiliza testes e técnicas em nível individual ou não, seja para entender problemas à
luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para

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Psicologia Saúde e Hospitalar

classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados, na base


dos quais são propostas soluções, se for o caso”. (Cunha, 2000).

Na visão clássica de Jurema Alcides Cunha, o Psicodiagnóstico utiliza


técnicas E testes psicológicos. A conjunção “e” sugere a obrigatoriedade do uso
de testes para que a avaliação psicológica em questão possa ser denominada
psicodiagnóstico.

10
Em uma abordagem mais recente, no livro Psicodiagnóstico (Hutz, Bandeira,

2:
Trentini, Krug; 2016), os autores discordam dessa visão que diferencia o

:4
11
Psicodiagnóstico meramente pela utilização de testes psicológicos. Entendendo

1
02
que o que é mais específico no psicodiagnóstico é seu caráter investigativo,

/2
podendo o mesmo ocorrer com o uso ou não de testes psicológicos.

12
7/
-2
De acordo com Hutz, Bandeira, Trentini, Krug (2016) psicodiagnóstico é

om
definido como: “um procedimento científico de investigação e intervenção

l.c
ai
clínica, limitado no tempo, que emprega técnicas E/OU testes com o propósito de

tm
avaliar uma ou mais características psicológicas, visando um diagnóstico
ho
@
psicológico (descritivo e/ou dinâmico), construído à luz de uma orientação teórica
m

que subsidia a compreensão da situação avaliada, gerando uma ou mais


_i
or

indicações terapêuticas e encaminhamentos.”


m
la
au
-p

Para Moretto (2016), a caracterização dos dispositivos clínicos psicológicos de um


4

Serviço de Saúde obedece à seguinte ordem de procedimentos: acolhimento,


-0
12

triagem, diagnóstico e tratamento e avaliação de resultados.


.0
45

- Triagem = é o atendimento prévio discriminatório quanto às necessidades


.6

e indicações de atendimento referentes à área psicológica; possibilita ao psicólogo


58
-8

identificar as necessidades do paciente, para assim optar pelo encaminhamento


IM

mais apropriado para resolver os problemas detectados


R

- Acolhimento = é o momento em que o psicólogo escuta as demandas


O
AM

iniciais do paciente que procura a instituição numa tentativa de construir um


ES

vínculo.
R

- Processo de psicodiagnóstico = na instituição de saúde, possibilita ao


VA
TA

psicólogo a construção do diagnóstico do paciente em relação a diversas questões,


tais como estrutura psíquica, dinâmica das suas relações e tipo de relação que o
LA
U

paciente estabelece com a sua doença e com a instituição.


PA

DIAGNÓSTICO REACIONAL:

A doença se instala de forma central na vida das pessoas. Tudo o mais perde
importância, ou passa a girar em torno da doença, numa espécie de órbita que
apresenta quatro posições principais:

| 12
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1.Negação;
2.Revolta;
3.Depressão;
4. Enfrentamento.

Negação

10
2:
:4
11
1
02
/2
12
Enfrentamento Revolta

7/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
Depressão
m
_i
or
m
la

Destaca-se que tal ordem não é fixa e qualquer combinação é possível de ser
au
-p

encontrada na prática. O paciente pode se fixar em uma posição intermediária entre


4

essas quatro posições fundamentais. Além disso, a posição pode variar de um dia
-0
12

para o outro.
.0
45
.6

As posições também ocorrem em outras situações, como no enfrentamento


58

de crises, no recebimento de notícias ruins e na situação de morte.


-8
IM
R

O diagnóstico reacional se baseia no trabalho da psiquiatra Elisabeth KublerRoss,


O
AM

que estudou pacientes terminais que lidavam com a proximidade da morte.


ES

Elisabeth Kubler-Ross é autora do livro intitulado “Sobre a morte e o morrer”. De


R

acordo com ela, os pacientes passam por cinco estágios: Negação (que pode durar
VA

de segundos até meses e nunca é uma negação total); Raiva/revolta; Barganha;


TA

Depressão e Aceitação.
LA
U
PA

➢ NEGAÇÃO: comumente, a primeira reação de uma pessoa diante da doença


é de choque, seguido de descrença. Isso se manifesta em frases como “não é
possível” ou “isso não está acontecendo comigo”.
Quando o sujeito nega a doença, não faz de caso pensado, nem para
irritar a equipe médica ou os familiares. O paciente faz isso porque, naquele
momento, é o que ele dá conta de fazer. “A negação deve ser respeitada, e
não confrontada a qualquer custo, nem a qualquer hora.” (Simonetti, 2016)

| 13
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O sujeito pode agir como se a doença não existisse, ou minimiza a


gravidade da doença e adia providências e cuidados necessários. As soluções
tentadas na negação têm um componente do tipo mágico. Por
exemplo, a pessoa espera que algo divino aconteça e resolva o problema.

A pessoa que nega sua doença, normalmente, se sente irritada e


angustiada. A irritação é resultado de uma raiva reprimida, que se espalha

10
de forma difusa. Já o medo da doença encontra-se reprimido, e o que surge

2:
é uma angústia vaga e indefinida.

:4
11
1
02
Diversos pacientes não negam a doença para si mesmos, mas podem

/2
esconder isso das pessoas mais próximas. Em outros casos, a negação da

12
7/
doença é por vergonha, como, por exemplo, nos casos das doenças

-2
sexualmente transmissíveis. Esses casos, embora não consistam numa

om
negação verdadeira, podem tirar do sujeito a chance de conversar sobre

l.c
ai
sua doença, e isso também pode gerar solidão e angústia.

tm
ho
@
A negação também pode acontecer por parte dos familiares e da
m

equipe médica em relação ao paciente. São situações em que se questiona


_i
or

se seria melhor contar, ou não contar, para o paciente sobre seu diagnóstico
m
la

ou prognóstico. Nesse caso, de fato, o verdadeiro problema não está em


au
-p

contar ou não contar, mas em como contar.


4

A negação não é total ou permanente, sendo que “há sempre uma


-0
12

brecha pela qual se vislumbra o real insuportável”. (Simonetti, 2016)


.0
45
.6

❖ Tipo de solução -> mágica


58


-8

Emoção predominante -> alegria


IM

❖ Emoção evitada -> medo


R


O

Pensamento -> onipotente


AM

❖ Comportamento -> adiar/procrastinação


ES

❖ Estado de ânimo -> irritado e angustiado


R
VA

❖ Mecanismo -> projeção


TA

❖ Esperança -> exagerada


LA

❖ Frases -> “Não é possível”; “No fim tudo dá certo”


U
PA

❖ O sujeito -> insiste

➢ REVOLTA: Nessa posição, a pessoa enxerga a doença e é tomada por uma


revolta que pode ser dirigida para vários lados: contra a doença, contra a
equipe de saúde, contra si mesmo, contra a família, contra o mundo. Frase
característica na revolta é: “sim, é comigo, e não é justo”. (Simonetti, 2016)

A revolta comumente se inicia com uma frustração. Afinal, a


doença frustra a liberdade e a rotina do sujeito.

| 14
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Diferentemente da passividade associada à posição de negação,


a revolta se caracteriza por uma intensa atividade. Mas, tal atividade, muitas
vezes, não é produtiva. Assim, ela seria mais bem denominada de agitação,
pois não é direcionada ao problema. Ou seja, a revolta caracterizada por essa
agitação é, na verdade, uma passividade, já que não leva ao enfrentamento
da doença de fato. Por exemplo, uma pessoa que perante a doença se comporta de
maneira nervosa, gritando e agredindo pessoas, é, na verdade,

10
passiva, embora seu comportamento seja ativo.

2:
:4
11
O termo “paciente difícil”, tão comum nos hospitais, é o

1
02
protótipo da pessoa na posição de revolta, embora alguns pacientes na

/2
posição de depressão também possam receber tal rótulo.

12
7/
-2
O pensamento na revolta gira em torno da lógica da injustiça: do

om
fato de a doença acometer alguém que nunca fez mal a ninguém.

l.c
ai
tm
As soluções tentadas na revolta são do tipo impulsiva: uma ação
ho
@
para descarregar tensão acumulada. As soluções do tipo impulsiva se
m

enquadram, na verdade, no tipo de passividade denominada agitação.


_i
or
m
la

Destaca-se que “a raiva é positiva, é um sinal de luta pela vida,


au
-p

uma tentativa de afirmação subjetiva” (Simonetti, 2016). O problema da


4

raiva, na revolta, é o seu exagero e sua constância. A raiva, quando ocorre


-0
12

como condição quase permanente, está, muitas vezes, a serviço de evitar a


.0

angústia e a tristeza. De forma similar, quando a tristeza se torna


45
.6

permanente (na depressão), comumente envolve uma dificuldade de lidar


58

com a raiva.
-8
IM
R

“Na posição de revolta, a pessoa resiste, luta, mas é preciso


O
AM

caminhar em direção ao enfrentamento mais realista, direcionando os


ES

esforços, por exemplo, para o tratamento, do contrário o organismo entrará


R

em colapso.” (Simonetti, 2016)


VA
TA

❖ solução tentada -> impulsiva


LA
U

❖ emoção predominante -> raiva


PA

❖ emoção evitada -> tristeza


❖ pensamento -> injustiça
❖ comportamento -> fora de foco/ agitação
❖ estado de ânimo -> estressado e solitário
❖ o sujeito -> resistir
❖ mecanismo -> luta
❖ forma de passividade -> a luta não muda o problema

| 15
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❖ esperança -> querelante


❖ frases -> “Isso não é justo”; “Por que eu?”

➢ DEPRESSÃO: Nessa posição, a pessoa se entrega a sua doença; é como uma


desistência; é uma fase de desesperança. Não há medo da morte, nem
vontade de viver, mas há tristeza.

A frase mais comum na posição depressiva é, na verdade, o silêncio.

10
Contudo, alguns ditos são comuns, como: “para quê?” ou “não adianta”.

2:
:4
11
A depressão pode assumir diversas formas diferentes. Freud distingue

1
02
dois tipos principais de depressão: o luto e a melancolia. “o primeiro, uma

/2
12
reação no campo da normalidade, o segundo adentrando já o

7/
psicopatológico”. No luto, a pessoa recolhe sua libido, antes direcionada ao objeto,

-2
para a investir num outro lugar, fazer outra coisa. Já na melancolia,

om
o luto é acrescido da culpa e da autoacusação.

l.c
ai
tm
Quando um paciente é diagnosticado na posição de depressão, é ho
@
preciso, então, ir mais adiante e especificar o tipo: depressão reacional (luto)
m
_i

ou depressão melancólica.
or
m
la

No processo de adoecimento, a depressão (em seu sentido de luto e


au
-p

tristeza) é uma etapa necessária ao enfrentamento da doença.


4
-0
12

“A posição de depressão na órbita reacional não é a mesma coisa que


.0
45

a doença denominada depressão. Naquela posição, a pessoa apresenta uma


.6

série de sintomas que também estão presentes na doença depressão, mas,


58
-8

pelo seu caráter passageiro e reativo, não preenche os critérios diagnósticos


IM

para depressão propriamente dita. (...) em determinados casos, as duas


R
O

entidades podem estar presentes, mas essa não é a regra.” (Simonetti, 2016)
AM
ES

Na posição de depressão, a tendência é para inatividade, quase não


R
VA

há ação. Diferentemente da posição de negação, com seu pensamento


TA

onipotente, a posição de depressão evidencia um pensamento com


LA

conteúdo de impotência.
U
PA

As soluções tentadas pelo paciente na posição de depressão são do


tipo narcísica (o narcisismo é o recolhimento da libido investida nos objetos
para investimento no próprio “eu”). Exemplo disso é que, na depressão, a
palavra “eu” é recorrente: “eu não consigo”, “eu não tenho mais jeito”. Em
se tratando da emoção, a posição depressiva é caracterizada pela tristeza.

❖ solução tentada -> narcísica


❖ emoção predominante -> tristeza

| 16
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❖ emoção evitada -> raiva


❖ pensamento -> impotência
❖ comportamento -> paralisia
❖ estado de ânimo -> sem graça, faz por fazer
❖ o sujeito -> desiste
❖ mecanismo -> luto
❖ passividade -> não há luta
❖ esperança -> minimizada

10
2:
❖ frases -> não adianta; para quê?; não vai dar certo

:4
11
1
➢ ENFRENTAMENTO: Nessa posição, a pessoa encara a doença de maneira

02
/2
mais realista. No enfrentamento, a posição em relação à doença passa a ser

12
uma alternância/mistura entre a luta e o luto. Assim, enquanto na depressão

7/
-2
só havia luto e na revolta só havia luta, no enfrentamento existe uma

om
alternância entre as duas forças.

l.c
ai
tm
Luta = tudo o que uma pessoa faz diante de um limite, tentando
ho
modificá-lo; Luto = tudo que a pessoa faz diante de uma perda objetal,
@
m

tentando suportá-la.
_i
or
m
la

“Não estamos livres das contingências e limitações da vida, mas


au
-p

somos livres para decidir o que vamos fazer a partir delas”. O sujeito
4

descobre que não está livre da doença, mas é livre para se posicionar diante
-0
12

da doença.
.0
45
.6

No enfrentamento, o sujeito busca soluções do tipo realista. Destacase que a


58

realidade tem, no mínimo, dois lados: o que podemos mudar


-8

(potência real) e outro que não podemos (impotência real).


IM
R
O
AM

Realismo é a soma da potência com a impotência. “Quando a pessoa


não enxerga sua potência, achando que nada pode fazer, temos a depressão
ES
R

com sua impotência total. Ao contrário, quando a pessoa não se dá conta


VA

de seus limites, achando que pode tudo, temos a onipotência característica


TA

da negação.
LA
U
PA

O pensamento na posição de enfrentamento é caracterizado por sua


amplitude, sendo inclusivo e não negando aspectos positivos, nem
negativos da realidade e da doença. Diversas emoções estão presentes,
como: raiva, tristeza, alegria, entre outras.

A posição de enfrentamento é uma invenção individual, sendo que


cada um encontra sua forma singular de enfrentar a doença. Inclusive, seria
mais coerente denominar o enfrentamento como um processo, não como
uma posição.

| 17
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No enfrentamento, o sujeito aprende a desfrutar das pequenas


coisas, e tudo o que faz parece ser carregado de muita intensidade. Quanto
ao aspecto comportamental, no enfrentamento a pessoa faz o que tem de
fazer.

Em suma, o enfrentamento é luta mais luto, “com tudo o que isso


implica, até mesmo um tanto de angústia, tristeza, medo, irritação. Inclui um

10
pouco de tudo, mas na medida certa e de forma consciente.” (Simonetti,

2:
2016)

:4
11
1
02
❖ solução tentada -> realista

/2

12
emoção predominante -> todas

7/
❖ emoção evitada -> nenhuma

-2
❖ pensamento-> potência

om
l.c
❖ comportamento-> o que tem que fazer

ai

tm
estado de ânimo-> flexível
❖ sujeito-> cria, inventa ho
@
m

❖ mecanismo-> luta e luto


_i
or

❖ forma de passividade-> não há


m


la

esperança -> matizada


au
-p
4
-0
12

ESPERANÇA: não é uma posição na órbita da doença, mas sim um fio que sustenta e
.0

conecta as quatro posições já citadas. A esperança sempre está presente e se repete


45

em todas as posições. Na negação, é do tipo exagerada; na revolta, é querelante; na


.6
58

depressão, é mínima; e no enfrentamento, matizada pelo real. (Simonetti, 2016)


-8
IM
R
O
AM
ES
R
VA
TA
LA
U
PA

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Psicologia Saúde e Hospitalar

10
2:
:4
11
1
02
/2
12
7/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
m
_i
or
m
la
au
-p
4
-0
12
.0
45
.6
58
-8

(Simonetti, 2016)
IM
R
O
AM

DIAGNÓSTICO MÉDICO:
ES
R
VA

É uma síntese da situação clínica do paciente. Deve incluir:


TA
LA

➢ nome da doença;
U
PA

➢ sua condição aguda (início súbito e pouco tempo de evolução) ou crônica


(se prolonga por tempo considerável);
➢ os sintomas principais;
➢ tratamento proposto;
➢ a medicação em uso;
➢ aderência ao tratamento (a baixa aderência ao tratamento, e mesmo sua
total recusa, é a situação que com mais frequência demanda a atenção do
psicólogo);

| 19
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➢ o prognóstico (é a previsão sobre a evolução de determinado caso);


➢ o risco de contágio;
➢ o nível de proteção requerida;
➢ comorbidades (existência simultânea de outra doença, além da doença
considerada principal).

Para obter tais informações, o psicólogo pode consultar o prontuário


médico, fazer perguntas para a equipe de saúde, ou mesmo perguntar diretamente

10
ao paciente. (Simonetti, 2016)

2:
:4
11
1
02
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL:

/2
12
7/
-2
Esse diagnóstico levanta uma visão panorâmica da vida do paciente, usando

om
áreas não diretamente relacionadas com a doença, mas que influenciam e são

l.c
influenciadas pela doença. Tais áreas são:

ai
tm
- vida psíquica, ho
@
m

- vida social,
_i
or

- vida cultural e
m
la

- dimensão corporal/físico.
au
-p

O diagnóstico situacional busca dar conta, da melhor maneira possível, da


4
-0
12

complexa tarefa que é “tratar o paciente como um todo”. Assim, a medicina


.0

diagnostica e trata a doença da pessoa, já a Psicologia hospitalar diagnostica e trata


45
.6

a pessoa na doença.
58
-8

“O diagnóstico situacional é um mapeamento dos pontos e problemas na


IM
R

vida diária do paciente que dificultam o enfrentamento da doença, e também dos


O
AM

pontos de apoio que ajudam nesse processo”. Esse diagnóstico identifica as


situações relevantes, mas NÃO se trata de uma análise completa e exaustiva da vida
ES
R

do sujeito. Dessa forma, deve ser objetivo e conciso.


VA
TA

- O FÍSICO: É o primeiro nível do diagnóstico situacional e busca


LA

avaliar a constituição física e a relação do sujeito com seu próprio


U
PA

corpo. São consideradas variações como: obesidade e magreza


extrema; além de cuidados de higiene, formas de se vestir, entre
outros aspectos.

- VIDA PSÍQUICA: Neste nível, são identificados:

➢ os principais traços de personalidade;


➢ possíveis conflitos psicodinâmicos;
➢ eventuais doenças mentais.

| 20
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Conceito de personalidade: conjunto de disposições psicofísicas


que conferem ao indivíduo tanto um padrão de funcionamento
psíquico, como de relacionamento interpessoal.

Destaca-se que a personalidade da pessoa influencia muito a


maneira como ela enfrenta a doença. O contrário também é verdadeiro,
já que a doença influi na personalidade, realçando ou atenuando

10
determinados traços pré-existentes, embora muito raramente produza

2:
uma verdadeira mudança na personalidade.

:4
11
1
02
Em relação à avaliação psicodinâmica, são avaliados os conflitos

/2
psíquicos.

12
7/
-2
Já em relação ao diagnóstico da saúde mental, busca-se identificar

om
alterações patológicas atuais, assim como fazer uma investigação sobre

l.c
ai
a história psiquiátrica do paciente. Aqui 3 situações são frequentes:

tm
paciente psiquiátrico que adoece fisicamente; o paciente sem história
ho
@
psiquiátrica, mas que passa a apresentar alguma patologia em razão de
m

causas orgânicas; e o paciente com sintomas físicos em razão de


_i
or

conflitos psíquicos.
m
la
au
-p

Simonetti (2016) destaca os sintomas psiquiátricos mais


4

frequentes no hospital geral. Neste material, não citaremos todos os


-0
12

sintomas elencados no livro, já que essas definições estão presentes e


.0

são mais bem explicadas no material sobre Psicopatologia.


45
.6

Ainda assim, citaremos algumas das definições mais


58

concursáveis:
-8
IM
R

• Delirium: Flutuação no nível de consciência acompanhada de


O
AM

confusão, desorientação, ansiedade, agitação. Há causa orgânica.


ES
R

• Delirium tremens: surge com o agravamento na síndrome de


VA

abstinência do álcool.
TA
LA
U

• Alucinação: percepção na ausência de estímulo sensorial. Pode ser:


PA

visual, auditiva, olfativa, gustativa ou cinestésica. Indica psicose se o


teste de realidade estiver comprometido.

• Alucinose: é mais comumente auditiva. Está associada ao uso


crônico do álcool e ocorre sem diminuição do nível da consciência.

• Ilusão: percepção falsa, ou deformada, de objeto real e presente.


• Delírio: pensamento falso, acompanhado de convicção
extraordinária, que não pode ser corrigido pela argumentação e pelo

| 21
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teste de realidade. Pode ter vários conteúdos como: culpa, ciúme,


perseguição, entre outros.

• Alextimia: incapacidade ou dificuldade para descrever ou


conscientizar-se das próprias emoções.

• Hipocondria: relação angustiada com o próprio corpo caracterizada


por temores de estar, ou vir a estar, doente sem fundamento.

10
2:
• Psicose: alucinação e delírio com a criação de uma nova realidade.

:4
11
1
02
• Demência: declínio das funções cognitivas, como: memória

/2
linguagem, raciocínio. Há comprometimento das atividades da vida

12
7/
diária.

-2
om
- VIDA SOCIAL: A vida social é a rede de relacionamentos interpessoais

l.c
ai
que caracterizam o cotidiano do sujeito. Pode-se dividir a vida social em

tm
quatro áreas: família; financeira; par; e profissional. ho
@
m
_i

O objetivo do diagnóstico é identificar, em cada uma das quatro áreas


or

citadas:
m
la
au
-p

- a situação vital desencadeante (SVD)


4

- o ganho secundário (GS)


-0
12

- as figuras vitais (FV)


.0
45
.6

- SVD = é qualquer acontecimento na vida da pessoa que, quando lhe


58

apresenta uma exigência em relação a posicionamento social ou em


-8
IM

relação a trabalho psíquico, cria um estresse. Esse estresse, somado a


R

uma predisposição biológica, coloca em andamento um processo de


O
AM

adoecimento. Não se trata da causa da doença, mas de uma situação


ES

que desencadeia uma doença. Exemplos: separação amorosa, gravidez


R

indesejada, aborto, casamento próximo, conflitos familiares, filhos


VA

saindo de casa, aposentadoria, desemprego, assalto, guerra, entre


TA

outros. Em muitos casos, não há uma situação vital desencadeante.


LA
U

Assim, ela não é um fator obrigatório no processo de adoecimento.


PA

- GS = é um privilégio que a pessoa passa a desfrutar após ficar


doente, podendo ser de ordem material, afetiva ou psicológica.
Exemplo: afastamento do trabalho, aposentadoria, outro exemplo é a
pessoa passar a ser alvo de carinho e atenção por parte da família e dos
amigos.

- FV = situações e pessoas que o paciente considera importantes.

| 22
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Podem ser classificadas em positivas ou negativas, à medida que podem


ser vivenciadas como problemas ou como fonte de energia e motivação.

- VIDA CULTURAL: busca identificar elementos culturais relacionados ao


adoecimento. Na Psicologia Hospitalar, os elementos culturais mais
proeminentes são: a religião, a medicina popular, a linguagem e a
questão social.

10
A fé auxilia no enfrentamento da doença, não costumando ser um

2:
problema na psicologia hospitalar. Ainda assim, quando o paciente

:4
11
interpreta a doença como castigo divino, por exemplo, a religião passa a

1
02
ser um agravante.

/2
12
7/
Medicina popular = é um conjunto de crenças sobre a doença e

-2
envolve formas tradicionais de tratamento que se caracterizam pelo

om
empirismo, pelo misticismo e pelo uso de remédios naturais.

l.c
ai
Em relação à linguagem, cabe ao psicólogo hospitalar identificar

tm
possíveis problemas de comunicação e se preparar para lidar com eles.
ho
@
(Simonetti, 2016)
m
_i
or
m
la

DIAGNÓSTICO TRANSFERENCIAL:
au
-p
4
-0

O diagnóstico transferencial avalia as relações que a pessoa estabelece a


12

partir do seu lugar no adoecimento. Vimos que, no diagnóstico reacional, o que


.0
45

interessa é o modo como a pessoa reage diante da doença; já no diagnóstico


.6

transferencial, o interesse é compreender como a pessoa se relaciona em meio ao


58
-8

adoecimento.
IM
R
O

O paciente estabelece cinco relações fundamentais: com a família, com


AM

médico, com a enfermagem e outros técnicos, com a instituição e com o psicólogo.


ES

Tais relações são denominadas transferenciais exatamente porque o


R
VA

adoecimento leva a pessoa a estabelecer vínculos conforme modelos já


TA

experimentados anteriormente em sua história pessoal.


LA
U

Solicitação de atendimento psicológico X demanda de atendimento


PA

psicológico:
A solicitação é um pedido para que o psicólogo hospitalar atenda alguém.
Esse pedido pode ser feito pelo próprio paciente, mas também pode ser feito pelo
médico, pela enfermagem ou pela família.
Por outro lado, demanda é um estado psicológico caracterizado por um
questionamento ou incômodo da própria pessoa.

A solicitação é uma ação, já a demanda é um estado. A pessoa pode solicitar

| 23
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atendimento em nome de outra; mas não é possível demandar em nome de outra


pessoa. Pode ocorrer de a demanda e a solicitação não serem coincidentes.

Por exemplo, o pedido de atendimento pode ser feito pelo médico, mesmo
que o paciente não apresente, de fato, nenhuma demanda de trabalho psicológico.
Nas situações em que o pedido não vem do paciente, é importante que o psicólogo
verifique onde está, de fato, a demanda. Às vezes o incomodo é do médico, ou da
família, e não do paciente.

10
2:
:4
Além das cinco relações fundamentais que envolvem o paciente, o

11
diagnóstico transferencial também avalia as relações que se formam entre os outros

1
02
participantes da rede de relacionamento (que não envolvem diretamente o

/2
12
paciente). São as denominadas relações paralelas. Por exemplo, a relação entre

7/
família e médico, ou entre equipe e instituição. Ilustração disso é a situação em que

-2
a família quer a cura do paciente, uma certeza dessa cura. Por outro lado, o médico

om
nem sempre se encontra em condições de oferecer tais certezas. Assim, pode se

l.c
ai
instalar um conflito na relação família/médico.

tm
ho
@
m
_i
or
m
la
au
-p
4
-0
12
.0
45
.6
58
-8
IM
R
O
AM
ES
R
VA
TA

(Simonetti, 2016)
LA
U
PA

No cenário hospitalar, há diversos conflitos. O psicólogo hospitalar, cada vez


mais, tem sido convocado a prestar seu trabalho não ao paciente, mas aos médicos,
aos enfermeiros, a equipe administrativa e aos familiares.

O DIAGNÓSTICO EM PSICOLOGIA HOSPITALAR é uma visão panorâmica e


nunca deve ser considerado definitivo. Entretanto, isso não impede que o psicólogo
construa, como hipótese de trabalho, uma síntese do diagnóstico. Tal síntese é
denominada MAPA DA DOENÇA.

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10
2:
:4
11
1
02
/2
12
7/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
m
_i
or
m
la
au
-p
4
-0
12
.0
45
.6
58
-8
IM
R
O
AM
ES
R
VA
TA
LA

(Simonetti, 2016)
U
PA

Relembrando:

| 25
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Psicologia Saúde e Hospitalar

10
2:
:4
11
1
02
/2
12
7/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
m

Alta psicológica?
_i
or
m
la
au

O determinante para a finalização do processo de atendimento psicológico, na


-p

psicologia hospitalar, é a cessação da demanda. Ou seja, o atendimento não


4

termina por uma cura da doença, também não se trata da ascensão do paciente a
-0
12

um estado ideal, em que o paciente seria capaz de enfrentar perfeitamente a


.0
45

doença.
.6
58
-8

Essa cessação da demanda pode acontecer após poucos atendimentos, ou muitos


IM

atendimentos; pode ser com o paciente ainda internado, ou já com a alta hospitalar;
R

podendo, ou não, se seguir de uma psicoterapia.


O
AM
ES

É importante ressaltar o objetivo do atendimento psicológico hospitalar não é levar


R

o paciente a uma psicoterapia mais prolongada, depois de sua saída do hospital.


VA
TA

Isso até pode acontecer, mas não é o propósito da Psicologia hospitalar. Destaca-
LA

se, mais uma vez, que o propósito da psicologia hospitalar é, notadamente, ajudar
U

o paciente a lidar com os aspectos psicológicos acerca da doença.


PA

De fato, na realidade, o que costuma acontecer que o trabalho do psicólogo


hospitalar é geralmente interrompido, quase nunca concluído. (Simonetti, 2016)

O psicólogo no pronto-socorro

O pronto-socorro é um local destinado ao tratamento das emergências

| 26
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

médicas, ou seja, destinado ao paciente que se encontra em risco imediato. Assim,


ficam excluídos objetivos a longo prazo, como a cura completa da doença.

Por outro lado, esse aspecto não autoriza os profissionais agirem como se
não houvesse um psiquismo ligado àquela emergência biológica. Tal caracterização
do atendimento emergencial no pronto-socorro situa o atendimento psicológico
em uma espécie de "momento dois", sendo o “momento um” o atendimento
médico.

10
2:
Primeiramente, é preciso resolver o problema médico, restaurando as condições

:4
11
mínimas para que qualquer atendimento psicológico ocorra.

1
02
/2
Quando o psicólogo é chamado para efetuar o atendimento, o risco de vida

12
7/
imediato, em princípio, já foi controlado. Por isso mesmo, psicólogo não deve entrar

-2
no ritmo de agitação e correria (tão presente no ambiente de emergência médica).

om
O que se espera da intervenção psicológica é exatamente o inverso: que ela seja

l.c
ai
calma, tranquila e crie um outro ritmo, que seja mais acolhedor para o paciente.

tm
ho
@
“Do ponto de vista psicológico, as situações de emergência se caracterizam por
m

inundações do real no simbólico, onde o sujeito mergulhado nesse mar de


_i
or

sensações cruas e intensas não encontra meios de fazer valer a simbolização como
m
la

forma de enfrentamento. O objetivo do psicólogo hospitalar é restaurar a


au
-p

simbolização, buscando a palavra como forma de enfrentamento da situação


4

emergencial.” (Simonetti, 2016)


-0
12
.0

- Pronto socorro = lugar das imprevisibilidades


45
.6

- UTI = lugar das intensidades


58

(Simonetti, 2016)
-8
IM
R
O

Atendimento Psicológico no Centro de Terapia Intensiva


AM
ES
R

A UTI (Unidade de terapia intensiva) é o local em que são internados os


VA
TA

pacientes em estado grave e necessitados de cuidados intensivos. Boa parte das


vezes, são áreas restritas à circulação, onde até mesmo os familiares têm pouco, ou
LA
U

nenhum, acesso.
PA

Uma estratégia do psicólogo na UTI é criar canais para o escoamento da das


intensidades presentes, por meio da palavra. Embora o foco primário de
atendimento seja o paciente, o psicólogo, muitas vezes, escuta também os médicos,
as enfermeiras e os familiares angustiados.

Nesse contexto, é crucial ressaltar os casos tão comuns em que os pacientes


apresentam dificuldade de falar, ou mesmo não conseguem. Por estarem

| 27
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

inconscientes, confusos ou entubados. Isso não impede o trabalho do psicólogo,


que deve criar e inventar novas formas de linguagem.

No caso em que os pacientes estão conscientes, algumas possibilidades são:


escrever bilhetes, comunicação gestual, pequenos toques. Assim, o psicólogo
marca presença e facilita a expressão das emoções, além de diminuir o sentimento
de solidão.

10
Já no caso dos pacientes inconscientes, é importante que o psicólogo fale

2:
para o paciente, sobre o paciente. Exemplos de ações podem ser: falar com o

:4
11
paciente sobre como está indo o tratamento, ou o quanto a família deseja a sua

1
02
recuperação.

/2
12
7/
"É preciso não recuar diante do silêncio, nem do coma: ainda há subjetividade

-2
ali".

om
l.c
ai
(Simonetti, 2016)

tm
ho
@
- Síndrome da UTI (Sebastiani, 2001): Quadro que leva a pessoa, com mais de
m

três dias de UTI, a uma perda inicial de tempo cronológico, que vai se agravando
_i
or

com a perda da consciência de tempo e espaço, em que comportamentos estranhos


m
la

começam a surgir. Caracterizado por fuga de ideias, frases desarticuladas, atitude


au
-p

obsessiva, ocorrendo, não raramente, derivação para quadros delirantes e


4

desconfigurações da imagem perspectiva real.


-0
12
.0

- Nessas situações, o psicólogo pode atuar na prevenção do surgimento


45
.6

desse quadro: pode fornecer ao paciente estimulação psíquica, visual, oferecer


58

orientação temporal e reforçar atividades de que o paciente goste e possa realizar,


-8

é importante também orientar a visita de familiares e trazer informações sobre o


IM
R

mundo externo. (Simonetti, 2016)


O
AM
ES

O C.T.I. (Centro de Terapia Intensiva) carrega o estereótipo do sofrimento e


R

da morte iminente. Na verdade, de fato, o CTI é uma unidade que se dedica ao


VA

atendimento de casos em que o cuidado intensivo e a gravidade dos problemas


TA

exigem serviços constantes e especializados.


LA
U
PA

São exemplos de características do C.T.I.: rotina de trabalho mais acelerada;


clima constante da apreensão; situações de morte iminente. Tais questões acabam
por exacerbar o estado de “stress” e tensão, tanto no paciente, como na equipe.

No CTI, a situação do paciente não tem somente o ângulo de vida e morte,


mas também o sentimento de abandono. Corrobora com isso o fato de que é regra
comum, na maior parte dos CTI.s, a proibição das visitas. Além disso, é comum que
as pessoas sejam tratadas como “sintomas, órgãos ou número (o “202 A”, a

| 28
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

o “neuro” do 5o andar...), resultando na despersonalização”.


“O trabalho do psicólogo hospitalar baseia-se nos seguintes aspectos:

1— Atender integralmente o paciente e a sua família, considerando-se os


parâmetros de saúde da Organização Mundial de Saúde: a) Total bem-estar
biopsicossocial do paciente; b) Atenção primária, secundária, terciária à saúde.” (...)

2—Desenvolver as atividades dentro de uma visão interdisciplinar (médico,

10
enfermeira, assistente social, fisioterapeuta, biomédico, nutricionista, etc...)

2:
baseadas na integração dos serviços de saúde voltados para o paciente e sua

:4
11
família.

1
02
/2
3 — Possibilitar a compreensão e o tratamento dos aspectos psicológicos

12
7/
(psicogênicos) nas diferentes situações (...).”

-2
om
(Psicologia hospitalar: teoria e prática / Fernanda Alves Rodrigues

l.c
ai
Trucharte, Rosa Berger Knijnik, Ricardo Werner Sebastiani; Valdemar

tm
Augusto Angerami-Camon (organizador). São Paulo: Pioneira Thomson
ho
@
Learning, 2003.)
m
_i
or
m
la

Os desafios e as possibilidades da atuação do psicólogo na unidade de


au
-p

terapia intensiva/adultos - Resumo Comentado


4
-0
12

(Referência: Sebastiani, Di Biaggi; in Moretto, Kamers, Marcon; Desafios Atuais das


.0
45

práticas em Hospitais e nas Instituições de Saúde, 2016)


.6
58
-8

A unidade de terapia intensiva era, em muitos casos, apontada pela mídia de


IM

maneira aterrorizante, sendo denominada de "o corredor da vida e da Morte" (isso


R

ocorreu numa dada matéria da revista Veja). Embora muitos pontos em relação a
O
AM

esse discurso tenham mudado, outros pontos em relação ao imaginário referente a


ES

UTI continuam sendo um problema. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)


R
VA

Um dos pontos positivos de mudança na atualidade foi a entrada da política


TA

nacional de humanização – PNH. Tal política envolve: valorização dos diferentes


LA
U

sujeitos implicados no processo saúde-doença e ênfase na autonomia e no


PA

protagonismo desses sujeitos. Além da corresponsabilidade, do estabelecimento de


vínculos solidários e da participação coletiva no processo de gestão. (Sebastiani, Di
Biaggi; 2016)

Atualmente, a UTI está incluída nos repertórios leigos. Afinal, quem nunca teve um
familiar internado em UTI? A UTI acaba por fazer parte de muitas patologias
cotidianas que se agravam e complicam. Assim, foi modificada a ideia assustadora
e mórbida a internação na UTI. O cuidado na unidade de terapia intensiva é

| 29
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

considerado essencial. A UTI passa, então, de “corredor da morte”, para ser


associada com o tratamento que salva vidas. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)

Destaca-se que a maior parte das demandas jurídicas contra hospitais é a


falta de leitos em terapia intensiva. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)

Alguns fatores têm potencializado os tratamentos:


- Um deles é o aumento dos avanços da tecnologia e da capacitação especializada

10
em medicina intensiva.

2:
:4
- Outro fator é a subdivisão das unidades por especialidades dos

11
problemas. como: Unidade Coronarianas, unidades neurológicas, unidades

1
02
pediátricas, neonatais, unidade semi-intensiva, unidades para pacientes

/2
12
cirúrgicos, unidades de trauma, unidades de cuidados paliativos. (Sebastiani, Di

7/
Biaggi; 2016)

-2
om
l.c
Destaca-se que as unidades especializadas em cuidados paliativos, além de

ai
atenderem a perspectiva da atenção humanizada no “bem morrer”, também

tm
ho
aumentaram a disponibilização de leitos na UTI convencionais destinadas aos
@
pacientes graves, mas com perspectiva de sobrevida. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)
m
_i
or
m
la
au

Ponto negativo no contexto atual das UTIs são as reclamações de famílias buscando
-p

vagas para seus entes queridos doentes, em estado grave. Por ser um tratamento
4
-0

sofisticado e caro, há enormes dificuldades de implementação deste tratamento


12

tanto no SUS, como em hospitais privados, notadamente pela falta de leitos.


.0
45

(Sebastiani, Di Biaggi; 2016)


.6
58
-8

Relaciona-se isso com alguns fenômenos típicos da transição demográfica,


IM

como:
R
O

- Recente urbanização, com a maioria da população brasileira vivendo em centros


AM

urbanos; Pobreza; aumento da violência com assaltos e agressões; complicações do


ES

uso de drogas.
R
VA

- Vítimas de acidentes de trânsito que ocupam boa parte das capacidades das UTIs
TA

no Brasil.
LA

- Salto da expectativa de vida da população acima de 60 anos de idade. (Sebastiani,


U

Di Biaggi; 2016)
PA

Evidencia-se a denominada urgência subjetiva, como o intenso sofrimento que


essa internação promove e como é vivenciado por pacientes e familiares e como os
psicólogos podem reconhecer tal sofrimento e o minimizar. Essa urgência subjetiva
não é meramente a situação que envolve a angústia. Ela consiste em "uma
intervenção analítica que se propõe extrair a subjetividade contida nas situações
inesperadas advindas do adoecimento, e que os aspectos psicológicos estarão

| 30
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

sempre influenciando diretamente o processo de saúde-doença, de forma visível ou


não.” (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)

Alguns transtornos podem ser evidenciados no ambiente da UTI, como: transtornos


de humor, transtornos relacionados a traumas e estressores, transtornos de
sintomas somáticos, além da ansiedade, da angústia e da depressão . (Sebastiani,
Di Biaggi; 2016)

10
A partir desses quadros, pode-se instalar o denominado DESAMPARO, sendo

2:
entendido como uma condição emocional, sendo a base para a reação depressiva.

:4
11
O desamparo "é um estado psicológico que destrói a motivação, retardando a

1
02
capacidade de apreender o ambiente para a consciência e o enfrentamento, em que

/2
as respostas de sentir-se desamparado são generalizadas sem que o organismo

12
7/
psíquico discrimine as situações em que se está ou não em perigo”. O desamparo é

-2
um fenômeno real, em que há indícios comportamentais, estados de espírito e

om
indícios fisiológicos. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)

l.c
ai
tm
Ou seja, desamparo está ligado à falta de amparo subjetivo, falta de recursos
ho
@
internos para agir ou enfrentar. Está ligado, então, aos distúrbios motivacionais,
m

cognitivos e emocionais. É entendido como o “trauma do inescapável”, tendo medo


_i
or

como emoção predominante. Quando grave, o desamparo se manifesta como uma


m
la

completa paralisia da vontade. Isso se configura como um completo desastre no


au
-p

ambiente da UTI, onde é obrigatória a resposta ao tratamento para uma possível


4

alta. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)


-0
12
.0

A pessoa que adoece de forma grave estreita seu horizonte pessoal, rompendo
45
.6

ligações com seu meio e com sua vida real. O corpo físico e os referenciais
58

emocionais estão frágeis. A pessoa percebe que pode estar provavelmente incapaz
-8
IM

para projetos futuros. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)


R
O
AM

A contínua evolução da superespecialização na medicina e a maneira tecnológica


ES

de providenciar o cuidado na UTI tem, potencialmente, efeitos perigosos no estado


R

físico e psicológico de pacientes e seus familiares. O impacto da chamada


VA
TA

tecnologia de cabeceira (associada a sequelas psicológicas) inclui fatores como: as


constantes privações, interrupções de sono, superestimulação sensorial, dores,
LA
U

abstinência de alimentos comuns, alimentação endovenosa ou nasoenteral,


PA

respiração por ventiladores, monitoração cardíaca e sua sinalização,


procedimentos invasivos, imobilização do paciente. Tudo isso pode desencadear
situações que propiciem alterações patológicas tanto para o paciente, como para
sua família, como para a própria equipe de saúde. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)

A dor, em casos extremos, ligada às dificuldades do tratamento para controlar a dor,


e às alterações de sono decorrentes, podem evoluir para a síndrome de UTI. Tal
síndrome se caracteriza por alterações psiquiátricas que podem levar à

| 31
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

psicose. Tendo isso em vista, é de suma importância pensar ações para diminuição
da dor, o manejo da ansiedade e o conforto dos pacientes como ações prevenção
de sua saúde mental. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)

Sintomas como agitação psicomotora e depressão podem complicar seriamente o


curso da hospitalização. Sintomas psiquiátricos podem estar associados a
complicações orgânicas, decorrentes de disfunções renais, hepáticas, metabólicas
e cerebrais. Por outro lado, com frequência, tais sintomas são reativos, sendo

10
associados a excessivos estímulos e respostas psicológicas a que o paciente está

2:
submetido. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)

:4
11
1
02
É crucial que o psicólogo reconheça alterações psiquiátricas no paciente, devendo

/2
12
avaliar possíveis alterações no seu acompanhamento diário. (Sebastiani, Di Biaggi;

7/
2016)

-2
om
Os autores elencaram situações de muita gravidade, típicas do ambiente da UTI,

l.c
ai
que pedem a presença do psicólogo. As situações elencadas a seguir são de alto

tm
risco para alterações emocionais graves. São estas: ho
@
m
_i

• pacientes vítimas de violência e acidentes graves;


or
m

• tentativas de suicídio;
la

vítimas de grandes catástrofes;


au


-p

• pacientes que necessitam de entubação orotraqueal de emergência e


4

estavam conscientes (síndrome da angústia respiratória);


-0
12

• paciente consciente que se torna agudo, sendo submetido a manobras


.0
45

ressuscitadoras;
.6

• óbito de paciente durante a visita de familiares e óbito de paciente


58
-8

imediatamente após a visita e o boletim médico;


IM

• familiares de paciente em coma Irreversível;


R

familiares de paciente em morte encefálica e o enfrentamento do processo


O


AM

de finitude;
ES

• doação de órgãos e suas vicissitudes;


R

pacientes transplantados;
VA


TA

• paciente em leito próximo a óbito iminente, ou de paciente em estado muito


grave, com muito sofrimento. (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)
LA
U
PA

SÃO OBJETIVOS VISADOS PELO PSICÓLOGO HOSPITALAR E DA SAÚDE NAS


UTIS:

• “Trabalhar terapeuticamente a relação emocional do paciente com a sua


doença e/o momento de crise (...);
• Orientar o paciente durante o processo de internação, avaliando o quadro
psíquico e as intercorrências emocionais;

| 32
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

• Favorecer a expressão não verbal do paciente entubado, ou sem


possibilidade de comunicação, por meio de técnicas adaptativas à situação
(…);
• Favorecer a expressão de sentimentos e emoções dos pacientes sobre seu
tratamento e sobre sua experiência e vivência na UTI (...);
• Estimular a equipe a perceber suas dificuldades em lidar com situações
críticas (...);
• Acompanhar e preparar os familiares de pacientes em situações críticas (...)

10
• Estimular sensorialmente pacientes comatosos (...);

2:
Prevenir a saúde mental de familiares que apresentam reações

:4

11
neurovegetativas na UTI, como desmaio, perda de equilíbrio, sudorese

1
02
quebra de pressão, entre outras reações (...);

/2
Realizar acompanhamento psicológico de familiares (...);

12

7/
• Desenvolver atividades de estudo e pesquisa em bioética (...);

-2
• Promover a humanização da tarefa do intensivismo (...);

om
• Desenvolver trabalhos de prevenção e, se necessário, tratamento de

l.c
ai
Burnout na equipe intensivistas.” (Sebastiani, Di Biaggi; 2016)

tm
ho
@
(Referência: Sebastiani, Di Biaggi; in Moretto, Kamers, Marcon; Desafios Atuais das
m

práticas em Hospitais e nas Instituições de Saúde, 2016)


_i
or
m
la

Atenção! Já foi questão de prova!


au
-p
4

Entre os múltiplos estressores em uma UTI, que afetam tanto a equipe profissional
-0
12

quanto os pacientes, incluem-se a ocorrência frequente de óbitos, a iluminação


.0
45

constante, ruídos de equipamentos e procedimentos técnicos durante todo o dia e


.6

toda a noite.
58
-8
IM
R
O

Assistência ao Paciente Terminal


AM
ES
R

Paciente terminal = aquele que sofre de uma doença sem possibilidade de


VA

cura, mas que ainda pode ter algum tempo de vida pela frente, vida essa que deve
TA

ser mantida com a melhor qualidade possível. (Simonetti, 2016)


LA
U
PA

Medicina paliativa: vem em auxílio do paciente quando a doença avança e


alcança um estágio em que a cura já não é mais possível. Assim, já não há mais nada
a fazer pela cura, mas ainda há muito o que fazer pelo paciente.
Em relação aos cuidados paliativos, disse o pesquisador norte-americano
Ned Cassem: "manter o paciente asseado apesar da quase continua incontinência
esfincteriana, neutralizar odores desagradáveis, aspirar frequentemente secreções
brônquicas, controlar os edemas periféricos e pulmonar, prevenir escaras, conter
um delírio e lutar contra as forças psicossociais que podem levar à fragmentação da
família são as ações concretas mais necessárias, e geralmente levam ao desgaste

| 33
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

até os profissionais de saúde mais hábeis. Do ponto de vista psicológico, o conjunto


peculiar de mecanismos de enfrentamento que os pacientes utilizaram no passado
para manter a autoestima e a estabilidade é o ponto central do processo. Ademais,
religião e espiritualidade provavelmente são aspectos importantes para o paciente
e familiares, e o apoio nesse setor é essencial para a assistência paliativa”.
(Simonetti, 2016)

Atenção! Já foi questão de prova!

10
2:
:4
Cuidados paliativos são cuidados totais, ativos e integrais oferecidos ao

11
paciente com doença avançada e terminal, e à sua família, legitimados pelo direito

1
02
do paciente de morrer com dignidade.

/2
12
7/
“Cuidado Paliativo é a prática multiprofissional que busca oferecer ao

-2
paciente fora de possibilidade de cura um atendimento que integre todas as

om
dimensões do ser, visando atingir uma melhor qualidade de vida para o doente e

l.c
ai
sua família; considerando que as consequências causadas pelo adoecimento

tm
ho
acarretam intenso sofrimento que afetam todos em volta do paciente.” (FERREIRA,
@
Ana Paula de Queiroz; LOPES, Leany Queiroz Ferreira; MELO, Mônica Cristina Batista
m
_i

de. O papel do psicólogo na equipe de cuidados paliativos junto ao paciente com


or
m

câncer*. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 14, n. 2, p. 85-98, dez. 2011)


la
au
-p

• ESTRATÉGIAS SUGERIDAS:
4
-0

- Tratamento individualizado: é importante conhecer o paciente, entender suas


12

necessidades e interesses e acompanhar seu ritmo.


.0
45
.6

- Morte digna: Weisman e Hackett (2001) enumaram as principais diretrizes para


58
-8

ajudar um paciente a enfrentar a morte de forma digna:


IM

“1- Estar relativamente livre de dor


R
O

2- Ter suas funções corporais funcionando o melhor possível dentro dos


AM

limites de sua possibilidade


ES

3- Reconhecer e resolver os conflitos interpessoais passíveis de serem


R

manejados
VA
TA

4- Realizar os desejos restantes que sejam compatíveis com seu ideal de ego
LA

5- Passar o controle das coisas práticas para outros em quem tenha


U

confiança.” (Simonetti, 2016)


PA

- Depressão: a depressão em sua forma de luto é compreensível em pacientes


terminais e deve ser respeitada (depressão em forma de luto = desinvestimento
libidinal dos objetos externos, seguida de um trabalho de elaboração das perdas).
Por outro lado, se a depressão assumir um caráter melancólico, é importante que o
paciente seja reavaliado, considerando a possibilidade de intervenção psiquiátrica
ou a utilização de medicamentos. O objetivo não é que o paciente morra feliz, mas
que ele morra sem muita dor e com níveis de angústia suportáveis.

| 34
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

- Alívio da dor: Podem ser utilizados analgésicos, anestésicos e cirurgias. Ainda é


comum encontrar pacientes terminais que tem sua dor não tratada ou subtratada
por um receio dos médicos e familiares em relação a uma possível dependência dos
medicamentos. Tal posicionamento é errado, pois tal preocupação não faz sentido
no caso dos pacientes terminais.

- Crianças: é comum que se coloca em questão a recomendação, ou não, da visita

10
de crianças a pacientes terminais. Para o paciente, a presença das crianças da

2:
família é fonte de alívio e consolo. Já em relação a própria criança, é interessante

:4
11
que se pergunte à criança se ela quer fazer a visita, ou não.

1
02
/2
12
Atenção! Já foi questão de prova!

7/
-2
A situação de luto deve ser informada às crianças, em linguagem apropriada à sua

om
idade, respeitando os limites dos questionamentos sobre o assunto feitos pelas

l.c
ai
próprias crianças.

tm
ho
@
- Não abandono: as relações interpessoais são a força de suporte psicológico mais
m
_i

poderosa no fim da vida.


or
m
la
au

- Interesse: importância da empatia genuína do profissional em relação ao paciente


-p

terminal.
4
-0
12

- Comunicação: muitas pessoas, sejam profissionais, sejam familiares, querem


.0
45

encontrar a coisa certa a ser dita, mas tal coisa pode não existir a priori. Destaca-se
.6

que a capacidade de ouvir é mais importante que a capacidade de dizer; e quem


58
-8

escolhe o tema da conversa é o paciente, não o terapeuta, não devendo haver um


IM

assunto proibido, nem um assunto obrigatório.


R
O
AM

- Fé: um recurso muito valioso no enfrentamento a doença terminal.


ES
R

- Eutanásia: questão que surge em casos de pacientes com doenças fatais, em coma
VA
TA

irreversível, em estado vegetativo persistente ou vida assistida por aparelhos. As


LA

diretrizes nesses casos não são claras e objetivas, mas destaca-se que nenhum
U

profissional deve se arvorar ao direito de conduzir sozinho tais casos.


PA

- Manejo: Kaplan e Sadock (1995) propõem seis diretrizes para o manejo do paciente
terminal:
“1- Ofereça informações corretas e apropriadas ao paciente
2- Permita que o paciente verbalize seus temores e lhe dê a garantia de que
não serão abandonados
3- Determine as prioridades do paciente e acate suas definições de qualidade
de vida

| 35
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

4- Ajude o paciente a manter a esperança


5- Em algum momento, faça a transição do objetivo primário de curar para o
objetivo secundário de cuidar
6- Evite tratamento excessivamente zeloso, sobretudo se esse entrar em
conflito com os desejos do paciente ou de sua família
7- Enquanto a morte se aproxima, e começa a fantasia do fracasso
terapêutico, evite a tendência ao afastamento, tão comum nos profissionais de
saúde.” (Simonetti, 2016)

10
2:
:4
11
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NOS CONTEXTOS DE SAÚDE E

1
02
/2
HOSPITALAR

12
7/
-2
om
- Quando o psicólogo atua dentro de uma unidade de medicina específica (como

l.c
pediatria, oncologia, reabilitação, entre outras), pode intervir preventivamente.

ai
tm
Nesse caso, a avaliação e a intervenção também são frequentemente mescladas.
ho
@
m

- Para psicólogos clínicos da saúde, a atividade de avaliação está muitas vezes


_i
or

entrelaçada com a atividade de consulta e acompanhamento. Alguns exemplos


m

de situações de avaliação que um profissional em uma equipe multidisciplinar de


la
au

saúde poderá encontrar são:


-p
4
-0

- Comorbidades psicológicas de doenças orgânicas (ex. transtorno de


12
.0

ansiedade em paciente com obesidade extrema);


45
.6
58

- Complicações psicológicas da doença orgânica (ex. delírio pós-operatório);


-8
IM

- Reações psicológicas a doenças orgânicas (ex. depressão após retirada da


R
O

mama);
AM
ES

- Efeitos somáticos de sofrimento psicológico;


R
VA
TA

- Diagnóstico diferencial ou descarte causa de sintomas inexplicáveis.


LA
U
PA

- O psicólogo também pode atuar em questões de como lidar com a doença, adesão
ao tratamento, preparação para cirurgia, entre outros.

- O foco da avaliação não deve ser apenas a identificação de problemas e


vulnerabilidades, mas também a identificação de recursos, forças e virtudes do
paciente e de seu ambiente.

Os Métodos de avaliação em psicologia da saúde mais comuns são:

| 36
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Entrevista, questionário, diários (autorregistro), instrumentos


psicométricos e observação. Em relação à entrevista, a escolha pelo tipo e
estrutura dependem da preferência e do treinamento pessoal do psicólogo, bem
como das restrições de configuração e de tempo.

“Nos casos de doenças agudas, os pacientes não costumam permanecer


hospitalizados por longo período. Assim, nos ambientes de saúde e hospitalar a
avaliação e a intervenção estão especialmente ligadas. Portanto, a intervenção

10
deve começar o mais cedo possível, especialmente em casos que requerem

2:
:4
intervenção em crise. Por sua vez, quando o psicólogo atua dentro de uma unidade

11
de medicina específica (como pediatria, oncologia, reabilitação, entre outras), pode

1
02
intervir preventivamente. Nesse caso, a avaliação e a intervenção também são

/2
frequentemente mescladas.”

12
7/
-2
“Em Hutz, Bandeira, Trentini e Remor (2019) há a aposta num modelo de

om
avaliação que aborda os componentes biológicos (ou físicos), afetivos, cognitivos e

l.c
ai
comportamentais no âmbito do paciente, da família, do sistema de saúde e do

tm
contexto sociocultural. Tal modelo é conhecido como biopsicosocial (proposto por
ho
@
Engel, 1977).”
m
_i
or

(Fonte: Hutz, C. S., Bandeira, D. R., Trentini, C. M., & Remor, E. (Orgs.) (2019).
m
la

Avaliação psicológica nos contextos de saúde e hospitalar. Porto Alegre: Artmed.)


au
-p
4
-0
12

Roteiro de Avaliação Psicológica no Hospital Geral


.0
45
.6
58

O roteiro de avaliação psicológica foi construído a fim de ser um material que


-8

pudesse adequar melhor o trabalho do psicólogo à dinâmica da instituição


IM

hospitalar. Tal roteiro buscar trazer dados do paciente de forma objetiva, tanto para
R
O

o psicólogo, quanto para a equipe de saúde.


AM
ES

As principais funções do roteiro de avaliação psicológica são:


R
VA
TA

1. FUNÇÃO DIAGNÓSTICA - possibilita o levantamento de hipótese diagnóstica


LA

e a definição de diagnóstico diferencial.


U
PA

2. FUNÇÃO DE ORIENTADOR DE FOCO - favorece a eleição dos focos a serem


trabalhados junto ao paciente.
Comumente, o momento vivido pela pessoa hospitalizada é de uma situação
de crise, sendo que o tempo de internação, normalmente, é curto. Isso posto, é
ressaltada a importância da utilização de uma abordagem breve, com prioridade
para os focos mais importantes.

3. FORNECIMENTO DE DADOS SOBRE A ESTRUTURA PSICODINÂMICA DA

| 37
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

PERSONALIDADE DA PESSOA – considera, notadamente, as perspectivas


prognósticas da relação do sujeito com o seu processo de adoecer e com seu
tratamento.

4. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO CONTINUADA DO PROCESSO EVOLUTIVO


DA RELAÇÃO DO PACIENTE COM SUA DOENÇA E TRATAMENTO - tal função
considera que pode haver mudanças de foco, intercorrências internas e externas,
entre outros fatores, que levam a pessoa a ressignificar sua doença.

10
2:
5. HISTÓRIA DA PESSOA – destaca-se o fato de que não se trata de doenças,

:4
11
mas sim de pessoas doentes. Assim, conhecer a história da pessoa é crucial no

1
02
Hospital Geral.

/2
12
7/
6. POSSIBILITAR DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL QUANTO A QUADROS

-2
PSICOLÓGICOS/PSIQUIÁTRICOS ESPECÍFICOS - A presença de transtornos

om
psiquiátricos, no hospital geral, é exceção. Assim, boa parte das intercorrências

l.c
ai
psicológicas e psiquiátricas no Hospital Geral são associadas a quadros exógenos e

tm
a distúrbios adaptativos, do tipo síndrome Geral de adaptação e doenças de
ho
@
adaptação, além de episódios conversivos.
m
_i
or

7. ESTABELECIMENTO DAS CONDIÇÕES DE RELAÇÃO DA PESSOA COM SEU


m
la

PROGNÓSTICO (LIMITES VERSUS POSSIBILIDADES)


au
-p
4

- Objetivo das funções gerais do roteiro de avaliação psicológica: facilitar


-0
12

a leitura da condição da relação da pessoa com sua doença e com a internação.


.0

Destaca-se que o roteiro de avaliação psicológica terá, em diversos casos, função


45
.6

terapêutica. Isso porque possibilita ao paciente a verbalização, a manifestação e a


58

reflexão e confrontamento com diversas questões, podendo, assim, favorecer uma


-8

melhor elaboração e adaptação à condição de ser ou de estar doente.


IM
R
O
AM

- O trabalho do psicólogo hospitalar, no momento de avaliação psicológica


ES

do paciente no hospital, é diferente do que comumente é desenvolvido no


R

psicodiagnóstico tradicional. No hospital, avalia-se um momento específico da vida


VA

do sujeito. Dessa forma, busca-se uma visão ampliada de quem é e de como está
TA

aquele sujeito, frente a seu processo de adoecimento, internação hospitalar e


LA

tratamento.
U
PA

É pressuposto da atividade do psicólogo no hospital geral: o resgate da visão


do indivíduo como um todo, como ser biopsicossocioespiritual.

- O roteiro contém 13 itens de avaliação: estado emocional geral; sequelas


emocionais do paciente; temperamento emocional observado; postura frente à
doença e à vida; estado atual frente à doença/hospitalização e à vida; questionário

| 38
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

específico; avaliação psicossocial; exame psíquico; manifestações psíquicas e


comportamentais; diagnóstico psicológico; focos principais; conduta; síntese.

10
2:
:4
11
1
02
/2
12
7/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
m
_i
or
m
la
au

(FONGARO, Maria Lucia Hares; SEBASTIANI, Ricardo Werner. Roteiro de


-p

avaliação psicológica aplicada ao hospital geral. In: ANGERAMICAMON, Waldemar.


4
-0

E a Psicologia entrou no hospital... São Paulo: Pioneira Thomsom Learning, 2011)


12
.0
45
.6
58
-8

Resumo Comentado - REFERÊNCIAS TÉCNICAS PARA


IM
R

ATUAÇÃO DE PSICÓLOGAS(OS) NOS SERVIÇOS


O
AM

HOSPITALARES DO SUS
ES
R
VA
TA

Texto na íntegra disponível em:


LA

https://site.cfp.org.br/publicacao/referenciastecnicas-para-atuacao-de-
U

psicologasos-nos-servicos-hospitalares-do-sus/
PA

A Referência técnica para atuação de psicólogas (os) nos serviços hospitalares do


SUS é dividida em 4 eixos:

- Eixo 1: apresenta a Dimensão Ético-Política da área de psicologia hospitalar; além


de aspectos sobre o Sistema Único de Saúde, abordando o conceito ampliado de
saúde, a estrutura, princípios e diretrizes do SUS e demais políticas públicas de
saúde.

| 39
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Os aspectos do Eixo I sobre a Reforma Sanitária, o SUS, a PNH e as Redes de


Atenção à Saúde não serão abordados neste PDF. Tal assunto é tratado de forma
mais abrangente em aulas mais específicas sobre as políticas públicas de saúde e o
SUS.

- Eixo 2: aborda a Interface da Psicologia com a Atenção Hospitalar.

10
- Eixo 3: trata da atuação propriamente dita da psicologia nos hospitais.

2:
:4
11
- Eixo 4: questões inerentes à gestão. (CFP, 2019)

1
02
/2
12
Breve Histórico

7/
-2
om
- 1818: primeiros registros de inserção da(o) psicóloga(o) no contexto hospitalar,

l.c
ai
nos EUA. No Hospital McLean, em Massachussets, formou-se a primeira equipe

tm
multiprofissional que incluía a(o) psicóloga(o). ho
@
m
_i

- 1930: No Brasil, foram fundados os primeiros serviços de Higiene Mental com


or
m

participação de psicólogas(os), como propostas alternativas à internação


la

psiquiátrica.
au
-p
4

- 1997: fundação da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH).


-0
12
.0
45

- 2000: Psicologia hospitalar passou a ser reconhecida e regulamentada pelo


.6

Conselho Federal de Psicologia (CFP) como uma especialidade.


58
-8
IM

De acordo com o anexo da Resolução 13/2007 do CFP (Institui a


R
O

Consolidação das Resoluções relativas ao Título Profissional de Especialista em


AM

Psicologia), o Psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar:


ES
R

“Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços de


VA
TA

nível secundário ou terciário da atenção à saúde. Atua também em instituições de


LA

ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa, visando o aperfeiçoamento


U

ou a especialização de profissionais em sua área de competência, ou a


PA

complementação da formação de outros profissionais de saúde de nível médio ou


superior, incluindo pós-graduação lato e stricto sensu. Atende a pacientes,
familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da comunidade dentro de sua
área de atuação; membros da equipe multiprofissional e eventualmente
administrativa, visando o bem-estar físico e emocional do paciente; e, alunos e
pesquisadores, quando estes estejam atuando em pesquisa e assistência. Oferece e
desenvolve atividades em diferentes níveis de tratamento, tendo como sua
principal tarefa a avaliação e acompanhamento de intercorrências psíquicas dos

| 40
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

pacientes que estão ou serão submetidos a procedimentos médicos, visando


basicamente a promoção e/ou a recuperação da saúde física e mental. Promove
intervenções direcionadas à relação médico/paciente, paciente/família, e
paciente/paciente e do paciente em relação ao processo do adoecer, hospitalização
e repercussões emocionais que emergem neste processo. O acompanhamento
pode ser dirigido a pacientes em atendimento clínico ou cirúrgico, nas diferentes
especialidades médicas. Podem ser desenvolvidas diferentes modalidades de
intervenção, dependendo da demanda e da formação do profissional específico;

10
dentre elas ressaltam-se: atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos;

2:
grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e Unidade de Terapia

:4
11
Intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no

1
02
contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e

/2
interconsultoria. No trabalho com a equipe multidisciplinar, preferencialmente

12
7/
interdisciplinar, participa de decisões em relação à conduta a ser adotada pela

-2
equipe, objetivando promover apoio e segurança ao paciente e família, aportando

om
informações pertinentes à sua área de atuação, bem como na forma de grupo de

l.c
ai
reflexão, no qual o suporte e manejo estão voltados para possíveis dificuldades

tm
operacionais e/ou subjetivas dos membros
ho da equipe.”
@
(CFP, 2019)
m
_i
or
m
la
au

Psicologia da Saúde e Psicologia Hospitalar


-p
4
-0
12

Matarazzo (1980) conceitua a Psicologia da Saúde como: “Um conjunto de


.0

contribuições educacionais, científicas e profissionais da disciplina da Psicologia


45
.6

para a promoção e manutenção da saúde, a prevenção e tratamento de doenças, a


58

identificação da etiologia e diagnóstico dos correlatos de saúde, doença e funções


-8
IM

relacionadas, e a análise e aprimoramento do sistema e regulamentação da saúde.”


R
O
AM

Tal definição contempla os três pontos de atenção à saúde preconizados


ES

pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que são:


R

- Atenção primária: ocorre nos postos de saúde e prevê ações curativas, mas
VA

principalmente as preventivas;
TA
LA
U

- Atenção secundária: ocorre nos ambulatórios e já prevê um nível de


PA

especialidade médica; e

- Atenção terciária ou de alta complexidade: prestada em hospitais.

O livro “Psicologia e Saúde: repensando práticas” pode ser considerado o


marco inaugural de uma Psicologia Crítica da Saúde no contexto brasileiro. (CFP,
2019)

| 41
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Surgiram questionamentos em relação à existência da psicologia hospitalar,


que questionavam que essa deveria fazer parte da Psicologia da Saúde, no sentido
mais amplo. Vale ressaltar que a área de Psicologia Hospitalar, como é conhecida
no Brasil, não existente em outros países, os quais consideram apenas a Psicologia
da Saúde como um todo.

Por outro lado, é possível afirmar que os conceitos de Psicologia Hospitalar

10
e Psicologia da Saúde não são sinônimos:

2:
:4
11
• Saúde = “um conceito amplo e complexo relativo às funções orgânicas,

1
02
físicas e mentais (OMS, 2003), que contempla além do tratamento, a

/2
prevenção de doenças e a manutenção da saúde”

12
7/
-2
• Hospital = “o contexto em que se tratam as pessoas que adoecem, portanto,

om
contempla prioritariamente ações curativas, embora a práxis da Psicologia

l.c
ai
Hospitalar demonstre que é possível a realização de algumas intervenções

tm
de cunho preventivo (...)” ho
@
m

Dessa forma, há autores que entendem que a Psicologia Hospitalar é uma


_i
or

parte da Psicologia da Saúde. Em contrapartida, há outros que entendem que a


m
la

Psicologia Hospitalar é um campo específico de conhecimento.


au
-p
4

A posição do CFP, é a de que, no campo da Psicologia Hospitalar, “a


-0
12

tecnologia compõe, em conjunto com questões éticas, com a amplitude de


.0

manipulação da vida e com o grau de morbidade e de mortalidade presentes nesses


45
.6

espaços, os fatores que marcam e/ou influenciam os processos de subjetivação dos


58

usuários e de seus familiares. Isto exige um saber e um fazer muito específicos, que
-8

vão além da Psicologia da Saúde e adentra o âmbito da Psicologia Hospitalar (...)”.


IM
R

Assim, define-se a Psicologia Hospitalar como: “campo de conhecimento teórico


O
AM

e técnico sobre o cuidado da experiência subjetiva de adoecimento e


ES

hospitalização.”
R
VA

Tal posicionamento do CFP é corroborado pelo fato de que, na Resolução


TA

13/2007 do CFP (já citada no tópico anterior), aparecem as duas especialidades,


LA
U

separadamente: a Psicologia Hospitalar e a Psicologia da Saúde.


PA

Já elencamos as atribuições do Psicólogo especialista em Psicologia


Hospitalar, seguem agora as do Psicólogo Especialista em Psicologia em Saúde:
“atua em equipes multiprofissionais e interdisciplinares no campo da saúde,
utilizando os princípios, técnicas e conhecimentos relacionados à produção de
subjetividade para a análise, planejamento e intervenção nos processos saúde e
doença, em diferentes estabelecimentos e contextos da rede de atenção à saúde.
Considerando os contextos sociais e culturais nos quais se insere, estabelece
estratégias de intervenção com populações e grupos específicos, contribuindo para
a melhoria das condições de vida dos indivíduos, famílias e coletividades.

| 42
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Desenvolve ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e vigilância em


saúde junto a usuários, profissionais de saúde e ambiente institucional,
colaborando em processos de negociação e fomento a participação social e de
articulação de redes de atenção à saúde. Pode ainda desenvolver ações de gestão
dos vários serviços de saúde e de formação de trabalhadores, dominando
conhecimento sobre a reforma sanitária brasileira e as políticas de saúde no Brasil,
a legislação e funcionamento do SUS, gestão do trabalho e Educação Permanente
em Saúde, financiamento, avaliação e monitoramento de serviços de saúde,

10
podendo exercer funções em instâncias municipais, estaduais ou nacional.”

2:
(Resolução CFP 3/2016).

:4
11
1
02
Tanto para as(os) psicólogas(os) da saúde, como para as(os) psicólogas(os)

/2
12
hospitalares, é fundamental conhecer sobre epidemiologia, sobre fatores

7/
psicossociais de risco para doenças físicas, sobre mecanismos de proteção à saúde

-2
e prevenção de agravos, além dos fatores individuais presentes na história e na

om
subjetividade de cada pessoa em atendimento. É importante que tais profissionais

l.c
ai
dominem também temas como Saúde Pública e Coletiva, Promoção e Educação em

tm
Saúde, Políticas Públicas em Saúde e o Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS),
ho
@
dentre outros temas.
m
_i
or

Além disso, para ambos a habilidade de trabalhar em equipe é


m
la

fundamental, isso porque outras áreas profissionais da saúde estarão presentes e,


au
-p

principalmente, porque o paciente necessita de uma atenção integral.


4
-0
12

Interdisciplinaridade = possibilidade de mudança, de articulação e


.0
45

cumplicidade entre os cuidadores, respeitando-se as especificidades de cada área


.6

do saber. (CFP, 2019)


58
-8
IM

(CFP, 2019)
R
O
AM

Atenção Hospitalar ou Terciária


ES
R
VA
TA

A atuação da(o) psicóloga(o) em hospitais do SUS se insere na chamada


LA

Atenção Terciária, também denominada Atenção de Alta Complexidade ou alta


U

densidade tecnológica. Inclui ações que demandam tecnologias mais duras, como
PA

a que é necessária para a realização de transplantes, por exemplo.

Com frequência, a Psicologia Hospitalar se aplica também a serviços de


atenção secundária, de média densidade tecnológica, como os ambulatórios de
acompanhamento longitudinal, que atendem, por exemplo, gestantes de alto risco,
centros de atenção especializados a renais crônicos, entre outros serviços.

Historicamente, no Brasil, o cuidado hospitalar seguiu o modelo biomédico

| 43
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

hegemônico, tal modelo produzia uma atenção fragmentada e desarticulada e que


se organizava em função da demanda espontânea.

Em contraposição a esse modelo, a Política Nacional de Atenção Hospitalar


se preocupa com a humanização e com a atenção qualificada e eficiente. Além
disso, afirma que a Atenção Hospitalar deve se organizar de forma regionalizada,
articulada e integrada com a RAS (Rede de Atenção à saúde).

10
A Atenção Hospitalar deverá ser baseada nos pressupostos da clínica

2:
:4
ampliada e na gestão da clínica.

11
1
02
- Clínica Ampliada: “baseada no conceito de saúde integral, que vê a

/2
12
qualidade de vida como o resultado de fatores biopsicossociais. Outro pilar do

7/
modelo é integrar a equipe de profissionais de diferentes áreas na busca de um

-2
cuidado e tratamento de acordo com cada caso (...)”.

om
l.c
ai
- Gestão da Clínica Ampliada: “põe ênfase nos sujeitos envolvidos, nas

tm
relações estabelecidas, no cuidado integral à saúde e nos consequentes processos
ho
@
de aprendizagem, concebidos no trinômio atenção à saúde-gestão-educação.
m
_i

Nesse sentido, gestores e profissionais de saúde devem construir objetivos comuns,


or

para os quais compartilham conhecimento e esforço profissional e se implicam


m
la

igualmente.”
au
-p
4

São exemplos de portarias do Ministério da Saúde que incluem,


-0
12

obrigatoriamente, a(o) psicóloga(o) na equipe mínima:


.0
45
.6

• Portaria 628 de 26/04/01, que trata de serviços destinados à


58
-8

realização da Cirurgia Bariátrica.


IM
R

• Portaria 400 de 16/11/2009, que prevê a presença de uma(um)


O
AM

psicóloga(o) na equipe de saúde para Atenção aos Ostomizados.


ES
R

• Portaria 930 de 10/05/12, que recomenda que a equipe de saúde


VA
TA

inclua uma(um) psicóloga(o) na organização da atenção integral e humanizada ao


recém-nascido grave ou potencialmente grave. (CFP, 2019)
LA
U
PA

Interface entre psicologia e atenção hospitalar

“A interface entre a Psicologia e a atenção hospitalar caracteriza-se,


primordialmente, por um contexto marcado pelo sofrimento que, em maior ou
menor intensidade, apresenta-se como próprios das situações de crise e
adoecimento. (...) Frente a objetividade e a resolutividade necessárias neste
ambiente, emerge uma demanda de sofrimento adicional, evidenciada pelas
subjetividades em jogo nessa vivência hospitalar, tanto do paciente como de seus

| 44
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

familiares, cujas repercussões do adoecimento em suas vidas mostram um


significado para além da patologia e da sua gravidade.”

“O modo como cada paciente e sua família reage depende de múltiplos


fatores, como:

- a natureza e a gravidade da patologia;

10
- a história pessoal e experiências anteriores de adoecimento e morte de

2:
pessoas queridas;

:4
11
1
02
- a faixa etária e compreensão da situação atual;

/2
12
7/
- os procedimentos necessários e prognóstico da doença, entre outros.”

-2
om
• Adoecimento = é momento de crise; é uma experiência de mal-estar que tem

l.c
ai
um potencial desestabilizador e que pede cuidados.

tm
ho
@
• Crise = situações de crise são comuns ao longo da vida; o sujeito pode estar
m

paralisado, perdendo momentaneamente a capacidade de encontrar soluções; a


_i
or

crise paralisa e desestabiliza.


m
la
au
-p

Para aqueles que não conseguem estratégias de enfrentamento


4

construtivas, reagindo de modo mal adaptativo, pode ser importante o


-0
12

atendimento da(o) psicóloga(o) com as intervenções em crise.


.0
45
.6

• Intervenções em crise = manejo breve e adequado às situações como as de


58

hospitalizações. Considera a situação-problema, ou seja, a crise instalada que


-8

precisa ser suportada, atravessada, enfrentada da melhor maneira que for possível
IM
R

e as reações emocionais próprias do adoecimento (como inconformismo, negação,


O
AM

passividade ou regressão, por exemplo).


ES
R

A(O) psicóloga(o), como integrante de uma equipe de saúde, “pode


VA

contribuir na compreensão das possíveis repercussões emocionais que a doença


TA

pode ocasionar em determinado paciente/familiar e atuar junto a esta equipe de


LA
U

saúde favorecendo novas compreensões sobre a subjetividade do ser que adoece.”


PA

Doenças Agudas

São as de instalação brusca e inesperada. Doenças agudas podem levar a


óbito ou à recuperação total, ou mesmo se tornarem crônicas. Exemplo: trauma
físico decorrente de acidente.

Doenças Crônicas

| 45
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

São as de instalação brusca ou lenta que permanecem por tempo


indeterminado. Exemplo: Alzheimer, diabetes, insuficiência Renal Crônica.

“Segundo Carter e Mac Goltrych (1995), o curso da doença é marcado por três
formas gerais:

• Progressiva - apesar do tratamento, sempre sintomática, vai progredindo em

10
severidade.

2:
:4
11
• Constante – após instalada, se mantém estabilizada como nas amputações

1
02
por traumas, ou AVC, por exemplo que deixam um déficit óbvio e irreversível, com

/2
limitação residual funcional permanente.

12
7/
-2
• Reincidente ou episódico – com períodos alternados de exarcebação dos

om
sintomas, até com hospitalizações recorrentes e períodos mais estáveis o que gera

l.c
ai
muita incerteza e aflição entre todos os envolvidos no tratamento. Nestas fases,

tm
todos da família, em geral, se unem e participam muito do tratamento do enfermo
ho
@
que pode ser prolongado e com estas alternâncias de crises, hospitalizações e
m
_i

recaídas. São momentos permeados também de esperança que apareça um novo


or

medicamento ou um médico mais atualizado.” (CFP, 2019)


m
la
au
-p

Atuação da psicologia nos hospitais


4
-0
12
.0

No contexto hospitalar, a escuta clínica da(o) psicóloga(o) é ampliada a três


45
.6

grupos de atenção: pessoa assistida, família e instituição.


58
-8

Destaca-se que, nas instituições de saúde, a demanda de atendimento


IM
R

psicológico é “inversa”. Em diversas situações, são os profissionais de saúde


O
AM

(médicos, enfermeiros, dentre outros) que solicitam avaliação e acompanhamento


ES

psicológico. Isso ocorre, muitas vezes, sem antes comunicar ao próprio paciente.
R

Diferentemente do que costuma ocorrer no atendimento clínico tradicional


VA

de consultório, no hospital não é o paciente quem costuma procurar o psicólogo.


TA

Daí, essa inversão, já que é o psicólogo, muitas vezes, quem oferta o atendimento
LA
U

ao paciente.
PA

À(Ao) psicóloga(o) interessa: “como a pessoa assistida/familiares se


encontram neste momento; como foi afetada pela situação e quais os recursos
psíquicos presentes para que eles possam atravessar o tratamento e como
poderemos ajudá-los como participante da equipe de cuidadores.”

O psicólogo hospitalar deve considerar:

| 46
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

• “A disponibilidade da pessoa assistida para os atendimentos. Considerar


que ele não foi ali procurar a(o) psicóloga(o) e sim cuidados médicos e por isso não
compreenda a disponibilidade da(o) psicóloga(o) para uma atenção psicológica,
apresentando indisposição e preconceitos. Deve-se, pois, considerar, sobretudo, a
capacidade do paciente para a elaboração de conteúdos psíquicos.

• O setting terapêutico, na maioria das vezes, acontece na “beira do leito”,

10
precisando ser adaptado a certas interferências como TV ligada ou pessoas

2:
circulando, por exemplo.

:4
11
1
02
• A dinâmica do contexto hospitalar pede nossa flexibilidade metodológica

/2
12
— não há horário definido, nem dias marcados, tudo depende da necessidade

7/
-2
emocional da pessoa assistida e das rotinas do tratamento como curativos, exames,

om
gravidade da patologia, entre outros. Os atendimentos devem ter começo, meio e

l.c
fechamentos, focados e diretivos, com duração média de trinta a quarenta minutos.

ai
tm
Lembramos que neste espaço não se realiza a psicoterapia nos moldes tradicionais
ho
e que poderão ser acertados encaminhamentos, por ocasião da alta hospitalar ou
@

se por acaso o paciente for transferido par outro espaço ou clínica, como uma UTI,
m
_i

por exemplo. Ali estará outro colega que prestará a assistência necessária.
or
m
la
au

• A presença dos familiares, que também podem estar recebendo atenção


-p

psicológica. Nesse sentido, é imprescindível cuidar do sigilo nesses casos.


4
-0
12

• Ações terapêuticas adequadas e diversas, conforme as necessidades da


.0
45

pessoa assistida/família, como atendimentos individuais, em grupo,


.6
58

psicoeducação, diálogo franco, manejo ambiental, entre outros.” (CFP, 2019)


-8
IM

Fazeres e rotinas: etapas do atendimento psicológico


R
O
AM

O primeiro contato com o paciente deve acontecer com a realização da


ES

entrevista inicial, seja pela busca ativa ou por solicitação de algum membro da
R
VA

equipe).
TA

Tanto a entrevista Preventiva, quanto a entrevista Diagnóstica se aplicam ao


LA

contexto hospitalar.
U
PA

• Entrevista psicológica = “é um recurso do método científico e uma técnica


avaliativa que objetiva estabelecer um diagnóstico, colher dados importantes sobre
o acontecido e compreender o paciente.”

Fongaro e Sebastiani (1996), afirmam que: “[...] convém lembrar que o


trabalho do psicólogo hospitalar, no momento de avaliação psicológica do
paciente, difere do que normalmente é desenvolvido num psicodiagnóstico
tradicional. Estamos avaliando um momento específico da vida da pessoa, especial

| 47
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

e muitas vezes ímpar. [...] nesse aspecto, não se está atrás de um diagnóstico no
sentido formal e acadêmico do termo, mas sim, na busca, da melhor forma possível,
de uma visão ampla de quem é e como está aquela pessoa frente ao seu processo
de doença, internação hospitalar e tratamento.”

A idade do paciente faz diferença no modo de abordá-lo. Com crianças,


podem ser utilizadas observação e técnicas lúdicas. A família pode ajudar
fornecendo informações sobre a criança.

10
- Entrevista lúdica: modalidade de entrevista para crianças por meio de

2:
:4
brinquedos. Representa um recurso importante para construção de vínculo e para

11
obter informações sobre a sua vivência no período de hospitalização. Por meio da

1
02
brincadeira, a criança pode elaborar conflitos e lidar com as situações estressantes,

/2
conseguindo canalizar suas angústias, medos e fantasias.

12
7/
-2
O exame das funções mentais é realizado durante a entrevista inicial. São

om
avaliadas funções como: atenção, sensopercepção, memória, orientação, nível de

l.c
ai
consciência, entre outras. (CFP, 2019)

tm
ho
@
Os processos de trabalho da(o) psicóloga(o) hospitalar:
m
_i
or
m

- Processos de Acolhimento (de indivíduos ou grupos):


la

O acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que


au
-p

não tem local, nem hora certa para acontecer. Também não há um profissional
4

específico para fazê-lo, já que todo profissional pode fazê-lo. O acolhimento é uma
-0
12

postura ética e implica: na escuta do usuário em suas queixas; no reconhecimento


.0
45

do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento; e na sua


.6

responsabilização.
58
-8
IM

O Acolhimento pode ser facilmente identificado em abordagens a familiares


R

que estão com algum parente numa UTI, por exemplo. Numa UTI Neonatal, o
O
AM

acolhimento da mãe puérpera é importante na mediação do encontro com o seu


ES

bebê, nos primeiros toques na criança.


R
VA
TA

Outro espaço em que o acolhimento se mostra importante é nos serviços de


LA

Urgências e Emergências. A pessoa que procura um pronto-socorro geralmente


U

apresenta uma vivência de acidente, ou de descompensação grave, em casos de


PA

doenças crônicas. “De acordo com Perez (2005), a maioria das solicitações de
atendimento psicológico em uma Unidade de Emergência surge em função de
quadros reativos à situação da gravidade do caso, necessidade de atendimento
emergencial e as próprias características ansiogênicas de um setor de urgência. São
estas: depressão, estados confusionais e não colaboração ao tratamento.”

- Processos de Acompanhamento - acompanhamento terapêutico e outras formas


de acompanhamento

| 48
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Acompanhamento = “é uma intervenção longitudinal, contínua, mesmo que


por breve período de tempo, momento este que a(o) psicóloga(o) oferta a escuta e
se dispõe a estar ao lado e presente ao longo do período em que o paciente esteja
em acompanhamento no serviço.”

Exemplo de acompanhamento numa assistência hospitalar é o desenvolvido


nas clínicas cirúrgicas. O acompanhamento psicológico ao paciente cirúrgico se dá

10
tanto no período pré-operatório, quanto no pós-operatório.

2:
:4
11
Outro exemplo é na unidade neonatal de terapia intensiva, em que a atuação

1
02
da Psicologia foca no suporte aos pais. “A ida de um bebê para uma UTI representa

/2
a quebra, a frustração dos sonhos e expectativas desses pais. Muitas vezes, o bebê

12
7/
precisa ser alimentado por sonda e a mãe não pode ou não consegue amamentá-lo.

-2
Não pode carregá-lo no colo, pois este está em uma incubadora. A sensação dos pais

om
é de impotência e um dos trabalhos da(o) psicóloga(o) é ajudar a eles a

l.c
ai
estabelecerem um vínculo com o bebê e recuperarem a sensação de que são

tm
imprescindíveis a ele.” @
ho
m

Outro exemplo de acompanhamento psicológico é no serviço de IST e


_i
or

HIV/aids.
m
la
au
-p

- Processos de Avaliação - avaliação psicológica de indivíduos; avaliação para


4

diagnósticos institucionais e sociais; avaliação educacional; avaliação de


-0
12

aprendizagem; avaliação de competências


.0
45

Finalidade da Avaliação Psicológica: “obter um conhecimento de indivíduos


.6
58

ou grupos, com um objetivo específico e determinado pelo perfil que deve ser
-8

verificado. A avaliação inclui um processo de coleta de dados e interpretações de


IM
R

informações, na qual podem ser utilizados diversos métodos, instrumentos e


O
AM

técnicas, incluindo testes psicológicos padronizados.”


ES
R

Há indicação expressa para avaliação psicológica antes da indicação da


VA

cirurgia bariátrica. Outro exemplo de avaliação psicológica ocorre em serviço


TA

materno-infantil. A avaliação dirige-se à depressão materna no pós-parto, uma


LA

condição um número expressivo de mulheres no período puerperal.


U
PA

- Processos de Comunicação - trabalho relacionado com veículos de comunicação ou


ênfase em processo de comunicação envolvendo indivíduos, grupos ou instituições

Destacam neste contexto os seguintes modelos de comunicação:

- Comunicação como transmissão de informação: por exemplo, os boletins


médicos.

| 49
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

- Comunicação como partilha de significados: por exemplo, ocasiões de


atendimento frente a um diagnóstico difícil ou morte.

- Comunicação como persuasão: por exemplo, para alcançar a adesão ao


tratamento, ou em casos de doação de órgãos.

- Comunicação como comunidade comunicação permite a partilha de

10
significados; por exemplo, rodas de gestantes, que, fora do ambiente terapêutico,

2:
desenvolvem atividades de ativismo, como os “mamaços”.

:4
11
1
02
- Processos Culturais - trabalho realizado com as diversas formas de produção

/2
12
cultural, incluídas as formas de expressão artística

7/
-2
Exemplo: nos trabalhos voltados a saúde mental, é comum uso do teatro,

om
dança, música, artesanato como produtores de vínculos e restabelecimento de

l.c
ai
coesão social e comunitária.

tm
ho
@
- Processos Educativos - formação/capacitação/ orientação de professores;
m

planejamento educacional; elaboração de projetos educacionais; avaliação de


_i
or

processos educativos; orientação profissional/vocacional; planejamento e


m
la

acompanhamento de medidas socioeducativas


au
-p

Educação em saúde = “conjunto de ações que incidem na melhoria da


4
-0

qualidade de vida e de saúde; (...) pode ser entendida como uma forma de
12
.0

abordagem que, enquanto um processo amplo na educação, proporciona construir


45

um espaço muito importante na veiculação de novos conhecimentos e práticas


.6
58

relacionadas.”
-8
IM

Exemplos: na prevenção oncológica, na gravidez na adolescência, no


R
O

incentivo a amamentação, dentre outros.


AM
ES
R

- Processos Formativos - formação de profissionais de diferentes áreas; capacitação


VA

de trabalhadores de campos diversos


TA
LA

Exemplos: formação de novas equipes, ou implantação de novos serviços.


U
PA

- Processos Formativos de psicólogas(os) - formação profissional em nível de


graduação, pós-graduação stricto sensu e especialização
- Processos Grupais (desenvolvimento de grupos em situações diversas; condução
de dinâmicas de grupo; avaliação de processos grupais)

Exemplos: grupos terapêuticos e/ou grupos de apoio, orientação ou


acolhimento a pacientes de uma mesma clínica e/ou seus familiares e grupos de
salas de espera.

| 50
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

- Processos de Mobilização Social - organização de grupos para atividades de


participação social; desenvolvimento comunitário

Exemplos: campanha para doação de lei ao Banco de Leite Humano;


campanha para aceitação da presença do acompanhante no parto ou na UTI
neonatal.

10
- Processos Organizativos - atuação em organizações ou trabalho, cujas ênfases

2:
:4
sejam as diversas formas de processos organizativos

11
1
02
“Apesar da(o) psicóloga(o) hospitalar não se envolver com as questões

/2
específicas da Psicologia Organizacional, (...) haverá atividades de treinamento em

12
7/
serviço que dizem mais respeito à(ao) psicóloga(o) hospitalar que está na

-2
assistência do que o serviço da Psicologia Organizacional.” Exemplo: promoção de

om
um seminário de recepção humanizada ao bebê para técnicos de enfermagem.

l.c
ai
tm
- Processos de Orientação e Aconselhamento (de indivíduos ou grupos)
ho
@
m

Aconselhamento: “[...] um processo de escuta ativa, individualizado e


_i
or

centrado no cliente. Pressupõe a capacidade de estabelecer uma relação de


m
la

confiança entre os interlocutores, visando ao resgate dos recursos internos do


au

cliente para que ele mesmo tenha possibilidade de reconhecer-se como sujeito de
-p

sua própria saúde e transformação (BRASIL, 1999).” Exemplo: trabalho com


4
-0

pacientes geriátricos.
12
.0
45
.6

- Processo de Planejamento e Gestão Pública - identificação e avaliação de


58

demandas; elaboração e avaliação de planos de ação


-8
IM

“Planejar é reduzir incertezas.” No setor saúde, as práticas de planejamento


R
O

estão presentes em todo o processo que é conhecido como Gestão do SUS.


AM
ES
R

- Processos Investigativos
VA
TA

“Na realização de uma pesquisa científica em Psicologia é necessário


LA

primeiramente a escolha de um tema (um problema de pesquisa) e um meio pelo


U
PA

qual essa pesquisa será executada na prática.”

- Processos Terapêuticos - práticas terapêuticas envolvendo indivíduos ou grupos

É muito comum que a(o) psicóloga(o) hospitalar utiliza a psicoterapia breve


pelas características institucionais e de tempo de internação. Mas, importante
ressaltar que há serviços que permitem acompanhamento longitudinal de longo
tempo, como os serviços de renais crônicos; de assistência a pacientes com

| 51
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

HIV/Aids; dentre outros.


(CFP, 2019)

Cuidados paliativos e morte

Cuidados Paliativos (CP) é definido pela Organização Mundial de Saúde


como: “uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes (adultos e

10
crianças) e suas famílias que enfrentam problemas associados a doenças que

2:
ameaçam a vida. Previne e alivia o sofrimento através da identificação precoce,

:4
11
avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas, físicos, psicossociais ou

1
02
espirituais. O CP é uma parte crucial dos serviços de saúde integrados e centrados

/2
nas pessoas, em todos os níveis de cuidados: visa a aliviar o sofrimento seja qual for

12
7/
a causa”

-2
om
“Ao longo do tempo, os paradigmas foram evoluindo e chegamos ao

l.c
ai
paradigma do cuidar e nem sempre salvar. Do ato de curar para o ato de cuidar.”

tm
ho
@
- Cabe ao psicóloga(o):
m
_i

“• Aumentar o conforto físico durante as diferentes fases do tratamento dos


or
m

doentes;
la
au
-p

• Atender às necessidades psicológicas, sociais e espirituais;


4
-0
12

• Atender às necessidades dos familiares e cuidadores;


.0
45
.6

• Responder aos desafios da tomada de decisão clínica e ética em CP (para o médico,


58
-8

a hora de parar com procedimentos desnecessários, seguindo os protocolos já


IM

estabelecidos);
R
O
AM

• Implementar e coordenar equipes de cuidados paliativos;


ES
R

• Promover autoconhecimento e desenvolvimento profissional.”


VA
TA

Ortotanásia = “postura dos médicos diante da morte considerando-a como


LA
U

necessária, no seu tempo certo, com cuidados paliativos e dignidade para a pessoa
PA

assistida e conforto emocional para os familiares.”

- Princípios éticos dos Cuidados Paliativos:

“• Viver com qualidade até o momento da morte;

• Viver momentos de recolhimento e encontros com finalizações, despedidas e


desejos realizados;

| 52
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Psicologia Saúde e Hospitalar

• Com conforto respiratório e sem dor;

• Na presença dos familiares;

• Recebendo suporte emocional e espiritual.” (CFP, 2019)

Atenção! Já foi questão de prova! 😉

10
2:
:4
Em se tratando de pacientes cuja morte é reconhecida como próxima, evitar ou

11
negar esse assunto pode trazer mais ansiedade e mal-estar do que responder a

1
02
perguntas a respeito disso.

/2
12
7/
-2
A Morte e o Morrer

om
l.c
ai
Para Elisabeth Kubler-Ross, algumas questões do homem diante da morte

tm
ho
não mudaram com o tempo. A morte constituía no passado, e ainda constitui, um
@
acontecimento medonho, um medo universal. Por outro lado, algo mudou com o
m
_i

tempo: o modo de as pessoas conviverem e lidarem com a morte e com o morrer.


or
m

Em nossa sociedade, a morte é considerada um tabu; evita-se falar sobre ela;


la

as crianças são afastadas das situações de morte, sob o argumento de que seria
au
-p

“demais para elas”. (Kubler-Ross, 2017)


4
-0
12

Quanto mais se avançou na ciência e no conhecimento, mais tentou-se negar


.0
45

a realidade da morte. (Kubler-Ross, 2017)


.6
58
-8

Muitas vezes, morrer se torna um ato solitário e impessoal, sendo o paciente


IM

removido de sua casa e de seu ambiente familiar e indo para uma sala de
R
O

emergência. Destaca-se também que, quando um paciente está gravemente


AM

enfermo, muitas vezes é tratado como um incapaz e não tem direito de opinar.
ES

(Kubler-Ross, 2017)
R
VA
TA

“O paciente está sofrendo mais, talvez não fisicamente, mas


LA

emocionalmente.” (Kubler-Ross, 2017)


U
PA

Para Elisabeth Kubler-Ross, questões como a criminalidade e as guerras


podem ser sintomas da incapacidade de enfrentar a morte com resignação e
dignidade.

A autora fala também da dificuldade de os médicos em lidarem com o outro.


Assim, aprende-se a prolongar a vida, mas não se discute o que é a vida. Há um
excelente treinamento técnico e na utilização de equipamentos e máquinas, mas
pouco se debate, na formação desses profissionais, questões da escuta e da relação

| 53
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Psicologia Saúde e Hospitalar

com o outro. A atenção é mais dirigida aos equipamentos e ao controle numérico da


frequência cardíaca, que à expressão facial do paciente.

Embora Elisabeth Kubler-Ross (que era médica) fale dos médicos, pode-se estender
a análise a outros profissionais de saúde.

Muitos profissionais apresentam receio em dar más notícias aos pacientes,


como a notícia sobre um câncer, por exemplo. Diante disso, a questão central não

10
deve ser “contar ou não contar”, mas “como contar”. “O importante é comunicar

2:
:4
ao paciente que nem tudo está perdido; que não vai abandoná-lo por causa de um

11
diagnóstico; que é uma batalha que tem de travar juntos – paciente, família e

1
02
médico -, não importando o resultado.” (Kubler-Ross, 2017)

/2
12
Ressalta-se que a reação do paciente não depende somente de como médico

7/
dá a notícia. Mas, esse é sim um fator importante. “Saber compartilhar uma notícia

-2
dolorosa com o paciente é uma arte”. (Kubler-Ross, 2017)

om
l.c
ai
Má notícia = aquela que altera drástica e negativamente a perspectiva do paciente

tm
ho
em relação ao seu futuro (Vandekief, 2001; Muller, 2002; Lima, 2003).
@
Toda comunicação que traz uma ameaça ao estado mental ou físico do
m
_i

paciente e um risco de ele ver superado seu estilo de vida já estabelecido, pode ser
or
m

considerada uma má notícia (Ptacek e Eberhardt, 1996; Almanza-Muños e Holland,


la
au

1999).
-p

Podem ser, portanto, não somente um diagnóstico terminal, mas também o


4
-0

diagnóstico de uma doença crônica (por exemplo, diabetes), falar para uma
12

gestante que seu filho tem uma malformação, entre outros exemplos. (artigo -
.0
45

VICTORINO, AB et al . Como comunicar más noticias: revisão bibliográfica. Rev.


.6

SBPH, Rio de Janeiro , v. 10, n. 1, p. 53-63, jun. 2007)


58
-8
IM
R
O

Sugestão de leitura : CRUZ, C. O.; RIERA, R. Comunicando más notícias: o


AM

protocolo SPIKES. Diagn. tratamento, v. 21, n. 3, p. 106- 108, 2016.


ES
R
VA

O paciente e a família, ao tomarem conhecimento da gravidade da doença, podem


TA

passar por cinco estágios emocionais: negação, revolta/raiva, barganha, depressão


LA

e aceitação.
U
PA

Primeiro estágio: Negação e Isolamento


Frase característica: “Não, eu não, não pode ser verdade”

A negação ansiosa originária da comunicação de um diagnóstico é comum


em pacientes que são informados de forma abrupta ou prematura, por quem não os
conhece bem ou por quem informa isso de forma leviana, não levando em
consideração o preparo do paciente. “A negação, ou pelo menos a negação parcial,

| 54
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

é usada por quase todos os pacientes, ou nos primeiros estágios da doença, ou logo
após a constatação, ou, às vezes numa fase posterior.” (Kubler-Ross, 2017)

A negação é comparada ao uso do para-choque, após notícias inesperadas e


chocantes, possibilitando que o paciente se recupere com o tempo, mobilizando
outras medidas menos radicais. A negação, comumente, é uma defesa temporária.
Logo sendo substituída por uma aceitação parcial.

10
Ou seja, em todo paciente existe, em algum momento, a necessidade da

2:
negação. E essa necessidade é mais frequente no começo de uma doença séria, do

:4
11
que no fim da vida. (Kubler-Ross, 2017)

1
02
/2
Segundo estágio: a Raiva

12
7/
-2
om
Frase característica: “Pois é, é comigo, não foi engano”

l.c
ai
tm
Nessa fase, são comuns sentimentos de raiva, revolta, inveja e
ho
ressentimento. Essa raiva se propaga em todas as direções e se projeta no ambiente,
@

muitas vezes sem uma razão. Os médicos não prestam, nem os enfermeiros; as
m
_i

visitas são recebidas com pouco entusiasmo, sendo penosos encontros.


or
m

se o paciente é respeitado e compreendido, se dispensa tem atenção a ele, logo vai


la
au

estar a voz e diminuir as suas exigências.


-p

Gera-se um grave problema quando, ao invés de analisar o motivo da raiva


4
-0

do paciente, os profissionais assumem em termos pessoais. É fundamental


12

entender que a origem da raiva pouco ou nada tem a ver com as pessoas em que ela
.0
45

é carregada. Quando familiares e profissionais reagem de forma pessoal a essa


.6
58

raiva, retribuem com uma raiva ainda maior, alimentando o comportamento hostil
-8

do paciente.
IM

É importante tolerar a raiva, racional ou não, do paciente. É preciso ouvir os


R
O

pacientes, e mesmo suportar alguma raiva irracional. (Kubler-Ross, 2017)


AM
ES

Terceiro estágio: a Barganha


R
VA
TA

Frase característica: "Se Deus decidiu levar-me deste mundo e não atendeu
LA

a meus apelos cheios de ira, talvez seja mais sensato se eu apelar com calma".
U
PA

Embora seja o menos conhecido dos estágios, é igualmente útil ao paciente,


mesmo que por um Tempo muito curto. Na barganha, há um tipo de acordo e
tentativa de adiar um desfecho inevitável. É muito comum que o paciente almeje
um prolongamento da vida, ou alguns dias sem dor ou sem males físicos.
Trata-se de uma tentativa de adiamento, que incluiu uma espécie de prêmio
oferecido por bom comportamento. Boa parte das barganhas são feitas com Deus e
são mantidas, comumente, em segredo. Por exemplo: o paciente promete uma vida
dedicada a Deus, ou uma vida a serviço da igreja. (Kubler-Ross, 2017)

| 55
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Atenção! Já foi questão de prova A busca por tratamentos alternativos,


práticas religiosas de cura e dietas milagrosas diz respeito ao estágio emocional de
barganha.

Quarto estágio: a Depressão


O processo de adoecimento envolve perdas. Por exemplo, uma mulher com
câncer de mama pode reagir à perda de sua imagem como mulher; já a mulher com

10
2:
câncer de útero, pode sentir que não é mais mulher. Há outras perdas também,

:4
11
como possíveis perdas financeiras, além disso, pode-se perder a própria vida

1
02
/2
Depressão reativa é diferente da depressão Preparatória.

12
Depressão reativa = é uma reação a uma perda que já aconteceu, por

7/
-2
exemplo, quando uma mulher, devido a um câncer, perde um dos seios.

om
Depressão preparatória = ao invés de se dar com uma perda passada, ela

l.c
leva em conta perdas iminentes. Assim, é um instrumento na preparação para uma

ai
tm
perda futura. Geralmente, esse tipo de depressão é silencioso, diferentemente do
que ocorre na depressão reativa. (Kubler-Ross, 2017) ho
@
m
_i
or

Quinto estágio: a Aceitação


m
la
au

Um paciente que tiver tido tempo necessário e tiver recebido ajuda para
-p

superar suas questões atingirá um estágio em que não sentirá mais depressão, nem
4
-0
12

raiva quanto ao seu destino. Esse estágio é o da aceitação.


.0

A paciente externa seus sentimentos, lamenta a perda eminente de pessoas


45

e de lugares queridos e contempla o seu fim próximo com certo grau de tranquila
.6
58

expectativa. (Kubler-Ross, 2017)


-8
IM
R
O
AM
ES

Eutanásia, distanásia e ortotanásia


R
VA
TA

Por um lado, os avanços na medicina têm proporcionado uma melhoria na


LA

qualidade de vida das pessoas e uma progressiva diminuição da mortalidade. Mas,


U
PA

por outro lado, essa sobrevida maior “decorre do prolongamento desnecessário e


de tratamentos injustificáveis, com a obstinação terapêutica a qualquer custo.”
(FELIX, 2013)

“A abreviação da morte, a aplicação de esforços terapêuticos


desproporcionais, como a obstinação, a futilidade e o encarniçamento terapêutico,
ou a instituição dos cuidados paliativos, que aliviam o sofrimento, constituem os
extremos de tratamentos que podem ser oferecidos ao indivíduo em estágio
terminal. (...) Assim, é imprescindível a discussão sobre o impasse entre métodos

| 56
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

artificiais para prolongar a vida e a atitude de deixar a doença seguir sua história
natural, com destaque para a eutanásia, a distanásia e a ortotanásia.” (FELIX,
2013)

• EUTANÁSIA = morte sem dor, sem sofrimento desnecessário. “Atualmente,


é entendida como uma prática para abreviar a vida, a fim de aliviar ou evitar
sofrimento para os pacientes. A Eutanásia é ilegal no Brasil, mas é aceita em
países como a Holanda e a Bélgica.

10
2:
Assim, a eutanásia traduz o auxílio ao suicídio, através de procedimentos

:4
11
que provocam a morte. Está ligada, então, a “dar a morte” ao outro, sendo esse

1
02
outro alguém que sofre, em estágio final de doença incurável, ou que vive em estado

/2
vegetativo permanente.

12
7/
-2
“A literatura assinala três modalidades de conduta que podem ter como

om
resultado a morte do paciente: 1- conduta omissiva - quando o agente, mesmo

l.c
tendo condição e/ou obrigação de prestar um serviço, uma terapia, uma medicação

ai
tm
ao paciente, não o faz, convicto de que estará abreviando seu sofrimento, o que
ho
resulta na morte; 2- conduta ativa direta - aplicação de terapias analgésicas com a
@
m

intenção primordial de aliviar as dores do paciente terminal, sabendo que essa


_i
or

medicação resultará no falecimento dele; 3- conduta ativa indireta - é aquela que,


m
la

motivada por convicções humanitárias, leva o agente a produzir a morte antecipada


au

de um paciente que esteja com uma doença incurável, com sofrimento atroz e
-p

qualidade de vida ínfima, mas que, sozinho, não seja capaz de se suicidar. Antes
4
-0

disso, o paciente terá expressado o seu consentimento.” (FELIX, 2013)


12
.0
45

- Eutanásia de forma voluntária: realizada pelo próprio paciente ou a pedido


.6
58

dele.
-8
IM

- Eutanásia de forma involuntária: quando é realizada por outrem com ou


R
O

sem o consentimento do paciente.


AM
ES

- Eutanásia ativa: caracterizada pelo ato de provocar a morte por fins


R
VA

misericordiosos, sem sofrimento do paciente.


TA
LA

- Eutanásia passiva: trata-se da não iniciação de uma ação médica ou


U
PA

interrupção de uma medida extraordinária, objetivando abrandar o sofrimento,


seguida de morte do paciente. (FELIX, 2013)

• DISTANÁSIA = É uma morte difícil ou penosa. “Usada para indicar o


prolongamento do processo da morte, por meio de tratamento que apenas
prolonga a vida biológica do paciente, sem qualidade de vida e sem
dignidade. Também pode ser chamada de obstinação terapêutica.

| 57
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Nesse sentido, enquanto, na eutanásia, a preocupação principal é com a


qualidade de vida remanescente, na distanásia, a intenção é de se fixar na
quantidade de tempo dessa vida e de instalar todos os recursos possíveis para
prolongá-la ao máximo.” Na distanásia, investe-se “pesadamente em situações de
pacientes terminais cujas perspectivas reais de recuperação são nulas.” (FELIX,
2013)

• ORTOTANÁSIA = processo morte-morrer com dignidade e autonomia;

10
“morte natural, com humanização, sem que haja o prolongamento da vida e

2:
do sofrimento.” A boa morte ou morte digna tem sido associada ao conceito

:4
11
de ortotanásia. “Etimologicamente, ortotanásia significa morte correta -

1
02
orto: certo; thanatos: morte. Traduz a morte desejável, na qual não ocorre o

/2
prolongamento da vida artificialmente, através de procedimentos que

12
7/
acarretam aumento do sofrimento, o que altera o processo natural do

-2
morrer.”

om
l.c
“Na ortotanásia, o indivíduo em estágio terminal é direcionado pelos

ai
tm
profissionais envolvidos em seu cuidado para uma morte sem sofrimento, que
ho
@
dispensa a utilização de métodos desproporcionais de prolongamento da vida, tais
m

como ventilação artificial ou outros procedimentos invasivos. A finalidade


_i
or

primordial é não promover o adiamento da morte, sem, entretanto, provocá-la; é


m
la

evitar a utilização de procedimentos que aviltem a dignidade humana na finitude


au

da vida.” (FELIX, 2013)


-p
4
-0

“A ortotanásia é o procedimento pelo qual o médico suspende o tratamento,


12
.0

ou só realiza terapêuticas paliativas, para evitar mais dores e sofrimentos para o


45

paciente terminal, que já não tem mais chances de cura, desde que essa seja sua
.6
58

vontade ou de seu representante legal. Outro estudo complementa que o médico


-8

não interfere no momento do desfecho letal nem para antecipá-lo nem para adiá-
IM

lo.” (FELIX, 2013)


R
O
AM

Enfim, a ortotanásia “emerge como um instrumento no sentido de


ES

proporcionar uma assistência holística e integral ao paciente, atentar para as suas


R
VA

necessidades físicas, psicológicas, sociais e espirituais e valorizar a dignidade


TA

humana.” (FELIX, 2013)


LA
U
PA

Fonte: FELIX, Zirleide Carlos et al. Eutanásia, distanásia e ortotanásia: revisão


integrativa da literatura. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 9, p. 2733-
2746, Sept. 2013

Versão na íntegra disponível em:


http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232013000900029

EM RESUMO:

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Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

- ORTOTANÁSIA: boa morte; permite aos pacientes e seus familiares defrontarem a


morte como algo natural; abre-se a possibilidade de trabalhar com as pessoas a
diferença entre cuidar e curar, entre manter a vida quando este for o procedimento
correto e permitir que a pessoa morra quando sua hora chegar; a ortotanásia não
antecipa o momento da morte; o paciente não tem sua morte provocada, uma vez
que esta é decorrente de um processo natural.
- DISTANÁSIA: manutenção da vida por meio de procedimentos desproporcionais
— obstinação terapêutica —, conduzindo a um morrer prolongado repleto de

10
sofrimento.

2:
- EUTANÁSIA: prática pela qual se busca abreviar, sem dor e sofrimento, a vida de

:4
11
um doente reconhecidamente incurável.

1
02
/2
(Referências: MARTAL, HANNA E. SILVA. Cuidados paliativos e ortotanásia. 2019;

12
7/
Pessini L. Morrer com dignidade: até quando manter a vida artificialmente? 1990.)

-2
om
l.c
ai
RESOLUÇÃO Nº 41, DE 31 DE OUTUBRO DE 2018 - Cuidados
tm
Paliativos ho
@
m

Acesso e texto na íntegra:


_i
or

http://www.in.gov.br/materia//asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/515207
m
la

46
au
-p

A Resolução 41/2018 dispõe sobre as diretrizes para a organização dos


4
-0

cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito


12
.0

Sistema Único de Saúde (SUS).


45
.6
58

Art. 1º Parágrafo único. “Os cuidados paliativos deverão fazer parte dos
-8

cuidados continuados integrados ofertados no âmbito da RAS.”


IM
R

Art. 2º Cuidados paliativos = “assistência promovida por uma equipe


O
AM

multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus


ES

familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio
R

do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e


VA

demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.”


TA
LA

Parágrafo único: “Será elegível para cuidados paliativos toda pessoa


U
PA

afetada por uma doença que ameace a vida, seja aguda ou crônica, a partir do
diagnóstico desta condição.”
Art. 3º A organização dos cuidados paliativos deverá ter como
objetivos:
“I - integrar os cuidados paliativos na rede de atenção à saúde;
II - promover a melhoria da qualidade de vida dos pacientes;
III - incentivar o trabalho em equipe multidisciplinar;

| 59
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

IV - fomentar a instituição de disciplinas e conteúdos programáticos de


cuidados paliativos no ensino de graduação e especialização dos profissionais de
saúde;
V - ofertar educação permanente em cuidados paliativos para os
trabalhadores da saúde no SUS;
VI - promover a disseminação de informação sobre os cuidados
paliativos na sociedade;

10
2:
VII - ofertar medicamentos que promovam o controle dos sintomas dos

:4
pacientes em cuidados paliativos; e

11
1
02
VIII - pugnar pelo desenvolvimento de uma atenção à saúde

/2
humanizada, baseada em evidências, com acesso equitativo e custo efetivo,

12
7/
abrangendo toda a linha de cuidado e todos os níveis de atenção, com ênfase na

-2
atenção básica, domiciliar e integração com os serviços especializados.”

om
l.c
Art. 4º Serão princípios norteadores para a organização dos cuidados

ai
tm
paliativos:
ho
@
“I - início dos cuidados paliativos o mais precocemente possível,
m

juntamente com o tratamento modificador da doença, e início das investigações


_i
or

necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas estressantes;


m
la
au

II - promoção do alívio da dor e de outros sintomas físicos, do


-p

sofrimento psicossocial, espiritual e existencial, incluindo o cuidado apropriado


4
-0

para familiares e cuidadores;


12
.0

III - afirmação da vida e aceitação da morte como um processo natural;


45
.6
58

IV - aceitação da evolução natural da doença, não acelerando nem


-8

retardando a morte e repudiando as futilidades diagnósticas e terapêuticas;


IM
R

V - promoção da qualidade de vida por meio da melhoria do curso da


O
AM

doença;
ES

VI - integração dos aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao


R
VA

paciente;
TA

VII - oferecimento de um sistema de suporte que permita ao paciente


LA

viver o mais autônomo e ativo possível até o momento de sua morte;


U
PA

VIII - oferecimento de um sistema de apoio para auxiliar a família a lidar


com a doença do paciente e o luto;
IX - trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar para abordar
as necessidades do paciente e de seus familiares, incluindo aconselhamento de
luto, se indicado;

| 60
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Psicologia Saúde e Hospitalar

X - comunicação sensível e empática, com respeito à verdade e à


honestidade em todas as questões que envolvem pacientes, familiares e
profissionais;
XI - respeito à autodeterminação do indivíduo;
XII - promoção da livre manifestação de preferências para tratamento
médico através de diretiva antecipada de vontade (DAV); e
XIII - esforço coletivo em assegurar o cumprimento de vontade

10
2:
manifesta por DAV.”

:4
11
Art. 5º Os cuidados paliativos deverão ser ofertados em QUALQUER

1
02
ponto da rede de atenção à saúde, notadamente:

/2
12
“I - Atenção Básica: ordenadora da rede e coordenadora do cuidado,

7/
-2
será responsável por acompanhar os usuários com doenças ameaçadoras de vida

om
em seu território, prevalecendo o cuidado longitudinal, ofertado pelas equipes de

l.c
atenção básica, conjuntamente com o Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF-

ai
tm
AB), com a retaguarda dos demais pontos da rede de atenção sempre que
necessária; ho
@
m

II - Atenção Domiciliar: as equipes de atenção domiciliar, cuja


_i
or

modalidade será definida a partir da intensidade do cuidado, observando-se o


m
la

plano terapêutico singular, deverão contribuir para que o domicílio esteja


au
-p

preparado e seja o principal locus de cuidado no período de terminalidade de vida,


4

sempre que desejado e possível. Será indicada para pessoas que necessitarem de
-0
12

cuidados paliativos em situação de restrição ao leito ou ao domicílio, sempre que


.0

esta for considerada a oferta de cuidado mais oportuna.


45
.6
58

III - Atenção Ambulatorial: deverá ser estruturada para atender as


-8

demandas em cuidados paliativos proveniente de outros pontos de atenção da


IM

rede;
R
O
AM

IV - Urgência e Emergência: os serviços prestarão cuidados no alívio dos


ES

sintomas agudizados, focados no conforto e na dignidade da pessoa, de acordo com


R

as melhores práticas e evidências disponíveis; e


VA
TA

V - Atenção Hospitalar: voltada para o controle de sintomas que não


LA

sejam passíveis de controle em outro nível de assistência.”


U
PA

Art. 6º “Os especialistas em cuidados paliativos atuantes na RAS


poderão ser referência e potenciais matriciadores dos demais serviços da rede,
podendo isso ser feito in loco ou por tecnologias de comunicação à distância.”
Art. 7º “O acesso aos medicamentos para tratamentos dos sintomas
relacionados aos cuidados paliativos, notadamente opióides, deverá seguir as
normas sanitárias vigentes e observar as pactuações entre as instâncias de gestão
do SUS.”

| 61
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Luto
Tristeza/luto normais é diferente de um episódio depressivo maior.
O luto pode induzir grande sofrimento, mas não costuma provocar um
episódio de transtorno depressivo maior.

O conteúdo do pensamento associado ao luto geralmente apresenta

10
preocupação com pensamentos e lembranças do falecido, em vez das

2:
:4
ruminações autocríticas ou pessimistas encontradas no Episódio Depressivo

11
1
Maior. No luto, a autoestima costuma estar preservada, já no Episódio

02
/2
Depressivo Maior, os sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo são

12
7/
comuns. (DSM V)

-2
om
l.c
LUTO EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR

ai
tm
ho
@
m

Afeto predominante inclui sentimentos de vazio Humor deprimido persistente e incapacidade de


_i
or

e perda. antecipar felicidade ou prazer.


m
la
au

Disforia no luto pode diminuir de intensidade ao Humor deprimido é mais persistente e não está
-p

longo de dias a semanas; associada a ligado a pensamentos ou preocupações


4
-0

pensamentos ou lembranças do falecido. específicos.


12
.0
45

Dor do luto pode vir acompanhada de emoções e Infelicidade e angústia


.6

humor positivos. generalizadas.


58
-8
IM

Autoestima costuma estar preservada. Sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo


R

são comuns.
O
AM

Se o indivíduo pensa em morte e em morrer, tais Pensamentos têm o foco em acabar com a
ES

pensamentos costumam ter o foco no falecido e própria vida em razão dos sentimentos de
R
VA

possivelmente em "se unir" a ele. desvalia, de não merecer estar vivo ou da


TA

incapacidade de enfrentar a depressão


LA
U
PA

As síndromes e as reações depressivas surgem com muita frequência


após perdas significativas: de pessoa muito querida, emprego,
moradia, status socioeconômico ou algo puramente simbólico.
Apesar de muitas vezes ser desencadeada por perdas, a depressão não
é o mesmo que o sentimento normal do luto, mesmo que marcante. Entretanto,
a distinção entre luto normal, mas intenso, e depressão nem sempre é fácil.
(Dalgalarrondo, 2019)

| 62
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Diferenças entre luto intenso e depressão

ASPECTOS DIFERENCIAIS LUTO INTENSO DEPRESSÃO

Humor/tristeza Tristeza muito relacionada à Humor deprimido constante


experimentados e sua experiência da perda, que que abrange mais que as
evolução tende a diminuir com o passar perdas; humor que não
das semanas e meses (duração melhora com o passar do

10
muito variável, de semanas a tempo (duração variável, mas a

2:
:4
vários meses, eventualmente média dos episódios fica em

11
anos). torno de quatro meses).

1
02
/2
Padrão temporal Tristeza ocorre “em ondas” Tristeza e desânimo oscilam

12
(“dores do luto”), associada a menos ao longo dos dias (com

7/
lembranças da pessoa perdida. exceção da depressão atípica).

-2
om
Conteúdo do pensamento Tristeza e angústia mais Ruminações autocríticas e

l.c
centradas em pensamentos pessimistas abrangentes, não

ai
tm
relacionados à pessoa perdida. apenas relacionadas a uma
ho perda.
@
m
_i

Pensamento típico “Por que não disse à pessoa “Nada na vida vale a pena, eu
or

que perdi o quanto a amava, não sirvo para nada, sou um


m
la

por que não convivi mais com peso para as pessoas.”


au

ela?”
-p
4
-0

Fantasias relacionadas a “Gostaria de morrer para me “Quero morrer para não sofrer
12

pensamentos suicidas juntar à pessoa perdida, para mais”, ou “quero morrer pois
.0

revê-la.” não mereço mais viver, não


45
.6

darei mais trabalho a meus


58

familiares”
-8
IM
R

(Dalgalarrondo, 2019)
O
AM
ES
R

- Luto sem complicações = reação normal à morte de um ente querido. Como


VA
TA

parte de sua reação a essa perda, alguns indivíduos em sofrimento se apresentam


LA

com sintomas depressivos - por exemplo, sentimentos de tristeza e sintomas


U

associados, como insônia, apetite reduzido e perda de peso. A duração e a


PA

expressão do luto "normal" variam muito entre diferentes grupos culturais. (DSM V)

- Transtorno do Luto Complexo Persistente = ao menos 12 meses devem ter


passado, desde a morte de alguém com quem o enlutado tinha um relacionamento
próximo. (DSM V)

| 63
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O processo de luto é, na maioria dos casos, se dá de forma saudável, tendo


como sustentação os próprios recursos internos do indivíduo, as condições
pessoais do enlutado e seu suporte social (Casellato et al., 2009).
“Porém, complicações no luto implicam consequências que afetam
negativamente o indivíduo enlutado, bem como sua família e as pessoas que o
cercam. Dificuldades como reorganizar-se e reinvestir na vida comprometem o
funcionamento geral do indivíduo, muitas vezes acarretando transtornos
psicológicos e físicos em médio e longo prazos.”

10
Destacam-se dois tipos de riscos para o comprometimento do luto: riscos

2:
preditores e riscos correlatos (Kraemer et al., 2001; Kissane e Parnes, 2014).

:4
11
- Riscos preditores: relacionados às condições prévias que colocam o

1
02
indivíduo numa condição desfavorável para o enfrentamento do luto. Exemplos:

/2
aspectos culturais, comprometimentos prévios da saúde física e mental do

12
7/
enlutado, dificuldades na elaboração de lutos anteriores, comprometimento e

-2
rigidez na comunicação familiar prévia à crise desencadeada pela perda.

om
- Riscos correlatos: “A natureza da perda, a relação com o morto ou com o

l.c
ai
que foi perdido (perdas simbólicas), as condições em que a perda ocorreu (súbitas,

tm
violentas, ambíguas ou múltiplas) são algumas das circunstâncias que podem
ho
@
comprometer o enfrentamento do luto. (...) A perda de um amante, de um ex-
m

marido, de um animal, de um emprego ou identidade profissional,


_i
or

desaparecimentos, divórcios, abortos são algumas das situações nas quais riscos
m
la

correlatos tornam o luto não reconhecido e comprometem a evolução do processo


au
-p

de luto.” (Casellato, 2015)


4
-0
12

- Segundo Bowlby, há quatro fases do luto:


.0
45
.6

1) o entorpecimento = fase de choque, descrença e negação da realidade; o


58

enlutado nega a morte, continua a sua vida normalmente e apresenta gestos e


-8

comportamentos automatizados.
IM
R

2) o anseio = as lembranças da pessoa perdida são recorrentes; desejo de


O
AM

recuperar o ente querido, de trazê-lo de volta. O enlutado passa a ter sonhos,


ES

confundir pessoas na rua com o ente falecido, além de apresentar muita


R

inquietação.
VA

3) a desorganização e o desespero = nessa fase, a realidade é assimilada;


TA

sentimentos de raiva e tristeza são comumente encontrados; a pessoa se sente


LA
U

incapaz de fazer algo.


PA

4) a reorganização = a saudade ainda está presente, mas a pessoa vai se


adaptando às modificações causadas pela perda, podendo retomar suas atividades.
(BASSO, Lissia Ana; WAINER, Ricardo. Luto e perdas repentinas:
contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental. Rev. bras.ter. cogn., Rio de
Janeiro , v. 7, n. 1, p. 35-43, jun. 2011)

Livro “Luto: estudos sobre a perda na vida adulta” - de Colin Murray Parkes:

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• Seu trabalho teve início no final da década de 1950 em estreita colaboração


com John Bowlby.
• O luto é entendido por Parkes como uma importante transição psicossocial,
com impacto em todas as áreas de influência humana.
• Os primeiros capítulos, basicamente conceituais, expõem o luto numa visão
muito próxima ao modelo de doença, em que Parkes apresenta o luto como
evento traumático, sua relação com a doença mental, e nos mostra as
mudanças de atitude que ocorrem na sociedade quando morre uma pessoa.

10
• Mais adiante, o autor desenvolve de maneira abrangente toda a dimensão

2:
do processo de luto. Descreve as dores, o choro, a procura, as imagens do

:4
11
morto e as distorções na percepção do enlutado. Apresenta também a

1
02
discussão do aparecimento dos sonhos de enlutamento, do

/2
entorpecimento, dos mecanismos de evitação da perda, do esquecimento

12
7/
seletivo, e o surgimento dos movimentos de aproximação e afastamento.

-2
Aborda também os sentimentos que envolvem raiva e culpa, as

om
manifestações de protesto, amargura e de auto-acusação. Essa parte é

l.c
ai
finalizada com a discussão sobre a recuperação do processo de luto,

tm
apresentando a obtenção de uma nova identidade do enlutado.
ho
@
• Um capítulo importante é dedicado ao Luto Atípico, em que o autor levanta
m

a discussão a respeito das pessoas enlutadas que "desmontam" após uma


_i
or

perda e são encaminhadas para atendimento psiquiátrico. Aponta para as


m
la

formas apresentadas no luto crônico, as formas do luto adiado, os ataques


au
-p

de ansiedade e de pânico, as auto-acusações, e o surgimento de sintomas


4

somáticos.
-0
12

• Determinantes do luto. Parkes discute o envolvimento do enlutado com o


.0

morto, ressaltando a força e a segurança do apego, a confiança e as


45
.6

circunstâncias de uma relação particular. Em seguida, o autor traz um


58

estudo detalhado da relação entre o processo de luto e o tipo de morte.


-8

Levanta a discussão a respeito das mortes naturais em contrapartida às


IM
R

mortes inesperadas, violentas ou múltiplas. Apresenta também uma


O
AM

categoria de luto que causa problemas especiais, como o luto não


ES

autorizado, que designa perdas que não podem ser abertamente


R

apresentadas. Os capítulos seguintes são dedicados às possibilidades de


VA

ajudar a enlutado.
TA

• Parkes considera em que extensão o luto pela morte de uma pessoa se


LA

assemelha às reações a outros tipos de perda, como o divórcio, o


U
PA

desemprego, a migração forçada, a morte de um animal de estimação, a


esterilidade/infertilidade e as perdas envolvidas na recuperação de um
câncer.

(Referência: MARCOLINO, José Alvaro. Luto: estudos sobre a perda na vida


adulta. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 21, n. 1, p. 81-82, Mar. 1999)

| 65
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LUTO E MELANCOLIA – FREUD (1917)

Tanto no luto, quanto na melancolia, é de perda que se trata. Mas essa perda é
estruturada de diferentes maneiras no caso do luto e no caso da melancolia.

O melancólico apresenta um rebaixamento da autoestima, um empobrecimento


do EU. Por outro lado, no luto, é o mundo que se torna pobre e vazio, não o próprio
EU. (FREUD, [1917] 1996)

10
2:
:4
No melancólico, há a presença de uma autocrítica, uma perda de amor-próprio.

11
1
Somado a isso, no melancólico, falta a vergonha perante os outros, há a tendência

02
a se comunicar, a falar de si, encontrando satisfação no auto desnudamento.

/2
12
(FREUD, [1917] 1996)

7/
-2
om
Uma parte das características da melancolia vem do luto, já outra parte vem do

l.c
processo de regressão da escolha narcísica de objeto ao narcisismo. Afinal, o ego

ai
tm
só pode matar a si mesmo se for possível se tratar enquanto objeto. Em situações
ho
opostas, no mais extremado enamoramento e no suicídio, o ego é subjugado pelo
@

objeto. (FREUD, [1917] 1996)


m
_i
or
m

Destacam-se 3 premissas da melancolia: a perda do objeto, a ambivalência e a


la
au

regressão da libido para o ego. Na melancolia, o EU não engata um trabalho de


-p

luto, mas sim se revolta contra a perda. O melancólico se identifica com o objeto
4
-0

perdido, a ponto de se deixar perder junto com esse objeto. (FREUD, [1917] 1996)
12
.0
45

“Um ano após introduzir o conceito de narcisismo, que localiza o eu como objeto
.6
58

de amor para si mesmo e o delineia como reservatório do qual a libido pode ser
-8

enviada - e retirada - aos demais objetos, Freud nos mostra, com a melancolia, a
IM

face noturna desse jogo entre sujeito e objeto que pode chegar ao suicídio.” O EU
R
O

deve se amar, “ou seja, a libido deverá tomá-lo como objeto. Mas Narciso também
AM

pode se odiar e chegar a abandonar ou aniquilar a si mesmo.”


ES
R
VA

“Uma das principais lições desse texto é a de que não basta que o objeto
TA

desapareça para que dele nos separemos. É necessário um verdadeiro trabalho


LA

psíquico de perda, chamado por Freud "trabalho do luto" - tarefa lenta e dolorosa
U
PA

através da qual o eu não só renuncia ao objeto, dele se desligando pulsionalmente,


como se transforma, se refaz no jogo com o objeto.”

“Na melancolia mostra-se em toda a sua radicalidade algo estrutural, mas


habitualmente encoberto: o eu se toma como objeto de crítica e mortificação,
graças a uma identificação com o objeto perdido, e assim, ao queixar-se de si
mesmo, dá queixa do objeto.”

| 66
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Psicologia Saúde e Hospitalar

Fonte: RIVERA, Tania. Luto e melancolia, de Freud, Sigmund. Novos estud. - CEBRAP,
São Paulo, n. 94, p. 231-237, Nov. 2012.

Pontos principais do “Manual de Psicologia Clínica para


Hospitais” (Romano, 2008)

10
GRÉCIA ANTIGA: Teve início a explicação racional as enfermidades. Nesse contexto,

2:
:4
tem início a era hipocrática e a valorização da história clínica, respaldada em três

11
pilares:

1
02
/2
12
• informação do paciente - que descrevia seus sintomas com suas próprias

7/
-2
palavras.

om
• a observação do médico-tanto dos sinais da enfermidade, quanto da

l.c
aparência e do comportamento da pessoa. Hipócrita introduz a ideia de que

ai
tm
o processo de adoecimento estava ligado à realidade, ao cotidiano do
sujeito. ho
@
o exame físico - naquele período raramente utilizado, pois não havia
m


_i

informação o bastante nem conhecimento sobre anatomia e fisiologia.


or
m

(Romano, 2008)
la
au
-p

A PARTIR DO SÉCULO 17: inicia-se a compreensão da universalidade da doença;


4
-0

para uma mesma doença, os sinais são os mesmos, embora em pessoas diferentes.
12

Tem início a necessidade de classificar as doenças e a segregação dos aspectos


.0
45

físicos dos emocionais. (Romano, 2008)


.6
58
-8

SÉCULO 18: enfermidade como algo coerente, dentro de um panorama histórico-


IM

genético; a fim de compreender o adoecimento, é preciso compreender, antes de


R
O

mais nada, a vida do sujeito. A história clínica tem dois aspectos fundamentais: a
AM

história atual e os dados do passado. (Romano, 2008)


ES
R
VA

Muitas vezes, ao descrever seu sintoma, o próprio paciente tenta associá-lo


TA

com circunstâncias de sua vida em momentos próximos, relatando como foram


LA

afetadas as suas atividades e suas relações interpessoais.


U

Como o ser é biopsicossocial, deve-se completar a história com o ambiente


PA

familiar, social, ocupacional ou escolar, atitudes das outras pessoas, de quem existe
apoio e compreensão, qualidade das relações, entre outros aspectos.
A obtenção da história clínica NÃO deve se processar linearmente (primeiro
isto e depois aquilo), já que os dados se apresentam em espiral, em que o mesmo
ponto será tocado novamente, contudo em novo plano. Assim, quando um fato se
apresenta, é possível pesquisar, através dele, o hoje e o ontem.
A primeira entrevista inicia com o discurso livre do paciente e, nas
entrevistas seguintes, o tom é mais ou menos diretivo, tendo a ordem dos tópicos

| 67
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também como variável, ora conduzidos pelo psicólogo, ora pelo


paciente. (Romano, 2008)

Entrevista psicológica e clínica


-Entrevista: “processo de ação recíproca entre duas pessoas”;

10
-Entrevista psicológica e clínica: caracterizada pela obtenção e compreensão de

2:
:4
informações que resultarão em algum tipo de ajuda, seja de intervenção

11
terapêutica, ou mesmo de encaminhamento. “Na entrevista psicológica clínica

1
02
busca-se o conhecimento do problema a ser resolvido, através de uma percepção

/2
12
global e suficiente da pessoa com a dificuldade, de forma a obter-se um desfecho

7/
eficiente e eficaz.” (Romano, 2008)

-2
A entrevista psicológica clínica pode ser considerada em diferentes

om
aspectos:

l.c
ai
- enfoque da linha teórica;

tm
- forma e estrutura; ho
@
- objetivos;
m
_i

- roteiro a ser seguido. (Romano, 2008)


or
m
la

Enfoque da linha teórica: Dependendo da opção que tenha sido feita sobre a
au
-p

linha teórica a ser seguida, haverá formas específicas de entendimentos, de


4

abordagem e postura do psicólogo com o sujeito, durante a entrevista clínica. O


-0
12

postulante, em cada linha teórica, terá diferentes atitudes e compreensão.


.0
45

(Romano, 2008)
.6
58
-8

• Freud:
IM

Papel do entrevistador: Ajudar o paciente a explorar seu consciente e


R

inconsciente; Ênfase no passado.


O
AM

Papel do entrevistado: buscar autocompreensão, significado do próprio


ES

material e de seus sintomas, por meio da associação livre.


R

Relação psicólogo-sujeito durante a entrevista: intensa, envolvendo


VA
TA

transferência e contratransferência; ênfase maior no afeto, do que no


LA

conhecimento. (Romano, 2008)


U
PA

• Sullivan:
Papel do entrevistador: elemento ativo e participante da entrevista; ênfase
nas relações interpessoais.
Papel do entrevistado: colaborar de modo objetivo com o psicólogo,
compreendendo a si mesmo por meio da compreensão de suas relações com outras
pessoas.
Relação psicólogo- sujeito: relação mais cognitiva, que afetiva. (Romano,
2008)

| 68
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• Rogers:
Papel do entrevistador: aceitar seu cliente sem reservas; direção da entrevista é
tarefa do cliente.
Papel do entrevistado: conseguir uma condição de autoaceitação que permita usar
totalmente suas habilidades.
Relação psicólogo- sujeito: baseada na realidade; ênfase maior no feto, que na
cognição. (Romano, 2008)

10
2:
:4
Forma e estrutura:

11
• Diretiva ou fechada: questionário com perguntas previstas, inclusive em

1
02
relação a sua sequência; Entrevistador conduz a entrevista sem alterá-la.

/2

12
Não diretiva ou aberta: paciente fala livremente; entrevistador tem

7/
liberdade para perguntar e intervir; campo da entrevista é dinâmico; essa

-2
ausência de diretividade, entretanto, não é totalmente verdadeira. isso

om
porque qualquer tipo de intervenção feita pelo entrevistador seguramente

l.c
ai
influencia o comportamento do cliente.

tm
• ho
Semi Dirigida: perguntas previstas, mas a estrutura e a sequência podem ser
@
alteradas; novas questões podem ser introduzidas. (Romano, 2008)
m
_i
or

Objetivos:
m
la


au

Diagnóstica: busca estabelecer um diagnóstico ou coletar dados


-p

para tal fim.


4

• Terapêutica: utiliza a interpretação, ao mesmo tempo em que se


-0
12

apreendem as informações sobre o paciente.


.0
45

• Aconselhamento/ informativa: são colhidos dados básicos sobre a


.6

pessoa, a fim de que o psicólogo possa fornecer informações/


58
-8

orientações; psicólogo dá mais do que recebe. (Romano, 2008)


IM
R

Roteiro:
O
AM

O roteiro depende da finalidade da entrevista clínica psicológica. A idade do


ES

sujeito também deve ser observada. (Romano, 2008)


R
VA
TA

Processo diagnóstico:
LA

O processo diagnóstico por meio da entrevista Clínica psicológica é um processo


U
PA

contínuo, que se baseia em 5 etapas:


• pré-entrevista
• etapa inicial
• etapa de desenvolvimento ou exploração
• fase final
• comunicação e encaminhamento (Romano, 2008)

A etapa de pré-entrevista se inicia com a notícia de que o psicólogo vai


receber o paciente. A queixa começa a se configurar, até porque a decisão de buscar

| 69
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

ajuda já corresponde a uma admissão da existência de um problema. (Romano,


2008)

Na segunda etapa, entrevista inicial, o paciente coloca a sua versão do


porquê ter buscado ajuda, relatando seus sintomas e motivos. É importante fazer
uma distinção entre o que é manifesto/ explícito e o que é implícito/ latente na
queixa. (Romano, 2008)

10
Motivo explícito/ Manifesto: mais próximo da consciência; o que o indivíduo

2:
:4
prefere mencionar em primeiro lugar; menos ansiogênico e mais tolerável pelo

11
paciente, mas, em geral, não é o mais verdadeiro. (Romano, 2008)

1
02
Motivo implícito/ latente: surge à medida que o estudo é realizado; cabe ao

/2
psicólogo avaliar o grau de percepção com relação ao motivo latente.

12
7/
-2
Essa segunda etapa é o primeiro contato do psicólogo com o paciente, de

om
fato. Nela, existe troca de informações gerais, dados pessoais, queixa livre. Alguma

l.c
ai
intervenção é realizada para diminuir a ansiedade, se for o caso; vínculo e contrato

tm
de trabalho são estabelecidos. (Romano, 2008) ho
@
m
_i

A terceira etapa, de desenvolvimento e exploração dos dados, é o corpo


or
m

principal do processo diagnóstico, o assunto é examinado mutuamente,


la

conhecimentos referentes a biografia; problemas que motivaram a procura do


au
-p

atendimento; hierarquização das queixas; entre outros aspectos. (Romano, 2008)


4
-0
12

Na quarta etapa, de entrevista final, há comunicação dos resultados do


.0
45

diagnóstico. Quando se efetuam orientações e encaminhamentos. (Romano, 2008)


.6
58
-8

O psicólogo deve ter como condições pessoais, a fim de satisfazer-se no


IM

exercício de suas funções: “Real vocação humanística para entender o outro,


R
O

conduzindo assim a autenticidade que influi na atitude inconsciente do paciente”;


AM

“Humildade - reconhecer seus limites, sem deixar de reconhecer seus valores.


ES

Conhece seus atributos, mas está preparado para repensá-los sem se sentir
R

diminuído”; “Consequentemente - capacidade de assombro e ingenuidade.


VA
TA

Garantido, assim, o poder assimilar novas situações ou conhecimentos, e não


LA

rejeitar antecipadamente” (Romano, 2008)


U
PA

Paciente em estado crítico


O adoecer súbito e grave é fonte de desorganização psíquica. As respostas
psicológicas decorrentes do impacto causado pela ameaça à vida dependem:
- da estrutura da personalidade,
- do momento de vida em que ocorrem,
- da história do paciente e de seus familiares. (Romano, 2008)

| 70
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

A Unidade de Terapia Intensiva é lugar de atenção permanente, de tomada de


decisões e ações rápidas. Na unidade de terapia intensiva, encontram-se internados
pacientes graves, ou potencialmente graves, que precisam de recursos tecnológicos
e humanos especializados. (Romano, 2008)

O confronto com tal situação pode causar repercussões emocionais devastadoras,


tanto no paciente, quanto em seus familiares. Tais repercussões devem ser
reconhecidas e valorizadas por toda a equipe. (Romano, 2008)

10
2:
Nos primeiros dias de internação, os sentimentos mais comuns são a ansiedade e o

:4
11
desamparo. Após o período de adaptação à rotina, com a descoberta do diagnóstico

1
02
e decisão sobre o tratamento, acontece um alívio da angústia. Contudo, quanto

/2
mais a internação se prolonga, mais se intensifica o desequilíbrio psicológico do

12
7/
paciente. (Romano, 2008)

-2
om
Papel do psicólogo: “Estimular que o paciente receba informações a respeito do

l.c
ai
quadro clínico, do tratamento a ser realizado e do prognóstico, assim como oferecer

tm
um espaço para que o paciente possa elaborar as vivências decorrentes”. (Romano,
ho
@
2008)
m
_i
or
m

Assim, na UTI, diversos fatores sobrepostos podem gerar alterações de


la

comportamento e percepção. Quadros psicopatológicos devem ser pensados sob


au
-p

uma ótica biopsicossocial. (Romano, 2008)


4
-0
12

O delirium e a depressão são os quadros mais encontrados nos pacientes


.0
45

internados em terapia intensiva. O delirium incide mais nos pacientes pós-cirúrgico;


.6

já a depressão ocorre mais com a cronificação da internação. (Romano, 2008)


58
-8
IM

A unidade de emergência:
R
O

Emergência = “alteração súbita do estado de saúde ou grave complicação de uma


AM

doença que exige cuidados médicos urgentes. É uma condição imprevisível ou


ES

inesperada que requer ação imediata. (Romano, 2008)


R
VA
TA

A vivência da situação de emergência traz para o sujeito uma experiência de ruptura


LA

e de descontinuidade, de confronto com a possibilidade de morte. Quadros de


U
PA

desorganização psíquica podem surgir, bem como núcleos psicóticos podem ser
ativados. Defesas são utilizadas, quer sejam mais ou menos adaptativas. (Romano,
2008)

Termos que caracterizam a unidade de emergência são “atendimento rápido” e


“mal-estar súbito”. São particularidades da unidade de emergência: “necessidade
constante de tomar decisões rápidas eficientes na luta contra doença e morte;
imprevisibilidade, o inesperado é rotina; estrutura com sobrecarga de trabalho”
(Romano, 2008)

| 71
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Fontes de mobilização psíquica dos profissionais da unidade de emergência:


exigência de rapidez, perícia, astúcia, bem como contato com o inesperado, com a
fragilidade humana, com a dor, o sofrimento e a morte. (Romano, 2008)

“A família tanto mais poderá lidar e colaborar com as duras e necessárias rotinas da
unidade de emergência, quanto melhor puder suportar integrar a sua história a
experiência ameaçadora do adoecimento de um familiar” (Romano, 2008)

10
2:
:4
Boa parte de solicitações para atendimento psicológico surge em função de

11
situações como: depressão, estados confusionais, alterações dos estados de

1
02
agressividade, não colaboração com tratamento, não aceitação de cirurgia ou de

/2
12
exames invasivos. É possível perceber que a demanda está bastante ligada a

7/
sintomas reativos ao ambiente da unidade de emergência. Apesar disso, é claro que

-2
o ambiente não é o único desencadeador desses distúrbios. Entram em jogo

om
também a subjetividade e organização psíquica do paciente, por

l.c
ai
exemplo. (Romano, 2008)

tm
ho
@
Dessa forma, a vivência em uma unidade de emergência gera no paciente e na
m
_i

família uma situação de crise, de intensa mobilização psíquica. Consequentemente,


or
m

surge “um movimento psíquico reativo de retraimento libidinal e de


la

encapsulamento numa estrutura de defesa”. A equipe, que deveria estar pronta


au
-p

para atender tal necessidade, acaba também submetida a uma situação de


4

tensão. Nesse contexto, o resultado é uma rede de relações tensas e


-0
12

obstaculizadas. (Romano, 2008)


.0
45
.6

O objetivo da intervenção psicológica é favorecer a emergência dos recursos


58
-8

internos de cada um para lidar dar com a situação adversa, flexibilizar as relações
IM

para que a equipe possa adaptar-se às necessidades do paciente e da família e que


R

estes, por sua vez, também possam se adaptar às necessidades da equipe.


O
AM

(Romano, 2008)
ES
R

“Várias vertentes demandam intervenção psicológica: o paciente, a família, a


VA
TA

equipe.” (Romano, 2008)


LA
U

A intervenção em relação à família é no sentido de acolher e instrumentalizar a


PA

família para ajudar o paciente. Já a intervenção junto da equipe é no sentido de


ajudar a equipe a ter um contato genuíno com o paciente, “levando ao seu
conhecimento informações sobre o seu estado psíquico e da relação que mantém
com ele que interfere na evolução do tratamento.” (Romano, 2008)

Uma estratégia para enfrentar as adversidades da realidade da unidade de


emergência investir na imunização das relações humanas nesse cenário. (Romano,
2008)

| 72
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

A família Hospitalizada
Atualmente, a denominação de família envolve uma pluralidade de composições
que incluem laços consanguíneos, relações não formalizadas por parentesco,
núcleo doméstico, família não legitimada juridicamente, entre outras composições.
(Romano, 2008)

10
O grupo familiar é considerado uma entidade dinâmica, em constante

2:
:4
transformação. (Romano, 2008)

11
1
02
De acordo com a psicologia sistêmica, “o homem é visto como ser inserido em

/2
12
sistemas, sendo que o primeiro e o principal é a família. Esta situa e legítima o

7/
indivíduo no seu espaço social, constituindo matriz da sua identidade

-2
om
pessoal.” (Romano, 2008)

l.c
ai
Cerveny e Berthold (2002) propõem uma caracterização de ciclo vital, que melhor se

tm
adapta a realidade brasileira: ho
@
• família na fase de aquisição = nascimento da família, Nascimento dos filhos
m
_i

e fases iniciais da vida familiar;


or
m

• família na fase adolescente = filhos adolescentes questionam suas crenças,


la
au

regras, valores e as relações são revistas e readaptadas;


-p

• família na fase madura = filhos atingem a idade adulta e a família passa por
4
-0

importantes transições, como a saída do filho de casa e a reestruturação do


12

sistema conjugal;
.0
45

• família na fase última = Envelhecimento dos Pais e transformações na


.6

estrutura familiar. (Romano, 2008)


58
-8
IM

Principais reações comportamentais e afetivas, quando as estratégias empregadas


R
O

pela família para lidar com o estresse gerado pela hospitalização de um familiar são
AM

ineficazes:
ES

73. “distúrbios do sono


R
VA

74. distúrbios alimentares


TA

75. uso abusivo de cigarro, álcool, Automedicação


LA

76. dificuldade de concentração


U

77. prejuízos do contato social


PA

78. hiperatividade ou apatia


79. intensificação da religiosidade” (Romano, 2008)

Aspectos que podem iniciar o surgimento ou elevar o nível da angústia familiar,


durante a hospitalização de um de seus membros:
• “súbita e inesperada instalação da doença
• incertezas sobre o diagnóstico
• medo de que o paciente sofra, torne-se incapacitado ou morra

| 73
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Psicologia Saúde e Hospitalar

• falta de privacidade e individualidade


• ambiente desconhecido e impactante
• afastamento do paciente
• quebra da unidade familiar, distanciamento dos demais familiares e amigos
• sensação de isolamento
• sentimento de perda do controle, impotência
• preocupações com outros familiares dependentes, despesas
extraordinárias ou perda de proventos” (Romano, 2008)

10
2:
Além da compreensão da dinâmica familiar, alguns aspectos devem ser observados

:4
11
no primeiro contato com a família:

1
02
- observar sua receptividade e disponibilidade;

/2
-investigar fantasias, expectativas e experiências anteriores em relação a

12
7/
intervenção psicológica;

-2
- informar sobre objetivos e alcances da intervenção no hospital;

om
- abordar primeiramente questões mais amplas, menos conflitivas, procurando

l.c
ai
evitar acirramento das defesas psíquicas;

tm
- favorecer a formação de um vínculo de confiança. (Romano, 2008)
ho
@
m

Conforme as especificidades e demandas de cada família, é possível trabalhar com


_i
or

duas modalidades de atendimento: atendimento multifamiliar (grupo) e


m
la

atendimento individualizado a cada família nuclear. (Romano, 2008)


au
-p
4

O atendimento individualizado a cada família acontece quando, por exemplo, a


-0
12

solicitação é urgente, impulsionada por situação imprevisível. Além disso, quando


.0

há dificuldade da família de compartilhar sua dor, para preservar sua unidade e


45
.6

privacidade em relação a questões íntimas. (Romano, 2008)


58
-8

Já o objetivo do atendimento em grupo é garantir um espaço para livre expressão


IM
R

de sentimentos, dúvidas e conflitos. Há também a possibilidade de identificação


O
AM

entre os membros do grupo. (Romano, 2008)


ES
R
VA

Questões de Provas - Romano:


TA
LA
U

- Prova Psicólogo – 2014- BIORIO – SPDM - De acordo com Romano, em Manual


PA

de Psicologia Clínica em hospitais, o psicólogo que integra equipe de saúde de


unidades de emergência deve auxiliar os demais profissionais na prática
assistencial. A esse respeito, o psicólogo NÃO deve:
(A) favorecer a emergência dos recursos internos individuais para lidar com
situações adversas;
(B) flexibilizar as relações para que a equipe possa adaptar-se às necessidades do
paciente e da família;

| 74
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(C) intervir junto à equipe no sentido de ajudá-la a ter um contato genuíno com o
doente;
(D) intermediar a relação da família com a equipe com o objetivo de auxiliar
exclusivamente aos doentes;
(E) levar ao conhecimento da equipe informações sobre o estado psíquico do
paciente.

Comentário: Atenção! A questão pede a incorreta!

10
2:
O objetivo da intervenção psicológica é favorecer a emergência dos recursos

:4
11
internos de cada um para lidar dar com a situação adversa, flexibilizar as relações

1
02
para que a equipe possa adaptar-se às necessidades do paciente e da família e que

/2
estes, por sua vez, também possam se adaptar às necessidades da equipe.

12
7/
(Romano, 2008)

-2
om
A intervenção em relação à família é no sentido de acolher e instrumentalizar a

l.c
ai
família para ajudar o paciente. Já a intervenção junto da equipe é no sentido de

tm
ajudar a equipe a ter um contato genuíno com o paciente, “levando ao seu
ho
@
conhecimento informações sobre o seu estado psíquico e da relação que mantém
m

com ele que interfere na evolução do tratamento.” (Romano, 2008)


_i
or
m
la

O auxílio não é exclusivo aos doentes; família e equipe também podem ser alvo
au
-p

dessa ajuda. (ERRADA D)


4
-0
12

Gabarito: D
.0
45
.6

- UFJF – CONCURSO PÚBLICO TAE 2014 - PSICÓLOGO CÂMPUS DE JUIZ DE FORA


58

– MG - Sobre a entrevista psicológica e clínica, Bellkiss Romano (2012) afirma,


-8

EXCETO:
IM
R

a) O que caracteriza a entrevista como psicológica e clínica é a obtenção e a


O
AM

compreensão de informações que resultarão em algum tipo de auxílio, quer seja de


ES

intervenção terapêutica ou de acompanhamento.


R

b) Existem diferentes linhas teóricas para a orientação do psicólogo na condução da


VA

entrevista clínica. Dependendo da opção que tenha sido feita sobre a linha teórica
TA

a ser seguida, haverá formas específicas de entendimentos, de abordagem e


LA

postura do psicólogo com o seu sujeito durante a entrevista clínica.


U
PA

c) Segundo a autora, não importa a linha teórica adotada e afirma que o postulante,
em cada linha teórica, terá as mesmas atitudes e a mesma compreensão, desde a
etapa de entrevistas até a conclusão e encaminhamento do caso, já que o objeto de
avaliação é o sujeito humano.
d) Na visão freudiana, o papel do entrevistador é ajudar o paciente a explorar o seu
consciente e inconsciente, a fim de possibilitar uma reconstrução da sua
personalidade básica.

| 75
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Psicologia Saúde e Hospitalar

e) Na abordagem freudiana da entrevista clínica, a relação psicólogo-sujeito,


durante a entrevista, é intensa, envolvendo a transferência e a contratransferência.
Há, aqui, uma ênfase nos afetos.

Comentário: Atenção! A questão pede a exceção! Dependendo da opção que tenha


sido feita sobre a linha teórica a ser seguida, haverá formas específicas de
entendimentos, de abordagem e postura do psicólogo com o sujeito, durante a
entrevista clínica. O postulante, em cada linha teórica, terá diferentes atitudes e

10
compreensão. (Romano, 2008)

2:
:4
11
Gabarito: C

1
02
/2
- UFJF – CONCURSO PÚBLICO TAE 2014 - PSICÓLOGO CÂMPUS DE JUIZ DE FORA

12
7/
– MG - Segundo Bellkiss Romano (2012), um processo diagnóstico através da

-2
entrevista clínica psicológica é um processo contínuo, estruturado em cinco

om
fases. Marque a alternativa CORRETA em que as fases citadas aparecem na

l.c
ai
ordem apresentada pela autora.

tm
a) A entrevista inicial, a etapa do desenvolvimento, a etapa da exploração, a etapa
ho
@
do aprofundamento e a conclusão.
m

b) A pré-entrevista, a etapa inicial, a etapa de desenvolvimento ou exploração, a


_i
or

fase final e a comunicação e encaminhamento.


m
la

c) A pré-entrevista, a etapa de desenvolvimento, a fase da comunicação, a fase de


au
-p

encaminhamento e a fase final.


4

d) A fase inicial, a etapa de coleta de dados, o período da transferência, a fase do


-0
12

encaminhamento e a fase final.


.0

e) A fase inicial, a entrevista de coleta de dados, a fase de exploração e consulta


45
.6

aos prontuários, a fase de devolução e a fase final.


58
-8

Comentário: O processo diagnóstico por meio da entrevista clínica psicológica é um


IM
R

processo contínuo, que se baseia em 5 etapas:


O
AM

-pré-entrevista
ES

- etapa inicial
R

- etapa de desenvolvimento ou exploração


VA

- fase final
TA

- comunicação e encaminhamento (Romano, 2008)


LA
U
PA

Gabarito: B

- IFSUDESTEMG – CONCURSO PÚBLICO TAE 2014 PSICÓLOGO - Romano (2012)


destaca a importância sobre a história clínica e faz várias observações acerca
desse assunto, EXCETO:
a) A história clínica tem dois aspectos fundamentais: a história atual e os dados do
passado.

| 76
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b) Muitas vezes, ao descrever seu sintoma, o próprio paciente tenta associá-lo com
circunstâncias de sua vida em momentos próximos, relatando como foram afetadas
as suas atividades e suas relações interpessoais.
c) Como o ser é biopsicossocial, deve-se completar a história com o ambiente
familiar, social, ocupacional ou escolar.
d) A obtenção da história clínica deve se processar linearmente, isto é, primeiro isto
e depois aquilo, já que os dados não se apresentam em espiral.
e) A primeira entrevista começa com o discurso livre do paciente e nas entrevistas

10
seguintes, o tom será mais ou menos diretivo, tendo a ordem dos tópicos também

2:
como variável.

:4
11
1
02
Comentário: Atenção! A questão pede a exceção! A obtenção da história clínica NÃO

/2
deve se processar linearmente (primeiro isto e depois aquilo), já que os dados se

12
7/
apresentam em espiral, em que o mesmo ponto será tocado novamente, contudo

-2
em novo plano. Assim, quando um fato se apresenta, é possível pesquisar, através

om
dele, o hoje e o ontem.

l.c
ai
tm
Gabarito: D ho
@
m

- IFSUDESTEMG – CONCURSO PÚBLICO TAE 2014 PSICÓLOGO - Ao tratar do


_i
or

processo diagnóstico, Romano (2012) afirma:


m
la

a) Um processo diagnóstico, através da entrevista clínica psicológica, é um processo


au
-p

fragmentado em quatro etapas: entrevista inicial, análise dos prontuários,


4

entrevista com a família e etapa final.


-0
12

b) Um processo diagnóstico, através da entrevista clínica psicológica, é um processo


.0

contínuo, baseado em cinco etapas: a pré-entrevista, a etapa inicial, a etapa de


45
.6

desenvolvimento ou exploração, a fase final, a comunicação e o encaminhamento.


58

c) Um processo diagnóstico, através da entrevista clínica psicológica, é um processo


-8

dividido em cinco etapas: a etapa inicial, a coleta de dados, a análise da


IM
R

transferência, a etapa do desenvolvimento e a etapa final.


O
AM

d) Um processo diagnóstico, através da entrevista clínica psicológica, é um processo


ES

fragmentado em cinco etapas: a coleta de dados, a anamnese psicológica,


R

entrevista com a família ou responsável, a etapa de exploração e a fase de


VA

encaminhamento.
TA

e) Um processo diagnóstico, através da entrevista clínica psicológica, é um processo


LA

que acontece em quatro etapas: entrevista inicial, entrevista com a família ou com
U
PA

o responsável, a fase de comunicação e o encaminhamento.

Comentário: O processo diagnóstico por meio da entrevista clínica psicológica é um


processo contínuo, que se baseia em 5 etapas:
-pré-entrevista
- etapa inicial
- etapa de desenvolvimento ou exploração
- fase final
- comunicação e encaminhamento (Romano, 2008)

| 77
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Psicologia Saúde e Hospitalar

Gabarito: B

Câncer e Psico-oncologia
Câncer = conjunto de mais de doenças relacionadas, em que células anormais do
corpo multiplicam-se e espalham-se de maneira descontrolada, formando uma

10
massa chamada de tumor. (Straub, 2014)

2:
:4
11
- Tumores benignos (não cancerosos): tendem a permanecer localizados e,

1
02
normalmente, não representam ameaça grave à saúde.

/2
12
- Tumores malignos (cancerosos): consistem em células renegadas que não

7/
-2
respondem aos controles genéticos do corpo, no que diz respeito a seu crescimento

om
e sua divisão. As células malignas, frequentemente, têm a capacidade de migrar de

l.c
seu local de origem e atacar, invadir e destruir os tecidos circundantes (processo de

ai
tm
metástase).
ho
“Embora algumas células malignas permaneçam como tumores localizados
@
e não se espalhem automaticamente, ainda assim representam uma ameaça à
m
_i

saúde e devem ser removidas por meio de cirurgia.” (Straub, 2014)


or
m
la
au

A maioria dos cânceres pode ser classificada como um dos seguintes tipos:
-p

- Carcinomas: atacam as células epiteliais que recobrem as superfícies


4
-0

internas e externas do corpo. Tipo de câncer mais comum. Eles incluem os cânceres
12

de mama, de próstata, de colo, de pulmão, de pâncreas e de pele.


.0
45

- Sarcomas: são malignidades de células de músculos, ossos e cartilagens.


.6
58

Muito mais raros do que o carcinoma.


-8

- Linfomas: são cânceres que se formam no sistema linfático.


IM

- Leucemias: são cânceres que atacam os tecidos sanguíneos e formadores


R
O

de sangue, como a medula óssea. A leucemia leva à proliferação dos leucócitos na


AM

corrente sanguínea e na medula óssea, a qual debilita o sistema imune. (Straub,


ES

2014)
R
VA
TA

“Muitos fatores individuais, como gênero, idade e origem étnica, afetam a


LA

suscetibilidade ao câncer” (Straub, 2014)


U
PA

- Fatores de risco para câncer: uso de tabaco; dieta e uso de álcool; falta de
atividade física; sobrepeso e obesidade; história familiar; riscos ambientais e
ocupacionais; estresse e imunocompetência (capacidade do sistema imune de
montar uma defesa eficaz contra doenças e agentes estranhos prejudiciais).
(Straub, 2014)
“Embora esses fatores aumentem a chance de um indivíduo desenvolver a
doença, nem todos que têm esses fatores de risco irão desenvolvê-la. Muitas
pessoas com um ou mais fatores de risco nunca desenvolvem câncer, enquanto

| 78
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Psicologia Saúde e Hospitalar

outras que desenvolvem a doença não possuem fatores de risco conhecidos.”


(Straub, 2014)

O impacto sobre a saúde muitas vezes pode ser minimizado por meio da
detecção e do tratamento no início da doença. (Straub, 2014)

“Atualmente, existem muitas opções de tratamento eficazes que reduzem


as taxas de mortalidade da maioria dos tipos da doença, incluindo cirurgia,

10
quimioterapia, radioterapia e combinações como aquelas que envolvem

2:
:4
transplantes de medula óssea e radioterapia.”

11
- Cirurgia: geralmente é a maior chance de cura para a maioria dos tipos de

1
02
câncer.

/2
12
- Radioterapia = afeta-se apenas o tumor e a área adjacente; aplicam-se

7/
doses altas de raios X, raios gama ou partículas alfa e beta em tumores cancerosos,

-2
matando-os ou danificando-os para que não possam mais crescer, multiplicar-se ou

om
espalhar-se.

l.c
ai
Tanto na cirurgia, como na radioterapia, destroem-se células cancerosas em

tm
uma área específica. ho
@
Assim como a quimioterapia, a radiação frequentemente está associada a
m
_i

efei- tos colaterais, incluindo perda temporária ou permanente de cabelo na área


or
m

que está sendo tratada, fadiga, perda de apetite, manchas na pele e perda de
la

glóbulos brancos.
au
-p

- Quimioterapia = expõe todo o corpo às substâncias químicas que


4

combatem o câncer; é o uso de medicamentos para tratar o câncer. Pode destruir


-0
12

células cancerosas que se espalharam em metástases para partes do corpo


.0
45

afastadas do tumor original ou primário. Os efeitos colaterais mais comuns da


.6

quimioterapia são náusea e vômitos, queda de cabelo e fadiga. Efeitos colaterais


58
-8

menos comuns incluem sangramento, infecções e anemia. (Straub, 2014)


IM
R

São fatores importantes na adaptação ao tratamento do câncer: acesso à


O
AM

informação, a percepção de um certo grau de controle sobre o tratamento e a


ES

capacidade de expressar emoções enquanto se sente apoiado por outras pessoas.


R

Informações sobre procedimentos (p. ex., maneira que a cirurgia, a


VA
TA

radioterapia ou a quimioterapia serão realizadas, assim como o que o paciente pode


esperar antes e após o tratamento) produzem benefícios como: menos emoções
LA
U

negativas, menos dor e períodos de hospitalização mais curtos. (Straub, 2014)


PA

“Mesmo quando o tratamento para o câncer é bem-sucedido e a doença está


em remissão, o medo, o estresse e a incerteza não terminam. A ameaça de
recorrência paira no ar, para alguns pacientes para o resto de suas vidas. De fato, a
perturbação associada à recaída do câncer é geralmente ainda maior do que após o
diagnóstico inicial” (Straub, 2014)

| 79
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

“O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo, mas alguns órgãos são
mais afetados do que outros. Entre os mais afetados estão pulmão, mama, colo do
útero, próstata, cólon e reto (intestino grosso), pele, estômago, esôfago, medula
óssea (leucemias) e cavidade oral (boca).” (Bene, Valdemar Augusto Angerami
(Org.), Esdras Guerreiro Vasconcellos, Karla Cristina Gaspar, H. Psicologia da saúde:
um novo significado para a prática clínica - 2ª edição. Cengage Learning Brasil,
2018.)

10
- PSICO-ONCOLOGIA: área interdisciplinar que “intersecciona a Oncologia e

2:
a Psicologia, visando ao bem-estar do paciente com câncer, assim como sua

:4
11
qualidade de vida. Cabe aos profissionais dessa área a assistência a paciente,

1
02
familiares e profissionais de saúde envolvidos em todos os momentos que estão

/2
relacionados com a doença (prevenção, diagnóstico, tratamento, cura ou cuidados

12
7/
paliativos).” (Nunes, Baptista, Makilim, et al., 2018.)

-2
“A atuação específica do psicólogo no setor de Oncologia foi denominada

om
Psico-oncologia em 1961, pelo cirurgião oncológico José Schavelson, que a colocou

l.c
ai
como um novo campo da Medicina com a função de fornecer assistência ao paciente

tm
com câncer, considerando seu contexto familiar e os demais profissionais
ho
@
envolvidos em seu acompanhamento”. (Nunes, Baptista, Makilim, et al., 2018.)
m

“Um momento histórico significativo da Psico-oncologia no Brasil refere-se


_i
or

à Portaria n. 3.535/GM do Ministério da Saúde, que incluiu o psicólogo como um dos


m
la

profissionais que deve assistir o paciente com câncer, oferecendo suporte em todos
au
-p

os momentos da trajetória desse paciente nos serviços de saúde.” (Nunes, Baptista,


4

Makilim, et al., 2018.)


-0
12
.0

A falta de informação adequada pode prejudicar os pacientes oncológicos


45
.6

de várias maneiras, incluindo o sofrimento físico e emocional. O sofrimento


58

emocional, comumente manifestado pelos sintomas ansiosos e/ou depressivos,


-8

pode levar a pior evolução da doença quando, por exemplo, prejudica a adesão ao
IM
R

tratamento. Além disso, situações prolongadas de estresse podem prejudicar o


O
AM

funcionamento do sistema imunológico. (Nunes, Baptista, Makilim, et al., 2018.)


ES

“O sofrimento emocional associado às doenças crônicas, se ignorado, pode


R

ter um impacto negativo significativo na qualidade de vida do paciente e de seus


VA

familiares, afetando negativamente a adesão ao tratamento e a reabilitação. Os


TA

estudos também afirmam que pacientes oncológicos apresentam maior risco à


LA

depressão quando comparados com a população saudável em geral.” (Nunes,


U
PA

Baptista, Makilim, et al., 2018.)

Um dos principais eixos de atuação do psicólogo no serviço de Oncologia é:


“favorecer a capacidade de adaptação do paciente ao processo de adoecimento e
tratamento, auxiliando no tratamento do estresse diante da tomada de decisões,
procedimentos invasivos, relacionamento com a rede de apoio, adaptação durante
e pós-tratamento, reinserção na vida social e/ou fim da vida”. (Nunes, Baptista,
Makilim, et al., 2018.)

| 80
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(Nunes, Baptista, Makilim, et al. Psicologia Hospitalar - Teoria, Aplicações e Casos


Clínicos, 3ª edição. Grupo GEN, 2018.)

“As principais comorbidades psiquiátricas que podem acometer ao paciente


com câncer são os episódios depressivos e os transtornos de ansiedade. O
comportamento suicida também pode surgir em algum momento das fases do
câncer”
“Em cada fase do câncer, e são elas: pré-diagnóstico, diagnóstico,

10
tratamento, pós-tratamento, progressão da doença, recidiva e cuidados paliativos,

2:
desencadeiam-se emoções como medo, ansiedade, esperança, alívio, desespero,

:4
11
sofrimento, dor, apreensão, desamparo, desesperança, enfim um emaranhado de

1
02
sentimentos e sensações de intensidade e frequência variadas.” (Bene, Valdemar

/2
Augusto Angerami (Org.), Esdras Guerreiro Vasconcellos, Karla Cristina Gaspar,

12
7/
H. Psicologia da saúde: um novo significado para a prática clínica - 2ª

-2
edição. Cengage Learning Brasil, 2018.)

om
l.c
ai
Gimenes (1994) formulou uma definição para Psico-Oncologia:

tm
“A Psico-Oncologia representa a área de interface entre a Psicologia e a
ho
@
Oncologia e utiliza conhecimento educacional, profissional e metodológico
m

proveniente da Psicologia da Saúde para aplicá-lo:


_i
or

1º) Na assistência ao paciente oncológico, sua família e profissionais de


m
la

Saúde envolvidos com a prevenção, o tratamento, a reabilitação e a fase terminal


au
-p

da doença;
4

2º) Na pesquisa e no estudo de variáveis psicológicas e sociais relevantes


-0
12

para a compreensão da incidência, da recuperação e do tempo de sobrevida após o


.0

diagnóstico do câncer;
45
.6

3º) Na organização de serviços oncológicos que visem ao atendimento


58

integral do paciente, enfatizando de modo especial a formação e o aprimoramento


-8

dos profissionais da Saúde envolvidos nas diferentes etapas do tratamento. (p. 46)”
IM
R
O
AM

(CARVALHO, Maria Margarida. Psico-oncologia: história, características e


ES

desafios. Psicol. USP, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 151-166, 2002)


R
VA

Atenção! Já foi questão de prova!


TA
LA
U

Os aspectos psicológicos individuais expressos no processo oncológico


PA

envolvem a personalidade, o estresse, o distress e o enfretamento, enquanto os


aspectos comportamentais envolvem o estilo de vida e a adesão ao tratamento.

As diretrizes (que possibilitariam alcançar os objetivos de aliviar o sofrimento e


melhorar a qualidade de vida) podem ser agrupadas em seis domínios: físico,
psicológico, social, espiritual, cultural e estrutural.
• Domínio físico: avaliação interdisciplinar do indivíduo e sua família;
cuidados centrados nele e em sua família (respeito aos seus desejos); controle dos

| 81
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

sintomas baseado em evidências; adequação do ambiente onde o cuidado é


realizado.
• Domínio psicológico: avaliar o impacto da doença terminal no indivíduo e
familiares; estabelecer um programa de enlutamento; estabelecer um programa de
cuidados do staff clínico.
• Domínio social: avaliar as necessidades sociais do indivíduo e sua família;
estabelecer uma abordagem individualizada e integrada; manter a comunidade
alerta sobre a importância dos cuidados paliativos; incluir a proposta de cuidados

10
paliativos na formulação de políticas sociais e de saúde. (...)

2:
• Domínio espiritual: as crenças religiosas devem ser reconhecidas e

:4
11
respeitadas; suporte espiritual e religioso para indivíduos e familiares.

1
02
• Domínio cultural: o serviço de cuidados paliativos deve atender às

/2
necessidades culturais dos indivíduos e familiares; deve refletir a diversidade

12
7/
cultural da comunidade a qual serve; programas educacionais devem ser oferecidos

-2
aos profissionais para que atendam a esta diversidade cultural.

om
• Domínio estrutural: equipe interdisciplinar (serviços médicos, de

l.c
ai
enfermagem e auxiliares); incorporar voluntários; treinamento especializado em

tm
cuidados paliativos para a equipe interdisciplinar; incorporar atividades de
ho
@
melhoria da qualidade dos serviços e de pesquisa clínica e de processos gerenciais.
m

Mais duas dimensões (ou domínios) podem ser acrescentados: domínio dos
_i
or

cuidados ao moribundo (últimas 24-48h) e domínio dos aspectos éticos e legais do


m
la

cuidado (bioética do final da vida).


au
-p
4

(SILVA, Ronaldo Corrêa Ferreira da; HORTALE, Virginia Alonso. Cuidados paliativos
-0
12

oncológicos: elementos para o debate de diretrizes nesta área. Cad. Saúde


.0

Pública, Rio de Janeiro , v. 22, n. 10, p. 2055-2066, Oct. 2006)


45
.6
58
-8
IM
R

Atenção ao paciente cirúrgico


O
AM
ES

Um procedimento cirúrgico geralmente implica em grande impacto sobre o bem


R
VA

estar físico, social e emocional, gerando aumento dos níveis de ansiedade e stress
TA

pelo distanciamento, mesmo que temporário, da rede de apoio social e familiar.


LA
U

Apesar do avanço tecnológico das cirurgias e anestesias, o paciente cirúrgico não se


PA

sente totalmente seguro, pois este procedimento tende a gerar intenso desconforto
emocional, em que o indivíduo tem o seu futuro incerto, manifestando sentimento
de impotência, isolamento, medo da morte, da dor, da mutilação, de ficar
incapacitado, das mudanças na sua imagem corporal. Assim, diante da necessidade
de realizar uma cirurgia, o paciente sente ameaçada a sua integridade física e
psicológica. (SEBASTIANI; MAIA, 2005)

| 82
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

“Acresce-se o fato de que a cirurgia, em si, pode alterar a imagem corporal do


paciente levando-o a desenvolver dificuldades de adaptação e produzindo no
indivíduo um déficit na relação do sujeito no mundo, e do sujeito-mundo
traduzindo-se no plano da motricidade, da percepção e da relação com o outro.”
(SEBASTIANI; MAIA, 2005)

“O psicólogo deve atuar com o objetivo de minimizar a angústia e ansiedade do


paciente, favorecendo a expressão dos sentimentos e auxiliando na compreensão

10
da situação vivenciada, proporcionando também, um clima de confiança entre o

2:
paciente e equipe de saúde, e facilitando a verbalização das fantasias advindas do

:4
11
processo cirúrgico.” (SEBASTIANI; MAIA, 2005)

1
02
/2
“Faz-se necessário também, o psicólogo atuar no sentido de reorganizar o esquema

12
7/
da consciência do paciente no mundo, ou seja, seu novo esquema corporal que foi

-2
modificado pela intervenção cirúrgica, pois, cada indivíduo vivencia, de acordo com

om
sua estrutura de personalidade, graus diferenciados de adaptação à nova imagem

l.c
corporal. É fato que a reconstrução positiva desta nova imagem é necessária para o

ai
tm
êxito da reestruturação do autoconceito, já que a imagem corporal e o autoconceito
ho
representam a consciência da própria individualidade.” (SEBASTIANI; MAIA, 2005)
@
m
_i
or
m
la
au

Divide-se didaticamente o acompanhamento psicológico ao paciente cirúrgico em


-p

três momentos específicos:


4
-0

- O pré-operatório;
12
.0

- O trans-operatório; e o
45

- Pós-operatório. Este último, subdividido em duas fases: imediato e tardio.


.6
58

(SEBASTIANI; MAIA, 2005)


-8
IM

“Cada um desses momentos é representado por movimentos emocionais, que estão


R
O

intimamente ligados às experiências e expectativas vivenciadas pelo paciente, mas,


AM

particularmente, são marcados pela forma com que a pessoa elabora essas
ES

vivências.” (SEBASTIANI; MAIA, 2005)


R
VA
TA

- Pré-operatório = “é vivenciado a partir do tipo de cirurgia a ser realizada, mas


LA

também pela forma com que o paciente elabora a situação vivida. Certo medo e
U
PA

ansiedade são reações consideradas normais. Porém, na medida em que essas


condições se elevam e se somam à tensão, estresse ou outras condições adversas
do estado emocional, o paciente sofre interferências em seu organismo que podem
prejudicar o processo cirúrgico” (SEBASTIANI; MAIA, 2005)

- Trans-operatório = até alguns anos atrás, acreditava-se que o fato de o paciente


estar em coma anestésico (nos casos cirúrgicos onde foi usada anestesia geral)
criava uma condição de bloqueio das interferências psicológicas sobre o estado do
paciente. (...) No entanto, o mais surpreendente, particularmente para os

| 83
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

anestesistas, foram constatações apresentadas por pesquisas realizadas psicólogo


norte-americano H. Benett20, da Universidade da Califórnia, apresentadas em 1989,
por ocasião do Congresso Internacional de Anestesiologia nos EUA. O autor provou
que boa parte dos pacientes em coma anestésico não fica totalmente inconsciente
e, portanto, incapaz de receber e interpretar estímulos vindos de fora, mas
encontrava-se num estado de consciência alterada e que, pelas pesquisas,
mostrava-se muito mais sugestionável aos estímulos que recebia, e que reagia a
estes. Fica, então, um ponto importante a ser considerado pelas equipes de cirurgia:

10
palavras, frases, conversas, discussões etc., ocorridas dentro do Centro Cirúrgico,

2:
podem influenciar tanto positiva como negativamente o paciente em seus

:4
11
comportamentos no pós-operatório.” (SEBASTIANI; MAIA, 2005)

1
02
/2
- Pós-operatório imediato = “o paciente irá, voltando da anestesia, gradativamente

12
7/
reencontrar-se com a vida e consigo mesmo, uma vez superado o evento crítico

-2
(cirurgia). Quanto maior o stress e tensão vividos pela pessoa, maiores as

om
dificuldades em enfrentar, superar ou administrar os limites que a cirurgia lhe

l.c
ai
impôs.” (SEBASTIANI; MAIA, 2005)

tm
ho
“A presença do Psicólogo na equipe que tratará da reabilitação do paciente é de
@
m

fundamental importância, pois todas as elaborações, fantasias, medos, depressão


_i
or

(eventualmente) podem ser detectadas e trabalhadas junto a este de forma a não


m
la

se tornarem empecilhos para sua reintegração à vida.” (SEBASTIANI; MAIA, 2005)


au
-p

(Referência: SEBASTIANI, Ricardo Werner; MAIA, Eulália Maria Chaves. Contribuições


4
-0

da psicologia da saúde-hospitalar na atenção ao paciente cirúrgico. Acta Cir.


12
.0

Bras., São Paulo , v. 20, supl. 1, p. 50-55, 2005 .)


45
.6
58

“Relatos de pacientes expostos a procedimentos cirúrgicos apontam que os


-8

principais fatores desencadeantes de ansiedade incluem:


IM
R
O

a) percepção antecipada de dor e desconforto;


AM
ES

b) espera passiva pelo início do procedimento;


R
VA
TA

c) separação da família e sentimentos de abandono;


LA
U

d) possível perda, mesmo que temporária, de autonomia;


PA

e) medo da morte, de sequelas, do procedimento de anestesia e do risco de alta


prematura; e

f) o procedimento cirúrgico como um todo.”

| 84
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(Referência: COSTA JUNIOR, Áderson Luiz et al. Preparação psicológica de pacientes


submetidos a procedimentos cirúrgicos. Estud. psicol. (Campinas),
Campinas, 2012)

PSICOLOGIA DA SAÚDE

10
PREVENÇÃO E PROMOÇÃO

2:
:4
11
1
A PREVENÇÃO tem como objetivo a redução do risco de se adquirir uma

02
/2
doença específica por reduzir a probabilidade de que uma doença ou desordem

12
venha a afetar um indivíduo (CZERESNIA, 2003).

7/
-2
a) “Prevenção primária é a ação tomada para remover causas e fatores de

om
risco de um problema de saúde individual ou populacional antes do

l.c
desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui promoção da saúde e proteção

ai
tm
específica (ex.: imunização, orientação de atividade física para diminuir chance de
desenvolvimento de obesidade).” ho
@
m

b) “Prevenção secundária é a ação realizada para detectar um problema de


_i
or

saúde em estágio inicial, muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na


m

população, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou


la
au

prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: rastreamento,


-p

diagnóstico precoce).”
4
-0

c) “Prevenção terciária é a ação implementada para reduzir em um


12
.0

indivíduo ou população os prejuízos funcionais consequentes de um problema


45

agudo ou crônico, incluindo reabilitação (ex.: prevenir complicações do diabetes,


.6
58

reabilitar paciente pós-infarto – IAM ou acidente vascular cerebral).”


-8

d) “Prevenção quaternária é a detecção de indivíduos em risco de


IM

intervenções, diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas para protegê-los de novas


R
O

intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente


AM

aceitáveis.”
ES
R
VA

- Prevenção primária: esforços para melhorar a saúde, prevenindo que


TA

ocorram doenças ou lesões.


LA

- Prevenção secundária: ações para identificar e tratar uma doença ou


U
PA

deficiência no começo de seu curso.


- Prevenção terciária: ações para conter danos depois que uma doença ou
deficiência avançaram além de seus estágios iniciais. (STRAUB, 2014)

“A prevenção de doenças compreende três categorias: manutenção de baixo


risco, redução de risco e detecção precoce.
a) Manutenção de baixo risco tem por objetivo assegurar que as pessoas de
baixo risco para problemas de saúde permaneçam com essa condição e encontrem
meios de evitar doenças.

| 85
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

b) Redução de risco foca nas características que implicam risco de


moderado a alto, entre os indivíduos ou segmentos da população, e busca maneiras
de controlar ou diminuir a prevalência da doença.
c) Detecção precoce visa estimular a conscientização dos sinais precoces de
problemas de saúde – tanto entre usuários leigos como em profissionais – e rastrear
pessoas sob risco de modo a detectar um problema de saúde em sua fase inicial, se
essa identificação precoce traz mais benefícios que prejuízos aos indivíduos. Ela
baseia-se na premissa de que algumas doenças têm maiores chances de cura,

10
sobrevida e/ou qualidade de vida do indivíduo quando diagnosticadas o mais cedo

2:
possível. Alguns tipos de câncer, as doenças cardiovasculares, o diabetes e a

:4
11
osteoporose são alguns exemplos.”

1
02
/2
(Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento

12
7/
de Atenção Básica. Rastreamento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à

-2
Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da

om
Saúde, 2013.)

l.c
ai
tm
PROMOÇÃO DA SAÚDE: conceito mais amplo que o de prevenção; ligada ao
ho
@
próprio conceito ampliado de saúde. Promoção da saúde refere-se a medidas que
m

"não se dirigem a uma determinada doença ou desordem, mas servem para


_i
or

aumentar a saúde e o bem-estar gerais" (Leavell & Clarck, 1976: 19). As estratégias
m
la

de promoção enfatizam a transformação das condições de vida e de trabalho que


au
-p

conformam a estrutura subjacente aos problemas de saúde, demandando uma


4

abordagem intersetorial (Terris, 1990).


-0
12

Assim, a promoção é entendida como “conjunto de estratégias e formas de


.0

produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela articulação


45
.6

e cooperação intra e intersetorial, pela formação da Rede de Atenção à Saude (RAS),


58

buscando articular suas ações com as demais redes de proteção social, com ampla
-8

participação e controle social.” (Política Nacional de Promoção da Saúde - PNPS)


IM
R
O
AM

(CZERESNIA, D. O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e


ES

promoção. In: CZERESNIA, D.; FREITAS, C. M. (Org.). Promoção da saúde: conceitos,


R

reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2003. p. 39-53)


VA
TA

- Promoção: “conjunto de atuações dirigidas à proteção, manutenção e


LA

aumento da saúde e, em nível operativo, ao conjunto de atuações (centradas no


U
PA

indivíduo e/ ou na comunidade) relacionadas com o desenho, elaboração, aplicação


e avaliação de programas e atividades direcionadas à educação, proteção,
manutenção e acréscimo da saúde (dos indivíduos, grupos ou comunidades)”
(Godoy, 1999)
- Prevenção: é posterior à promoção da saúde. Costa e López (1986)
argumentam que esta pretende contribuir com a diminuição da incidência de
enfermidades, a diminuição da prevalência, mediante o encurtamento do período
de duração da doença ou a diminuição das sequelas e complicações da doença.

| 86
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(ALVES, RF., and EULÁLIO, MC. Abrangência e níveis de aplicação da Psicologia da


Saúde. In ALVES, RF., org. Psicologia da saúde: teoria, intervenção e pesquisa
[online]. Campina Grande: EDUEPB, 2011.)

PSICOLOGIA DA SAÚDE – Straub

Todas as civilizações foram afetadas por doenças, mas cada uma delas

10
2:
compreendia e tratava a doença de forma distinta. Numa certa época, as pessoas

:4
11
pensavam que a doença era causada por demônios. Já em outra época, diziam que

1
era uma forma de punição pela fraqueza moral.

02
/2
12
• Hipócrates, Galeno e outros estudiosos gregos desenvolveram a primeira

7/
-2
abordagem racional no estudo da saúde e da doença. As formas não

om
ocidentais de cura, incluindo a medicina oriental tradicional,

l.c
desenvolveram-se de forma simultânea.

ai
tm

ho
Idade Média: estudos científicos do corpo eram proibidos. As ideias a
@
m

respeito da saúde e da doença tinham conotações religiosas. A doença era


_i
or

vista como uma punição por algum mal/pecado cometido.


m
la
au

• Renascimento: A influência de Descartes abriu o caminho para uma nova


-p

fase da pesquisa médica, pautada no estudo científico do corpo. Tais


4
-0

pesquisas levaram às teorias anatômica, celular e dos germes da doença.


12
.0
45

• Século XX: visão que predominava é do modelo biomédico. Esse


.6
58

modelo entende que a doença é o resultado de um vírus, de uma bactéria ou


-8

de outro patógeno. Não há menção a fatores psicológicos, sociais ou


IM

comportamentais. Assim, esse modelo era reducionista e dualista.


R
O
AM

- Medicina psicossomática = O modelo biomédico avançou o tratamento de


ES

saúde, mas foi incapaz de explicar transtornos que não apresentavam uma causa
R
VA

física observável, como aqueles descobertos por Freud.


TA

Diante disso, iniciou-se um movimento reformista na medicina, que


LA

estabeleceu a medicina psicossomática (psico = mente e soma = corpo). Franz


U
PA

Alexander ajudou a estabelecer a Medicina psicossomática, desenvolvendo a ideia


de que conflitos psicológicos poderiam causar determinadas doenças.
Concentra-se no diagnóstico e tratamento de doenças físicas causadas por
processos mentais deficientes. Apoiava-se no reducionismo, assim como o modelo
biomédico, segundo o qual um único problema psicológico seria suficiente para
desencadear a doença. Atualmente, sabe-se que a doença se baseia na interação
combinada de diversos fatores, como: hereditariedade, ambiente, formação
psicológica do sujeito.

| 87
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Embora comprometidas na época, as teorias de Freud e a medicina


psicossomática formaram as bases para a nova apreciação das conexões entre
medicina e psicologia. Essa medicina deu início à tendência contemporânea de ver
a doença e a saúde como multifatoriais.
- Medicina comportamental: embora sua fonte tenha sido o movimento
behaviorista, é um campo interdisciplinar que integra as ciências comportamentais
e biomédicas para promover a saúde e tratar doenças. (STRAUB, 2014)

10
- Psicologia da Saúde = é um subcampo da Psicologia, o qual aplica princípios

2:
:4
e pesquisas psicológicas para melhorar a saúde e para o tratamento e prevenção de

11
doenças.

1
02
/2
12
A Associação americana de psicologia (APA), em 1978, criou a divisão de

7/
Psicologia da Saúde. Anos depois, foi publicado o primeiro volume do periódico

-2
oficial sobre o tema. Nesse periódico, foram estabelecidos quatro objetivos para o

om
campo da psicologia da saúde. Eram estes:

l.c
ai
tm
ho
• Estudar, de forma científica, as causas e origens de determinadas doenças, ou
@
seja, sua etiologia. A Psicologia da saúde se interessa pelo porquê de as pessoas
m
_i

se envolverem em comportamentos que comprometem sua saúde, como o ato de


or
m

fumar, por exemplo.


la
au
-p

• Promover a saúde. Psicólogos da Saúde se interessam pelas formas de fazer as


4

pessoas adotarem comportamentos que promovam a saúde, como a prática de


-0
12

exercícios físicos e alimentação saudável.


.0
45
.6

• Prevenir e tratar doenças. Psicólogos da Saúde planejam programas para auxiliar


58
-8

as pessoas a pararem de fumar, por exemplo, dentre outros fatores de risco. Esses
IM

psicólogos também ajudam aos que já estão doentes para se adaptarem às suas
R

doenças ou aderirem a determinados tratamentos.


O
AM
ES

• Promover políticas de saúde pública e o aprimoramento do sistema de


R

saúde. Psicólogos da saúde são ativos na tentativa de melhorar os serviços de


VA
TA

saúde para todos os indivíduos. (STRAUB, 2014)


LA
U

Os interesses da psicologia da saúde incluem:


PA

- condições sociais (como apoio da família e dos amigos),

- fatores biológicos (como a vulnerabilidade hereditária a certas doenças) e

- traços de personalidade.

A definição da Saúde como ausência de doença é incompleta. Isso porque

| 88
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

uma pessoa pode estar livre de doenças e, ainda assim, não desfrutar de uma vida
satisfatória. Saúde envolve o bem-estar físico, psicológico e social. A Psicologia
da Saúde visa a responder questões sobre a “maneira como o nosso bem-estar
interage com o que pensamos, sentimos e fazemos”. (STRAUB, 2014)

Perspectiva Biopsicossocial

De acordo com a perspectiva biopsicossocial, o binômio saúde-doença deve

10
2:
ser explicado em relação a contextos múltiplos. Tal perspectiva “reconhece que

:4
forças biológicas, psicológicas e socioculturais agem em conjunto para determinar

11
1
a saúde e a vulnerabilidade do indivíduo à doença.”

02
/2
12
A perspectiva biopsicossocial enfatiza as influências mútuas entre os

7/
-2
contextos biológicos, psicológicos e sociais da saúde.

om
Além disso, essa perspectiva está fundamentada na teoria sistêmica do

l.c
comportamento. Para essa teoria, a saúde é entendida como uma hierarquia de

ai
tm
sistema. Sendo que cada sistema é composto, de modo simultâneo, por
subsistemas e por uma parte de sistemas mais abrangentes. ho
@
m

“Conceituar a saúde a doença conforme a abordagem sistêmica permite que


_i
or

compreendamos o indivíduo de forma integral.” (STRAUB, 2014)


m
la
au

O contexto biológico: Dá atenção a aspectos como a conformação


-p

genética e o sistema nervoso, imune e endócrino. Elemento fundamental do


4
-0

contexto biológico é a história evolutiva da espécie humana.


12
.0
45

Por outro lado, destaca-se que biologia e comportamento interagem de


.6
58

forma constante. Assim, certas pessoas são mais vulneráveis a doenças


-8

relacionadas ao estresse, pois reagem com raiva a perturbações diárias e a outras


IM

situações ambientais.
R
O
AM

No contexto biológico, é importante destacar também a perspectiva do


ES

curso de vida, a qual considera fatores relacionados com a idade. Por exemplo, a
R
VA

mortalidade por doenças crônicas afeta principalmente adultos de meia-idade e


TA

idosos.
LA
U
PA

O contexto psicológico: A saúde e a doença estão sujeitas a influências


psicológicas. Ilustração disso é que a maneira como determinado evento
estressante é avaliado e interpretado interfere para determinar o quanto uma
pessoa consegue lidar com tal situação.

Fatores psicológicos também têm papel fundamental no tratamento de


condições crônicas. Por exemplo, o paciente com confiança na efetividade de dado
tratamento pode apresentar uma resposta terapêutica melhor.

| 89
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Intervenções psicológicas também ajudam os sujeitos a administrarem o


estresse na vida cotidiana.

O contexto social: preocupa-se com a maneira como as pessoas pensam,


influenciam e relacionam-se uns com os outros e com o ambiente. Afinal, cada
pessoa faz parte de determinada família, comunidade, nação; tem certa identidade
racial, cultural e ética; e vive em certa classe socioeconômica.

10
2:
:4
A perspectiva sociocultural leva em consideração como fatores sociais e

11
culturais contribuem para a saúde e a doença. Outra perspectiva, também no

1
02
contexto social, é a de gênero. Ela se concentra no estudo de problemas de saúde

/2
específicos dos gêneros e suas barreiras aos serviços de saúde. Por exemplo, muitos

12
7/
homens consideram o cuidado preventivo em saúde algo que não é masculino.

-2
(STRAUB, 2014)

om
l.c
ai
Desafios da Psicologia da Saúde:

tm
ho
Primeiro desafio = aumentar o tempo de vida saudável das pessoas,
@
desenvolvendo intervenções eficazes que proporcionem aos adultos mais velhos a
m
_i

manutenção ou a melhoria do nível de funcionamento, pelo maior número de anos


or
m

possível.
la

Segundo desafio: reduzir as discrepâncias de saúde e aumentar a


au
-p

compreensão a respeito dos efeitos do gênero, da cultura e do status


4

socioeconômico sobre a saúde.


-0
12

Terceiro desafio: é atingir o mesmo nível de acesso a serviços de saúde


.0
45

preventiva para todas as pessoas, considerando que a reforma do sistema de saúde


.6

continua sendo um desafio permanente para a psicologia da saúde e para a política


58
-8

nacional.
IM

Quarto desafio: consiste em ajustar o foco de pesquisa e intervenção para


R

maximizar a promoção da saúde com abordagens baseadas em evidências,


O
AM

colocando mais ênfase em comportamentos e fatores que favoreçam a saúde e que


ES

possam retardar a mortalidade e reduzir a morbidade.


R

Quinto desafio: é auxiliar na reforma do atendimento de saúde,


VA

considerando que a prevenção, a promoção ou a manutenção da saúde devem ter


TA

um papel tão importante no sistema de saúde quanto o tratamento de doenças.


LA
U

(Straub, 2014)
PA

• LIÇÕES aprendidas nas últimas décadas, QUE OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE


DEVEM SEGUIR:

1 - Fatores psicológicos e sociais interagem com a biologia na saúde:


para muitas doenças, a hereditariedade desempenha um papel pequeno ou
mesmo não desempenha nenhum papel. Até quando a vulnerabilidade

| 90
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

genética desempenha um papel, nem todas as pessoas com a mesma


vulnerabilidade desenvolvem a doença.
O estresse, as emoções negativas, os recursos de enfrentamento e os
comportamentos de saúde, entre outros fatores, tornam uma pessoa mais
ou menos suscetível a doenças e podem influenciar a progressão da doença
e a velocidade da recuperação.
A mensagem fundamental do modelo biopsicossocial é a
constatação de que o comportamento, os processos mentais, as influências

10
sociais e a saúde estão intimamente conectados.

2:
:4
11
2- Promover e manter a saúde é nossa responsabilidade: Promover e

1
02
manter a saúde é de responsabilidade de todos, profissionais e pacientes. No

/2
cuidado com a própria saúde, a partir das intervenções realizadas, as

12
7/
pessoas aprendem sobre a importância de realizar exames preventivos,

-2
aderir ao tratamento receitado e ter comportamentos saudáveis. Contudo,

om
essa consciência não garante que as pessoas seguirão o curso de ação mais

l.c
ai
saudável.

tm
ho
@
3- Estilos de vida insalubres são mais difíceis de mudar do que de
m

prevenir: Prevenir que maus hábitos de saúde se desenvolvam em primeiro


_i
or

lugar é uma alta prioridade da psicologia da saúde. Por exemplo: fumar.


m
la
au
-p

4- Avaliação e o manejo adequados do estresse são essenciais para a boa


4

saúde: Uma das ações da psicologia da saúde na área do estresse foi a


-0
12

resolução da controvérsia em relação ao caráter interno ou externo do


.0

estresse.
45
.6

O estresse é uma transação na qual cada um de nós deve se ajustar


58

continuamente aos desafios do cotidiano. Cada um dos eventos estressantes


-8

da vida pode ser avaliado como um desafio motivador, ou um obstáculo


IM
R

ameaçador. Considerar os estressores da vida desafios possíveis de serem


O
AM

enfrentados ajuda a manter um centro de controle e minimiza o impacto


ES

sobre a saúde. Aprender a administrar o estresse é crucial para nosso bem-


R

estar físico, psicológico e emocional. (STRAUB, 2014)


VA
TA
LA

TEORIAS SOBRE O COMPORTAMENTO DE SAÚDE


U
PA

- MODELO DE CRENÇA DE SAÚDE: decisões relacionadas com o comportamento de


saúde se baseiam em fatores que interagem e influenciam nossas percepções a
respeito de ameaça à saúde:
• Suscetibilidade percebida = certas pessoas se preocupam constantemente
com sua vulnerabilidade (por exemplo, em relação ao HIV); já outras pessoas
acreditam que não estejam em perigo. Quanto maior a suscetibilidade
percebida, maior a motivação para praticar comportamentos que
promovam a saúde.

| 91
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

• Gravidade percebida = consideram-se aspectos como se a dor, deficiência


ou morte podem ocorrer, bem como se a doença terá impacto para a família
ou amigos.
• Benefícios e Barreiras percebidos ao tratamento = Avaliação dos prós e dos
contras. Exemplo: pessoa pode ignorar as diversas vantagens de parar de
fumar por preocupação com engordar.
• Dicas para ação: conselhos de amigos, campanha de saúde em meios de
comunicação, idade, gênero também influenciam a probabilidade de que o

10
indivíduo venha a agir de determinada forma. (STRAUB, 2014)

2:
:4
11
“Alguns estudos verificaram que as crenças de saúde apenas conseguem

1
02
prever comportamentos relacionados com a saúde de forma modesta e que

/2
outros fatores, como a percepção de barreiras contra a prática de

12
7/
comportamentos saudáveis, são determinantes mais importantes”

-2
om
“Outros críticos afirmam que o modelo de crença de saúde concentre-se

l.c
demais em atitudes sobre o risco percebido, em vez de respostas emocionais,

ai
tm
que podem prever o comportamento de forma mais precisa”
ho
@
m

Assim, “o modelo de crença de saúde representa uma perspectiva relevante,


_i
or

mas é incompleto.” (STRAUB, 2014)


m
la
au

- TEORIA DO COMPORTAMENTO PLANEJADO: Assim como o modelo de crença de


-p

saúde, essa teoria especifica relações entre atitudes e comportamentos.


4
-0

De acordo com essa teoria, a melhor forma de prever se um comportamento


12
.0

irá ocorrer é medir a intenção comportamental da pessoa. Ênfase no


45

planejamento. É um modelo mais preciso para prever comportamentos


.6
58

intencionais orientados para objetivos e encaixa-se em um modelo racional.


-8
IM
R

- Intenção comportamental = decisão racional de realizar um


O
AM

comportamento relacionado com a saúde ou se abster de realizar esse


comportamento. É deliberativa.
ES
R

- Disposição comportamental = Motivação da pessoa em determinado


VA

momento para se envolver em comportamento de risco. É reativa.


TA
LA

As intenções comportamentais são moldadas por três fatores:


U
PA

• Atitude em relação ao comportamento = determinada por nossa crença de


que o comportamento levará a determinados resultados. Exemplo: fazer
dieta é bom, pois leva à perda de peso.
• Norma subjetiva = motivação para aderir às visões de outras pessoas com
relação ao comportamento em pauta. Exemplo: dificuldade para fazer dieta,
se essa modificação não estiver de acordo com o comportamento de nossos
amigos e parentes.
• Percepção de controle do comportamento = expectativa de sucesso em
realizar o comportamento esperado. Exemplo: no caso da dieta, se há

| 92
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

confiança de ser capaz de encontrar receitas saudáveis, de comprar


ingredientes, gostar do sabor, o sujeito terá uma intenção comportamental
mais forte. (STRAUB, 2014)

- MODELO TRANSTEÓRICO: também chamado de modelo de estágio da mudança


= comportamento muda ao longo de cinco estágios distintos. Estágios são definidos
em termos de comportamentos passados e intenções de ações futuras.

10
-Estágio 1 - pré-contemplação: pessoas não estão pensando seriamente

2:
sobre mudar seu comportamento. Podem inclusive evitar reconhecer que o

:4
11
comportamento precise ser mudado.

1
02
/2
- Estágio 2 - contemplação: Pessoas reconhecem a existência de um

12
7/
problema e estão considerando seriamente a possibilidade de mudar seu

-2
comportamento em um futuro próximo. Por exemplo, no caso de parar de fumar.

om
l.c
ai
-Estágio 3 - preparação: envolve pensamentos e ações. Exemplo, no caso de

tm
parar de fumar, pessoa obtém receita para adesivo de nicotina, ou entra para um
ho
@
grupo de apoio.
m
_i
or

- Estágio 4 - ação: sujeitos já mudaram o comportamento e estão tentando


m
la

manter os esforços.
au
-p
4

- Estágio 5 - manutenção: pessoas continuam obtendo sucesso em seus


-0
12

esforços.
.0
45
.6

Pessoas mudam entre os estágios de forma não linear, como em uma espiral.
58

Exemplo: fumantes podem ter recaídas entre a manutenção e a preparação,


-8
IM

seguindo um ciclo dos estágios 2 a 5 uma ou mais vezes.


R
O
AM
ES
R
VA
TA
LA
U
PA

| 93
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

10
2:
:4
11
1
02
/2
12
7/
-2
om
l.c
ai
tm
(STRAUB, 2014) ho
@
m
_i
or
m

PSICOSSOMÁTICA
la
au
-p
4

Para Mello Filho (1992), a evolução da psicossomática ocorreu em fases:


-0
12
.0

- A primeira, denominada de fase inicial ou psicanalítica, sob a influência das


45
.6

teorias psicanalíticas, teve seu interesse voltado para os estudos da origem


58

inconsciente das doenças, das teorias da regressão e dos ganhos secundários da


-8

doença.
IM
R
O
AM

- A segunda, também chamada de fase intermediária, influenciada pelo modelo


ES

Behaviorista, valorizou as pesquisas tanto em homens como em animais, deixando


R

assim grande legado aos estudos do stress.


VA
TA

- A terceira fase, denominada de atual ou multidisciplinar, valorizou o social, a


LA
U

interação e interconexão entre os profissionais das várias áreas da saúde. (Mello


PA

Filho, Júlio de (1992). Psicossomática Hoje. Artes Médicas. Porto Alegre)

O termo “medicina psicossomática”, originalmente, tem sido utilizado para


designar os estudos das relações mente-corpo. Esse termo começou a ser
utilizado nas primeiras décadas do século 20, sendo consagrado em 1939, quando
criada, nos Estados Unidos, uma sociedade médica com essa denominação. (Mello
Filho, 2002)
Entretanto, o conhecimento das interações entre mente e corpo tem
acompanhado a própria história da medicina e está presente em obras de diferentes

| 94
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

tempos históricos. Por exemplo, Hipócrates, na Grécia antiga, conhecido como o pai
da Medicina, preocupava-se com a concomitância entre aspectos mentais e físicos.
(Mello Filho, 2002)
Nome de destaque no campo da Psicossomática é o de Freud. Sua visão
integral e seu trabalho clínico permitiram a primeira compreensão global de uma
enfermidade: a chamada histeria de conversão. As descobertas de Freud sobre o
inconsciente permitiram explicar muitas das razões do adoecer somático. (Mello
Filho, 2002)

10
Paralelo ao avanço das contribuições da psicanálise, o progresso da

2:
tecnologia médica possibilitou trabalhos como os de Pavlov, Cannon e Selye. Esses

:4
11
autores realizaram notáveis descobertas sobre os concomitantes fisiológicos das

1
02
emoções. (Mello Filho, 2002)

/2
12
7/
A medicina psicossomática é mais uma atitude e um campo de pesquisa, e

-2
não uma especialidade médica. “Toda doença humana é psicossomática, já que

om
incide no ser sempre provido de soma e psique, inseparáveis, anatômica e

l.c
ai
funcionalmente." As doenças orgânicas sofrem influências da mente; e as doenças

tm
mentais são traduzidas por processos bioquímicos. Assim, os processos biológicos,
ho
@
mentais ou físicos, são simultâneos. (Mello Filho, 2002)
m

A expressão psicossomática, inicialmente, foi utilizada para se referir


_i
or

apenas a certas doenças, como a asma brônquica e a hipertensão arterial, pois,


m
la

nessas doenças as correlações psicofísicas eram muito nítidas. Contudo, os


au
-p

pesquisadores foram notando que essa conceituação é potencialmente válida para


4

toda e qualquer doença. (Mello Filho, 2002)


-0
12
.0

A expressão medicina psicossomática tem sido criticada em diversos


45
.6

ângulos. Por um lado, por conter uma única direção (da psiquê para a soma); por
58

outro, por não abranger a totalidade dos fenômenos como os sociais e os culturais.
-8

Outros termos foram propostos para substituir a expressão medicina


IM
R

psicossomática, contudo a designação original se impõe pelo seu uso, apesar das
O
AM

suas imperfeições. (Mello Filho, 2002)


ES

Apesar de reações do modelo médico tradicional, as ideias psicossomáticas


R

vêm ganhando terreno, prova disso é a atual definição de doença da Organização


VA

Mundial de Saúde, que abrange as influências biopsicossociais. (Mello Filho, 2002)


TA

A tendência atual é encarar o fenômeno da doença de forma global em


LA

função da pessoa que a apresenta, de sua forma única de viver. (Mello Filho, 2002)
U
PA

A prática psicossomática é uma atividade eminentemente interdisciplinar.

Mello Filho (2002), ao tratar da psicossomática, apresenta contribuições da


psicanálise; das correntes experimentais; o campo da imunologia; a significação da
relação médico-paciente; as relações doença-família e as relações entre a doença e
os fenômenos socioculturais.

| 95
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

PONTOS IMPORTANTES:
- A medicina psicossomática se tornou um campo de visualização global da
patologia humana, considerando os múltiplos determinantes do fenômeno da
doença. Tal concepção global da enfermidade tem origem nas contribuições da
psicanálise e foi confirmada por trabalhos de caráter experimental. (Mello Filho,
2002)

- Na prática psicossomática, são de crucial importância os trabalhos

10
interdisciplinares. Eles permitem conectar diversas experiências em busca de uma

2:
linguagem comum que permita unir profissionais de diferentes setores. (Mello Filho,

:4
11
2002)

1
02
/2
- Há uma simultaneidade total e completa dos fenômenos mentais e físicos.

12
7/
(Mello Filho, 2002)

-2
om
- Apesar do progresso dos conhecimentos psicossomáticos, ainda existe o

l.c
ai
predomínio do modelo médico tradicional, baseado no autoritarismo. (Mello Filho,

tm
2002) ho
@
m

- Todos os elementos humanos da equipe hospitalar são potencialmente


_i
or

importantes para o paciente e sua evolução. Os profissionais, conforme seu tipo de


m
la

atitude, podem ser mais iatrogênicos ou terapêuticos. Contudo, isso ainda não é
au
-p

reconhecido pela equipe médica que, comumente, valoriza somente a importância


4

do médico e do enfermeiro. (Mello Filho, 2002)


-0
12
.0

- Reuniões de discussões de caso clínico são de suma importância para o


45
.6

treinamento psicológico do médico e, consequentemente, para melhoria de sua


58

capacidade de relação com o paciente. (Mello Filho, 2002)


-8
IM
R

- As relações entre o paciente e sua família podem ser decisivas na evolução


O
AM

da enfermidade e precisam ser reconhecidas e trabalhadas pela equipe de saúde.


ES

Frequentemente, a doença somática costuma emergir como consequência de


R

conflitos familiares não resolvidos. Problemas sociais, aspectos culturais, assim


VA

como questões religiosas também costumam se refletir nas enfermidades. (Mello


TA

Filho, 2002)
LA
U
PA

Somatização = Processo por meio do qual o sujeito padece em seu corpo


sintomas físicos.
Tais sintomas físicos não tem uma origem exclusivamente em uma doença
física, contudo se relacionam mais a dificuldades psicológicas, psicossociais e
interpessoais.
A somatização pode ocorrer na presença de uma doença física demonstrável
(em que há uma intensificação exagerada da apresentação sintomática), bem como
na ausência de qualquer doença ou condição física. Somatizações são muito

| 96
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

frequentes em adultos, principalmente mulheres, mas também ocorrem em


crianças e idosos.
Sintomas comuns em quadros de somatização são: dores difusas (como
cefaleia e dores abdominais), sintomas gastrointestinais (como náuseas e diarreia),
além de fadiga, sono ruim e sintomas psicopatológicos inespecíficos (como
ansiedade, depressão e irritabilidade).
Os quadros de somatização podem ser situacionais e transitórios, mas
também estáveis e duradouros.

10
Os indivíduos com quadros hipocondríacos e somatizações tendem a rejeitar

2:
a ideia de que seu sofrimento seja de origem psicológica ou psicossocial, voltando-

:4
11
se à queixa corporal.

1
02
/2
Pode haver (mas não necessariamente!) o desejo, consciente ou

12
7/
inconsciente, de estar no papel de doente físico a fim de obter ganhos primários

-2
(tentativa inconsciente de se reequilibrar psicologicamente) ou ganhos

om
secundários (benefícios sociais ou interpessoais, como licença médica ou

l.c
ai
aposentadoria).

tm
É provável que a somatização sirva como um meio de comunicação, quando
ho
@
a expressão verbal mais direta está bloqueada. Bem como, pode representar forma
m

de expressão do sofrimento, quando não é possível ao sujeito reconhecer e


_i
or

verbalizar seus sentimentos.


m
la

Há, atualmente, a tendência a se identificar os processos de somatização


au
-p

com o que se convencionou chamar de “sintomas médicos inexplicados” (SMIs).


4

Tais sintomas são comuns na atenção primária e sobrecarregam tanto os pacientes


-0
12

como os profissionais da saúde. (Dalgalarrondo, 2019)


.0
45
.6

Alexitimia = é a dificuldade de identificar sentimentos e diferenciá-los de


58

sensações corporais, assim como a dificuldade de falar sobre as próprias emoções


-8

e a tendência a ter um estilo de pensamento orientado para o externo, para o


IM
R

concreto.
O
AM

Neurastenia = caracterizada por fadiga fácil após esforço físico ou mental.


ES

Atualmente, a neurastenia é uma categoria em relativo desuso. Sendo substituída


R

por conceitos como síndrome da fadiga crônica, distimia, fibromialgia, entre outros.
VA

Fibromialgia = pacientes relatam dores corporais difusas, mas com maior


TA

importância nos músculos. A dor é real e se concentra em determinadas partes do


LA

corpo, principalmente associada às articulações.


U
PA

Síndrome da Fadiga Crônica = Cansaço ou fadiga persistentes e relevantes,


que duram vários meses a vários anos, sem o diagnóstico de uma doença física ou
mental que explique melhor tais sintomas.
Transtorno hipocondríaco (transtorno de ansiedade de doença) =
predominam os temores e as preocupações intensas com a ideia de ter uma
patologia grave. Essas ideias surgem geralmente a partir de sensações corporais ou
sinais físicos mínimos ou insignificantes. Nos transtornos hipocondríacos, são
frequentes alterações comórbidas de personalidade. (Dalgalarrondo, 2019)

| 97
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Somatização X Conversão:

“Existe hoje em dia a tendência para distinguir a conversão histérica de


outros processos de formação de sintomas, para os quais se propõe, por exemplo,
o nome de somatização.
O sintoma de conversão histérica estaria numa relação simbólica mais

10
concreta com a história do sujeito, seria menos isolável numa entidade nosográfica

2:
:4
somática (exemplo: úlcera do estômago, hipertensão), menos estável, etc. Embora

11
a distinção clínica possa em muitos casos impor-se, a distinção teórica continua

1
02
difícil de elaborar.” (Laplanche & Pontalis – Vocabulário da Psicanálise)

/2
12
7/
Conversão = transposição de um conflito psíquico e uma tentativa de sua resolução

-2
em sintomas somáticos, motores, por exemplo, uma paralisia ou sensitivos, uma

om
anestesia ou dor acentuada. (Laplanche & Pontalis, 1971)

l.c
ai
Um sintoma conversivo é a expressão simbólica de um conflito

tm
intrapsíquico, ocorre nos sistemas neuromuscular voluntário ou perceptivo
ho
@
sensorial e tem como função expressar e descarregar a tensão emocional,
m
_i

decorrente do conflito.
or
m
la

Somatização = não é uma tentativa de expressar emoções, é a própria expressão


au
-p

das emoções, a resposta fisiológica, ou melhor dizendo, o concomitante ao nível do


4

corpo das emoções, que, na dependência da intensidade e da repetição dessas


-0
12

respostas corporais, podem provocar os mais diversos sintomas.


.0
45
.6

(Referência: CAMPOS, Elisa Maria Parahyba; RODRIGUES, Avelino Luiz. Mecanismo


58

de formação dos sintomas em psicossomática. Mudanças–Psicologia da Saúde, v.


-8
IM

13, n. 2, p. 290-308, 2005.)


R
O
AM
ES

ESTRESSE:
R
VA
TA

SELYE = estudou as respostas normais e patológicas ao estresse. Para ele,


LA

estresse é um estado de tensão de um organismo submetido a um agente extressor,


U
PA

que pode ser a dor, o frio, a fome, os estados infecciosos e, mesmo, as influências
psicológicas, entre outros.

Tudo o que ameaça a vida provoca estresse e respostas adaptativas, sendo


que o organismo participa desse processo como um todo. Esse processo de reação
foi denominado síndrome Geral de adaptação, no qual distingue-se três fases
sucessivas: o alarme, a resistência e o esgotamento/exaustão.

| 98
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Psicologia Saúde e Hospitalar

Na fase de alarme (=choque), dá-se início a uma descarga adrenérgica,


podendo haver taquicardia, diminuição do tônus muscular e da temperatura, entre
outros.

Quando o agente estressante permanece atuando, o organismo entra na


fase de defesa, levando a regressão de muitos dos fenômenos descritos na fase de
alarme. Já a terceira fase, o esgotamento, é uma consequência da falha desses
mecanismos adaptativos a estímulos permanentes e excessivos, sendo que as

10
características da fase de alarme reaparecem aqui.

2:
:4
11
Doenças de adaptação: são aquelas resultantes do uso excessivo e

1
02
inadequado destes mecanismos de defesa. (Mello Filho, 2002)

/2
12
7/
Importante!

-2
om
- Distresse ou estresse negativo = estresse em excesso, que ocorre quando

l.c
ai
a pessoa ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de adaptação.

tm
- Eustresse ou estresse positivo = estresse em sua fase inicial, a do alerta. O
ho
@
organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, o que torna a pessoa
m
_i

produtiva e mais criativa.


or

(artigo - Guillardi, C. R., Precoma, D. C., & Silva, E. R. (2013). Eustresse, distresse e
m
la

burnout: Um estudo do estresse no ambiente de trabalho)


au
-p
4
-0
12

MODELO TRANSACIONAL OU REACIONAL (Lazarus e Folkman): Não é


.0
45

possível compreender totalmente o estresse, se examinarmos os eventos


.6

ambientais (estímulos) e pessoas (respostas) como entidades separadas. (STRAUB,


58
-8

2014)
IM

Segundo esse modelo, o processo de estresse é iniciado quando os estressores


R

excedem os recursos pessoais e sociais que a pessoa é capaz de mobilizar para


O
AM

enfrentar tais estressores. (STRAUB, 2014)


ES

A avaliação de um evento como estressante leva em consideração se o evento é


R

um desafio em potencial, se é uma fonte de perigo ou uma ameaça ao bem-estar


VA
TA

futuro:
• Desafio: Situação é difícil, mas pode ser superada e a pessoa pode se
LA
U

beneficiar dela.
PA

• Perigo-perda: é a avaliação de que um tipo de dano já ocorreu como


resultado da situação.
• Ameaça = o sujeito prevê que dada situação pode causar perda ou perigo,
em algum momento no futuro. (STRAUB, 2014)
Quando as demandas de um evento ou de uma situação criam um estresse, a
resposta das pessoas não é estática. Ao invés disso, envolve interações e ajustes
contínuos. Daí o termo “transacional” na designação da teoria. (STRAUB, 2014)

| 99
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Psicologia Saúde e Hospitalar

As transações pessoas-ambiente são motivadas pela avaliação cognitiva que é


feita dos estressores potenciais. Tal avaliação envolve: “Se uma situação ou um
evento ameaça o bem-estar individual; Se existem recursos pessoais suficientes
disponíveis para lidar com a demanda; Se a estratégia da pessoa para lhe dar com a
situação ou o evento está funcionando.” (STRAUB, 2014)

• Avaliação primária: determinação inicial que alguém faz do significado de


um evento como irrelevante, benigno- positivo ou ameaçador

10
• Avaliação secundária: determinação que a pessoa faz de seus próprios

2:
:4
recursos e capacidades, avaliando se são suficientes para cumprir com as

11
demandas de um evento avaliado como potencialmente ameaçador ou desafiador.

1
02
• Reavaliação cognitiva: os eventos potencialmente estressantes são

/2
reavaliados de forma constante. (STRAUB, 2014)

12
7/
-2
Atenção! Já foi questão de prova!

om
l.c
ai
Pelo modelo transacional, em situações consideradas estressoras, as pessoas

tm
ho
reagem de maneiras diferentes: enquanto algumas apresentam respostas de forte
@
estresse e adoecimento, outras demonstram ser pouco afetadas pela mesma
m
_i

situação.
or
m
la
au

Vale lembrar também que, pelo modelo transacional:


-p
4
-0

- As avaliações cognitivas são muito suscetíveis a alterações de humor, saúde e


12

estado motivacional;
.0
45
.6

- Até mesmo avaliações lembradas ou imaginadas de uma situação, mesmo que não
58
-8

vividas de fato, podem produzir resposta de estresse. (STRAUB, 2014)


IM
R
O

Importante!
AM
ES

- Coping = enfrentamento = modo como a pessoa lida com o estresse;


R
VA

processo de interação entre indivíduo e ambiente, sua função é administrar


TA

(reduzir/minimizar/tolerar) a situação estressora, mais que controlá-la ou dominá-


LA

la.
U

Coping significa “lidar com”, visando ao ajustamento; conjunto de esforços


PA

cognitivos e comportamentais, que mudam constantemente, para manejar


(enfrentar) exigências internas e ou externas específicas, que ameaçam ou
ultrapassam os recursos do indivíduo. (Folkman e Lazarus)

Já foi questão de prova:


No processo conhecido como coping, o psicólogo atua junto ao paciente e
seus familiares como promotor de mecanismos de enfrentamento da situação,

| 100
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Psicologia Saúde e Hospitalar

ajudando-os a promover estratégias adaptativas e minimizar o grau de distress por


eles vivenciado.

ENFRENTAMENTO = formas cognitivas, comportamentais e emocionais


pelas quais as pessoas administram situações estressantes. É um processo
dinâmico, não sendo uma reação única. Assim, refere-se a uma série de respostas
que envolvem as interações com o ambiente. (STRAUB, 2014)
Nem todas as estratégias de enfrentamento são igualmente eficazes.

10
Algumas proporcionam alívio temporário, mas tendem a ser mal-adaptativas, a

2:
:4
longo prazo. Por exemplo, defesas psicológicas podem permitir ao sujeito se

11
distanciar da situação estressante ao negar sua existência, mas não eliminam a

1
02
fonte de estresse. (STRAUB, 2014)

/2
12
7/
No Modelo Interativo do Estresse, enfrentamento se refere aos "esforços

-2
cognitivos e comportamentais voltados para o manejo de exigências ou demandas

om
internas ou externas, que são avaliadas como sobrecarga aos recursos pessoais do

l.c
ai
indivíduo" (Folkman e col., 1986)

tm
ho
@
Richard Lazarus (1984) categorizou as estratégias de enfrentamento como
m
_i

focalizadas na emoção ou no problema:


or
m
la
au

• Enfrentamento focalizado na emoção: pessoa tenta controlar a


-p

resposta emocional a um estressor. Podem ser usadas estratégias


4
-0

comportamentais, como a busca de pessoas que oferecem


12

encorajamento ou nos mantenham ocupados para desviar a atenção


.0
45

do problema. Bem como, podem ser utilizadas estratégias cognitivas,


.6

como mudar a maneira pela qual o estressor é avaliado, ou negar


58
-8

informações desagradáveis.
IM

As pessoas tendem a utilizar a forma de enfrentamento


R
O

focalizado na emoção quando acreditam que pouco ou nada possa


AM

ser feito para alterar a situação estressante, ou quando acreditam


ES

que seus recursos ou capacidades de enfrentamento não são


R

suficientes para atender às demandas da situação


VA
TA

estressante. (STRAUB, 2014)


LA
U

• Enfrentamento focalizado no problema: Utilizado para lidar de


PA

forma direta com a situação estressante, reduzindo demandas ou


aumentando a capacidade de lidar com um estressor. Por exemplo,
mudança na dieta e regime para controlar o diabetes.
O enfrentamento focalizado no problema é utilizado quando
acreditamos que os recursos e situações são inconstantes. (STRAUB,
2014)

| 101
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Algumas pessoas tendem a responder mais com o enfrentamento focalizado no


problema que na emoção, já outras o inverso. Destaca-se que o enfrentamento
focalizado no problema se revela mais eficaz para estressores crônicos do que para
agudos. (STRAUB, 2014)

A estratégia mais provável de funcionar também depende do estressor ser, ou não,


controlável. Por exemplo, pessoas que lidam com doentes terminais podem contar
com estratégias focalizadas no problema, durante o período do tratamento, ou seja,

10
antes da morte do ente querido. Já após a morte, por outro lado, é provável que

2:
considerem a situação fora de controle e se voltem para uma forma de

:4
11
enfrentamento focada na emoção. (STRAUB, 2014)

1
02
/2
12
- Distanciar-se, por meio do enfrentamento emocional, pode ser a melhor

7/
opção no caso da realização de um procedimento médico desconfortável.

-2
- Já em um caso de diabetes, há benefícios no enfrentamento focado no

om
problema, quando o sujeito realiza uma dieta, ou uma rotina regular de exercícios.

l.c
ai
(STRAUB, 2014)

tm
ho
@
Em suma, as estratégias focalizadas no problema comumente estão mais ligadas a
m
_i

melhores resultados para a saúde do que o distanciamento, o pensamento positivo


or
m

e outras estratégias focalizadas na emoção.


la
au
-p

Contudo .... as relações variam com a duração do estressor. A estratégia com maior
4

probabilidade de funcionar também depende de o estressor ser ou não controlável.


-0
12

Dessa maneira, muitas vezes, enfrentamento focalizado no problema de


.0
45

enfrentamento focalizado na emoção são usados juntos. (STRAUB, 2014)


.6
58
-8

Hardiness = é um estilo de personalidade, abrangendo um grupo de traços


IM

minimizadores do estresse que consiste em comprometimento, desafios e controle.


R
O

(STRAUB, 2014)
AM
ES

Manejo do estresse = variedade de métodos psicológicos projetados para reduzir o


R
VA

impacto de experiências potencialmente estressante.


TA

A princípio, tais métodos foram introduzidos em cenários clínicos para


LA

auxiliar pacientes a se adaptarem a doenças crônicas e procedimentos médicos


U
PA

estressantes. Contudo, tais técnicas acabaram se expandindo também para outros


contextos. (STRAUB, 2014)

Dor
- Componentes da dor: A dor possui um componente físico forte, bem como
também tem componentes emocionais e psicológicos.
-A dor ilustra de forma clara o modelo biopsicossocial. Esse modelo
distingue entre os mecanismos biológicos pelos quais estímulos dolorosos são

| 102
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

processados pelo corpo: a experiência emocional e subjetiva da dor e os fatores


sociais e comportamentais que ajudam a moldar nossa resposta a ela.
- Dor tem natureza multidimensional e subjetiva.
- “nossa experiência de dor é moldada por forças biológicas, psicológicas e
sociocomportamentais, que, por sua vez, refletem o legado genético, as
experiências anteriores, a personalidade e os recursos de enfrentamento”. (Gatchel
e Maddrey, 2004).
- Apesar do desconforto e do estresse que pode causar, a dor é essencial para

10
nossa sobrevivência.

2:
- Tipos de dor: aguda = dor cruciante e pungente que é curta e normalmente

:4
11
relacionada a lesões em tecidos; recorrente = envolve episódios de desconforto

1
02
intercalados com períodos em que o indivíduo está quase livre de dor, que se

/2
repetem por mais de três meses; crônica = dor ardente e duradoura. (STRAUB, 2014)

12
7/
-2
Atenção! Já foi questão de prova!

om
l.c
ai
A dor pode ser definida como uma experiência desagradável no âmbito sensorial e

tm
ho
emocional, que integra aspectos cognitivos, interpessoais e psíquicos.
@
m
_i
or
m

PSICOLOGIA DA SAÚDE – Spink


la
au
-p
4
-0

A Psicologia entra para a lista das profissões ditas “da Saúde” por meio de
12
.0

um saber-fazer técnico derivado da experiência clínica, sem a contrapartida do


45

questionamento dessa transposição de técnicas da esfera clínica para a esfera da


.6
58

saúde. Contudo, aos poucos, “o saber acumulado na prática, a necessidade de


-8

contextualizar esta prática e a própria ampliação do número de psicólogos


IM

envolvidos nessa área determinam o surgimento de condições apropriadas para


R
O

estruturação de uma Psicologia da Saúde.”


AM
ES

Por muito tempo, o campo de atuação da Psicologia se resumia,


R
VA

notadamente: as atividades exercidas em consultórios particulares; e as atividades


TA

exercidas nos hospitais e ambulatórios de saúde mental (predominantemente


LA

atividades de internação e medicação).


U
PA

Uma grande mudança em relação à inserção dos psicólogos nos serviços de


saúde ocorreu em São Paulo, a partir dos anos 80, com a adoção de uma política de
desospitalização e de extensão dos serviços de saúde mental para a rede básica.

É importante fazer um paralelo entre a psicologia da saúde e a constituição


da medicina social. A medicina social foi resultado da crise da medicina oficial no
pós-guerra e da constatação de que seria preciso formar um profissional mais
compatível com a situação de saúde vigente nos países do terceiro mundo. A

| 103
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

medicina social foi introduzida na América Latina a partir dos anos 1950, sendo seu
objetivo inicial “modernizar o ensino médico e estimular a consciência social desses
profissionais”. (Spink, 2013)

O processo saúde/doença é histórico e multideterminado. (Spink, 2013)

BIOÉTICA

10
2:
:4
Objetivo da Bioética: facilitar o enfrentamento de questões

11
éticas/bioéticas; dar subsídios para que as pessoas possam refletir e saber como se

1
02
comportar em relação às diversas situações da vida profissional em que surgem os

/2
12
conflitos éticos. (JUNQUEIRA, 2010)

7/
-2
om
Começo da década de 1970 = início da Bioética, com as publicações do

l.c
pesquisador e professor norte-americano da área de oncologia, Van Rensselaer

ai
Potter. (JUNQUEIRA, 2010)
tm
ho
“Van Potter estava preocupado com a dimensão que os avanços da ciência,
@
principalmente no âmbito da biotecnologia, estavam adquirindo. Assim, propôs um
m
_i

novo ramo do conhecimento que ajudasse as pessoas a pensar nas possíveis


or
m

implicações (positivas ou negativas) dos avanços da ciência sobre a vida


la
au

(humana ou, de maneira mais ampla, de todos os seres vivos). Ele sugeriu que se
-p

estabelecesse uma “ponte” entre duas culturas, a científica e a humanística, guiado


4
-0

pela seguinte frase: “Nem tudo que é cientificamente possível é eticamente


12

aceitável”.” (JUNQUEIRA, 2010)


.0
45

A Bioética (“ética da vida”) tem como objetivo “indicar os limites e as


.6

finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de


58
-8

referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações”


IM

(LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001).


R
O

A Bioética, como área de pesquisa, precisa ser estudada por meio de uma
AM

metodologia interdisciplinar. Assim, profissionais de diversas áreas (profissionais


ES

da educação, do direito, da sociologia, da economia, da teologia, da psicologia, da


R
VA

medicina ...) devem participar das discussões. (JUNQUEIRA, 2010)


TA
LA

Assim, A sociedade vem se deparando com diversos dilemas éticos, sendo


U

parte deles oriundos do desenvolvimento tecnológico na área biomédica. As


PA

situações problemáticas são originárias da necessidade de se estabelecer limites ao


uso dessa tecnologia. Os dilemas éticos emanam de várias áreas, contudo o termo
bioética é frequentemente usado para se referir ao ramo da ética preocupado em
identificar e discutir conflitos nas áreas biomédicas que envolvem seres humanos.
Questões éticas nesse Campo aparecem, por exemplo, em situações como a
eutanásia e a pesquisa com células-tronco embrionárias. (Clotet, Feijó, Oliveira;
2011)

| 104
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

O FUNDAMENTO ético, a base para a tomada de decisão, é a pessoa humana.

São conceitos importantes no enfrentamento das questões bioéticas: a


pessoa é única; a pessoa humana é provida de uma “dignidade”; a pessoa é
composta de diversas dimensões (biológica, psicológica, social...). (JUNQUEIRA,
2010)

Os princípios da Bioética

10
2:
:4
11
Atenção! Esses princípios são recorrentes nas questões de provas e

1
concursos!

02
/2
12
Os princípios são ferramentas para facilitar o processo de estudo e de

7/
-2
decisão sobre os diversos temas de Bioética.

om
Esses princípios foram propostos primeiro no Relatório Belmont (1978) para

l.c
orientar as pesquisas com seres humanos e, em 1979, Beauchamps e Childress

ai
tm
estenderam a utilização deles para todos aqueles que se ocupam da saúde das
ho
pessoas. (JUNQUEIRA, 2010)
@
m

São eles: Beneficência/Não maleficência; Autonomia; Justiça.


_i
or
m
la

Beneficência/não maleficência
au

- Beneficência = “fazer o bem”


-p

- Não maleficência = “evitar o mal”


4
-0
12
.0

O profissional deve oferecer o melhor tratamento ao seu paciente, tanto no


45

que diz respeito à técnica, quanto no que se refere ao reconhecimento das


.6
58

necessidades físicas, psicológicas ou sociais do paciente. (JUNQUEIRA, 2010)


-8

Busca-se o bem-estar do paciente de acordo com critérios fornecidos pela


IM
R

medicina e outras áreas da saúde. Maximizam-se benefícios e minimizam-se riscos.


O
AM

Na beneficência, o profissional vai além do princípio da não-maleficência, pois são


necessárias ações positivas. (Clotet, Feijó, Oliveira; 2011)
ES
R
VA

Autonomia
TA

Autonomia = “é a capacidade de autodeterminação de uma pessoa, ou seja,


LA

o quanto ela pode gerenciar sua própria vontade, livre da influência de outras
U
PA

pessoas.” Ou seja, autonomia está ligada à autodeterminação do sujeito e a sua


capacidade de decidir o que entende ser o melhor para si mesmo.
Duas condições são fundamentais para o respeito da autonomia: a liberdade
e a informação. A pessoa deve ser livre para decidir. “Para isso, ela deve estar livre
de pressões externas, pois qualquer tipo de pressão ou subordinação dificulta a
expressão da autonomia.”

Consentimento = processo de informação e compreensão e posterior


comprometimento com o tratamento.

| 105
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

“Em algumas situações, a liberdade (autonomia) de algumas pessoas não é


respeitada para que se respeite o benefício de outras. Por exemplo, a proibição de
fumar em ambientes fechados. Se pensarmos no respeito pela autonomia daqueles
que desejam fumar, não seria ético proibir, mas se pensarmos no benefício (ou não
malefício) daqueles que não desejam fumar, a proibição se justifica.’’ (JUNQUEIRA,
2010)

10
Justiça

2:
:4
Justiça = refere-se à igualdade de tratamento; é preciso respeitar com

11
imparcialidade o direito de cada um. Igualdade de tratamento, oferecendo a cada

1
02
pessoa o que lhe é devido, segundo as suas necessidades. Conceito correlacionado

/2
ao de justiça é o de equidade.

12
7/
Equidade = “dar a cada pessoa o que lhe é devido segundo suas

-2
necessidades, ou seja, incorpora-se a ideia de que as pessoas são diferentes e que,

om
portanto, também são diferentes as suas necessidades.” (JUNQUEIRA, 2010)

l.c
ai
tm
ho
Todos esses princípios “devem ser considerados na ordem em que foram
@
apresentados, pois existe uma hierarquia entre eles. Isso significa que, diante de um
m
_i

processo de decisão, devemos primeiro nos lembrar do nosso fundamento (o


or
m

reconhecimento do valor da pessoa); em seguida, devemos buscar fazer o bem para


la

aquela pessoa (e evitar um mal!); depois devemos respeitar suas escolhas


au
-p

(autonomia); e, por fim, devemos ser justos.” (JUNQUEIRA, 2010)


4

Em Clotet, Feijó, Oliveira (2011), destaca-se que esses princípios não


-0
12

apresentam caráter absoluto, devendo ser respeitados de forma relativa.


.0
45
.6
58

Sugestão de Leitura Complementar : “Declaração Universal sobre Bioética e


-8

Direitos Humanos”; Texto na íntegra:


IM
R

https://www.inesul.edu.br/site/documentos/declaracao_universal_bioetica.pdf
O
AM
ES
R
VA

Trabalho em Equipe - Multi, Inter e Transdisciplinaridade


TA
LA
U

Mais do que qualidades das equipes, as definições de multi, inter e


PA

transdisciplinaridade se referem a modos de funcionamento. Isso porque as


equipes “não são universos estanques, são estruturas dinâmicas que podem
funcionar ora de forma mais integrada ora de forma mais estratificada.” “Ou seja,
não é a equipe que é multi ou transdisciplinar, mas é o seu modo de operar que pode
ser definido de uma determinada maneira, em um determinado
momento.” (GALVAN, 2007)

| 106
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

- Multidisciplinaridade = justaposição de ideias; hierarquicamente no


primeiro nível de integração entre as disciplinas, quando comparada à inter e à
transdisciplinaridade. (BICALHO, OLIVEIRA; 2011)
Conjunto de disciplinas que trata, de forma simultânea, de uma dada
questão, SEM que os profissionais estabeleçam efetivas trocas entre si. Assim,
consiste na mera reunião de várias especialidades, em que diversos profissionais
atuam de forma independente, com olhar somente para sua especificidade de
atuação.

10
Cada especialista emprega sua metodologia, baseado em suas hipóteses e

2:
teorias, sendo que o objeto em questão é visto sob múltiplos pontos de vista; Ou

:4
11
seja, o mesmo tema é abordado sob ângulos variados, não existindo a perspectiva

1
02
de síntese.” (Almeida Filho, 2005). (GALVAN, 2007)

/2
As principais características de experiências chamadas multidisciplinares,

12
7/
elencadas por Domingues (2005), são: a) aproximação de diferentes disciplinas para

-2
a solução de problemas específicos; b) diversidade de metodologias: cada disciplina

om
fica com a sua metodologia; c) os campos disciplinares, embora cooperem,

l.c
ai
guardam suas fronteiras e ficam imunes ao contato. (DOMINGUES, 2005)

tm
ho
@
“Refere-se basicamente a uma associação ou justaposição de disciplinas que
m

abordam um mesmo objeto a partir de distintos pontos de vista. É comum em


_i
or

congressos e seminários, onde vários especialistas se encontram para discutir um


m
la

objeto sob diversos ângulos. Contudo, não se verifica uma integração


au
-p

interdisciplinar.” (ARTMANN, 2001)


4
-0
12

- Pluridisciplinaridade: “aqui avança-se um pouco e se estabelecem


.0

algumas relações entre disciplinas. Como exemplo poderíamos pensar o


45
.6

diagnóstico de saúde de uma comunidade onde trabalham epidemiologistas,


58

estatísticos e assistentes sociais.” (ARTMANN, 2001)


-8
IM
R

- Interdisciplinaridade = A interdisciplinaridade ocupa posição


O
AM

intermediária entre a multi e a transdisciplinaridade, com a ocorrência de


ES

intercâmbios e enriquecimentos mútuos entre as disciplinas. Há reciprocidade, não


R

se reduzindo à mera justaposição. (BICALHO, OLIVEIRA; 2011)


VA

Há discussão conjunta, decisões consensuais, troca e interação entre os


TA

saberes do grupo. Caracterizada também pelo diálogo e a integração das práticas


LA

em saúde, buscando um olhar global sobre o paciente e seu processo de


U
PA

adoecimento. “Em uma equipe interdisciplinar, existe troca de instrumentos,


técnicas, metodologia e esquemas conceituais entre as disciplinas. Assim, trata-se
de um diálogo que leva ao enriquecimento e transformação das disciplinas
envolvidas.” (GALVAN, 2007)
Gomes e Deslandes (1994) acrescentam que a interdisciplinaridade “implica
em uma consciência dos limites e das potencialidades de cada campo do saber, na
busca de um fazer coletivo.” (GALVAN, 2007)
As experiências interdisciplinares apresentam três características básicas,
segundo Domingues (2005): a) aproximação de campos disciplinares diferentes

| 107
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

para a solução de problemas específicos; b) compartilhamento de metodologia; c)


geração de novas disciplinas após cooperação e fusão entre os campos.
Contraposição a uma concepção fragmentária em prol de uma concepção
unitária do ser humano.

“Busca-se a superação das fronteiras disciplinares. Pode-se construí-la


através da definição do que as disciplinas científicas têm em comum em níveis de
integração mais profundos, através da unificação ou síntese de conhecimentos

10
científicos ou do estabelecimento de uma linguagem interdisciplinar

2:
consensualmente construída entre os cientistas. Observa-se uma troca profunda

:4
11
entre disciplinas, onde instrumentos, métodos e esquemas conceituais podem vir a

1
02
ser integrados.” (ARTMANN, 2001)

/2
12
7/
- Transdisciplinaridade = atinge níveis mais profundos de interação; é da

-2
ordem da fusão unificadora. Diz respeito a uma compreensão que transcende o

om
âmbito de cada disciplina (Santos, 1995). “A equipe que funciona segundo uma

l.c
ai
dinâmica transdisciplinar tem sua coordenação assegurada por referência a uma

tm
finalidade comum, com tendência à horizontalização das relações de poder. Cria-se
ho
@
um campo novo com autonomia teórica e metodológica com relação às disciplinas
m

que o compõe.” (Almeida Filho, 2005) (GALVAN, 2007)


_i
or
m
la

A transdisciplinaridade vai além da interdisciplinaridade, pois não há


au

fronteira entre as disciplinas. Propõe que os profissionais estejam reciprocamente


-p

situados em sua área de origem e na área de cada um dos colegas.


4
-0
12
.0

Seria o último estágio a ser atingido, em que não existiriam as fronteiras


45

entre as disciplinas. “Criação de novos métodos, novos tipos de experimentação e


.6
58

onde finalmente o diálogo se extinguiria em troca de uma unicidade da obra


-8

coletiva.” (ARTMANN, 2001)


IM
R
O
AM

CUIDADO 1!
ES

Há divergências na literatura acerca dos conceitos de Multi, Inter e


R
VA

Transdisciplinaridade.
TA
LA

Por exemplo, para Iribarry (2003), na Multidisciplinaridade, cada disciplina


U
PA

envolvida mantém sua metodologia e teoria, não há integração dos resultados


obtidos, busca-se solução de um problema imediato, sem buscar articulação. A
equipe trabalha de maneira independente e não coordenada, em um nível com
objetivos múltiplos, SEM cooperação entre as disciplinas.

Por outro lado, Bicalho & Oliveira (2011) afirmam que, na


Multidisciplinaridade, os campos disciplinares, embora cooperem, guardam suas
fronteiras e ficam imunes ao contato. Ou seja, pressupõe que há cooperação entre
as disciplinas.

| 108
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

CUIDADO 2!

Algumas questões de prova vão pedir, especificamente, a distinção dos


conceitos de Multi, Inter e Transdisciplinar. Já outras, irão tratar da importância do
trabalho em equipe de uma forma geral, sem essas distinções.

10
Além disso, destaca-se que, em muitas questões, equipes multi e

2:
interdisciplinares podem ser tratadas como sinônimos.

:4
11
1
Então, atenção! Não brigue com a questão, responda conforme sua questão

02
/2
solicita!

12
7/
-2
• EMBORA SEJA NOTÓRIA A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPE,

om
DIVERSOS SÃO OS ENTRAVES E AS DIFICULDADES EXISTENTES:

l.c
ai
tm
Há pelo menos três níveis de entraves que devem ser enfrentados para
ho
desenvolver o trabalho de forma integrada: os individuais, os grupais e os
@
m

institucionais. (GALVAN, 2007)


_i
or
m

- Entraves individuais: “diz respeito ao significado pessoal do trabalho em


la
au

equipe para cada um dos membros envolvidos.” O saber delimitado pela disciplina
-p

seja a psicologia, a medicina, a enfermagem, ou qualquer outra que faça parte do


4
-0

grupo, oferece um lugar pré-determinado ao indivíduo que a representa. Quando o


12
.0

lugar da disciplina é confundido com o lugar do sujeito, há a falsa ideia de que,


45

enquanto representante de determinado saber, tem um lugar garantido no grupo,


.6
58

ao mesmo tempo em que fortalece sua identidade profissional. (GALVAN, 2007)


-8
IM

A consequência disso é que, na medida em que uma equipe abre mão da


R
O

rigidez disciplinar, e as interlocuções passam a ser mais efetivas entre os


AM

participantes, a falsa garantia de identidade oferecida pelo título profissional se


ES

fragiliza e o indivíduo sente-se inseguro no que refere ao seu papel e à sua


R
VA

identidade profissional. (GALVAN, 2007)


TA
LA

- Entraves grupais: “a junção, em um mesmo espaço, de vários indivíduos


U
PA

não caracteriza por si só a constituição de um grupo.” É importante considerar


questões como os objetivos comuns, partilhados e alinhados dos membros. Outro
aspecto que pode ser empecilho para o funcionamento inter ou transdisciplinar de
uma equipe “é o surgimento de questões relativas à dinâmica do grupo,
considerando a rede de relações interpessoais, não só de trabalho, mas também de
status, poder, competição, afeto e múltiplos significados conscientes e
inconscientes que surgem neste fazer conjunto. Os fenômenos dos processos
grupais (ansiedades, medos, disputas, conflitos) se expressam no trabalho
propriamente dito através de resistências, boicotes, ataques e podem vir a

| 109
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

prejudicar em maior ou menor grau a realização dos objetivos propostos.” (GALVAN,


2007)

- Entraves institucionais: o principal deles é o uso do saber como


instrumento de poder. Exemplo disso é a relação médico – paciente, em que,
frequentemente, o paciente é passivo e aceita aquilo que lhe é oferecido e
determinado. Há também a hierarquização do saber, em que alguns saberes
determinam maior poder do que outros; “no caso das instituições de saúde, é o

10
saber médico que aparece como campo dominante e que está à frente da estrutura

2:
organizacional dos serviços de saúde.” (GALVAN, 2007)

:4
11
1
02
(GALVAN, Gabriela Bruno. Equipes de saúde: o desafio da integração

/2
disciplinar. Rev. SBPH, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 53-61, dez. 2007)

12
7/
-2
VASCONCELOS (2002):

om
l.c
ai
Embora boa parte das questões tratem, basicamente dos conceitos de Multi,

tm
ho
Inter e Transdisciplinar, outros conceitos também são possíveis. Trataremos deles
@
a seguir
m
_i
or
m

Vasconcelos (2002), traz diferentes tipos de práticas INTER-, pautadas em


la
au

graus sucessivos de cooperação e de coordenação crescente entre os diversos


-p

campos de saber:
4
-0
12

- PRÁTICAS MULTI = “profissionais de diferentes áreas trabalham isoladamente,


.0
45

geralmente sem cooperação e troca de informações entre si, a não ser um sistema
.6

de referência e contra-referência dos clientes, com uma coordenação apenas


58
-8

administrativa.” (Vasconcelos, 2002)


IM
R

- PRÁTICAS PLURI = exemplo: reuniões em que casos são discutidos, havendo troca
O
AM

de informações entre os diversos profissionais que os acompanham. Mas, sem ainda


ES

criar uma axiomática própria que coordene seus trabalhos. Outro exemplo seriam
R

os painéis e mesas-redondas em congressos com especialistas de várias áreas.


VA

(Vasconcelos, 2002)
TA
LA
U

- PRÁTICAS PLURIAUXILIARES = há hegemonia de um campo de saber, tendem ao


PA

imperialismo epistemológico. “Dentro de um quadro de relações de poder muito


desiguais entre as diversas corporações e disciplinas, muitas das práticas usuais de
colaboração entre profissionais na saúde e saúde mental acabam sendo auxiliares.”
(Vasconcelos, 2002)

- PRÁTICAS INTER = promotoras de mudanças estruturais, gerando reciprocidade,


enriquecimento mútuo. “Abre-se caminho para uma fecundação e uma
aprendizagem mútua, que não se efetuam por simples adição ou mistura linear, mas
por uma recombinação dos elementos internos.” (Vasconcelos, 2002)

| 110
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

- CAMPOS TRANS = implicam em uma radicalização do nível INTER, “com a


estabilização de um campo teórico, aplicado ou disciplinar, de tipo novo e mais
amplo.” A ecologia e a saúde coletiva constituem bons exemplos disso. O campo da
saúde mental pode ser entendido como um campo transdisciplinar, “capaz de
confrontar e flexibilizar as divisões convencionais das especialidades e
democratizar as relações de poder entre elas, tendendo a criar, inclusive, novos
tipos de trabalhadores, com uma profissionalidade mais ampla.” (Vasconcelos,
2002).

10
2:
:4
11
1
02
/2
12
7/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
m
_i
or
m
la
au
-p
4
-0
12
.0
45
.6
58
-8
IM
R
O
AM
ES
R
VA
TA
LA
U
PA

(Vasconcelos, 2002)

OBSTÁCULOS E LIMITAÇÕES À PRÁTICA INTER:

| 111
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

• O profissionalismo = São elementos básicos do profissionalismo: Processo


de inserção histórica na divisão social e técnica do trabalho e da constituição
dos saberes enquanto estratégia de poder; Mandato social sobre um campo
específico; institucionalização de organizações corporativas. (Vasconcelos,
2002)

Para Vasconcelos (2002), “o setor saúde mental, dentro do conjunto do


setor saúde, é reconhecido hoje no país como o que mais avançou na

10
direção da interdisciplinaridade

2:
:4
11
• As práticas inter- e suas relações com a estrutura das políticas públicas e

1
02
sociais: “as propostas de complexidade, integralidade do cuidado e

/2
integração intersetorial não podem ser concebidas e analisadas sem a

12
7/
devida consideração a estruturas históricas extremamente complexas das

-2
políticas públicas e sociais, que possuem uma dinâmica institucional,

om
financeira e de gestão bastante particulares, e que podem resistir às

l.c
ai
tentativas de implementação de práticas interdisciplinares.” (Vasconcelos,

tm
2002) ho
@
m

• A deterioração das condições atuais de trabalho profissional: “O


_i
or

desenvolvimento de práticas intersetoriais e interdisciplinares exige não só


m
la

manter firme as mobilizações por melhores salários e condições de trabalho,


au
-p

(...) mas ir além delas. A criação de condições mínimas de trabalho


4

compatíveis com as práticas interdisciplinares requer luta por pactos sociais


-0
12

societários capazes de sustentar as prioridades pelo investimento


.0

quantitativo e qualitativo satisfatório em políticas públicas e sociais


45
.6

comprometidas com a maioria da população empobrecida de nossos países


58

periféricos.”
-8
IM
R
O
AM

INTERCONSULTA:
ES
R

- Interconsulta = é um encontro entre profissionais de diferentes áreas.


VA

(Chiaverini, 2011)
TA
LA
U

- Consulta Conjunta = reúne, na mesma cena, diferentes profissionais de


PA

saúde, o paciente e, se necessário, a família do paciente. (Chiaverini, 2011)

Cuidado! Para Chiaverini (2011), a posição é de que a consulta conjunta é


uma das modalidades de interconsulta. Contudo, não há unanimidade nesse
aspecto.
- Há referências do campo da saúde que consideram, por exemplo, que esses
dois conceitos são sinônimos.

| 112
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

- Já outras referências diferenciam esses conceitos, como nos exemplos


citados abaixo:
Exemplo de Interconsulta: presença do psicólogo é requisitada para atender
à solicitação de um outro profissional de saúde em relação ao acompanhamento de
um paciente.
Exemplo de Consulta Conjunta: o psicólogo realiza seu atendimento
juntamente com outro profissional não psicólogo. Assim, na consulta conjunta os
profissionais atenderiam juntos, estando os dois presentes e atuantes no ambiente

10
de atendimento.

2:
:4
11
- Interconsulta psicológica = “representa uma modalidade de atendimento

1
02
clínico e um instrumento metodológico utilizado pelo psicólogo na assistência ao

/2
paciente internado, mediante solicitação de outros profissionais da saúde.”

12
7/
-2
“ao se constituir como uma modalidade de intervenção que permite

om
considerar a demanda institucional que inclui a subjetividade nas relações da

l.c
ai
equipe e a assistência psicológica aos pacientes e seus familiares, a interconsulta

tm
psicológica é uma das formas mais visíveis da aplicação do conceito de
ho
@
interdisciplinaridade. A interdisciplinaridade pode ser considerada como uma
m

troca intensa de saberes profissionais em diversos campos, exercendo, dentro de


_i
or

um mesmo cenário, uma ação de reciprocidade, mutualidade, que pressupõe uma


m
la

atitude diferenciada diante de um determinado caso” (Oliveira et al., 2011).


au
-p
4

(GAZOTTI, Thaís de Castro; PREBIANCHI, Helena Bazanelli. Caracterização da


-0
12

interconsulta psicológica em um hospital geral. Psicol. teor. prat., São Paulo, v.


.0

16, n. 1, p. 18-30, abr. 2014)


45
.6
58
-8
IM

Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia


R
O

(Peduzzi, 2001): resumo comentado


AM
ES
R

Artigo na íntegra: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v35n1/4144.pdf


VA
TA

Peduzzi (2001) fala em duas modalidades de equipe:


LA
U
PA

- Equipe agrupamento = em que ocorre a justaposição das ações e o


agrupamento dos agentes; caracterizada pela fragmentação.

- Equipe integração = em que ocorre a articulação das ações e a interação


dos agentes.

São critérios de diferenciação dos dois tipos de equipe: comunicação entre


os agentes do trabalho; diferenças técnicas e desigual valoração social dos
trabalhos especializados; formulação de um projeto assistencial comum;

| 113
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Psicologia Saúde e Hospitalar

especificidade de cada área profissional; e flexibilidade da divisão do trabalho e


autonomia técnica.

- Trabalho em equipe = modalidade de trabalho coletivo que se configura na


relação recíproca entre as intervenções técnicas e a interação dos agentes de
distintas áreas profissionais. O trabalho em equipe tem sido apresentado como
estratégia para enfrentar a especialização na área da saúde. (Peduzzi, 2001)

10
2:
:4
- Articulação = característica presente na equipe como integração; a articulação se

11
caracteriza pelas “situações de trabalho em que o agente elabora correlações e

1
02
coloca em evidência as conexões entre as diversas intervenções executadas.”

/2
(Peduzzi, 2001)

12
7/
-2
- CRITÉRIOS DE CARACTERIZAÇÃO DE UMA EQUIPE INTEGRAÇÃO OU UMA EQUIPE

om
AGRUPAMENTO:

l.c
ai
tm
• Comunicação entre os agentes do trabalho: a comunicação entre os
ho
@
profissionais é o denominador comum do trabalho em equipe e decorre da
m

relação recíproca entre trabalho e interação.


_i
or
m
la

A comunicação se manifesta de 3 formas diferentes:


au
-p

1) Comunicação externa ao trabalho. Há um padrão restrito de


4

comunicação entre os profissionais, e, por outro, a comunicação


-0
12

ocorre como recurso de otimização da técnica. Não há agir-


.0

comunicativo.
45
.6

2) Comunicação estritamente de caráter pessoal. Dimensão das


58

relações pessoais baseadas no sentimento de amizade e


-8

camaradagem. Não há agir-comunicativo, embora haja certa forma


IM
R

de comunicação.
O
AM

3) Comunicação como dimensão intrínseca ao trabalho em equipe. A


elaboração conjunta de linguagens comuns, objetivos comuns,
ES
R

propostas comuns ou, mesmo, cultura comum são destacados como


VA

característica do trabalho em equipe. “Trata-se da perspectiva do


TA

agir-comunicativo no interior da técnica, o que, dada a hegemonia


LA

instrumental do agir-técnico, também acaba por gerar tensões.”


U
PA

(Peduzzi, 2001)

Agir-instrumental = visa a um dado fim a priori; resultado é buscado,


independente das vicissitudes do percurso; Agir-comunicativo = busca o
entendimento e o reconhecimento mútuos.

Agir comunicativo e técnico = “o fim é definido e alcançado por um


processo participativo e de intervenção.” (Peduzzi, 2001)

| 114
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• Projeto assistencial comum: é o “eixo em torno do qual se dá a dinâmica


cotidiana de trabalho e de interação”; “trata-se de um plano de ação para
uma situação concreta de trabalho coletivo em equipe”. (Peduzzi, 2001)

• Trabalhos diferentes e trabalhos desiguais: Algumas profissões são


“superiores” a outras, havendo relações hierárquicas de subordinação entre
os profissionais. Os saberes e as ações de âmbitos como o educativo, o
preventivo e o psicossocial aparecem como periféricos ao trabalho nuclear

10
(a assistência médica individual).

2:
:4
Isso posto, destaca-se que quando há menor desigualdade entre os

11
diferentes trabalhos e seus agentes, ocorre maior integração na equipe.

1
02
(Peduzzi, 2001)

/2
12
7/
• Especificidade dos trabalhos especializados “versus”

-2
flexibilidade da divisão do trabalho: O trabalho em equipe NÃO prevê

om
abolir as especificidades dos trabalhos. É importante preservar as

l.c
ai
especificidades de cada trabalho especializado. No entanto, também é

tm
importante flexibilizar* a divisão do trabalho. ho
@
Flexibilidade* = Profissionais realizam intervenções próprias de suas
m

respectivas áreas, mas também executam ações comuns (em que estão
_i
or

integrados saberes provenientes de distintos campos), como: recepção,


m
la

acolhimento, entre outras ações. (Peduzzi, 2001)


au
-p
4

Quanto maior a ênfase na flexibilidade da divisão do trabalho -> mais


-0
12

próximo da equipe-integração;
.0
45

Quanto maior a ênfase na especificidade dos trabalhos -> mais


.6

próximo da equipe-agrupamento. (Peduzzi, 2001)


58
-8
IM

• Autonomia técnica: Como já exposto, a autonomia é necessária no


R

trabalho em saúde para o conjunto dos trabalhos especializados. No


O
AM

entanto, manifesta-se de maneira distinta nos dois tipos de equipe. “No


ES

trabalho em equipe do tipo integração, há complementaridade e


R

colaboração no exercício da autonomia técnica e não há independência dos


VA

projetos de ação de cada agente. No trabalho em equipe do tipo


TA

agrupamento, a complementaridade objetiva dos trabalhos especializados


LA
U

convive com a independência do projeto assistencial de cada área


PA

profissional ou mesmo de cada agente”. (Peduzzi, 2001)

| 115
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Lista de Questões
1. PMF - SMS - IMPARH Seleção de Profissionais da Área de Saúde - Edital
nº 33/2016) Pode-se estabelecer o objetivo principal da Psicologia
Hospitalar como sendo:

10
2:
(A)prestar psicoterapia com os pacientes em elevado estado de sofrimento.

:4
(B)auxiliar na diminuição do sofrimento de paciente crônicos, utilizando-se

11
1
ferramentas diversas para esse fim.

02
(C) auxiliar a equipe médica junto à família nos procedimentos que envolvem

/2
12
risco de morte.

7/
-2
(D) minimizar o sofrimento decorrente da situação de hospitalização,

om
independente da técnica utilizada.

l.c
ai
tm
2. ho
(PMF - SMS - IMPARH Seleção de Profissionais da Área de Saúde - Edital
@
nº 33/2016) Segundo Maria Lúcia Hares Fongaro e Ricardo Werner
m
_i

Sebastiani, as principais funções do roteiro de avaliação


or
m

psicológica aplicado no hospital são:


la
au
-p

(A)diagnóstico, avaliação continuada do processo evolutivo da relação do


4
-0

paciente com sua doença e tratamento, história do paciente, mecanismos de


12

troca de informações com a família e estabelecimento das


.0
45

condições de relação da pessoa com seu prognóstico.


.6
58

(B)diagnóstico, avaliação continuada do processo


-8

evolutivo da relação do paciente com sua doença e


IM

tratamento, história do paciente, evidências que subsidiam o trabalho


R
O

multidisciplinar, orientação à condução do tratamento médico e


AM

estabelecimento das condições de relação da pessoa com seu prognóstico.


ES

(C)diagnóstico, fornecimento de dados da estrutura


R
VA

psicodinâmica da pessoa, avaliação continuada do


TA

processo evolutivo da relação do paciente com sua


LA

doença e tratamento, história do paciente, evidência que subsidiam o trabalho


U

multidisciplinar e estabelecimento das condições de relação da pessoa com seu


PA

prognóstico.
(D)diagnóstico, orientação de foco, fornecimento de dados
da estrutura psicodinâmica da pessoa, avaliação
continuada do processo evolutivo da relação do paciente com sua doença e
tratamento, história do paciente, diagnóstico diferencial e estabelecimento das
condições de relação da pessoa com seu prognóstico

| 116
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Psicologia Saúde e Hospitalar

3. (PMF - SMS - IMPARH Seleção de Profissionais da Área de Saúde - Edital


nº 33/2016) Segundo Ricardo Werner Sebastiani, o trabalho do
psicólogo hospitalar baseia-se nos seguintes aspectos:

(A)atender integralmente o paciente e sua família, considerando-se os preceitos da


OMS, desenvolver as atividades dentro de uma visão interdisciplinar,
baseando-se na integração dos serviços, e possibilitar a compreensão e o
tratamento dos aspectos psicológicos nas diferentes situações.

10
(B)participar da equipe multidisciplinar, estando em consonância com a visão

2:
médica do paciente, possibilitando um esteio de apoio ao trabalho do

:4
11
médico e sua equipe, facilitar a integração paciente hospital, melhorando a

1
02
qualidade de sua estadia e recuperação, e desenvolver ações que facilitem as

/2
interconsultas e diminuam a despersonalização do paciente.

12
7/
(C)atender o paciente, promovendo a diminuição de sua

-2
despersonalização, auxiliar a família do paciente

om
hospitalizado e garantir o bom funcionamento do trabalho interdisciplinar.

l.c
ai
(D)participar da equipe multidisciplinar, estando em

tm
consonância com a visão médica ho do paciente,
@
possibilitando um esteio de apoio ao trabalho do
m

médico e sua equipe, atender o paciente, promovendo


_i
or

a diminuição de sua despersonalização, e facilitar a


m
la

integração paciente hospital melhorando a qualidade de sua estadia e recuperação


au
-p
4
-0
12

4. (PMF - SMS - IMPARH Seleção de Profissionais da Área de Saúde - Edital


.0

nº 33/2016) Quais desses pacientes precisa ter uma avaliação psicológica-


45
.6

psiquiátrica?
58
-8

(A)Hemodiálise e pacientes queimados.


IM
R

(B)Paciente de cirurgia bariátrica e de mudança de sexo.


O
AM

(C) Queimados e mudança de sexo.


ES

(D) Paciente de cirurgia bariátrica e hemodiálise


R
VA
TA

5. (PMF - SMS - IMPARH SELEÇÃO PÚBLICA PARA A CONTRATAÇÃO DE


LA

PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR - SMS - EDITAL Nº 26/2018)


U
PA

Diagnosticar é conhecer a doença por meio de seus sintomas, é conhecer a


situação existencial e subjetiva da pessoa que adoeceu na relação com sua
doença. Essa definição de diagnóstico se aplica num referencial de:

(A) análise experimental do comportamento.


(B) psicoterapia analítica junguiana.
(C) psicanálise.
(D) psicologia hospitalar

| 117
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6. (PMF - SMS - IMPARH SELEÇÃO PÚBLICA PARA A CONTRATAÇÃO DE


PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR - SMS - EDITAL Nº 26/2018) O
profissional que objetiva o tratamento dos aspectos psicológicos em torno
do adoecimento, cujo objetivo final é a subjetividade, ajudando o sujeito a
compreender as causas de seu adoecimento, tendo como filosofia curar
sempre que possível, aliviar quase sempre e escutar sempre, é um
profissional:

10
2:
(A) psicólogo cognitivo-comportamental.

:4
11
(B) psicólogo behaviorista.

1
02
(C) psicanalista.

/2
(D) psicólogo hospitalar

12
7/
-2
om
l.c
ai
7. (Prefeitura de Fortaleza – IMPARH – 2014) Uma das funções do psicólogo

tm
hospitalar é a condução de avaliações psicológicas direcionadas à
ho
@
realidade dessa área de atuação; sabendo que essa realidade tem
m

algumas particularidades, aquelas empregadas na avaliação


_i
or

psicológica em outros contextos, aponte quais as principais funções do


m
la

roteiro de avaliação psicológica aplicado à Psicologia Hospitalar.


au
-p

a) Diagnóstico, orientador de foco, doenças prévias, problemas de


4

comorbidade, histórico familiar, história da pessoa, diagnóstico diferencial


-0
12

referente a quadros psicológicos/psiquiátricos específicos, estabelecimento das


.0

condições de relação da pessoa com seu prognóstico.


45
.6

b) Orientador de foco, doenças prévias, história da pessoa, diagnóstico


58

diferencial referente a quadros psicológicos/psiquiátricos específicos,


-8

estabelecimento das condições de relação da pessoa com seu prognóstico.


IM
R

c) Diagnóstico, doenças prévias, histórico familiar, história da pessoa,


O
AM

problemas de comorbidade, diagnóstico diferencial referente a quadros


ES

psicológicos/psiquiátricos específicos, estabelecimento das condições de


R

relação da pessoa com seu prognóstico.


VA

d) Diagnóstico, orientador de foco, fornecimento de dados sobre a estrutura


TA

psicodinâmica da personalidade, instrumento de avaliação continuada do


LA

processo evolutivo da relação do paciente com sua doença e tratamento,


U
PA

história da pessoa, diagnóstico diferencial referente a quadros


psicológicos/psiquiátricos específicos, estabelecimento das condições de
relação da pessoa com seu prognóstico.

8. (Prefeitura de Fortaleza – IMPARH – 2014) Segundo Maria Lúcia Hares


Fongaro e Ricardo Werner Sebastiani, esse roteiro (roteiro de avaliação
psicológica), além dos dados de identificação, deve conter 13 itens, são
eles:

| 118
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Psicologia Saúde e Hospitalar

a) estado emocional geral; sequelas emocionais do paciente; temperamento


emocional observado; postura frente à doença e à vida; estado atual frente à
doença/hospitalização e à vida; questionário específico; avaliação psicossocial;
exame psíquico; manifestações psíquicas e comportamentais; diagnóstico
psicológico; focos principais; conduta; síntese.
b) anamnese; estado emocional geral; relações familiares; temperamento
emocional observado; postura frente à doença e à vida; doenças prévias;
avaliação psicossocial; exame psíquico; manifestações psíquicas e

10
comportamentais; diagnóstico psicológico; focos principais; conduta; síntese.

2:
c) anamnese; estado emocional geral; relações familiares; temperamento

:4
11
emocional observado; postura frente à doença e à vida; doenças prévias;

1
02
avaliação psicossocial; exame psíquico; diagnóstico psicológico; focos

/2
principais; conduta; síntese.

12
7/
d) estado emocional geral; relações familiares; temperamento emocional

-2
observado; postura frente à doença e à vida; doenças prévias; questionário

om
específico; avaliação psicossocial; exame psíquico; manifestações psíquicas e

l.c
ai
comportamentais; diagnóstico psicológico; focos principais; conduta; síntese

tm
ho
@
9. (Prefeitura de Fortaleza – IMPARH – 2014) De forma geral, podemos
m

dizer que o objetivo principal da psicologia hospitalar é:


_i
or

a) minimizar o sofrimento provocado pela hospitalização.


m
la

b) intervir no processo de hospitalização do paciente, criando vínculos positivos


au
-p

entre ele e a equipe de saúde.


4

c) dar suporte aos familiares do paciente hospitalizado.


-0
12

d) dar suporte, por meio do conhecimento psicológico, à equipe de saúde.


.0
45
.6
58

10. (IBFC - 2019 – MGS-Psicólogo) Sabe-se que o psicólogo no contexto


-8

hospitalar atua na intenção de cuidar dos variados aspectos


IM
R

psicológicos que se manifestam frente ao adoecimento. Estes que,


O
AM

invariavelmente, surgem bastante evidentes na família dos pacientes,


ES

no médico e por toda a equipe de saúde, não envolvendo diretamente


R

os pacientes. Compreende-se que ao psicólogo, estas relações também


VA

devem ser alvo de sua atenção e não apenas sua relação com os
TA

pacientes. Teoricamente, estes dois tipos de relações estabelecidas


LA

pelo psicólogo neste contexto, são chamados de:


U
PA

A Relações Fundamentais e Relações Complementares

B Relações Basilares e Relações Paralelas

C Relações Fundamentais e Relações Paralelas

D Relações Basilares e Relações Complementares

| 119
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Psicologia Saúde e Hospitalar

11. (COVEST-COPSET - 2019 - UFPE - Psicólogo) Considerando algumas das


funções do psicólogo que atua em UTI de hospitais, assinale a
alternativa que não constitui uma função do psicólogo nesse contexto.

A Avaliação da adaptação do paciente à hospitalização, considerando seu estado


psíquico e sua compreensão do diagnóstico.

10
B Atuação junto à família acolhendo, orientando e informando as rotinas da UTI, e

2:
oferecendo-lhes espaço para expressão dos seus sentimentos e questionamentos

:4
11
quanto ao processo de internação do paciente.

1
02
/2
C Evolução clínica do paciente, considerando os últimos exames laboratoriais,

12
assim como o seu humor.

7/
-2
om
D Atenção a solicitações dos profissionais da equipe, em relação a aspectos

l.c
psicológicos envolvidos na internação do paciente, além de incentivar o contato

ai
tm
entre o paciente e a equipe, e entre os familiares e a equipe.
ho
@
m

E As intervenções psicológicas podem ser realizadas com o paciente, a família e a


_i
or

equipe de saúde
m
la
au
-p

12. (COVEST-COPSET - 2019 - UFPE - Psicólogo) No que diz respeito à


4
-0

Psicologia Hospitalar, é correto afirmar que:


12
.0
45

A por ser uma prática que acontece dentro do hospital, a psicologia hospitalar é o
.6
58

campo de entendimento e tratamento das doenças.


-8
IM

B é possível definir a filosofia da psicologia hospitalar como psicologia da escuta;


R
O

contudo, essa escuta se torna inviável quando o paciente se encontra


AM

impossibilitado, organicamente, de falar.


ES
R
VA

C o objeto de estudo da psicologia hospitalar diz respeito, prioritariamente, às


TA

doenças com causas psíquicas.


LA
U

D a Psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos


PA

psicológicos em torno do adoecimento.

E a psicologia hospitalar vem-se desenvolvendo, ancorada num paradigma


epistemológico que valoriza o conhecimento interdisciplinar e, como
consequência, privilegia a existência de doenças e não de doentes.

13. (NUCEPE - 2019 - FMS - Psicólogo) A respeito do atendimento psicólogo


ao paciente internado, analise as proposições a seguir:
I. O atendimento psicológico ao paciente comatoso deverá ser

| 120
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Psicologia Saúde e Hospitalar

interrompido, em razão de sua impossibilidade de comunicação, sendo


retomado imediatamente após este recobrar sua consciência.
II. Do ponto de vista psicológico, durante o pós-operatório imediato podem
surgir quadros psico-reativos altamente comprometedores ao
reestabelecimento do paciente, a exemplo de depressão, anorexia, astenia
e apatia.
III. O setting terapêutico na realidade hospitalar é essencialmente um
conceito virtual, demandando do psicólogo uma postura flexível e criativa

10
no contorno das dificuldades apresentadas.

2:
IV. O atendimento psicológico na UTI deve fornecer estimulação psíquica e

:4
11
visual ao paciente, oferecendo orientação temporal, orientando visitas de

1
02
familiares e trazendo informações sobre o mundo externo, prevenindo

/2
dessa maneira a ocorrência da Síndrome da UTI.

12
7/
A partir dessa análise, pode-se concluir que estão INCORRETOS.

-2
om
A Apenas o item I.

l.c
ai
tm
B Apenas os itens I e III.
ho
@
m

C Apenas os itens II e III.


_i
or
m

D Apenas os itens II, III e IV.


la
au
-p

E Todos os itens.
4
-0
12

14. (VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP - Psicólogo – GP) No que diz


.0
45

respeito à inserção da Psicologia no contexto hospitalar, sua atuação


.6
58
-8

A abrange todos os níveis de atenção à saúde da população, desde a atenção


IM

primária até a atenção de caráter curativo.


R
O
AM

B limita-se à instituição hospitalar e, portanto, ao trabalho em prevenção


ES

secundária e terciária em saúde.


R
VA
TA

C confunde-se com a atuação em psicologia clínica, uma vez que contempla ações
LA

coletivas de prevenção e intervenção.


U
PA

D deve limitar-se aos aspectos relacionados a gestão e aprimoramento dos recursos


humanos do hospital.

E inclui o planejamento de programas sobre hábitos saudáveis para melhorar a


qualidade de vida da população.

15. (COSEAC - 2019 - UFF - Psicólogo - Clínica) A Psicologia Hospitalar é o


campo de tratamento dos aspectos psicológicos em torno do

| 121
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Psicologia Saúde e Hospitalar

adoecimento, visando à minimização do sofrimento provocado pela


hospitalização. De acordo com Cantarelli, é importante evidenciar que
esta especialidade da psicologia visa a ter um olhar como um todo para
o paciente, ou seja, não faz dicotomia entre:

A classes sociais.

B faixa etária.

10
2:
C causas psicogênicas versus causas orgânicas.

:4
11
1
D saúde pública versus saúde privada.

02
/2
12
E psiquiatria versus psicologia.

7/
-2
om
l.c
16. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL

ai
tm
EM SAÚDE – 2019) Sobre os primórdios da Psicologia Hospitalar no
ho
Brasil, preencha as lacunas e assinale a alternativa correta. A Psicologia
@
m

Hospitalar no Brasil tem origem com o trabalho desenvolvido


_i

por_________________ no Hospital das Clínicas da Universidade de São


or
m

Paulo (USP), mais especificamente na Clínica de _________________.


la
au
-p

(A) Silvia Lane / Pediatria


4
-0

(B) Rosimeire Silva / Psiquiatria


12

(C) Mathilde Neder / Ortopedia e Traumatologia


.0
45

(D) Cristina Rauter / Geriatria


.6
58

(E) Marisa Decat de Moura / Ginecologia


-8
IM

17. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


R
O

EM SAÚDE – 2019) Em 2001, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)


AM

instituiu a Psicologia Hospitalar como uma das especialidades na área


ES

da Psicologia. Sobre a prática do psicólogo especialista em Psicologia


R
VA

Hospitalar, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as


TA

corretas.
LA

I. Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços


U
PA

exclusivamente de atenção terciária.


II. Atua em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa,
visando ao aperfeiçoamento ou especialização de profissionais em sua área de
competência, ou à complementação da formação de outros profissionais de
saúde.
III. Atende pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da
comunidade dentro de sua área de atuação; e membros da equipe
multiprofissional, mas nunca membros da equipe administrativa do hospital.

| 122
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

IV. Promove intervenções direcionadas à relação médico/paciente,


paciente/família
e paciente/paciente, tendo como principal objetivo a cura física do paciente.
V. Desenvolve diferentes modalidades de intervenção, a depender da demanda
e de sua formação, como: atendimento psicoterapêutico; grupos
psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e
Unidade de Terapia Intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral;
psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica;

10
psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria.

2:
:4
11
(A) Apenas I, II e V.

1
02
(B) Apenas I, III e IV.

/2
(C) Apenas I e III.

12
7/
(D) Apenas II e V.

-2
(E) I, II, III, IV e V.

om
l.c
ai
tm
ho
@
18. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL
m

EM SAÚDE – 2019) Enquanto na medicina o diagnóstico diz respeito ao


_i
or

conhecimento da doença por meio de sua sintomatologia, na psicologia


m
la

hospitalar o diagnóstico é o conhecimento da situação existencial e


au
-p

subjetiva da pessoa adoentada em relação à doença. Nessa perspectiva,


4

o diagnóstico constitui-se a partir dos seguintes eixos, EXCETO


-0
12
.0

(A) transferencial.
45
.6

(B) reacional.
58

(C) situacional.
-8

(D) médico.
IM
R

(E) relacional.
O
AM
ES
R

19. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


VA

EM SAÚDE – 2019) Referente ao conceito de Psicologia Hospitalar,


TA

preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.


LA

A Psicologia Hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos


U
PA

psicológicos em torno do(a) ____________________ e visa à minimização do


sofrimento provocado pelo(a) ______________________.

(A) cuidado / crise


(B) adoecimento / hospitalização
(C) diagnóstico / dor
(D) hospitalização / isolamento social
(E) saúde / doença

| 123
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Psicologia Saúde e Hospitalar

20. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


EM SAÚDE – 2019) Sabe-se que a realidade vivenciada pelo psicólogo
hospitalar é bastante diferente da realidade vivenciada no consultório,
o que exige do profissional uma atuação diferenciada. Em relação às
especificidades do trabalho do psicólogo hospitalar, assinale a
alternativa INCORRETA.
(A) O contexto com o qual o psicólogo se depara é bastante diversificado

10
(ambulatório, clínicas de internação, pronto-atendimento, UTI), o que exige do

2:
profissional disposição para se debruçar sobre aquele contexto específico da

:4
11
vivência humana, em suas diferentes formas de apresentação: a criança, o

1
02
adolescente, o adulto, o idoso, o paciente crônico, o psiquiátrico, o que foi vítima de

/2
violência, o cirúrgico, o oncológico, entre outros.

12
7/
(B) A atuação do psicólogo é permeada pela instituição, de modo que o trabalho

-2
constantemente está exposto a um conjunto de regras, valores, rotinas, enfim, à

om
dinâmica própria da instituição.

l.c
ai
(C) A intervenção psicológica a um paciente poderá ser breve, por vezes única, pois

tm
dependerá do tempo de internação de cada paciente. ho
@
(D) Em relação à organização do trabalho, os atendimentos são realizados a partir
m

de solicitação de consulta ou busca ativa, de maneira que o paciente se desloca até


_i
or

a sala de psicologia e, nesta, estabelece-se o setting terapêutico.


m
la

(E) O psicólogo lida não apenas com o sofrimento do paciente, mas trabalha com a
au
-p

família e os profissionais envolvidos. Além disso, as condutas são compartilhadas


4

por um grupo de profissionais de diferentes áreas.


-0
12
.0
45
.6

21. (EAOAP AERONÁUTICA 2019 - Psicologia (PSC)) Em 2011, o Conselho


58

Federal de Psicologia (CFP) lançou uma publicação com informações


-8

sobre os psicólogos nas políticas públicas de saúde. Os campos de


IM
R

atuação da Psicologia em Saúde Pública são:


O
AM
ES

I. Atenção básica.
R

II. Média complexidade.


VA

III. Alta complexidade.


TA

IV. Vigilância em Saúde.


LA
U
PA

Está correto o que se afirma em


a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.

22. EAOAP AERONÁUTICA 2019 - Psicologia (PSC) - A Psicossomática evoluiu


nas seguintes fases.

| 124
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Psicologia Saúde e Hospitalar

I. Humanista, com o foco nos profissionais que atendem o paciente,


independentemente se atuam de maneira integrada ou não.
II. Psicanalítica, com predomínio dos estudos sobre a gênese inconsciente das
enfermidades, sobre as teorias da regressão e sobre os benefícios secundários
do adoecer, entre outras.
III. Behaviorista, caracterizada pelo estímulo à pesquisa em homens e animais,
tentando enquadrar os achados à luz das ciências exatas e dando um grande

10
estímulo aos estudos sobre estresse.

2:
IV. Multidisciplinar, em que vem emergindo a importância do social e da visão

:4
11
da psicossomática como uma atividade essencialmente de interação, de

1
02
interconexão entre vários profissionais de saúde.

/2
12
7/
Estão corretas as afirmativas

-2
a) I e IV, apenas.

om
b) I, II e III, apenas.

l.c
ai
c) II, III e IV, apenas.

tm
d) I, II, III e IV. ho
@
m
_i
or

23. EAOAP Aeronáutica 2018 - Psicologia (PSC) - Avalie as afirmações sobre


m
la

algumas competências necessárias para os psicólogos atuarem na saúde.


au
-p

I. Intervenção psicológica: basear-se em uma perspectiva psicológica, sem


4

considerar a interação do sujeito com a doença, uma vez que seria adentrar no
-0
12

saber médico.
.0

II. Interconsulta: pois atende à necessidade da realização do trabalho


45
.6

multidisciplinar.
58

III. Pesquisa: pois, por meio de coleta e de análise de dados, há a possibilidade


-8

da atualização do conhecimento.
IM
R

IV. Supervisão: pois possibilita a formação de futuros profissionais.


O
AM
ES

É correto apenas o que se afirma em


R

a) I.
VA

b) I e II.
TA

c) II e III.
LA

d) II, III e IV.


U
PA

24. EAOAP Aeronáutica 2018 - Psicologia (PSC)- De acordo com Mello Filho
(2002) é correto afirmar sobre a psicossomática que

a) toda doença que acomete os humanos é psicossomática.


b) a expressão “medicina psicossomática” já era utilizada por Platão.
c) essa prática é exclusividade dos profissionais da medicina e da psicologia.

| 125
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d) por enfatizar os aspectos biológicos em detrimento dos psicológicos, Freud a


negava.

25. EAOAP Aeronáutica 2018 - Psicologia (PSC) - Avalie as descrições sobre os


principais sinais e sintomas do luto.

I. Sentimentos: emancipação, alívio, desamparo, tristeza.

10
II. Cognições: descrença, confusão, preocupação, alucinações.

2:
III. Comportamentos: transtornos do sono, isolamento social, choro.

:4
11
IV. Queixas somáticas: raiva, sensação de presença da pessoa falecida,

1
02
hiperatividade.

/2
12
7/
Está correto apenas o que se afirma em

-2
a) II e III.

om
b) III e IV.

l.c
ai
c) I, II e III.

tm
d) I, III e IV. ho
@
m
_i
or

26. EAOAP AERONÁUTICA 2016 – Psicologia - O tema oncologia é um dos mais


m
la

estudados e passíveis de intervenção por parte do profissional da


au
-p

psicologia hospitalar e da saúde mediante doenças crônicas e fatais.


4

Nesse sentido, é possível dizer que essa especialidade tem por


-0
12

compromisso assumir um fazer em psicologia incorporando uma


.0

dimensão social, de investigação contínua e de atuação multiprofissional.


45
.6

São, portanto, objetivos da psicologia junto à oncologia:


58
-8

I. Prover ao paciente oncológico e aos seus familiares todo suporte emocional


IM
R

que lhes são necessários.


O
AM

II. Evitar orientações e informações aos pacientes e seus familiares,


ES

fornecendo-as somente à equipe de saúde, impedindo o desenvolvimento de


R

crises decorrentes da experiência de interrupção da continuidade da vida.


VA

III. Desenvolver projetos científicos na área de psicologia voltados para a


TA

oncologia.
LA

IV. Contribuir para a formação de profissionais da área de psicologia


U
PA

especialistas em oncologia, que se orientem pelo modelo de compreensão


biopsicossocial dos processos de saúde e doenças.

Estão corretas apenas as afirmativas


a) I e II.
b) I e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.

| 126
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Psicologia Saúde e Hospitalar

27. (EAOAP AERONÁUTICA 2016 – Psicologia) A Psicossomática pode ser


definida como a ciência cujo objeto de investigação são os mecanismos de
interação entre as dimensões corporais e mentais de um indivíduo. De modo
contextualizado e contemporâneo traduz-se no estudo de como o fato corporal
está integrado ao fator psíquico que, por sua vez, integra-se aos fatores
relacionais e ambientais. Uma doença consistirá, pois, na expressão
desarmônica de diversos fatores que ameaçam o equilíbrio biopsicossocial de

10
um indivíduo. Tendo isso em vista, o estresse consiste em um fator que

2:
contribui para a referida expressão de desequilíbrio e, inclusive, para o

:4
11
aparecimento de diversas doenças. A respeito do estresse assinale a opção

1
02
correta.

/2
a) O estresse objetivo relaciona-se à avaliação feita pelos indivíduos, como ameaça

12
7/
para si próprios.

-2
b) O estresse pressentido é considerado a partir de causas externas, definidas como

om
fatores provocadores.

l.c
ai
c) A resposta de estresse envolve modificações orgânicas provocadas por agentes

tm
causadores através do sistema nervoso autônomo e do sistema neuroendócrino,
ho
@
desequilibrando o organismo e ameaçando a homeostasia.
m

d) A reação de estresse não é diretamente determinada pela gravidade objetiva ao


_i
or

agente causador do estresse, mas pela relação indivíduo/ambiente, na qual fatores


m
la

emocionais, cognitivos e sociais desempenham papel fundamental.


au
-p
4
-0
12
.0

28. Ano: 2019 Banca: COVEST-COPSET Órgão: UFPE Prova: COVEST-COPSET -


45
.6

2019 - UFPE - Psicólogo


58

Considere o seguinte quadro: “O enlutado nega a morte, continua a sua vida


-8

normalmente e apresenta gestos e comportamentos automatizados. Por vezes,


IM
R

essa reação é interrompida por momentos de raiva e desespero.” Essa fase do


O
AM

luto pode durar horas ou algumas semanas e é denominada de


ES
R

A anseio e busca.
VA
TA

B desorganização
LA
U
PA

C entorpecimento

D angústia e organização.

E desespero e reorganização.

29. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: FCC - 2019 - Analista Judiciário -
Psicólogo

| 127
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Psicologia Saúde e Hospitalar

A morte e o luto fazem parte de diversas temáticas no tocante à abordagem


psicológica no cotidiano hospitalar, junto à pessoa doente, à sua família e à
equipe multidisciplinar. Nesse contexto, as intervenções

A devem visar a criação de estratégias de intercessões em relação ao cuidador e às


equipes de saúde, com a finalidade de obter um padrão de resposta e de atuação
por parte desses profissionais, para todas as situações de luto que venham a
enfrentar.

10
B devem considerar a comunicação sobre o adoecimento e perspectiva de morte

2:
tanto para a criança como para a família, rompendo com possíveis pactos de

:4
11
silêncio.

1
02
C focam exclusivamente no treinamento e preparação psicológica da equipe,

/2
família e doente para lidar com a morte.

12
7/
D não devem abordar o luto antecipatório com as famílias de crianças pequenas,

-2
pois esse trabalho deverá ser feito no contexto clínico de consultório, de forma a

om
ocorrer em ambiente apropriado para esse fim.

l.c
ai
E devem ter o foco na família, de modo a deixar a equipe médica e de auxiliares

tm
técnicos livres para o cuidado da saúde física do paciente.
ho
@
m
_i
or

30. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: IPREMM - SP Prova: VUNESP - 2019 -
m
la

IPREMM - SP - Psicólogo Clínico e Organizacional


au
-p

Uma família procura um terapeuta familiar, em caráter emergencial, para


4

receber orientações sobre como informar aos dois filhos, de oito e seis anos,
-0
12

sobre a morte de sua avó, com quem as crianças tinham um vínculo muito forte.
.0

Nesse caso, é importante o terapeuta orientar a família em relação ao fato de


45
.6

que a situação de luto deve ser


58
-8

A esclarecida às crianças, mas elas não devem participar dos rituais funerais, mesmo
IM
R

que este seja o desejo manifestado por elas.


O
AM

B comunicada às crianças da mesma forma que foi comunicada às outras pessoas


ES
R

da família, para que não se sintam excluídas ou subestimadas no grupo.


VA
TA

C informada às crianças, em linguagem apropriada à sua idade, respeitando os


LA

limites dos questionamentos sobre o assunto feitos pelas próprias crianças.


U
PA

D explicada às crianças, que devem ser estimuladas sistematicamente, pela família,


a comentarem sobre a situação de luto e sobre seus sentimentos de perda.

E notificada às crianças em todos os seus detalhes, especialmente no que se refere


à irreversibilidade da situação, pois a avó não retornará ao convívio familiar.

| 128
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Psicologia Saúde e Hospitalar

31. Ano: 2019 Banca: COMPERVE Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2019 - UFRN
- Psicólogo Clínico
Uma das atividades do psicólogo clínico refere-se ao atendimento às pessoas e
aos seus familiares em casos de terminalidade e morte. Nesse contexto, o
processo psicoterápico deve enfatizar

A a expressão dos sentimentos, a melhora da qualidade de vida e a facilitação da


comunicação.

10
2:
B o relacionamento da pessoa doente com a equipe de saúde, priorizando a

:4
11
compreensão da decisão tomada pela equipe.

1
02
/2
C o reconhecimento da unidade família-paciente a fim de solucionar problemas que

12
não foram resolvidos em outros momentos da vida.

7/
-2
om
D a temática da terminalidade e da morte, independente da vontade do paciente.

l.c
ai
tm
32. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Ji-Paraná - RO Prova: IBADE -
ho
2018 - Prefeitura de Ji-Paraná - RO - Psicólogo Clínico
@
m

Entre as modalidades de assistência no fim da vida destacam-se, atualmente,


_i
or

os cuidados paliativos construídos dentro de um modelo de cuidados:


m
la
au

A preventivos, curativos e de reabilitação unificados em vistas a proporcionar o


-p

acesso a todos os recursos tecnológicos que o usuário necessita para prolongar sua
4
-0

vida.
12
.0
45

B que incluem o uso continuado e persistente de medidas que alimentam a vida de


.6
58

pacientes com doenças avançadas, com prolongada manutenção dos sistemas


-8

vitais biológicos e consequente retardo da morte.


IM
R
O

C totais, ativos e integrais oferecidos ao paciente com doença avançada e terminal,


AM

e à sua família, legitimados pelo direito do paciente de morrer com dignidade.


ES
R
VA

D que se inscrevem no cenário nacional e na política nacional de saúde como


TA

política pública de Estado voltada para a qualidade de vida tanto dos pacientes
LA

quanto de seus familiares frente a problemas que põem em risco a vida.


U
PA

E que visam à prevenção de internações inadequadas em instituições hospitalares,


viabilizando o retorno para a comunidade dos pacientes fora de possibilidades
terapêuticas que possuam familiares responsáveis.

33. Ano: 2019 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2019 - UFF -
Psicólogo - Clínica

| 129
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Psicologia Saúde e Hospitalar

Pinheiro, Quintella e Verztman ratificam Freud de que o trabalho do luto tem a


função de elaboração e assimilação psíquica da perda, bem como de possibilitar
a separação com relação ao objeto perdido e:

A a reinvenção do self em mim.

B a moderação do espírito.

10
C a resiliência primeva.

2:
:4
11
D o reinvestimento num substituto.

1
02
/2
E a reelaboração do acaso.

12
7/
-2
34. Ano: 2018 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de

om
Santa Bárbara - MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018 - Prefeitura de

l.c
Santa Bárbara - MG - Psicólogo

ai
tm
Fazem parte da atuação do psicólogo em situações hospitalares de luto
iminente, exceto: ho
@
m
_i

A A busca pela cura do paciente.


or
m
la
au

B A decifração de respostas que o paciente queira transmitir aos familiares.


-p
4
-0

C A escuta psicológica do paciente terminal e de seus familiares.


12
.0
45

D A educação das possibilidades.


.6
58
-8

35. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: HUB Prova: CESPE - 2018 - HUB - Psicologia
IM

Ainda com relação às abordagens psicoterápicas e intervenções necessárias


R

para o tratamento de pacientes com diagnóstico de luto, julgue o próximo item.


O
AM
ES

De acordo com abordagens freudianas, o luto envolve o processo de retirada da


R

libido do paciente de determinado objeto para que, ao fim desse trabalho de


VA
TA

elaboração, a libido seja reinvestida em um novo objeto.


LA
U

Certo
PA

Errado

36. Ano: 2016 Banca: INSTITUTOAOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP
- 2016 - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (CH-UFPA)
A perda da saúde é vivenciada como uma experiência dolorosa e
amedrontadora e que passa por fases de elaboração. De acordo com o breve
relato a seguir, qual é a fase que melhor se adequa à situação?

| 130
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Psicologia Saúde e Hospitalar

Um senhor de 67 anos possui maus hábitos alimentares, é sedentário, tabagista e


encontra-se internado por sofrer o segundo infarto. Apesar do conhecimento e
entendimento de seu diagnóstico e tratamento, resiste a mudar seus hábitos.
Porém diante da morte iminente, apresenta discurso de mudança e recorre a Deus
para que possa viver bem, pois quer participar do casamento da filha que está
próximo e ver seus netos crescerem.

A Revolta.

10
2:
B Negação.

:4
11
1
02
C Barganha.

/2
12
D Aceitação.

7/
-2
om
E Depressão.

l.c
ai
tm
37. Banca: FCC Órgão: MPU Prova: FCC - MPU - Analista de Saúde - Enfermagem
ho
Na atualidade discutem-se os diferentes procedimentos que poderiam ser
@
m

prestados ao paciente terminal. É necessário que o enfermeiro tenha


_i
or

conhecimento sobre o significado


m
la
au

A da eutanásia: provoca, através de medicamentos ou do desligamento de


-p

aparelhos que sustentam a vida, a morte precoce de doentes para os quais não
4
-0

existem possibilidades de cura.


12
.0
45

B da distanásia: reconhece o momento natural da morte de um indivíduo, não se


.6
58

procedendo a qualquer tipo de meio para manter ou prolongar a sua vida.


-8
IM

C da ortotanásia: utiliza todas as possibilidades para prolongar a vida de um ser


R
O

humano, ainda que a cura não seja uma possibilidade e o sofrimento se torne
AM

demasiadamente penoso.
ES
R
VA

D da distortonásia: desencadeia a morte assistida, sendo executado pelo próprio


TA

doente, de forma espontânea e sob orientação/ajuda de terceiros.


LA
U

E do suicídio assistido: é o sinônimo de distanásia, com o paciente terminal


PA

decidindo quando e onde morrer.

38. Ano: 2014 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: SESPE Prova: UPENET/IAUPE -


2014 - SES-PE - Analista em Saúde - Psicólogo
Considere as seguintes definições:
I. Morte dolorosa e miserável de enfermos por causas sociais e políticas, ou seja,
dos excluídos que não têm acesso aos sistemas públicos ou privados de saúde,

| 131
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Psicologia Saúde e Hospitalar

ou que, mesmo conseguindo ingressar no sistema, não têm um tratamento


adequado e qualificado.
II. Prática pela qual se busca abreviar, sem dor e sofrimento, a vida de um
doente reconhecidamente incurável.
III. Manutenção da vida por meio de procedimentos desproporcionais -
obstinação terapêutica - que conduzem a um processo de morte prolongado e
repleto de sofrimento.
IV. Ocorrência da morte natural, sem interferência da tecnologia ou da

10
Medicina, possibilitando a morte digna, de acordo com a evolução da doença.

2:
Assinale a alternativa que relaciona, CORRETAMENTE, as definições com sua

:4
11
designação conceitual.

1
02
/2
A I – Distanásia II – Eutanásia III – Ortotanásia e IV – Mistanásia

12
7/
-2
B I – Mistanásia II – Eutanásia III – Distanásia e IV– Ortotanásia

om
l.c
C I – Ortotanásia II – Distanásia III – Eutanásia e IV – Mistanásia

ai
tm
ho
D I – Mistanásia II – Eutanásia III – Ortotanásia e IV – Distanásia
@
m
_i
or

E I – Distanásia II – Mistanásia III – Eutanásia e IV– Ortotanásia


m
la
au

39. Ano: 2018 Banca: Marinha Órgão: Quadro Técnico Prova: Marinha - 2018 -
-p

Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia


4
-0

De acordo com Casellato (2015), destacam-se dois tipos de riscos para


12

comprometimento do luto: riscos preditores e riscos correlatos. Os riscos


.0
45

preditores estão relacionados às condições prévias que colocam o indivíduo


.6
58

numa condição desfavorável para o enfrentamento do luto. Dentre essas


-8

condições, assinale a alternativa correta.


IM
R
O

A Aspectos culturais.
AM
ES

B Condições em que a perda ocorreu (súbitas, violentas, ambíguas ou múltiplas).


R
VA
TA

C Ser o primeiro luto, pelo qual o indivíduo está passando.


LA
U

D Relação com o morto ou com o que foi perdido (perdas simbólicas).


PA

E Inexistência de assistência funerária.

40. Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 Analista
Judiciário - Psicologia
Determinado órgão público disponibiliza um serviço de saúde aos seus
servidores e respectivos dependentes. A equipe local conta com médicos,
enfermeiros, psicólogos e assistente social. Quando um servidor busca o

| 132
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Psicologia Saúde e Hospitalar

serviço, ele é atendido pelo profissional que ele solicita e, conforme a demanda,
pode ser encaminhado a outro profissional da equipe ou a um serviço externo.
Cada profissional que atende os servidores anota em prontuário sua avaliação
e a conduta adotada.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.

A A equipe descrita na situação é multidisciplinar, mas atuará de modo

10
interdisciplinar se os profissionais adotarem a discussão conjunta, além da troca e

2:
da interação entre os saberes do grupo.

:4
11
1
02
B Se um psicólogo atender um servidor com alto nível de estresse, possivelmente

/2
comprometedor da saúde física, e encaminhar esse paciente ao médico do mesmo

12
7/
serviço, ficará caracterizada a interdisciplinaridade.

-2
om
C Ao atender um servidor que tenha buscado o serviço com queixas de dificuldades

l.c
no relacionamento com seus colegas ou seu chefe, o psicólogo, para preservar a

ai
tm
privacidade do servidor, não deve levar o caso à equipe.
ho
@
m

D O psicólogo que atender um servidor e encaminhá-lo a outro profissional, fora do


_i
or

seu serviço, para dar continuidade ao tratamento não deverá mais manter contato
m
la

com esse profissional ou oferecer informação adicional sobre esse paciente, porque
au

não será mais responsável pelo caso.


-p
4
-0

E A discussão de casos clínicos em equipes únicas no local de trabalho, como na


12
.0

situação em apreço, é inadequada porque expõe os limites de conhecimento de


45

cada profissional e pode causar constrangimento entre essas pessoas no cotidiano.


.6
58
-8

41. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Ji-Paraná RO Prova: IBADE -
IM

2018 - Prefeitura de Ji-Paraná - RO - Psicólogo Clínico


R
O

Cada vez mais se discute a relevância de ação de profissionais de várias


AM

formações no campo da saúde. Para que haja uma efetiva ação das equipes
ES

multidisciplinares é preciso que:


R
VA
TA

A seja ultrapassada a barreira das especialidades, pautando-o na ação recíproca,


LA

com tendência à horizontalização das relações de poder entre os campos


U
PA

implicados.

B seja respeitado o conjunto de disciplinas isoladas que tratam do mesmo assunto.

C haja a identificação de um problema, com o esforço de se estabelecer uma


linguagem compartilhada separando, contudo, as problemáticas relativas a cada
disciplina.

| 133
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

D haja a identificação de uma problemática comum, respeitando a hegemonia do


saber biomédico.

E no conjunto de ações e saberes isolados haja a justaposição ou a nomeação de


uma profissão ou campo de atuação como a detentora das rédeas do trabalho
generalista.

42. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Serrana - SP Prova: VUNESP -

10
2018 - Prefeitura de Serrana - SP - Psicólogo

2:
As novas formas de atuação em saúde mental solicitam uma intervenção em

:4
11
equipes multiprofissionais. A multiprofissionalidade pressupõe

1
02
/2
A a extinção da perspectiva subjetiva para compreensão dos diversos aspectos de

12
um fenômeno (caso).

7/
-2
om
B a anulação dos conhecimentos específicos e a sua substituição por uma prática

l.c
cuidadora comum a todos.

ai
tm
ho
C a inclusão do saber especializado em um saber amplo de cuidado à saúde a partir
@
m

de uma atitude acolhedora.


_i
or
m

D a adoção de estratégias para o cuidado que inclua a intervenção de todos os


la
au

profissionais da equipe.
-p
4
-0

E a centralização do processo de trabalho na perspectiva psicológica, principal foco


12

de atenção em saúde mental.


.0
45
.6
58

43. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 - EBSERH -
-8

Psicólogo - Área: Hospitalar


IM

Julgue o item seguinte, acerca das relações humanas e do trabalho do psicólogo


R
O

no âmbito interdisciplinar.
AM
ES

Para alcançar um desempenho eficaz em equipe interdisciplinar, além do


R
VA

talento individual, o psicólogo deve ter aptidão para a troca de experiências,


TA

para o diálogo e para o emprego dessas habilidades na prática profissional.


LA
U

Certo
PA

Errado

44. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA Prova: CESPE - 2017 - TRE-BA -
Analista Judiciário – Psicologia
Um serviço de saúde oferece assistência prestada por uma equipe de médicos,
psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. Os pacientes são atendidos
conforme a demanda de seus quadros clínicos, e os profissionais envolvidos

| 134
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

trabalham utilizando as informações colhidas por todos eles durante as


consultas, discutem, regularmente e sempre que necessário, os casos
atendidos e tomam decisões de modo consensual. A hierarquia na equipe é
reduzida e predomina o modelo biopsicossocial de saúde. Essa equipe
caracteriza-se como interdisciplinar porque

I adota o modelo biopsicossocial de saúde e seus membros compartilham as


mesmas informações.

10
2:
II inclui profissionais não médicos entre seus membros e o nível de hierarquia é

:4
11
reduzido.

1
02
/2
III as decisões são tomadas de modo consensual entre todos os membros da

12
7/
equipe.

-2
om
Assinale a opção correta

l.c
ai
tm
A Apenas o item I está certo. @
ho
m

B Apenas o item II está certo.


_i
or
m
la

C Apenas os itens I e II estão certos.


au
-p

D Apenas os itens II e III estão certos.


4
-0
12
.0

E Todos os itens estão certos.


45
.6
58

45. Ano: 2017 Banca: INSTITUTOAOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO


-8

AOCP - 2017 - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB – UFCG)


IM

Um profissional de saúde, que trabalha em um hospital, presta o seguinte


R
O

depoimento sobre o setor de atendimento a pacientes em hemodiálise: “Somos


AM

Enfermeiros, Médicos, Assistentes Sociais, Psicólogos etc. e desenvolvemos um


ES

trabalho em conjunto. Consideramos importante a discussão de cada um dos


R
VA

casos e planejamos a intervenção que realizamos e, com isso, trocamos e


TA

integramos, permanentemente, nossos conhecimentos. Digo mais: nosso


LA

compromisso ético não é só com o paciente, mas com a saúde”. Considerando


U
PA

a situação descrita, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, esse


tipo de equipe.

A Multidisciplinar.

B Cooperativa.

C Transdisciplinar.

| 135
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

D Interdisciplinar.

E Integrada.

46. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina - PI Prova: FCC - 2016 -
Prefeitura de Teresina - PI - Técnico de Nível Superior - Psicólogo
A interdisciplinaridade pressupõe

10
A compilação de conhecimento para produções acadêmicas.

2:
:4
11
B divisão de tarefas, exclusivamente.

1
02
/2
C interação e a intenção de operar uma síntese.

12
7/
-2
D minimização da complexidade dos fatores que envolvem a interação humana.

om
l.c
E otimização do tempo e do espaço com a finalidade exclusiva de redução do gasto

ai
tm
público.
ho
@
47. (RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE - 2019 –
m
_i

Instituto AOCP - ESPBA) Foi criado para substituir o modelo tradicional em


or
m

saúde, contrapondo-se a uma concepção fragmentária em prol de uma


la
au

concepção unitária do ser humano. Nesse viés, defende o diálogo entre as


-p

especialidades e a integração das práticas em saúde, buscando um olhar global


4
-0

sobre o paciente e seu processo de adoecimento. O enunciado refere-se ao


12

modelo
.0
45
.6

(A) Multidisciplinar.
58
-8
IM

(B) Pluridisciplinar.
R
O
AM

(C) Interdisciplinar.
ES
R

(D) Transdisciplinar.
VA
TA

(E) Unidisciplinar.
LA
U
PA

48. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos Campos -
SP Prova: VUNESP - 2015 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista
em Saúde – Psicólogo
A ação interdisciplinar em uma equipe de profissionais de saúde

A implica integração e superposição de conhecimentos de diversas áreas.

B constitui um retrocesso no que se refere às ações de saúde integradas.

| 136
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

C privilegia a dimensão empírica, por isso sua intervenção é mais efetiva.

D restabelece elos que permitem uma compreensão geral e profunda dos


fenômenos.

E elimina as tensões teóricas entre os profissionais que integram o mesmo grupo.

49. Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: SES-PR Prova: IBFC - 2016 - SES-PR -

10
Psicólogo

2:
Bioética é o estudo da conduta humana nos campos das ciências biológicas e da

:4
11
saúde, sendo esta conduta examinada à luz de valores e princípios morais,

1
representando um caminho multidisciplinar de proteção à vida. Atualmente, o

02
/2
princípio da bioética conhecido como beneficência caracteriza-se como:

12
7/
-2
A Garantia do consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e a proteção à

om
grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes, sempre tratando o paciente em sua

l.c
dignidade, e defendendo-o em sua vulnerabilidade.

ai
tm
ho
B Igualdade de tratamento, oferecendo a cada pessoa o que lhe é devido, segundo
@
m

as suas necessidades.
_i
or
m

C Ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais, individuais ou


la
au

coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios ao paciente.


-p
4
-0

D Respeito à liberdade de decisão sobre sua própria vida, e à autodeterminação de


12

uma pessoa.
.0
45
.6
58
-8

50. Ano: 2019 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ Órgão: Prefeitura de


IM

Rio de Janeiro - RJ Prova: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2019 -


R
O

Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Psicólogo


AM

O termo bioética foi empregado pela primeira vez na década de setenta do


ES

século passado. As teorias sobre bioética que surgiram até hoje foram
R
VA

elaboradas com referência a quatro princípios, que introduzem a consideração


TA

e o respeito para com os pacientes. Com base nas ideias sobre bioética pode-se
LA

afirmar que:
U
PA

A a escolha sobre a melhor conduta para o paciente deve ser definida pelo
profissional de saúde responsável pelo caso e baseada exclusivamente em critérios
técnicos

B toda pessoa tem o direito de determinar o que deve ser feito com seu próprio
corpo

| 137
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

C as pessoas em situação de dependência, como por exemplo aquelas que sofrem


de transtornos mentais, não devem decidir sobre seu próprio tratamento

D os médicos psiquiatras devem decidir sobre o que é melhor para os pacientes

51. Ano: 2016 Banca: CESGRANRIO Órgão: UNIRIO Prova: CESGRANRIO - 2016 -
UNIRIO - Psicólogo - Clínica
A Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos reconhece que “a

10
identidade de um indivíduo inclui dimensões biológicas, psicológicas, sociais,

2:
culturais e espirituais”, e que decisões sobre “as questões éticas na medicina,

:4
11
nas ciências da vida e nas tecnologias associadas podem impactar indivíduos,

1
02
suas famílias e grupos”. Dessa forma, estabelece como um de seus princípios a

/2
dignidade humana e os direitos humanos.

12
7/
-2
Com relação a esses princípios, a Declaração tem como um de seus objetivos

om
l.c
A assegurar que os progressos da ciência e da tecnologia contribuam para a justiça

ai
tm
e a equidade na saúde e na qualidade de vida dos indivíduos.
ho
@
m

B propor que todos os Estados e Governos se comprometam a resolver questões


_i
or

básicas de saneamento básico de sua população.


m
la
au

C propor que haja uma cooperação internacional em torno das necessidades


-p

específicas dos países ricos e industrializados no desenvolvimento da engenharia


4
-0

genética.
12
.0
45

D garantir que todos os seres vivos sejam responsáveis pela gestão da qualidade da
.6
58

própria saúde.
-8
IM

E capitalizar as pesquisas científicas para que tragam sempre benefícios à dignidade


R
O

humana e social.
AM
ES

52. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito


R
VA

Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Consultor


TA

Legislativo - Saúde
LA

A bioética brasileira adotou, inicialmente, como referência conceitual, a teoria


U
PA

A principialista europeia.

B principialista norte-americana.

C utilitarista norte-americana.

D utilitarista europeia.

E deontológia inglesa.

| 138
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

53. Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 IMPARH - Pacientes submetidas à


mastectomia, ao procurarem ajuda psicoterapêutica, demonstram problemas
de natureza afetivo-sexual geralmente associados a:

A sentimentos de inferioridade, autoestima, medo de rejeição e vergonha do


parceiro.

B ideias persecutórias de vulnerabilidade diante do desconhecido e impotência.

10
2:
C alienação da realidade e despersonalização.

:4
11
1
D inibição da sexualidade e ansiedade generalizada.

02
/2
12
54. Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 A literatura tem destacado que a

7/
-2
forma de interação entre pais de crianças portadoras de câncer é fundamental

om
para o aparecimento das habilidades sociais necessárias nos repertórios

l.c
comportamentais das crianças, logo será necessária a adoção de:

ai
tm
ho
A um estilo parental que forneça à criança os limites que lhe serão impostos para a
@
m

vida em sociedade.
_i
or
m

B um estilo parental que lhe confira condições emocionais indispensáveis para o


la
au

desenvolvimento de sua personalidade, e, como consequência, fiquem claros os


-p

limites necessários à sua vida em sociedade.


4
-0
12

C um estilo parental bastante permissivo que permita à criança obter gratificações


.0
45

que aliviem seu sofrimento físico e psíquico num ambiente protegido.


.6
58
-8

D um estilo parental que reduza o estresse da criança e aumente sua confiança nas
IM

figuras paternas.
R
O
AM

55. VUNESP - 2020 - Prefeitura de Cananéia - SP - A prática da interconsulta


ES

psicológica em hospitais gerais é uma modalidade de intervenção que


R
VA
TA

A impede que ocorra uma prática realmente interdisciplinar entre os profissionais


de saúde no contexto hospitalar, uma vez que enfatiza o conhecimento
LA
U

especializado.
PA

B contribui para que a imagem do psicólogo no contexto do hospital geral


permaneça associada ao papel do profissional que aplica testes psicológicos.

C permite atender a uma demanda institucional considerando tanto a subjetividade


nas relações da equipe de saúde quanto a assistência ao paciente e seus familiares.

| 139
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

D elimina as divergências que se instalam nas discussões da equipe médica, porque


enfatiza a qualidade da comunicação entre os diferentes membros da equipe de
saúde.

E deve concentrar seu objetivo na identificação dos sinais e sintomas que indicam
patologia mental em um paciente que passa por um tratamento na unidade
hospitalar.

10
2:
56. VUNESP - HCFMUSP - 2015 Com relação à conclusão do processo de

:4
11
atendimento psicológico na psicologia hospitalar, Simonetti (2011) afirma que

1
02
/2
A na prática, o trabalho do psicólogo hospitalar é geralmente concluído ao

12
longo da hospitalização.

7/
-2
om
B o que determina o final do tratamento psicológico é a cessação da

l.c
demanda do paciente.

ai
tm
ho
C a alta está intrinsecamente relacionada com o fato de o paciente atingir a
@
m

aceitação da sua doença e do tratamento.


_i
or
m

D a alta está relacionada à duração do processo psicoterapêutico, o qual


la
au

necessita ter, no mínimo, 6 atendimentos.


-p
4
-0

E o que determina o final do processo psicoterapêutico é a cessação da


12

angústia e do choro do paciente.


.0
45
.6

57. VUNESP - HCFMUSP – 2015 A respeito do trabalho do psicólogo hospitalar


58
-8

na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Simonetti (2011) afirma que


IM
R

A por ser um ambiente marcado por intensidades e necessidade de intervenções


O
AM

médicas rápidas, o foco primário de atendimento são os familiares do paciente.


ES
R

B ao observar um paciente com sintomas psicopatológicos característicos da


VA
TA

Síndrome de UTI, o psicólogo deverá solicitar uma interconsulta psiquiátrica para


tratar os sintomas.
LA
U
PA

C diante de situações em que o paciente se encontra impossibilitado de falar, o


psicólogo cria e inventa novas formas de linguagem.

D a linguagem não verbal deve ser explorada, tendo esse tipo de comunicação o
principal objetivo de passar informações sobre o adoecimento.

E diante de pacientes em coma, o psicólogo hospitalar pode se sentir de mãos


atadas, visto não haver qualquer subjetividade para se comunicar.

| 140
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

58. VUNESP - HCFMUSP – 2015 - Simonetti (2011) propõe um diagnóstico em


psicologia hospitalar a partir de quatro eixos. Assinale a alternativa que
engloba corretamente esses eixos.

A Reacional, médico, situacional e transferencial.

B Clínico, reacional, contextual e transferencial.

10
2:
C Reacional, institucional, médico e contextual.

:4
11
1
D Clínico, médico, contextual e situacional.

02
/2
12
E Situacional, transferencial, institucional e clínico.

7/
-2
om
59. VUNESP - HCFMUSP – 2015 - Sobre o diagnóstico em psicologia hospitalar,

l.c
segundo Simonetti (2011), é correto afirmar que

ai
tm
ho
A tem como objetivo conhecer a doença por meio dos sintomas físicos
@

apresentados, fornecendo uma visão ampla do adoecimento.


m
_i
or
m

B busca conhecer a verdade do momento que o paciente está vivendo, isto é, o


la
au

adoecimento.
-p
4
-0

C se utiliza da intuição e de um método racional de trabalho, sendo a primeira a sua


12

principal característica.
.0
45
.6

D necessita do uso de testes psicológicos que visam determinar a posição do


58
-8

paciente em certas funções psíquicas.


IM
R

E é considerado uma intervenção com efeitos terapêuticos, isto é, o processo


O
AM

diagnóstico já é um tratamento
ES
R

60. VUNESP - HCFMUSP – 2015 - De acordo com Simonetti (2011), é correto


VA

afirmar que a psicologia hospitalar


TA
LA
U

A procura tratar o adoecimento no registro do real, por trabalhar com o relato do


PA

paciente.

B possui como pressuposto epistemológico distinguir causa orgânica e causa


psíquica da doença.

C tem como meta ideal a cura da doença orgânica e psíquica, sendo isto o que a
aproxima da medicina.

| 141
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

D estabelece como objeto de trabalho a angústia do paciente, da família e da equipe


de saúde.

E tem como objetivo quantificar a contribuição dos diversos aspectos envolvidos na


causa do adoecimento.

61. VUNESP - 2020 - Prefeitura de Cananéia - SP - “A doença é um real do corpo

10
com o qual o homem esbarra” (Simonetti, 2011, p. 19), e quando isso

2:
acontece todo o sentido do ser é afetado. De acordo com essa premissa

:4
11
filosófica, a psicologia hospitalar tem como objetivo

1
02
/2
A extinguir a dualidade instalada entre mente e corpo pelo aparecimento do

12
adoecimento físico.

7/
-2
om
B dar voz à subjetividade do paciente, restituindo-lhe o lugar de sujeito no seu

l.c
processo de adoecimento.

ai
tm
ho
C identificar os aspectos subjetivos que determinam o adoecimento, para
@
m

possibilitar uma plena recuperação.


_i
or
m

D unificar os objetivos da medicina e da psicologia, para curar as diversas doenças


la
au

e salvar vidas.
-p
4
-0

E potencializar a ação da medicina, aumentando a eficácia dos tratamentos e


12

procedimentos médicos.
.0
45
.6
58
-8
IM

62. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP - Quando um psicólogo está


R
O

atendendo pacientes terminais e seus familiares, é preciso


AM
ES

A evitar o uso de palavras evasivas para se referir à situação de adoecimento e morte


R

iminente.
VA
TA

B esclarecer os familiares de que o paciente precisa ser poupado de um contato


LA
U

direto com a dor da família.


PA

C concentrar as informações sobre as condições de adoecimento no membro da


família eleito como cuidador.

D desestimular o diálogo entre paciente e familiares sobre as decisões a serem


tomadas referentes à sua morte.

E preservar o paciente e os familiares dos dados de realidade, para manter a


capacidade de enfrentamento do grupo.

| 142
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Psicologia Saúde e Hospitalar

63. VUNESP - HCFMUSP – 2015 - Um paciente com câncer encontra dificuldade


em se implicar no seu tratamento médico e espera que uma nova
descoberta científica traga cura para a sua doença. De acordo com as
posições descritas por Simonetti (2011) acerca da reação da pessoa à
doença, é correto afirmar que esse paciente encontra-se na posição de
(A) revolta.
(B) depressão.

10
(C) negação.

2:
(D) enfrentamento.

:4
11
(E) barganha.

1
02
/2
12
7/
64. VUNESP - HCFMUSP – Para Moretto (2016), a caracterização dos

-2
dispositivos clínicos psicológicos de um Serviço de Saúde obedece à

om
seguinte ordem de procedimentos: acolhimento, triagem, diagnóstico

l.c
ai
e tratamento e avaliação de resultados. Sobre esses procedimentos e os

tm
dispositivos clínicos, assinale a alternativa correta:
ho
@
(A) O acolhimento é o atendimento prévio discriminatório quanto às
m

necessidades e indicações de atendimento referentes à área psicológica.


_i
or
m
la

(B) A triagem é o momento em que o psicólogo escuta as demandas iniciais


au
-p

do paciente que procura a instituição numa tentativa de construir um vínculo.


4
-0
12

(C) O tratamento possibilita ao psicólogo identificar as necessidades do


.0

paciente, para assim


45
.6

optar pelo encaminhamento mais apropriado para resolver os problemas


58

detectados.
-8
IM
R

(D) O processo de psicodiagnóstico na instituição de saúde possibilita ao


O
AM

psicólogo a construção do diagnóstico do paciente em relação a diversas questões,


ES

tais como estrutura psíquica, dinâmica das suas relações e tipo de relação que o
R

paciente estabelece com a sua doença e com a instituição.


VA
TA

(E) A implantação de dispositivos clínicos idealizados aproxima o


LA

profissional da comunicação interdisciplinar.


U
PA

65. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Janaína está no


início da gestação e apresenta diversas queixas físicas e psicológicas
relacionadas ao processo de adaptação à gravidez. Ela busca o serviço de
pré-natal psicológico do hospital para receber cuidado e orientação.
Afirma não conseguir aceitar a gestação, apresentando-se
frequentemente chorosa, com náuseas e indisposta para suas atividades

| 143
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

laborais e sociais, preferindo dormir na maior parte do tempo. Diante do


quadro apresentado, considere as afirmativas abaixo.
I Uma atitude inicial de rejeição pode dar lugar a uma atitude
predominante de
aceitação e vice-versa.
II A hipersonia e as náuseas são sintomas comuns de regressão e
rejeição do bebê, sinalizando o desejo inconsciente pelo aborto.
III A ambivalência afetiva instala-se desde a percepção inicial da

10
gravidez, manifestando se também sob diversas formas no decorrer

2:
dos três trimestres e após o parto.

:4
11
IV O aumento da sensibilidade está ligado a oscilações de humor

1
02
esperadas em gravidez não planejadas em que a mulher não se sente

/2
apoiada.

12
7/
-2
Estão corretas as afirmativas

om
l.c
ai
A) I e III.

tm
B) II e III. ho
@
C) I e IV.
m

D) II e IV
_i
or
m
la
au
-p

66. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - A gravidez é uma


4

transição que faz parte do processo normal do desenvolvimento e envolve


-0
12

a
.0
45
.6

A) alteração de toda composição da rede de intercomunicação familiar, não


58

sendo considerada a transição no desenvolvimento emocional masculino.


-8

B) necessidade de reestruturação e reajustamento como mudança de


IM
R

identidade e uma nova definição de papeis.


O
AM

C) complexidade das mudanças provocadas pela vinda do bebê, restringindo-


ES

se apenas às variáveis bioquímicas e psicológicas.


R

D) possibilidade de atingir novos níveis de integração, amadurecimento,


VA

finalizando o período crítico no momento do parto.


TA
LA
U
PA

67. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Até o


século XVII, os ritos de morte eram aceitos e cumpridos com
simplicidade, de modo cerimonial, evidentemente, mas sem
caráter dramático ou gestos de emoção excessivos. Essa atitude
frente à morte era habitual e foi denominada de “morte
domada”. A partir do século XIX, a sociedade passa a ter muitos
recursos para proteger a vida, e a morte passa a ser vergonhosa.
A importância nesse século é dar a impressão de que, apesar da

| 144
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

morte, nada mudou, e as pessoas dão prosseguimento à sua vida


normal. Essa concepção de morte, mais atual, é denominada

A) morte idealizada.
B) morte materializada.
C) morte interdita.
D) morte selvagem.

10
2:
68. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Uma das

:4
11
competências exigidas ao psicólogo é o conhecimento sobre o

1
02
processo do luto. Ao atender uma mulher, cujo marido faleceu há

/2
três meses, após um adoecimento crônico, e ao ouvir suas queixas

12
7/
de tristeza, fadiga, culpa, raiva, falta de prazer e solidão, o

-2
psicólogo pode concluir que essa paciente vivencia um processo

om
de luto

l.c
ai
A) cíclico.

tm
B) normal. ho
@
C) patológico.
m

D) antecipatório
_i
or
m
la
au
-p

69. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Em um


4

hospital geral, a equipe de saúde atende a pacientes com diversos


-0
12

tipos de demandas de cuidado em saúde e deve sempre


.0

considerar que o paciente está inserido em um contexto mais


45
.6

amplo: a família. A abordagem do contexto familiar é uma


58

importante estratégia de intervenção do psicólogo hospitalar,


-8

que deve compreender aspectos conceituais sobre família, seu


IM
R

funcionamento e dinâmica. Diante disso, considere as afirmativas


O
AM

abaixo.
ES
R

I.A família constitui um sistema aberto, dinâmico e complexo, cujos membros


VA

pertencem a um mesmo contexto social e dele compartilham.


TA

II.Sede das primeiras trocas afetivo-emocionais e da construção da identidade, a


LA

família é o único grupo do qual fazemos parte.


U
PA

III.A estrutura da família é composta por um sistema que abriga subsistemas


familiares, formados pelos membros da família e suas relações.
Família extensiva é considerada aquele tipo de família formada pelos familiares
consanguíneos da pessoa-referência (núcleo de um casal e seus filhos)

70. (Residência Saúde Mental - UERJ 2018) Freud (1917[1915]) indica


que “(...) a reação à perda de um ente querido, à perda de alguma
abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a

| 145
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante" é comum


tanto à melancolia e quanto ao luto. A característica suplementar
e específica de que o mundo se torna pobre e vazio se refere
apenas ao(à):

a) melancolia
b) depressão
c) neurose

10
d) luto

2:
:4
11
1
02
/2
71. (HUB/Cespe - 2019) A respeito da psicanálise, julgue o item a

12
7/
seguir:

-2
Na melancolia, diferentemente do que acontece com o luto, é o eu que se torna

om
pobre e vazio, podendo a melancolia ser compreendida como uma neurose

l.c
ai
decorrente de conflitos entre o eu e o id.

tm
ho
@
m

72.
_i
or

CESPE - 2019 - TJ-AM - No que se refere à psicologia da saúde e à atuação


m
la

do psicólogo nessa área, julgue o item que se segue.


au
-p
4

A realização de dinâmicas de grupos e a organização de grupos


-0
12

informativos são vedadas ao psicólogo que atua na intervenção primária.


.0
45
.6
58

73.
-8

CESPE - 2019 - TJ-AM - No que se refere à psicologia da saúde e à atuação


IM
R

do psicólogo nessa área, julgue o item que se segue.


O
AM

A prevenção primária deve estar diretamente relacionada à promoção de


ES
R

saúde.
VA
TA
LA

74. FCC - 2019 - TJ-MARANHÃO - As metodologias participativas de


U
PA

trabalho são indicadas para atividades em grupo porque

A)possibilitam a função elaborativa do processo terapêutico de cada indivíduo.


B) favorecem a aplicação de atividades informativas e avaliações objetivas.
C) focam nas relações intragrupais verticalizadas, a partir de uma coordenação das
atividades.
D)orientam os tipos de papéis dos participantes, destacando-se o líder e o porta-voz
dos problemas do grupo.
E) propiciam vivências que favorecem a ressignificação e percepção de mudanças.

| 146
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

75. FCC - 2019 - TJ-MARANHÃO - A morte e o luto fazem parte de


diversas temáticas no tocante à abordagem psicológica no
cotidiano hospitalar, junto à pessoa doente, à sua família e à
equipe multidisciplinar. Nesse contexto, as intervenções
A)devem visar a criação de estratégias de intercessões em relação ao cuidador e às
equipes de saúde, com a finalidade de obter um padrão de resposta e de atuação

10
por parte desses profissionais, para todas as situações de luto que venham a

2:
enfrentar.

:4
11
B)devem considerar a comunicação sobre o adoecimento e perspectiva de morte

1
02
tanto para a criança como para a família, rompendo com possíveis pactos de

/2
silêncio.

12
7/
C)focam exclusivamente no treinamento e preparação psicológica da equipe,

-2
família e doente para lidar com a morte.

om
D)não devem abordar o luto antecipatório com as famílias de crianças pequenas,

l.c
ai
pois esse trabalho deverá ser feito no contexto clínico de consultório, de forma a

tm
ocorrer em ambiente apropriado para esse fim. ho
@
E)devem ter o foco na família, de modo a deixar a equipe médica e de auxiliares
m

técnicos livres para o cuidado da saúde física do paciente.


_i
or
m
la

76.
au
-p

(PSU Residência Multi CEARÁ 2019 – 2020) No modelo teórico denominado


4

Modelo Interativo do Estresse, classificam-se as respostas ou estratégias de


-0
12

enfrentamento de acordo com suas funções, destacando como modalidades


.0

principais: enfrentamento focalizado no problema e enfrentamento focalizado


45
.6

na emoção. Como esse modelo teórico define Enfrentamento?


58
-8

A) É a tomada de consciência global no momento presente, a atenção ao conjunto


IM
R

da percepção pessoal, corporal e emocional, interior e ambiental.


O
AM

B) Relaciona-se à experiência individual e subjetiva da avaliação da vida como


ES

positiva, e inclui variáveis como satisfação com a vida e vivência de afeto positivo.
R

C) Refere-se aos esforços cognitivos e comportamentais voltados para o manejo de


VA

exigências ou demandas internas ou externas, que são avaliadas como sobrecarga


TA

aos recursos pessoais.


LA

D) É uma abordagem comportamental que permite que pacientes que possuem os


U
PA

mais variados graus de deficits comportamentais possam modelar


comportamentos mais saudáveis, e assim se tornarem mais confiantes e assertivos
perante o convívio social.

77. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019 – 2020) Consiste na transposição de


um conflito psíquico e uma tentativa de sua resolução em sintomas
somáticos, motores ou sensitivos. A qual fenômeno a descrição se refere?

A) Distress.

| 147
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

B) Conversão.
C) Alexitimia.
D) Somatização.

78. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019 – 2020) De acordo com Botega (2015),
se um paciente tem vários fatores de risco para o suicídio, a probabilidade de
vir a se matar é considerável. Sobre as alternativas abaixo, quais são os fatores
de risco associados ao suicídio?

10
2:
A) Depressão, estar empregado e rigidez.

:4
11
B) Razão para viver, doenças incapacitantes e religiosidade.

1
02
C) Esquizofrenia, envolvimento na comunidade e alcoolismo.

/2
D) Perdas recentes, impulsividade, estados confusionais orgânicos.

12
7/
-2
79.

om
(PSU Residência Multi CEARÁ 2019 – 2020) O modelo de trabalho do psicólogo

l.c
ai
no hospital pode pressupor a presença constante do profissional nas unidades

tm
hospitalares como membro da equipe; participando das decisões tomadas, da
ho
@
rotina e atividades diárias e não apenas sendo consultor em casos
m

emergenciais, podendo, dessa forma, agir mais preventivamente.


_i
or

Considerando a organização de trabalho do psicólogo hospitalar, a qual modelo


m
la

a descrição se refere?
au
-p
4

A) De ligação.
-0
12

B) Interconsulta.
.0

C) Biopsicossocial.
45
.6

D) Psicossomático
58
-8

(Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM


IM

80.
R

SAÚDE – 2019/2020) Esther, 42 anos, é viúva e reside com sua mãe (Rosa, 62
O
AM

anos) e seus dois filhos (Ana, 16 anos, e Arthur, 8 anos). Certo dia, iniciou com
ES

cefaleia intensa, tontura e vômito e foi encaminhada para o serviço de


R

emergência mais próximo. Após uma série de exames para investigação do que
VA

estava causando os sintomas, foi diagnosticada com uma neoplasia maligna,


TA

sendo o prognóstico bastante reservado. Analise as assertivas que tratam das


LA

possibilidades de atuação do psicólogo hospitalar nesse caso e assinale a


U
PA

alternativa que apontas as corretas.


I. O psicólogo pode acompanhar o médico no momento da comunicação
do diagnóstico e realizar suporte psicológico.
II. Em situações delicadas como essa, o psicólogo deve realizar a
comunicação do diagnóstico e prognóstico, visto que é o profissional
mais capacitado e preparado para realizar a comunicação da má notícia.
III. O psicólogo pode realizar o acolhimento dos familiares da paciente
após a comunicação do diagnóstico, já que, frente ao adoecimento e à
hospitalização de um membro da família, os demais podem manifestar

| 148
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

as mais variadas reações, desde se opor ao tratamento como até ser uma
importante rede de apoio e auxiliar nas estratégias de enfrentamento
desenvolvidas pela paciente.
IV. O psicólogo pode participar de decisões em relação à conduta a ser
adotada pela equipe, objetivando promover apoio e segurança ao
paciente e à família.

(A) Apenas I, III e IV.

10
(B) Apenas II, III e IV.

2:
(C) Apenas I e III.

:4
11
(D) Apenas II e IV.

1
02
(E) I, II, III, IV.

/2
12
7/
(Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL
81.

-2
EM SAÚDE – 2019/2020) O câncer é uma doença que, além da dor e de

om
outros desconfortos físicos, gera impactos tanto de ordem psíquica

l.c
ai
como também social e econômica para o paciente e seus familiares.

tm
Devido aos estigmas relacionados a essa doença crônica, os transtornos
ho
@
psíquicos são frequentes. Sobre a atuação do psicólogo em clínicas
m

oncológicas, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta


_i
or

a(s) correta(s).
m
la

I. O psicólogo deve contribuir para minimizar os efeitos causados pela


au
-p

doença, de modo a facilitar a reintegração do paciente à sociedade e a uma


4

rotina mais distanciada possível da que se tinha antes do diagnóstico.


-0
12

II. Dar assistência ao paciente significa integrar as várias dimensões do


.0

ser, incluindo a espiritual. As crenças religiosas podem ser recurso para o


45
.6

enfrentamento da doença, contribuindo para a adesão ao tratamento.


58

III. Para trabalhar a questão da morte como um processo natural, não é


-8

preciso que se tenha estabelecido entre o paciente e o psicólogo um vínculo de


IM
R

confiança, pois as fantasias acerca desse tema e do desejo de imortalidade


O
AM

emergem a partir do diagnóstico da doença, necessitando de intervenção


ES

imediata.
R

IV. O suporte psicológico à família que favoreça a compreensão do


VA

processo da doença em todas as fases visa diminuir o impacto que os sintomas


TA

psicológicos do doente causam aos familiares.


LA

(A) Apenas I, III e IV. (B) Apenas II e IV. (C) Apenas II e III. (D) Apenas IV. (E) I, II, III, IV.
U
PA

82. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


EM SAÚDE – 2019/2020) Leila, 35 anos, é solteira e reside só. Há anos,
apresenta um quadro grave de depressão, porém não realiza tratamento
adequado. Certo dia, tentou suicídio jogando-se de um viaduto e deu
entrada em um serviço de emergência com um quadro de trauma grave
associado à hemorragia moderada. Diante do exposto, assinale a
alternativa correta.

| 149
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(A) Dadas as peculiaridades do caso e o motivo da admissão de Leila no pronto-


socorro, o atendimento psicológico é urgente e deve ser imediato, precedendo o
atendimento médico.
(B) O psicólogo entra em cena após a estabilização do quadro clínico da paciente,
devendo, por se tratar de um serviço de emergência, realizar seu trabalho em um
ritmo acelerado, de modo semelhante ao dos demais profissionais que ocupam
esses espaços.
(C) O objetivo do psicólogo é restaurar a simbolização, buscando a palavra como

10
forma de enfrentamento da situação emergencial da paciente. O psicólogo procura

2:
"resgatar" o sujeito, a partir do oferecimento de uma escuta, que permite a

:4
11
explicitação do sofrimento.

1
02
(D) Considerando a ideação suicida da paciente e o quadro psiquiátrico prévio,

/2
pode-se afirmar que esse caso não demanda uma intervenção psicológica, mas sim

12
7/
psiquiátrica.

-2
(E) A atuação do psicólogo visa apenas à resolução da crise atual e não facilitar a

om
adesão da paciente a um tratamento ambulatorial subsequente, que ajude a evitar

l.c
ai
novas crises. Esse papel é do médico, o qual deve realizar o encaminhamento da

tm
paciente para o serviço psiquiátrico de referência. ho
@
m

(Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


_i

83.
or

EM SAÚDE – 2019/2020) Apesar de serem inegáveis os benefícios da


m
la

atuação integrada na assistência à saúde, existem entraves que


au
-p

dificultam ou impedem o exercício pleno da integração disciplinar.


4

Reflexos desse fato são as dificuldades cotidianas vivenciadas no


-0
12

contexto hospitalar que se traduzem pela manutenção da rígida divisão


.0

disciplinar ou da aparente integração das equipes. Em relação aos


45
.6

entraves institucionais e os desafios para uma prática integrada,


58

assinale a alternativa correta.


-8

(A)O uso do saber como instrumento de poder não se configura como um entrave
IM
R

institucional, tendo em vista que nos serviços de saúde não se observa uma relação
O
AM

de primazia de um saber em relação ao outro.


ES

(B) Para promover a cooperação entre os diferentes saberes, é necessário que exista
R

uma estrutura organizacional que permita a elitização do saber e a quebra da rigidez


VA

na aquisição e transmissão do conhecimento, bem como na própria forma de


TA

proceder na assistência.
LA

(C) Para que haja a integração disciplinar, é necessário o redimensionamento das


U
PA

políticas públicas de saúde e a transformação exclusiva dos cursos de medicina,


incorporando desde o início da formação dos profissionais a aprendizagem para o
trabalho em equipes integradas partindo de uma concepção ampla de saúde, que
inclua a subjetividade do indivíduo, suas interações com os outros, seu lugar social,
sua relação com o corpo.
(D) Um dos caminhos possíveis para desenvolver um nível cada vez maior de
integração disciplinar é o investimento em novos modelos de formação e,
principalmente, a ampliação de conceitos intrínsecos à assistência à saúde.

| 150
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(E) O investimento na capacitação dos profissionais para o trabalho em equipes é


imperativo para se alcançar uma verdadeira integração disciplinar, sendo o
investimento em formação dispensável com uma adequada capacitação dos
profissionais.

84.(Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


EM SAÚDE – 2019/2020) Um procedimento cirúrgico geralmente implica
em grande impacto sobre o bem estar físico, social e emocional do

10
paciente, gerando aumento dos níveis de ansiedade e stress pelo

2:
distanciamento, mesmo que temporário, da rede de apoio social e

:4
11
familiar. Sobre o acompanhamento psicológico ao paciente cirúrgico,

1
02
assinale a alternativa correta.

/2
(A)Fatores geradores de ansiedade podem interferir de modo adverso sobre a

12
7/
aquisição de estratégias de enfrentamento do procedimento cirúrgico e sobre o

-2
processo de recuperação do paciente, porém não são capazes de interferir no

om
organismo a ponto de prejudicar o processo.

l.c
ai
(B) O acompanhamento psicológico ao paciente cirúrgico ocorre em dois momentos

tm
específicos: o pré-operatório e o trans operatório. Esse último se subdivide em duas
ho
@
fases: imediato e tardio.
m

(C) Relatos de pacientes expostos a procedimentos cirúrgicos apontam que os


_i
or

principais fatores geradores de ansiedade são: o medo da morte, de sequelas, do


m
la

procedimento de anestesia e do risco de alta prematura. Por outro lado, a


au
-p

percepção antecipada de dor e desconforto e a espera passiva pelo início do


4

procedimento não são consideradas ansiogênicas.


-0
12

(D) O que é dito dentro do Centro Cirúrgico, quando o paciente está em coma
.0

anestésico, não o afeta no pós-operatório, visto que o indivíduo nessa condição fica
45
.6

totalmente inconsciente e, portanto, é incapaz de receber e interpretar estímulos


58

externos.
-8

(E) Um dos objetivos do psicólogo na atenção ao paciente cirúrgico é atuar no


IM
R

processo de adaptação à nova imagem corporal, ou seja, ao novo esquema corporal


O
AM

que foi modificado pela intervenção cirúrgica.


ES
R

85.(Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


VA

EM SAÚDE – 2019/2020) Trata-se da prática multiprofissional que busca


TA

oferecer ao paciente fora de possibilidade de cura um atendimento que


LA

integre todas as dimensões do ser, visando atingir uma melhor


U
PA

qualidade de vida para o doente e sua família. O enunciado refere-se


(A)à Clínica Ampliada.
(B) à Reabilitação em Saúde.
(C) ao Cuidado Paliativo.
(D) à Terapia do Luto.
(E) à Coordenação do Cuidado
86. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL
EM SAÚDE – 2019/2020) A respeito dos conceitos teóricos do campo da

| 151
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Psicologia Hospitalar, preencha as lacunas e assinale a alternativa


correta.
A _____________ representa uma modalidade de atendimento clínico e
um instrumento metodológico utilizado pelo psicólogo na assistência ao
paciente internado, que ocorre mediante solicitação de outros profissionais da
saúde. Ao se constituir como uma modalidade de intervenção que permite
considerar a demanda institucional, a qual inclui a subjetividade nas relações
da equipe e a assistência psicológica aos pacientes e seus familiares, configura-

10
se como uma das formas mais visíveis da aplicação do conceito de

2:
_____________.

:4
11
(A)interconsulta psicológica / interdisciplinaridade

1
02
(B) psicoterapia breve / clínica ampliada

/2
(C) prática de acolhimento / multiprofissionalidade

12
7/
(D) psicomotricidade / especialidade

-2
(E) psicoprofilaxia / promoção de saúde

om
l.c
ai
87.(Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL

tm
EM SAÚDE – 2019/2020)A respeito da Avalição Psicológica no contexto
ho
@
hospitalar, é correto afirmar que
m

(A)apesar das diferenças entre o ambiente hospitalar e a clínica tradicional, os


_i
or

procedimentos clínicos de diagnóstico e avaliação psicológica, em geral, não


m
la

carecem de adaptações.
au
-p

(B) a avaliação deve ser focada nas temáticas que permeiam a doença e a
4

hospitalização, buscando ampliar o olhar sobre o sujeito, possibilitando


-0
12

compreender quem é ele e como vem encarando esse processo, quais as suas
.0

perspectivas, mecanismos de defesa, rede de suporte.


45
.6

(C) a utilização de testes psicológicos é fundamental, principalmente em casos em


58

que o diagnóstico se mostra claramente aos profissionais ou em casos em que os


-8

níveis de funcionamento do paciente estão evidentemente relacionados a


IM
R

estressores específicos do ambiente de saúde ou estado do paciente.


O
AM

(D) a entrevista psicológica tem como foco os sintomas do sujeito e os fatos mais
ES

significativos de sua vida que possam estar relacionados ao seu estado de saúde.
R

Possui um tempo determinado, devendo ser administrada em uma única sessão.


VA

(E) alguns testes psicológicos não devem ser utilizados no ambiente hospitalar,
TA

como: os que avaliam funções intelectuais; escalas autoadministradas; inventários


LA

de personalidade; testes projetivos; testes neuropsicológicos.


U
PA

88. (PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE - 2020 - Instituto AOCP)


Referente aos grupos operativos na AB no SUS, assinale a alternativa
correta.

(A) São definidos como um conjunto de pessoas movidas por necessidades


semelhantes que se reúnem em torno de uma tarefa específica ou objetivo
compartilhado.

| 152
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(B) Nos grupos operativos relacionados à saúde mental, deve-se promover


apenas a formação de grupos para um psicodiagnóstico em questão.

(C) Deve-se estimular participação passiva dos integrantes para que as


orientações do profissional de saúde sejam memorizadas por todos.

(D) Conteúdos emergentes dos participantes, que o coordenador não previa,


devem ser evitados para que se siga o planejamento inicial sem alterações.

10
(E) Caso o paciente com transtorno mental esteja vinculado a um grupo do

2:
:4
psicólogo na atenção básica, não necessita de atendimentos de outros

11
profissionais da Unidade Básica de Saúde

1
02
/2
12
7/
89. EAOAP Aeronáutica 2020 – 2021 Psicologia - A presença da(o)

-2
psicóloga(o) na área da saúde vem crescendo gradativamente ao longo

om
dos anos. Apesar de haver uma abertura nas instituições de saúde para a

l.c
ai
inclusão da(o) psicóloga(o) nas equipes médicas, estas muitas vezes não

tm
ho
sabem o que exigir da(o) psicóloga(o), na medida em que não têm
@
objetivos claros e definidos ao atendimento voltado à saúde mental. A
m
_i

justificativa da inserção da Psicologia no ambiente


or
m

hospitalar advém de um sofrimento psíquico, em decorrência de uma


la

vivência de adoecimento ou trauma. A técnica avaliativa que objetiva


au
-p

estabelecer um diagnóstico, colher dados importantes sobre o


4

acontecido, compreender o paciente e realizar intervenções quando


-0
12

necessário é chamada corretamente de


.0
45
.6

a) entrevista psicológica.
58
-8

b) anamnese psicológica.
IM

c) análise diagnóstica estrutural.


R

d) avaliação das funções mentais.


O
AM
ES

90. EAOAP Aeronáutica 2020 – 2021 Psicologia - A respeito do histórico das


R

práticas terapêuticas no contexto das instituições de saúde e/ou


VA

hospitalar, avalie o que se afirma.


TA

I. Alguns autores qualificam a Psicologia da Saúde como uma parte da Psicologia


LA
U

Hospitalar.
PA

II. Com a crescente discussão acerca da Psicologia da Saúde, surgiram críticas


em relação à existência da Psicologia Hospitalar, afirmando que esta deveria
fazer parte da Psicologia da Saúde no sentido mais amplo.
III. Os dois conceitos (Psicologia Hospitalar e Psicologia da Saúde) não são
equivalentes, a começar pelo significado distinto entre os termos saúde e
hospital e também o caráter preventivo ou curativo das doenças presente em
cada um dos campos.

| 153
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

IV. Na década de 1930, no Brasil, com a ideia de que os fatores psicológicos


poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros
serviços de Higiene Mental com participação ativa de psicólogas(os), como
propostas alternativas à internação psiquiátrica.

É correto apenas o que se afirma em

a) I e II.

10
b) II e III.

2:
c) I, III e IV.

:4
11
d) II, III e IV

1
02
/2
EAOAP Aeronáutica 2020 – 2021 Psicologia - O psicólogo que trabalha na

12
91.

7/
área da saúde vive em seu contexto profissional uma interação com

-2
outros profissionais, o que exige uma prática que supere a fragmentação

om
do conhecimento humano e que busque por uma atuação baseada na

l.c
ai
visão global do processo saúde-doença, em que se trabalhe de forma

tm
complementar. O psicólogo precisa sustentar uma prática que considere
ho
@
uma troca profunda entre disciplinas, em que instrumentos, métodos e
m

esquemas conceituais podem vir a ser integrados. Essas práticas são


_i
or

chamadas corretamente de
m
la
au
-p

a) pluridisciplinares.
4

b) interdisciplinares.
-0
12

c) multidisciplinares.
.0

d) transdisciplinares.
45
.6
58

92. 2019 - Instituto AOCP – Prefeitura de Vitória - Considerando a Psicologia


-8

da Saúde, é correto afirmar que


IM
R
O
AM

A um dos motivos de interesse de psicólogos na atuação profissional na área da


ES

Saúde pode estar relacionado ao sucesso do modelo Biomédico como explicação


R

das doenças e da saúde.


VA

B existe uma divisão entre a Psicologia Clínica e a Psicologia da Saúde, em que uma
TA

está relacionada ao tratamento das doenças mentais e a outra ao tratamento de


LA

doenças físicas, respectivamente.


U
PA

C o atendimento dado aos pacientes em Psicologia da Saúde é normalmente breve,


considerados os ideais para as relações de apoio.
D em casos de Psicologia da Saúde, não necessariamente será o doente a procurar
por auxílio psicológico, mas um profissional de saúde que solicita avaliação para
que sejam realizadas discussões de caso, com base em princípios éticos, a fim de
auxiliar o doente da melhor maneira possível.

93. CESPE - 2018 – HUB - Em situações consideradas estressoras, as pessoas


reagem de maneiras diferentes: enquanto algumas apresentam

| 154
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

respostas de forte estresse e adoecimento, outras demonstram ser


pouco afetadas pela mesma situação. Considerando as diferenças na
percepção dos eventos estressores e o modelo transacional de estresse
proposto por Lazarus e Folkman, julgue o item a seguir.

Quando a situação é reconhecida como benigna no primeiro momento em


que se apresenta, ela não se torna um estressor.

10
94. CESPE - 2018 – HUB No que concerne às estratégias adotadas por

2:
pacientes diagnosticados com doenças graves, julgue o próximo item.

:4
11
Evidências empíricas sugerem que estratégias focalizadas na emoção

1
02
e na evitação são mais eficientes em situações que podem ser controladas

/2
pela pessoa, como é o caso da maioria dos pacientes com doenças graves.

12
7/
-2
95. CESPE - 2018 – HUB No que concerne às estratégias adotadas por

om
pacientes diagnosticados com doenças graves, julgue o próximo item.

l.c
ai
O paciente que se confronta com questões ligadas à morte pode

tm
adotar estratégias de enfrentamento usualmente classificadas de acordo
ho
@
com sua função.
m
_i
or

96. CESPE - 2018 – HUB - Julgue o item a seguir, acerca das funções do
m
la

psicólogo no atendimento a portadores de enfermidades crônicas.


au
-p

O psicólogo deve acolher o paciente e estimular a expressão ativa das suas


4

emoções no momento do diagnóstico e ao longo do tratamento.


-0
12
.0
45
.6

CESPE - 2018 – HUB - Julgue o item a seguir, acerca das funções do


97.
58

psicólogo no atendimento a portadores de enfermidades crônicas.


-8

O paciente deve ser estimulado a reavaliar valores pessoais, de modo a viabilizar


IM
R

sua permanência ou seu retorno à vida profissional, familiar e social ainda durante
O
AM

o tratamento.
ES
R

CESPE - 2018 – HUB - Julgue o item a seguir, acerca das funções do


98.
VA

psicólogo no atendimento a portadores de enfermidades crônicas.


TA

Cabe ao psicólogo treinar o paciente em modos adaptativos de


LA

enfrentamento à doença e no manejo do estresse associado aos procedimentos


U
PA

médicos necessários

CESPE - 2018 – HUB - No que concerne às estratégias adotadas por


99.
pacientes diagnosticados com doenças graves, julgue o próximo item.
As estratégias de enfrentamento classificadas como centradas no problema têm
uma função defensiva, ao passo que as estratégias centradas na emoção têm
caráter adaptativo.

| 155
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

100. CESPE - 2018 – HUB - Em situações consideradas estressoras, as


pessoas reagem de maneiras diferentes: enquanto algumas apresentam
respostas de forte estresse e adoecimento, outras demonstram ser
pouco afetadas pela mesma situação. Considerando as diferenças na
percepção dos eventos estressores e o modelo transacional de estresse
proposto por Lazarus e Folkman, julgue o item a seguir.
A avaliação da situação estressora é um processo cujo resultado pode variar
mais de uma vez ao longo do tempo.

10
2:
CESPE - 2018 – HUB - A oncologia pediátrica é um dos possíveis

:4
101.

11
espaços de atuação do psicólogo hospitalar. No que diz respeito à

1
02
assistência psicológica em oncologia, julgue o item subsequente.

/2
A psico-oncologia é uma área de atuação multidisciplinar, embora seja, no

12
7/
Brasil, desenvolvida sobretudo por psicólogos.

-2
om
102. CESPE - 2018 – HUB - A oncologia pediátrica é um dos possíveis

l.c
ai
espaços de atuação do psicólogo hospitalar. No que diz respeito à

tm
assistência psicológica em oncologia, julgue o item subsequente.
ho
@
A psico-oncologia parte do pressuposto de que, no tratamento do câncer, a
m

doença segue seu curso, independentemente do estado emocional e social dos


_i
or

pacientes, e a única atuação do psicólogo nesse sentido deve ser a oferta de


m
la

acolhimento e suporte emocional.


au
-p
4

103. Quadrix – 2020 – CFP - Assim como o modelo de crença de saúde, a teoria
-0
12

do comportamento planejado especifica relações entre


.0

comportamentos e saúde. No que se refere à teoria do comportamento


45
.6
58

planejado, assinale alternativa incorreta.


-8
IM

A)A teoria prevê o comportamento saudável com base em três fatores: a atitude
R
O

pessoal para com o comportamento; a norma subjetiva em relação ao


AM

comportamento; e o grau de percepção de controle sobre o comportamento.


ES

B)A atitude pessoal do indivíduo para com o comportamento não envolve a crença
R
VA

sobre os resultados desse comportamento.


TA

C)A norma subjetiva em relação ao comportamento reflete a motivação para aderir


LA

à visão de outras pessoas com relação ao comportamento em questão.


U
PA

D)A percepção de controle sobre o comportamento refere-se à expectativa de


sucesso ao realizar o comportamento de saúde esperado.
E)O modelo do comportamento planejado é mais preciso para prever
comportamentos intencionais orientados para objetivos e encaixa-se em um
modelo racional.

104. Quadrix – 2020 – CFP - A psicologia da saúde é a aplicação dos


conhecimentos e das técnicas psicológicas à saúde, às doenças e aos
cuidados de saúde, visando à promoção e à manutenção da saúde e à

| 156
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Psicologia Saúde e Hospitalar

prevenção da doença. Com relação ao trabalho do psicólogo da saúde,


assinale a alternativa incorreta.

A) Os psicólogos da saúde direcionam-se para a compreensão da forma como os


fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam a saúde e a doença.

B)Podem estar centrados na promoção da saúde e na prevenção de doença,


trabalhando com os fatores psicológicos que fortalecem a saúde e que reduzem o

10
risco de adoecer, podem disponibilizar serviços clínicos a indivíduos saudáveis ou

2:
doentes em diferentes contextos e podem, ainda, estar envolvidos em pesquisa e

:4
11
investigação, no ensino e na formação.

1
02
/2
C)A ênfase dos psicólogos da saúde na prevenção, se empregada de forma ampla,

12
7/
representa maiores custos no sistema de saúde.

-2
om
D)Psicólogos da saúde exercem uma ampla variedade de atividades, incluindo

l.c
ai
treinar futuros médicos e enfermeiros sobre a importância dos fatores psicossociais

tm
na adesão do paciente ao tratamento e em sua recuperação, além de intervirem
ho
@
diretamente pra ajudar pacientes que estejam enfrentando procedimentos difíceis.
m
_i
or

E)É importante que o psicólogo da saúde tenha conhecimento sobre avaliação,


m
la

assessoramento e intervenção em saúde, políticas e organização em saúde e


au
-p

colaboração interdisciplinar.
4
-0
12

105. Quadrix – 2020 – CFP - Na psicologia, o tema da saúde tem sido abordado com
.0

frequência em diferentes campos de atuação na área. Relevante para


45
.6

diferentes reflexões, a saúde tem sido entendida como um processo que


58

permite a compreensão sobre o individual e o social em sua constituição,


-8

envolvendo uma visão sistêmica. Porém, na primeira parte do século XX, a


IM
R

saúde não era compreendida dessa forma. Com relação ao modelo biomédico
O
AM

de saúde, assinale a alternativa correta.


ES

A)O modelo biomédico de saúde sustenta que a doença nem sempre tem causas
R

apenas biológicas.
VA
TA

B)O modelo biomédico de saúde faz menção às variáveis psicológicas na doença,


LA

mas não as considera como determinantes.


U
PA

C)De acordo com o modelo biomédico, as variáveis sociais e comportamentais na


doença são compreendidas como os fatores que podem auxiliar a explicação da
doença, mas não podem ser a causa desta.

D)O modelo biomédico tem como base a doutrina cartesiana do dualismo mente-
corpo, que os considera como entidades separadas e autônomas que interagem de
forma mínima.

| 157
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Psicologia Saúde e Hospitalar

E)Segundo o modelo biomédico, a saúde vai além da ausência de doenças.

106. Quadrix – 2020 – CFP - O modelo biomédico avançou o tratamento


de saúde, mas foi incapaz de explicar transtornos que não apresentavam
uma causa física observável. Diante disso, iniciou-se um movimento
reformista na medicina, que estabeleceu a medicina psicossomática. A
respeito desse assunto, assinale a alternativa incorreta.

10
2:
A)Essa medicina diz respeito ao diagnóstico e ao tratamento de doenças físicas

:4
11
supostamente causadas por processos mentais deficientes.

1
02
/2
B)A medicina psicossomática apresentava sua principal consistência no fato de se

12
7/
fundamentar na teoria freudiana.

-2
om
C)Essa medicina apoiava-se no reducionismo, segundo o qual um único problema

l.c
ai
psicológico seria suficiente para desencadear a doença.

tm
ho
@
D)Embora comprometidas na época, as teorias de Freud e a medicina
m

psicossomática formaram as bases para a nova apreciação das conexões entre


_i
or

medicina e psicologia.
m
la
au
-p

E)Essa medicina deu início à tendência contemporânea de ver a doença e a saúde


4

como multifatoriais.
-0
12
.0

Quadrix – 2020 – CFP - A psicologia da saúde possui desafios futuros a fim


45

107.
.6

de continuar seu crescimento e benefício à população. Quanto a esses desafios,


58

assinale a alternativa incorreta.


-8
IM
R

A)O primeiro desafio é aumentar o tempo de vida saudável das pessoas,


O
AM

desenvolvendo intervenções eficazes que proporcionem aos adultos mais velhos a


ES

manutenção ou a melhoria do nível de funcionamento, pelo maior número de anos


R

possível.
VA
TA

B)O segundo desafio consiste em reduzir as discrepâncias de saúde, pensando em


LA

atitudes concretas para as razões que as provocam que já conseguiram ser


U
PA

extensamente explicadas pelos psicólogos da saúde.

C)O terceiro desafio é atingir o mesmo nível de acesso a serviços de saúde


preventiva para todas as pessoas, considerando que a reforma do sistema de
saúde continua sendo um desafio permanente para a psicologia da saúde e para a
política nacional.

D)O quarto desafio consiste em ajustar o foco de pesquisa e intervenção para


maximizar a promoção da saúde com abordagens baseadas em evidências,

| 158
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Psicologia Saúde e Hospitalar

colocando mais ênfase em comportamentos e fatores que favoreçam a saúde e


que possam retardar a mortalidade e reduzir a morbidade.

E)O quinto desafio é auxiliar na reforma do atendimento de saúde, considerando


que a prevenção, a promoção ou a manutenção da saúde devem ter um papel tão
importante no sistema de saúde quanto o tratamento de doenças.

108.Quadrix – 2020 – CFP - Em seus anos de existência enquanto campo de

10
conhecimento e atuação, a psicologia da saúde desenvolveu lições sobre o

2:
processo saúde-doença. A respeito dessas lições, assinale a alternativa correta.

:4
11
1
02
A)Os fatores psicológicos e sociais interagem com a biologia da saúde. A mensagem

/2
fundamental do modelo biopsicossocial é a constatação de que o comportamento,

12
7/
os processos mentais, as influências sociais e a saúde estão intimamente

-2
conectados.

om
l.c
ai
B)Promover e manter a saúde é de responsabilidade de todos, profissionais e

tm
pacientes. No cuidado com a própria saúde, a partir das intervenções realizadas, as
ho
@
pessoas aprendem sobre a importância de realizar exames preventivos, aderir ao
m

tratamento receitado e ter comportamentos saudáveis. Essa consciência garante


_i
or

que as pessoas sigam aquele que sabem ser o curso de ação mais saudável.
m
la
au
-p

C)Estilos de vida insalubres são mais difíceis de mudar que de prevenir e, por essa
4

razão, a alta prioridade da psicologia da saúde está em mudar maus hábitos de


-0
12

saúde já instalados na comunidade.


.0
45
.6

D)A avaliação e o manejo do estresse são essenciais para uma boa saúde. Uma das
58

ações da psicologia da saúde na área do estresse foi a manutenção da controvérsia


-8

em relação ao caráter interno ou externo do estresse.


IM
R
O
AM

E)Entende-se que cada um dos eventos estressantes da vida é avaliado como um


ES

obstáculo ameaçador, o qual não pode ser administrado.


R
VA

109. Quadrix – 2020 – CFP Os psicólogos da saúde estão cada vez mais
TA

envolvidos no tratamento das doenças e das condições crônicas. Quanto


LA

a esse assunto, assinale a alternativa incorreta.


U
PA

A)Em doenças cardiovasculares, as intervenções voltadas para a hostilidade ajudam


as pessoas a adquirir controle sobre os fatores ambientais que desencadeiam a
raiva, prevenindo recaídas nos sintomas.

B)No caso do diabetes, o papel da psicologia da saúde inclui estudar fatores que
contribuam ou atrapalhem a adaptação à condição.

C)Os psicólogos da saúde atuam no tratamento primário do diabetes, reduzindo o

| 159
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Psicologia Saúde e Hospitalar

caráter invasivo da doença e aumentando a capacidade de se controlar o peso e de


se manejar o estresse.

D)Uma variedade de intervenções psicossociais tem sido utilizada para auxiliar os


pacientes no enfrentamento do câncer. Nessas intervenções, os psicólogos da
saúde entendem que é necessário evitar oferecer informações sobre os processos e
as etapas do tratamento, pois estas produzem um efeito negativo no paciente,
prejudicando sua adesão.

10
2:
E)Os psicólogos da saúde desempenham diversos papéis na batalha contra a Aids,

:4
11
incluindo orientar as pessoas sobre como fazer exames para HIV e sobre como

1
02
modificar comportamentos de alto risco e ajudar pacientes com Aids a enfrentar

/2
perturbações emocionais e cognitivas.

12
7/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
@
m
_i
or
m
la
au
-p
4
-0
12
.0
45
.6
58
-8
IM
R
O
AM
ES
R
VA
TA
LA
U
PA

| 160
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS


1. PMF - SMS - IMPARH Seleção de Profissionais da Área de Saúde - Edital nº
33/2016) Pode-se estabelecer o objetivo principal da Psicologia
Hospitalar como sendo:

(A)prestar psicoterapia com os pacientes em elevado estado de sofrimento.


(B)auxiliar na diminuição do sofrimento de paciente crônicos, utilizando-se

10
2:
ferramentas diversas para esse fim.

:4
(C) auxiliar a equipe médica junto à família nos procedimentos que envolvem

11
1
risco de morte.

02
(D) minimizar o sofrimento decorrente da situação de hospitalização,

/2
12
independente da técnica utilizada.

7/
-2
om
Comentário: Para Angerami-Camon, a Psicologia Hospitalar se ocupa em minimizar

l.c
o sofrimento provocado pela hospitalização.

ai
tm
“A Psicologia Hospitalar tem como objetivo principal a minimização do
ho
sofrimento provocado pela hospitalização. Se outros objetivos forem alcançados a
@
partir da atuação do psicólogo com o paciente hospitalizado – inerente aos
m
_i

objetivos da própria psicoterapia antes citados –, trata-se de simples acréscimo ao


or
m

processo em si. O psicólogo precisa ter muito claro que sua atuação no contexto
la
au

hospitalar não é psicoterápica dentro dos moldes do chamado setting terapêutico.


-p

Como minimização do sofrimento provocado pela hospitalização, também é


4
-0

necessário abranger não apenas a hospitalização em si – em termos específicos da


12

patologia que eventualmente tenha originado a hospitalização –, mas


.0
45

principalmente as sequelas e decorrências emocionais dessa hospitalização.”


.6
58

(Psicologia hospitalar: teoria e prática / Fernanda Alves Rodrigues Trucharte, Rosa


-8

Beger Knijnik, Ricardo Werner Sebastiani; Valdemar Augusto Angerami-Camon


IM

(organizador). — São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003)


R
O
AM

Gabarito: D
ES
R
VA

2. (PMF - SMS - IMPARH Seleção de Profissionais da Área de Saúde - Edital


TA

nº 33/2016) Segundo Maria Lúcia Hares Fongaro e Ricardo Werner


LA

Sebastiani, as principais funções do roteiro de avaliação


U

psicológica aplicado no hospital são:


PA

(A)diagnóstico, avaliação continuada do processo evolutivo da relação do


paciente com sua doença e tratamento, história do paciente, mecanismos de
troca de informações com a família e estabelecimento das
condições de relação da pessoa com seu prognóstico.
(B)diagnóstico, avaliação continuada do processo
evolutivo da relação do paciente com sua doença e
tratamento, história do paciente, evidências que subsidiam o trabalho

| 161
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

multidisciplinar, orientação à condução do tratamento médico e


estabelecimento das condições de relação da pessoa com seu prognóstico.
(C)diagnóstico, fornecimento de dados da estrutura
psicodinâmica da pessoa, avaliação continuada do
processo evolutivo da relação do paciente com sua
doença e tratamento, história do paciente, evidência que subsidiam o trabalho
multidisciplinar e estabelecimento das condições de relação da pessoa com seu
prognóstico.

10
(D)diagnóstico, orientação de foco, fornecimento de dados

2:
da estrutura psicodinâmica da pessoa, avaliação

:4
11
continuada do processo evolutivo da relação do paciente com sua doença e

1
02
tratamento, história do paciente, diagnóstico diferencial e estabelecimento das

/2
condições de relação da pessoa com seu prognóstico

12
7/
-2
Comentário: As principais funções do roteiro de avaliação psicológica são:

om
7. FUNÇÃO DIAGNÓSTICA - possibilita o levantamento de hipótese diagnóstica

l.c
ai
e a definição de diagnóstico diferencial.

tm
8. FUNÇÃO DE ORIENTADOR DE FOCO - favorece a eleição dos focos a serem
ho
@
trabalhados junto ao paciente.
m

9. FORNECIMENTO DE DADOS SOBRE A ESTRUTURA PSICODINÂMICA DA


_i
or

PERSONALIDADE DA PESSOA – considera, notadamente, as perspectivas


m
la

prognósticas da relação do sujeito com o seu processo de adoecer e com seu


au
-p

tratamento.
4

10. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO CONTINUADA DO PROCESSO EVOLUTIVO DA


-0
12

RELAÇÃO DO PACIENTE COM SUA DOENÇA E TRATAMENTO - tal função considera


.0

que pode haver mudanças de foco, intercorrências internas e externas, entre outros
45
.6

fatores, que levam a pessoa a ressignificar sua doença.


58

11. HISTÓRIA DA PESSOA – destaca-se o fato de que não se trata de doenças,


-8

mas sim de pessoas doentes. Assim, conhecer a história da pessoa é crucial no


IM
R

Hospital Geral.
O
AM

12. POSSIBILITAR DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL QUANTO A QUADROS


ES

PSICOLÓGICOS/PSIQUIÁTRICOS ESPECÍFICOS - A presença de transtornos


R

psiquiátricos, no hospital geral, é exceção. Assim, boa parte das intercorrências


VA

psicológicas e psiquiátricas no Hospital Geral são associadas a quadros exógenos e


TA

a distúrbios adaptativos, do tipo síndrome Geral de adaptação e doenças de


LA

adaptação, além de episódios conversivos.


U
PA

13. ESTABELECIMENTO DAS CONDIÇÕES DE RELAÇÃO DA PESSOA COM SEU


PROGNÓSTICO (LIMITES VERSUS POSSIBILIDADES)

Gabarito: D

3. (PMF - SMS - IMPARH Seleção de Profissionais da Área de Saúde - Edital


nº 33/2016) Segundo Ricardo Werner Sebastiani, o trabalho do
psicólogo hospitalar baseia-se nos seguintes aspectos:

| 162
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(A)atender integralmente o paciente e sua família, considerando-se os preceitos da


OMS, desenvolver as atividades dentro de uma visão interdisciplinar,
baseando-se na integração dos serviços, e possibilitar a compreensão e o
tratamento dos aspectos psicológicos nas diferentes situações.
(B)participar da equipe multidisciplinar, estando em consonância com a visão
médica do paciente, possibilitando um esteio de apoio ao trabalho do
médico e sua equipe, facilitar a integração paciente hospital, melhorando a

10
qualidade de sua estadia e recuperação, e desenvolver ações que facilitem as

2:
interconsultas e diminuam a despersonalização do paciente.

:4
11
(C)atender o paciente, promovendo a diminuição de sua

1
02
despersonalização, auxiliar a família do paciente

/2
hospitalizado e garantir o bom funcionamento do trabalho interdisciplinar.

12
7/
(D)participar da equipe multidisciplinar, estando em

-2
consonância com a visão médica do paciente,

om
possibilitando um esteio de apoio ao trabalho do

l.c
ai
médico e sua equipe, atender o paciente, promovendo

tm
a diminuição de sua despersonalização,ho e facilitar a
@
integração paciente hospital melhorando a qualidade de sua estadia e recuperação
m
_i
or

Comentário: “O trabalho do psicólogo hospitalar baseia-se nos seguintes


m
la

aspectos:
au
-p

1— Atender integralmente o paciente e a sua família, considerando-se os


4

parâmetros de saúde da Organização Mundial de Saúde: a) Total bem-estar


-0
12

biopsicossocial do paciente; b) Atenção primária, secundária, terciária à saúde.” (...)


.0

2—Desenvolver as atividades dentro de uma visão interdisciplinar (médico,


45
.6

enfermeira, assistente social, fisioterapeuta, biomédico, nutricionista, etc...)


58

baseadas na integração dos serviços de saúde voltados para o paciente e sua


-8

família.
IM
R

3 — Possibilitar a compreensão e o tratamento dos aspectos psicológicos


O
AM

(psicogênicos) nas diferentes situações (...).”


ES

(Psicologia hospitalar: teoria e prática / Fernanda Alves Rodrigues Trucharte, Rosa


R

Berger Knijnik, Ricardo Werner Sebastiani; Valdemar Augusto Angerami-Camon


VA

(organizador). São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.)


TA
LA

Gabarito: A
U
PA

4. (PMF - SMS - IMPARH Seleção de Profissionais da Área de Saúde - Edital


nº 33/2016) Quais desses pacientes precisa ter uma avaliação
psicológica- psiquiátrica?

(A)Hemodiálise e pacientes queimados.


(B)Paciente de cirurgia bariátrica e de mudança de sexo.
(C) Queimados e mudança de sexo.
(D) Paciente de cirurgia bariátrica e hemodiálise

| 163
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Comentário: “Exemplos de contextos em que Avaliação Psicológica compulsória


está presente: nas Forças Armadas, para garantir melhor adaptação à rotina militar;
no trânsito, para concessão da Carteira Nacional de Habilitação e para renovação
nos casos de atividade remunerada; na segurança pública, no manuseio e porte de
arma de fogo; na saúde, para avaliar candidatos às cirurgias bariátricas e de
readequação genital ou em pacientes que necessitam de transplantes; no trabalho,
para compreender a aptidão de candidatos de concursos públicos a ocuparem as

10
vagas que pleiteiam mas também, na avaliação de tripulação e, por fim, no campo

2:
das relações familiares em casos de processos de adoção e reprodução assistida.”

:4
11
Fonte: http://satepsi.cfp.org.br/docs/1910-Dialogos-Ed10Encarte.pdf

1
02
/2
Gabarito: B

12
7/
-2
5. (PMF - SMS - IMPARH SELEÇÃO PÚBLICA PARA A CONTRATAÇÃO DE

om
PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR - SMS - EDITAL Nº 26/2018)

l.c
ai
Diagnosticar é conhecer a doença por meio de seus sintomas, é conhecer

tm
a situação existencial e subjetiva da pessoa que adoeceu na relação com
ho
@
sua doença. Essa definição de diagnóstico se aplica num referencial de:
m
_i
or

(A) análise experimental do comportamento.


m
la

(B) psicoterapia analítica junguiana.


au
-p

(C) psicanálise.
4

(D) psicologia hospitalar


-0
12
.0

Comentário: Para Simonetti (2016), em medicina, “o diagnóstico é o conhecimento


45
.6

da doença por meio de seus sintomas”. Por outro lado, na Psicologia Hospitalar, o
58

diagnóstico “é o conhecimento da situação existencial e subjetiva da pessoa


-8

adoentada em sua relação com a doença.


IM
R

Cabe questionamento ao enunciado da questão, já que o trecho


O
AM

“Diagnosticar é conhecer a doença por meio de seus sintomas, é conhecer a


ES

situação existencial e subjetiva da pessoa que adoeceu na relação com sua doença”
R

se trata do diagnóstico para a medicina, não para a Psicologia Hospitalar.


VA
TA

Gabarito: D
LA
U
PA

6. (PMF - SMS - IMPARH SELEÇÃO PÚBLICA PARA A CONTRATAÇÃO DE


PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR - SMS - EDITAL Nº 26/2018) O
profissional que objetiva o tratamento dos aspectos psicológicos em
torno do adoecimento, cujo objetivo final é a subjetividade, ajudando o
sujeito a compreender as causas de seu adoecimento, tendo como
filosofia curar sempre que possível, aliviar quase sempre e escutar
sempre, é um profissional:

(A) psicólogo cognitivo-comportamental.

| 164
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(B) psicólogo behaviorista.


(C) psicanalista.
(D) psicólogo hospitalar

Comentário: Segue quadro sobre a Psicologia Hospitalar, de acordo com Simonetti


(2016):
•Psicologia Hospitalar é o campo de entendimento e
Definição tratamento dos aspectos psicológicos em torno

10
do adoecimento.

2:
:4
•Subjetividade;
Objetivos

11
•Ajudar o sujeito a fazer a travessia da experiência

1
do adoecimento.

02
/2
•Curar sempre que possível, aliviar quase

12
Filosofia sempre, escutar sempre;

7/
-2
•Além-da-cura.

om
Estratégia
•Tratar do adoecimento no registro do simbólico;

l.c
•É pela palavra que o psicólogo relaiza seu trabalho.

ai
tm
ho
Técnica
@
•Escuta analítica e Manejo situacional.
m
_i
or
m

Paradigma
la
au

•O ser humano como um todo.


-p
4
-0
12

Gabarito: D
.0
45
.6

7. (Prefeitura de Fortaleza – IMPARH – 2014) Uma das funções do psicólogo


58
-8

hospitalar é a condução de avaliações psicológicas direcionadas à


IM

realidade dessa área de atuação; sabendo que essa realidade tem


R
O

algumas particularidades, aquelas empregadas na avaliação psicológica


AM

em outros contextos, aponte quais as principais funções do roteiro de


ES

avaliação psicológica aplicado à Psicologia Hospitalar.


R
VA

a) Diagnóstico, orientador de foco, doenças prévias, problemas de


TA

comorbidade, histórico familiar, história da pessoa, diagnóstico diferencial


LA

referente a quadros psicológicos/psiquiátricos específicos, estabelecimento das


U

condições de relação da pessoa com seu prognóstico.


PA

b) Orientador de foco, doenças prévias, história da pessoa, diagnóstico


diferencial referente a quadros psicológicos/psiquiátricos específicos,
estabelecimento das condições de relação da pessoa com seu prognóstico.
c) Diagnóstico, doenças prévias, histórico familiar, história da pessoa,
problemas de comorbidade, diagnóstico diferencial referente a quadros
psicológicos/psiquiátricos específicos, estabelecimento das condições de
relação da pessoa com seu prognóstico.

| 165
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Psicologia Saúde e Hospitalar

d) Diagnóstico, orientador de foco, fornecimento de dados sobre a estrutura


psicodinâmica da personalidade, instrumento de avaliação continuada do
processo evolutivo da relação do paciente com sua doença e tratamento,
história da pessoa, diagnóstico diferencial referente a quadros
psicológicos/psiquiátricos específicos, estabelecimento das condições de
relação da pessoa com seu prognóstico.

Comentário: As principais funções do roteiro de avaliação psicológica são:

10
14. FUNÇÃO DIAGNÓSTICA - possibilita o levantamento de hipótese diagnóstica

2:
e a definição de diagnóstico diferencial.

:4
11
15. FUNÇÃO DE ORIENTADOR DE FOCO - favorece a eleição dos focos a serem

1
02
trabalhados junto ao paciente.

/2
16. FORNECIMENTO DE DADOS SOBRE A ESTRUTURA PSICODINÂMICA DA

12
7/
PERSONALIDADE DA PESSOA – considera, notadamente, as perspectivas

-2
prognósticas da relação do sujeito com o seu processo de adoecer e com seu

om
tratamento.

l.c
ai
17. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO CONTINUADA DO PROCESSO EVOLUTIVO DA

tm
RELAÇÃO DO PACIENTE COM SUA DOENÇA E TRATAMENTO - tal função considera
ho
@
que pode haver mudanças de foco, intercorrências internas e externas, entre outros
m

fatores, que levam a pessoa a ressignificar sua doença.


_i
or

18. HISTÓRIA DA PESSOA – destaca-se o fato de que não se trata de doenças,


m
la

mas sim de pessoas doentes. Assim, conhecer a história da pessoa é crucial no


au
-p

Hospital Geral.
4

19. POSSIBILITAR DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL QUANTO A QUADROS


-0
12

PSICOLÓGICOS/PSIQUIÁTRICOS ESPECÍFICOS - A presença de transtornos


.0

psiquiátricos, no hospital geral, é exceção. Assim, boa parte das intercorrências


45
.6

psicológicas e psiquiátricas no Hospital Geral são associadas a quadros exógenos e


58

a distúrbios adaptativos, do tipo síndrome Geral de adaptação e doenças de


-8

adaptação, além de episódios conversivos.


IM
R

20. ESTABELECIMENTO DAS CONDIÇÕES DE RELAÇÃO DA PESSOA COM SEU


O
AM

PROGNÓSTICO (LIMITES VERSUS POSSIBILIDADES)


ES
R

Gabarito: D
VA
TA

8. (Prefeitura de Fortaleza – IMPARH – 2014) Segundo Maria Lúcia Hares


LA

Fongaro e Ricardo Werner Sebastiani, esse roteiro (roteiro de avaliação


U
PA

psicológica), além dos dados de identificação, deve conter 13 itens, são


eles:
a) estado emocional geral; sequelas emocionais do paciente; temperamento
emocional observado; postura frente à doença e à vida; estado atual frente à
doença/hospitalização e à vida; questionário específico; avaliação psicossocial;
exame psíquico; manifestações psíquicas e comportamentais; diagnóstico
psicológico; focos principais; conduta; síntese.
b) anamnese; estado emocional geral; relações familiares; temperamento
emocional observado; postura frente à doença e à vida; doenças prévias;

| 166
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Psicologia Saúde e Hospitalar

avaliação psicossocial; exame psíquico; manifestações psíquicas e


comportamentais; diagnóstico psicológico; focos principais; conduta; síntese.
c) anamnese; estado emocional geral; relações familiares; temperamento
emocional observado; postura frente à doença e à vida; doenças prévias;
avaliação psicossocial; exame psíquico; diagnóstico psicológico; focos
principais; conduta; síntese.
d) estado emocional geral; relações familiares; temperamento emocional
observado; postura frente à doença e à vida; doenças prévias; questionário

10
específico; avaliação psicossocial; exame psíquico; manifestações psíquicas e

2:
comportamentais; diagnóstico psicológico; focos principais; conduta; síntese

:4
11
1
02
Comentário: O roteiro de avaliação psicológica contém 13 itens de avaliação: estado

/2
emocional geral; sequelas emocionais do paciente; temperamento emocional

12
7/
observado; postura frente à doença e à vida; estado atual frente à

-2
doença/hospitalização e à vida; questionário específico; avaliação psicossocial;

om
exame psíquico; manifestações psíquicas e comportamentais; diagnóstico

l.c
ai
psicológico; focos principais; conduta; síntese.

tm
ho
@
Gabarito: A
m
_i
or

9. (Prefeitura de Fortaleza – IMPARH – 2014) De forma geral, podemos dizer


m
la

que o objetivo principal da psicologia hospitalar é:


au
-p

a) minimizar o sofrimento provocado pela hospitalização.


4

b) intervir no processo de hospitalização do paciente, criando vínculos positivos


-0
12

entre ele e a equipe de saúde.


.0

c) dar suporte aos familiares do paciente hospitalizado.


45
.6

d) dar suporte, por meio do conhecimento psicológico, à equipe de saúde.


58
-8

Comentários: Está com a impressão que já fez essa questão antes? Pois é, cuidado!
IM
R

Essa definição também aparece de forma recorrente.


O
AM

“A Psicologia Hospitalar tem como objetivo principal a minimização do


ES

sofrimento provocado pela hospitalização. Se outros objetivos forem alcançados a


R

partir da atuação do psicólogo com o paciente hospitalizado – inerente aos


VA

objetivos da própria psicoterapia antes citados –, trata-se de simples acréscimo ao


TA

processo em si. O psicólogo precisa ter muito claro que sua atuação no contexto
LA

hospitalar não é psicoterápica dentro dos moldes do chamado setting terapêutico.


U
PA

Como minimização do sofrimento provocado pela hospitalização, também é


necessário abranger não apenas a hospitalização em si – em termos específicos da
patologia que eventualmente tenha originado a hospitalização –, mas
principalmente as sequelas e decorrências emocionais dessa hospitalização.”
(Psicologia hospitalar: teoria e prática / Fernanda Alves Rodrigues Trucharte, Rosa
Beger Knijnik, Ricardo Werner Sebastiani; Valdemar Augusto Angerami-Camon
(organizador). — São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003)

Gabarito: A

| 167
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

10. (IBFC - 2019 – MGS-Psicólogo) Sabe-se que o psicólogo no contexto


hospitalar atua na intenção de cuidar dos variados aspectos psicológicos
que se manifestam frente ao adoecimento. Estes que, invariavelmente,
surgem bastante evidentes na família dos pacientes, no médico e por
toda a equipe de saúde, não envolvendo diretamente os pacientes.
Compreende-se que ao psicólogo, estas relações também devem ser alvo
de sua atenção e não apenas sua relação com os pacientes.

10
Teoricamente, estes dois tipos de relações estabelecidas pelo psicólogo

2:
neste contexto, são chamados de:

:4
11
1
02
A Relações Fundamentais e Relações Complementares

/2
12
7/
B Relações Basilares e Relações Paralelas

-2
om
C Relações Fundamentais e Relações Paralelas

l.c
ai
tm
D Relações Basilares e Relações Complementares
ho
@
m
_i
or

Comentário: Para Simonetti (2016), são relações fundamentais que envolvem o


m

paciente: paciente-médico, paciente-equipe, paciente -instituição, paciente-


la
au

psicólogo e paciente-família. Somado a isso, o denominado diagnóstico


-p

transferencial exige que se considere também as relações paralelas que se


4
-0

estabelecem entre os outros participantes da rede de relacionamentos e que não


12
.0

envolvem diretamente o paciente. Segue figura ilustrativa:


45
.6
58
-8
IM
R
O
AM
ES
R
VA
TA
LA

(Simonetti, 2016)
U

Gabarito: C
PA

11. (COVEST-COPSET - 2019 - UFPE - Psicólogo) Considerando algumas das


funções do psicólogo que atua em UTI de hospitais, assinale a alternativa
que não constitui uma função do psicólogo nesse contexto.

A Avaliação da adaptação do paciente à hospitalização, considerando seu estado


psíquico e sua compreensão do diagnóstico.

| 168
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

B Atuação junto à família acolhendo, orientando e informando as rotinas da UTI, e


oferecendo-lhes espaço para expressão dos seus sentimentos e questionamentos
quanto ao processo de internação do paciente.

C Evolução clínica do paciente, considerando os últimos exames laboratoriais,


assim como o seu humor.

D Atenção a solicitações dos profissionais da equipe, em relação a aspectos

10
psicológicos envolvidos na internação do paciente, além de incentivar o contato

2:
entre o paciente e a equipe, e entre os familiares e a equipe.

:4
11
1
E As intervenções psicológicas podem ser realizadas com o paciente, a família e a

02
/2
equipe de saúde

12
7/
-2
Comentário: “O psicólogo que atua em Terapia Intensiva é chamado de intensivista

om
e algumas de suas funções junto ao paciente consistem em assistência psicológica,

l.c
atentando a fatores que podem influenciar sua estabilidade emocional e a avaliação

ai
tm
da adaptação do paciente à hospitalização, considerando seu estado psíquico e sua
ho
compreensão do diagnóstico, além de suas reações emocionais diante da doença.
@
m

O psicólogo também atua junto à família acolhendo, orientando e informando as


_i
or

rotinas da UTI a seus familiares e visitantes, oferecendo-lhes espaço para expressão


m

dos seus sentimentos e questionamentos quanto ao processo de internação do


la
au

paciente. Junto à equipe multiprofissonal, é tarefa do psicólogo atender a


-p

solicitações dos profissionais relacionadas a aspectos psicológicos envolvidos na


4
-0

internação do paciente, além de incentivar o contato entre o paciente-equipe e


12
.0

familiares-equipe, buscando promover a adesão e compreensão do tratamento por


45

parte dos envolvidos no processo de hospitalização” (SCHNEIDER, Amanda Mom


.6
58

berger; MOREIRA, Mariana Calesso. Psicólogo Intensivista: Reflexões sobre a


-8

Inserção Profissional no Âmbito Hospitalar, Formação e Prática Profissional. Trends


IM

Psychol., Ribeirão Preto, 2017)


R
O

Assim, a única função não elencada é a que aparece na letra “c”.


AM
ES

Gabarito: C
R
VA
TA

12. (COVEST-COPSET - 2019 - UFPE - Psicólogo) No que diz respeito à


LA

Psicologia Hospitalar, é correto afirmar que:


U
PA

A por ser uma prática que acontece dentro do hospital, a psicologia hospitalar é o
campo de entendimento e tratamento das doenças.

B é possível definir a filosofia da psicologia hospitalar como psicologia da escuta;


contudo, essa escuta se torna inviável quando o paciente se encontra
impossibilitado, organicamente, de falar.

| 169
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

C o objeto de estudo da psicologia hospitalar diz respeito, prioritariamente, às


doenças com causas psíquicas.

D a Psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos


psicológicos em torno do adoecimento.

E a psicologia hospitalar vem-se desenvolvendo, ancorada num paradigma


epistemológico que valoriza o conhecimento interdisciplinar e, como

10
consequência, privilegia a existência de doenças e não de doentes.

2:
:4
11
Comentário: “Psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos

1
aspectos psicológicos em torno do adoecimento.” (Simonetti, 2016)

02
/2
12
A psicologia não entende e trata as doenças em si (letra “a” incorreta); a

7/
-2
escuta não se torna inviável quando o paciente se encontra impossibilitado,

om
organicamente, de falar (letra “b” incorreta); a psicologia hospitalar privilegia a

l.c
existência das pessoas doentes, e não das doenças (letra “e” incorreta).

ai
tm
ho
A Psicologia hospitalar não trata somente das denominadas doenças
@
m

psicossomáticas (aquelas com causas psíquicas), mas sim dos aspectos


_i
or

psicológicos de toda e qualquer doença. “Toda doença apresenta aspectos


m

psicológicos, toda doença encontra-se repleta de subjetividade, e por isso pode se


la
au

beneficiar do trabalho da Psicologia Hospitalar.” (Simonetti, 2016). Assim, errada a


-p

letra “c”.
4
-0
12

Gabarito: D
.0
45
.6
58

13. (NUCEPE - 2019 - FMS - Psicólogo) A respeito do atendimento psicólogo


-8

ao paciente internado, analise as proposições a seguir:


IM

I. O atendimento psicológico ao paciente comatoso deverá ser


R
O

interrompido, em razão de sua impossibilidade de comunicação, sendo


AM

retomado imediatamente após este recobrar sua consciência.


ES

II. Do ponto de vista psicológico, durante o pós-operatório imediato podem


R
VA

surgir quadros psico-reativos altamente comprometedores ao


TA

reestabelecimento do paciente, a exemplo de depressão, anorexia, astenia


LA

e apatia.
U
PA

III. O setting terapêutico na realidade hospitalar é essencialmente um


conceito virtual, demandando do psicólogo uma postura flexível e criativa
no contorno das dificuldades apresentadas.
IV. O atendimento psicológico na UTI deve fornecer estimulação psíquica e
visual ao paciente, oferecendo orientação temporal, orientando visitas de
familiares e trazendo informações sobre o mundo externo, prevenindo
dessa maneira a ocorrência da Síndrome da UTI.
A partir dessa análise, pode-se concluir que estão INCORRETOS.

| 170
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

A Apenas o item I.

B Apenas os itens I e III.

C Apenas os itens II e III.

D Apenas os itens II, III e IV.

E Todos os itens.

10
2:
:4
11
Comentário: Cuidado! Está pedindo apenas os itens incorretos! O atendimento

1
psicológico ao paciente comatoso NÃO deverá ser interrompido, em razão de sua

02
/2
impossibilidade de comunicação.

12
7/
-2
Gabarito: A

om
l.c
14. (VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP - Psicólogo – GP) No que diz

ai
tm
respeito à inserção da Psicologia no contexto hospitalar, sua atuação
ho
@
A abrange todos os níveis de atenção à saúde da população, desde a atenção
m
_i

primária até a atenção de caráter curativo.


or
m
la
au

B limita-se à instituição hospitalar e, portanto, ao trabalho em prevenção


-p

secundária e terciária em saúde.


4
-0
12

C confunde-se com a atuação em psicologia clínica, uma vez que contempla ações
.0
45

coletivas de prevenção e intervenção.


.6
58
-8

D deve limitar-se aos aspectos relacionados a gestão e aprimoramento dos recursos


IM

humanos do hospital.
R
O
AM

E inclui o planejamento de programas sobre hábitos saudáveis para melhorar a


ES

qualidade de vida da população.


R
VA

Comentário: A Psicologia da Saúde abrange todos os níveis de atenção, mas


TA

a hospitalar não; a Psicologia Hospitalar não se confunde com a Psicologia Clínica,


LA
U

possuindo aspectos particulares e específicos.


PA

A atuação da(o) psicóloga(o) em hospitais do SUS se insere na chamada


Atenção Terciária, também denominada Atenção de Alta Complexidade ou alta
densidade tecnológica. Inclui ações que demandam tecnologias mais duras, como
a que é necessária para a realização de transplantes, por exemplo.
Com frequência, a Psicologia Hospitalar se aplica também a serviços de
atenção secundária, de média densidade tecnológica, como os ambulatórios de
acompanhamento longitudinal, que atendem, por exemplo, gestantes de alto risco,
centros de atenção especializados a renais crônicos, entre outros serviços.
(Conselho Federal de Psicologia (Brasil). Referências técnicas para atuação de

| 171
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

psicólogas(os) nos serviços hospitalares do SUS / Conselho Federal de Psicologia,


Conselhos Regionais de Psicologia e Centro de Referência Técnica em Psicologia e
Políticas Públicas. 1. ed. Brasília: CFP, 2019)

Gabarito: B

15. (COSEAC - 2019 - UFF - Psicólogo - Clínica) A Psicologia Hospitalar é o


campo de tratamento dos aspectos psicológicos em torno do

10
adoecimento, visando à minimização do sofrimento provocado pela

2:
hospitalização. De acordo com Cantarelli, é importante evidenciar que

:4
11
esta especialidade da psicologia visa a ter um olhar como um todo para

1
02
o paciente, ou seja, não faz dicotomia entre:

/2
12
7/
A classes sociais.

-2
om
B faixa etária.

l.c
ai
tm
C causas psicogênicas versus causas orgânicas.
ho
@
m

D saúde pública versus saúde privada.


_i
or
m

E psiquiatria versus psicologia.


la
au
-p

Comentário: A Psicologia hospitalar não trata somente das denominadas


4
-0

doenças psicossomáticas (aquelas com causas psíquicas), mas sim dos aspectos
12

psicológicos de toda e qualquer doença.


.0
45

“Toda doença apresenta aspectos psicológicos, toda doença encontra-se


.6
58

repleta de subjetividade, e por isso pode se beneficiar do trabalho da Psicologia


-8

Hospitalar.” (Simonetti, 2016)


IM
R
O

Gabarito: C
AM
ES

16. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


R
VA

EM SAÚDE – 2019) Sobre os primórdios da Psicologia Hospitalar no Brasil,


TA

preencha as lacunas e assinale a alternativa correta. A Psicologia


LA

Hospitalar no Brasil tem origem com o trabalho desenvolvido


U
PA

por_________________ no Hospital das Clínicas da Universidade de São


Paulo (USP), mais especificamente na Clínica de _________________.

(A) Silvia Lane / Pediatria


(B) Rosimeire Silva / Psiquiatria
(C) Mathilde Neder / Ortopedia e Traumatologia
(D) Cristina Rauter / Geriatria
(E) Marisa Decat de Moura / Ginecologia

| 172
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Comentário: “A atuação do psicólogo no hospital geral, que representa uma


especificidade da Psicologia da Saúde no setor terciário, iniciou-se na década de
1950 com poucos profissionais psicólogos. Havia, no país, profissionais com
formação nas áreas das Ciências Humanas os quais eram responsáveis pela
assistência psicológica aos pacientes hospitalizados. Entretanto, verificou-se a
necessidade do surgimento dos cursos de graduação em Psicologia para delimitar
a atuação do psicólogo nas instituições de saúde (Angerami-Camon, 2002).

10
As primeiras atividades foram realizadas por Matilde Néder em 1954 na clínica

2:
ortopédica e traumatológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da

:4
11
Universidade Federal de São Paulo (HC-FMUSP), considerada a pioneira na área

1
02
(Angerami-Camon, 2002). O acompanhamento psicológico para as crianças,

/2
realizado por essa psicóloga pioneira, ocorria durante o período pré e pós-

12
7/
operatório de cirurgias na região cervical.” (AZEVEDO, Adriano Valério dos Santos;

-2
CREPALDI, Maria Aparecida. A Psicologia no hospital geral: aspectos históricos,

om
conceituais e práticos. Estud. psicol. (Campinas), Campinas, v. 33, n. 4, p. 573-

l.c
ai
585, Dec. 2016)

tm
ho
- Silvia Lane– nome de destaque no campo da Psicologia Social
@
m
_i
or

- Rosimeire Silva - nome de destaque no campo da saúde mental.


m
la
au

- Cristina Rauter - estuda processos de subjetivação numa perspectiva


-p

transdisciplinar, baseado na filosofia de Spinoza. Trabalha sobre a questão das


4
-0

prisões e dos processos de criminalização.


12
.0
45

- Marisa Decat de Moura - Ajudou a fundar a Sociedade Brasileira de Psicologia


.6
58

Hospitalar; psicanalista.
-8
IM

Gabarito: C
R
O
AM

17. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


ES

EM SAÚDE – 2019) Em 2001, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)


R
VA

instituiu a Psicologia Hospitalar como uma das especialidades na área da


TA

Psicologia. Sobre a prática do psicólogo especialista em Psicologia


LA

Hospitalar, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as


U
PA

corretas.
I. Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços
exclusivamente de atenção terciária.
II. Atua em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa,
visando ao aperfeiçoamento ou especialização de profissionais em sua área de
competência, ou à complementação da formação de outros profissionais de
saúde.

| 173
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

III. Atende pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da


comunidade dentro de sua área de atuação; e membros da equipe
multiprofissional, mas nunca membros da equipe administrativa do hospital.
IV. Promove intervenções direcionadas à relação médico/paciente,
paciente/família e paciente/paciente, tendo como principal objetivo a cura
física do paciente.
V. Desenvolve diferentes modalidades de intervenção, a depender da demanda
e de sua formação, como: atendimento psicoterapêutico; grupos

10
psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e

2:
Unidade de Terapia Intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral;

:4
11
psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica;

1
02
psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria.

/2
12
7/
(A) Apenas I, II e V.

-2
(B) Apenas I, III e IV.

om
(C) Apenas I e III.

l.c
ai
(D) Apenas II e V.

tm
(E) I, II, III, IV e V. ho
@
m

Comentário: De acordo com o anexo da Resolução 13/2007 do CFP (Institui a


_i
or

Consolidação das Resoluções relativas ao Título Profissional de Especialista em


m
la

Psicologia), o Psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar:


au
-p

- “Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços de


4

nível secundário ou terciário da atenção à saúde.


-0
12

- Atua também em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e


.0

de pesquisa, visando o aperfeiçoamento ou a especialização de profissionais em sua


45
.6

área de competência, ou a complementação da formação de outros profissionais de


58

saúde de nível médio ou superior, incluindo pós-graduação lato e stricto sensu.


-8

- Atende a pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros


IM
R

da comunidade dentro de sua área de atuação; membros da equipe


O
AM

multiprofissional e eventualmente administrativa, visando o bem-estar físico e


ES

emocional do paciente; e, alunos e pesquisadores, quando estes estejam atuando


R

em pesquisa e assistência.
VA

- Oferece e desenvolve atividades em diferentes níveis de tratamento, tendo


TA

como sua principal tarefa a avaliação e acompanhamento de intercorrências


LA

psíquicas dos pacientes que estão ou serão submetidos a procedimentos


U
PA

médicos, visando basicamente a promoção e/ou a recuperação da saúde física


e mental.
-Promove intervenções direcionadas à relação médico/paciente,
paciente/família, e paciente/paciente e do paciente em relação ao processo do
adoecer, hospitalização e repercussões emocionais que emergem neste processo.
O acompanhamento pode ser dirigido a pacientes em atendimento clínico ou
cirúrgico, nas diferentes especialidades médicas. Podem ser desenvolvidas
diferentes modalidades de intervenção, dependendo da demanda e da formação do
profissional específico; dentre elas ressaltam-se: atendimento psicoterapêutico;

| 174
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório


e Unidade de Terapia Intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral;
psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico;
consultoria e interconsultoria.
- No trabalho com a equipe multidisciplinar, preferencialmente
interdisciplinar, participa de decisões em relação à conduta a ser adotada pela
equipe, objetivando promover apoio e segurança ao paciente e família, aportando
informações pertinentes à sua área de atuação, bem como na forma de grupo de

10
reflexão, no qual o suporte e manejo estão voltados para possíveis dificuldades

2:
operacionais e/ou subjetivas dos membros da equipe.”

:4
11
1
02
Gabarito: D

/2
12
7/
18. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL

-2
EM SAÚDE – 2019) Enquanto na medicina o diagnóstico diz respeito ao

om
conhecimento da doença por meio de sua sintomatologia, na psicologia

l.c
ai
hospitalar o diagnóstico é o conhecimento da situação existencial e

tm
subjetiva da pessoa adoentada em relação à doença. Nessa perspectiva,
ho
@
o diagnóstico constitui-se a partir dos seguintes eixos, EXCETO
m
_i
or

(A) transferencial.
m
la

(B) reacional.
au
-p

(C) situacional.
4

(D) médico.
-0
12

(E) relacional.
.0
45
.6

Comentário: Quatro são os eixos que compõem o diagnóstico:


58

-Diagnóstico Reacional = modo como o sujeito reage à doença; foco


-8

na posição que a pessoa assume em relação à doença.


IM
R

-Diagnóstico Médico = sua condição clínica; foco em como é a doença


O
AM

do ponto de vista orgânico.


ES

-Diagnóstico Situacional = análise das diversas áreas da vida do


R

sujeito; abre-se para a amplitude de vida da pessoa.


VA

-Diagnóstico Transferencial = estuda as relações que a pessoa


TA

estabelece a partir do adoecimento. (Simonetti, 2016)


LA
U
PA

Gabarito: E

19. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


EM SAÚDE – 2019) Referente ao conceito de Psicologia Hospitalar,
preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.
A Psicologia Hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos
psicológicos em torno do(a) ____________________ e visa à minimização do
sofrimento provocado pelo(a) ______________________.

| 175
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(A) cuidado / crise


(B) adoecimento / hospitalização
(C) diagnóstico / dor
(D) hospitalização / isolamento social
(E) saúde / doença

Comentário: “Psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos


aspectos psicológicos em torno do adoecimento.” (Simonetti, 2016)

10
“A Psicologia Hospitalar tem como objetivo principal a minimização do

2:
sofrimento provocado pela hospitalização. Se outros objetivos forem alcançados a

:4
11
partir da atuação do psicólogo com o paciente hospitalizado – inerente aos

1
02
objetivos da própria psicoterapia antes citados –, trata-se de simples acréscimo ao

/2
processo em si. O psicólogo precisa ter muito claro que sua atuação no contexto

12
7/
hospitalar não é psicoterápica dentro dos moldes do chamado setting terapêutico.

-2
Como minimização do sofrimento provocado pela hospitalização, também é

om
necessário abranger não apenas a hospitalização em si – em termos específicos da

l.c
ai
patologia que eventualmente tenha originado a hospitalização –, mas

tm
principalmente as sequelas e decorrências emocionais dessa hospitalização.”
ho
@
(Psicologia hospitalar: teoria e prática / Fernanda Alves Rodrigues Trucharte, Rosa
m

Beger Knijnik, Ricardo Werner Sebastiani; Valdemar Augusto Angerami-Camon


_i
or

(organizador). — São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003)


m
la
au
-p

Gabarito: B
4
-0
12

20. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


.0

EM SAÚDE – 2019) Sabe-se que a realidade vivenciada pelo psicólogo


45
.6

hospitalar é bastante diferente da realidade vivenciada no consultório,


58

o que exige do profissional uma atuação diferenciada. Em relação às


-8

especificidades do trabalho do psicólogo hospitalar, assinale a


IM
R

alternativa INCORRETA.
O
AM

(A) O contexto com o qual o psicólogo se depara é bastante diversificado


ES

(ambulatório, clínicas de internação, pronto-atendimento, UTI), o que exige do


R

profissional disposição para se debruçar sobre aquele contexto específico da


VA

vivência humana, em suas diferentes formas de apresentação: a criança, o


TA

adolescente, o adulto, o idoso, o paciente crônico, o psiquiátrico, o que foi vítima de


LA

violência, o cirúrgico, o oncológico, entre outros.


U
PA

(B) A atuação do psicólogo é permeada pela instituição, de modo que o trabalho


constantemente está exposto a um conjunto de regras, valores, rotinas, enfim, à
dinâmica própria da instituição.
(C) A intervenção psicológica a um paciente poderá ser breve, por vezes única, pois
dependerá do tempo de internação de cada paciente.
(D) Em relação à organização do trabalho, os atendimentos são realizados a partir
de solicitação de consulta ou busca ativa, de maneira que o paciente se desloca até
a sala de psicologia e, nesta, estabelece-se o setting terapêutico.
(E) O psicólogo lida não apenas com o sofrimento do paciente, mas trabalha com a

| 176
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

família e os profissionais envolvidos. Além disso, as condutas são compartilhadas


por um grupo de profissionais de diferentes áreas.

Comentário: “A população atendida e o contexto onde se dão os atendimentos


também são muito diversificados, o que exige da(o) profissional da Psicologia
Hospitalar uma disposição a se debruçar sobre aquele contexto específico da
vivência humana, em suas diferentes formas de apresentação: a criança, o
adolescente, o adulto, o idoso, o paciente crônico, o psiquiátrico, o vítima de

10
violência, o cirúrgico, o oncológico, entre outros.”

2:
:4
11
“(...)é necessário reconhecer que a(o) profissional se encontra em uma realidade

1
02
muito diferente da vivenciada no consultório, pois no ambiente hospitalar, a

/2
atuação da(o) Psicóloga(o) é permeada pela instituição, na medida em que está

12
7/
exposta a um conjunto de regras, valores, rotinas, dinâmica acelerada e repleta de

-2
acontecimentos inesperados.”

om
l.c
ai
“quando é solicitada intervenção psicológica a um paciente, há que se considerar

tm
que ela poderá ser breve, por vezes única, pois dependerá do tempo de
ho
@
internamento de cada paciente.”
m
_i
or

“Em relação à organização do trabalho, os atendimentos são realizados a partir de


m
la

solicitação de consulta ou busca ativa, de maneira que a(o) Psicóloga(o) precisa se


au
-p

deslocar até o leito do paciente e, nesse, estabelecer o setting terapêutico.”


4

(ERRADA “D”)
-0
12
.0

“o profissional de Psicologia lida não apenas com o sofrimento do paciente, mas


45
.6

trabalha com a família e os profissionais envolvidos, em função de promover o


58

enfrentamento da doença por todos esses personagens.”


-8
IM
R

“Há, também, condutas compartilhadas com um grupo de profissionais de


O
AM

diferentes áreas com a exigência de se atuar e dialogar em equipe”


ES
R

(Caderno de psicologia hospitalar: considerações sobre assistência, ensino,


VA

pesquisa e gestão / Bruno Jardini Mäder (org.) – Curitiba: CRP-PR, 2016.)


TA
LA

Gabarito: D
U
PA

21. (EAOAP Aeronáutica 2019 - Psicologia (PSC)) Em 2011, o Conselho


Federal de Psicologia (CFP) lançou uma publicação com informações
sobre os psicólogos nas políticas públicas de saúde. Os campos de
atuação da Psicologia em Saúde Pública são:

I. Atenção básica.
II. Média complexidade.
III. Alta complexidade.

| 177
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

IV. Vigilância em Saúde.

Está correto o que se afirma em


a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.

10
Comentário: “O Plano Nacional de Saúde, em relação às linhas de atenção à saúde,

2:
tem como objetivos efetivar a atenção básica como espaço prioritário de

:4
11
organização do SUS, usando estratégias de atendimento integral – a exemplo da

1
02
saúde da família – e promovendo a articulação intersetorial e com os demais níveis

/2
de complexidade da área, assim como reorganizar a atenção especializada, visando

12
7/
a garantir a integralidade da atenção, com a redefinição do papel dos hospitais na

-2
rede assistencial.”

om
“O plano também se propõe a promover a atenção à saúde de grupos

l.c
ai
populacionais mais vulneráveis – em especial os povos indígenas –, de portadores

tm
de patologias e deficiências, mediante a adoção de medidas que contribuam para a
ho
@
sua qualidade de vida (BRASIL, PNS, 2004).”
m
_i
or

“De acordo com o plano, os campos de Atuação da Psicologia em Saúde Pública são:
m
la

• Atenção básica
au
-p

• Média e alta complexidade


4

• Vigilância em Saúde”
-0
12
.0

(Referência: CFP, 2011. Senhoras e senhores gestores da Saúde, Como a Psicologia


45
.6

pode contribuir para o avanço do SUS. Brasília, DF.)


58
-8

Gabarito: D
IM
R
O
AM

22. EAOAP Aeronáutica 2019 - Psicologia (PSC) - A Psicossomática evoluiu


ES

nas seguintes fases.


R
VA

I. Humanista, com o foco nos profissionais que atendem o paciente,


TA

independentemente se atuam de maneira integrada ou não.


LA

II. Psicanalítica, com predomínio dos estudos sobre a gênese inconsciente das
U
PA

enfermidades, sobre as teorias da regressão e sobre os benefícios secundários


do adoecer, entre outras.
III. Behaviorista, caracterizada pelo estímulo à pesquisa em homens e animais,
tentando enquadrar os achados à luz das ciências exatas e dando um grande
estímulo aos estudos sobre estresse.
IV. Multidisciplinar, em que vem emergindo a importância do social e da visão
da psicossomática como uma atividade essencialmente de interação, de
interconexão entre vários profissionais de saúde.

| 178
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Estão corretas as afirmativas


a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.

Comentário: Para Mello Filho (1992), a evolução da psicossomática ocorreu em


fases. A primeira, denominada de fase inicial ou psicanalítica, sob a influência das

10
teorias psicanalíticas, teve seu interesse voltado para os estudos da origem

2:
inconsciente das doenças, das teorias da regressão e dos ganhos secundários da

:4
11
doença.

1
02
A segunda, também chamada de fase intermediária, influenciada pelo

/2
modelo Behaviorista, valorizou as pesquisas tanto em homens como em animais,

12
7/
deixando assim grande legado aos estudos do stress.

-2
A terceira fase, denominada de atual ou multidisciplinar, valorizou o social,

om
a interação e interconexão entre os profissionais das várias áreas da saúde. (Mello

l.c
ai
Filho, Júlio de (1992). Psicossomática Hoje. Artes Médicas. Porto Alegre)

tm
ho
@
Gabarito: C
m
_i
or

23. EAOp 2018 - Psicologia (PSC) - Avalie as afirmações sobre algumas


m
la

competências necessárias para os psicólogos atuarem na saúde.


au
-p

I. Intervenção psicológica: basear-se em uma perspectiva psicológica, sem


4

considerar a interação do sujeito com a doença, uma vez que seria adentrar no
-0
12

saber médico.
.0

II. Interconsulta: pois atende à necessidade da realização do trabalho


45
.6

multidisciplinar.
58

III. Pesquisa: pois, por meio de coleta e de análise de dados, há a possibilidade


-8

da atualização do conhecimento.
IM
R

IV. Supervisão: pois possibilita a formação de futuros profissionais.


O
AM
ES

É correto apenas o que se afirma em


R

a) I.
VA

b) I e II.
TA

c) II e III.
LA

d) II, III e IV.


U
PA

Comentário: A perspectiva psicológica considera a interação do sujeito com a


doença (errada afirmativa I). As demais, tanto a interconculta, como a pesquisa e a
supervisão são competências necessárias para os psicólogos atuarem na saúde.

Gabarito: D

| 179
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

24. EAOAP Aeronáutica 2018 - Psicologia (PSC)- De acordo com Mello Filho
(2002) é correto afirmar sobre a psicossomática que

a) toda doença que acomete os humanos é psicossomática.


b) a expressão “medicina psicossomática” já era utilizada por Platão.
c) essa prática é exclusividade dos profissionais da medicina e da psicologia.
d) por enfatizar os aspectos biológicos em detrimento dos psicológicos, Freud a
negava.

10
2:
Comentário: O termo “medicina psicossomática”, originalmente, foi utilizado para

:4
11
designar os estudos das relações mente-corpo. Esse termo começou a ser utilizado

1
02
nas primeiras décadas do século 20. (Ou seja, o termo não começou a ser usado por

/2
Platão; errada letra “B”)

12
7/
Nome de destaque no campo da Psicossomática é o de Freud. As

-2
descobertas de Freud sobre o inconsciente permitiram explicar muitas das razões

om
do adoecer somático. (Errada letra “D”)

l.c
ai
A prática psicossomática é uma atividade eminentemente interdisciplinar.

tm
(Errada letra “C”) ho
@
“Toda doença humana é psicossomática, já que incide no ser sempre
m

provido de soma e psique, inseparáveis, anatômica e funcionalmente." (Mello Filho,


_i
or

2002)
m
la
au
-p

Gabarito: A
4
-0
12

25. EAOAP Aeronáutica 2018 - Psicologia (PSC) - Avalie as descrições sobre


.0

os principais sinais e sintomas do luto.


45
.6
58

I. Sentimentos: emancipação, alívio, desamparo, tristeza.


-8

II. Cognições: descrença, confusão, preocupação, alucinações.


IM
R

III. Comportamentos: transtornos do sono, isolamento social, choro.


O
AM

IV. Queixas somáticas: raiva, sensação de presença da pessoa falecida,


ES

hiperatividade.
R
VA

Está correto apenas o que se afirma em


TA

a) II e III.
LA

b) III e IV.
U
PA

c) I, II e III.
d) I, III e IV.

Comentários: Os principais sintomas e sinais do processo de luto, segundo Rangé e


Cols (1998) podem ser:
- Sentimentos: culpa e autorrecriminação; raiva; tristeza; fadiga; solidão;
ansiedade; choque; emancipação; alívio; anseio pela presença do outro;
desamparo; estarrecimento.

| 180
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

- Cognições: preocupação; descrença; confusão; sensação da presença;


alucinações.
- Comportamentos: transtorno do apetite; transtorno do sono; sonhos com a
pessoa morta; isolamento social; passeios a lugares que lembram a pessoa perdida;
evitação de coisas que lembrem a pessoa morta; portar objetos que pertenciam a
ela; choro; hiperatividade.
- Fisiológicos: aperto no peito; nó na garganta; vazio no estômago;
hipersensibilidade ao barulho; sensação de despersonalização; fraqueza muscular;

10
falta de ar; falta de energia; boca seca.

2:
:4
11
Gabarito: C

1
02
/2
26. EAOAP AERONÁUTICA 2016 – Psicologia - O tema oncologia é um dos mais

12
7/
estudados e passíveis de intervenção por parte do profissional da

-2
psicologia hospitalar e da saúde mediante doenças crônicas e fatais.

om
Nesse sentido, é possível dizer que essa especialidade tem por

l.c
ai
compromisso assumir um fazer em psicologia incorporando uma

tm
dimensão social, de investigação contínua e de atuação
ho
@
multiprofissional. São, portanto, objetivos da psicologia junto à
m

oncologia:
_i
or
m
la

I. Prover ao paciente oncológico e aos seus familiares todo suporte emocional


au
-p

que lhes são necessários.


4

II. Evitar orientações e informações aos pacientes e seus familiares,


-0
12

fornecendo-as somente à equipe de saúde, impedindo o desenvolvimento de


.0

crises decorrentes da experiência de interrupção da continuidade da vida.


45
.6

III. Desenvolver projetos científicos na área de psicologia voltados para a


58

oncologia.
-8

IV. Contribuir para a formação de profissionais da área de psicologia


IM
R

especialistas em oncologia, que se orientem pelo modelo de compreensão


O
AM

biopsicossocial dos processos de saúde e doenças.


ES
R

Estão corretas apenas as afirmativas


VA

a) I e II.
TA

b) I e IV.
LA
U

c) I, II e III.
PA

d) I, III e IV.

Comentário: O trabalho do profissional da psicologia junto à oncologia é multi e


interdisciplinar. O psicólogo propicia aos pacientes e aos familiares suporte
emocional, orientações e informações (Errada alternativa II).
Vale ressaltar que em equipe, o trabalho do psicólogo deve envolver ainda o
desenvolvimento de projetos científicos para a formação de profissionais da área de
psicologia especialistas em oncologia, que se orientem pelo modelo de

| 181
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

compreensão biopsicossocial dos processos de saúde e doenças e de inovação de


suas práticas profissionais.

(Fonte: MELLO, Julio de. Concepção Psicossomática: visão atual. 10. ed. São Paulo:
Casa do Psicólogo, 2002.)

Gabarito: D

10
27. (EAOAP AERONÁUTICA 2016 – Psicologia) A Psicossomática pode ser

2:
definida como a ciência cujo objeto de investigação são os mecanismos de

:4
11
interação entre as dimensões corporais e mentais de um indivíduo. De modo

1
02
contextualizado e contemporâneo traduz-se no estudo de como o fato corporal

/2
está integrado ao fator psíquico que, por sua vez, integra-se aos fatores

12
7/
relacionais e ambientais. Uma doença consistirá, pois, na expressão

-2
desarmônica de diversos fatores que ameaçam o equilíbrio biopsicossocial de

om
um indivíduo. Tendo isso em vista, o estresse consiste em um fator que

l.c
ai
contribui para a referida expressão de desequilíbrio e, inclusive, para o

tm
aparecimento de diversas doenças. A respeito do estresse assinale a opção
ho
@
correta.
m

a) O estresse objetivo relaciona-se à avaliação feita pelos indivíduos, como ameaça


_i
or

para si próprios.
m
la

b) O estresse pressentido é considerado a partir de causas externas, definidas como


au
-p

fatores provocadores.
4

c) A resposta de estresse envolve modificações orgânicas provocadas por agentes


-0
12

causadores através do sistema nervoso autônomo e do sistema neuroendócrino,


.0

desequilibrando o organismo e ameaçando a homeostasia.


45
.6

d) A reação de estresse não é diretamente determinada pela gravidade objetiva ao


58

agente causador do estresse, mas pela relação indivíduo/ambiente, na qual fatores


-8

emocionais, cognitivos e sociais desempenham papel fundamental.


IM
R
O
AM

Comentário: No processo de desencadeamento de uma doença, o estresse consiste


ES

em um fator que contribui para uma expressão de desequilíbrio e, inclusive, para o


R

aparecimento de diversas doenças. Nesse sentido, uma reação de estresse não é


VA

diretamente determinada pela gravidade objetiva ao agente causador, mas pela


TA

relação indivíduo/ambiente, na qual fatores emocionais, cognitivos e sociais


LA

desempenham papel fundamental. (Fonte: MELLO, Julio de. Concepção


U
PA

Psicossomática: visão atual. 10. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.)

Gabarito: D

28. Ano: 2019 Banca: COVEST-COPSET Órgão: UFPE Prova: COVEST-COPSET -


2019 - UFPE - Psicólogo
Considere o seguinte quadro: “O enlutado nega a morte, continua a sua vida
normalmente e apresenta gestos e comportamentos automatizados. Por vezes,

| 182
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

essa reação é interrompida por momentos de raiva e desespero.” Essa fase do


luto pode durar horas ou algumas semanas e é denominada de

A anseio e busca.

B desorganização

C entorpecimento

10
2:
D angústia e organização.

:4
11
1
E desespero e reorganização.

02
/2
12
Comentário: - Segundo Bowlby, há quatro fases do luto:

7/
-2
1) o entorpecimento = fase de choque, descrença e negação da realidade; o

om
enlutado nega a morte, continua a sua vida normalmente e apresenta gestos e

l.c
comportamentos automatizados.

ai
tm
2) o anseio = as lembranças da pessoa perdida são recorrentes; desejo de
ho
recuperar o ente querido, de trazê-lo de volta. O enlutado passa a ter sonhos,
@
m

confundir pessoas na rua com o ente falecido, além de apresentar muita


_i

inquietação.
or
m

3) a desorganização e o desespero = nessa fase, a realidade é assimilada;


la
au

sentimentos de raiva e tristeza são comumente encontrados; a pessoa se sente


-p

incapaz de fazer algo.


4
-0

4) a reorganização = a saudade ainda está presente, mas a pessoa vai se


12

adaptando às modificações causadas pela perda, podendo retomar suas atividades.


.0
45

(BASSO, Lissia Ana; WAINER, Ricardo. Luto e perdas repentinas:


.6
58

contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental. Rev. bras.ter. cogn., Rio de


-8

Janeiro , v. 7, n. 1, p. 35-43, jun. 2011)


IM
R
O

Gabarito: C
AM
ES

29. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: FCC - 2019 - Analista Judiciário
R
VA

- Psicólogo
TA

A morte e o luto fazem parte de diversas temáticas no tocante à abordagem


LA

psicológica no cotidiano hospitalar, junto à pessoa doente, à sua família e à


U
PA

equipe multidisciplinar. Nesse contexto, as intervenções

A devem visar a criação de estratégias de intercessões em relação ao cuidador e às


equipes de saúde, com a finalidade de obter um padrão de resposta e de atuação
por parte desses profissionais, para todas as situações de luto que venham a
enfrentar.
B devem considerar a comunicação sobre o adoecimento e perspectiva de morte
tanto para a criança como para a família, rompendo com possíveis pactos de
silêncio.

| 183
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

C focam exclusivamente no treinamento e preparação psicológica da equipe,


família e doente para lidar com a morte.
D não devem abordar o luto antecipatório com as famílias de crianças pequenas,
pois esse trabalho deverá ser feito no contexto clínico de consultório, de forma a
ocorrer em ambiente apropriado para esse fim.
E devem ter o foco na família, de modo a deixar a equipe médica e de auxiliares
técnicos livres para o cuidado da saúde física do paciente.

10
Comentário: As intervenções NÃO devem seguir um padrão de resposta e de

2:
atuação, para todas as situações de luto que venham a enfrentar. (Errada letra “A”)

:4
11
O foco não é exclusivo na preparação para lidar com a morte, até porque,

1
02
outras questões podem surgir. (Errada letra “C”)

/2
O luto antecipatório pode sim ser abordado pelo psicólogo no ambiente

12
7/
hospitalar. (Errada letra “D”)

-2
O foco não é somente na família; paciente e equipe também devem ser

om
considerados. (Errada letra “E”)

l.c
ai
tm
Gabarito: B ho
@
m

30. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: IPREMM - SP Prova: VUNESP - 2019 -
_i
or

IPREMM - SP - Psicólogo Clínico e Organizacional


m
la

Uma família procura um terapeuta familiar, em caráter emergencial, para


au
-p

receber orientações sobre como informar aos dois filhos, de oito e seis anos,
4

sobre a morte de sua avó, com quem as crianças tinham um vínculo muito forte.
-0
12

Nesse caso, é importante o terapeuta orientar a família em relação ao fato de


.0

que a situação de luto deve ser


45
.6
58

A esclarecida às crianças, mas elas não devem participar dos rituais funerais, mesmo
-8

que este seja o desejo manifestado por elas.


IM
R
O
AM

B comunicada às crianças da mesma forma que foi comunicada às outras pessoas


da família, para que não se sintam excluídas ou subestimadas no grupo.
ES
R
VA

C informada às crianças, em linguagem apropriada à sua idade, respeitando os


TA

limites dos questionamentos sobre o assunto feitos pelas próprias crianças.


LA
U
PA

D explicada às crianças, que devem ser estimuladas sistematicamente, pela família,


a comentarem sobre a situação de luto e sobre seus sentimentos de perda.

E notificada às crianças em todos os seus detalhes, especialmente no que se refere


à irreversibilidade da situação, pois a avó não retornará ao convívio familiar.

Comentário: Para Kubler-Ross (2017), em nossa sociedade, as crianças são


afastadas das questões sobre a morte, sobre o pretexto de que isso seria “demais
para elas”. Histórias como “vovó foi fazer uma longa viagem” são contadas a elas.

| 184
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Contudo, as crianças podem perceber algo errado e desconfiam dos adultos, à


medida que outras pessoas acrescentam novas variáveis ao fato. Mais cedo, ou mais
tarde, a criança percebe que algo mudou na situação familiar e pode sentir esse
incidente como uma experiencia traumática e misteriosa.

Gabarito: C

31. Ano: 2019 Banca: COMPERVE Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2019 -

10
UFRN - Psicólogo Clínico

2:
Uma das atividades do psicólogo clínico refere-se ao atendimento às pessoas e

:4
11
aos seus familiares em casos de terminalidade e morte. Nesse contexto, o

1
02
processo psicoterápico deve enfatizar

/2
12
7/
A a expressão dos sentimentos, a melhora da qualidade de vida e a facilitação da

-2
comunicação.

om
l.c
B o relacionamento da pessoa doente com a equipe de saúde, priorizando a

ai
tm
compreensão da decisão tomada pela equipe.
ho
@
m

C o reconhecimento da unidade família-paciente a fim de solucionar problemas que


_i
or

não foram resolvidos em outros momentos da vida.


m
la
au

D a temática da terminalidade e da morte, independente da vontade do paciente.


-p
4
-0

Comentário: Em relação à comunicação, muitas pessoas, sejam profissionais, sejam


12
.0

familiares, querem encontrar a coisa certa a ser dita, mas tal coisa pode não existir
45

a priori. Destaca-se que a capacidade de ouvir é mais importante que a capacidade


.6
58

de dizer; e quem escolhe o tema da conversa é o paciente, não o terapeuta, não


-8

devendo haver um assunto proibido, nem um assunto obrigatório.


IM
R
O

Gabarito: A
AM
ES

32. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Ji-Paraná - RO Prova: IBADE -
R
VA

2018 - Prefeitura de Ji-Paraná - RO - Psicólogo Clínico


TA

Entre as modalidades de assistência no fim da vida destacam-se, atualmente,


LA

os cuidados paliativos construídos dentro de um modelo de cuidados:


U
PA

A preventivos, curativos e de reabilitação unificados em vistas a proporcionar o


acesso a todos os recursos tecnológicos que o usuário necessita para prolongar sua
vida.

B que incluem o uso continuado e persistente de medidas que alimentam a vida de


pacientes com doenças avançadas, com prolongada manutenção dos sistemas
vitais biológicos e consequente retardo da morte.

| 185
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

C totais, ativos e integrais oferecidos ao paciente com doença avançada e terminal,


e à sua família, legitimados pelo direito do paciente de morrer com dignidade.

D que se inscrevem no cenário nacional e na política nacional de saúde como


política pública de Estado voltada para a qualidade de vida tanto dos pacientes
quanto de seus familiares frente a problemas que põem em risco a vida.

E que visam à prevenção de internações inadequadas em instituições hospitalares,

10
viabilizando o retorno para a comunidade dos pacientes fora de possibilidades

2:
terapêuticas que possuam familiares responsáveis.

:4
11
1
Comentário: Medicina paliativa: vem em auxílio do paciente quando a

02
/2
doença avança e alcança um estágio em que a cura já não é mais possível. Assim, já

12
não há mais nada a fazer pela cura, mas ainda há muito o que fazer pelo paciente e

7/
-2
por sua família.

om
Em relação aos cuidados paliativos, disse o pesquisador norte-americano

l.c
Ned Cassem: "manter o paciente asseado apesar da quase continua incontinência

ai
tm
esfincteriana, neutralizar odores desagradáveis, aspirar frequentemente secreções
ho
brônquicas, controlar os edemas periféricos e pulmonar, prevenir escaras, conter
@
m

um delírio e lutar contra as forças psicossociais que podem levar à fragmentação da


_i
or

família são as ações concretas mais necessárias, e geralmente levam ao desgaste


m
la

até os profissionais de saúde mais hábeis. Do ponto de vista psicológico, o conjunto


au

peculiar de mecanismos de enfrentamento que os pacientes utilizaram no passado


-p

para manter a autoestima e a estabilidade é o ponto central do processo. Ademais,


4
-0

religião e espiritualidade provavelmente são aspectos importantes para o paciente


12
.0

e familiares, e o apoio nesse setor é essencial para a assistência paliativa”.


45

(Simonetti, 2016)
.6
58
-8

Gabarito: C
IM
R
O

33. Ano: 2019 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2019 - UFF -
AM

Psicólogo - Clínica
ES

Pinheiro, Quintella e Verztman ratificam Freud de que o trabalho do luto tem a


R
VA

função de elaboração e assimilação psíquica da perda, bem como de possibilitar


TA

a separação com relação ao objeto perdido e:


LA
U
PA

A a reinvenção do self em mim.

B a moderação do espírito.

C a resiliência primeva.

D o reinvestimento num substituto.

E a reelaboração do acaso.

| 186
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Comentário: No luto, a pessoa recolhe sua libido, antes direcionada ao objeto, para
a investir num outro lugar (substituto), fazer outra coisa.

Gabarito: D

34. Ano: 2018 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de


Santa Bárbara - MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018 - Prefeitura de
Santa Bárbara - MG - Psicólogo

10
Fazem parte da atuação do psicólogo em situações hospitalares de luto

2:
iminente, exceto:

:4
11
1
A A busca pela cura do paciente.

02
/2
12
B A decifração de respostas que o paciente queira transmitir aos familiares.

7/
-2
om
C A escuta psicológica do paciente terminal e de seus familiares.

l.c
ai
tm
D A educação das possibilidades.
ho
@

Comentário: Cuidado! A questão está pedindo a alternativa incorreta! A única


m
_i

atuação que não cabe ao psicólogo é a busca da cura, em situações de luto iminente.
or
m
la
au

Filosofia da Psicologia hospitalar: Medicina e Psicologia possuem objetos,


-p

métodos e propósitos diferentes. A filosofia da medicina é curar doenças e salvar


4
-0

vidas; já a filosofia da Psicologia hospitalar é reposicionar o sujeito em relação a sua


12

doença. (Simonetti, 2016)


.0
45
.6

Gabarito: A
58
-8
IM

35. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: HUB Prova: CESPE - 2018 - HUB -
R

Psicologia
O
AM

Ainda com relação às abordagens psicoterápicas e intervenções necessárias


ES

para o tratamento de pacientes com diagnóstico de luto, julgue o próximo item.


R
VA
TA

De acordo com abordagens freudianas, o luto envolve o processo de retirada da


LA

libido do paciente de determinado objeto para que, ao fim desse trabalho de


U

elaboração, a libido seja reinvestida em um novo objeto.


PA

Certo

Errado

Comentário: No luto, a pessoa recolhe sua libido, antes direcionada ao objeto, para
a investir num outro lugar (objeto substituto), fazer outra coisa.

Gabarito: Certo

| 187
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

36. Ano: 2016 Banca: INSTITUTOAOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO


AOCP - 2016 - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (CH-UFPA)
A perda da saúde é vivenciada como uma experiência dolorosa e
amedrontadora e que passa por fases de elaboração. De acordo com o breve
relato a seguir, qual é a fase que melhor se adequa à situação?

Um senhor de 67 anos possui maus hábitos alimentares, é sedentário, tabagista e


encontra-se internado por sofrer o segundo infarto. Apesar do conhecimento e

10
entendimento de seu diagnóstico e tratamento, resiste a mudar seus hábitos.

2:
Porém diante da morte iminente, apresenta discurso de mudança e recorre a Deus

:4
11
para que possa viver bem, pois quer participar do casamento da filha que está

1
02
próximo e ver seus netos crescerem.

/2
12
7/
A Revolta.

-2
om
B Negação.

l.c
ai
tm
C Barganha.
ho
@
m

D Aceitação.
_i
or
m

E Depressão.
la
au
-p

Comentário: Para Kubler-Ross, os estágios são: negação e isolamento; raiva;


4
-0

barganha; depressão e aceitação.


12
.0

Na barganha, a frase característica é: "Se Deus decidiu levar-me deste


45

mundo e não atendeu a meus apelos cheios de ira, talvez seja mais sensato se eu
.6
58

apelar com calma".


-8

Embora seja o menos conhecido dos estágios, é igualmente útil ao paciente,


IM

mesmo que por um Tempo muito curto. Na barganha, há um tipo de acordo e


R
O

tentativa de adiar um desfecho inevitável. É muito comum que o paciente almeje


AM

um prolongamento da vida, ou alguns dias sem dor ou sem males físicos.


ES

Trata-se de uma tentativa de adiamento, que incluiu uma espécie de prêmio


R
VA

oferecido por bom comportamento. Boa parte das barganhas são feitas com Deus e
TA

são mantidas, comumente, em segredo. Por exemplo: o paciente promete uma vida
LA

dedicada a Deus, ou uma vida a serviço da igreja. (Kubler-Ross, 2017)


U
PA

Gabarito: C

37. Banca: FCC Órgão: MPU Prova: FCC - MPU - Analista de Saúde -
Na atualidade discutem-se os diferentes procedimentos que poderiam ser
prestados ao paciente terminal. É necessário que o enfermeiro tenha
conhecimento sobre o significado

| 188
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

A da eutanásia: provoca, através de medicamentos ou do desligamento de


aparelhos que sustentam a vida, a morte precoce de doentes para os quais não
existem possibilidades de cura.

B da distanásia: reconhece o momento natural da morte de um indivíduo, não se


procedendo a qualquer tipo de meio para manter ou prolongar a sua vida.

C da ortotanásia: utiliza todas as possibilidades para prolongar a vida de um ser

10
humano, ainda que a cura não seja uma possibilidade e o sofrimento se torne

2:
demasiadamente penoso.

:4
11
1
D da distortonásia: desencadeia a morte assistida, sendo executado pelo próprio

02
/2
doente, de forma espontânea e sob orientação/ajuda de terceiros.

12
7/
-2
E do suicídio assistido: é o sinônimo de distanásia, com o paciente terminal

om
decidindo quando e onde morrer.

l.c
ai
tm
Comentário: A letra “B” se refere à ortotanásia. A letra “C” se refere à distanásia.
Suicídio assistido está ligado à eutanásia. ho
@
m
_i

Gabarito: A
or
m
la
au

38. Ano: 2014 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: SESPE Prova: UPENET/IAUPE -


-p

2014 - SES-PE - Analista em Saúde - Psicólogo


4
-0

Considere as seguintes definições:


12

I. Morte dolorosa e miserável de enfermos por causas sociais e políticas, ou seja,


.0
45

dos excluídos que não têm acesso aos sistemas públicos ou privados de saúde,
.6
58

ou que, mesmo conseguindo ingressar no sistema, não têm um tratamento


-8

adequado e qualificado.
IM

II. Prática pela qual se busca abreviar, sem dor e sofrimento, a vida de um
R
O

doente reconhecidamente incurável.


AM

III. Manutenção da vida por meio de procedimentos desproporcionais -


ES

obstinação terapêutica - que conduzem a um processo de morte prolongado e


R
VA

repleto de sofrimento.
TA

IV. Ocorrência da morte natural, sem interferência da tecnologia ou da


LA

Medicina, possibilitando a morte digna, de acordo com a evolução da doença.


U
PA

Assinale a alternativa que relaciona, CORRETAMENTE, as definições com sua


designação conceitual.

A I – Distanásia II – Eutanásia III – Ortotanásia e IV – Mistanásia

B I – Mistanásia II – Eutanásia III – Distanásia e IV– Ortotanásia

C I – Ortotanásia II – Distanásia III – Eutanásia e IV – Mistanásia

| 189
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

D I – Mistanásia II – Eutanásia III – Ortotanásia e IV – Distanásia

E I – Distanásia II – Mistanásia III – Eutanásia e IV– Ortotanásia

Comentário: Mistanásia: Morte dolorosa e miserável de enfermos por causas sociais


e políticas, ou seja, dos excluídos que não têm acesso aos sistemas públicos ou
privados de saúde, ou que, mesmo conseguindo ingressar no sistema, não têm um
tratamento adequado e qualificado.

10
2:
Eutanásia: Prática pela qual se busca abreviar, sem dor e sofrimento, a vida

:4
11
de um doente reconhecidamente incurável.

1
02
/2
Distanásia: Manutenção da vida por meio de procedimentos

12
desproporcionais - obstinação terapêutica - que conduzem a um processo de morte

7/
-2
prolongado e repleto de sofrimento.

om
l.c
Ortotanásia: Ocorrência da morte natural, sem interferência da tecnologia

ai
tm
ou da Medicina, possibilitando a morte digna, de acordo com a evolução da doença.
ho
@
m

Gabarito: B
_i
or
m

39. Ano: 2018 Banca: Marinha Órgão: Quadro Técnico Prova: Marinha - 2018
la
au

- Quadro Técnico - Primeiro Tenente - Psicologia


-p

De acordo com Casellato (2015), destacam-se dois tipos de riscos para


4
-0

comprometimento do luto: riscos preditores e riscos correlatos. Os riscos


12

preditores estão relacionados às condições prévias que colocam o indivíduo


.0
45

numa condição desfavorável para o enfrentamento do luto. Dentre essas


.6
58

condições, assinale a alternativa correta.


-8
IM

A Aspectos culturais.
R
O
AM

B Condições em que a perda ocorreu (súbitas, violentas, ambíguas ou múltiplas).


ES
R

C Ser o primeiro luto, pelo qual o indivíduo está passando.


VA
TA

D Relação com o morto ou com o que foi perdido (perdas simbólicas).


LA
U
PA

E Inexistência de assistência funerária.

Comentário: - Riscos preditores: relacionados às condições prévias que colocam o


indivíduo numa condição desfavorável para o enfrentamento do luto. Exemplos:
aspectos culturais, comprometimentos prévios da saúde física e mental do
enlutado, dificuldades na elaboração de lutos anteriores, comprometimento e
rigidez na comunicação familiar prévia à crise desencadeada pela perda.
- Riscos correlatos: “A natureza da perda, a relação com o morto ou com o
que foi perdido (perdas simbólicas), as condições em que a perda ocorreu (súbitas,

| 190
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

violentas, ambíguas ou múltiplas) são algumas das circunstâncias que podem


comprometer o enfrentamento do luto. (...) A perda de um amante, de um ex-
marido, de um animal, de um emprego ou identidade profissional,
desaparecimentos, divórcios, abortos são algumas das situações nas quais riscos
correlatos tornam o luto não reconhecido e comprometem a evolução do processo
de luto.” (Casellato, 2015)

Gabarito: A

10
2:
40. Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 Analista

:4
11
Judiciário - Psicologia

1
02
Determinado órgão público disponibiliza um serviço de saúde aos seus

/2
servidores e respectivos dependentes. A equipe local conta com médicos,

12
7/
enfermeiros, psicólogos e assistente social. Quando um servidor busca o

-2
serviço, ele é atendido pelo profissional que ele solicita e, conforme a demanda,

om
pode ser encaminhado a outro profissional da equipe ou a um serviço externo.

l.c
ai
Cada profissional que atende os servidores anota em prontuário sua avaliação

tm
e a conduta adotada. ho
@
m

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.


_i
or
m
la

A A equipe descrita na situação é multidisciplinar, mas atuará de modo


au
-p

interdisciplinar se os profissionais adotarem a discussão conjunta, além da troca e


4

da interação entre os saberes do grupo.


-0
12
.0

B Se um psicólogo atender um servidor com alto nível de estresse, possivelmente


45
.6

comprometedor da saúde física, e encaminhar esse paciente ao médico do mesmo


58

serviço, ficará caracterizada a interdisciplinaridade.


-8
IM
R

C Ao atender um servidor que tenha buscado o serviço com queixas de dificuldades


O
AM

no relacionamento com seus colegas ou seu chefe, o psicólogo, para preservar a


privacidade do servidor, não deve levar o caso à equipe.
ES
R
VA

D O psicólogo que atender um servidor e encaminhá-lo a outro profissional, fora do


TA

seu serviço, para dar continuidade ao tratamento não deverá mais manter contato
LA

com esse profissional ou oferecer informação adicional sobre esse paciente, porque
U
PA

não será mais responsável pelo caso.

E A discussão de casos clínicos em equipes únicas no local de trabalho, como na


situação em apreço, é inadequada porque expõe os limites de conhecimento de
cada profissional e pode causar constrangimento entre essas pessoas no cotidiano.

Comentário: - Multidisciplinaridade = conjunto de disciplinas que trata, de


forma simultânea, de uma dada questão, SEM que os profissionais estabeleçam
efetivas trocas entre si. Cada especialista emprega sua metodologia, baseado em

| 191
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

suas hipóteses e teorias, sendo que o objeto em questão é visto sob múltiplos
pontos de vista; ou seja, o mesmo tema é abordado sob ângulos variados, não
existindo a perspectiva de síntese.” (Almeida Filho, 2005). (GALVAN, 2007)

- Interdisciplinaridade = presença de uma ação recíproca de um elemento


sobre o outro e vice-versa. “Em uma equipe interdisciplinar, existe troca de
instrumentos, técnicas, metodologia e esquemas conceituais entre as disciplinas.
Assim, trata-se de um diálogo que leva ao enriquecimento e transformação das

10
disciplinas envolvidas.” (GALVAN, 2007)

2:
Gomes e Deslandes (1994) acrescentam que a interdisciplinaridade “implica

:4
11
em uma consciência dos limites e das potencialidades de cada campo do saber, na

1
02
busca de um fazer coletivo.” (GALVAN, 2007)

/2
12
7/
Gabarito: A

-2
om
41. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Ji-Paraná RO Prova: IBADE -

l.c
2018 - Prefeitura de Ji-Paraná - RO - Psicólogo Clínico

ai
tm
Cada vez mais se discute a relevância de ação de profissionais de várias
ho
formações no campo da saúde. Para que haja uma efetiva ação das equipes
@
m

multidisciplinares é preciso que:


_i
or
m
la

A seja ultrapassada a barreira das especialidades, pautando-o na ação recíproca,


au

com tendência à horizontalização das relações de poder entre os campos


-p

implicados.
4
-0
12
.0

B seja respeitado o conjunto de disciplinas isoladas que tratam do mesmo assunto.


45
.6
58

C haja a identificação de um problema, com o esforço de se estabelecer uma


-8

linguagem compartilhada separando, contudo, as problemáticas relativas a cada


IM

disciplina.
R
O
AM

D haja a identificação de uma problemática comum, respeitando a hegemonia do


ES

saber biomédico.
R
VA
TA

E no conjunto de ações e saberes isolados haja a justaposição ou a nomeação de


LA

uma profissão ou campo de atuação como a detentora das rédeas do trabalho


U
PA

generalista.

Comentário: CUIDADO! Algumas questões de prova vão pedir,


especificamente, a distinção dos conceitos de Multi, Inter e Transdisciplinar. Já
outras, irão tratar do trabalho em equipe de uma forma geral, sem essas distinções.

É o caso desta questão. Aqui não se pede a diferença entre Multi, Inter e
Transdisciplinar, mas sim o que caracteriza uma EFETIVA ação em equipe. Assim,
numa efetiva ação em equipe, não se tratam de disciplinas isoladas (errada letra

| 192
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

“B”); não se separam as problemáticas relativas a cada disciplina (errada letra “C”);
não há hegemonia do saber biomédico (errada letra “D”); não há uma única
profissão que detém as rédeas do trabalho generalista (errada letra “E”).

Gabarito: A

42. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Serrana -


SP Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Serrana - SP - Psicólogo

10
As novas formas de atuação em saúde mental solicitam uma intervenção em

2:
equipes multiprofissionais. A multiprofissionalidade pressupõe

:4
11
1
A a extinção da perspectiva subjetiva para compreensão dos diversos aspectos de

02
/2
um fenômeno (caso).

12
7/
-2
B a anulação dos conhecimentos específicos e a sua substituição por uma prática

om
cuidadora comum a todos.

l.c
ai
tm
C a inclusão do saber especializado em um saber amplo de cuidado à saúde a partir
de uma atitude acolhedora. ho
@
m
_i

D a adoção de estratégias para o cuidado que inclua a intervenção de todos os


or
m

profissionais da equipe.
la
au
-p

E a centralização do processo de trabalho na perspectiva psicológica, principal foco


4
-0

de atenção em saúde mental.


12
.0
45

Comentário: Comentário: CUIDADO! Algumas questões de prova vão pedir,


.6
58

especificamente, a distinção dos conceitos de Multi, Inter e Transdisciplinar. Já


-8

outras, irão tratar do trabalho em equipe de uma forma geral, sem essas distinções.
IM
R
O

É o caso desta questão. Aqui não se pede a diferença entre Multi, Inter e
AM

Transdisciplinar, mas sim o que caracteriza a multiprofissionalidade. Não há


ES

extinção da perspectiva subjetiva (errada letra “A”); não há anulação dos


R
VA

conhecimentos específicos (errada letra “B”); não necessariamente há a inclusão de


TA

todos os profissionais de dada equipe (errada letra “D”); a perspectiva psicológica,


LA

não é o principal foco de atenção em saúde mental (errada letra “E”).


U
PA

Gabarito: C

43. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 - EBSERH -
Psicólogo - Área: Hospitalar
Julgue o item seguinte, acerca das relações humanas e do trabalho do psicólogo
no âmbito interdisciplinar.

| 193
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Para alcançar um desempenho eficaz em equipe interdisciplinar, além do


talento individual, o psicólogo deve ter aptidão para a troca de experiências,
para o diálogo e para o emprego dessas habilidades na prática profissional.

Certo

Errado

10
Comentário: No desempenho eficaz que equipe interdisciplinar, há discussão

2:
conjunta, troca e interação entre os saberes do grupo. “Em uma equipe

:4
11
interdisciplinar, existe troca de instrumentos, técnicas, metodologia e esquemas

1
02
conceituais entre as disciplinas. Assim, trata-se de um diálogo que leva ao

/2
enriquecimento e transformação das disciplinas envolvidas.” (GALVAN, 2007)

12
7/
-2
Gabarito: Certo

om
l.c
44. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA Prova: CESPE - 2017 - TRE-BA -

ai
tm
Analista Judiciário – Psicologia
ho
Um serviço de saúde oferece assistência prestada por uma equipe de médicos,
@
m

psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. Os pacientes são atendidos


_i
or

conforme a demanda de seus quadros clínicos, e os profissionais envolvidos


m

trabalham utilizando as informações colhidas por todos eles durante as


la
au

consultas, discutem, regularmente e sempre que necessário, os casos


-p

atendidos e tomam decisões de modo consensual. A hierarquia na equipe é


4
-0

reduzida e predomina o modelo biopsicossocial de saúde. Essa equipe


12
.0

caracteriza-se como interdisciplinar porque


45
.6
58

I adota o modelo biopsicossocial de saúde e seus membros compartilham as


-8

mesmas informações.
IM
R
O

II inclui profissionais não médicos entre seus membros e o nível de hierarquia é


AM

reduzido.
ES
R
VA

III as decisões são tomadas de modo consensual entre todos os membros da


TA

equipe.
LA
U
PA

Assinale a opção correta

A Apenas o item I está certo.

B Apenas o item II está certo.

C Apenas os itens I e II estão certos.

D Apenas os itens II e III estão certos.

| 194
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

E Todos os itens estão certos.

Comentário: No desempenho eficaz que equipe interdisciplinar, há discussão


conjunta, troca e interação entre os saberes do grupo. “Em uma equipe
interdisciplinar, existe troca de instrumentos, técnicas, metodologia e esquemas
conceituais entre as disciplinas. Assim, trata-se de um diálogo que leva ao
enriquecimento e transformação das disciplinas envolvidas.” (GALVAN, 2007)

10
Gabarito: E

2:
:4
11
45. Ano: 2017 Banca: INSTITUTOAOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO

1
AOCP - 2017 - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB – UFCG)

02
/2
Um profissional de saúde, que trabalha em um hospital, presta o seguinte

12
depoimento sobre o setor de atendimento a pacientes em hemodiálise: “Somos

7/
-2
Enfermeiros, Médicos, Assistentes Sociais, Psicólogos etc. e desenvolvemos um

om
trabalho em conjunto. Consideramos importante a discussão de cada um dos

l.c
casos e planejamos a intervenção que realizamos e, com isso, trocamos e

ai
tm
integramos, permanentemente, nossos conhecimentos. Digo mais: nosso
ho
compromisso ético não é só com o paciente, mas com a saúde”. Considerando
@
m

a situação descrita, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, esse


_i
or

tipo de equipe.
m
la
au

A Multidisciplinar.
-p
4
-0

B Cooperativa.
12
.0
45

C Transdisciplinar.
.6
58
-8

D Interdisciplinar.
IM
R
O

E Integrada.
AM
ES

Comentário:
R
VA

- Multidisciplinaridade = conjunto de disciplinas que trata, de forma


TA

simultânea, de uma dada questão, SEM que os profissionais estabeleçam efetivas


LA

trocas entre si. Assim, consiste na mera reunião de várias especialidades, em que
U

diversos profissionais atuam de forma independente, com olhar somente para sua
PA

especificidade de atuação. (GALVAN, 2007)

- Interdisciplinaridade = há discussão conjunta, decisões consensuais, troca


e interação entre os saberes do grupo. Caracterizada também pelo diálogo e a
integração das práticas em saúde, buscando um olhar global sobre o paciente e seu
processo de adoecimento. “Em uma equipe interdisciplinar, existe troca de
instrumentos, técnicas, metodologia e esquemas conceituais entre as disciplinas.

| 195
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Assim, trata-se de um diálogo que leva ao enriquecimento e transformação das


disciplinas envolvidas.” (GALVAN, 2007)
Gomes e Deslandes (1994) acrescentam que a interdisciplinaridade “implica
em uma consciência dos limites e das potencialidades de cada campo do saber, na
busca de um fazer coletivo.” (GALVAN, 2007)

- Transdisciplinaridade = diz respeito a uma compreensão que transcende o


âmbito de cada disciplina (Santos, 1995). “A equipe que funciona segundo uma

10
dinâmica transdisciplinar tem sua coordenação assegurada por referência a uma

2:
finalidade comum, com tendência à horizontalização das relações de poder. Cria-se

:4
11
um campo novo com autonomia teórica e metodológica com relação às disciplinas

1
02
que o compõe.” (Almeida Filho, 2005) (GALVAN, 2007)

/2
12
7/
Gabarito: D

-2
om
46. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina - PI Prova: FCC -

l.c
2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Técnico de Nível Superior - Psicólogo

ai
tm
A interdisciplinaridade pressupõe
ho
@
m

A compilação de conhecimento para produções acadêmicas.


_i
or
m

B divisão de tarefas, exclusivamente.


la
au
-p

C interação e a intenção de operar uma síntese.


4
-0
12

D minimização da complexidade dos fatores que envolvem a interação humana.


.0
45
.6
58

E otimização do tempo e do espaço com a finalidade exclusiva de redução do gasto


-8

público.
IM
R
O

Comentário: Na Interdisciplinaridade, há discussão conjunta, decisões consensuais,


AM

troca e interação entre os saberes do grupo. “Em uma equipe interdisciplinar, existe
ES

troca de instrumentos, técnicas, metodologia e esquemas conceituais entre as


R
VA

disciplinas. Assim, trata-se de um diálogo que leva ao enriquecimento e


TA

transformação das disciplinas envolvidas.” (GALVAN, 2007)


LA
U

Gabarito: C
PA

47. (RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE - 2019 –


Instituto AOCP - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA ESPBA) Foi criado
para substituir o modelo tradicional em saúde, contrapondo-se a uma
concepção fragmentária em prol de uma concepção unitária do ser humano.
Nesse viés, defende o diálogo entre as especialidades e a integração das
práticas em saúde, buscando um olhar global sobre o paciente e seu processo
de adoecimento. O enunciado refere-se ao modelo

| 196
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(A) Multidisciplinar.

(B) Pluridisciplinar.

(C) Interdisciplinar.

(D) Transdisciplinar.

(E) Unidisciplinar.

10
2:
:4
11
Comentário: Na interdisciplinaridade, há discussão conjunta, decisões consensuais,

1
troca e interação entre os saberes do grupo. Caracterizada também pelo diálogo e

02
/2
a integração das práticas em saúde, buscando um olhar global sobre o paciente e

12
seu processo de adoecimento. “Em uma equipe interdisciplinar, existe troca de

7/
-2
instrumentos, técnicas, metodologia e esquemas conceituais entre as disciplinas.

om
Assim, trata-se de um diálogo que leva ao enriquecimento e transformação das

l.c
disciplinas envolvidas.” (GALVAN, 2007)

ai
tm
Gomes e Deslandes (1994) acrescentam que a interdisciplinaridade “implica
ho
em uma consciência dos limites e das potencialidades de cada campo do saber, na
@
m

busca de um fazer coletivo.” (GALVAN, 2007)


_i
or
m

- Multidisciplinaridade = conjunto de disciplinas que trata, de forma


la
au

simultânea, de uma dada questão, SEM que os profissionais estabeleçam efetivas


-p

trocas entre si. Assim, consiste na mera reunião de várias especialidades, em que
4
-0

diversos profissionais atuam de forma independente, com olhar somente para sua
12
.0

especificidade de atuação. (GALVAN, 2007)


45
.6
58

- Transdisciplinaridade = diz respeito a uma compreensão que transcende o


-8

âmbito de cada disciplina (Santos, 1995). “A equipe que funciona segundo uma
IM

dinâmica transdisciplinar tem sua coordenação assegurada por referência a uma


R
O

finalidade comum, com tendência à horizontalização das relações de poder. Cria-se


AM

um campo novo com autonomia teórica e metodológica com relação às disciplinas


ES

que o compõe.” (Almeida Filho, 2005) (GALVAN, 2007)


R
VA
TA

Gabarito: C
LA
U

48. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos Campos -
PA

SP Prova: VUNESP - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em


Saúde – Psicólogo
A ação interdisciplinar em uma equipe de profissionais de saúde

A implica integração e superposição de conhecimentos de diversas áreas.

B constitui um retrocesso no que se refere às ações de saúde integradas.

| 197
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

C privilegia a dimensão empírica, por isso sua intervenção é mais efetiva.

D restabelece elos que permitem uma compreensão geral e profunda dos


fenômenos.

E elimina as tensões teóricas entre os profissionais que integram o mesmo grupo.

Comentário: Na interdisciplinaridade, não há superposição de conhecimentos; não

10
é um retrocesso; não privilegia a intervenção empírica; não elimina as tensões

2:
teóricas.

:4
11
Na interdisciplinaridade, há discussão conjunta, decisões consensuais, troca

1
e interação entre os saberes do grupo. Caracterizada também pelo diálogo e a

02
/2
integração das práticas em saúde, buscando um olhar global sobre o paciente e seu

12
processo de adoecimento. “Em uma equipe interdisciplinar, existe troca de

7/
-2
instrumentos, técnicas, metodologia e esquemas conceituais entre as disciplinas.

om
Assim, trata-se de um diálogo que leva ao enriquecimento e transformação das

l.c
disciplinas envolvidas.” (GALVAN, 2007)

ai
tm
Gomes e Deslandes (1994) acrescentam que a interdisciplinaridade “implica
ho
em uma consciência dos limites e das potencialidades de cada campo do saber, na
@
m

busca de um fazer coletivo.” (GALVAN, 2007)


_i
or
m

Gabarito: D
la
au
-p

49. Banca: IBFC Órgão: SES-PR Prova: IBFC - 2016 - SES-PR - Psicólogo
4
-0

Bioética é o estudo da conduta humana nos campos das ciências biológicas e da


12
.0

saúde, sendo esta conduta examinada à luz de valores e princípios morais,


45

representando um caminho multidisciplinar de proteção à vida. Atualmente, o


.6
58

princípio da bioética conhecido como beneficência caracteriza-se como:


-8
IM

A Garantia do consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e a proteção à


R
O

grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes, sempre tratando o paciente em sua


AM

dignidade, e defendendo-o em sua vulnerabilidade.


ES
R
VA

B Igualdade de tratamento, oferecendo a cada pessoa o que lhe é devido, segundo


TA

as suas necessidades.
LA
U

C Ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais, individuais ou


PA

coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios ao paciente.

D Respeito à liberdade de decisão sobre sua própria vida, e à autodeterminação de


uma pessoa.

Comentário: Beneficência = “fazer o bem” e Não maleficência = “evitar o mal”: o


profissional deve oferecer o melhor tratamento ao seu paciente, tanto no que diz
respeito à técnica, quanto no que se refere ao reconhecimento das necessidades

| 198
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

físicas, psicológicas ou sociais do paciente. (JUNQUEIRA, 2010) Busca-se o bem-


estar do paciente de acordo com critérios fornecidos pela medicina e outras áreas
da saúde. Maximizam-se benefícios e minimizam-se riscos. Na beneficência, o
profissional vai além do princípio da não-maleficência, pois são necessárias ações
positivas. (Clotet, Feijó, Oliveira; 2011)

Gabarito: C

10
50. Ano: 2019 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ Órgão: Prefeitura de Rio

2:
de Janeiro - RJ Prova: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2019 - Prefeitura de

:4
11
Rio de Janeiro - RJ - Psicólogo

1
02
O termo bioética foi empregado pela primeira vez na década de setenta do

/2
século passado. As teorias sobre bioética que surgiram até hoje foram

12
7/
elaboradas com referência a quatro princípios, que introduzem a consideração

-2
e o respeito para com os pacientes. Com base nas ideias sobre bioética pode-se

om
afirmar que:

l.c
ai
tm
A a escolha sobre a melhor conduta para o paciente deve ser definida pelo
@
ho
profissional de saúde responsável pelo caso e baseada exclusivamente em critérios
m

técnicos
_i
or
m
la

B toda pessoa tem o direito de determinar o que deve ser feito com seu próprio
au

corpo
-p
4
-0

C as pessoas em situação de dependência, como por exemplo aquelas que sofrem


12
.0

de transtornos mentais, não devem decidir sobre seu próprio tratamento


45
.6
58

D os médicos psiquiatras devem decidir sobre o que é melhor para os pacientes


-8
IM

Comentário: - Autonomia = “é a capacidade de autodeterminação de uma pessoa,


R
O

ou seja, o quanto ela pode gerenciar sua própria vontade, livre da influência de
AM

outras pessoas.” Ou seja, autonomia está ligada à autodeterminação do sujeito e a


ES

sua capacidade de decidir o que entende ser o melhor para si mesmo.


R
VA

A escolha da melhor conduta não é realizada somente pelo profissional de


TA

saúde, a pessoa, por exemplo, também deve estar envolvida e ser escutada. Além
LA

disso, os critérios levados em consideração não são somente técnicos. (Errada letra
U
PA

“A”)
Pessoas em situação de dependência também precisam ser escutadas e ter
sua autonomia respeitada (Errada letra “C”).
A decisão não cabe somente ao médico psiquiatra. (Errada letra “D”)

Gabarito: B

51. Banca: CESGRANRIO Órgão: UNIRIO Prova: CESGRANRIO - 2016 - UNIRIO -


Psicólogo - Clínica

| 199
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

A Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos reconhece que “a


identidade de um indivíduo inclui dimensões biológicas, psicológicas, sociais,
culturais e espirituais”, e que decisões sobre “as questões éticas na medicina,
nas ciências da vida e nas tecnologias associadas podem impactar indivíduos,
suas famílias e grupos”. Dessa forma, estabelece como um de seus princípios a
dignidade humana e os direitos humanos.

Com relação a esses princípios, a Declaração tem como um de seus objetivos

10
2:
A assegurar que os progressos da ciência e da tecnologia contribuam para a justiça

:4
11
e a equidade na saúde e na qualidade de vida dos indivíduos.

1
02
/2
B propor que todos os Estados e Governos se comprometam a resolver questões

12
7/
básicas de saneamento básico de sua população.

-2
om
C propor que haja uma cooperação internacional em torno das necessidades

l.c
específicas dos países ricos e industrializados no desenvolvimento da engenharia

ai
tm
genética.
ho
@
m

D garantir que todos os seres vivos sejam responsáveis pela gestão da qualidade da
_i
or

própria saúde.
m
la
au

E capitalizar as pesquisas científicas para que tragam sempre benefícios à dignidade


-p

humana e social.
4
-0
12
.0

Comentário: A Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos considera


45

“que é desejável desenvolver novas formas de responsabilidade social que


.6
58

assegurem que o progresso científico e tecnológico contribui para a justiça, a


-8

equidade e o interesse da humanidade”. São objetivos da citada declaração:


IM
R
O

“(a) proporcionar um enquadramento universal de princípios e


AM

procedimentos que orientem os Estados na formulação da sua legislação,


ES

das suas políticas ou de outros instrumentos em matéria de bioética;


R
VA
TA

(b) orientar as ações de indivíduos, grupos, comunidades, instituições e


LA

empresas, públicas e privadas;


U
PA

(c) contribuir para o respeito pela dignidade humana e proteger os direitos


humanos, garantindo o respeito pela vida dos seres humanos e as liberdades
fundamentais, de modo compatível com o direito internacional relativo aos
direitos humanos;

(d) reconhecer a importância da liberdade de investigação científica e dos


benefícios decorrentes dos progressos da ciência e da tecnologia,
salientando ao mesmo tempo a necessidade de que essa investigação e os

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consequentes progressos se insiram no quadro dos princípios éticos


enunciados na presente Declaração e respeitem a dignidade humana, os
direitos humanos e as liberdades fundamentais;

(e) fomentar um diálogo multidisciplinar e pluralista sobre as questões da


bioética entre todas as partes interessadas e no seio da sociedade em geral;

(f) promover um acesso equitativo aos progressos da medicina, da ciência e

10
da tecnologia, bem como a mais ampla circulação possível e uma partilha

2:
rápida dos conhecimentos relativos a tais progressos e o acesso partilhado

:4
11
aos benefícios deles decorrentes, prestando uma atenção particular às

1
02
necessidades dos países em desenvolvimento;

/2
12
(g) salvaguardar e defender os interesses das gerações presentes e futuras;

7/
-2
om
(h) sublinhar a importância da biodiversidade e da sua preservação

l.c
enquanto preocupação comum à humanidade.” (UNESCO, 2006)

ai
tm
Gabarito: A ho
@
m
_i

52. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito


or
m

Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal -


la
au

Consultor Legislativo - Saúde


-p

A bioética brasileira adotou, inicialmente, como referência conceitual, a teoria


4
-0
12

A principialista europeia.
.0
45
.6
58

B principialista norte-americana.
-8
IM

C utilitarista norte-americana.
R
O
AM

D utilitarista europeia.
ES
R

E deontológia inglesa.
VA
TA

Comentário: O principalismo é baseado nos princípios de não maleficência,


LA
U

beneficência, autonomia e justiça. Esse é o modelo adotado no Brasil.


PA

No Utilitarismo clássico, os atos são corretos se trouxerem benefícios a um número


maior de pessoas do que se não fossem adotados, e, ainda, se suas consequências
são pelo menos tão boas quanto as de qualquer alternativa.

O início da Bioética se deu no começo da década de 1970, com a publicação de duas


obras muito importantes do pesquisador e professor norte-americano da área de
oncologia, Van Rensselaer Potter.

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Portanto o modelo adotado no Brasil é o principialista norte-americana.

Gabarito: B

53. Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 IMPARH - Pacientes submetidas à


mastectomia, ao procurarem ajuda psicoterapêutica, demonstram problemas
de natureza afetivo-sexual geralmente associados a:

10
2:
A sentimentos de inferioridade, autoestima, medo de rejeição e vergonha do

:4
11
parceiro.

1
02
/2
B ideias persecutórias de vulnerabilidade diante do desconhecido e impotência.

12
7/
-2
C alienação da realidade e despersonalização.

om
l.c
D inibição da sexualidade e ansiedade generalizada.

ai
tm
ho
Comentário: Segundo Wanderley (1994), a mastectomia gera alterações na auto-
@

imagem da mulher, causando sentimentos de inferioridade e medo de rejeição.


m
_i

Além disso, a cirurgia repercute na vida sexual da paciente, uma vez que "elas
or
m

sentem-se envergonhadas, mutiladas e sexualmente repulsivas" (WANDERLEY, K.


la
au

da S. Aspectos Psicológicos do Câncer de Mama. In: Carvalho, M. M. M. L. Introdução


-p

à Psiconcologia. Campinas: Editorial Psy, 1994, pp. 95-101.)


4
-0
12

Gabarito: A
.0
45
.6

54. Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 A literatura tem destacado que a


58
-8

forma de interação entre pais de crianças portadoras de câncer é fundamental


IM

para o aparecimento das habilidades sociais necessárias nos repertórios


R
O

comportamentais das crianças, logo será necessária a adoção de:


AM
ES

A um estilo parental que forneça à criança os limites que lhe serão impostos para a
R

vida em sociedade.
VA
TA

B um estilo parental que lhe confira condições emocionais indispensáveis para o


LA
U

desenvolvimento de sua personalidade, e, como consequência, fiquem claros os


PA

limites necessários à sua vida em sociedade.

C um estilo parental bastante permissivo que permita à criança obter gratificações


que aliviem seu sofrimento físico e psíquico num ambiente protegido.

D um estilo parental que reduza o estresse da criança e aumente sua confiança nas
figuras paternas.

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Comentário: Baumrind (1966) desenhou um modelo de três tipos de estilos


parentais: autoritário, permissivo e autoritativo/participativo.

Estilo Participativo = o mais adequado no cuidado da criança com doença crônica,


como o câncer, considerando que os comportamentos de adesão estão
relacionados à presença de comportamento de carinho, atenção diferenciada e
imposição de limite; O estilo participativo é considerado o mais adequado para o
desenvolvimento de competências psico-sociais. Os pais são centrados na relação,

10
socialização e desenvolvimento do filho. Apresentam regras e limites e também

2:
muito afeto, envolvimento, apoio, atenção emocional e estrutura positiva, (...).

:4
11
(Artigo “Intervenção psicoeducacional em cuidador de criança com câncer: relato

1
02
de caso”; Herman, Miyazaki)

/2
12
7/
Gabarito: B

-2
om
55. VUNESP - 2020 - Prefeitura de Cananéia - SP - A prática da interconsulta

l.c
psicológica em hospitais gerais é uma modalidade de intervenção que

ai
tm
ho
A impede que ocorra uma prática realmente interdisciplinar entre os profissionais
@
m

de saúde no contexto hospitalar, uma vez que enfatiza o conhecimento


_i
or

especializado.
m
la
au

B contribui para que a imagem do psicólogo no contexto do hospital geral


-p

permaneça associada ao papel do profissional que aplica testes psicológicos.


4
-0
12

C permite atender a uma demanda institucional considerando tanto a subjetividade


.0
45

nas relações da equipe de saúde quanto a assistência ao paciente e seus familiares.


.6
58
-8

D elimina as divergências que se instalam nas discussões da equipe médica, porque


IM

enfatiza a qualidade da comunicação entre os diferentes membros da equipe de


R
O

saúde.
AM
ES

E deve concentrar seu objetivo na identificação dos sinais e sintomas que indicam
R
VA

patologia mental em um paciente que passa por um tratamento na unidade


TA

hospitalar.
LA
U

Comentário: “ao se constituir como uma modalidade de intervenção que permite


PA

considerar a demanda institucional que inclui a subjetividade nas relações da


equipe e a assistência psicológica aos pacientes e seus familiares, a interconsulta
psicológica é uma das formas mais visíveis da aplicação do conceito de
interdisciplinaridade.” (Correta C) (Referência: GAZOTTI, Thaís de Castro;
PREBIANCHI, Helena Bazanelli. Caracterização da interconsulta psicológica em um
hospital geral. Psicol. teor. prat., São Paulo, 2014)

Gabarito: C

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56. VUNESP - HCFMUSP - 2015 Com relação à conclusão do processo de


atendimento psicológico na psicologia hospitalar, Simonetti (2011) afirma que

A na prática, o trabalho do psicólogo hospitalar é geralmente concluído ao


longo da hospitalização.

B o que determina o final do tratamento psicológico é a cessação da

10
demanda do paciente.

2:
:4
11
C a alta está intrinsecamente relacionada com o fato de o paciente atingir a

1
aceitação da sua doença e do tratamento.

02
/2
12
D a alta está relacionada à duração do processo psicoterapêutico, o qual

7/
-2
necessita ter, no mínimo, 6 atendimentos.

om
l.c
E o que determina o final do processo psicoterapêutico é a cessação da

ai
tm
angústia e do choro do paciente.
ho
@

Comentário: O determinante para a finalização do processo de atendimento


m
_i

psicológico, na psicologia hospitalar, é a cessação da demanda. Ou seja, o


or
m

atendimento não termina por uma cura da doença, também não se trata da
la
au

ascensão do paciente a um estado ideal, em que o paciente seria capaz de enfrentar


-p

perfeitamente a doença.
4
-0
12

Essa cessação da demanda pode acontecer após poucos atendimentos, ou muitos


.0
45

atendimentos; pode ser com o paciente ainda internado, ou já com a alta hospitalar;
.6
58

podendo, ou não, se seguir de uma psicoterapia.


-8
IM

É importante ressaltar o objetivo do atendimento psicológico hospitalar não é levar


R
O

o paciente a uma psicoterapia mais prolongada, depois de sua saída do hospital.


AM

Isso até pode acontecer, mas não é o propósito da Psicologia hospitalar. Destaca-
ES

se, mais uma vez, que o propósito da psicologia hospitalar é, notadamente, ajudar
R
VA

o paciente a lidar com os aspectos psicológicos acerca da doença.


TA
LA

De fato, na realidade, o que costuma acontecer que o trabalho do psicólogo


U

hospitalar é geralmente interrompido, quase nunca concluído. (Simonetti, 2016)


PA

Gabarito: B

57. VUNESP - HCFMUSP – 2015 A respeito do trabalho do psicólogo


hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Simonetti (2011)
afirma que

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A por ser um ambiente marcado por intensidades e necessidade de intervenções


médicas rápidas, o foco primário de atendimento são os familiares do paciente.

B ao observar um paciente com sintomas psicopatológicos característicos da


Síndrome de UTI, o psicólogo deverá solicitar uma interconsulta psiquiátrica para
tratar os sintomas.

C diante de situações em que o paciente se encontra impossibilitado de falar, o

10
psicólogo cria e inventa novas formas de linguagem.

2:
:4
11
D a linguagem não verbal deve ser explorada, tendo esse tipo de comunicação o

1
principal objetivo de passar informações sobre o adoecimento.

02
/2
12
E diante de pacientes em coma, o psicólogo hospitalar pode se sentir de mãos

7/
-2
atadas, visto não haver qualquer subjetividade para se comunicar.

om
l.c
Comentário: Uma estratégia do psicólogo na UTI é criar canais para o escoamento

ai
tm
da das intensidades presentes, por meio da palavra. Embora o foco primário de
ho
atendimento seja o paciente, o psicólogo, muitas vezes, escuta também os médicos,
@
m

as enfermeiras e os familiares angustiados. (Errada A) (Simonetti, 2016)


_i
or
m

Síndrome da UTI (Sebastiani, 2001): Quadro que leva a pessoa, com mais de três dias
la
au

de UTI, a uma perda inicial de tempo cronológico, que vai se agravando com a perda
-p

da consciência de tempo e espaço, em que comportamentos estranhos começam a


4
-0

surgir. Caracterizado por fuga de ideias, frases desarticuladas, atitude obsessiva,


12
.0

ocorrendo, não raramente, derivação para quadros delirantes e desconfigurações


45

da imagem perspectiva real. Nessas situações, o psicólogo pode atuar na prevenção


.6
58

do surgimento desse quadro: pode fornecer ao paciente estimulação psíquica,


-8

visual, oferecer orientação temporal e reforçar atividades de que o paciente goste e


IM

possa realizar, é importante também orientar a visita de familiares e trazer


R
O

informações sobre o mundo externo. (Simonetti, 2016) (Errada B)


AM
ES

Nesse contexto, é crucial ressaltar os casos tão comuns em que os pacientes


R
VA

apresentam dificuldade de falar, ou mesmo não conseguem. Por estarem


TA

inconscientes, confusos ou entubados. Isso não impede o trabalho do psicólogo,


LA

que deve criar e inventar novas formas de linguagem. (Correta C) (Simonetti, 2016)
U
PA

O objetivo da comunicação não-verbal é menos passar informações e muito mais


marcar presença, facilitando a expressão das emoções e diminuindo a solidão.
(Errada D) (Simonetti, 2016)

"É preciso não recuar diante do silêncio, nem do coma: ainda há subjetividade
ali". (Simonetti, 2016) (Errada E)

Gabarito: C

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58. VUNESP - HCFMUSP – 2015 - Simonetti (2011) propõe um diagnóstico em


psicologia hospitalar a partir de quatro eixos. Assinale a alternativa que
engloba corretamente esses eixos.

A Reacional, médico, situacional e transferencial.

B Clínico, reacional, contextual e transferencial.

10
2:
C Reacional, institucional, médico e contextual.

:4
11
1
D Clínico, médico, contextual e situacional.

02
/2
12
E Situacional, transferencial, institucional e clínico.

7/
-2
om
Comentário: O diagnóstico não é apenas um rótulo, ele orienta o trabalho do

l.c
psicólogo. Sem o diagnóstico, o psicólogo pode ficar perdido, sem rumo na

ai
tm
imensidão do hospital. Quatro são os eixos que compõem o diagnóstico:
ho
@
m

-Diagnóstico Reacional = modo como o sujeito reage à doença; foco na


_i

posição que a pessoa assume em relação à doença.


or
m
la
au

-Diagnóstico Médico = sua condição clínica; foco em como é a doença do


-p

ponto de vista orgânico.


4
-0
12

-Diagnóstico Situacional = análise das diversas áreas da vida do sujeito;


.0
45

abre-se para a amplitude de vida da pessoa.


.6
58
-8

-Diagnóstico Transferencial = estuda as relações que a pessoa estabelece a


IM

partir do adoecimento. (Simonetti, 2016)


R
O
AM

Gabarito: A
ES
R
VA

59. VUNESP - HCFMUSP – 2015 - Sobre o diagnóstico em psicologia


TA

hospitalar, segundo Simonetti (2011), é correto afirmar que


LA
U
PA

A tem como objetivo conhecer a doença por meio dos sintomas físicos
apresentados, fornecendo uma visão ampla do adoecimento.

B busca conhecer a verdade do momento que o paciente está vivendo, isto é, o


adoecimento.

C se utiliza da intuição e de um método racional de trabalho, sendo a primeira a sua


principal característica.

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D necessita do uso de testes psicológicos que visam determinar a posição do


paciente em certas funções psíquicas.

E é considerado uma intervenção com efeitos terapêuticos, isto é, o processo


diagnóstico já é um tratamento

Comentário: Na medicina, “o diagnóstico é o conhecimento da doença por meio de


seus sintomas”. Por outro lado, na Psicologia Hospitalar “é o conhecimento da

10
situação existencial e subjetiva da pessoa adoentada e sua relação com a doença”.

2:
(Errada A)

:4
11
1
02
Diagnóstico é o modo que o psicólogo dispõe para organizar melhor seu

/2
pensamento. Além disso, é uma hipótese de trabalho, NÃO sendo uma verdade

12
7/
absoluta. Assim, não é necessário descobrir qual a “verdade” de uma doença para

-2
que se possa ajudar o paciente a enfrentar tal situação; o que é preciso é descobrir

om
a verdade do paciente sobre a doença... isso sim é fundamental. (Errada B)

l.c
ai
tm
Para trabalhar em psicologia hospitalar é preciso talento e intuição, mas isso não é
ho
suficiente. É preciso se buscar o entendimento racional do processo de
@
m

adoecimento e o planejamento consciente das ações terapêuticas. (Errada C)


_i
or
m
la

O diagnóstico em psicologia hospitalar não se vale de testes.


au

Seu instrumento é o olho clínico do psicólogo. (Errada D)


-p
4
-0
12

Destaca-se que a separação entre o diagnóstico e a terapêutica é somente


.0

didática. Isso porque, na prática, o próprio ato de colher dados de um sujeito,


45

objetivando a formulação de um diagnóstico, é também uma intervenção com


.6
58

efeito terapêutico, ou seja, o diagnóstico já é um tratamento.


-8

Por exemplo, quando o psicólogo entrevista um paciente pela primeira vez,


IM
R

procurando diagnosticar sua forma de reação perante a doença, ao mesmo tempo,


O
AM

já está oferecendo ao paciente uma escuta e permitindo o sujeito elaborar sua


doença por meio da fala. (Correta E)
ES
R
VA

Gabarito: E
TA
LA

60. VUNESP - HCFMUSP – 2015 - De acordo com Simonetti (2011), é correto


U
PA

afirmar que a psicologia hospitalar

A procura tratar o adoecimento no registro do real, por trabalhar com o relato do


paciente.

B possui como pressuposto epistemológico distinguir causa orgânica e causa


psíquica da doença.

| 207
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C tem como meta ideal a cura da doença orgânica e psíquica, sendo isto o que a
aproxima da medicina.

D estabelece como objeto de trabalho a angústia do paciente, da família e da equipe


de saúde.

E tem como objetivo quantificar a contribuição dos diversos aspectos envolvidos na


causa do adoecimento.

10
2:
Comentário: Destaca-se que o objetivo da Psicologia Hospitalar são os aspectos

:4
11
psicológicos, e não as causas psicológicas. Assim, não se trata de dar ênfase à

1
equivocada disputa sobre a causação psicogênica versus a causação orgânica das

02
/2
doenças. Afinal, o psíquico também é orgânico, e vice-versa.

12
7/
-2
A estratégia da Psicologia hospitalar é tratar o adoecimento no registro do

om
simbólico; até porque, no registro do real, já o trata a medicina. (Simonetti, 2016)

l.c
ai
tm
A psicologia hospitalar tem como objeto de trabalho não só a dor do
ho
paciente, como também a angústia declarada da família, a angústia disfarçada da
@
m

equipe de saúde e a angústia comumente negada dos médicos. (Simonetti, 2016)


_i
or
m
la

Gabarito: D
au
-p

61. VUNESP - 2020 - Prefeitura de Cananéia - SP - “A doença é um real do


4
-0

corpo com o qual o homem esbarra” (Simonetti, 2011, p. 19), e quando


12
.0

isso acontece todo o sentido do ser é afetado. De acordo com essa


45

premissa filosófica, a psicologia hospitalar tem como objetivo


.6
58
-8

A extinguir a dualidade instalada entre mente e corpo pelo aparecimento do


IM

adoecimento físico.
R
O
AM

B dar voz à subjetividade do paciente, restituindo-lhe o lugar de sujeito no seu


ES

processo de adoecimento.
R
VA
TA

C identificar os aspectos subjetivos que determinam o adoecimento, para


LA

possibilitar uma plena recuperação.


U
PA

D unificar os objetivos da medicina e da psicologia, para curar as diversas doenças


e salvar vidas.

E potencializar a ação da medicina, aumentando a eficácia dos tratamentos e


procedimentos médicos.

Comentário: A psicologia se interessa em dar voz para a subjetividade do paciente,


restituindo-o ao lugar de sujeito. (Simonetti, 2016)

| 208
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Psicologia Saúde e Hospitalar

A psicologia hospitalar não estabelece uma meta ideal para o paciente alcançar,
mas aciona o processo de elaboração simbólica do adoecimento. O psicólogo ajuda
o paciente a fazer a travessia pela experiência do adoecimento, participando desse
processo como ouvinte privilegiado, não como guia para determinada meta.
(Simonetti, 2016)

Medicina e Psicologia possuem objetos, métodos e propósitos diferentes. A filosofia

10
da medicina é curar doenças e salvar vidas; já a filosofia da Psicologia hospitalar é

2:
reposicionar o sujeito em relação a sua doença. (Simonetti, 2016)

:4
11
1
02
Gabarito: B

/2
12
7/
62. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP - Quando um psicólogo está

-2
atendendo pacientes terminais e seus familiares, é preciso

om
l.c
A evitar o uso de palavras evasivas para se referir à situação de adoecimento e morte

ai
tm
iminente.
ho
@
m

B esclarecer os familiares de que o paciente precisa ser poupado de um contato


_i
or

direto com a dor da família.


m
la
au

C concentrar as informações sobre as condições de adoecimento no membro da


-p

família eleito como cuidador.


4
-0
12

D desestimular o diálogo entre paciente e familiares sobre as decisões a serem


.0
45

tomadas referentes à sua morte.


.6
58
-8

E preservar o paciente e os familiares dos dados de realidade, para manter a


IM

capacidade de enfrentamento do grupo.


R
O
AM

Comentário: Importância de que o modo de dar a notícia seja o mais simples


ES

possível. Destaca também a importância da empatia. (Kubler-Ross, 2017)


R
VA

Uma das diretrizes para o manejo do paciente terminal é oferecer


TA

informações corretas e apropriadas ao paciente. (Kaplan e Sadock, 1995)


LA

A psicologia hospitalar tem como objeto de trabalho não só a dor do


U

paciente, como também a angústia declarada da família, a angústia disfarçada da


PA

equipe de saúde e a angústia comumente negada dos médicos. (Simonetti, 2016)


A questão central não deve ser “contar ou não contar”, mas “como contar”.
“Saber compartilhar uma notícia dolorosa com o paciente é uma arte”. (Kubler-
Ross, 2017)

Gabarito: A

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Psicologia Saúde e Hospitalar

63. VUNESP - HCFMUSP – 2015 - Um paciente com câncer encontra


dificuldade em se implicar no seu tratamento médico e espera que uma
nova descoberta científica traga cura para a sua doença. De acordo com
as posições descritas por Simonetti (2011) acerca da reação da pessoa à
doença, é correto afirmar que esse paciente encontra-se na posição de
(A) revolta.
(B) depressão.
(C) negação.

10
(D) enfrentamento.

2:
(E) barganha.

:4
11
1
02
Comentário: Negação: comumente, a primeira reação de uma pessoa diante da

/2
doença é de choque, seguido de descrença. Isso se manifesta em frases como “não

12
7/
é possível” ou “isso não está acontecendo comigo”.

-2
Quando o sujeito nega a doença, não faz de caso pensado, nem para

om
irritar a equipe médica ou os familiares. O paciente faz isso porque, naquele

l.c
ai
momento, é o que ele dá conta de fazer. “A negação deve ser respeitada, e

tm
não confrontada a qualquer custo, nem a qualquer hora.” (Simonetti, 2016)
ho
@
m

O sujeito pode agir como se a doença não existisse, ou minimiza a


_i
or

gravidade da doença e adia providências e cuidados necessários. As soluções


m
la

tentadas na negação têm um componente do tipo mágico. Por


au
-p

exemplo, a pessoa espera que algo divino aconteça e resolva o problema.


4
-0
12

❖ Tipo de solução -> mágica


.0

❖ Emoção predominante -> alegria


45
.6

❖ Emoção evitada -> medo


58
-8

❖ Pensamento -> onipotente


IM

❖ Comportamento -> adiar/procrastinação


R
O

❖ Estado de ânimo -> irritado e angustiado


AM

❖ Mecanismo -> projeção


ES

❖ Esperança -> exagerada


R
VA

❖ Frases -> “Não é possível”; “No fim tudo dá certo”


TA

❖ O sujeito -> insiste


LA

(Simonetti, 2016)
U
PA

Gabarito: C

64. VUNESP - HCFMUSP – Para Moretto (2016), a caracterização dos


dispositivos clínicos psicológicos de um Serviço de Saúde obedece à
seguinte ordem de procedimentos: acolhimento, triagem, diagnóstico
e tratamento e avaliação de resultados. Sobre esses procedimentos e os
dispositivos clínicos, assinale a alternativa correta:

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(A) O acolhimento é o atendimento prévio discriminatório quanto às


necessidades e indicações de atendimento referentes à área psicológica.

(B) A triagem é o momento em que o psicólogo escuta as demandas iniciais


do paciente que procura a instituição numa tentativa de construir um vínculo.

(C) O tratamento possibilita ao psicólogo identificar as necessidades do


paciente, para assim

10
optar pelo encaminhamento mais apropriado para resolver os problemas

2:
detectados.

:4
11
1
02
(D) O processo de psicodiagnóstico na instituição de saúde possibilita ao

/2
psicólogo a construção do diagnóstico do paciente em relação a diversas questões,

12
7/
tais como estrutura psíquica, dinâmica das suas relações e tipo de relação que o

-2
paciente estabelece com a sua doença e com a instituição.

om
l.c
ai
(E) A implantação de dispositivos clínicos idealizados aproxima o

tm
profissional da comunicação interdisciplinar. ho
@
m

Comentário: As letras “A” e “C” se referem à Triagem; a letra “B” se refere ao


_i
or

acolhimento.
m
la

Dispositivo clínico idealizado: baseados na crença da eficácia intrínseca de


au
-p

uma teoria e de sua técnica. Aproxima o profissional do risco do fracasso da


4

comunicação interdisciplinar.
-0
12
.0

Gabarito: D
45
.6
58

65. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Janaína está no


-8

início da gestação e apresenta diversas queixas físicas e psicológicas


IM
R

relacionadas ao processo de adaptação à gravidez. Ela busca o serviço de


O
AM

pré-natal psicológico do hospital para receber cuidado e orientação.


ES

Afirma não conseguir aceitar a gestação, apresentando-se


R

frequentemente chorosa, com náuseas e indisposta para suas atividades


VA

laborais e sociais, preferindo dormir na maior parte do tempo. Diante do


TA

quadro apresentado, considere as afirmativas abaixo.


LA

I Uma atitude inicial de rejeição pode dar lugar a uma atitude predominante de
U
PA

aceitação e vice-versa.
II A hipersonia e as náuseas são sintomas comuns de regressão e rejeição do bebê,
sinalizando o desejo inconsciente pelo aborto.
III A ambivalência afetiva instala-se desde a percepção inicial da gravidez,
manifestando se também sob diversas formas no decorrer dos três trimestres e após
o parto.
IV O aumento da sensibilidade está ligado a oscilações de humor esperadas em
gravidez não planejadas em que a mulher não se sente apoiada.

| 211
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Psicologia Saúde e Hospitalar

Estão corretas as afirmativas

A) I e III.
B) II e III.
C) I e IV.
D) II e IV

Comentário: “A oscilação de sentimentos que se instala a partir do início da

10
gravidez mostra outro aspecto importante: a reação Inicial diante da gravidez

2:
não se cristaliza para sempre. Uma atitude Inicial de rejeição pode dar lugar a

:4
11
uma atitude predominante de aceitação e vice-versa” (livro “Psicologia da

1
02
gravidez”, de Maria Tereza Maldonado)

/2
12
7/
Ambivalência afetiva: vivência básica da gravidez, e se manifesta sob diversas

-2
formas no decorrer dos nove meses e após o parto. Não existe uma gravidez

om
totalmente aceita ou totalmente rejeitada. (livro “Psicologia da gravidez”, de

l.c
ai
Maria Tereza Maldonado)

tm
ho
@
Hipersonia e as náuseas são sintomas comuns, mas não associados a
m

regressão e rejeição do bebê.


_i
or
m
la

O aumento da sensibilidade está ligado a oscilações de humor esperadas em


au
-p

gravidez, de uma forma geral.


4
-0
12

Gabarito: A
.0
45
.6

66. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - A gravidez é


58

uma transição que faz parte do processo normal do desenvolvimento e


-8

envolve a
IM
R
O
AM

A) alteração de toda composição da rede de intercomunicação familiar, não


ES

sendo considerada a transição no desenvolvimento emocional masculino.


R

B) necessidade de reestruturação e reajustamento como mudança de


VA

identidade e uma nova definição de papeis.


TA

C) complexidade das mudanças provocadas pela vinda do bebê, restringindo-


LA

se apenas às variáveis bioquímicas e psicológicas.


U
PA

D) possibilidade de atingir novos níveis de integração, amadurecimento,


finalizando o período crítico no momento do parto.

Comentário: A paternidade é uma transição no desenvolvimento emocional


masculino. (livro “Psicologia da gravidez”, de Maria Tereza Maldonado)

As mudanças ligadas à gravidez "representam uma possibilidade de atingir


novos níveis de integração, amadurecimento e expansão da personalidade ou

| 212
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Psicologia Saúde e Hospitalar

de adotar uma solução patológica que predominará na relação com a criança”


(livro “Psicologia da gravidez”, de Maria Tereza Maldonado)

A gravidez é uma transição e envolve a necessidade de reestruturação e


reajustamento em várias dimensões: mudanças na identidade e uma nova
definição de papéis - a mulher passa a se olhar e ser olhada de outro modo.
(livro “Psicologia da gravidez”, de Maria Tereza Maldonado)

10
Gabarito: B

2:
:4
11
67. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Até o século

1
02
XVII, os ritos de morte eram aceitos e cumpridos com simplicidade, de

/2
modo cerimonial, evidentemente, mas sem caráter dramático ou gestos

12
7/
de emoção excessivos. Essa atitude frente à morte era habitual e foi

-2
denominada de “morte domada”. A partir do século XIX, a sociedade

om
passa a ter muitos recursos para proteger a vida, e a morte passa a ser

l.c
ai
vergonhosa. A importância nesse século é dar a impressão de que,

tm
apesar da morte, nada mudou, e as pessoas dão prosseguimento à sua
ho
@
vida normal. Essa concepção de morte, mais atual, é denominada
m
_i
or

A) morte idealizada.
m
la

B) morte materializada.
au
-p

C) morte interdita.
4

D) morte selvagem.
-0
12
.0

Comentário: ARIÈS discorre sobre: A morte domada; A morte de si mesmo; A morte


45
.6

do outro; A morte interdita.


58

Na morte interdita, torna-se vergonhosa e objeto de interdição. Entre 1930 e


-8

1950: deslocamento do lugar da morte. Já não se morre em casa, em meio aos seus,
IM
R

mas sim no hospital, sozinho.


O
AM

Sentimento da modernidade: evitar à sociedade “a perturbação e a emoção


ES

excessivamente fortes, insuportáveis, causadas pela fealdade da agonia e pela


R

simples presença da morte em plena vida feliz, pois, a partir de então, admite-se que
VA

a vida é sempre feliz, ou deve sempre aparentá-lo” (Referência: livro - ARIÈS,


TA

Philippe. História da morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos dias. Ediouro
LA

Publicações, 2003)
U
PA

Gabarito: C

68. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Uma das


competências exigidas ao psicólogo é o conhecimento sobre o processo do luto.
Ao atender uma mulher, cujo marido faleceu há três meses, após um
adoecimento crônico, e ao ouvir suas queixas de tristeza, fadiga, culpa, raiva,
falta de prazer e solidão, o psicólogo pode concluir que essa paciente vivencia
um processo de luto

| 213
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A) cíclico.
B) normal.
C) patológico.
D) antecipatório

Comentário: - Luto sem complicações = reação normal à morte de um ente


querido. Como parte de sua reação a essa perda, alguns indivíduos em
sofrimento se apresentam com sintomas depressivos - por exemplo,

10
sentimentos de tristeza e sintomas associados, como insônia, apetite

2:
reduzido e perda de peso. A duração e a expressão do luto "normal" variam

:4
11
muito entre diferentes grupos culturais. (DSM V)

1
02
- Transtorno do Luto Complexo Persistente = ao menos 12 meses devem ter

/2
passado, desde a morte de alguém com quem o enlutado tinha um

12
7/
relacionamento próximo. (DSM V)

-2
om
Gabarito: B

l.c
ai
tm
69. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Em um
ho
@
hospital geral, a equipe de saúde atende a pacientes com diversos tipos de
m

demandas de cuidado em saúde e deve sempre considerar que o paciente está


_i
or

inserido em um contexto mais amplo: a família. A abordagem do contexto


m
la

familiar é uma importante estratégia de intervenção do psicólogo hospitalar,


au
-p

que deve compreender aspectos conceituais sobre família, seu funcionamento


4

e dinâmica. Diante disso, considere as afirmativas abaixo.


-0
12
.0

I.A família constitui um sistema aberto, dinâmico e complexo, cujos membros


45
.6

pertencem a um mesmo contexto social e dele compartilham.


58

II.Sede das primeiras trocas afetivo-emocionais e da construção da identidade, a


-8

família é o único grupo do qual fazemos parte.


IM
R

III.A estrutura da família é composta por um sistema que abriga subsistemas


O
AM

familiares, formados pelos membros da família e suas relações.


ES

Família extensiva é considerada aquele tipo de família formada pelos familiares


R

consanguíneos da pessoa-referência (núcleo de um casal e seus filhos)


VA
TA

Comentário: A família é considerada um sistema vivo em evolução; sendo que o


LA

todo é mais do que a soma de suas partes. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in
U
PA

Cordioli, Grevet; 2019)

A família NÃO é o único grupo do qual fazemos parte.

Sistema = “conjunto de elementos, direta ou indiretamente relacionados, que


funciona como uma unidade em determinado ambiente”. (Cordioli, Alves, Valdivia,
Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)

| 214
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Família extensa ou ampliada = “se estende para além da unidade pais e filhos ou da
unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.” (ECA)

Gabarito: D

70. (Residência Saúde Mental - UERJ 2018) Freud (1917[1915]) indica


que “(...) a reação à perda de um ente querido, à perda de alguma

10
abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a

2:
liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante" é comum

:4
11
tanto à melancolia e quanto ao luto. A característica suplementar

1
02
e específica de que o mundo se torna pobre e vazio se refere

/2
apenas ao(à):

12
7/
-2
a) melancolia

om
b) depressão

l.c
ai
c) neurose

tm
d) luto ho
@
m

Comentário: no luto, é o mundo que se torna pobre e vazio.


_i
or
m
la

Gabarito: D
au
-p
4
-0
12

71. (HUB/Cespe - 2019) A respeito da psicanálise, julgue o item a


.0

seguir:
45
.6

Na melancolia, diferentemente do que acontece com o luto, é o eu que se torna


58

pobre e vazio, podendo a melancolia ser compreendida como uma neurose


-8

decorrente de conflitos entre o eu e o id.


IM
R
O
AM

Comentário: A melancolia não pode ser compreendida como uma neurose


ES

decorrente de conflitos entre o eu e o id. Para Freud, na melancolia, o amor


R

refugiando-se no ego, “escapa à extinção. Após essa regressão da libido, o processo


VA

pode tornar-se consciente, sendo representado à consciência como um conflito


TA

entre uma parte do ego e o agente crítico.”


LA
U
PA

Gabarito: Errado

72.
CESPE - 2019 - TJ-AM - No que se refere à psicologia da saúde e à atuação
do psicólogo nessa área, julgue o item que se segue.

A realização de dinâmicas de grupos e a organização de grupos


informativos são vedadas ao psicólogo que atua na intervenção primária.

| 215
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Psicologia Saúde e Hospitalar

Comentário: Intervenção primária = “intervenção direta sobre uma queixa


detectada em um indivíduo ou em um coletivo social. Trata-se da primeira
ação de saúde ante a presença de um problema que deverá ser identificado e
orientado. Em seguida, se o caso necessitar de uma intervenção psicológica
especializada será encaminhado”
Exemplos de atividades compatíveis com a intervenção primária: fazer uso das
técnicas de dinâmica de grupos; propor e organizar grupos informativos;
(ALVES, RF., and EULÁLIO, MC. Abrangência e níveis de aplicação da Psicologia

10
da Saúde. In ALVES, RF., org. Psicologia da saúde: teoria, intervenção e

2:
pesquisa [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2011.)

:4
11
1
02
Gabarito: Errado

/2
12
7/
73.

-2
CESPE - 2019 - TJ-AM - No que se refere à psicologia da saúde e à atuação

om
do psicólogo nessa área, julgue o item que se segue.

l.c
ai
tm
A prevenção primária deve estar diretamente relacionada à promoção de
ho
@
saúde.
m
_i
or

Comentário: A PREVENÇÃO tem como objetivo a redução do risco de se adquirir uma


m
la

doença específica por reduzir a probabilidade de que uma doença ou desordem


au
-p

venha a afetar um indivíduo (CZERESNIA, 2003).


4

a) Prevenção primária é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de


-0
12

um problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de


.0

uma condição clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.:


45
.6

imunização, orientação de atividade física para diminuir chance de


58

desenvolvimento de obesidade).
-8

b) Prevenção secundária é a ação realizada para detectar um problema de saúde


IM
R

em estágio inicial, muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na


O
AM

população, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou


ES

prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: rastreamento,


R

diagnóstico precoce).
VA

c) Prevenção terciária é a ação implementada para reduzir em um indivíduo ou


TA

população os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou crônico,


LA

incluindo reabilitação (ex.: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente


U
PA

pós-infarto – IAM ou acidente vascular cerebral).


d) Prevenção quaternária é a detecção de indivíduos em risco de intervenções,
diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas para protegê-los de novas intervenções
médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis.
(Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Rastreamento – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde,
2013.)

Resposta: CERTO

| 216
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74. FCC - 2019 - TJ-MARANHÃO - As metodologias participativas de trabalho


são indicadas para atividades em grupo porque

A)possibilitam a função elaborativa do processo terapêutico de cada indivíduo.


B) favorecem a aplicação de atividades informativas e avaliações objetivas.
C) focam nas relações intragrupais verticalizadas, a partir de uma coordenação das
atividades.

10
D)orientam os tipos de papéis dos participantes, destacando-se o líder e o porta-voz

2:
dos problemas do grupo.

:4
11
E) propiciam vivências que favorecem a ressignificação e percepção de mudanças.

1
02
/2
Comentário: Metodologias participativas de trabalho = emprego de métodos e

12
7/
técnicas que possibilitam aos integrantes de um grupo vivenciar seus sentimentos;

-2
perceber determinados fatos ou informações; refletir sobre eles; ressignificar seus

om
conhecimentos e valores e perceber as possibilidades de mudanças. (Livro: SILVA,

l.c
ai
R. DE C. Metodologias Participativas para Trabalhos de Promoção de Saúde e

tm
Cidadania. São Paulo: Vetor, 2002) ho
@
m

A metodologia participativa permite a atuação efetiva dos participantes no


_i
or

processo educativo, valorizando os conhecimentos e as experiências dos


m
la

participantes.
au
-p

A criatividade e a flexibilidade são fundamentais para que o processo educativo


4

seja participativo, democrático e profundo.


-0
12

Metodologias participativas de trabalho = baseadas na vivência e na participação


.0

ativa em situações reais ou imaginárias; provoca a reflexão.


45
.6

Referência: Brasil. Ministério da Saúde. Ideias e dicas para o desenvolvimento de


58

processos participativos em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão


-8

Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. –


IM
R

Brasília: Ministério da Saúde, 2016.


O
AM
ES

Gabarito: E
R
VA

75. FCC - 2019 - TJ-MARANHÃO - A morte e o luto fazem parte de diversas


TA

temáticas no tocante à abordagem psicológica no cotidiano hospitalar,


LA

junto à pessoa doente, à sua família e à equipe multidisciplinar. Nesse


U
PA

contexto, as intervenções
A) devem visar a criação de estratégias de intercessões em relação ao cuidador e às
equipes de saúde, com a finalidade de obter um padrão de resposta e de atuação
por parte desses profissionais, para todas as situações de luto que venham a
enfrentar.
B) devem considerar a comunicação sobre o adoecimento e perspectiva de morte
tanto para a criança como para a família, rompendo com possíveis pactos de
silêncio.

| 217
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Psicologia Saúde e Hospitalar

C)focam exclusivamente no treinamento e preparação psicológica da equipe,


família e doente para lidar com a morte.
D)não devem abordar o luto antecipatório com as famílias de crianças pequenas,
pois esse trabalho deverá ser feito no contexto clínico de consultório, de forma a
ocorrer em ambiente apropriado para esse fim.
E) devem ter o foco na família, de modo a deixar a equipe médica e de auxiliares
técnicos livres para o cuidado da saúde física do paciente.

10
Comentário: Na assistência ao paciente terminal, é importante o tratamento

2:
individualizado, ou seja, conhecer o paciente, entender suas necessidades e

:4
11
interesses e acompanhar seu ritmo. (Simonetti, 2016)

1
02
O foco não é exclusivo na preparação para lidar com a morte, até porque, outras

/2
questões podem surgir.

12
7/
Quem escolhe o tema da conversa é o paciente, não o terapeuta, não devendo

-2
haver um assunto proibido, nem um assunto obrigatório. (Simonetti, 2016)

om
O luto antecipatório pode sim ser abordado pelo psicólogo no ambiente

l.c
ai
hospitalar.

tm
O foco não é somente na família; paciente e equipe também devem ser
ho
@
considerados.
m
_i
or

Gabarito: B
m
la
au
-p

76. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019 – 2020) No modelo teórico denominado
4

Modelo Interativo do Estresse, classificam-se as respostas ou estratégias de


-0
12

enfrentamento de acordo com suas funções, destacando como modalidades


.0

principais: enfrentamento focalizado no problema e enfrentamento focalizado


45
.6

na emoção. Como esse modelo teórico define Enfrentamento?


58
-8

A) É a tomada de consciência global no momento presente, a atenção ao conjunto


IM
R

da percepção pessoal, corporal e emocional, interior e ambiental.


O
AM

B) Relaciona-se à experiência individual e subjetiva da avaliação da vida como


ES

positiva, e inclui variáveis como satisfação com a vida e vivência de afeto positivo.
R

C) Refere-se aos esforços cognitivos e comportamentais voltados para o manejo de


VA

exigências ou demandas internas ou externas, que são avaliadas como sobrecarga


TA

aos recursos pessoais.


LA

D) É uma abordagem comportamental que permite que pacientes que possuem os


U
PA

mais variados graus de deficits comportamentais possam modelar


comportamentos mais saudáveis, e assim se tornarem mais confiantes e assertivos
perante o convívio social.

Comentário: ENFRENTAMENTO = formas cognitivas, comportamentais e


emocionais pelas quais as pessoas administram situações estressantes. É um
processo dinâmico, não sendo uma reação única. Assim, refere-se a uma série de
respostas que envolvem as interações com o ambiente. (STRAUB, 2014)

| 218
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Psicologia Saúde e Hospitalar

Enfrentamento = "esforços cognitivos e comportamentais voltados para o manejo


de exigências ou demandas internas ou externas, que são avaliadas como
sobrecarga aos recursos pessoais do indivíduo" (Folkman e col., 1986).

Richard Lazarus (1984) categorizou as estratégias de enfrentamento como


focalizadas na emoção ou no problema:
Enfrentamento focalizado na emoção: pessoa tenta controlar a resposta
emocional a um estressor. Podem ser usadas estratégias comportamentais, como a

10
busca de pessoas que oferecem encorajamento ou nos mantenham ocupados para

2:
desviar a atenção do problema. Bem como, podem ser utilizadas estratégias

:4
11
cognitivas, como mudar a maneira pela qual o estressor é avaliado, ou negar

1
02
informações desagradáveis.

/2
Enfrentamento focalizado no problema: Utilizado para lidar de forma direta com

12
7/
a situação estressante, reduzindo demandas ou aumentando a capacidade de lidar

-2
com um estressor. Por exemplo, mudança na dieta e regime para controlar o

om
diabetes. (STRAUB, 2014)

l.c
ai
tm
A letra “A” se refere ao conceito de “Awareness” = conceito central em Gestalt-
ho
@
Terapia; A letra “B” ao conceito de Bem-estar subjetivo (BES); A letra “D” se refere
m

ao conceito Treino de habilidades sociais (THS)


_i
or
m
la

Gabarito: C
au
-p
4

77. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019 – 2020) Consiste na transposição de um


-0
12

conflito psíquico e uma tentativa de sua resolução em sintomas somáticos,


.0

motores ou sensitivos. A qual fenômeno a descrição se refere?


45
.6
58

A) Distress.
-8

B) Conversão.
IM
R

C) Alexitimia.
O
AM

D) Somatização.
ES
R

Comentário: Distress = estresse negativo = estresse em excesso, que ocorre quando


VA

a pessoa ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de adaptação.


TA

Conversão= transposição de um conflito psíquico e uma tentativa de sua


LA

resolução em sintomas somáticos, motores, por exemplo, uma paralisia ou


U
PA

sensitivos, uma anestesia ou dor localizadas. (Laplanche & Pontalis – Vocabulário


da Psicanálise)
Alexitimia= é a dificuldade de identificar sentimentos e diferenciá-los de
sensações corporais, assim como a dificuldade de falar sobre as próprias emoções
e a tendência a ter um estilo de pensamento orientado para o externo, para o
concreto. (Dalgalarrondo, 2019)
Somatização= “existe hoje em dia a tendência para distinguir a conversão
histérica de outros processos de formação de sintomas, para os quais se propõe, por
exemplo, o nome de somatização. O sintoma de conversão histérica estaria numa

| 219
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

relação simbólica mais concreta com a história do sujeito, seria menos isolável
numa entidade nosográfica somática (exemplo: úlcera do estômago, hipertensão),
menos estável, etc. Embora a distinção clínica possa em muitos casos impor-se, a
distinção teórica continua difícil de elaborar.” (Laplanche & Pontalis – Vocabulário
da Psicanálise)

Gabarito: B

10
78. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019 – 2020) De acordo com Botega (2015),

2:
se um paciente tem vários fatores de risco para o suicídio, a probabilidade de

:4
11
vir a se matar é considerável. Sobre as alternativas abaixo, quais são os fatores

1
02
de risco associados ao suicídio?

/2
12
7/
A) Depressão, estar empregado e rigidez.

-2
B) Razão para viver, doenças incapacitantes e religiosidade.

om
C) Esquizofrenia, envolvimento na comunidade e alcoolismo.

l.c
ai
D) Perdas recentes, impulsividade, estados confusionais orgânicos.

tm
ho
@
Comentário:
m
_i
or
m
la
au
-p
4
-0
12
.0
45
.6
58
-8
IM
R
O
AM
ES
R
VA
TA

(Botega, N.J. Crise suicida: avaliação e manejo. 1ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.)
LA
U

Gabarito: D
PA

79. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019 – 2020) O modelo de trabalho do psicólogo
no hospital pode pressupor a presença constante do profissional nas unidades
hospitalares como membro da equipe; participando das decisões tomadas, da
rotina e atividades diárias e não apenas sendo consultor em casos
emergenciais, podendo, dessa forma, agir mais preventivamente.
Considerando a organização de trabalho do psicólogo hospitalar, a qual modelo
a descrição se refere?

| 220
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Psicologia Saúde e Hospitalar

A) De ligação.
B) Interconsulta.
C) Biopsicossocial.
D) Psicossomático

Comentário: A abordagem da psiquiatria de ligação se assemelha, em nível teórico


e em nível prático, à psicologia no contexto hospitalar.

10
A psicologia no contexto hospitalar, bem com a psiquiatria de ligação, englobam

2:
no hospital tarefas que envolvem a assistência, o ensino e a pesquisa. Ambas

:4
11
pressupõe um contato contínuo com o serviços hospitalar, tendo o profissional

1
02
presença constante nas unidades e serviços, participando das decisões, das

/2
atividades diárias, não sendo somente consultor em casos emergenciais. As duas

12
7/
vertentes têm caráter preventivo, caráter diagnóstico e caráter terapêutico a

-2
pacientes, familiares, bem como a própria equipe de saúde.

om
(Chiattone, H. B. C. A significação da Psicologia no contexto hospitalar. In

l.c
ai
ANGERAMI-CAMON, Valdemar Augusto. Psicologia da saúde: um novo significado

tm
para a prática clínica, 2019.) ho
@
m

Gabarito: A
_i
or
m
la

80. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM


au
-p

SAÚDE – 2019/2020) Esther, 42 anos, é viúva e reside com sua mãe (Rosa, 62
4

anos) e seus dois filhos (Ana, 16 anos, e Arthur, 8 anos). Certo dia, iniciou com
-0
12

cefaleia intensa, tontura e vômito e foi encaminhada para o serviço de


.0

emergência mais próximo. Após uma série de exames para investigação do que
45
.6

estava causando os sintomas, foi diagnosticada com uma neoplasia maligna,


58

sendo o prognóstico bastante reservado. Analise as assertivas que tratam das


-8

possibilidades de atuação do psicólogo hospitalar nesse caso e assinale a


IM
R

alternativa que apontas as corretas.


O
AM
ES

I. O psicólogo pode acompanhar o médico no momento da comunicação


R

do diagnóstico e realizar suporte psicológico.


VA

II. Em situações delicadas como essa, o psicólogo deve realizar a


TA

comunicação do diagnóstico e prognóstico, visto que é o profissional


LA

mais capacitado e preparado para realizar a comunicação da má notícia.


U
PA

III. O psicólogo pode realizar o acolhimento dos familiares da paciente


após a comunicação do diagnóstico, já que, frente ao adoecimento e à
hospitalização de um membro da família, os demais podem manifestar
as mais variadas reações, desde se opor ao tratamento como até ser uma
importante rede de apoio e auxiliar nas estratégias de enfrentamento
desenvolvidas pela paciente.
IV. O psicólogo pode participar de decisões em relação à conduta a ser
adotada pela equipe, objetivando promover apoio e segurança ao
paciente e à família.

| 221
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(A) Apenas I, III e IV.


(B) Apenas II, III e IV.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e IV.
(E) I, II, III, IV.

Comentário: Psicólogas (o) geralmente não conhecem detalhes, ou não têm

10
conhecimento de todo o processo de cuidados pelos quais o paciente passou.

2:
Psicólogas (o) não devem assumir responsabilidades profissionais por atividades

:4
11
para as quais não estejam capacitadas pessoal, teórica e tecnicamente (Código de

1
02
ética). A presença da psicóloga no ato da comunicação não poderia se dar senão

/2
como acompanhamento, a partir de suas habilidades e competências. (Correta I e

12
7/
errada II)

-2
“a(o) Psicóloga(o) pode oferecer suporte psicológico familiar, já que frente ao

om
adoecimento e hospitalização de um integrante desse grupo, a família pode

l.c
ai
manifestar as mais variadas reações, desde se opor ao tratamento como até ser uma

tm
importante rede de apoio e auxiliar nas estratégias de enfrentamento desenvolvidas
ho
@
pelo paciente” (Caderno de psicologia hospitalar: considerações sobre assistência,
m

ensino, pesquisa e gestão / Bruno Jardini Mäder (org.) – Curitiba : CRP-PR, 2016. )
_i
or

(Correta III)
m
la

No trabalho com a equipe multidisciplinar, preferencialmente interdisciplinar,


au
-p

participa de decisões em relação à conduta a ser adotada pela equipe, objetivando


4

promover apoio e segurança ao paciente e família” (CFP 13/2007) (Correta IV)


-0
12
.0

Gabarito: A
45
.6
58

81. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


-8

EM SAÚDE – 2019/2020) O câncer é uma doença que, além da dor e de outros


IM
R

desconfortos físicos, gera impactos tanto de ordem psíquica como também


O
AM

social e econômica para o paciente e seus familiares. Devido aos estigmas


ES

relacionados a essa doença crônica, os transtornos psíquicos são frequentes.


R

Sobre a atuação do psicólogo em clínicas oncológicas, analise as assertivas e


VA

assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).


TA

I. O psicólogo deve contribuir para minimizar os efeitos causados pela


LA

doença, de modo a facilitar a reintegração do paciente à sociedade e a uma


U
PA

rotina mais distanciada possível da que se tinha antes do diagnóstico.


II. Dar assistência ao paciente significa integrar as várias dimensões do
ser, incluindo a espiritual. As crenças religiosas podem ser recurso para o
enfrentamento da doença, contribuindo para a adesão ao tratamento.
III. Para trabalhar a questão da morte como um processo natural, não é
preciso que se tenha estabelecido entre o paciente e o psicólogo um vínculo de
confiança, pois as fantasias acerca desse tema e do desejo de imortalidade
emergem a partir do diagnóstico da doença, necessitando de intervenção
imediata.

| 222
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

IV. O suporte psicológico à família que favoreça a compreensão do


processo da doença em todas as fases visa diminuir o impacto que os sintomas
psicológicos do doente causam aos familiares.
A Apenas I, III e IV.
B Apenas II e IV.
C Apenas II e III.
D Apenas IV.
E I, II, III, IV.

10
2:
Comentário: “Atuando no tratamento de pacientes com diagnóstico de câncer, o

:4
11
psicólogo se empenha por minimizar os efeitos causados pela doença, de modo a

1
02
facilitar a reintegração desse paciente à sociedade e a uma rotina mais próxima

/2
possível da que se tinha antes do diagnóstico.”

12
7/
“Dar assistência a esse paciente envolve, sobretudo, integrar as várias dimensões

-2
do ser, isto inclui também o aspecto espiritual. Estudos mostram que as questões

om
referentes à espiritualidade representam para o paciente oncológico, em sua

l.c
ai
maioria, uma fonte de conforto, fé em Deus e suporte para enfrentamento da

tm
doença, apresentando-se como fator de contribuição na adesão ao tratamento
ho
@
(Fornazari & Ferreira, 2010).”
m

“Trabalhar a questão da morte como um processo natural, requer que se tenha


_i
or

estabelecido entre o paciente e o psicólogo um vínculo de confiança, pois as


m
la

fantasias acerca deste tema e do desejo de imortalidade é o ponto primordial para


au
-p

a ressignificação da intensa experiência que é o processo de terminalidade da vida,


4

que a partir do diagnóstico da doença se torna ainda mais presente; por isso o
-0
12

fazer psicológico na perspectiva dos cuidados paliativos solicita do profissional


.0

especial atenção a linguagem simbólica e ao não dito (Incontri & Santos, 2007;
45
.6

Kovács, 2008b).
58

“O oferecimento de um sistema de suporte à família que facilite a compreensão


-8

do processo da doença em todas as fases visa diminuir o impacto que os sintomas


IM
R

psicológicos do doente causam a mesma (Menezes, Passareli, Santos & Valle, 2007).
O
AM

Uma boa comunicação com a equipe de saúde e o máximo de informações sobre o


ES

tratamento e os cuidados específicos ao paciente, são aspectos inclusos nesse


R

sistema de suporte à família oferecido pelo psicólogo, visto que a falta de


VA

informações sobre a condição do paciente é um dos fatores que causa maior


TA

estresse e desencadeia a ansiedade familiar (Kohlsdorf, 2010; Rezende et al, 2010;


LA

Rodrigues & Zago, 2009). (FERREIRA, Ana Paula de Queiroz; LOPES, Leany Queiroz
U
PA

Ferreira; MELO, Mônica Cristina Batista de. O papel do psicólogo na equipe de


cuidados paliativos junto ao paciente com câncer*. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v.
14, n. 2, p. 85-98, dez. 2011)

Gabarito: B

82. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


EM SAÚDE – 2019/2020) Leila, 35 anos, é solteira e reside só. Há anos, apresenta
um quadro grave de depressão, porém não realiza tratamento adequado. Certo

| 223
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

dia, tentou suicídio jogando-se de um viaduto e deu entrada em um serviço de


emergência com um quadro de trauma grave associado à hemorragia
moderada. Diante do exposto, assinale a alternativa correta.
(A) Dadas as peculiaridades do caso e o motivo da admissão de Leila no pronto-
socorro, o atendimento psicológico é urgente e deve ser imediato, precedendo o
atendimento médico.
(B) O psicólogo entra em cena após a estabilização do quadro clínico da paciente,
devendo, por se tratar de um serviço de emergência, realizar seu trabalho em um

10
ritmo acelerado, de modo semelhante ao dos demais profissionais que ocupam

2:
esses espaços.

:4
11
(C) O objetivo do psicólogo é restaurar a simbolização, buscando a palavra como

1
02
forma de enfrentamento da situação emergencial da paciente. O psicólogo procura

/2
"resgatar" o sujeito, a partir do oferecimento de uma escuta, que permite a

12
7/
explicitação do sofrimento.

-2
(D) Considerando a ideação suicida da paciente e o quadro psiquiátrico prévio,

om
pode-se afirmar que esse caso não demanda uma intervenção psicológica, mas sim

l.c
ai
psiquiátrica.

tm
(E) A atuação do psicólogo visa apenas à resolução da crise atual e não facilitar a
ho
@
adesão da paciente a um tratamento ambulatorial subsequente, que ajude a evitar
m

novas crises. Esse papel é do médico, o qual deve realizar o encaminhamento da


_i
or

paciente para o serviço psiquiátrico de referência.


m
la
au
-p

Comentário: Primeiramente, é preciso resolver o problema médico, restaurando as


4

condições mínimas para que qualquer atendimento psicológico ocorra. (Simonetti,


-0
12

2016)
.0
45
.6

Quando o psicólogo é chamado para efetuar o atendimento, o risco de vida


58

imediato, em princípio, já foi controlado. Por isso mesmo, psicólogo não deve entrar
-8

no ritmo de agitação e correria (tão presente no ambiente de emergência médica).


IM
R

O que se espera da intervenção psicológica é exatamente o inverso: que ela seja


O
AM

calma, tranquila e crie um outro ritmo, que seja mais acolhedor para o paciente.
ES

(Simonetti, 2016)
R
VA

“Do ponto de vista psicológico, as situações de emergência se caracterizam por


TA

inundações do real no simbólico, onde o sujeito mergulhado nesse mar de


LA

sensações cruas e intensas não encontra meios de fazer valer a simbolização como
U
PA

forma de enfrentamento. O objetivo do psicólogo hospitalar é restaurar a


simbolização, buscando a palavra como forma de enfrentamento da situação
emergencial.” (Simonetti, 2016)

Gabarito: C

83. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


EM SAÚDE – 2019/2020) Apesar de serem inegáveis os benefícios da atuação
integrada na assistência à saúde, existem entraves que dificultam ou impedem

| 224
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

o exercício pleno da integração disciplinar. Reflexos desse fato são as


dificuldades cotidianas vivenciadas no contexto hospitalar que se traduzem
pela manutenção da rígida divisão disciplinar ou da aparente integração das
equipes. Em relação aos entraves institucionais e os desafios para uma prática
integrada, assinale a alternativa correta.
(A)O uso do saber como instrumento de poder não se configura como um entrave
institucional, tendo em vista que nos serviços de saúde não se observa uma relação
de primazia de um saber em relação ao outro.

10
(B) Para promover a cooperação entre os diferentes saberes, é necessário que exista

2:
uma estrutura organizacional que permita a elitização do saber e a quebra da rigidez

:4
11
na aquisição e transmissão do conhecimento, bem como na própria forma de

1
02
proceder na assistência.

/2
(C) Para que haja a integração disciplinar, é necessário o redimensionamento das

12
7/
políticas públicas de saúde e a transformação exclusiva dos cursos de medicina,

-2
incorporando desde o início da formação dos profissionais a aprendizagem para o

om
trabalho em equipes integradas partindo de uma concepção ampla de saúde, que

l.c
ai
inclua a subjetividade do indivíduo, suas interações com os outros, seu lugar social,

tm
sua relação com o corpo. ho
@
(D) Um dos caminhos possíveis para desenvolver um nível cada vez maior de
m

integração disciplinar é o investimento em novos modelos de formação e,


_i
or

principalmente, a ampliação de conceitos intrínsecos à assistência à saúde.


m
la

(E) O investimento na capacitação dos profissionais para o trabalho em equipes é


au
-p

imperativo para se alcançar uma verdadeira integração disciplinar, sendo o


4

investimento em formação dispensável com uma adequada capacitação dos


-0
12

profissionais.
.0
45
.6

Comentário: “Com relação aos entraves institucionais o principal deles é o uso do


58

saber como instrumento de poder. Isto se dá na utilização do saber como um


-8

diferencial dentro das instituições onde quem não tem um saber formalizado,
IM
R

quantificado, nomeado, reconhecido como tal, ocupa o lugar de submissão, perde


O
AM

a voz. O exemplo mais gritante desta equação saber = poder nas instituições de
ES

saúde é a relação médico – paciente, (...)” (Errada A)


R

“Para promover a cooperação, é necessário que exista uma estrutura


VA

organizacional que suporte a democratização do saber e a quebra da rigidez na


TA

aquisição e transmissão do conhecimento, bem como na própria forma de proceder


LA

na assistência, eliminando disputas em termos de primazia e importância de um


U
PA

tipo de intervenção sobre outra.” (Errada B)


“Aqui se trata de um redimensionamento das políticas públicas de saúde e
dos cursos de formação dos profissionais que se propõe a atuar nesta área. Como
aponta Batista (2006) um importante desafio se refere à transformação dos cursos
médicos, e poderíamos acrescentar os cursos de todas as áreas relacionadas à
assistência em saúde, incorporando desde o início da formação dos profissionais a
aprendizagem para o trabalho em equipes integradas partindo de uma concepção
ampla de saúde, que inclua a subjetividade do indivíduo, suas interações com os
outros, seu lugar social, sua relação com o corpo. (Errada C)

| 225
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

“Assim, um dos caminhos possíveis para desenvolver um nível cada vez


maior de integração disciplinar é o investimento em novos modelos de formação e,
principalmente, a ampliação de conceitos intrínsecos à assistência à saúde;
partindo do próprio conceito de saúde.”
“é necessário estar atento e investir na capacitação dos profissionais para o
trabalho em equipes. Para além das teorias e conceitos, é preciso contar com
indivíduos sensibilizados e abertos para a recriação do conhecimento adquirido na
teoria e na prática individual, a partir de uma elaboração conjunta.” (Errada E)

10
(Referência: GALVAN, Gabriela Bruno. Equipes de saúde: o desafio da integração

2:
disciplinar. Rev. SBPH, Rio de Janeiro, 2007)

:4
11
1
02
Gabarito: D

/2
12
7/
84. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL

-2
EM SAÚDE – 2019/2020) Um procedimento cirúrgico geralmente implica em

om
grande impacto sobre o bem estar físico, social e emocional do paciente,

l.c
ai
gerando aumento dos níveis de ansiedade e stress pelo distanciamento, mesmo

tm
que temporário, da rede de apoio social e familiar. Sobre o acompanhamento
ho
@
psicológico ao paciente cirúrgico, assinale a alternativa correta.
m

(A)Fatores geradores de ansiedade podem interferir de modo adverso sobre a


_i
or

aquisição de estratégias de enfrentamento do procedimento cirúrgico e sobre o


m
la

processo de recuperação do paciente, porém não são capazes de interferir no


au
-p

organismo a ponto de prejudicar o processo.


4

(B) O acompanhamento psicológico ao paciente cirúrgico ocorre em dois momentos


-0
12

específicos: o pré-operatório e o trans operatório. Esse último se subdivide em duas


.0

fases: imediato e tardio.


45
.6

(C) Relatos de pacientes expostos a procedimentos cirúrgicos apontam que os


58

principais fatores geradores de ansiedade são: o medo da morte, de sequelas, do


-8

procedimento de anestesia e do risco de alta prematura. Por outro lado, a


IM
R

percepção antecipada de dor e desconforto e a espera passiva pelo início do


O
AM

procedimento não são consideradas ansiogênicas.


ES

(D) O que é dito dentro do Centro Cirúrgico, quando o paciente está em coma
R

anestésico, não o afeta no pós-operatório, visto que o indivíduo nessa condição fica
VA

totalmente inconsciente e, portanto, é incapaz de receber e interpretar estímulos


TA

externos.
LA

(E) Um dos objetivos do psicólogo na atenção ao paciente cirúrgico é atuar no


U
PA

processo de adaptação à nova imagem corporal, ou seja, ao novo esquema corporal


que foi modificado pela intervenção cirúrgica.

Comentário: “Certo medo e ansiedade são reações consideradas normais. Porém,


na medida em que essas condições se elevam e se somam à tensão, estresse ou
outras condições adversas do estado emocional, o paciente sofre interferências
em seu organismo que podem prejudicar o processo cirúrgico.”
“Dividimos didaticamente o acompanhamento psicológico ao paciente
cirúrgico em três momentos específicos: o pré-operatório, o trans-operatório e o

| 226
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

pós-operatório. Este último, subdividido em duas fases: imediato e tardio.”


(SEBASTIANI, Ricardo Werner; MAIA, Eulália Maria Chaves. Contribuições da
psicologia da saúde-hospitalar na atenção ao paciente cirúrgico. Acta Cir. Bras., São
Paulo, v. 20, supl. 1, p. 50-55, 2005 .)
“Relatos de pacientes expostos a procedimentos cirúrgicos apontam que os
principais fatores desencadeantes de ansiedade incluem: a) percepção antecipada
de dor e desconforto; b) espera passiva pelo início do procedimento; c) separação
da família e sentimentos de abandono; d) possível perda, mesmo que temporária,

10
de autonomia; e) medo da morte, de sequelas, do procedimento de anestesia e do

2:
risco de alta prematura; e f) o procedimento cirúrgico como um todo.” (COSTA

:4
11
JUNIOR, Áderson Luiz et al . Preparação psicológica de pacientes submetidos a

1
02
procedimentos cirúrgicos. Estud. psicol. (Campinas), Campinas , 2012)

/2
Há estado de consciência alterada; “palavras, frases, conversas, discussões

12
7/
etc., ocorridas dentro do Centro Cirúrgico, podem influenciar tanto positiva como

-2
negativamente o paciente em seus comportamentos no pós-operatório.”

om
l.c
ai
“Faz-se necessário também, o psicólogo atuar no sentido de reorganizar o

tm
esquema da consciência do paciente no mundo, ou seja, seu novo esquema
ho
@
corporal que foi modificado pela intervenção cirúrgica, pois, cada indivíduo,
m

vivencia de acordo com sua estrutura de personalidade, graus diferenciados de


_i
or

adaptação à nova imagem corporal. É fato que a reconstrução positiva desta nova
m
la

imagem é necessária para o êxito da reestruturação do autoconceito, já que a


au
-p

imagem corporal e o autoconceito representam a consciência da própria


4

individualidade.” (SEBASTIANI, Ricardo Werner; MAIA, Eulália Maria Chaves.


-0
12

Contribuições da psicologia da saúde-hospitalar na atenção ao paciente


.0

cirúrgico. Acta Cir. Bras., São Paulo, v. 20, supl. 1, p. 50-55, 2005.)
45
.6
58

Gabarito: E
-8
IM
R

85. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


O
AM

EM SAÚDE – 2019/2020) Trata-se da prática multiprofissional que busca


ES

oferecer ao paciente fora de possibilidade de cura um atendimento que integre


R

todas as dimensões do ser, visando atingir uma melhor qualidade de vida para
VA

o doente e sua família. O enunciado refere-se


TA

(A)à Clínica Ampliada.


LA

(B) à Reabilitação em Saúde.


U
PA

(C) ao Cuidado Paliativo.


(D) à Terapia do Luto.
(E) à Coordenação do Cuidado

Comentário: “Cuidado Paliativo é a prática multiprofissional que busca oferecer ao


paciente fora de possibilidade de cura um atendimento que integre todas as
dimensões do ser, visando atingir uma melhor qualidade de vida para o doente e
sua família; considerando que as consequências causadas pelo adoecimento
acarretam intenso sofrimento que afetam todos em volta do paciente.” (FERREIRA,

| 227
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Ana Paula de Queiroz; LOPES, Leany Queiroz Ferreira; MELO, Mônica Cristina Batista
de. O papel do psicólogo na equipe de cuidados paliativos junto ao paciente com
câncer*. Rev. SBPH, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 85-98, dez. 2011)

Gabarito: C

86. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


EM SAÚDE – 2019/2020) A respeito dos conceitos teóricos do campo da

10
Psicologia Hospitalar, preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.

2:
A _____________ representa uma modalidade de atendimento clínico e

:4
11
um instrumento metodológico utilizado pelo psicólogo na assistência ao

1
02
paciente internado, que ocorre mediante solicitação de outros profissionais da

/2
saúde. Ao se constituir como uma modalidade de intervenção que permite

12
7/
considerar a demanda institucional, a qual inclui a subjetividade nas relações

-2
da equipe e a assistência psicológica aos pacientes e seus familiares, configura-

om
se como uma das formas mais visíveis da aplicação do conceito de

l.c
ai
_____________.

tm
ho
@
(A)interconsulta psicológica / interdisciplinaridade
m

(B) psicoterapia breve / clínica ampliada


_i
or

(C) prática de acolhimento / multiprofissionalidade


m
la

(D) psicomotricidade / especialidade


au
-p

(E) psicoprofilaxia / promoção de saúde


4
-0
12

Comentário: “A interconsulta psicológica no hospital geral representa uma


.0

modalidade de atendimento clínico e um instrumento metodológico utilizado pelo


45
.6

psicólogo na assistência ao paciente internado, mediante solicitação de outros


58

profissionais da saúde.”
-8

“ao se constituir como uma modalidade de intervenção que permite


IM
R

considerar a demanda institucional que inclui a subjetividade nas relações da


O
AM

equipe e a assistência psicológica aos pacientes e seus familiares, a interconsulta


ES

psicológica é uma das formas mais visíveis da aplicação do conceito de


R

interdisciplinaridade. A interdisciplinaridade pode ser considerada como uma troca


VA

intensa de saberes profissionais em diversos campos, exercendo, dentro de um


TA

mesmo cenário, uma ação de reciprocidade, mutualidade, que pressupõe uma


LA

atitude diferenciada diante de um determinado caso” (Oliveira et al., 2011).


U
PA

(GAZOTTI, Thaís de Castro; PREBIANCHI, Helena Bazanelli. Caracterização da


interconsulta psicológica em um hospital geral. Psicol. teor. prat., São Paulo, v.
16, n. 1, p. 18-30, abr. 2014)

Gabarito: A

87. (Instituto AOCP – ESPBA- RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL


EM SAÚDE – 2019/2020) A respeito da Avalição Psicológica no contexto
hospitalar, é correto afirmar que

| 228
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

(A)apesar das diferenças entre o ambiente hospitalar e a clínica tradicional, os


procedimentos clínicos de diagnóstico e avaliação psicológica, em geral, não
carecem de adaptações.
(B) a avaliação deve ser focada nas temáticas que permeiam a doença e a
hospitalização, buscando ampliar o olhar sobre o sujeito, possibilitando
compreender quem é ele e como vem encarando esse processo, quais as suas
perspectivas, mecanismos de defesa, rede de suporte.
(C) a utilização de testes psicológicos é fundamental, principalmente em casos em

10
que o diagnóstico se mostra claramente aos profissionais ou em casos em que os

2:
níveis de funcionamento do paciente estão evidentemente relacionados a

:4
11
estressores específicos do ambiente de saúde ou estado do paciente.

1
02
(D) a entrevista psicológica tem como foco os sintomas do sujeito e os fatos mais

/2
significativos de sua vida que possam estar relacionados ao seu estado de saúde.

12
7/
Possui um tempo determinado, devendo ser administrada em uma única sessão.

-2
(E) alguns testes psicológicos não devem ser utilizados no ambiente hospitalar,

om
como: os que avaliam funções intelectuais; escalas autoadministradas; inventários

l.c
ai
de personalidade; testes projetivos; testes neuropsicológicos.

tm
ho
@
Comentário: A entrevista “recebe novas configurações e adaptações considerando
m

as contingências do ambiente institucional em que a mesma seja utilizada e as


_i
or

particularidades da população beneficiada.” (Caderno de psicologia hospitalar:


m
la

considerações sobre assistência, ensino, pesquisa e gestão / Bruno Jardini Mäder


au
-p

(org.) – Curitiba: CRP-PR, 2016.)


4

“No campo da Psicologia Hospitalar, a avaliação será focada nas questões


-0
12

que permeiam a doença e a hospitalização, buscando ampliar o olhar frente àquele


.0

sujeito, possibilitando compreender quem é ele e como vem encarando todo esse
45
.6

processo, quais são suas perspectivas, mecanismos de defesa, se pode ou não


58

contar com rede de apoio. Faz-se importante responder algumas questões


-8

norteadoras como: O que? Como? Com quem? Quando? Para quem?” (Caderno de
IM
R

psicologia hospitalar: considerações sobre assistência, ensino, pesquisa e gestão /


O
AM

Bruno Jardini Mäder (org.) – Curitiba : CRP-PR, 2016.)


ES

“a utilização de testes nem sempre é necessária, principalmente em casos


R

em que o diagnóstico se mostra claramente aos profissionais ou casos em que os


VA

níveis de funcionamento do paciente estão evidentemente relacionados a


TA

estressores específicos do ambiente de saúde ou estado do paciente”


LA

“Os testes mais utilizados em ambientes médicos são aqueles que avaliam
U
PA

funções intelectuais, escalas autoadministradas (quando possível), inventários de


personalidade, testes projetivos (quando cabível), além dos testes
neuropsicológicos que muitas vezes são utilizados para realizar um diagnóstico
diferencial.” (CAPITAO, Cláudio Garcia; SCORTEGAGNA, Silvana Alba; BAPTISTA,
Makilim Nunes. A importância da avaliação psicológica na saúde. Aval. psicol., Porto
Alegre, 2005)
A entrevista psicológica não possui um tempo determinado, podendo ser
administrada em mais de uma sessão.

| 229
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Gabarito: B

88. (PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE - 2020 - Instituto


AOCP) Referente aos grupos operativos na Atenção Básica no SUS, assinale a
alternativa correta.

(A) São definidos como um conjunto de pessoas movidas por necessidades


semelhantes que se reúnem em torno de uma tarefa específica ou objetivo

10
2:
compartilhado.

:4
11
(B) Nos grupos operativos relacionados à saúde mental, deve-se promover

1
02
apenas a

/2
12
7/
formação de grupos para um psicodiagnóstico em questão.

-2
om
(C) Deve-se estimular participação passiva dos integrantes para que as

l.c
ai
orientações do profissional de saúde sejam memorizadas por todos.

tm
ho
(D) Conteúdos emergentes dos participantes, que o coordenador não previa,
@
m

devem ser evitados para que se siga o planejamento inicial sem alterações.
_i
or
m

(E) Caso o paciente com transtorno mental esteja vinculado a um grupo do


la
au

psicólogo na atenção básica, não necessita de atendimentos de outros


-p

profissionais da Unidade Básica de Saúde


4
-0
12

Comentário: Segundo Pichon-Rivière (2005), o grupo operativo ocorre por um


.0
45

conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes que se reúnem em


.6

torno de uma tarefa específica ou objetivo compartilhado.


58
-8
IM

“Deve-se privilegiar a participação ativa dos integrantes do grupo, incitando-os


R

a contribuírem com a tarefa grupal, de modo a comprometê-los subjetivamente


O
AM

com aquilo que está sendo tratado pelo grupo.”


ES
R

“O grupo deve ser proposto de tal modo a permitir que seus integrantes tenham
VA

voz, espaço e corpos presentes; se sintam verdadeiramente como integrantes


TA

ativos de um grupo.” (Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção


LA

Básica. Saúde mental / Brasília: Ministério da Saúde, 2013)


U
PA

“Ao se propor determinado grupo, com determinada tarefa e objetivos, tende-


se a certa rigidez e inflexibilidade, não permitindo que o conteúdo emergente do
grupo, aquilo que o próprio grupo traz como conteúdo latente, seja revelado e
colocado em pauta. Se tal característica prevalecer, teríamos configurado
apenas um agrupamento de pessoas, sem nenhum sentimento verdadeiro de
valor e pertencimento grupal.” (Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde mental / Brasília:
Ministério da Saúde, 2013)

| 230
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Gabarito: A

89. EAOAP Aeronáutica 2020 – 2021 Psicologia - A presença da(o)


psicóloga(o) na área da saúde vem crescendo gradativamente ao longo dos
anos. Apesar de haver uma abertura nas instituições de saúde para a inclusão
da(o) psicóloga(o) nas equipes médicas, estas muitas vezes não sabem o que
exigir da(o) psicóloga(o), na medida em que não têm objetivos claros e
definidos ao atendimento voltado à saúde mental. A justificativa da inserção da

10
Psicologia no ambiente hospitalar advém de um sofrimento psíquico, em

2:
decorrência de uma vivência de adoecimento ou trauma. A técnica avaliativa

:4
11
que objetiva estabelecer um diagnóstico, colher dados importantes sobre o

1
02
acontecido, compreender o paciente e realizar intervenções quando necessário

/2
é chamada corretamente de

12
7/
-2
a) entrevista psicológica.

om
b) anamnese psicológica.

l.c
ai
c) análise diagnóstica estrutural.

tm
d) avaliação das funções mentais. ho
@
m

Comentário: “A entrevista psicológica é um recurso do método científico e uma


_i
or

técnica avaliativa que objetiva estabelecer um diagnóstico, colher dados


m
la

importantes sobre o acontecido e compreender o paciente. Visa situar a(o)


au
-p

psicóloga(o) e, por conseguinte, a equipe, sobre aquele paciente e como poderá


4

enfrentar ou não, suas dificuldades atuais.”


-0
12

“Importante apontar, ainda, que durante a entrevista, a(o) psicóloga(o) já


.0

poderá fazer intervenções clínicas. Em uma função terapêutica, procura provocar


45
.6

reflexões que poderão oportunizar uma nova compreensão das percepções sobre o
58

momento vivido pelo paciente” (Conselho Federal de Psicologia (Brasil).


-8

Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) nos serviços hospitalares do


IM
R

SUS / —— 1. ed. —— Brasília : CFP, 2019.)


O
AM
ES

Gabarito: A
R
VA

90. EAOAP Aeronáutica 2020 – 2021 Psicologia - A respeito do


TA

histórico das práticas terapêuticas no contexto das instituições


LA

de saúde e/ou hospitalar, avalie o que se afirma.


U
PA

I. Alguns autores qualificam a Psicologia da Saúde como uma parte da Psicologia


Hospitalar.
II. Com a crescente discussão acerca da Psicologia da Saúde, surgiram críticas
em relação à existência da Psicologia Hospitalar, afirmando que esta deveria
fazer parte da Psicologia da Saúde no sentido mais amplo.
III. Os dois conceitos (Psicologia Hospitalar e Psicologia da Saúde) não são
equivalentes, a começar pelo significado distinto entre os termos saúde e
hospital e também o caráter preventivo ou curativo das doenças presente em
cada um dos campos.

| 231
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

IV. Na década de 1930, no Brasil, com a ideia de que os fatores psicológicos


poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros
serviços de Higiene Mental com participação ativa de psicólogas(os), como
propostas alternativas à internação psiquiátrica.

É correto apenas o que se afirma em

a) I e II.

10
b) II e III.

2:
c) I, III e IV.

:4
11
d) II, III e IV

1
02
Comentário: Alguns autores qualificam a Psicologia Hospitalar como uma parte da

/2
Psicologia da Saúde.

12
7/
“Com a crescente discussão acerca da Psicologia da Saúde, surgiram críticas

-2
em relação à existência da Psicologia hospitalar, afirmando que esta deveria fazer

om
parte da Psicologia da Saúde no sentido mais amplo. (YAMAMOTO; CUNHA, 1998).”

l.c
ai
A área de Psicologia Hospitalar, como é conhecida no Brasil, é inexistente em outros

tm
países, que consideram apenas a Psicologia da Saúde como um todo.
ho
@
Entretanto, esses dois conceitos (Psicologia Hospitalar e Psicologia da
m

Saúde) não são equivalentes, a começar pelo significado distinto entre os termos
_i
or

saúde e hospital e também o caráter preventivo ou curativo das doenças presente


m
la

em cada um dos campos. (Conselho Federal de Psicologia (Brasil). Referências


au
-p

técnicas para atuação de psicólogas(os) nos serviços hospitalares do SUS / —— 1.


4

ed. —— Brasília: CFP, 2019.)


-0
12

“Na década de 1930, no Brasil, com a ideia de que os fatores psicológicos


.0

poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros serviços


45
.6

de Higiene Mental com participação ativa de psicólogas(os), como propostas


58

alternativas à internação psiquiátrica. A psicologia inaugurou assim, junto à


-8

Psiquiatria, seu exercício profissional nas instituições de saúde mental do Brasil


IM
R

(BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004).” (Conselho Federal de Psicologia (Brasil).


O
AM

Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) nos serviços hospitalares do


ES

SUS / —— 1. ed. —— Brasília : CFP, 2019.)


R
VA

Gabarito: D
TA
LA

91. EAOAP Aeronáutica 2020 – 2021 Psicologia - O psicólogo que trabalha na


U
PA

área da saúde vive em seu contexto profissional uma interação com outros
profissionais, o que exige uma prática que supere a fragmentação do
conhecimento humano e que busque por uma atuação baseada na visão global
do processo saúde-doença, em que se trabalhe de forma complementar. O
psicólogo precisa sustentar uma prática que considere uma troca profunda
entre disciplinas, em que instrumentos, métodos e esquemas conceituais
podem vir a ser integrados. Essas práticas são chamadas corretamente de

| 232
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

a) pluridisciplinares.
b) interdisciplinares.
c) multidisciplinares.
d) transdisciplinares.

Comentário: MULTIDISCIPLINARIDADE: refere-se basicamente a uma associação ou


justaposição de disciplinas que abordam um mesmo objeto a partir de distintos
pontos de vista. É comum em congressos e seminários, onde vários especialistas se

10
encontram para discutir um objeto sob diversos ângulos. Contudo, não se verifica

2:
uma integração interdisciplinar.

:4
11
PLURIDISCIPLINARIDADE: aqui avança-se um pouco e se estabelecem

1
02
algumas relações entre disciplinas. Como exemplo poderíamos pensar o

/2
diagnóstico de saúde de uma comunidade onde trabalham epidemiologistas,

12
7/
estatísticos e assistentes sociais.

-2
INTERDISCIPLINARIDADE: busca-se a superação das fronteiras disciplinares.

om
Pode-se construí-la através da definição do que as disciplinas científicas têm em

l.c
ai
comum em níveis de integração mais profundos, através da unificação ou síntese de

tm
conhecimentos científicos ou do estabelecimento de uma linguagem
ho
@
interdisciplinar consensualmente construída entre os cientistas. Observa-se uma
m

troca profunda entre disciplinas, em que instrumentos, métodos e esquemas


_i
or

conceituais podem vir a ser integrados.


m
la

TRANSDISCIPLINARIDADE: seria o último estágio a ser atingido, em que não


au
-p

existiriam as fronteiras entre as disciplinas. Levaria à criação de novos métodos,


4

novos tipos de experimentação e onde finalmente o diálogo se extinguiria em troca


-0
12

de uma unicidade da obra coletiva. (Artigo: ARTMANN,


.0

Elizabeth. Interdisciplinaridade no enfoque intersubjetivo habermasiano: reflexões


45
.6

sobre planejamento e AIDS. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, pág. 183-
58

195, 2001.)
-8
IM
R

Gabarito: B
O
AM
ES

92. 2019 - Instituto AOCP – Prefeitura de Vitória - Considerando a Psicologia


R

da Saúde, é correto afirmar que


VA
TA

A um dos motivos de interesse de psicólogos na atuação profissional na área da


LA

Saúde pode estar relacionado ao sucesso do modelo Biomédico como explicação


U
PA

das doenças e da saúde.


B existe uma divisão entre a Psicologia Clínica e a Psicologia da Saúde, em que uma
está relacionada ao tratamento das doenças mentais e a outra ao tratamento de
doenças físicas, respectivamente.
C o atendimento dado aos pacientes em Psicologia da Saúde é normalmente breve,
considerados os ideais para as relações de apoio.
D em casos de Psicologia da Saúde, não necessariamente será o doente a procurar
por auxílio psicológico, mas um profissional de saúde que solicita avaliação para

| 233
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

que sejam realizadas discussões de caso, com base em princípios éticos, a fim de
auxiliar o doente da melhor maneira possível.

Comentário: Na década de 80, verifica-se uma explosão do interesse dos psicólogos


pela área da Psicologia da Saúde. Um dos acontecimentos que provocaram tal
mudança foi: FRACASSO do modelo biomédico na explicação das doenças e da
saúde.
“Em muitos países, a Psicologia da Saúde confunde-se com a Psicologia

10
Clínica. A divisão mais simples entre estas duas Psicologias faz-se na fronteira entre

2:
o mental e o físico. A Psicologia Clínica trataria das doenças mentais e Psicologia da

:4
11
Saúde trataria da saúde e das doenças físicas. No entanto, esta fronteira NÃO

1
02
existe.” Desde o século XIX, que cientistas advogam uma perspectiva de

/2
indissociabilidade do mental e do físico.

12
7/
“De fato em termos técnicos, tal como a Psicologia Clínica e a Psicologia da

-2
Saúde se confundem, também a Psicologia da Saúde e a Psicologia Hospitalar, ou

om
outras Psicologias se misturam”

l.c
ai
“O apoio que é dado nos casos da Psicologia que se pratica no sistema de

tm
saúde é normalmente breve. O doente, na maioria dos casos, abandona o hospital
ho
@
e o tempo que o psicólogo passa com o doente é muito curto, não só o que está à
m

cabeceira do doente como o número de vezes que está com ele. Este modo de
_i
or

relacionamento está longe dos parâmetros que tradicionalmente são considerados


m
la

na relação de apoio.” (RIBEIRO, JLP. A Psicologia da Saúde. In ALVES, RF., org.


au
-p

Psicologia da saúde: teoria, intervenção e pesquisa [online]. Campina Grande:


4

EDUEPB, 2011.)
-0
12
.0

Gabarito: D
45
.6
58

93. CESPE - 2018 – HUB - Em situações consideradas estressoras, as pessoas reagem


-8

de maneiras diferentes: enquanto algumas apresentam respostas de forte


IM
R

estresse e adoecimento, outras demonstram ser pouco afetadas pela mesma


O
AM

situação. Considerando as diferenças na percepção dos eventos estressores e o


ES

modelo transacional de estresse proposto por Lazarus e Folkman, julgue o item


R

a seguir.
VA
TA

Quando a situação é reconhecida como benigna no primeiro momento em que se


LA

apresenta, ela não se torna um estressor.


U
PA

Comentário: Um evento que, originalmente, era avaliado como benigno ou


irrelevante pode assumir o caráter ameaçador se a resposta de enfrentamento
fracassar, ou começarmos a ver o evento de maneira diferente. Exemplo: uma
entrevista de emprego inicialmente parecia estar indo muito bem, mas pode se
tornar estressante quando o entrevistador comenta sobre o grande número de
candidatos bem qualificados que estão tentando a vaga.
MODELO TRANSACIONAL OU REACIONAL: Quando as demandas de um evento ou
de uma situação criam um estresse, a resposta das pessoas não é estática. Ao invés

| 234
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

disso, envolve interações e ajustes contínuos. Daí o termo “transacional” na


designação da teoria. (STRAUB, 2014)

Pelo modelo transacional:


- As avaliações cognitivas são muito suscetíveis a alterações de humor, saúde
e estado motivacional;
- Até mesmo avaliações lembradas ou imaginadas de uma situação, mesmo
que não vividas de fato, podem produzir resposta de estresse. (STRAUB, 2014)

10
2:
:4
Resposta: ERRADO

11
1
02
94. CESPE - 2018 – HUB No que concerne às estratégias adotadas por

/2
pacientes diagnosticados com doenças graves, julgue o próximo item.

12
7/
Evidências empíricas sugerem que estratégias focalizadas na emoção

-2
e na evitação são mais eficientes em situações que podem ser controladas

om
pela pessoa, como é o caso da maioria dos pacientes com doenças graves.

l.c
ai
tm
Comentário: Richard Lazarus (1984) categorizou as estratégias de enfrentamento
ho
@
como focalizadas na emoção ou no problema:
m

- Enfrentamento focalizado na emoção: pessoa tenta controlar a resposta


_i
or

emocional a um estressor. Podem ser usadas estratégias comportamentais, como a


m
la

busca de pessoas que oferecem encorajamento ou nos mantenham ocupados para


au
-p

desviar a atenção do problema. Bem como, podem ser utilizadas estratégias


4

cognitivas, como mudar a maneira pela qual o estressor é avaliado, ou negar


-0
12

informações desagradáveis.
.0

- Enfrentamento focalizado no problema: Utilizado para lidar de forma direta


45
.6

com a situação estressante, reduzindo demandas ou aumentando a capacidade de


58

lidar com um estressor. Por exemplo, mudança na dieta e regime para controlar o
-8

diabetes.
IM
R
O
AM

A estratégia mais provável de funcionar depende de diversos fatores. Um


ES

deles é do estressor ser, ou não, controlável. Por exemplo, pessoas que lidam com
R

doentes terminais podem contar com estratégias focalizadas no problema, durante


VA

o período do tratamento, ou seja, antes da morte do ente querido. Já após a morte,


TA

por outro lado, é provável que considerem a situação FORA de controle e se voltem
LA
U

para uma forma de enfrentamento focada na emoção.


PA

As pessoas tendem a utilizar a forma de enfrentamento focalizado na


emoção quando acreditam que pouco ou nada possa ser feito para alterar a
situação estressante, ou quando acreditam que seus recursos ou capacidades de
enfrentamento não são suficientes para atender às demandas da situação
estressante. (STRAUB, 2014) (STRAUB, R. Psicologia da saúde. Porto Alegre: Artmed,
2014.)

Gabarito: Errado

| 235
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

95. CESPE - 2018 – HUB No que concerne às estratégias adotadas por pacientes
diagnosticados com doenças graves, julgue o próximo item.
O paciente que se confronta com questões ligadas à morte pode adotar
estratégias de enfrentamento usualmente classificadas de acordo com sua função.

Comentário: As estratégias de enfrentamento podem ser classificadas, segundo sua

10
função, como estratégias focadas na emoção (pessoa tenta controlar a resposta

2:
emocional a um estressor) ou estratégias focadas no problema (para lidar de forma

:4
11
direta com a situação estressante, reduzindo demandas ou aumentando a

1
02
capacidade de lidar com um estressor).

/2
Pessoas que lidam com doentes terminais podem contar com estratégias

12
7/
focalizadas no problema, durante o período do tratamento, ou seja, antes da morte

-2
do ente querido. Já após a morte, por outro lado, é provável que considerem a

om
situação fora de controle e se voltem para uma forma de enfrentamento focada na

l.c
ai
emoção. (STRAUB, R. Psicologia da saúde. Porto Alegre: Artmed, 2014.)

tm
ho
@
Gabarito: Certo
m
_i
or

96. CESPE - 2018 – HUB - Julgue o item a seguir, acerca das funções do
m
la

psicólogo no atendimento a portadores de enfermidades crônicas.


au
-p

O psicólogo deve acolher o paciente e estimular a expressão ativa das suas emoções
4

no momento do diagnóstico e ao longo do tratamento.


-0
12
.0

Comentário: O livro “Psicologia da Saúde: Uma Abordagem Biopsicossocial ”


45
.6

(Richard O. Straub) fala da importância de os pacientes serem capazes de expressar


58

e processar de forma ativa as emoções envolvidas no enfrentamento de doenças


-8

crônicas. A obra traz o exemplo de uma pesquisa com pacientes com câncer de
IM
R

mama. As mulheres que expressavam suas emoções em relação ao câncer relataram


O
AM

níveis de estresse mais baixos, em comparação com mulheres menos expressivas.


ES
R

Gabarito: Certo
VA
TA

97. CESPE - 2018 – HUB - Julgue o item a seguir, acerca das funções do psicólogo no
LA
U

atendimento a portadores de enfermidades crônicas.


PA

O paciente deve ser estimulado a reavaliar valores pessoais, de modo a viabilizar


sua permanência ou seu retorno à vida profissional, familiar e social ainda durante
o tratamento.

Comentário: “No atendimento de indivíduos com alguma enfermidade crônica, tal


como câncer, as funções do psicólogo devem: favorecer a adaptação dos limites,
das mudanças impostos pela doença e da adesão ao tratamento; auxiliar no manejo
da dor e do estresse associados à doença e aos procedimentos necessários; auxiliar
na tomada de decisões; preparar o paciente para a realização de procedimentos

| 236
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

invasivos dolorosos, e, enfrentamento de possíveis consequências dos mesmos;


promover melhoria da qualidade de vida; auxiliar a aquisição de novas habilidades
ou retomada de habilidades preexistentes; e revisão de valores para o retorno à vida
profissional, familiar e social ou para o final da vida.(Referência: artigo -
SCANNAVINO, Camila Saliba Soubhia et al . Psico-Oncologia: atuação do psicólogo
no Hospital de Câncer de Barretos. Psicol. USP, São Paulo , v. 24, n. 1, p. 35-
53, Apr. 2013)
Doenças crônicas: São as de instalação brusca ou lenta que permanecem por

10
tempo indeterminado. Exemplo: Alzheimer, diabetes, insuficiência Renal Crônica.

2:
(CFP, 2019)

:4
11
Fatores psicológicos têm papel fundamental no tratamento de condições

1
02
crônicas. Por exemplo, o paciente com confiança na efetividade de dado tratamento

/2
pode apresentar uma resposta terapêutica melhor.

12
7/
Intervenções psicológicas também ajudam os sujeitos a administrarem o

-2
estresse na vida cotidiana. (STRAUB, 2014)

om
A doença crônica torna-se mais suave quando é vista como uma condição de

l.c
ai
“estar doente”, diferente da posição de “ser doente”, que leva à dependência,

tm
incapacitação, regressão e derrota emocional. (Referência: capítulo de livro -
ho
@
COELHO, M. O. A dor da perda da saúde. In: ANGERAMI-CAMON, V. A. (Org.).
m

Psicossomática e a psicologia da dor. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.).


_i
or
m
la

Gabarito: Certo
au
-p
4

98. CESPE - 2018 – HUB - Julgue o item a seguir, acerca das funções do
-0
12

psicólogo no atendimento a portadores de enfermidades crônicas.


.0

Cabe ao psicólogo treinar o paciente em modos adaptativos de


45
.6

enfrentamento à doença e no manejo do estresse associado aos procedimentos


58

médicos necessários.
-8
IM
R

Comentário: Manejo do estresse: variedade de métodos psicológicos projetados


O
AM

para reduzir o impacto de experiências potencialmente estressante. A princípio,


ES

tais métodos foram introduzidos em cenários clínicos para auxiliar pacientes a se


R

adaptarem a doenças crônicas e procedimentos médicos estressantes. (STRAUB,


VA

2014)
TA

Enfrentamento = modo como a pessoa lida com situações estressantes;


LA
U

processo de interação entre indivíduo e ambiente, sua função é administrar


PA

(reduzir/minimizar/tolerar) a situação estressora.


“No atendimento de indivíduos com alguma enfermidade crônica, tal como
câncer, as funções do psicólogo devem:
• favorecer a adaptação dos limites, das mudanças impostos pela doença e da
adesão ao tratamento;
• auxiliar no manejo da dor e do estresse associados à doença e aos
procedimentos necessários;
• auxiliar na tomada de decisões;

| 237
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

• preparar o paciente para a realização de procedimentos invasivos dolorosos,


e, enfrentamento de possíveis consequências dos mesmos;
• promover melhoria da qualidade de vida;
• auxiliar a aquisição de novas habilidades ou retomada de habilidades
preexistentes; e
• revisão de valores para o retorno à vida profissional, familiar e social ou para
o final da vida. (Referência: artigo - SCANNAVINO, Camila Saliba Soubhia et al
. Psico-Oncologia: atuação do psicólogo no Hospital de Câncer de

10
Barretos. Psicol. USP, São Paulo , v. 24, n. 1, p. 35-53, Apr. 2013)

2:
:4
11
Gabarito: Certo

1
02
/2
12
7/
99. CESPE - 2018 – HUB - No que concerne às estratégias adotadas por pacientes

-2
diagnosticados com doenças graves, julgue o próximo item.

om
As estratégias de enfrentamento classificadas como centradas no problema têm

l.c
ai
uma função defensiva, ao passo que as estratégias centradas na emoção têm

tm
caráter adaptativo. ho
@
m

Comentário: - ENFRENTAMENTO CENTRADO NO PROBLEMA: esforços de


_i
or

administrar ou alterar os problemas, ou então melhorar o relacionamento entre as


m
la

pessoas e o seu meio. São estratégias consideradas adaptativas, mais voltadas para
au
-p

a realidade, na tentativa de remover ou abrandar a fonte estressora. Podem estar


4

dirigidas ao ambiente na definição do problema, levantamento e avaliação de


-0
12

soluções, escolha de alternativas e ação; utilizado para lidar de forma direta com a
.0

situação estressante.
45
.6

- ENFRENTAMENTO CENTRADO NA EMOÇÃO: descreve a tentativa de


58

controlar, substituir ou regular o impacto emocional do estresse no indivíduo,


-8

derivando principalmente de processos defensivos, o que faz com que as pessoas


IM
R

evitem confrontar conscientemente com a realidade de ameaça.


O
AM

(Referência: artigo - As estratégias de enfrentamento de pacientes durante o


ES

tratamento de radioterapia)
R

As estratégias focalizadas no problema comumente estão mais ligadas a


VA

melhores resultados para a saúde do que o distanciamento, o pensamento positivo


TA

e outras estratégias focalizadas na emoção.


LA

Contudo .... as relações variam com a duração do estressor. A estratégia com


U
PA

maior probabilidade de funcionar também depende de o estressor ser ou não


controlável. Dessa maneira, muitas vezes, enfrentamento focalizado no problema
de enfrentamento focalizado na emoção são usados juntos. (STRAUB, 2014)

Exemplos:
- Distanciar-se, por meio do enfrentamento emocional, pode ser a melhor opção no
caso da realização de um procedimento médico desconfortável.

| 238
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

- Já em um caso de diabetes, há benefícios no enfrentamento focado no problema,


quando o sujeito realiza uma dieta, ou uma rotina regular de exercícios.

Gabarito: Errado

100. CESPE - 2018 – HUB - Em situações consideradas


estressoras, as pessoas reagem de maneiras diferentes: enquanto algumas
apresentam respostas de forte estresse e adoecimento, outras demonstram ser

10
pouco afetadas pela mesma situação. Considerando as diferenças na percepção

2:
dos eventos estressores e o modelo transacional de estresse proposto por

:4
11
Lazarus e Folkman, julgue o item a seguir.

1
02
A avaliação da situação estressora é um processo cujo resultado pode variar

/2
mais de uma vez ao longo do tempo.

12
7/
-2
Comentário: MODELO TRANSACIONAL OU REACIONAL (Lazarus e Folkman): Não é

om
possível compreender totalmente o estresse, se examinarmos os eventos

l.c
ai
ambientais (estímulos) e pessoas (respostas) como entidades separadas.

tm
Quando as demandas de um evento ou de uma situação criam um estresse, a
ho
@
resposta das pessoas não é estática. Ao invés disso, envolve interações e ajustes
m

contínuos. Daí o termo“transacional” na designação da teoria.


_i
or

Os eventos potencialmente estressantes são reavaliados de forma


m
la

constante. (STRAUB, 2014)


au
-p
4

Gabarito: Certo
-0
12
.0

101. CESPE - 2018 – HUB - A oncologia pediátrica é um dos possíveis espaços


45
.6

de atuação do psicólogo hospitalar. No que diz respeito à assistência


58

psicológica em oncologia, julgue o item subsequente.


-8

A psico-oncologia é uma área de atuação multidisciplinar, embora seja, no Brasil,


IM
R

desenvolvida sobretudo por psicólogos.


O
AM
ES

Comentário: “Embora a Psico-Oncologia seja uma área de atuação multidisciplinar,


R

em nosso país ela tem sido desenvolvida principalmente por psicólogos. Cerca de
VA

70% da frequência aos Congressos e a maioria das contribuições a estes tem sido de
TA

psicólogos.”
LA
U

O trabalho psicológico, seja de apoio, aconselhamento, reabilitação ou


PA

psicoterapia individual e grupal, tem facilitado a transmissão do diagnóstico, a


aceitação dos tratamentos, o alívio dos efeitos secundários destes, a obtenção de
uma melhor qualidade de vida e, no paciente terminal, de uma melhor qualidade de
morte e do morrer.
Gimenes (1994) formulou uma definição para Psico-Oncologia:
“A Psico-Oncologia representa a área de interface entre a Psicologia e a
Oncologia e utiliza conhecimento educacional, profissional e metodológico
proveniente da Psicologia da Saúde para aplicá-lo:

| 239
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

1º) Na assistência ao paciente oncológico, sua família e profissionais de


Saúde envolvidos com a prevenção, o tratamento, a reabilitação e a fase terminal
da doença;
2º) Na pesquisa e no estudo de variáveis psicológicas e sociais relevantes
para a compreensão da incidência, da recuperação e do tempo de sobrevida após o
diagnóstico do câncer;
3 º ) Na organização de serviços oncológicos que visem ao atendimento
integral do paciente, enfatizando de modo especial a formação e o aprimoramento

10
dos profissionais da Saúde envolvidos nas diferentes etapas do tratamento. (p. 46)”

2:
:4
(CARVALHO, Maria Margarida. Psico-oncologia: história, características e

11
desafios. Psicol. USP, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 151-166, 2002)

1
02
/2
12
Gabarito: Certo

7/
-2
102. CESPE - 2018 – HUB - A oncologia pediátrica é um dos possíveis espaços

om
de atuação do psicólogo hospitalar. No que diz respeito à assistência

l.c
ai
psicológica em oncologia, julgue o item subsequente.

tm
A psico-oncologia parte do pressuposto de que, no tratamento do câncer, a
ho
@
doença segue seu curso, independentemente do estado emocional e social dos
m
_i

pacientes, e a única atuação do psicólogo nesse sentido deve ser a oferta de


or

acolhimento e suporte emocional.


m
la
au
-p

Comentário: “Vários estudos apontam evidências de que a resposta psicológica do


4

paciente ao câncer constitui variável interveniente significativa sobre os resultados


-0
12

do tratamento, podendo, inclusive, afetar a evolução da doença e de sua


.0
45

sobrevivência. (...) Inúmeros pesquisadores vêm estudando possíveis efeitos de


.6

estados emocionais na modificação hormonal e desta na alteração do sistema


58

imunológico. (CFP. Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) nos


-8
IM

serviços hospitalares do SUS, 2019.)


R
O
AM

Gabarito: Errado
ES
R

Quadrix – 2020 – CFP - Assim como o modelo de crença de


VA

103.
saúde, a teoria do comportamento planejado especifica relações entre
TA

comportamentos e saúde. No que se refere à teoria do comportamento


LA
U
PA

planejado, assinale alternativa incorreta.

A) A teoria prevê o comportamento saudável com base em três fatores: a atitude


pessoal para com o comportamento; a norma subjetiva em relação ao
comportamento; e o grau de percepção de controle sobre o comportamento.
B) A atitude pessoal do indivíduo para com o comportamento não envolve a crença
sobre os resultados desse comportamento.
C) A norma subjetiva em relação ao comportamento reflete a motivação para aderir
à visão de outras pessoas com relação ao comportamento em questão.

| 240
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

D) A percepção de controle sobre o comportamento refere-se à expectativa de


sucesso ao realizar o comportamento de saúde esperado.
E) O modelo do comportamento planejado é mais preciso para prever
comportamentos intencionais orientados para objetivos e encaixa-se em um
modelo racional.

Comentário: TEORIA DO COMPORTAMENTO PLANEJADO: a melhor forma de prever


se um comportamento irá ocorrer é medir a intenção comportamental da pessoa.

10
Ênfase no planejamento.

2:
:4
11
As intenções comportamentais são moldadas por três fatores:

1
02
- Atitude em relação ao comportamento.

/2
-Norma subjetiva

12
7/
-Percepção de controle do comportamento. (STRAUB, 2014)

-2
om
Atitude em relação ao comportamento = DETERMINADA POR NOSSA CRENÇA de que

l.c
ai
o comportamento levará a determinados resultados. Exemplo: fazer dieta é bom,

tm
pois leva à perda de peso. (Incorreta “B”) ho
@
m

Norma subjetiva = motivação para aderir às visões de outras pessoas com relação
_i
or

ao comportamento em pauta. Exemplo: dificuldade para fazer dieta, se essa


m
la

modificação não estiver de acordo com o comportamento de nossos amigos e


au
-p

parentes.
4
-0
12

Percepção de controle do comportamento = expectativa de sucesso em realizar o


.0

comportamento esperado. Exemplo: na dieta, se há confiança de ser capaz de


45
.6

encontrar receitas saudáveis, gostar do sabor, haverá intenção comportamental


58

mais forte.
-8
IM
R

“Devido a sua ênfase no planejamento, não é de surpreender que o modelo do


O
AM

comportamento planejado seja mais preciso para prever comportamentos


ES

intencionais orientados para objetivos e encaixe-se em um modelo racional ”


R

(STRAUB, 2014) STRAUB, Richard O. Psicologia da saúde: uma abordagem


VA

biopsicossocial. Artmed Editora, 2014.


TA
LA
U

Gabarito: B
PA

104. Quadrix – 2020 – CFP - A psicologia da saúde é a aplicação dos


conhecimentos e das técnicas psicológicas à saúde, às doenças e aos cuidados
de saúde, visando à promoção e à manutenção da saúde e à prevenção da
doença. Com relação ao trabalho do psicólogo da saúde, assinale a
alternativa incorreta.

A) Os psicólogos da saúde direcionam-se para a compreensão da forma como os


fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam a saúde e a doença.

| 241
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

B)Podem estar centrados na promoção da saúde e na prevenção de doença,


trabalhando com os fatores psicológicos que fortalecem a saúde e que reduzem o
risco de adoecer, podem disponibilizar serviços clínicos a indivíduos saudáveis ou
doentes em diferentes contextos e podem, ainda, estar envolvidos em pesquisa e
investigação, no ensino e na formação.

C)A ênfase dos psicólogos da saúde na prevenção, se empregada de forma ampla,

10
representa maiores custos no sistema de saúde.

2:
:4
11
D)Psicólogos da saúde exercem uma ampla variedade de atividades, incluindo

1
02
treinar futuros médicos e enfermeiros sobre a importância dos fatores psicossociais

/2
na adesão do paciente ao tratamento e em sua recuperação, além de intervirem

12
7/
diretamente pra ajudar pacientes que estejam enfrentando procedimentos difíceis.

-2
om
E)É importante que o psicólogo da saúde tenha conhecimento sobre avaliação,

l.c
ai
assessoramento e intervenção em saúde, políticas e organização em saúde e

tm
colaboração interdisciplinar. ho
@
m

Comentário: “A ênfase da psicologia da Saúde na prevenção, se empregada de


_i
or

forma ampla, ajudaria a CONTER GASTOS GERAIS, apesar do custo inicial do pessoal
m
la

adicional de saúde. Uma das melhores formas de conter esses custos é ajudar as
au
-p

pessoas a melhorarem seus comportamentos de saúde para evitar a doença e


4

auxiliar aqueles que adoecem a se recuperarem o mais rápido possível.” (P. 442 -
-0
12

STRAUB, Richard O. Psicologia da saúde: uma abordagem biopsicossocial. Artmed


.0

Editora, 2014.)
45
.6
58

“Os psicólogos que se direcionam para a compreensão da forma como os fatores


-8

biológicos, comportamentais e sociais influenciam a saúde e a doença são


IM
R

chamados psicólogos da saúde. Muitos estão centrados na promoção da saúde


O
AM

e prevenção da doença, trabalhando com os fatores psicológicos que fortalecem a


ES

saúde e que reduzem o risco de adoecer. Outros disponibilizam serviços clínicos a


R

indivíduos saudáveis ou doentes em diferentes contextos. Outros estão envolvidos


VA

no ensino e formação, e na investigação” (Teixeira, J. A. C. (2004). Psicologia da


TA

Saúde. Análise Psicológica [online], 3 (XXII), 441-448)


LA
U
PA

“a formação do psicólogo da saúde deve contemplar conhecimentos sobre: bases


biológicas, sociais e psicológicas da saúde e da doença; avaliação, assessoramento
e intervenção em saúde, políticas e organização de saúde e colaboração
interdisciplinar; temas profissionais, éticos e legais e conhecimentos de
metodologia e pesquisa em saúde.” (BESTEIRO, M. M. & BARRETO, M. P. La
Formación de los Profesionales de la Salud: la Contribución del Psicologo
Hospitalario. In Remor, E.; Arranz, P. & Ulla, S. (org.). El Psicólogo en el Ámbito
Hospitalario. Bilbao: Desclée de Brouwer Biblioteca de Psicologia, 2003)

| 242
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Gabarito: C

105. Quadrix – 2020 – CFP - Na psicologia, o tema da saúde tem sido abordado
com frequência em diferentes campos de atuação na área. Relevante para
diferentes reflexões, a saúde tem sido entendida como um processo que
permite a compreensão sobre o individual e o social em sua constituição,
envolvendo uma visão sistêmica. Porém, na primeira parte do século XX, a
saúde não era compreendida dessa forma. Com relação ao modelo biomédico

10
de saúde, assinale a alternativa correta.

2:
:4
11
A)O modelo biomédico de saúde sustenta que a doença nem sempre tem causas

1
02
apenas biológicas.

/2
12
7/
B)O modelo biomédico de saúde faz menção às variáveis psicológicas na doença,

-2
mas não as considera como determinantes.

om
l.c
ai
C)De acordo com o modelo biomédico, as variáveis sociais e comportamentais na

tm
doença são compreendidas como os fatores que podem auxiliar a explicação da
ho
@
doença, mas não podem ser a causa desta.
m
_i
or

D)O modelo biomédico tem como base a doutrina cartesiana do dualismo mente-
m
la

corpo, que os considera como entidades separadas e autônomas que interagem de


au
-p

forma mínima.
4
-0
12

E) Segundo o modelo biomédico, a saúde vai além da ausência de doenças.


.0
45
.6

Comentário: O modelo biomédico de saúde sustenta que a doença tem causas


58

apenas biológicas. (Errada A)


-8

O modelo biomédico de saúde NÃO faz menção às variáveis psicológicas,


IM
R

sociais ou comportamentais da doença. (Erradas B e C)


O
AM

Segundo o modelo biomédico, a saúde é somente a ausência de doenças.


ES

(Errada E)
R
VA

Gabarito: D
TA
LA

106. Quadrix – 2020 – CFP - O modelo biomédico avançou o tratamento de


U
PA

saúde, mas foi incapaz de explicar transtornos que não apresentavam uma
causa física observável. Diante disso, iniciou-se um movimento reformista na
medicina, que estabeleceu a medicina psicossomática. A respeito desse
assunto, assinale a alternativa incorreta.

A)Essa medicina diz respeito ao diagnóstico e ao tratamento de doenças físicas


supostamente causadas por processos mentais deficientes.

| 243
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

B)A medicina psicossomática apresentava sua principal consistência no fato de se


fundamentar na teoria freudiana.

C)Essa medicina apoiava-se no reducionismo, segundo o qual um único problema


psicológico seria suficiente para desencadear a doença.

D)Embora comprometidas na época, as teorias de Freud e a medicina

10
psicossomática formaram as bases para a nova apreciação das conexões entre

2:
medicina e psicologia.

:4
11
1
02
E)Essa medicina deu início à tendência contemporânea de ver a doença e a saúde

/2
como multifatoriais.

12
7/
-2
Comentário: - MEDICINA PSICOSSOMÁTICA = movimento reformista na medicina,

om
que estabeleceu a medicina psicossomática (psico = mente e soma = corpo).

l.c
ai
Franz Alexander ajudou a estabelecer a Medicina psicossomática,

tm
desenvolvendo a ideia de que conflitos psicológicos poderiam causar determinadas
ho
@
doenças.
m

Concentra-se no diagnóstico e tratamento de doenças físicas causadas por


_i
or

processos mentais deficientes.


m
la

Apoiava-se no reducionismo, assim como o modelo biomédico, segundo o


au
-p

qual um único problema psicológico seria suficiente para desencadear a doença.


4

Embora comprometidas na época, as teorias de Freud e a medicina


-0
12

psicossomática formaram as bases para a nova apreciação das conexões entre


.0

medicina e psicologia. Essa medicina deu início à tendência contemporânea de ver


45
.6

a doença e a saúde como multifatoriais. (STRAUB, R. O. (2014). Psicologia da saúde:


58

uma abordagem biopsicossocial. Artes Médicas: Porto Alegre.)


-8
IM
R

A medicina psicossomática apresentava sua principal INCONSISTÊNCIA no fato de


O
AM

se fundamentar na teoria freudiana. A teoria freudiana perdeu popularidade e


ES

influenciou o declínio desse modelo de medicina.


R
VA

Gabarito: B
TA
LA

107. Quadrix – 2020 – CFP - A psicologia da saúde possui desafios futuros a fim
U
PA

de continuar seu crescimento e benefício à população. Quanto a esses desafios,


assinale a alternativa incorreta.

A)O primeiro desafio é aumentar o tempo de vida saudável das pessoas,


desenvolvendo intervenções eficazes que proporcionem aos adultos mais velhos a
manutenção ou a melhoria do nível de funcionamento, pelo maior número de anos
possível.

B)O segundo desafio consiste em reduzir as discrepâncias de saúde, pensando em

| 244
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

atitudes concretas para as razões que as provocam que já conseguiram ser


extensamente explicadas pelos psicólogos da saúde.

C)O terceiro desafio é atingir o mesmo nível de acesso a serviços de saúde


preventiva para todas as pessoas, considerando que a reforma do sistema de saúde
continua sendo um desafio permanente para a psicologia da saúde e para a política
nacional.

10
D)O quarto desafio consiste em ajustar o foco de pesquisa e intervenção para

2:
maximizar a promoção da saúde com abordagens baseadas em evidências,

:4
11
colocando mais ênfase em comportamentos e fatores que favoreçam a saúde e que

1
02
possam retardar a mortalidade e reduzir a morbidade.

/2
12
7/
E)O quinto desafio é auxiliar na reforma do atendimento de saúde, considerando

-2
que a prevenção, a promoção ou a manutenção da saúde devem ter um papel tão

om
importante no sistema de saúde quanto o tratamento de doenças.

l.c
ai
tm
Comentário: Primeiro desafio = aumentar o tempo de vida saudável das pessoas.
ho
@
Segundo desafio: reduzir as discrepâncias de saúde e aumentar a
m

compreensão a respeito dos efeitos do gênero, da cultura e do status


_i
or

socioeconômico sobre a saúde. Psicólogos da Saúde não conseguiram explicar as


m
la

razões para as discrepâncias, isso porque, até pouco tempo atrás, o que eles sabiam
au
-p

sobre saúde e doença derivava de pesquisas concentradas, de modo


4

desproporcional, em sujeitos brancos, do sexo masculino e relativamente


-0
12

saudáveis. Fica clara a necessidade de muitas pesquisas antes que os psicólogos da


.0

Saúde possam explicar com confiança porque existem discrepâncias de saúde entre
45
.6

os grupos que tradicionalmente são subestudados.


58

Terceiro desafio: é atingir o mesmo nível de acesso a serviços de saúde


-8

preventiva para todas as pessoas.


IM
R

Quarto desafio: ajustar o foco de pesquisa e intervenção para maximizar a


O
AM

promoção da saúde com abordagens baseadas em evidências


ES

Quinto desafio: é auxiliar na reforma do atendimento de saúde. (STRAUB, R.


R

O. (2014). Psicologia da saúde: uma abordagem biopsicossocial. Artes Médicas:


VA

Porto Alegre.)
TA
LA

Gabarito: B
U
PA

108. Quadrix – 2020 – CFP - Em seus anos de existência enquanto campo de


conhecimento e atuação, a psicologia da saúde desenvolveu lições sobre o
processo saúde-doença. A respeito dessas lições, assinale a alternativa correta.

A)Os fatores psicológicos e sociais interagem com a biologia da saúde. A mensagem


fundamental do modelo biopsicossocial é a constatação de que o comportamento,
os processos mentais, as influências sociais e a saúde estão intimamente
conectados.

| 245
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

B)Promover e manter a saúde é de responsabilidade de todos, profissionais e


pacientes. No cuidado com a própria saúde, a partir das intervenções realizadas, as
pessoas aprendem sobre a importância de realizar exames preventivos, aderir ao
tratamento receitado e ter comportamentos saudáveis. Essa consciência garante
que as pessoas sigam aquele que sabem ser o curso de ação mais saudável.

C)Estilos de vida insalubres são mais difíceis de mudar que de prevenir e, por essa

10
razão, a alta prioridade da psicologia da saúde está em mudar maus hábitos de

2:
saúde já instalados na comunidade.

:4
11
1
02
D)A avaliação e o manejo do estresse são essenciais para uma boa saúde. Uma das

/2
ações da psicologia da saúde na área do estresse foi a manutenção da controvérsia

12
7/
em relação ao caráter interno ou externo do estresse.

-2
om
E)Entende-se que cada um dos eventos estressantes da vida é avaliado como um

l.c
ai
obstáculo ameaçador, o qual não pode ser administrado.

tm
ho
@
Comentário: Lições aprendidas que os psicólogos da Saúde devem seguir:
m

1 - fatores psicológicos e sociais interagem com a biologia na saúde


_i
or

2- promover e manter a saúde é nossa responsabilidade


m
la

3- estilos de vida insalubres são mais difíceis de mudar do que de prevenir


au
-p

4- avaliação e o manejo adequados do estresse são essenciais para a boa saúde


4
-0
12

De acordo com a perspectiva biopsicossocial, o binômio saúde-doença deve ser


.0

explicado em relação a contextos múltiplos. Tal perspectiva “reconhece que forças


45
.6

biológicas, psicológicas e socioculturais agem em conjunto para determinar a saúde


58

e a vulnerabilidade do indivíduo à doença.” (STRAUB, R. O. (2014). Psicologia da


-8

saúde: uma abordagem biopsicossocial. Artes Médicas: Porto Alegre.)


IM
R
O
AM

Essa consciência não garante que as pessoas seguirão o curso de ação mais
ES

saudável. (ERRADA B)
R
VA

Prevenir que maus hábitos de saúde se desenvolvam em primeiro lugar é uma alta
TA

prioridade da psicologia da saúde. (ERRADA C)


LA
U
PA

Não se trata da manutenção, e sim da Resolução da controvérsia. (ERRADA D)

O estresse é uma transação na qual cada um de nós deve se ajustar continuamente


aos desafios do cotidiano. Cada um dos eventos estressantes da vida pode ser
avaliado como um desafio motivador, ou um obstáculo ameaçador.
Considerar os estressores da vida desafios possíveis de serem enfrentados
ajuda a manter um centro de controle e minimiza o impacto sobre a saúde. Aprender
a administrar o estresse é crucial para nosso bem-estar físico, psicológico e
emocional.

| 246
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

Gabarito: A

109. Quadrix – 2020 – CFP Os psicólogos da saúde estão cada vez mais
envolvidos no tratamento das doenças e das condições crônicas. Quanto a esse
assunto, assinale a alternativa incorreta.

A)Em doenças cardiovasculares, as intervenções voltadas para a hostilidade ajudam

10
as pessoas a adquirir controle sobre os fatores ambientais que desencadeiam a

2:
raiva, prevenindo recaídas nos sintomas.

:4
11
1
B)No caso do diabetes, o papel da psicologia da saúde inclui estudar fatores que

02
/2
contribuam ou atrapalhem a adaptação à condição.

12
7/
-2
C)Os psicólogos da saúde atuam no tratamento primário do diabetes, reduzindo o

om
caráter invasivo da doença e aumentando a capacidade de se controlar o peso e de

l.c
se manejar o estresse.

ai
tm
ho
D)Uma variedade de intervenções psicossociais tem sido utilizada para auxiliar os
@
m

pacientes no enfrentamento do câncer. Nessas intervenções, os psicólogos da


_i
or

saúde entendem que é necessário evitar oferecer informações sobre os processos e


m
la

as etapas do tratamento, pois estas produzem um efeito negativo no paciente,


au

prejudicando sua adesão.


-p
4
-0

E)Os psicólogos da saúde desempenham diversos papéis na batalha contra a Aids,


12
.0

incluindo orientar as pessoas sobre como fazer exames para HIV e sobre como
45

modificar comportamentos de alto risco e ajudar pacientes com Aids a enfrentar


.6
58

perturbações emocionais e cognitivas.


-8
IM
R

Comentário: “as intervenções voltadas para a hostilidade ajudam as pessoas a


O
AM

adquirir controle sobre os fatores ambientais que desencadeiam sua raiva e a


aprender a modificar suas emoções negativas e seus processos de pensamento
ES

céticos. Reduzir a hostilidade pode diminuir de forma substancial o risco de


R
VA

isquemia futura em pacientes cardíacos.” p.286


TA

“o papel da psicologia da saúde nessa doença inclui estudar fatores que


LA

contribuam ou atrapalhem a adaptação à condição, como perturbações


U
PA

psicológicas, habilidades pessoais de enfrentamento e apoio social, assim como


aspectos que interfiram na adesão a regimes de tratamento” p.286
“Os psicólogos da saúde estão cada vez mais envolvidos no tratamento
primário do diabetes, reduzindo o caráter invasivo da doença, aumentando a
capacidade de se controlar o peso e de se manejar o estresse, melhorando a
comunicação e aumentando a adesão a tratamentos complexos.” p. 286
“ Intervenções eficazes aumentam o conhecimento dos pacientes em
relação àquilo que devem esperar do tratamento e a percepção de controle sobre

| 247
Professora Gabi Becalli
Psicologia Saúde e Hospitalar

suas vidas, e oferecem um ambiente social apoiador, no qual possam compartilhar


seus medos e preocupações.” p. 310
“Os psicólogos da saúde desempenham diversos papéis na batalha contra
a Aids, incluindo orientar as pessoas sobre como fazer exames para HIV e sobre
como modificar comportamentos de alto risco e ajudar pacientes com Aids a
enfrentar perturbações emocionais e cognitivas, além de conduzirem terapia de
luto para aqueles que esperam pela morte, para suas famílias e amigos.” p. 337
(STRAUB, R. O. (2014). Psicologia da saúde: uma abordagem biopsicossocial. Artes

10
Médicas: Porto Alegre.)

2:
:4
11
Gabarito: D

1
02
/2
12
Bons estudos!

7/
Prof. Gabi Becalli

-2
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